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1– INTRODUÇÃO
Grandeza é definida como a propriedade de uma substância que pode ser expressa
quantitativamente sob a forma de um número e de uma referência conforme definição
do Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM).
Temperatura, pressão, vazão, nível, pH, umidade são exemplos de algumas grandezas
que são monitoradas em processos industriais. Dessa forma, o conjunto de operações
necessárias para se obter, direta ou indiretamente, o valor de uma grandeza é definido
como Medição. Medir uma grandeza é compará-la com um padrão pré-definido.
O valor verdadeiro de uma grandeza só poderia ser determinado por uma medição
perfeita, o que é técnica ou economicamente inviável. Assim, o resultado da medição de
uma grandeza deve ser expresso por um valor, uma incerteza e uma unidade (caso não
seja adimensional).
G ± ∆G [ Unidade ]
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O intervalo que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentalmente
atribuídos a uma dada grandeza e definido como Incerteza, o qual possui o valor
verdadeiro em si.
A incerteza depende, entre outros, do instrumento de medição, das condições
ambientais, da habilidade do operador, podendo ser expressa como uma porcentagem do
valor da grandeza ou mesmo em termos absolutos.
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- Melhorar a segurança para pessoas, equipamentos e meio ambiente.
As grandezas físicas ou químicas podem alterar seu valor com o tempo em um processo
sendo que seus valores podem ser mensuráveis por um instrumento. Em princípio,
qualquer grandeza física de um processo que venha a produzir um movimento ou uma
força, poderá ser detectada por instrumentos.
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As grandezas físicas em um processo podem ser chamadas de variáveis do processo e as
mais importantes são conhecidas como: Pressão, temperatura, vazão, nível, umidade,
velocidade, tensão, etc. A partir do controle dessas variáveis se conseguem o controle da
composição do produto final de um processo e então chamamos de "variáveis de
controle" que podem ser classificadas em:
– Variável medida, controlada ou de processo (PV);
– Variável manipulada (MV);
– Variável aleatória ou distúrbio.
Variável manipulada - MV
É uma variável de entrada do processo, que sofrerá modificações para manter a variável
controlada no valor desejado.
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Malha de Controle
Em processos temos o conceito de malhas de controle que pode ser de malha aberta ou
malha fechada.
Em malha aberta, a saída não exerce qualquer ação no sinal de controle. Deste modo, a
saída do processo não é medida nem comparada com uma saída de referência.
No sistema em malha fechada, o sinal de saída possui um efeito direto na ação de
controle, pelo que poderemos designá-los por sistemas de controle com realimentação
ou retroação.
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Malha de Controle Fechada - Automática
As tarefas de controle, antes executadas pelo homem, foram substituídas por
instrumentos com funções pré determinadas. Como resultado obtém-se um melhor
desempenho que o manual.
O controle automático permite através de sua ação a redução do erro, com um tempo de
atuação e precisão impossíveis de se obter no controle manual.
Entre os objetivos do controle automático podemos citar:
- Aumentar a segurança do pessoal de operação e também de equipamentos.
- Conseguir resultados impossíveis de serem conseguidos por controle manual, por
envolverem processos muito rápidos, de alta precisão, radioativos, tóxicos, explosivos,
etc.
- Diminuir a sensibilidade do sistema a variações dos parâmetros do processo, ou seja,
tornar o sistema robusto e preciso.
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2 – TIPOS DE INSTRUMENTOS
Os instrumentos empregados na indústria têm a sua própria terminologia e uma função
em uma malha de instrumentação. Os termos utilizados definem as características
próprias de diversos instrumentos utilizados: indicadores, registradores, controladores,
transmissores, válvulas de controle, etc.
A terminologia empregada é unificada entre os fabricantes, os usuários e os organismos
que intervém diretamente ou indiretamente no campo da instrumentação industrial.
c) Cego: São instrumentos que não tem indicação visível do valor da variável
medida. Os instrumentos de alarme, tais como pressostatos e termostatos
(chaves de pressão e temperatura), que so possuem uma escala exterior com um
índice de seleção para ajuste do ponto de atuação, são instrumentos cegos.
