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Segunda-feira, 1 de Julho de 2019 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série- N° 87 Preco deste nuimero - Kz: 400,00 Thi @ Sorspondenin quer ORCA quer NATURA 1 prejo de cada Ta pb ica nos Dios telativa a snincio © aninalums do «Disio ‘Ano | da Repibica 1" €2? site & de Kz: 7500 e para fda Republica, deve ser diisida & ImDren= | As eee sree ke: 738159.40 | a 3% saie Ke: 95.00, nreacdo do respective [Nacional - EP, an Luanda, Rua Hearkue de Cua n° 2, Cidade Ata Cains Pest 1300, | 4134 Kz 43352400 | imposto do sel, dependendo a publicagso da wvwinprausmacional govao = Ein, tleg: | A2! sie Kz 226980.00 | 3*sériede depésitoprévioa efecwarnatesourtia dngrensan AB sie Kz 18013320 } datmprensa Nacions-E P SUMARIO PRESIDENTE DA REPUBLICA Presidente da Repdblica Deereto Presnell n. 206/19 Chia impress Nacional de Navezayo ea, Frese Plea, des ‘aaa abreviadamante ENNA-E.P. por esto da Eanpresa Nacional de Explorago de Aetoportoe Navona Adrea- EP, ENANA, EP, enprovao sen Etat, Deereto Presdencta m2 207/19 ‘Transforma a Empresa Nacional de Fxpleeagio de Acroportos © Navegaito Adee, EP, ENANA.EP, em empresa do Dominio Piblico, passando Aeropartos, S.A. aprova o seu Fstatuto Agosto, que aprova o Estauto Orginico da ENANA-ELP e toda Jegislagao que contrarieo disposto no presente Diploma 4 denominarse Socicdade Gestora de wala abrevindamenle SGA - SA. Revoga o Decreto n° 2798 de 21 de Decreto Presiden n° 208/19: Estableceo resme uridico aque ficam syjcits as atvidods de rei ago de ptrleo brit, importagio, recep, arovisionnent, mmazenamento, tempore, dstibigio, comerinlizn io exports 0 de prodlospetrliferos, asin camo os procedimekcrerearas ‘pliesveis as obriaagoes de servigospablicas,planeamento elie ciamento das insalagoes do Sistema do Sector dos Derivados do Patrolgo da Republica de Angola. —Revogao Decreto Presiden 1a IBY, de $ de Setembro, ¢ dems esslaga0 que contare © presente Diploma Despacho Pesidencia n* 10219: Aprova ot uuttatives dox potas pesoliero, a slocar be reservas slesegurangae be eservasetratéicas para mercao nacional Assembleia Nacional Resohugto n* 3119: Aprova ae recomendagies resultant da apreciagio e dicussio da ‘Revisto do Oryamento Gaal de Extado para o Exerciio Ecoico 2019, constntes do Reatrio Parecer Conjunto das Comissoes de Hcencmia¢ Finaneas, de Assuntos Constncionaise Jurdios e de AdministragHo do Estado e Poder Local. Decreto Presidencial n.* 206/19 de de Julho Considerando que o Executivo reconhece a necessidade de separar as actividades de navegagao aérea, das acropor- tuérias actualmente exercidas pela ENANA-E.P. por cistio simples desta, nos termos da alinea a) do artigo 59.° da Lei no 11/13, de3 de Setembro; Havendo necessidade de, por um lado, a criagao de uma ‘empresa piiblica vocacionada e especializada com a valiosa experiéncia adquirida, para assegurar 0 servigo publico de apoio a navegagao aérea civil designadamente a gestio do trifego aéreo em todas as suas vertentes, e 0 desenvol- vimento, instalagao, gestio © exploragio dos inerentes sistemas de comunicagbes, navegagao, vigiléncia e infia- -estruturas associadas; ‘Tomnando-se necessario, por outro lado, a wansforma- ‘edo da ENANA-EP, em empresa de dominio piblico, com © estatuto de sociedade ansnima, @ qual compete a gestio, exploragiio ¢ desenvolvimento dos aeroportos, bem como de novas infia-estruturas aeroportnarias; Havendo necessidade dese proceder a cistio da ENANA- EP. e a criagao da Empresa Nacional de Navegagio Aérea, Empresa Publica; Presidente da Republica decreta, nos termos da ali- nea d) do artigo 120.