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UD I: FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA

Objetivos:
- Compreender o conceito de Didática (Conceitual)
- Compreender os fundamentos da sequência Didática (Conceitual)

CONCEITO DE DIDÁTICA
 A didática é um dos ramos de estudo da pedagogia, e tem pelo foco o ensino e
a prática de métodos e técnicas que possibilitam que o aluno aprenda por meio
de um professor ou instrutor.
 A Pedagogia é a ciência que se dedica ao estudo da educação, investiga a
natureza de suas finalidades numa determinada sociedade. Seu campo é
bastante amplo.
 A Didática também pode ser conhecida como a arte de ensinar.
 Essa disciplina deve aguçar o lado crítico dos sargentos em formação (Alunos),
para que eles possam analisar de forma clara a realidade de ensino na qual
estarão inseridos em breve (Tropa).

O QUE É DIDÁTICA?
 É a disciplina que vai direcionar seu enfoque para a educação escolar,
investigando os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e
do ensino. (LIBÂNEO, 1991).

DIFERENTES CONCEPÇÕES DE DIDÁTICA


 Muitos compreendem a Didática como um compêndio de técnicas ou um
receituário para um bom ensino.
 O termo “Didática”, é conhecido desde a Grécia antiga e lá significava “ensinar,
instruir, fazer aprender”.
 Em 1633, Comênio, escreveu um livro chamado “Ditacta Magna”, no qual
definia Didática como a arte de ensinar tudo a todos.
 No decorrer do tempo, segundo Amélia Domingues de Castro, a Didática
“passou a reunir os conhecimentos que cada época valoriza sobre o processo
de ensinar”.
 Para Vera Maria Candau, educadora da PUC do RJ, A Didática pode ser
entendida como “reflexão sistemática e busca de alternativas para os
problemas da prática Pedagógica.”

DIDÁTICA E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM


 Interessa à Didática tudo o que o aluno aprende na relação com o professor e
com o grupo-classe, bem como o processo de aprendizagem pelo qual isto
ocorre.

A MULTIDIMENSIONALIDADE DA DIDÁTICA
 O objeto de estudo da Didática é o processo de aprendizagem.
 Para ser adequadamente compreendido, ele precisa ser analisado de tal modo
que articule consistentemente as dimensões humana, técnica e político-social.

APRENDIZAGEM
Por APRENDIZAGEM entendemos o desenvolvimento da pessoa como um todo:
 Inteligência;
 Afetividade;
 Padrões de comportamento moral;
 Desenvolvimento da coordenação motora, capacidades artísticas e
comunicação;
 Relacionamento com a família, amigos, cidade, país, etc.

DIMENÇÃO HUMANA
 Ensino-aprendizagem é um processo em que está sempre presente, de forma
direta ou indireta, no relacionamento humano.
 O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal
entre: alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores.

DIMENSÃO POLÍTICO-SOCIAL
 A prática educativa é um processo neutro;
 Todo o processo de ensino-aprendizagem é “situado”;
 Acontece num local determinado, numa certa época histórica;
 Acontece numa cultura específica, trata com pessoas concretas que têm uma
posição de classe definida na organização social em que vive.
 Segue orientações e diretrizes de profissionais da Educação e das políticas
governamentais.
 Políticas Governamentais: têm uma influência muito grande através da
legislação e normas que afetam a escola.
 Grande parte dos estabelecimentos de ensino está diretamente subordinada ao
Estado.

DIMENSÃO TÉCNICA
 Interessa a esse processo que os alunos consigam aprender bem o que se
propõe, através da organização de condições apropriadas;
 Aspectos como definição de objetivos, seleção de conteúdo, técnicas e recursos
de ensino, organização do processo de avaliação e escolhas de técnicas
avaliativas, planejamento de curso e de aulas constitui o núcleo da dimensão
técnica do processo da aprendizagem;
 Trata-se do aspecto instrumental, técnico, considerado objetivo e racional
através do qual se organiza o processo de ensino-aprendizagem.

MULTIMENSIONALIDADE DA DIDÁTICA
A articulação entre as três dimensões é o centro configurador da concepção do
processo de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva de uma “multidimensionalidade”
que articula organicamente, as diferentes dimensões do processo de ensino-
aprendizagem é onde se situa a Didática.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
O MODELO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA A SER APRESENTADO ESTÁ ASSOCIADO
ÀS PESQUISAS SOBRE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA ATRAVÉS DE UM TRABALHO
SISTEMÁTICO COM GÊNEROS TEXTUAIS DESENVOLVIDOS PELO GRUPO DE GENEBRA
(DOLZ E NOVERRAZ E SCHNEUWLY).
 Conjunto de atividades planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa.
 Organizadas de acordo com os objetivos que o professor que alcançar para
aprendizagem.
 Envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação, para todos os níveis de
escolaridade.
 “sequência didática é um conjunto de atividades escolares organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual, oral ou escrito” (dolz,
noverraz e schuneuwly, 2004, p. 97).
 “procura favorecer a mudança e a promoção dos alunos ao domínio de gêneros
e da situação de comunicação” (dolz, noverraz e schuneuwly, 2004, p. 97).
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
 APRESENTAÇÃO DO PROJETO
 PRODUÇÃO INICIAL
 OS MÓDULOS
 PRODUÇÃO FINAL

APRESENTAÇÃO DO PROJETO
É O MOMENTO EM QUE O PROFESSOR APRESENTA AOS ALUNOS A TAREFA E
OS ESTUDOS QUE IRÃO REALIZAR DURANTE O PERÍODO DE INSTRUÇÃO.
Ex.: momento em que o monitor apresenta os assuntos que serão ministrados aos recrutas
durante o período de instrução básica nas diversas om do brasil.

PRODUÇÃO INICIAL
NESTA ETAPA, OS INSTRUENDOS, JÁ INFORMADOS SOBRE UM DETERMINADO
ASSUNTO, IRÃO EXPOR O QUE SABEM E PENSAM O MESMO, POR MEIO DE
PRODUÇÃO DE TEXTO, CONVERSAS E ETC.
A PRODUÇÃO INICIAL TRATA-SE DE UMA AVALIAÇÃO PRÉVIA E É ATRAVÉS
DELA QUE O INSTRUTOR CONHECE AS DIFICULDADES DOS INSTRUENDOS E OBTÊM
MEIOS DE ESTABELECER QUAIS ATIVIDADES DEVERÃO SER EMPREGADAS NA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA.

