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Apontamentos Filosofia Politica
Apontamentos Filosofia Politica
Filosofia Política
Canónico- Traz algo importante que outros depois dele não
compreenderam
Via para entender o estado – Veritá effetuale do assunto. O
que ele, os historia
Para mostrar a realidade da política e para ensinar os
outros ---------- Manual de auto ajuda para políticos
Fortuna-------- Imponderável, o que não se pode dominar
Virtù------------- não confundir com a virtude cristâ mas sim a
excelência e capacidade de traze glória para si mesmo e
segurança para o estado
Alguém pode ter mais virtù e ser afetado por fortuna
Se a fortuna preponderasse assumiríamos uma posição da
determinismo radical
Se fosse a virtu, teríamos uma visão libertista
Contudo, a virtù pode contornar a fortuna
O político pode optar por uma animal
E, posto que é necessário a um príncipe saber usar do animal com
destreza, dentre todos ele deve escolher a raposa e o leão, pois o leão
não
pode defender-se de armadilhas, e a raposa é indefesa diante dos
lobos; é
preciso, pois, ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para
afugentar
os lobos.
Capítulo XIX
As formas de conquistar a fama e a estima do povo ?
- Faz-se através de grandes obras e feitos e fazê-los perdurar na memória
do povo.
- Às vezes esses êxitos são fantasiados e engrandecidos (típico de regimes
não democráticos)
- Os ditadores enaltecem para além do ridículo.
Contudo o exagero pode levar à sua desgraça
O esforço para manter uma imagem não deve impedir de fazer o que tem
de fazer.
Capítulo XV
Questão da guerra
Nicolau teve a função de montar uma milícia para defender florença. Ou
seja, é necessário ter um exército capaz de proteger o Estado.
( O putin não diz a verdade para salvar a sua imagem)
Tipos de principes~
Principes hereditários
Principes que o alcançaram pela fortuna, ou pela virtu,
Se o alcança por sorte, dificilmente o mantem
Se alcança pela virtu, mais facilmente o mantem porque está treinada
Alfa------------------------------------------------------------------- ómega
Sumário
Ao ler escreve-se
Thomas More
Vice procurador de Londres em 1510
Lorde Chanceler
Durante o reinado de Henrique XVIII
As igrejas nacionais reivindicam maior autonomia em relação ao papa.
Com a igreja anglicana é independente em hierarquia religiosa
Thomas More era um papista e católico convicto e demite-se de Lorde
Chanceler por causa do cisma. E não assinou o reconhecimento do corte
com a igreja católica e o casamento de Henrique XVIII. Como
consequência, foi preso na torre de Londres. Não aceita fugir por lealdade
ao rei.
Há uma intriga, com um julgamento de testemunhas falsas, que acusaram
Thomas More de coisas que nunca disse. Foi acusado de traição e foi
decapitado.
Sócrates cristão e moderno- morrer e aceitar morrer por lealdade às suas
ideias e convicções.
Utopia – 1º parte da utopia ( descrição da Inglaterra e europa do seu tempo)
Amigo de Erasmo de Roterdão- crítico acervo da conduta dos sacerdotes
Elogio da Loucura crítica à igreja
Moria – Loucura – “ és o mais sabio deles todos”
Se a loucura está em todo o lado ? Onde está a sabedoria ? Musquama, ou
seja, em lado nenhum.
Começo
Personagens
Thomas More (personagem, não autor)
Pedro Giles (encontra à saída da missa)
Rafael Hitlodeu (apresentado por Pedro Giles )
Conhecedor do latim e o grego e da filosofia. Nasceu em Portugal e ligou-
se a Américo Vespucci, mas não regressou ao país e ficou em Nova Castela
e viajou até encontrar uma embarcação portuguesa. Navega como ulisses e
pensa como Platão.
A Utopia está cheia de intenções e duplo sentidos.
Rafael = Anjo anunciador
Hitlodeu= aquele que fala muito
Tentativas utópicos
Pensadores Socialista Utópicos: Passam pela imaginação de
sociedades utópicas sem exploração e procuraram mesmo realizar
essas sociedades. David Owen chegou a ser o maior industrial da
Inglaterra, e procurou criar uma sociedade perfeita nos EUA
Contra-Utopias- Imaginação de outros mundos que nos são
apresentados como reais mas que são realidades piores .
G.Orwell, 1984 e o Triunfo dos Porcos
Admirável Mundo Novo, a Reprodução Humana é controlada e in
vitru. Apuramento da raça
Em suma, Thomas More foi um enorme inspiração para diversos
autores. Todo o pensamento utópico tem uma propensão para
utopias, para imaginar realidades políticas perfeitas. Caminhamos
num sentido contrário ao sentido de Maquiavel e o seu pensamento
mais realista. Há uma comparação.
Estado de Igualdade
Autores antigos defendem que uns nasceram para governar e
outros para ser governados. Hobbes, em contrapartida, acredita que
não há diferenças suficientes num homem que lhe permite vencer
alguém mais forte. Elas existem mas não são grandes, logo são
todos basicamente iguais .