° e do n° 3 do artigo 125°, ambos da Constinuigno da Republica de Angola, o seguinte: ARTIGO 1” (Cinco da Exmpresa Nacional de Navegaeao Aérea, EP) 1. E criada, nos termos da alinea a) do artigo 59.° da Lei n° 11/13, de 3 de Setembro, a Empresa Nacional de Navegagdo Aérea, Empresa Publica, adiante desig- nada abreviadamente ENNA-EP, por cisio da Empresa 4546 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 38° (Conteatos Programs) 1. Com vista a assegurar a execugio das obrigagoes impostas empresa por razoes de orden social ¢ politica, designadamente a garantia de areas de exploragao de ser vigos defictarios, podem ser estabelecidos acordos entre © Estado e a empresa com base em Contratos-Programa. 2 Os Contratos-Programa s’io subscritos entre 0 Conselho de Administragiio, representado por 2 (dois) Adininistradores para o efeito mandatados, ¢ 0 Estado repre~ sentado pelos Ministros das Finangas € dos Transportes e vigorar por um periodo de umn ano. 3. Sem prejnizo dos demais instrumentos de gest, os Contratos-Programa definem: @ Os principios, objectives e metas a serem atingidos pela empresa no periodo concemente, b) Os pressupostos e eventuais condigdes © garantins a seram providas pelo Gaverno. 4.0 Consetho de Administrago apresenta anual- ‘mente, até 31 de Janeiro do ano seguinte, aos Ministros dos ‘Transportes ¢ das Finangas, o balango com o nivel de reali- zagao do Contato-Programa, caPITULO Vv ‘Trabalhadores ARTIGO 36° senor aborais) iedes, tegalias © perspectivas de desenvolvimento técnico profissional, designadamente as condigoes que orientem a admissao, suspensto € exonera- 0, salarios, bénus e outras remuneragGes, as qualificagSes eps exizidas, entre outras questes de politica de recursos huma- nos, devem constar de regulamentos préprios a aprovar pelo Conselho de Administrasao. ARriGo 37° Partcpaci na zestto) © mimero, a competéncia € demais questées relatives acs representantes dos trabalhadores ¢ sua participagao na _gesttio da sociedade, consta de instramento apropriado, apro- vvado pelo Conselho de Administragao © representantes dos trabalhadores eleitos em Assembleia Geral de trabalhadores. CAPITULO VI Disposicdes Finals ARTIGO 38° (Onformactesespectat 1. Sem prejuizo do disposto na Lei Comercial quanto 8 prestagio de informagSes aos accionistas, 0 Conselho de Administragio cavia aos Ministros das Finangas © dos ‘Transportes os elementos sezuintes: 4) Orelatério de gestio € as contas do exercicio: ) Quaisquer elementos adequados a compreensdo intearal da situagio ecenémico, finanecita da sociedade ¢ perspectivas da sua evolugao, bem como a eficiéncia da gestio realizada. 2. © Conselho Fiscal, trimestralimente, envia aos: Ministros das Finangas © dos Transportes um relatorio stcinto em que se refiram 03 controlos efectuados ¢, se for ‘caso disso, as anomalias detectadas ¢ os principais desvios ‘em relago a0 argamento aprovado. 3. As obtigagoes de informagto referidas nos nime- 10s anteriores nao prejudicam as obrigagdes de informagao ‘que sejam previstas em especial para as sociedades com © cstatuto de empresa de dominio public, nomeadamente as ‘estabelecidas na Lei do Sector Empresarial Piblico. ARTIGO 39° (Mandates) 1. Os mandatos dos memibros dos éraiios da empresa tém: ‘8 dtaragao de 4 (quatro) anos, renovavel por uma ou mais, vvezes, 2. Expirado o prazo de mandato, os membros dos érszios dda empresamantem, se em exercicio, atéa sua efective subs titwigAo, om declaragio de cessaglo de fungdes ARTIGO 40° (ispensa da prestaea de cameses) Os membros do Consetho de Administragio © do ‘Conselho Fiscal sio dispensados de prestar caugao pelo cexercicio dos seus cargos. ARTIGO 41 Dieslupse euidagso) 1. A sociedade dissolve-se nos casos € nos termos pre- vistos na lei 2. A liquidagao da sociedade rege-se pelas disposigoes da Iei e pelas deliberagdes da Assembleia Geral, Presidente da Repiblica, JoXo Manet. Goncatves: Lovansco. Decreto Presidencial n.