MÓDULOS
ESTA ETAPA TRATA DAS ATIVIDADES (EXERCÍCIOS E PESQUISAS) PLANEJADAS
METODICAMENTE COM A FINALIDADE DE DESENVOLVER AS CAPACIDADES DO
INSTRUENDO.
OS MÓDULOS DEVEM SER DIRECIONADOS ÀS DIFICULDADES ENCONTRADAS
NA PRODUÇÃO INICIAL DOS INSTRUENDOS E VISANDO A SUPERAÇÃO DE SUAS
DIFICULDADES.
Ex.: a instrução preparatória para o tiro (ipt) dos recrutas no período de
instrução básica.

PRODUÇÃO FINAL
NESTA FASE É PROPOSTA UMA AVALIAÇÃO DO QUE OS INSTRUENDOS
CONSEGUIRAM APRENDER NO DECORRER DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.
Ex.: avaliações formais do cfs e o campo de instrução básico dos recrutas.

CONCLUSÃO
É DE SUMA IMPORTÂNCIA QUE O MONITOR, QUANDO ESTIVER
MINISTRANDO AS INSTRUÇÕES NECESSÁRIAS A FORMAÇÃO DOS SOLDADOS OU
ALUNOS DAS DIVERSAS ESCOLAS DE FORMAÇÃO, ESTEJA SEMPRE PREOCUPADO
COM A DIDÁTICA DAS SUAS INSTRUÇÕES, POIS MILITARES BEM FORMADOS SÃO
CONSEQUÊNCIA DE DIDÁTICAS BEM APLICADAS E DE INSTRUTORES CAPACITADOS.

EXERCÍCIO
 SEPARAR A TURMA EM GRUPOS;
 DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS PARA EXPLANAÇÃO.
UD II: Tendências didáticas

Objetivos:
- Identificar os fundamentos da Escola Tradicional (Factual)
- Identificar os fundamentos da Escola Tecnicista (Factual)
- Identificar os fundamentos da Escola Nova (Factual)
- Conhecer o conceito de construtivismo segundo PIAGET (conceito de
assimilação, acomodação e equilibração) (Conceitual)
- Conhecer o conceito de construtivismo segundo VYGOTSKY (Zona de
desenvolvimento real e proximal) (Conceitual)

FUNDAMENTOS DA ESCOLA TRADICIONAL


- A LINHA TRADICIONAL TEVE SUA ORIGEM NO SÉC XVIII, A PARTIR DO
ILUMINISMO.
- CONCEPÇÃO OBSOLETA DE ENSINO E TINHA POR OBJETIVO APENAS A
TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS E INFORMAÇÕES.
- MANUTENÇÃO DO DISTANCIAMENTO ENTRE O PROFESSOR E O ALUNO (ERA
UM ELEMENTO PASSIVO EM SALA).
- PROFESSOR COMO O CENTRO DE TODO PROCESSO EDUCATIVO, TENDO
COMO A IMPOSIÇÃO DA DISCIPLINA ALGO FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO
EDUCACIONAL (MEMORIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS COMO FORMA DE
APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO).
- CONTEÚDOS MINISTRADOS EM SALA – FORAM ACUMULADOS AO LONGO DO
TEMPO E PASSADOS COMO VERDADES ABSOLUTAS. COM POUCOS ESPAÇOS
PARA QUESTIONAMENTOS. NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO O
CONHECIMENTO PRÉVIO DO ALUNO.
- METODOLOGIA DE ENSINO – EXPOSIÇÃO VERBAL POR PARTE DO PROFESSOR.
FOCO PRINCIPAL É RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS E MEMORIZAÇÃO DE
FÓRMULAS E CONCEITOS.
- RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO – MARCADO PELO DISTANCIAMENTO DO
PRIMEIRO EM RELAÇÃO AO SEGUNDO. SOMENTE O PROFESSOR POSSUI
CONHECIMENTO PARA ENSINAR.
- BASE DA APRENDIZAGEM – FUNDAMENTADA NA RECEPTIVIDADE DOS
CONTEÚDOS E NA MECANIZAÇÃO DE SUA RECEPÇÃO. APRENDIZAGEM SE DÁ
POR MEIO DE EXERCÍCIOS, REPETIÇÃO DOS CONCEITOS E RECAPITULAÇÃO DO
SABER ADQUIRIDO.

FUNDAMENTOS DA ESCOLA NOVA


- É UM MOVIMENTO DE EDUCADORES EUROPEUS E NORTE-AMERICANOS,
ORGANIZADO NO FIM DO SÉCULO XIX, PROPONDO UMA NOVA
COMPREENSÃO DAS NECESSIDADES DA INFÂNCIA, QUESTIONANDO A
PASSIVIDADE, QUE ERA A MARCA DA ESCOLA TRADICIONAL.
- TEM SEUS FUNDAMENTOS LIGADOS AOS AVANÇOS CIENTÍFICOS DA
BIOLOGIA E DA PSICOLOGIA, VISANDO UMA REVOLUÇÃO NA MENTALIDADE
DOS EDUCADORES E DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.
- INTRODUZ IDEIAS E TÉCNICAS NOVAS, COMO MÉTODOS ATIVOS,
SUBSTITUIÇÃO DE PROVAS PELOS TESTES QUE ADAPTAM O ENSINO ÀS FASES
DE DESENVOLVIMENTO E ÀS VARIAÇÕES INDIVIDUAIS.
- VISA COLOCAR O ALUNO COMO O CENTRO DO PROCESSO EDUCATIVO.
- ESSA ESCOLA TEVE O ENCERRAMENTO DE DIFUSÃO DE SUAS IDEIAS NO FIM
DA DÉCADA DE 50, QUANDO A TENDÊNCIA PEDAGÓGICA COMEÇAVA A
OPTAR PELA PLANIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO (ESTABELECIMENTO DE METAS E
PRAZOS) COMO PRINCÍPIO MAIOR.