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Nesse tipo é utilizado um gás comprimido, cuja pressão é alterada conforme o valor que
se deseja representar. Nesse caso a variação da pressão do gás é linearmente manipulada
em uma faixa específica, padronizada internacionalmente, para representar a variação de
uma grandeza desde seu limite inferior até seu limite superior. O padrão de transmissão
ou recepção de instrumentos pneumáticos mais utilizados é de 0,2 a 1,0 kgf/cm2
(aproximadamente 3 a 15 psi ou lbf/in², no Sistema Inglês).
Os sinais de transmissão analógica normalmente começam em um valor acima do zero
para termos uma segurança em caso de rompimento do meio de comunicação.
O gás mais utilizado para transmissão é o ar comprimido, sendo também utilizado
Nitrogênio.
Vantagem
A grande e única vantagem em se utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de
se poder operá-los com segurança em áreas onde existe risco de explosão (centrais de
gás, por exemplo).
Desvantagens
a) Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outro gás) para seu suprimento e
funcionamento.
b) Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador,
etc, para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partículas sólidas.
c) Devido ao atraso que ocorre na transmissão do sinal, este não pode ser enviado à
longa distância, sem uso de reforçadores. Normalmente a transmissão é limitada a
aproximadamente 100 m.
d) Vazamentos ao longo da linha de transmissão ou mesmo nos instrumentos são
difíceis de serem detectados.
e) Não permite conexão direta aos computadores.
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3.2 - Tipo Hidráulico
Similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalentes, o tipo hidráulico utiliza-se
da variação de pressão exercida em óleos hidráulicos para transmissão de sinal de
suplimento. É especialmente utilizado em aplicações onde torque elevado é necessário
ou quando o processo envolve pressões elevadas.
Vantagens
a) Podem gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e
dimensão.
b) Resposta rápida.
Desvantagens
a) Necessita de tubulações de óleo para transmissão e suprimento.
b) Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca.
c) Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatório, filtros, bombas, etc.
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3.5 - Via Rádio
Neste tipo, o sinal ou um pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora
via ondas de rádio em uma faixa de freqüência específica. O ar é o meio físico de
transmissão.
Vantagens
a) Não necessita de cabos de sinal.
b) Podem-se enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento.
Desvantagens
a) Alto custo inicial.
b) Falhas de transmissão e energia das baterias.
4 - TERMINOLOGIA E CONCEITOS
A terminologia adotada para descrever as características, sejam elas estáticas ou
dinâmicas, de um instrumento de medição independe da sua natureza ou mesmo do seu
propósito. As características estáticas são aquelas relacionadas com a utilização do
instrumento em equilíbrio termodinâmico. Por sua vez, as características dinâmicas são
aquelas relacionadas com a utilização nas quais a grandeza tempo é considerada na
resposta do instrumento (a constante de tempo, o coeficiente de amortecimento e a
freqüência natural, por exemplo).
As principais características a serem analisadas são a faixa de indicação, o alcance, a
polarização, a precisão, a exatidão, a sensibilidade e a resolução. Assim, uma série de
características deve ser considerada na seleção do instrumento de medição que mais se
adaptam a uma dada aplicação. Outras características, tais como a zona morta, a
histerese, a linearidade, a sensibilidade e a deriva estão relacionadas aos erros de
medição, que por sua vez irão compor a parcela da incerteza através da exatidão do
instrumento.
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4.3 - A Polarização
No mundo real, sempre ocorrerá um erro de medição devido às fontes de erro que
podem ser erro sistemático e/ou erro aleatório.
As fontes de erro sistemático descrevem os erros de medição que se apresentam
sistematicamente em apenas um dos lados do valor verdadeiro da grandeza, um efeito
definido como polarização (bias). Os erros sistemáticos e suas causas podem ser
conhecidos ou desconhecidos.