* 208/19 ede sho A Lei ne 28/11, de 1 de Setembro, veio estabelecer as bases gerais de organizagao e funcionamento do Sistema do Sector dos Derivados do Petréleo, bem como as disposicaes szcrais aplicaveis ao cxercicio das actividades de refinagao de Petroleo bruto e de armazenamento, transporte, distribui- ‘go € comercializagao de produtes petroliferos aplicéveis a Republica de Angola, Considerando que nos termos da citada lei, compete ‘a0 Executive promover a legislagio complementar rela- tiva ao exercicio das actividades abrangidas pela referida Iei, nomeadamente os regimes juridicos das actividades nelas previstas, bem como os principios e regras fundamen- tais para o firncionamento do mercado intemno de prodiutos petroliferos, Convindo fixar os regimes juridicos das actividades acima mencionadas, bem como defini os principios erearas fundamentais para o funcionamento do mercado intemo de produtos petroliferos; I SERIE -N¢ 87 ~DE 1 DE JULHO DE 2019 4547 Havendo necessidade de se adequar a realidade actual as disposigbes legais relativas as actividades de refinagao de petudleo bruto, importagio, aprovisionamento, atmazena- ‘mento, transporte, bases logisticas provinciais ¢ regionais, distribuigio, comercializacio de produtos petroliferos € exportagao; © Presidente da Republica decreta, nos termos da ali- ‘nea 1) do artigo 120° e do n° 3 do artigo 125°, ambos da Constinticio da Repibblica de Angola, o seguinte CAPITULO T Disposicoes Gerais ARTIGO 1" (Obfeetoe iambito de apengaoy 1. O presente Diploma estabelece oreaime juridico a que ficam sujeitas as actividades de refinagao de petroleo bruto, importagio, recepeo, aprovisionamento, armazenamento, transporte, distribuigio, comercinlizagio e exportagao de produtos petroliferos, assim como os procedimentos erearas aplicaveis as obrigagses de serviges piblicos, planeamento € licenciamento das instalagdes do Sistema do Sector dos Derivados do Petréleo da Repablica de Angola 2. Oregime juridico previstonon® 1 deste artigo, aplica- se a todas as pessoas singulares ou colectivas, bem como as, instituigdes de diteito piblico ou privado, 3. As actividades de distribuigao e a comercializagao de sis natural sio reaidas por lesislagio especifien, 4, 0 servigo de transito intemacional, isto é a prestagao do servigo de representagao, no Pais, dos proprietarios dos produtos petroliferos em Wansito internacional ou a presta- 8 de servigos complementares de depésito, manuseamento, transporte ou outros, relativamente a esses produtos, e res lado em lesislagao especitica, 5, O mercado de lubrificantes fica sujeito a um regime de livre concorréncia, sem prejuizo do disposto em legislagio complementar @ aprovar pelo Ministro que superintende 0 Sector dos Petrleos ARTIGO 2° (Odjectivos) Sao objectivos deste Diploma: «a Assegurar o abastecimento de produtos petroliferos ao Pais de forma eficiente, efectiva e evondmiica, deacordo com as condigdes domercado interno; b) Ascegurar o fomecimento de produtos petroliferos comm qualidade € a pregos competitives aos con- sumnidores;, .) Facilitar os investimentos € a criagiio de postos de trabalho no Sistema do Sector dos Derivades do Petroleo; Criar oportunidades de emprego, incluindo 0 auto emprego, bem como aumentar as fontes de renda no Pais, em patticular nas zonas rurais: ¢) Promover a seguranga das pessoas e bens € a pro- tecgtio domeio ambiente em todas as actividades relacionadas com produtos petroliferos, desde a sua refinagao ou importagao ate ao formecimento 08 consumidores fins, LP Promover a compeitividade no mercado dos de vvalos do petréleo: 9) Promover