FUNDAMENTOS DA ESCOLA TECNICISTA


- SURGE NOS EUA NA SEGUNDA METADE DO SEC. XX, INSPIRADA NAS TEORIAS
BEHAVIORISTAS DA APRENDIZAGEM, ONDE A SOCIEDADE DEVE MOLDAR-SE
DE ACORDO COM A DEMANDA INDUSTRIAL E TECNOLÓGICA DA ÉPOCA.
- LINHA DE ENSINO ADOTADA NO BRASIL POR VOLTA DE 1970.
- TINHA COMO OBJETIVO FORMAR INDIVÍDUOS COMPETENTES PARA O
MERCADO DE TRABALHO, PERMANECENDO ASSIM O CARÁTER
INSTRUMENTAL E TÉCNICO DO ENSINO.
- O FOCO ERA VOLTADO PARA TECNOLOGIA.
- O PROFESSOR É O ESPECIALISTA RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO DO
CONHECIMENTO, QUE ERAM AS VERDADES CIENTIFICAS DA ÉPOCA.
- ERA UMA ESCOLA QUE SOFRIA MUITAS CRÍTICAS PELO FATO DE NÃO
TRABALHAR A REFLEXÃO E A CRITICIDADE DOS ALUNOS.
- OS CONTEÚDOS SÃO EMBASADOS NA OBJETIVIDADE DO CONHECIMENTO,
COM MÉTODOS PROGRAMADOS (PASSO-A-PASSO).
- O DIÁLOGO ENTRE PROFESSOR E ALUNOS É REALIZADO DE FORMA TÉCNICA,
COM A FINALIDADE DE TRANSMITIR O CONHECIMENTO DE FORMA EFICAZ.
- A AVALIAÇÃO É BASEADA NA VERIFICAÇÃO FORMAL, COM ANÁLISES
PAUTADAS NAS REALIZAÇÕES DOS OBJETIVOS PROPOSTOS.

CONSTRUTIVISMO SEGUNDO PIAGET


- É UMA TEORIA SOBRE A ORIGEM DO CONHECIMENTO, QUE CONSIDERA QUE
A CRIANÇA PASSA POR ESTÁGIOS PARA ADQUIRIR E CONSTRUIR
CONHECIMENTO.
- TEVE COMO OBJETO DE ESTUDO A ALFABETIZAÇÃO (LÍNGUA ESCRITA).
- ESSA TEORIA CONSIDERA QUATRO FATORES COMO IDEAIS PARA O
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, SÃO ELES:
1. BIOLÓGICO – RELACIONADO AO CRESCIMENTO ORGÂNICO E
MATURAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO.
2. DAS EXPERIÊNCIAS E EXERCÍCIOS – OBTIDO NA AÇÃO DA CRIANÇA
SOBRE OS OBJETOS.
3. DAS INTERAÇÕES SOCIAIS – DESENVOLVE-SE POR MEIO DA
LINGUAGEM E EDUCAÇÃO.
4. EQUILIBRAÇÃO DAS AÇÕES – ADAPTAÇÃO AOS MEIOS E SITUAÇÕES.
- ESSA CORRENTE DE IDEIA AFIRMA QUE O CONHECIMENTO É RESULTADO DA
CONSTRUÇÃO PESSOAL DO ALUNO.
- O PROFESSOR É UM IMPORTANTE MEDIADOR DO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM.
- PIAGET AFIRMA QUE QUANDO A CRIANÇA INTERAGE COM O MUNDO A SUA
VOLTA, ELE ATUA E MUDA A REALIDADE QUE VIVENCIA. PARA QUE ISSO
ACONTEÇA A CRIANÇA DEVE TER UM ESQUEMA DE AÇÃO. E É POR MEIO
DESTE ESQUEMA QUE ELA INTERPRETA AS AÇÕES A SEREM PRATICADAS,
SENDO ASSIM NECESSÁRIO O SURGIMENTO DE MECANISMOS PARA
ELABORAÇÃO DE NOVOS ESQUEMAS. ESSES MECANISMOS SÃO:
ASSIMILAÇÃO, ACOMODAÇÃO E EQUILIBRAÇÃO.
- ASSIMILAÇÃO – OCORRE QUANDO NOVAS EXPERIÊNCIAS OU INFORMAÇÕES
SÃO INTRODUZIDAS NA ESTRUTURA COGNITIVA DA CRIANÇA, NÃO HAVENDO
MODIFICAÇÃO NAS SUAS ESTRUTURAS MENTAIS.
- ACOMODAÇÃO – QUANDO A CRIANÇA MODIFICA SUAS ESTRUTURAS
COGNITIVAS PARA ENFRENTAR SITUAÇÕES NOVAS.
- QUANDO OCORREM ESSES MECANISMOS (ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO) A
CRIANÇA ENCONTRA-SE NO ESTADO DE EQUILIBRAÇÃO.
- OBS.: O PROFESSOR EM SALA PRECISA DESIQUILIBRAR OS ESQUEMAS DOS
ALUNOS, A PARTIR DE SEUS CONHECIMENTOS PRÉVIOS.

CONSTRUTIVISMO SEGUNDO VYGOTSKY


- A TEORIA DE VYGOTSKY PARTE DE UMA PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL, OU
SEJA, LIGA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO À CULTURA.
- ESSA TEORIA SUGERE QUE O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DEPENDE
MUITO MAIS DAS INTERAÇÕES COM AS PESSOAS E DAS FERRAMENTAS
CULTURAIS PARA PROMOVER O PENSAMENTO. PARA ELE, A EXPLORAÇÃO
SOLITÁRIA DO MUNDO NÃO É SUFICIENTE, TAMBÉM SENDO NECESSÁRIA A
APROPRIAÇÃO DO MODO DE AGIR OFERECIDO POR OUTRAS CULTURAS.
- TEM COMO TENDÊNCIA A APRENDIZAGEM ASSISTIDA, QUE TRABALHA COM
ESCALÕES DE APRENDIZAGEM (DAR INFORMAÇÕES, PISTAS, INCENTIVOS, E
ENTÃO GRADUALMENTE PERMITIR QUE OS ALUNOS TRABALHEM CADA VEZ
MAIS SOZINHOS).
- O PROFESSOR DEVE ATUAR NA ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL,
FASE NA QUAL O ALUNO NÃO CONSEGUE RESOLVER O PROBLEMA SOZINHO,
MAS PODE TER SUCESSO COM A ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR.
- O PROFESSOR PRECISA ESTIMULAR O ALUNO COM SITUAÇÕES QUE O TIREM
DA ZONA DE DESENVOLVIMENTO REAL, QUE É A ZONA ONDE O ALUNO
CONSEGUE RESOLVER AS QUESTÕES DE FORMA INDIVIDUAL, E LEVÁ-LO A
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL, ONDE ELE NECESSITARÁ DE
ORIENTAÇÃO, CARACTERIZANDO ASSIM A CONSTRUÇÃO OU
DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO.
UD III: O Ensino por Competências

Objetivos:
- Compreender Competências.
- Apresentar o Currículo por Competências.

