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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A METODOLOGIA CIENTÍFICA EC


DOCENTE: MARIA DAS GRACAS MOITA RAPOSO PEREIRA
DISCENTE: KALYNA BARROS DE CARVALHO

ATIVIDADE PRÁTICA – RESUMO


O Leitor no Ato de Escrever a Palavra Escrita
No capítulo “O leitor no ato de estudar a palavra crítica”, Cipriano
Luckesi e os outros autores vão nos mostrar a importância do protagonismo do
indivíduo enquanto leitor, ou seja, o texto é tido como uma figura mediadora
entre o leitor e o mundo, é objetivo do texto auxiliar o leitor a entender melhor a
realidade em que vive. Se o texto não funcionar como um instrumento de
compreensão da realidade, ele não terá cumprido sua função e passará a ser
uma forma mecânica de identificar símbolos.

Inicialmente, é feito um paralelo entre as formas de conhecer a


realidade e adquirir conhecimento com o fito de destacar, posteriormente, a
importância de desenvolver criticidade ao ler textos. Os autores apresentam
duas formas válidas de compreender a realidade, a primeira corresponde ao
contato direto do indivíduo com o objeto a ser conhecido, ou seja, quando um
individuo se encontra em uma situação arriscada, ele irá estudar o ambiente a
fim de proceder com segurança, assim, ele estará elucidando a sua forma de
ser e as possibilidades de ação com e sobre ele. A segunda forma de enfrentar
a realidade ocorre de forma indireta, o individuo estuda a realidade a partir do
conhecimento transmitido por outra pessoa mais experiente, ele se conecta
com o ambiente mediante a expressão de outras pessoas através de símbolos.

Partindo do viés da criticidade, a forma de conhecimento direto será


crítica na medida em que busque uma elucidação compatível com ela, a
criticidade equivale a objetividade na elucidação, ou seja, a compreensão dos
fatos precisa ser fundamentada na descrição da realidade a partir de suas
manifestações e não a partir de projeções psicossociológicas do sujeito. Já o
ato de compreender a realidade por terceiros será crítica se o indivíduo não se
deixar alienar e não abdicar de sua capacidade pessoal de investigar, essa
alienação se dará ao fato de o indivíduo se apegar à expressão logicamente
bem construída do texto, negligenciando seu necessário vínculo com a
realidade.

Nesse panorama, conclui-se que a forma indireta de compreender a


realidade pertence à posição do leitor, visto que, o texto vai servir a nós,
leitores, como um instrumento de comunicação sobre a realidade do mundo,
desse modo, o leitor poderá ser sujeito ou objeto da leitura. O leitor como
objeto da leitura não compreenderá com precisão a mensagem transmitida por
dois motivos: emoção sentida diante o texto ou dificuldade de compreensão,
em ambos os casos o leitor perderá o sentido objetivo do texto e adotará uma
visão acrítica e alienante. Para se configurar como como sujeito da leitura, o
leitor deve objetivar compreender e não memorizar a mensagem transmitida
pelo texto, deve ter como atitude básica a postura de avaliar criticamente o que
ler e questionar constantemente aquilo que o autor quis dizer e, assim,
conseguir criar novas interpretações da realidade.

Diante desse cenário, é necessário que pais e professores estimulem,


desde a tenra idade, a formação de leitores capazes de compreender o texto e
interagir com aquilo que foi transmitido com o objetivo de aplicar os
conhecimentos adquiridos na análise da realidade. O leitor deverá ser capaz de
extrair da leitura diferentes acepções ao interpretar criticamente o universo
escrito, incluindo-se em um contexto reflexivo em que vivências diferentes do
autor e do leitor se contextualizarão em simbologias não necessariamente
idênticas.

REFÊNCIA
LUCKESI, Cipriano, BARRETO, Elói, COSMA, José, BAPTISTA, Naidison.
Fazer Universidade: uma proposta metodológica. 15 ed. São Paulo: Cortez,
2007. p. 136-143.

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