Em Estado de Natureza, os homens vivem orientados
pelas paixões dos sentidos e da mente, em permanente
competição com outros, que leva à rivalidade e à
inimizade.
No estado de natureza existe uma guerra todos os homens
contra todos os homens. O estado da natureza, o homem é o
lobo do homem.
O estado de natureza pode surgir através de desgraças naturais,
tipo terramoto ou epidemia- Salve-se quem puder. Mas hobbes
pensa mais em fenómenos políticos
Qual o problema ?
Não há atividade económica porque isso exige cooperação
Não há justiça
Nem bem ou mal (valores que podem apenas valer para cada
um de nós mas não na prática e no exterior
A vida em estado de natureza é difícil e curta
Como passamos ao estado civil ?
Fazer com que os humanos cumpram a lei e a respeitam e
cooperem com os outros.
16-11-2022
1. Maquiavel
2. Moore
3. Hobbes,Locke Rousseau
4. Marx
Exames de Recurso
Época Normal
1-02-2023
Época especial
17-07-2023
1.Contexto Histórico
Rei Jaime II, que se aproxima da França e do Catolicismo e do
Absolutismo.
Suspensa o Parlamento
Causa conflitos internos devido a níveis políticos e religiosos:
Políticos:
Oposição dos mais liberais
Medo de Inglaterra perder a sua soberania e
Constituição:
Whigs (?) vs Radicals
John Locke alinha com Lord Ashley, sendo o farmacêutico do seu
tio.
A sua vertente cientifica, vai influenciar a sua ideia da política,
sobretudo com o seu empirismo.
Críticas:
- Má leitura das escrituras – elas não dizem que existe uma
delegação do poder absoluto no rei
- Poder público é diferente do poder privado (familiar) – oque
se passa no reino é diferente da família
- A filosofia política não é um derivação da teologia, uma coisa
é uma coisa.
- o fundamento da filosofia política não é autoridade (definição
lata, autoridade como dominação) mas razão.
- A razão permite alcançar o conhecimento
Leitura essencial-
Capítulo I, II, III, V,VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIX (se quisermos)
Lei Natural – Conjunto de deveres que são vinculativos do
individuo. São anteriores à razão e só a razão permite-lhes
conhecê-los.
Diferenças:
- Hobbes tinha a certeza que num estado de natureza perdura
necessariamente a desordem- Existem as leis naturais que
impedem tal. Existe razão que as permite conhecer em Estado da
Natureza
- Direitos naturais invioláveis garantidos pela
- Estado de paz que prevalece no estado da natureza, mas é
necessário alguém que arbitre o estado civil.
- Ele não considera que a natureza humana é boa ou má, mas
existe sempre alguém que transgride a lei natural
Quem é criminoso não tem direitos. – Regra de Punição
Proporcional
Filosofia Política
Aula – 26/10
Locke vs Filmer
Sumário
Direito individual à vida e à liberdade são importantes em Locke,
mas o essencial é o direito à propriedade. Locke é o primeiro a
conceber esta ideia de propriedade privada.
Vamos falar de Pacto Originário em Locke e não Pacto Social.
Competência ?
Livro II . 27
5.Governo Civil
7.Leis positivas
Direito de prerrogativa
- Nem tudo é previsto pela lei postiva e às vezes é necessário ir
além dela;
- Mas este poder excepcional do federativo é perigoso e precisa de
ser vigiado, pois pode tornar-se tirânico ou despótico . Quem pode
julgar e vigiar o executivo, quando este excede o seu mandato de
conservar a comunidade política ?
9. Resistência / Revolução
O governo legítimo é aquele que tem a sua ação dependente do
cumprimento das leis positivas decorrentes da lei natural, podendo
agir excepcionalemente para garantir com maior eficácia o
cumprimento dos direitos individuais. Quando tal não acontece, o
povo tem o poder de depor o o governo.
Trata-se de um direito de resistência que decorre do instinto natural
de auto-subsistência, que motiva o individuo a resistir a qualquer
acto que viole os seus direitos.
Locke fala de um direito a dissolver pela força o governo civil que
se torne ilegítimo.
II.149
Conclusão:
Não existe um estado liberal bem definido mas mostra os indícios
de uma teoria política liberal de checks and Balances
Cap XIV existe um pendor conselheiro
Rosseau
1ª do discurso sobre a origem da desigualdade dos homens (2º
discurso) e o último parágrafo do livro.
O Contrato Social
Natureza humana distinta da definição de Locke e Hobbes,
Rousseau apresenta uma imagem mais verdadeira do homem.
Último paragrafo
O contrato social
Trecho de abertura do Contrato Social
O primeiro postulado de O Contrato Social:
- Principio antropológico: Liberdade originária ( o homem nasce
livre) O estado deve proteger os direitos se não é ilegítimo
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos
Liberdade civil´
A liberdade civil está codificada no direito positivos – ela exige
obediência à lei
- São impostos limites jurídicos à propriedade (abandono da possse
ilimitada )´
-A justiça só pode emergir de um estado civil;
- É a lei que garante a proteção das liberdades dos indivíduos
Vontade geral
É o contrato que fundamenta uma associação política legítima;
Cada individuo subordina a sua vontade, à sua força, os seus
talentos à vontade geral, que dá unidade ao corpo político;
É apartir da vontade geral que se funda o direito positivo;
A vontade geral é a expressão da soberania em Rousseau
--------------------------------------------2ª parte---------------------------------
Soberania popular
Os direitos políticos estão nas mãos dos cidadãos:
- o povo é o autor das leis a que se submete guardião da lei (autoria
jurídica)
- O povo regula as leis de associação que vigoram no estado civil
- A governação depende do cumprimento de vontade geral que é a
vontade dos governados
- A vontade geral depende do respeito pelos interesses dos
indivíduos, que são os interesses comunsd.