TEORIAS DA APRENDIZAGEM

TEORIA COMPORTAMENTAL TEORIA COGNITIVA/CONSTRUTIVISTA

ENSINO: ENSINO:
- Processo de estímulo-resposta - Pedagogia de Projetos (instrutor facilitador)
(punição/reforço) - Construção do conhecimento pelo aluno,
- Ensino individualizado (Somente Ensino pela descoberta
o instrutor fala) - Ensino contextualizado (Situações
- Ensino fragmentado em Integradoras)
disciplinas - Emprego de Tecnologias

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS


- Palestra - Partir da experiência do aluno, -
- Demonstração para imitação Situações Problemas,
- Trabalhos em grupo,
- Debates, Discussões,
- Estudos de caso,
- Pesquisas (Aprender a aprender),
- Demonstração e prática controlada

APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM
Aprendizagem por memorização Aprendizagem significativa

AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO
Memorização, sem Contextualizada, Padrões de Desempenho
contextualização

COMPETÊNCIA
É a ação de mobilizar recursos diversos, integrando-os para decidir e atuar em
uma família de situações (um conjunto de situações semelhantes).
RECURSOS MOBILIZADOS: CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM, CAPACIDADES
COGNITIVAS, CAPACIDADES FÍSICAS E MOTORAS, CAPACIDADES MORAIS, ATITUDES
E VALORES.
IDENTIFIQUE NO ESTRATO DO PLADIS A SEGUIR OS RECURSOS MOBILIZADOS
PELA COMPETÊNCIA:

Competência Principal: Realizar atividades e tarefas individuais de natureza técnica e/ou


administrativa na sua OM
Unidades de Competência: Prestar assessoramento técnico nos assuntos relativos á sua
QMS/QMP
Elementos de Competência: Destruir/remover engenhos falhados e munições.
Conteúdo 6: Explosivos Cg H: 7 EIXO TRANSVERSAL PADRÕES DE DESEMPENHO
e Detonações;
Assunto: D N Equilíbrio emocional, Inspecionar, avaliar e destruir
a. Engenhos 3 - coragem, engenhos falhados, nos campos de
Falhados responsabilidade, instrução das Oms detentoras do
b. Técnicas de 3 organização, material, utilizando os
Destruição de conhecimentos adiquiridos na
planejamento
Munições EsSLog de acordo com os cadernos
de instrução do curso de Material
Bélico, e manuais de munições.

CONTEÚDO
OS CONTEÚDOS SÃO CONHECIMENTOS QUE COMPÕEM O CURRÍCULO. OS
ASSUNTOS, POR SUA VEZ, SÃO PARTES DO CONTEÚDO.

TIPOS DE CONTEÚDOS
• FACTUAIS: referem-se a informações ou dados da realidade. São conteúdos
que são aprendidos por cópia literal, pela memorização.
Ex: o alcance do fuzil, o nome de uma peça, o símbolo de uma carta
topográfica, o valor do desconto de FUSEX, o alcance de equipamento rádio, a
classe de suprimento, etc.
• CONCEITUAIS: referem-se a conceitos e princípios.
Ex: Compreender o conceito de operação de pacificação, compreender o
conceito de logística reversa, compreender o conceito de grupo funcional suprimento,
compreender os princípios básicos de armazenagem, compreender os princípios
básicos da linguagem musical, definir acidente vascular encefálico.
• PROCEDIMENTAL: refere-se a um conjunto de ações que o discente tem que
realizar.
Ex: realizar movimentos de ordem unida, executar um tiro de fuzil, elaborar
processo de suprimento de fundos, preencher documentos de enfermagem.
• ATITUDINAL: refere-se às atitudes, capacidades morais e valores.
Ex: Aplicar vacinas em militares e civis, observando previamente as regras de
segurança e demonstrando segurança. (RESPONSABILIDADE e AUTOCONFIANÇA)

SISTEMA DE AULAS: Atividades em sala de aula exigem procedimentos didáticos


diversificados face aos conteúdos de aprendizagem.
COMO SE APRENDEM?
- Conteúdos Factuais - memorização
- Conteúdos Conceituais - Construção pessoal/compreensão
- Conteúdos Procedimentais - Modelo/prática
- Conteúdos Atitudinais - Modelo/vivência/reflexão

CONCLUSÃO PARCIAL
Não se pode ensinar, por exemplo, a realização do tiro de fuzil, seu princípio
de funcionamento e o nome de suas peças utilizando os mesmos procedimentos
didáticos.

EIXO TRANSVERSAL
CONJUNTO DE RECURSOS MOBILIZADOS PELAS COMPETÊNCIAS.
- Capacidades Físicas e Motoras: São operações mentais relacionadas à
execução e aprendizagem de ações físicas e motoras.
- Valores: São os princípios éticos a partir dos quais as pessoas julgam as
situações e as condutas e em relação aos quais experimentam determinados
sentimentos e emoções.
Exemplo: Patriotismo.
- Atitudes: Formas predominantes de agir de uma pessoa. Relacionam-se com
valores, sentimentos e com as capacidades morais.
Exemplo: cooperar com os companheiros, ser proativo com o subordinado.
- Capacidades Morais: São operações mentais relacionadas à avaliação moral
de pessoas e situações e à construção de condutas e hábitos.
Exemplos: autoconhecimento, reflexão sobre valores, disciplina consciente.
- Capacidades Cognitivas: São operações mentais relacionadas à recepção,
organização e utilização de informações, que permeiam e dão suporte a todo ato de
aprender do sujeito.
Exemplos: planejar, abstrair, memorizar, resolver problemas.

CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS


Documentos que orientam a construção do currículo:
- PERFIL PROFISSIOGRÁFICO.

1. FINALIDADE

Cursos

Habilitar os (quem?) para ocupar cargos e funções relativos à/na (de que / onde?) - Recorrer às finalidades constantes
da Portaria de Criação.

Exemplos: 1 - Habilitar o concludente para exercer cargos e funções de oficial não aperfeiçoado da arma de
infantaria nas Organizações Militares do Exército Brasileiro. / 2- Habilitar os Sargentos da Arma de Artilharia para
exercer cargos e funções específicos, nas Unidades de Artilharia Antiaérea.

Estágios Gerais

Capacitar Profissionalmente os (quem?) para (o que? /onde?) – recorrer as finalidades constantes da


Portaria de Criação.

Exemplo: Capacitar profissionalmente os sargentos da arma de cavalaria para operarem a torre de tiro da
viatura blindada de combate Leopard 1A5 BR, nas OM de Cavalaria.

2. COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

2.1 GERAIS - Utilizar a END, A Lei de Ensino EB e seu Regulamento, Política e Estratégia Ensino e Política de
Gestão Ambiental do Exército.