a participagio do empresariado nacional no Sistema do Sector dos Derivados do Petréleo; ‘h) Promover um maior acesso a0s proviutos petrolife- 10s em todo o territério nacional, 1 Garant a seguranca, a resularidade € a qualidade do abastecimento de combustiveis; ) Promover a eficiéncia enersstica e a utilizagio racional dos meios ¢ dos produtos petroliferos, ‘bem como a protecglo do meio ambiente; b Promover a uilizagao eficiente das infra-estruturas petroliferas, contribuindo para o normal abas- tecimento de produtes petroliferos ao mercado nacional, ARTIGO 3° (@etinicoes) 1 Para efeitos do presente Deereto Presidential, entende- se por: @ «Acesso Negociado, modalidade de acesso as infia-estruturas do Sistema do Sector dos Deri- vados do Petréleo na qual as metodologias aplicar ao caleulo de tarifas e pregos e condigées de acesso sao estabelecidas entre as partes, sem prejuizo da obrigagao de transparéncia para com © mercado e nao diseriminagao entre comer- cializadores de produtos petroliferos a retalho, No que respeita a0 relacionamento comercial € qualidade do servigo prestado aplicam-se ab or- dagens similares ao regime de Acesso Regulado; b) «cesso Regulacion, modalidade de acesso as infra -estruturas do Sistema do Sector dos Derivados do Petréleo na qual as condigdes de acesso, as tavifas e precos aplicados, a qualidade do servigo prestado © as reatas associadas ao relaciona ‘mento comercial sto estabelecidas pelo Instituto Regulador dos Derivados do Pet,éleo —IRDP; ©) «Apropriado», conformidade com os regulamentos cenarmas técnicas aplicaveis: @ «Aprovisionamenton, procedimento tendente a obtengio do produto junto dos fornecedores on intermediarios, independentemente dos forece- dores serem nacicnais ou estrangeiros: ©) «Certificado de Inspecgdio», eum documento emi- tido por entidades especializadas ¢ credenciadas pelo IRDP, confirmando que uma instalagao petrolifera satistaz os requisites téenicos de seguranga previstos na regulamentagiio © nor- as técnicas aplicaveis; P , Instituto Regulador dos Derivados do Patroleo, W cicengao, autotizacdo emitida pela entidade competente, que confere ao titular a faculdade de, em conformidade com o presente Diploma, exercer determinadas actividades relacionadas com proditos petroliferos, D Logisaca, exercicio integrado da importagao, recepedio € armazenamento de combustiveis liquides € gasosos ou a sua aquisicio a uma proditora local, transporte para as centrais logis ticas regionais ou provinciais e entre as mesmas m) «Mercado Grossisten, conjunto das operagies comerciais ¢ financeiras relativas aos prodhtos petroliferos transaccionados no terrtério nacio= ral, inchuindo as importagdes € exportagdes, sem participagio de clientes finais; nn) «Mercario Retalhistax, conjunto das operagies comerciais ¢ financeiras relativas a transac¢ao de produtos petroliferos para os clientes finais, no teritério nacional; 0} «Norma Técnica Aplictveby, norma nacional ot internacional em vigor, ot qualquer outa. que vena a set aplicdvel em operagies petroliferas, Pp) «Oleodutoy, sistema de condutas ou tubagens, incluindo valvalas, estagdes de bombeamento, instalagdes. equipamentos agresados, destinado ao transporte de produtos petroliferos, exeluindo os combustiveis gasox0s, @ «Registon, documento emitido pela entidade licen- ciadora, onde s40 deseritas as caractersticas fisicas e operacionais das instalagdes petroliferas, 7) «Regime de Precos Vigiados», fixagao lie de pregos pelos fomecedores, nao obstante a pos- ilidade de fixagao administrativa de formula que defina o prego maximo a aplicar em cada ‘momento, relativamente a cada produto; $) «Separaciio Contabilistica, exercicio de uma acti- vvidade em separagao fimeional