Desenho moderno de democracia assenta na ideia de
soberania popular.
Livro I cap 6
Legislador
Triade:
Vontade geral
Soberania popular
Bem comum
A ideia de laicidade e Rousseau- a ideia de religião do estado
Dia 14 de dezembro aula no Edifício 3 anfiteatro
Horário de atendimento – 14-16h
3Soberania
1. Inalienável: o individuo não prescinde o seu potencial de criar leis, a
sua soberania
2. Indivisível: não existe uma separação de soberania, pois a força do
poder soberano depende da sua unidade; a Soberania não é dividida por
poderes, não há separação de poder, e essa unidade soberana existe
na legislação, o executivo é pouco importante, não tem atos soberanos
3. Única forma de legitimação: a lei depende da vontade do Estado que
é, ao mesmo tempo, a vontade do povo, ou seja a vontade geral;
4. Particularismo político
A vontade geral depende de povo para povo, cada um tem a sua
vontade geral e cada um determina a melhor forma de constituir
governo.
O contrato social não determina uma forma de governo específica, um
esquema legal ou um tipo de regime que funcione para qualquer povo
Diferentes hábitos culturais podem produzir vontades gerais diferentes:
para cada vontade geral, o regime mais apropriado
Rousseau: Corte importante com a tradição jusnaturalista, o positivismo
prevalece sobre qualquer direito natural.
O próprio povo redige lei
Livro II Cap 4
Se os indivíduos querem ter liberdade civil, não devem eleger um tirano. Crítica
contra Hobbes.
8. Tipologia legal Livro II. Cap 5
Existem quatro tipos de leis:
1. Leis fundamentais ou políticas: Relação do povo com o estado
2. Leis civis: Leis particulares (se as vontades são particulares as leis
também) que regulam os deveres e os direitos do cidadão
3. Leis criminais: Direito Penal
4. Costumes: Hábitos culturais do povo e que não são codificados em
letra de lei - > Regras ou normas de comportamento
Hobbes e Rousseau
- Os homens tem vícios já no estado de natureza, tinham paixões.
Para hobbes o estado de natureza é um estado de guerra criado por
motivações de dominação, ambição, perfídia
Rousseau dirá que nenhuma destas características define o homem natural,
mas que se intensificam quando este começa a sociabilizar.
Como sair deste impasse ? Para Rousseau, o homem também é dotado de
razão, por isso pode escapar ao seu terrível destino, aperfeiçoando-se. A razão
permite aprimorar a sua moralidade. O contrato social permite proteger as
liberdades do individuo e este pode florescer
O Homem não quer fazer mal ninguém por causa da piedade mas quando
ganha amor próprio ao constituir sociedade, gera conflito
Hobbes:
- O homem é violento por natureza e é naturalmente hostil em relação aos
outros.
- O propósito do leviata é meramente garantir a sua preservação e a dos
seus súbditos
- Entendimento parcial da realidade política ( vida, mas sem felicidade)
- Interpretação meramente negativa da política
Rousseau:
- O homem quer preservar-se no estado de natureza, mas não é
suficientemente capaz para pensar em ameaçar activamente o outro
- O propósito da política moderna deve ser não só a preservação dos
cidadãos , mas também a criação de possibilidades para que estes
possam ter uma vida preenchida e feliz.
- Interpretação positiva da política
- São necessárias leis que garantam que o cidadão possa florescer, as
leis garantem o bem comum e faz parte do bem comum a felicidade.
(setas para baixo)
Hobbes
A natureza do homem é hostil
Rousseau dirá que Hobbes está errado: essa hostilidade é o produto da
gradual socialização entre indivíduos e é derivada do momento de primeira
apropriação
Locke
A propriedade é natural
Rousseau dirá que Locke está errado: nem a propriedade é natural, nem é
desigualdade dái decorrente é conforme a princípios de justiça.
Rousseau dirá que a justiça só pode ser alcançada pela lei positiva, isto é,
depois de lavrado o contrato social. A justiça deriva não do direito
natural, mas do direito positivo.
Citação da obra para comentar
5 temas, um tema por autor e escolhemos 2
Vai valorizar comparações com outros autores
Locke e Hobbes vem a transição como necessária, já existia antes no estado
de natureza
Rousseau -> Não é necessário, foi um acaso, foi a apropriação.