2.2 ESPECÍFICAS - Análise Ocupacional e Catálogo de Cargos e Funções (este só para os cursos)

3. EIXOS TRANSVERSAIS

3.1 – Componentes Cognitivos

Capacidades mentais que permeiam todo ato de aprender do sujeito. Ex: Capacidades de argumentação, de
raciocínio dedutivo e indutivo etc. (consultar a Finalidade e as Competências Profissionais)

3.2 – Componentes Atitudinais

Condutas relativamente estáveis a situações ou objetos. Ex: agir de modo colaborativo; enfrentar desafios
com determinação etc. (consultar a Finalidade e as Competências Profissionais)

3.3 – Componentes Valorativos

Parâmetros éticos que podem nortear as atitudes dos indivíduos em contextos variados. Ex: patriotismo,
civismo etc. (consultar o Vade Mecum e o Estatuto dos Militares).
- MAPA FUNCIONAL.

Composição: Competências Principais, Unidades de Competências, Elementos de


Competências.
 Competências Principais: Expressão das funções gerais a serem
desempenhadas pelo concludente do curso ou estágio.
 Unidades de Competências: Expressão das funções específicas a serem
desempenhadas pelo concludente do curso ou estágio.
 Elementos de Competências: São ações que são elaboradas na função.

ELEMENTOS DE COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS UNIDADE DE COMPETÊNCIAS
Responder: Que ações realizo para
Responder: para que eu formo? Responder: O que faço?
fazer?

Atualizar a escrituração relativa à


manutenção do material e aos
suprimentos

Planejar e conduzir a Mnt de 2º escalão


Atuar como Oficial de da Vtr Auto
Manutenção de Vtr Auto
Supervisionar as atividades da oficina de
manutenção

Assessorar o Cmdo nos aspectos


referentes aos transportes

Empregar o material de comunicações

Zelar pela segurança das comunicações

Realizar atividades inerentes à função Planejar e conduzir a Mnt do Mat Com Elt
de Oficial Subalterno nas OM de Corpo Atuar como Oficial de
de Tropa Comunicações e Eletrônica Planejar o emprego das comunicações da
Unidade

Assessorar o Cmdo na instrução e


emprego das comunicações

Zelar pela segurança da informação

Orientar as atividades ligadas à gerência


de redes
Atuar como Oficial de
Informática Controlar os recursos de informática

Assessorar o Cmdo na gestão da


informação

Atuar como Oficial de Defesa Elaborar e manter atualizado o plano de


Química, Biológica e Nuclear combate a incêndio
Supervisionar a instalação dos meios e a
execução das medidas de DQBN

Assessorar o Cmdo quanto a suprimentos


de guerra química

Atuar como Oficial de Munições,


Colaborar nas atividades de manutenção
Explosivos e Manutenção de
de armamento e suprimentos
Armamento

- CURRÍCULO (PLANID, PLADIS e QGAEs)

PLANO INTREGRADOR DE DISCIPLINAS (PLANID)

MÓDULO: Agrupamento de disciplinas que favorece a simulação da realidade


profissional.
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
Referem-se àquilo que os instruendos deverão ser capazes de realizar sobre o
conteúdo/assunto e os componentes do eixo transversal.
Os objetivos são definidos por tipos de conteúdo:
- Conteúdo Conceitual - Aprender a Conhecer;
- Conteúdo Procedimental - Aprender a Fazer;
- Conteúdo Factual - Aprender a Conhecer;
- Conteúdo Atitudinal - Aprender a Ser e a Conviver.
Exemplo de PLADIS:
ORIENTAÇÕES PARA EXECUÇÃO DAS SITUAÇÕES-PROBLEMA
- As situações-problema podem ser utilizadas do início ao fim de uma disciplina,
contudo sua utilização em todas as aulas não é obrigatória.
- Devem constar o(s) assunto(s) que orientarão a construção das situações-problema
(o tipo de atividade, procedimentos/encadeamento e ferramentas didáticas, pontos a
serem explorados, meios necessários, ao que deve se referir, e meios, local e tempo
necessário).

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
1. Objetivos da Aprendizagem:
- Descrever o princípio de funcionamento do Fuzil 7,62mm” (CONCEITUAL)”.
- Executar o tiro com a pistola 9mm. (PROCEDIMENTAL)
2. Orientações para as situações-problema:
a) Aproximar o contexto apresentado à realidade das Operações de Não-Guerra, propiciando a visão do
cenário técnico-profissional no qual estará inserido o comandante da pequena fração.
b) Empregar os conhecimentos adquiridos para a situação de Guerra, adaptados e contextualizados,
para as situações de Não-Guerra.
c) Capacitar a operar no quadro tático de missões sob a égide de organismos internacionais,
envolvendo, ao máximo, as particularidades desse contexto.
d) Para as Ações Subsidiárias deverá ser enfatizado o Eixo Transversal, com destaque para as atitudes e
os valores, sob o pano de fundo das tradições militares.
2. Procedimentos didáticos:
a) Métodos e técnicas de ensino: palestra, exercício individual, trabalho em grupo, estudo de caso,
exercício militar.
b) As atitudes/valores elencados serão explorados nos estudos de caso, baseados em experiências
adquiridas pelo Exército Brasileiro e desenvolvidos nas situações-problema inseridas nos exercícios militares,
que deverão constar das ordens de instrução.
3. Atividades complementares:
a) As aulas das CMI, relacionadas ao assunto, irão proporcionar o embasamento teórico necessário
(jurídico, psicológico, sociológico, filosófico, histórico e geopolítico) ao desenvolvimento da competência.
b) As instruções práticas destinam-se a proporcionar os conhecimentos técnicos diretamente
relacionados aos assuntos.
c) Além da utilização das salas de instrução, serão realizadas práticas contemplando as situações
referentes às Operações de Manutenção da Paz, Operações de Garantia da Lei e da Ordem e Operações na Faixa
de Fronteira, seguindo um quadro tático que permita a simulação da realidade a ser encontrada nos corpos de
tropa, quando do emprego em situação de Não-Guerra.
4. Instrumentos de avaliação:
a) Será realizada uma Avaliação de Acompanhamento (AA) específica para cada Unidade de
Competência. Ao todo serão realizadas 3 (três) AA.
b) Será realizada 01(uma) Avaliação de Controle (AC), com duração de 02 (duas) horas, específica sobre
o assunto, abrangendo toda a matéria de Não Guerra, a cargo do C Inf. O assunto será cobrado, também, no
bojo das demais disciplinas das CM I, que têm participação nessa Competência Principal. A Retificação da
Aprendizagem (RetAp), a ser realizada após a AC, terá a duração de 01(uma) hora e deverá focar a revisão dos
principais erros cometidos, bem como no core da disciplina, qual seja: Operações de Manutenção da Paz, Op
GLO e Op na Faixa de Fronteira.
Exemplo de QGAEs:

QUADRO GERAL DAS ATIVIDADES ESCOLARES (QGAEs)

