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respostas negativas (medos, formações reativas). O material que se reúne inclui a seguinte
informação:
a) pelo menos uma escolha símbolo pertencente ao reino animal, uma ao reino vegetal e uma
referente a objetos
ou coisas;
b) pelo menos um símbolo rejitado pertencente ao reino animal, um ao reino vegetal e um
referente a objetos.
Assim, após cada uma das 6 perguntas principais, pergunta-se também o porquê?
Desse modo na adaptação a instrução ficou:
“Se você não pudesse ser pessoa, o que mais gostaria de ser? Por quê?
Maria Luiza Siqueira de Ocampo acredita que a substituição da instrução se deu como forma de
atenuar o impacto da expressão “se tivesse que voltar a este mundo”, que induz explicitamente
a situação de morte. O teste situa-se no nível de irrealidade, no sentido de investigar as
condições do ego diante da situação de morte. Para ela, mesmo na adaptação, é sugerido ao
sujeito que se aniquile imaginativamente como pessoa para pensar-se como outro ser que não
seja humano. Implicitamente, para realizar o teste, o sujeito tem de imaginar-se morto. Decorre
daí também a contra-indicação da referida autora sobre a utilização de tal material com pessoas
que sofram ameaças real e concreta de sua (ou pessoas próximas) integridade física.
Entretanto, Elza Grassano enfoca de outra maneira essa questão. Diz:
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“Para que a instrução desencadeie o jogo de identificação projetiva, é necessária uma pré-
condição: que o entrevistado esteja psicologicamente capacitado para interpretar o conteúdo
metafórico ou simbólico da instrução.
Se atingiu o suficiente grau de integração que o capacite a diferenciar fantasia e realidade e
utilizar a linguagem e pensamento verbal de um mundo simbólico, a pessoa pode entender a
instrução como um ‘como se’ (um faz-de-conta’ no terreno da fantasia) e fantasiará as
sucessivas personifica ções sem senti-las como um perigo à sua identidade.”
Essa proposta de Grassano, a de o sujeito responder às instruções no “como se”, parece bem
mais adequada à realidade, uma vez que se a pessoa realmente se imaginasse morta em forma
literal e concreta, perdendo, portanto, a capacidade do “como se”, isso implicaria um severo
transtorno do princípio de realidade e da função de discriminação, que, por si só, denotaria uma
grave alteração de personalidade. Para ela, “através das respostas, verbais e corporais, que o
examinando dá, podemos observar o esforço defensivo do ego para recuperar-se e absorver o
impacto sofrido e sua modalidade defensiva prevalecente.” (…).
O ego e seus objetos estão ameaçados de morte na situação de teste e, portanto, se mobilizam
recursos defensivos: o sujeito, através das escolhas positivas (o que mais gostaria de ser),
explicita as fantasias inconscientes das defesas, desenvolve simbolicamente sua maneira de
evitar os perigos inerentes à ameaça fantasiada (…).
Toda verbaiiação das escolhas positivas contém a fantasia inconsciente da defesa; é como se o
examinando respondesse
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‘Quando tenho medo (e agora tenho) faço tal coisa’ , ou seja, frente ao medo (por si mesmo e
por seus objetos), o ego tenta reforçar determinados aspectos e invalidar outros ou aprofundar
ou evitar o vínculo com determinados objetos.
a) tanto a fantasia do que o ego teme que lhe aconteceria se não pudesse apelar aos recursos
defensivos que mostrou nas positivas;
b) como as conseqüências negativas que tem sobre seu ego o uso específico dessas defesas.
Isto é, a percepção interna de que aspectos instrumentais do ego são cerceados pela defesa.
“A nova abordagem do teste revelou eficácia não só no diagnóstico das fantasias inconscientes
defensivas predominantes, como também nos fornece dados importantes quanto ao grau de
integração do ego, uma vez que a capacidade de produção simbólica supõe um
desenvolvimento evolutivo, inseparável do desenvolvimento das funções de discriminação,
contato com a realidade interna e externa, reparação e sublimação.”
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