Aula 16/11
Karl Marx e Engels – Manifesto do Partido Comunista
A LUTA DE CLASSES
Duas classes na sociedade que se opõe e contradizem: burguesia e
proletariado
- A tese de Marx e Engels é a de que a burguesia desenvolve
tecnologicamente as condições de produção
- As condições de produção da sociedade burguesa viram-se contra a -
própria burguesia
- Originam-se crises do sistema capitalista
- O operariado moderno, o proletariado, será o responsável por depor
a burguesia, que é responsável pela sua criação.
Otimismo histórico e determinismo- a vitória do proletariado é
inevitável, fim da história
Determinismo histórico
-Existe um fim da história, que é o triunfo do proletariado sobre a
burguesia
- Esse triunfo só pode ser alcançado através de uma revolução, que
instaura uma nova sociedade, a comunista
Comunismo
Comunismo como componente ideológica que transforma o
proletariado num sujeito político revolucionário. Características da
teoria comunista marxista:
- Abolição da propriedade privada
- Estatização dos meios de produção
- Transformação do proletariado: de classe dominada a classe
dominante
Esta transformação ocorre com o inevitável triunfo do proletariado
na luta de classes~
Prefácio de 1883
A história só pode compreender-se pela chave da luta de classes. É ela
que determina os avanços e recuos das condições materiais de existência
Prefácio de 1888
- A luta de classes só poderá resultar num triunfo do proletariado, caso se
garanta a emancipação de toda a sociedade.
O proletário deve garantir a liberdade de todos
Socialismo vs comunismo
Prefácio à edição inglesa de 1888
Engels refer que comunismo é diferente do socialismo:
- socialistas estavam fora do movimento operário
- socialistas eram utópicos
- Socialismo era uma degeneração da burguesia
A revolução não pode ocorrer com uma discussão parlamentar
Bakunin traduziu em 60 o manifesto
Aula 23-11
Filosofia Política – Karl Marx
Marx e Engels afirmam ter encontrado a verdade da história, a única no mundo, e existe
uma vanguarda de pessoas intelectuais capaz de revelar essa verdade aos restantes que
não a conseguem aceder.
Marx e Engels consideram que os trabalhadores estão sob a ameaça da
burguesia, não só ao nível económico, mas também cultural:
Que ameaças são essas ?
1. Competição e exclusão entre os próprios trabalhadores
(internalização da ideologia capitalista)
2. Passividade e resignação (alienação)
3. Desunião entre trabalhadores: impedem a estruturação de um sujeito
político.
O grande problema:
Vontades entram em conflito dentro do proletário. Para sobrepor a sua
vontade à outra, é necessária a força
Socialismo V. Comunismo
- os autores do séc.XIX utilizam os termos com alguma fluidez
-São termos recentes: “socialismo” teria surgido na década de 1820, como
referência ao owenismo, e na década de 1830, para se referir ao saint-
simonismo
- O termo “comunismo” só é reabilitado na década de 1840.
Anarquismos:
Mikhail Bakunin- a separação entre socialismo utópico e cientifico é
estupido. Existe entre socialismo autoritários e os libertários. Marx propõe
que o proletariado tome conta do estado.
Emma Goldman-
Filosofia Política
Anarquismos: Antiautoritarismo, Liberdade e Violência
Falar de anarquismo como singular é errado, pois existem vários anarquismos. Nós
vamos estudar aqueles que advém do socialismo.
Marx e Engels – Emancipação
Anarquismos- Liberdade política e igualdade económica com conciliamento
1. Contexto histórico
An-archos
Sem um ser superior
Sem autoridade
Sem governo
Os anarquismos rejeitam a legitimidade política e moral da autoridade
Ao longo do tempo, o termo tem sido utilizado com conotação negativa pelos autores.
Para os contratualismos a sociedade ideal é aquela que nega a anarquia.
Apenas a partir do século XIX, surge este conceito de anarquismo.
Marx e Engels procura legitimar moralmente e politicamente a autoridade
Para um anarquista não há forma de legitimar o estado de qualquer maneira.
Os termos anarquia e anarquismos começam a ser utilizados num sentido político
durante a revolução francesa:
- Utilizados para denunciar as fações mais radicais dentro do espaço revolucionário;
- Utilizado pelo diretório (1795-1799) para caracterizar os excessos de alguns
revolucionários
Anarquismos ganha uma conotação negativa: torna-se sinónimo de violência política ou
perda de
1840: mudança de percepção em relação aos anarquismos
- Ano de publicação de O que é a Propriedade ? de jPierre Joseph Proudhon
- O autor responde dizendo que a propriedade é um roubo
- No mesmo livro, Proudhon é o primeiro a afirmar-se como anarquista
Primeiro dilema filosófico-político: pode uma sociedade ser justa sem autoridade
política?
Proudhon irá responder afirmativamente a esta questão:
- Autoridade não é sinónimo de justiça
- As leis criadas pelos homens não representam a justiça
- A justiça só pode ser encontrada num reencontro entre os indivíduos e a natureza;
Natureza com um mito onde o individuo reconhece a sua natureza
- A justiça não pode ser encontrada no direito positivo, que é apenas uma legitimação
jurídica e moral da lei natural do mais-forte.
Segundo Rousseau, a lei é a vontade do estado, que está legitimado na vontade geral,
logo a justiça é a obediência às leis. Os indivíduos prescindem de uma parte das suas
liberdades para alcançar um bem maior.
