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Benjamin Franklin

Benjamin Franklin nasceu em Boston, na Nova Inglaterra no


dia 17 de janeiro de 1706. Benjamin foi o 17º filho de 20 crianças
dos dois casamentos de seu pai.

Benjamin foi criado num ambiente de pobreza e


obscuridade.

Aos 8 anos de idade, Franklin foi matriculado na “Grammar-


School”, já que o seu pai tinha o objetivo de dedicar o filho ao
serviço da Igreja.

Na sua autobiografia ele relata que, apesar de não ter


passado nem um ano na “Grammar-School”, aprendeu
rapidamente a ler afirmando também que não se lembra do
tempo em que não sabia ler.

Mas teve que sair da escola devido às dificuldades


financeiras do pai, que tendo uma família tão grande não
conseguia sustentar tudo.

Um tempo depois matriculou-o uma escola de escrita e


arimética onde foi orientado pelo Sr. George Brown. Ele teve
grande facilidade na aprendizagem da escrita encontrando
apenas dificuldade com a aritmética onde não progrediu muito.

Aos 10 anos saiu da escola para ajudar o pai no seu ofício


na fabricação de velas e sabão, onde ficou até aos seus 12 anos.

Em 1717, o seu irmão James regressou da Inglaterra na


tentativa de estabelecer o seu negócio de uma imprensa em
Boston.

Benjamin afirma ter gostado mais desse ofício do que o do


pai, e sendo assim ele foi trabalhar com o irmão,com a condição
de que teria que trabalhar até aos seus 20 anos.
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Na sua autobiografia Benjamin mostra-nos um amor
oprimido pelo mar.

Um tempo depois quando já trabalhava na tipografia do


irmão, o negociante Matthew Adams, um cliente frequente,
reparando em Franklin convidou-o a ir à sua biblioteca dizendo
também que estava disposto a emprestar-lhe todos os livros que
ele quisesse ler.

E foi assim que Benjamin Franklin ganhou o gosto por ler


tendo até sonhado um dia ser escritor inglês.

Foi por volta dessa altura que, devido ao sentir-se


envergonhado por não saber muito acerca de números, agarrou
no livro de aritmética da escola e lê-o inteiro aprendendo sozinho
tudo o que era essencial.

Benjamin demonstra a sua grande compaixão pelos livros


escrevendo sobre sempre que os lia assim que podia.

Benjamin com o começo do seu amor pela leitura foi-se


livrando do dogmatismo, passando assim a afirmar que se tornou
um “humilde pesquisador e duvidador”.

Benjamin foi infiel ao acordo com o seu irmão tendo fugido


antes dos 20 anos para Nova York, onde conheceu o Sr. William
Bradford que lhe concedeu emprego na Filadélfia.

Chegando lá conseguiu emprego na tipografia de Keimer.

Ele esperava passar mais tempo na Filadélfia, mas ocorreu


um incidente que o fez voltar mais cedo. O governador da
época prometia-lhe êxito, dizendo que escreveria uma carta
para o pai de Franklin, dizendo que queria a ajuda dele no
sucesso do filho, que devia ser entregada pessoalmente por
Benjamin.

Assim que voltou para Boston, onde nasceu, foi visitar


primeiramente o irmão que o olhou com desdém de cima a

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baixo e continuou o seu trabalho, em seguida foi até ao pai que
recusou o pedido do governador dizendo que ele era novo
demais para tal.

Mas o pai não prendeu o filho a si e deixou-o ir, e assim


Benjamin voltou para a Filadélfia.

Aos 16 anos Benjamin tinha se juntado à dieta vegetal, mas


num certo dia ele quebrou essa dieta como nos é dito no
seguinte excerto da sua autobiografia:

“Eu antes gostava muito de peixe e, quando saiu quente


da frigideira, o bacalhau cheirava admiravelmente bem. Hesitei
algum tempo entre o princípio e a inclinação, até lembrar-me
que, quando os peixes tinham sido abertos, vira tirarem de seus
estômagos peixes menores. Então pensei: "Se vocês comem uns
aos outros, não vejo razão para que nós não os comamos."
Assim, jantei bacalhau com muito apetite e continuei a comer
como as outras pessoas, só voltando à dieta vegetal de vez em
quando. É coisa muito conveniente ser criatura racional, pois
permite-nos descobrir ou inventar uma razão para tudo que
temos vontade de fazer.”