CH CH por
DISCIPLINA Créditos
D N Disciplina (a)

Matemática 60 - 60 4

Instrução Militar 120 60 180 12

Português 60 - 60 4

Física 60 - 60 4

Espanhol 75 - 75 5

Filosofia 45 - 45 3

Inglês 75 - 75 5

Cg H atividades de ensino 555 (a)

ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO

ATIVIDADE CH

Assuntos da Atualidade 15

Atividade Livre 15

Pesquisa 60

Cg H complementação do ensino 90 (b)

ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS ESCOLARES

Medidas Administrativas 30

Tempo Livre 20

Formaturas 15

À Disposição do Instruendo 30

À Disposição do Comando 20

Cg H atividades administrativas 115 (c)

CARGA HORÁRIA DO CURSO 760 (a+b+c)


UD IV – TÉCNICAS DE ENSINO

Objetivo:
- Apresentar e discutir a utilização de técnicas de ensino/metodologia ativas de ensino;

Conceitos
O que é a metodologia de ensino?
- Sobre Metodologia Bacich e Moram (2018) diz que Metodologias são diretrizes que orientam os processos de
ensino e aprendizagem em que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas.

O que são técnicas de ensino ou técnicas de instrução?


- São todos os procedimentos de que dispõe o instrutor para tratar de um assunto de modo que os instruendos
atinjam os objetivos propostos.

Qual a metodologia de ensino utilizada pelo EB?


- Ensino por Competências

O que são metodologias Ativas?


- Segundo Bacich e Moram (2018) metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva
dos estudantes na construção do processo de aprendizagem de forma flexível interligada e híbrida.

Aprendizagem baseada em problemas


- As normas internas de supervisão escolar da EsSLog, tem entre seus objetivos os seguintes tópicos:
a. Orientar o emprego do material didático, das técnicas de ensino e dos instrumentos de avaliação.
b. Identificar os aspectos positivos a serem mantidos e as oportunidades de melhoria.
No tocante as ações, prevê o seguinte:
- Promover reuniões pedagógicas e Estágio de Atualização Pedagógica (ESTAP) com instrutores, buscando o
aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.

Situação problema
- Após os primeiros relatórios da equipe de supervisão das instruções do período básico, verificou-se o seguinte:
a. O uso excessivo de palestra;
b. soldados pouco participativos durante as instruções.
c. Ausência do uso de metodologias ativas necessárias ao desenvolvimento do combatente individual básico.
- Após orientações da equipe de supervisão das instruções do período básico, o seu grupo deverá discutir e
apresentar propostas de melhoria do processo de ensino aprendizagem, bem como apontar as dificuldades
encontradas na utilização de metodologias ativas necessárias ao ano de instrução.

Grupo de oposição
- Técnica na qual os alunos são divididos em dois grupos, o primeiro, encarregado de defender uma ideia ou de
apresentar suas vantagens; e, o segundo, de criticar ou de indicar as desvantagens.

Vantagens
- Efeito da competição entre grupos para levar os alunos a se aprofundarem em assuntos selecionados e a
aplicarem determinados conhecimentos; PESQUISA!

Execução
- A execução caracteriza-se por três momentos:
1) inicialmente, um grupo apresenta seus argumentos em favor da ideia;
2) em seguida, o outro grupo contra-argumenta.
Obs: A cada grupo é concedido um tempo, pré-determinado pelo instrutor, para a apresentação de seus pontos de
vista;
3) Por fim, o instrutor realiza uma síntese ou conclusão da atividade.
- Não há debate ou discussão entre os grupos.

Júri Simulado
Execução:
1- Inicialmente, os defensores e os acusadores debatem internamente o assunto em pauta.
2- Depois, os defensores e os acusadores debatem o assunto em pauta.
3- Após, o instrutor encerra o debate e convida os observadores a fazerem perguntas aos defensores e aos
acusadores;
4- Por fim, os juizes avaliam as idéias surgidas, para que se possa extrair conclusões.
5- Instrutor fecha a atividade com as principais idéias levantadas.

Tempestade de ideias
- Técnica “informal” para levantar idéias;
- Indicada para a abordagem inicial;
- Exige flexibilidade, rapidez de raciocínio, capacidade de ouvir e conhecimento prévio sobre o assunto.
- No domínio atitudinal, é especialmente indicada para desenvolver a criatividade.
- No fim da instrução deve-se ligar a conclusão com a introdução.

Interrogatório
- O interrogatório é uma técnica de ensino em que o instrutor, por meio de perguntas, estimula a participação dos
instruendos.
Apresenta como principais vantagens:
(1) Mantém o interesse dos instruendos, pois todos poderão ser questionados;
(2) Desperta a atenção dos instruendos;
(3) contribuição com experiências pessoais.
As principais desvantagens são:
(1) Pode criar um desânimo no instruendo que responder errado, ou não souber responder;
(2) Exige a preparação pelo instrutor de um questionário adequado e ajustado à sessão ou aula.

Palestra
- Palestra é uma exposição oral na qual o instrutor, valendo-se de todos os recursos da comunicação e
preferencialmente com a ajuda de meios auxiliares, apresenta, define, analisa e explica os assuntos de uma sessão
de instrução ou aula.

O planejamento e preparação de uma palestra exige:


1. Identificar os seus objetivos;
2. Selecionar boas fontes de consulta;
3. Elaborar um roteiro contendo uma sequência lógica da exposição;
4. Selecionar uma situação que trate de um caso real ou qualquer fato relacionado ao tema, que desperte o
interesse dos instruendos e estabeleça um clima propício à aprendizagem;
5. Dosar o tempo disponível;
6. Preparar os meios auxiliares
7. Preparar os possíveis auxiliares;
8. Ensaiar a apresentação.

Eficaz para:
(1) iniciar a aprendizagem;
(2) introduzir informações fundamentais que antecedem sessões de caráter prático;
(3) introduzir temas para reflexão e discussão.

- Apresenta como principais vantagens:


(1) Permite ministrar muitos ensinamentos em pouco tempo; e
(2) Poder ser feita para turmas numerosas.

- As principais desvantagens são:


(1) A pequena participação ativa dos instruendos;
(2) Os riscos de tédio ou desatenção; e
(3) Provável pouco rendimento da atividade.

Exercício individual
- Esta técnica de instrução é a mais adequada para o desenvolvimento das atividades básicas, sejam da área
psicomotora, sejam da área cognitiva. Apesar de poder ser aplicada simultaneamente a um conjunto de
instruendos, sempre conduzirá a fixação individual.
- Consiste na repetição intensa e regular de determinada operação ou raciocínio até que o instruendo adquira a
habilidade necessária.