Segundo os anarquistas, as leis não garantem que os indivíduos vejam a sua soberania
respeitada. A ideia de justiça não se encontra com o direito. Como tal o homem tem de
voltar a habitar na natureza. A lei não garante a proteção dos indivíduos mas a
conservação do estado, que implica a conservação de relações de poder no estado.
2. Anarquismos: Principios fundamentais
Os anarquistas não são desordeiros. A desordem surge das injustiças do estado.
O estado visava resolver as injustiças do estado de natureza, mas segundo os
anarquistas tais innustiças não existiam naturalmente, foram criadas pelo estado
civil.
Proudhon inverte a crítica que era feita aos anarquistas: a desordem é criada pelo
principio da autoridade política e não pela sua inexistência
Uma ordem natural justa deve ser reafirmada, através da supressão da autoridade
política, da soberania e do Estado
Stor:
O Estado existe para fundamentar a violência politica. Através da
criminalização.
Surgiu a ideia de que certos indivíduos eram naturalmente criminosos no século
XIX e XX – Eugenia, mas reencarnou numa disciplina chamada genética.
A ciência não é neutral e pode ser usada para legitimar a violência do estado.
É um disparate que se possa entender a predisposição para a criminalidade por
genética. Segundo Goldman, a criminalidade é causa pelo estado, que é
responsável por degradar os indivíduos através desta relação com o capitalismo.
Ao proteger o direito a propriedade, tal causa uma desigualdade social, e como
tal criminaliza a pobreza.
Feminista Anarquista
Goldman mostra-se contra a exploração do corpo feminino e utilização da mulher
enquanto objeto sexual: contra a cultura puritanista que reprime a sexualidade:
- A prostituição não é o único exemplo de exploração do corpo feminino: o trabalho
reprodutivo e os baixos salários também reveleam a cultura laboral repressiva.
A libertação da mulher não pode ser conseguida com acesso ao direto ao voto:
emancipação feminina só pode ser alcançada com a abolição da escravatura económica
e do capitalismo.
A mulher que está em casa simplesmente a procriar também é uma forma de
exploração.
O Estado infiltra-se em tudo o seu poder. E onde surge com mais precisão, é onde
ele não necessita de aparecer. Quando os indivíduos adotam este tipo de
comportamentos.
Kelsen e Schmitt
Kelsen vai repugnar a ideia de filosofia do direito mas quer sim uma
ciência do direito.
1. Contextualização Histórica
- Nasceu em Praga, império austro húngaro
- Lecionou filosofia do direito em Viena
- Conselheiro jurídico do ministro da guerra durante a primeira guerra
mundial
- membro do tribunal constitucional em 1921
- Sai da Alemanha em 1933 para a suiça e os EUA por causa do
antisemitismo nazi
- Publica em 1945 o General Theory of Law
- Preparou os aspetos legais e técnicos dos julgamentos de Nuremberga
2. Jusnaturalismo VS juspositivismo
Problema fundamental da modernidade política: Relação entre o Estado e Justiça
A partir da revolução francesa: oposição entre legitimidade e arbitrariedade
(revela-se na constituição característica de soberania)
- a evolução da sofisticação do Estado moderno vai gradualmente eliminando a
arbitrariedade;
- No seu lugar, emerge a legitimação legal;
Primado da lei
(Schmitt como Hobbes) (Kelsen procura eliminar a arbitrariedade)
….
Kelsen afasta-se do jusnaturalismo porque pretende criar uma ciência do direito que não
esteja relacionada com assuntos ideológicos ou morias:
Direito natural: perante um delito, tem de haver uma sanção administrada pela
comunidade politica
Diferente de )
Direito Positivo: perante um delito, deve haver uma sanção. A sanção será administrada
independentemente de qualquer consideração política ou moral.
As conceções de justiça são subjetivas, logo não se ergue uma ciência do direito sobre
esses conceito. A justiça não é da competência do direito.
Os valores axiológicos não entram no direito, como a ideia de justiça, a
jurisprudência do direito positivo deve ser descritiva.
Valorez morais não entram na discussão do drietio positivo porque a justiça é um
elemento irracional que não tem lugar numa ciência legal
4 . Eficácia e validade
Qual o papel do jurista ?
- Não pode prever de que forma um dleito pode ser sancionado (se a sanção apropriada
será aplicada)
- Só pode dizer o que deve acontecer (qual a sanção apropriada)
-> o jurista deve estar preocupada com o significado dos factos
-> ao separar o que é do que deve ser, Kelsen rejeita a jurisprudência que atribui a
validade da lei à sua eficácia
….
A existência de uma ordem legal não depende da sua eficácia, mas da sua validade:
as normas legais devem ser aplicadas e obedecidas
6. Direito Ineternacional
Kelsen corta com as duas correntes de jurisptudencia de direito internacional
7. Carl Schmitt
Responde que a ordem jurídica de Kelsen não é humano, é robótico e afastado dos
valores e expectativas humanas.
O estado exceção tornou-se a norma do estado.