Por sua vez, as fontes de erro aleatório descrevem os erros de medição que se
apresentam aleatoriamente dos dois lados do valor verdadeiro da grandeza, de modo que
erros positivos e negativos ocorrem em igual número de vezes em uma série de
medições sobre uma mesma grandeza.
4.4 - Precisão
A precisão é um termo que descreve o grau de liberdade a erros aleatórios, ou seja, o
nível de espalhamento de várias leituras em um mesmo ponto.
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4.5 - Exatidão
Considerando tanto o efeito da polarização quanto o da precisão, tem-se um efeito
denominado exatidão. Podemos definir como sendo a aptidão de um instrumento de
medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro.
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4.7 - Histerese
É o erro máximo apresentado por um instrumento para um mesmo valor em qualquer
ponto da faixa de trabalho, quando a variável medida percorre toda a escala nos sentidos
ascendente e descendente.
NOTA: Deve-se destacar que a expressão zona morta pode estar incluída na histerese.
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A deriva de sensibilidade define o quanto a sensibilidade de um instrumento varia em
função das condições ambientais.
As figuras a seguir exemplificam a existência de deriva de zero, deriva de sensibilidade,
e os casos onde ambos acontecem, respectivamente.
Deriva de sensibilidade:
À 20 °C Sensibilidade 20 mm/Kg
À 30 °C Sensibilidade 22 mm/Kg
Variação da temperatura = 10 °C
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5 - CALIBRAÇÕES DE INSTRUMENTOS
A CALIBRAÇÃO de instrumentos é um conjunto de operações que estabelece, sob
condições específicas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de
medição e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões.
O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores medidos
para as indicações, como a determinação das correções a serem aplicadas. O resultado
de uma calibração pode ser registrado em um documento, algumas vezes denominado
CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO.
Padrão
Padrão pode ser um instrumento de medição, material de referência ou sistema de
medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou
mais valores de uma grandeza para servir como referência. Sendo assim, tem-se os
seguintes tipos de padrões:
Padrão Primário: Padrão que é designado ou amplamente reconhecido como tendo as
mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é aceito sem referência a outros padrões
de mesma grandeza
Rastreabilidade
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão, estar relacionado a
referências estabelecidas, através de uma cadeia contínua de comparações ou cadeias de
rastreabilidade, todas tendo incertezas estabelecidas. Sendo assim, este padrão pode ser
dito rastreável. A figura a seguir apresenta um esquema de uma cadeia de
rastreabilidade.
Rastreabilidade de Padrões.
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6 - TEMPO DE RESPOSTA DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO.
As características estáticas dos instrumentos se referem somente a medidas em regime
permanente. As características dinâmicas, no entanto, descrevem o seu comportamento
durante o intervalo de tempo em que a grandeza medida varia até o momento em que o
seu valor medido é apresentado. Como nas características estáticas, as características
dinâmicas se aplicam somente quando os instrumentos são utilizados sob condições
ambientais especificadas. Fora destas condições de calibração pode-se esperar
alterações nestas características dinâmicas.
Qualquer sistema de medida linear e invariante no tempo respeita a seguinte relação
entre entrada (qi) e saída (q0) em um tempo t maior que zero.
Se for considerado que a grandeza a ser medida permanece constante durante o tempo
de leitura, então esta equação fica simplificada, podendo ser chamada equação
dinâmica.
Qualquer instrumento que se comporte segundo esta equação é dito ser de ordem zero.
Como exemplo, pode-se citar um potenciômetro usado para medir movimento; a tensão
de saída muda instantaneamente tão logo a haste do potenciômetro se movimente ao
longo de seu curso. Em geral os instrumentos de ordem zero são formados por
elementos com características dissipativas, ou seja, são elementos passivos, elétricos ou
mecânicos, que não possuem capacidade de armazenamento de energia.
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Instrumento de primeira ordem
A menos de a0 e a1, todos os outros coeficientes da equação dinâmica são iguais a zero.
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EXERCÍCIOS de ENTENDIMENTO
1) Explique a estrutura típica de um instrumento de medição.
10) Comente sobre o que se entende sobre zona morta, histerese e sensibilidade de um
instrumento.
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