Tipos de exercícios e suas fases:


- Existem vários tipos de exercícios individuais, dos quais os mais comuns são os seguintes:
1) Prática controlada- neste tipo, todos os instruendos executam determinada operação a um só tempo e
com a mesma velocidade, sob o controle do instrutor.
2) Prática individual- os instruendos trabalham individualmente com suas próprias velocidades, executando a
operação como um todo e sob supervisão do instrutor.
3) Prática tipo instrutor/instruendo- os instruendos serão reunidos aos pares e cada um deles atuará
alternadamente, ora como instrutor, ora como instruendo.

Planejamento e preparação
- O planejamento e preparação de um exercício individual devem procurar:
1) Delimitar a habilidade que será aprendida;
2) Escolher o tipo a ser empregado;
3) Prever os tempos para as fases de compreensão e prática;
4) Prever o número de repetições necessárias;
5) Prover condições e meios para que as atividades transcorram de maneira didática e apropriada;
6) Providenciar o número de monitores e auxiliares necessários ao apoio.

Eficaz para:
(1) Participação ativa e atuante do instruendo;
(2) Prática dos conhecimentos teóricos ministrados na instrução;

- Apresenta como principais vantagens:


(1) Intensificação do interesse pela instrução; e
(2) Observação pelo monitor do DESEMPENHO do instruendo, permitindo a sua avaliação.

- As principais desvantagens são:


(1) Necessidade de meios auxiliares em quantidades suficientes para todos os instruendos;
(2) Tempo disponível pra que cada um possa praticar; e
(3) Quantidade de instrutores e monitores para acompanhar individualmente os instruendos.

Demonstração
- A demonstração é uma técnica de ensino muito favorável à iniciação da aprendizagem voltada para o
desempenho. Por meio de uma demonstração, os instruendos podem visualizar a execução de certos
procedimentos necessários para executar de forma adequada determinado procedimento. É a técnica que o
instruendo aprende mediante o dizer, mostrar e fazer.

Planejamento e preparação
- Ao iniciar o planejamento e preparação de uma demonstração, o instrutor deve:
1) Definir com precisão os objetivos a serem atingidos;
2) Verificar o grau de complexidade da demonstração que será executada;
3) Identificar os aspectos que serão enfatizados;
4) Providenciar todos os recursos e condições necessárias;
5) Prever quantidade de monitores e auxiliares necessários;
6) Preparar o local onde será realizada a demonstração, tendo em vista sempre a segurança como uma das
prioridades.

- Apresenta como principais vantagens:


1) Participação ativa e atuante do instruendo;
2) Prática dos conhecimentos teóricos ministrados na sessão de instrução.
3) Intensificação do interesse do instruendo pelo assunto; e
4) Observação pelo monitor do DESEMPENHO do instruendo, permitindo a sua avaliação.

- As principais desvantagens são:


1) Necessidade de meios auxiliares em quantidades suficientes para todos os instruendos;
2) Tempo disponível pra que cada um possa praticar; e
3) Quantidade de instrutores e monitores para acompanhar individualmente os instruendos.

UD V – SISTEMA DE INSTRUÇÃO MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO (SIMEB)

Objetivo:

- Apresentar o Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB).

Finalidade
- A presente edição do Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB) destina-se a orientar e a
coordenar o planejamento, a execução e o controle das atividades relacionadas ao preparo da Força Terrestre,
contendo esclarecimentos e detalhes, com maior caráter de permanência no tempo e necessários à execução das
atividades de instrução.
Objetivos:

- Regular o desenvolvimento da Instrução Militar.


- Coordenar e o controlar o Preparo Operacional da Força Terrestre (FTer).

Planejamento da Instrução
- A Instrução Militar deverá promover, por meio do adestramento, a preparação orgânica da OM, para possibilitar a
concretização de sua operacionalidade. Gradualmente, promoverá a preparação completa da OM, para o
desenvolvimento de sua eficiência operacional e, quando for o caso, a preparação específica, para a obtenção do
poder de combate.
- O planejamento da instrução consiste em prever e organizar os elementos necessários à aprendizagem;
- Momento em que o instrutor toma as decisões decorrentes de seu trabalho como planejador;
- Este trabalho está configurado no PLANO DE SESSÃO, que consolida todas as ações previstas pelo instrutor.

Fatores a serem observados:


- O instrutor/monitor deve considerar os fatores que influem diretamente em seu planejamento, que são:
1) Objetivos da instrução/aula - expressos por meio dos verbos de ação (ex:definir, compreender, executar)
2) Características dos instruendos - nível intelectual, características culturais e biopsicossociais;
3) Tempo disponível -
4) Técnicas de instrução; (palestra, exercício individual, demonstração ou interrogatório)
5) Meios auxiliares; (monitores de vídeo, projetores, quadros murais...)
6) Fontes de consulta; (plano de sessão anterior, manuais diversos do EB).
7) Monitores e auxiliares disponíveis;
8) Segurança; (Prevenção de acidentes ocasionados por imprudência, negligência ou imperícia).

Plano de Sessão
Características fundamentais
- O plano de sessão deve apresentar as seguintes características:
1) Realista - o instrutor deve planejar a sua instrução com base nas reais possibilidades existentes (humanas e
materiais).
2) Contínuo e progressivo - os assuntos ministrados e as atividades desenvolvidas devem dispostos em uma
sequência lógica, do mais simples para o mais complexo.
3) Flexível - o plano deve admitir eventuais reajustes no desenvolvimento da instrução.
4) Analítico - O instrutor deve desenvolver o plano de sessão de forma analítica, permitindo a decomposição e
análise de suas partes constituintes.

Estrutura
- Um plano de sessão deve atender aos seguintes requisitos:
1) Cabeçalho - onde ficam registradas as informações sobre a matéria, o assunto, o curso, o local, a data,
técnicas, meios auxiliares, instrutores e monitores, fontes de consulta e medidas administrativas e de
segurança.
2) Plano propriamente dito - contém a sequência da sessão, incluindo os itens de introdução,
desenvolvimento e conclusão. Indicando o tempo destinado a cada ítem e cada ideia.
a. Introdução: reservada para fazer a ligação com a sessão anterior ou com a matéria como um
todo. Apresentar os objetivos da sessão, indicar como esses objetivos serão alcançados, apresentar o roteiro,
caracterizar a importância do assunto para despertar o interesse do instruendo.
b. Desenvolvimento: onde o instrutor redige o texto que corresponderá às palavras que dirá ao
longo da instrução, podendo conter exemplos, citações ou ideias.
c. Conclusão: síntese das principais ideias abordadas na sessão, informando sobre a avaliação,
retificação da aprendizagem, encerramento, críticas e sugestões.