Passado algum tempo na Filadélfia Franklin foi para


Londres onde chegou dia 24 de dezembro de 1724.

Começou a trabalhar na tipografia de Palmer, que era


bastante famosa na época, mas com o objetivo de ganhar
mais dinheiro mudou-se para a topografia Watts, onde
permaneceu pelo resto da sua estadia em Londres.

Mas mais uma vez foi-lhe proposto que voltasse à Filadélfia,


e farto de Londres e com saudades da terra, decidiu voltar,
onde mais uma vez voltou a trabalhar com o seu antigo chefe,
Keimer.

Foi-lhe oferecido por Keimer um salário maior, por motivos


que rapidamente Benjamin veio a descobrir. Keimer queria que

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Benjamin ensinasse os novos trabalhadores para depois poder
livrar-se dele.

Benjamin chegou a despedir-se uma vez, mas voltando


pouco tempo depois após uma simples carta de desculpas por
parte de Keimer que se havia tornado arrogante, sendo esse um
dos principais motivos para se ter despedido.

Mas por fim acabou abandonando a tipografia do amigo


e abrindo a sua própria onde criou uma biblioteca.

“As bibliotecas foram aumentadas graças a donativos. Ler


tornou-se elegante. Nosso povo, não tendo diversões públicas
para desviar sua atenção do estudo, tornou-se mais
familiarizado com os livros e, em poucos anos, estrangeiros
observaram ser ele melhor instruído e mais inteligente do que
são em geral as pessoas da mesma categoria em outros
países.” — Benjamin Franklin.

Ele também foi um dos fundadores da Universidade da


Filadélfia.

Em 1730 casou-se com sua esposa, que apesar de todas as


circunstâncias ajudou-o alegremente no seu negócio.

Benjamin Franklin afirmava também que, apesar de ser um


homem questionador de crenças, acreditava na existência da
Divindade:

“Nunca duvidei, por exemplo, da existência da Divindade;


de que ela fez o mundo e o governava por sua Providência; de
que o serviço mais agradável a Deus é fazer bem ao homem;
de que nossas almas são imortais; e de que todo crime será
punido e a virtude recompensada, aqui ou na vida futura.” —
Benjamin Franklin.

Ele sabia falar quatro línguas sendo elas: latim, francês,


italiano e espanhol.

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Em 1736 Benjamin perdeu um filho, que durante muito
tempo lamentou por não ter vacinado.

Em 1740, Benjamin Franklin tornou-se um cientista tendo


fundado em1743 a American Philosophical Society, uma
instituição voltada para o debate científico com o intuito de
promover a difusão das ideias e teorias desenvolvidas por
intelectuais.

E foi em 1746, em Boston, assistindo uma experiência com


eletricidade que se fissurou no ofício.

O seu grande interesse fez com que ele vendesse todos os


seus negócios com o objetivo de se concentrar apenas no seu
estudo.

Os seus estudos levaram-no à descoberta da carga


negativa e da carna positiva na energia elétrica. Ele inventou
também o para-raios e os óculos bifocais.

Ele foi nomeado o Diretor dos Correios nas Colônias, onde


após isso e após ter introduzido o sistema de correio pago,
Benjamin Franklin representou a Pensilvânia no Congresso de
Albany e apresentou um plano de união das colônias inglesas.

Em 1757 foi enviado à Inglaterra para solucionar a disputa


entre a Assembleia da Pensilvânia e a coroa britânica,
retornando apenas em 1762.

Voltou a Londres em 1766 e em março de 1775,


convencido de que a guerra pela independência era quase
certa, retornou a Filadélfia.

Nesse mesmo ano, Benjamin Franklin partiu para a França


em busca de ajuda e em 1783 assinou o "Tratado de Paz",
concretizando assim uma aliança entre os 2 países.

De volta a Filadélfia em 1785, foi recebido com


entusiasmos e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos

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delegados da convenção que elaborou a Constituição
Americana, assinada em 1787.

Ele também tentou, em vão, abolir a escravatura.

Benjamin Franklin ficou conhecido em toda a Europa por


seus talentos como escritor, cientista e inventor.

Benjamin Franklin, faleceu a 17 de abril de 1790, sem ter


conseguido completar a sua autobiografia, mas deixando um
enorme legado.

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