a qual acresce a obrigagio demanter as contas separadas das res- tantes actividades em que a organiza¢io actua, devendlo a contabilidade ser anditivel e estar em conformidade com as nonnas estabelecidas na lexislagao e rewulamentagio aplicaveis, 1) «Separagio Funcionaly, exercicio de uma activi- dade na qual a organizagao que a deserupenha, deve ter uma estrutura fimcional e/ou operacio- nal individualizada das restantes actividades em que actua, devendo a referida estrutura estar dotada de um quadro de pessoal dedicado com as responsabilidades exclusivas a0 exercicio da actividade fimeionalmente separada: 1) «Separacto Juridican, exercicio de uma actividade por una organizagao destinada exclusivamente a esse fim, podendo, no entanto, a orzanizagio jwidicamente separada er participada por outras ‘organizagdes com intetesses no sistema, desde que esteja salvaguardada a sua independéncia na esto ¢ tomada de decisao vinculativa; 1) «Sistemet do Sector dos Derivadios do Petroleo da Repiiblica de Angola — SSDPRA», conjunto das infra-estruturas de refinaglio de arma- zenamento, incluindo os centros de operagiio logisticos, os sistemas de transporte por conduta © por meios moveis, os terminais maritimos © fluviais para recepgdolexpedi¢ao, de distribui- 40, de comercializagao de produtos petroliferos © as empresas € os servigos especializados que intervém no do Sector dos Derivados do Petro- leo. 2. Sao ainda aplicdveis ao presente Diploma as definigoes constantes do artigo 3° da Lei n® 28/11, de 1 de Setembro, ARTIGO4* (Princpiosgeras) 1. 0 exereicio das actividades abrangidas pelo presente Decreto Presidencial deve obedecer aos prineipios da promo- ‘glo e defesa da concoréncia constantes na Lein® 5/18, de 10 de Maio —Lei da Concorréncia 2. O exercicio das actividades abrangidas pelo presente Decteto Presidencial deve processar-se com observancia dos prineipios de racionslidade econdmica e de eficiéncia eneraética, sem prejuizo do cumprimento das respectivas obrigagoes de servigo pliblico, devendo ser adoptadas as providencias adequadas para minimizar os impactes ambien- tis, no respeito pelas disposigdes legais apliciveis. 3. 0 mercado de outros prochutos derivados do Petréleo com aplicagdes industriais enquanto matcria-prima, fica ‘syjeito # um enquadramento regulamentar préprio a apro- ‘var pelo Ministro que superintende 0 Sector dos Petrsleos, 4. Podem ser atribuidos incentivos fiseais, aduaneiros ‘ou outros que se julguem adequados ao exercicio das acti- vvidades abrangidas pelo presente Decreto Presidencial, nos termos di lei I SERIE -N¢ 87 ~DE 1 DE JULHO DE 2019 4549 CAPITULO IT Regime de Exeretcto das Actividades do Sistema do Sectar dos Derivados do Petréleo ARTIGO 5° (ese de exeriloy 1. Esto sjeitasa licenciamento as seauintes actividades: 4) Refinago de Petréleo Bruto; b) Trangporte, ©) Exploragto de Oleodtutos & Gasodutos a Recepgio e Expedigio; ©) Exploragao de InstalagSes Armazenamento; fi Distribuigao, ¢) Comercializacio, 1h Bxploragio de Postos de Abastecimento, fi Importagao: i Bxportasao, 1B Reexportagao, Di Eexploragao de Redes e Ramais de GPL. 2. A entidade competente para a emissio das licengas ara 0 exercicio das actividades acima referidas, excepto as alincas a), j) €k), € oIRDP, excluindo as seguintes cuja competéncia é da Administragao Local @) Licenciamento para Exploragao de Postos de Abastecimento com capacidade inferior ou igual a 200m’; ) Licenciamento para vencla a retalho de lubrifican- tes; ©) Licenciamento para venda a retalho de gas butane; @ Licenciamento para venda a retalho de petréleo iluminante, ©) Licenciamento para revenda do gaséleo para con- sumo industrial com capacidade ate 200m. 3. A cntidade competente para a emissio das licengas para o exercicio das actividades constantes das alineas 2), j) ek) dons 1 do presente artigo e o Departamento Ministerial responsdvel pelo Sector dos Petroleos. 