OBS.: ANALISAR O EXEMPLO DO PLANO DE SESSÃO NO SLIDE!

Meios auxiliares
- Meios auxiliares de instrução são todos os recursos utilizados pelo instrutor e pelos instruendos para a
organização da condução do processo ensino-aprendizagem e que facilitam a comunicação.
Objetivos:
1) Estimular os sentidos dos instruendos;
2) Fornecer mais elementos para percepção dos instruendos;
3) Favorecer a compreensão e a retenção dos conteúdos;
4) Acelerar a aprendizagem;
5) Atender a múltiplas inteligências.

Classificação dos meios auxiliares


- Os meios auxiliares de instrução são classificados de acordo com os sentidos que acionam para a percepção dos
instruendos como:
1) Recursos visuais - impressionam apenas o sentido da visão (quadro de giz, quadro mural, fotografias,
projetores)
2) Recursos auditivos - impressionam o sentido da audição (fitas de áudio, símbolos verbais)
3) Recursos audiovisuais - abrange os dois sentidos acima referidos (filmes sonoros, monitores de vídeo)
4) Recursos múltiplos - impressionam também os demais sentidos dos instruendos, onde se incluem as
experiências.

Medidas de Segurança
- A atividade militar caracteriza-se pela seriedade. Nesta condição, é inaceitável qualquer tipo de amadorismo,
brincadeira, trote ou qualquer outra atitude que ofenda, denigra e humilhe a integridade física e mental do militar
subordinado ou sob a responsabilidade do instrutor.

- Todas as atividades de instrução exigem cuidados especiais, particularmente aquelas em que o nível de risco é
maior. Assim, no desenvolvimento da IM, qualquer aspecto relacionado com a segurança do pessoal, do material e
das instalações deverá ser previamente avaliado para que se possa estabelecer, oportunamente, as medidas
preventivas, incluindo a suspensão da atividade, mesmo que já tenha sido iniciada. Em razão das recorrências nos
últimos anos, deve ser dada especial atenção às atividades próximas de massa d’água, deslocamentos de viaturas,
atividades que envolvam esforços físicos prolongados e manuseio com armamento.

- Todo pessoal envolvido direta ou indiretamente com a Instrução Militar (IM) deverá estar conscientizado do grau
de risco que envolve essa atividade e da necessidade de que todos se mobilizem em prol da eficiência, disciplina e
rigor funcional.
- Normalmente, o acidente é resultado de uma sequência de eventos chamados “fatores contribuintes”, que se
somam até atingirem o ponto de irreversibilidade do mesmo.
EXEMPLOS DE MEDIDAS PREVENTIVAS E OUTRAS PRESCRIÇÕES RELATIVAS À SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO.

Instrução com emprego de Armamento Leve


1) O armamento destinado à execução do tiro real, durante o transporte, deve estar descarregado.
2) Antes ou após a instrução, ou o serviço que empregue quaisquer tipos de cartuchos, deve ocorrer uma inspeção
de armas, munições e equipamentos relacionados com a atividade.
3) A inspeção deve ser executada no local da atividade pelo instrutor.
4) O pessoal participante de atividades que incluam a execução de tiro real, mesmo na condição de assistente, deve
usar capacete balístico.
5) Os incidentes de tiro devem ser sanados com a aplicação das regras próprias de cada arma, e da cautela
necessária.
6) O emprego do armamento com munição de festim exige o reforçador apropriado; mesmo com ele, a arma nunca
deve ser apontada e disparada na direção de pessoas a distâncias inferiores a 10 (dez) metros.

Emprego de granadas de mão e de bocal


1) A área de lançamento deve ser delimitada e isolada.
2) O lançamento de granada real deve ser precedido de exercícios com granadas inertes.
3) O lançamento exige o uso de capacete balístico para todos os participantes e assistentes.
4) O dispositivo de segurança da granada só deve ser removido no momento do lançamento.
5) Granadas reais não devem ser manuseadas ou manipuladas em ambientes fechados.
6) A verificação de falhas é incumbência obrigatória dos instrutores.
7) As granadas falhadas devem ser destruídas de acordo com as normas estabelecidas.

Marchas e estacionamentos
1) Na seleção do itinerário de marcha de qualquer tipo, deve-se evitar, sempre que possível, as vias de tráfego
intenso ou difícil. Não sendo possível essa medida, cuidados especiais devem ser observados.
2) Ligações devem ser estabelecidas entre todos os integrantes da coluna de marcha, de modo que seu
comandante, continuamente, seja informado da situação existente.
3) As marchas noturnas exigem cuidados especiais, como o emprego de equipamentos de sinalização à distância.
4) Em qualquer estacionamento deve ser mantida uma equipe de primeiros socorros. Essa equipe deve dispor de
soro antiofídico e de medicamentos específicos contra mordedura ou picada de animais peçonhentos existentes na
região.

Patrulhas
1) Preferentemente deverão ser realizadas em campos de instrução. A autorização para utilizar áreas particulares
será encargo do Cmdo da Gu, que regulará o assunto.
2) Os itinerários devem ser minuciosamente reconhecidos pelos instrutores, antes dos lançamentos de patrulhas
noturnas, quanto aos seguintes aspectos, dentre outros.
3) Cisternas, poços ou suspiros de minas subterrâneas, passagens em rodovias movimentadas, povoados, passagens
sob ferrovia e locais onde possam existir engenhos falhados (polígonos de tiro) devem ser previamente balizados.
4) Restringir ao máximo o contato físico entre tropas e figuração, de modo a impedir incidentes que resultem em
quaisquer prejuízos à integridade física ou moral dos participantes.

Pistas de cordas
1) Os instrutores e monitores deverão testar o dispositivo antes dos instruendos;
2) Prever segurança alternativa para o caso da roldana travar durante o percurso.
3) Verificar se estão em boas condições o “cabo trilho”, a roldana e o mosquetão.
4) Prever segurança embaixo, caso o instruendo tenha que saltar na água.
5) Para o cabo submerso:
a) escolher um local adequado para realizar o exercício (margens suaves e pouca correnteza);
b) passar um instruendo de cada vez;
c) tracionar o cabo adequadamente, de maneira a facilitar a passagem dos instruendos.
6) Para a falsa baiana:
a) tracionar o cabo inferior (de preferência cabo-de-aço) e a corda superior;
b) dimensionar a altura de tal maneira que todos os instruendos consigam passar;
c) prever segurança para evitar a queda do instruendo na água. O mesmo procedimento deverá ser
observado para o “comando crawl”.

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