- Nasceu em 1888 na Alemanha
- Formou-se em Direito com doutoramento em jurisprudência e
- Apos a ww1 aproximou-se da doutrina hobbesiana, defendendo que o Estado e a
autoridade são os únicos garantes de segurança: auctoritas, non veritas facit legem
- A noção central de obediência leva-o a afiliar-se ao partido nazista
- Presidente da Associação de Jurista Nacionais Socialistas
- Até 1945, foi professor de direito na universidade de Berlim
- Morre em 1985
8. Teologia política
Publicado originalmente em 1922.
Problema central do livro: conceito de soberania.
O soberano é aquele que decide:
- O que é a exceção ?
- Qual o conteudo da ação excecional
-> Decisionismo marca a soberania.
9. soberania´
Soberano é aquele que decide na exceção.
Conceito de crise: só através de crises (fractura na historia) do estado é que é possível
observar limitações da norma.
A crise permite ver a vulnerabilidade do direito: revela a exceção, os limites da
lei
Contra kelsen, que procurava criar uma ordem jurídica que afastasse a exceção:
uma teoria pura do direito conseguiria prever a totalidade fenómena.
A essência do poder soberano impede-o de estar sujeito à lei, principalmente em
momentos excecionais.
(Ter em conta o contexto da República de Weimar e a sua instabilidade)
rNem toda a realidade social é do domínio do direito.
Separação entre direito e política. O politico não está limitado pela lei, principalmente
em crises
….
Obejtivo: localizar o estado de emergência (a exceção) numa teoria da soberania.
Soberania reside no subjetivismo (contra kelsen)
10. teoria do estado
O estado schmittiano apresenta características hobbesianas:
- Ter o monopólio da violência legitima
- É a única entidade que pode distinguir amigo do inimigo – grau de subjetividade, cada
líder decide
- O estado pode dispor arbitrariamente da vida dos súbditos para garantir a sua própria
conservação
O principal propósito do Estado é manter a ordem e atingir a normalidade (conceito
complexo) O estado transcende os limites da lei para a sua autopreservação.
Estabilidade: em casos excecionais, só pode ser garantida pelo decisionismo
….
A soberania do Estado é mais importante do que a validade da norma jurídica
A Suspensão do direito, no caso da exceção, via precisamente garantir a auto-
conservação do Estado
A decisão emerge como fundamento derradeiro da ordem política.
Ex. covid
O estado de exceção tornou-se norma na atualidade – segundo Schmitt
A lei só vigora na normalidade, e quem a define a normalidade é o soberano -> lei
conectada ao poder
11. Primado do Político
A vida humana não pode ser adequadamente não pode ser apreendida por um conjunto
de normas: há sempre algo que escapa à lei e que torna a vida capturável ao direito.
(kelsen cai numa utopia com uma lei capaz de prever todas as situações, aplicada a
todas as facetas da sociedade, inclusivo a privada.)
Ao contrário de Kelsen, Schmitt dirá que não existe primado da lei, mas primado do
politico.
->Se se prescindir do elemento humano, como deseja Kelsen, não será possível
responder à imprevisibilidade das circunstancias:
A lei deve estar sujeita à vontade do humano e não o seu inverso. Está submetida a um
homem em particular, o soberano.
….
Interpretação histórica de Schmitt: o legislador omnipresente desaparece no séc. XIX,
dando lugar à fragmentação do poder, divisão dos poderes e à ideia de que a soberania
da lei devia prevalecer sobre a soberania dos homens.
- > A legitimidade democrática e legitimidade constitucional
Schmitt propõe que a soberania volte a estar indivisível
….
A ação política e legal tem necessariamente uma qualidade humana.
É a pessoa-soberano, perante a possibilidade de uma ordem jurídica entrar em
crise, que torna a decisão adequada para conservar e recuperar essa mesma
ordem jurídica.
Dois problemas com o primado da lei:
- Só é possível compreender a nteureza de uma ordem jurídica através de uma
compreensão da soberania, que por sua vez só é apreendida no território da excepção;
- Primado da lei conduz a um entendimento maquinal e burocrático do mundo, e a um
gradual esvaziamento do político.
….
Tarefa de Schmitt é recuperar o lado humano da governação: repolitização do mundo:
- Isto implica recuperar conceitos que a modernidade foi gradualmente sufocando nas
suas teorias políticas, através da mecanização do direito: em primeiro lugar, os
conceitos de soberania e da autoridade.
Emerge uma nova figura que decapita o monstro mecânico do estado como aparato
burocrático-normativo e reumaniza a política: o ditador
Rousseau- desubjetivação com a vontade geral
Locke- Subjetivação
A modernidade removeu a autoridade e a soberania com a emergência do estado
burocrático, o ditador
A ordem é reposta por alguém que governe unilateralmente porque o direito é incapaz
de prever tudo
….
A lei deve estar submetida ao politico
Para Kelsen, a arbitrariedade está esgotada pela lei, pela obediência à lei
Ligação com a esquerda: O poltico é aquele que vê a verdade efetiva das coisas. Como
o partido comunista.
…………………………………………………………………………………………..