4. Quaisquer alteragses de capacidade ou outras que afectem as condigSes de seguranga das instalagdes dest- nnadas ao exercicio das actividades enumeradas no n° 1 do presente artigo carecem de autorizagio para o efeito pelo Ministro que superintende 0 Sector dos Petroleos, 5. A emissio das licengas referidas no n® 1 do presente artigo esto sujcitas ao pagamento de uma taxa, ¢ regem- -s¢ pelo disposto no presente Decreto Presidencial e demais legislacao aplicavel 6. Compete ao Departamento responsive pelo Sector dos Petréleos € ao IRDP criar mecanismos para © permanente acompanhamento do funcionamento dos intervenientes no ‘merendo € os operadores cujas actividades estio sujeitas a0 licenciamento referidas no n.° 1, devendo os intervenicntes © operadores prestar toda a colaboragao que Ihes seja solici- tada para o efeito, ARTIGOS* (Obrigacoes de servico piblico) 1. Sam prejuizo das actividades em regime concar- rencial, so estabelecidas obrigagSes de servigo publico previstas na Lei n° 28/11, de 1 de Setembro. 2. As obrigagaes de servigo publicos ao da responsabili- «dade dos intervenientesno Sistema dos Detivados do Petrleo, 3. Sito obrigagdes de servigo puilico, as seauintes @ Gevantir a seguranca, a reaularidade ¢ a qualidade do abastecimento; ) Garantir a seguranea das infra-estruturas e instala- 0s licenciadas ©) Garantir 0 avesso dos utilizadores, de forma nito discriminatoriaetransparente, as infia-estruturas € actividades lienciadas, nos termos definidos pelo IRDP, @ Garant a protecyao dos consumidores, designada- ‘mente quanto a tarifas e pregos; «@) Satistazer as necessidades dos consumideres prio ritétios nos sectores da Satide, Forgas Armadas, Energia, Agnas e Assistencia Social, P Satisfazer as necessidades das populagves remotas, através dapartitha deresp onsabilidades de todos os comercializadores na realizagao de investi- ‘mentos em Postos de Abastecimento, 9) Promover a eficiéncia eneraética ¢ a utilizagao racional dos recursos, a protecyo do ambiente e 1 contribuigao para o desenvolvimento sustenté- vel do tertitério nacional. 4. Em casos excepcionais on situagdes de emergén- ia, o IRDP pode exizit que as necessidades dos sectores priaritarios e populacdes remotas sejam parithadas pelos ‘comercializadores em fungao da sia quota de mercado, ARTIGO 7" (storia registedeinstalasoespetrlferas) 1. Antes do inicio da expleragao de qualquer Instalagao Petrolifera, o proprictirio deve requerer a entidade competente ‘canforme definida no atigo 5° do presente Diploma, a vistoria as instalages e/ou meios para efeitos de resto. 2. A visloriae vetficagaio da conformidade com as nomnas técnicas aplcdveis e da responsabilidad da entidade conform definida no artigo 5° do presente Diploma 3. Realizada a vistria¢ verifcade a confonmidade com as nneamas téenicasapliciveis, a entidade comp lente deve efectuar ‘orezisto das instalagdes mediante a apresentagao do comprova- tivo de pagamento da taxa de resisto, 4. Carecein de texisto a exploragio de instalago de anma- zenagem para consumo préprio, veiculo cistema, posto de abastecimento de consimno préprio, posto de abastecimento, instalagao de refinacao,instalacdo de amazenagem, terminal de receppo€ expedigao,oleoduto, gasoduto e posto derevenda de produtos petrliferos. 5. Aentidade competente deve efectuar e manter os ‘nos termos do nero anterior stos 4550 DIARIO DA REPUBLICA 6.0 Sistema de Gestao dos Cadastro Nacional de Registo de Instalagdes Petroliferas deve ser eaborado pelo IRDP © aprovado por Decteto Executivo exarado pelo Ministo que supetintende 0 Departamento Ministerial responsivel pelo Sector dos Petrdlecs. 