Aula 14/12
Rawls – Uma teoria da Justiça
Justiça, equidade e liberdades
Desigualdade natural não pode justificar moralmente a desigualdade na distribuição de
riqueza.
Em 1971 apresenta uma teoria da justiça, o que significa que não é a única mas uma de
várias a competir na filosofia.
………………………………………….
2 Conceção de Justiça Liberal-Igualitária
Fundamentos individualistas
(primazia de direitos individuais)
+
Fundamentos solidaristas
(noção de que os indivíduos devem partir do mesmo ponto de partida)
………………………………………………………………………………………
3. Uma teoria da Justiça (1971)
Sociedade como um sistema de cooperação
- Composta por cidadãos com igualdade de direitos e liberdades (propriedades morais
básicas)
-> Todos os individiuos detem dois poderes morais:
1. Capacidade para criarem uma concepção de bem (moralidade) embora isto é
subjetivo, cadum cria a sua
2. Capacidade para agirem justamente, segundo uma concepção de justiça
(razoabilidade)
4. Poderes Morais
Racionalidade- Criação de uma concepção de bem
- Funda-se na racionalidade de cada individuo:
Capacidade para definir os fins que pretende alcançar;
Capacidade para definir quais os meios mais adequados para atingir esses fins
Daqui decorre a efetivação da liberdade individual, isto é, a possibilidade de cada
indiivduo escolher o curso a dar à sua vida.
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Capacidade para discernir e agir de forma justa
-Além da racionalidade, os índividuos agem de forma razoável:
Os indivíduos estão naturalmente dotados de um sentido de justiça. (como as crianças
que tem essa ideia inata de justiça)
Daqui decorre a expressão de igualdade de cada individuo: todos lees são dotados não
de racionalidade mas de razoabilidade para aigrem justamente.
5. Sociedade como sistema de cooperação- qual a definição de sociedade
Apesar de a sociedade ser um sistema de cooperação, podem surgir conflitos entre os
cidadãos.
Porque nascem esses conflitos ?
- Distribuição de encargos da vida social (deveres)
- Distribuição de benefícios da vida social (direitos)
Como os cidadãos preferem mais direitos que deveres, cabe à justiça encontrar os
mecanismos capazes de fazer uma distribuição mais adequada dos dois.
6. Concepção de justiça rawlsiana
Trata apenas da distribuição justa de bens sociais primários:
- Liberdades
- Oportunidades
- Rendimentoss
- Riqueza
Este cabaz de bens sociais primários é o que os cidadãos precisam para efetivarem
os seus dois poderes morais: para que possam agir de forma justa e razoável
7. BENS SOCIAIS PRIMÁRIOS
Não dependem da distribuição aleatória de capacidades naturais (luck egualitarianism) –
é necessário que todos partam do mesmo ponto de partida, sejam iguais.
Dizem respeito à distribuição de encargos e benefícios (deveres e direitos)
Na vida social, regulada pela estrutura básica da sociedade.
A estrutura básica da sociedade é o objeto da justiça de Rawls
Rawls introduz um critério distributivo à sua teoria da justiça: qualquer ganho (de
todos ou só de alguns) só pode justificar-se se garantir “ o maior benefício”, dos
mais desfavorecidos.
…………………………………………………………..
Igualdade democrática: rwal favorece uma interpretação dos princípios de justiça, que
consiste em:
Primeiro principio (liberades iguais para todos)
+
Primeira alínea do segundo princípios (principio da diferença)
+
Segunda alínea do segundo principio (igualdade equitativa de oportunidades)
A igualdade equitativa de oportunidades exige modificar a estrutura básica da
sociedade: se os indivíduos são igualmente livres, do ponto de vista formal,
então é necessário corrigir os mecanismo redistributivos da riqueza, para que
essas liberdades se tornem, de facto, efetivas; a igualdade equitativa de
oportunidades corrige parcialmente a má sorte da lotaria social.
Taxação é necessária para minimizar as desigualdades.
A lotaria social
Os indivíduos não são moralmente responsáveis pelas circunstancias sociais do
nascimento.
O principio da diferença, ao contrário de princípios paretianos ou
utilitaristas, permite corrigr a distribuição aleatória de talentos naturais à
nascença.
Rawls diz que a igualdade equitativa de oportunidades consegue corrigir
parcialmente esse problema
…………………………………………
Rawls vai clarificar o principio de forma menos ambígua no seu ensaio justice and
fairness
- As desigualdades económicas e sociais só são moralmente aceitáveis, se:
a. forem resultado de uma igualdade de acesso a trabalho e funções (igualdade
equitativa de oportunidades) – entrevista de emprego que tem igualdade de acesso e
ganha o que tem melhor nota
b. beneficiarem os indivíduos mais desfavorecidos de uma sociedade
Comunistas vs anarquistas
Kelsen e Schmitt
Rawls e Nozick
Introdução de Nozick
Almedina
Concepções de justiça de Rosas
……………………
Aula 4/01
Nozick e Revisões – Concepção de Justiça Libertarista, contrária à
liberal igualitária
Anarquia, Estado E Utopia: dividido em duas secções
Anarquia- Estado de Natureza
Estado- Que extensão o Estado deve ter
Utopia
Princípio da Diferença assentava na ideia de puxar os mais baixos para cima. Com
Nozick vai separar outra vez o conceito de liberdade e igualdade económica
4. Libertarismo Económico
Principal proponente é Friedrich Hayek:
- Liberdade como não interferência externa justifica-se por garantir o funcionamento
mais eficaz do mercado -> Ordem Espontanea
O mercado, como qualquer instituição social. É a consequência espontânea das relações
estabelecidas pelos indivíduos ao longo do tempo
Os Antilibertaristas, que defendem um modelo construtivista, com ordens
fabricadas
Sociedade livre vs sociedade dirigida
Libertaristas argumentam que não existe qualquer entidade que centralize em si todo o
conhecimento necessário para uma intervenção eficaz no mercado ou na sociedade
Na sociedade dirigida, o conhecimento está centralizado e é mais reduzido do
que numa socidedade livre, em que o conhecimento está disperso e é muito mais
vasto
…….