7.0 licenciamento de qualquer meio usedo para o trans- porte de produtos petroliferes nos tems da lesislagao aplicavel carece de vistoria e reaisto, ‘8. Osmeios de transporte de produtos petroiferos devem ser acompanhados das respectivas licencas emitidas pelos éraaos competentes, em confomnidade com a reatlamentagao ¢ 8 nor nas técnicas aplives 9, $0 motivos de cessagio dos regitos emitidos quando ‘no cunnpram, cumulativamente, as seaintes condiedes, sob pena de caducidade: .@ Otitular ni ter eummprido comaseondigaes do resto, yA instalagio prolifera no se mantiver em funcio- remento; No ter 0 Cetiticado de Inspeegao vido para a instar Jagto petroliferarespectiva 10. 0 titular de um registo deve assegurar a inspecgao peridaica da instalagao petrolifera © deve submeter uma cépia do certficado a entidade licenciadora para anexar a0 registo respectivo, antes do termino do prazo de validade do cattficado vigente. ARTIGO 8° (Seguro de responsabitdade civ) Para garantiro cumprimento das suas obriga¢des, as enti- dades licenciadas, nos termos do presente Diploma, devem celebrar um seguro de responsabilidade civil de forma a assegurar cobertura de eveniunis danos materiais € cor porais sofridos por terceiros ¢ resultantes do exereicio das respectivas actividades ARTIGO 9° (Acesso de trceros a nstalaoes petrobfras) 1. Qualquer titular de licenga de comercializagao tem direito de acesso as instalagdes petroliferas de armaze- nagem, de terminal de descarga ou de oleoduto/sasoduto, desde que: a A instalago petvolifera tena capacidade disponi- vel: ) Nao se verifiquem problemas tecnicos insuperaveis ‘que excluam o uso de tal instalagao petroifera: ©) Cumpra com os regulamentos internos da instala- 0 petrolifera 2 Os tinuares de licenga de armazenagem, de termi- nal de descarga ou de oleoduto/gasoduto devem actuar com transparéncia na nexociagao do acesso as sas instalagses, sendo-Ihe vedado impor condig6es discriminatérias, a pré- tica de actos com intuito de limitar ou impedir 6 acesso de outros operadores no mercado ou de actos lesivos aos prin- cipios ¢ regras fimdamentais do Sector dos Detivados, bem como cumprir com estabelecido pelo IRDPno que respeita 1 qualidade de servigo prestado. 3. Os dados contabilisticos € demais informagao con siderada relevante devem ser disponibilizados ao IRDP de modo a que possam ser avalindos os custos em fimo da localizagio, quantidade e tipo de produto, dentro do prazo ¢stabelecido pelo IRDP. 4. Os ttlares de licenga de armazenagem, de terminal de descarga ou de oleoduito/gasoduto devem disponibilizar 1s dados histéricos de operagio relevantes sobre a instala- ‘¢ho petrolifera em causa a terceiros que assim o solicitem, em termos nfo discriminatérios, 5. Se as partes niio chesarem a acordo sobre os termos ‘comerciais ou operacionais que assequrem 0 acesso pretest ido, no prazo de 10 (Jez) dias apés a notificagao do pedido de acesso 8 instalagdo petrolifera ou de aumento da capacidade respectiva, pode o pedio ser submetido a decisio do IRDP. 6. Sem prejuizo do acesso negociado nos termos dos rmimeros anteriores, 0 IRDP pode estabelecer a metodologia, as condigdes € as tarifas para acesso de terceiros as instala- ‘oes petroliferas, 7. O acesso regulado as instalagoes de produtos petro- liferos deve cumprir com o estabelecido pelo IRDP nas seauintes matérias: ‘a) Condigies do acesso, nomeadamente na progra- ‘agai ¢ atribuigao das janclas de descarga; b) Qualidade de servigo; ©) Tarifas epregos, que devem ser definidos em Rest lamento Especifico; «) Prestagio de informago ¢ transparéncia. 8 0 Executive, através do Departamento Ministerial responsdvel pelo o Sector dos Pettdleos, pode permitir ares trigao de acesso as instalagdes de armazenamento, evocando para tal o interesse piblico. ARTIGO 10° esses do acoso) 1. As restrigdes do acesso a terceiros as instalagdes de ‘armazenagem, de recepgao de produtos petroliferos, de transporte por oleoduto/zasoduto, sao determinadas pelo IRDP por sta iniciativa ot mediante solicitago do operador, 2. As testrigoes do acesso determinadas pelo IRDP, por sua iniciativa, estao associadas a0 interesse puilico designadamente 9 necessidade de afectar a capacidade de ‘armazenagem a obrigagdes de servico piblico. 3. Os operadores das actividades mencionadas no nL deste artigo podem requerer a0 IRDP a restrigao as suas instar ng Ges, nas situagdes em que considerem que orriseo associado ‘0s investimentos o justifique. CAPITULO IIL Actividade de Refinacao de Petréleo __ARTIGO 11 ‘mbito e campetneias) 1. A actividade de refinagio de petréleo € exercida mediante licenga 2. A emissio da licenga da actividade ¢ da responsabili- dade do Departamento Ministerial responsivel pelo Sector dos Petrdleos que pelo acto, cobra taxas ¢ emolumentos em ‘montante a definir em legislacio cemplementar I SERIE -N¢ 87 ~DE 1 DE JULHO DE 2019 4551 43. Osrefinadores actuam em regime de mercado, detendo © explorando as infia-estruturas de refinagaio do petroleo bruto, doravante designadas por Refinarias, 4, Sem prejuizo do disposto nos anexos das respectivas licengas, 0 exercicio da actividade de refinacao de petrleo bbruto compreende: 4) Assegurar a exploragio, integridade técnica e manu- tengo das refinarias em condigdes de seguranga € flabilidade, de acordo com os padroes de quali dade aplicaveis a nivel nacional e internacional, ) Garantit © aprovisionamento © as operagses de recepedio do petréleo bruto; ©) Garantir a produgio de protutos petroliferos de tuna forma eficiente, minimiznde os impactes amibientais, Garantit a expedigao dos produtos petroliferos pro- duzidos. ARTIGO 12° (Atibuigno de ieeneas) 1. As entidades interessadas na obtengiio de uma licenca de refinagao devem apresentar ao Departamento Ministerial respansével pelo Sector dos Petréleos cam conhecimento a0 Instituto Regulador dos Derivados do Petréleo um pedido fundamentado, detathando as seguintes materias: 4a) Mercados a satisfazer, identificando as neces- sidades do mercado interno € as perspectivas relativamente a0 mercado intemacional, ind condo as principais tendéncias © 0s riscos associados, ) Caracterizagio genética da unidade a construir, inclnindo ainda as configuragdes alterativas a tipologia de base: ©) Capacidade de produto, deseriminada por produto; ed Fontes de aprovisionamento do petrdleo bruto, 2) Montante global do investimento, inchindo a forma de financiamento, Pf Bstudo de impacto sécio-econémico da refinaria para o desenvolvimento local; #) Patticipagies no capital da entidade que e detentora da licenga; +h) Garantias propostas. 2. O Departamento Ministerial responsavel pelo Sector dos Petroleos pode pedir esclarecimentos adicionais, sem- pre que os entendam necessérios, a uma anélise pretiminar da requisigao da licenga, 3. O Ministério que superintende o Sector dos Petréleos no Ambito da andlise preliminar da requisig4o da licenga, pode procesler as consultas que considere alequadas, 4. Fim. ¢ns0 de apreciagio favorivel, 0 Departamento Ministerial responsivel pelo Sector dos Petrdleos deve {earara proposta de refnaria nos objectivos a politica ener- setica da Repiblica de Angola, emitindo uma licenga prévia 5. As licengas prévias a que se refere o mimero anterior tem um caracter provisério. 6. Naposse deuma licenca prévia, os proponentes devem

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