Definir liberdade como não-interferencia leva a que hayek argumente que uma ordem
social onde exista interferência do Estado nas relações sociais é um “caminho para a
servidão”
- > Qualque ordem social onde exista interferência estatal sob o guarda-chuva do
socialismo, mesmo as democracias liberais onde apenas existem alguns mecanismos de
redistribuição da riqueza
Estas ordens geram menor liberdade e, por isso menor prosperidade (empobrece), pois
atentam contra a ordem económica
5. Libertarismo Ético
Primado da ideia de liberdade como não interferência, mas, ao contrário do libertarismo
económico, não se trata de fzer a apologia do mercado-livre (apesar de este ser,
inevitavelmente, o seu corolário)
Anarquia, Estado e Utopia de Robert Nozick
Pilar teórico desta teoria libertarista: os direitos invioláveis de cada individuo e a
relaçãp que estes estabelecem com o Estado.
Objetivo da obra: averiguar sobre a legitimidade e adequada extensão do estado
…..
Direito Pré-Políticos ( direitos individuais e anteriores ao estado)
Apresentam semelhanças com os direitos naturais do individuo que encotrámos no
pensamento contratualista.
Características dos direitos individuais
Negativos: restrições laterais aos outros indivíduos, para proteger a nossa esfera de
liberdades do estado
Absolutos: Não podem e momento algum ser violados
Influencia de Locke
Direitos individuais proprietaristas
Mnatem uma relação com a noção de auto-propriedade
-Cada individuo tem direitos individuais de propriedade sobre a sua pessoa, o seu corpo,
a sua vida, a sua liberdade e as suas posses
- Eses direitos são invioláveis: ninguém pode invadir a esfera jurídica de cada individuo
sem autorização
…..
É então uma interpretação neo-lockiana ( e neo kantiana) de Nozick tem o propósito de
garantir que cada individuo seja vist4o como um fim em si mesmo e não como um meio
para alcançar outro fim.
- > Conceção Deontológica Radical
Diferente de …
Rawls:
Conceção deontológica moderada (indivíduos podem ser utilizados como meios para
alcançar um outro fim, como a maximização das posição dos mais desfavorecidos,
através de uma aplicação do principio da diferença)
Utilitaristas:
Concepção consequencialista (indivíduos podem ser meios para alcançar um nível
superior de bem-estar médio) - oposta ao deontologismo de Kant e não tem validade
moral
………..
Que configuração e extensão deverá ter um Estado que respeite os direitos de cada
Individuo ?
Nozick responde que será o Estado Mínimo
Quais as suas funções ?
Proteger os direitos dos indivíduos (individuais)
Garantir o cumprimento de contratos
Punir fraude e roubo
Aplicar força
…
Na realidade política que conhecemos, sabemmos que o Estado iria confiscar parte deste
rendimento a Chamberlain, sob a forma de impostos.
O Estado Mínimo emerge como uma meta-utopia, um campo em aberto onde todas as
criações políticas são possíveis: sociedade liberais, comunas socialistas, mercados sem
regulação. Todos podem conviver na mesma arena internacional, desde que não atentem
contra os direitos de cada individuo.
Rawls VS Nozick
Rawls apresentou o principo da diferença para tentar superar os inconvenientes do
principio da utilidade.
Vs
Nozick, Rawls cai na mesma armadilha, não contemplam nas suas teorias a diferença
entre os indivíduos
- Nozick afirma que Rawls procura coletivizar as características naturais de cada
individuo
Para Rawls, a distribuição de talentos naturais é arbitrária: ninguém fez nada ativamente
por mais dotado que os outros e, por isso, ninguém deve ser recompensado por ser mais
criativo, habilidoso, talentoso ou atlético
Vs
Nozcik aceita que a distribuição de talentos naturais é moralmente arbitr+ártia, mas
esses talentos são, de qualquer modo, propriedade do individuo
Como cada um é justo proprietário de si e do seu corpo , qualquer ingerência do Estado
interfere com a auto-propriedade e com os direitos individuais de cada um: qualquer
ingerência do Estado é, por isso, injusta.
Quatro temas dos quais escolhemos dois. Um tema tem sempre dois autores e as
relações.
A melhorar