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Didática
Didática
Objetivos:
- Compreender o conceito de Didática (Conceitual)
- Compreender os fundamentos da sequência Didática (Conceitual)
CONCEITO DE DIDÁTICA
A didática é um dos ramos de estudo da pedagogia, e tem pelo foco o ensino e
a prática de métodos e técnicas que possibilitam que o aluno aprenda por meio
de um professor ou instrutor.
A Pedagogia é a ciência que se dedica ao estudo da educação, investiga a
natureza de suas finalidades numa determinada sociedade. Seu campo é
bastante amplo.
A Didática também pode ser conhecida como a arte de ensinar.
Essa disciplina deve aguçar o lado crítico dos sargentos em formação (Alunos),
para que eles possam analisar de forma clara a realidade de ensino na qual
estarão inseridos em breve (Tropa).
O QUE É DIDÁTICA?
É a disciplina que vai direcionar seu enfoque para a educação escolar,
investigando os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e
do ensino. (LIBÂNEO, 1991).
A MULTIDIMENSIONALIDADE DA DIDÁTICA
O objeto de estudo da Didática é o processo de aprendizagem.
Para ser adequadamente compreendido, ele precisa ser analisado de tal modo
que articule consistentemente as dimensões humana, técnica e político-social.
APRENDIZAGEM
Por APRENDIZAGEM entendemos o desenvolvimento da pessoa como um todo:
Inteligência;
Afetividade;
Padrões de comportamento moral;
Desenvolvimento da coordenação motora, capacidades artísticas e
comunicação;
Relacionamento com a família, amigos, cidade, país, etc.
DIMENÇÃO HUMANA
Ensino-aprendizagem é um processo em que está sempre presente, de forma
direta ou indireta, no relacionamento humano.
O processo de aprendizagem se realiza através do relacionamento interpessoal
entre: alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores.
DIMENSÃO POLÍTICO-SOCIAL
A prática educativa é um processo neutro;
Todo o processo de ensino-aprendizagem é “situado”;
Acontece num local determinado, numa certa época histórica;
Acontece numa cultura específica, trata com pessoas concretas que têm uma
posição de classe definida na organização social em que vive.
Segue orientações e diretrizes de profissionais da Educação e das políticas
governamentais.
Políticas Governamentais: têm uma influência muito grande através da
legislação e normas que afetam a escola.
Grande parte dos estabelecimentos de ensino está diretamente subordinada ao
Estado.
DIMENSÃO TÉCNICA
Interessa a esse processo que os alunos consigam aprender bem o que se
propõe, através da organização de condições apropriadas;
Aspectos como definição de objetivos, seleção de conteúdo, técnicas e recursos
de ensino, organização do processo de avaliação e escolhas de técnicas
avaliativas, planejamento de curso e de aulas constitui o núcleo da dimensão
técnica do processo da aprendizagem;
Trata-se do aspecto instrumental, técnico, considerado objetivo e racional
através do qual se organiza o processo de ensino-aprendizagem.
MULTIMENSIONALIDADE DA DIDÁTICA
A articulação entre as três dimensões é o centro configurador da concepção do
processo de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva de uma “multidimensionalidade”
que articula organicamente, as diferentes dimensões do processo de ensino-
aprendizagem é onde se situa a Didática.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
O MODELO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA A SER APRESENTADO ESTÁ ASSOCIADO
ÀS PESQUISAS SOBRE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA ATRAVÉS DE UM TRABALHO
SISTEMÁTICO COM GÊNEROS TEXTUAIS DESENVOLVIDOS PELO GRUPO DE GENEBRA
(DOLZ E NOVERRAZ E SCHNEUWLY).
Conjunto de atividades planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa.
Organizadas de acordo com os objetivos que o professor que alcançar para
aprendizagem.
Envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação, para todos os níveis de
escolaridade.
“sequência didática é um conjunto de atividades escolares organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual, oral ou escrito” (dolz,
noverraz e schuneuwly, 2004, p. 97).
“procura favorecer a mudança e a promoção dos alunos ao domínio de gêneros
e da situação de comunicação” (dolz, noverraz e schuneuwly, 2004, p. 97).
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
PRODUÇÃO INICIAL
OS MÓDULOS
PRODUÇÃO FINAL
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
É O MOMENTO EM QUE O PROFESSOR APRESENTA AOS ALUNOS A TAREFA E
OS ESTUDOS QUE IRÃO REALIZAR DURANTE O PERÍODO DE INSTRUÇÃO.
Ex.: momento em que o monitor apresenta os assuntos que serão ministrados aos recrutas
durante o período de instrução básica nas diversas om do brasil.
PRODUÇÃO INICIAL
NESTA ETAPA, OS INSTRUENDOS, JÁ INFORMADOS SOBRE UM DETERMINADO
ASSUNTO, IRÃO EXPOR O QUE SABEM E PENSAM O MESMO, POR MEIO DE
PRODUÇÃO DE TEXTO, CONVERSAS E ETC.
A PRODUÇÃO INICIAL TRATA-SE DE UMA AVALIAÇÃO PRÉVIA E É ATRAVÉS
DELA QUE O INSTRUTOR CONHECE AS DIFICULDADES DOS INSTRUENDOS E OBTÊM
MEIOS DE ESTABELECER QUAIS ATIVIDADES DEVERÃO SER EMPREGADAS NA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA.
MÓDULOS
ESTA ETAPA TRATA DAS ATIVIDADES (EXERCÍCIOS E PESQUISAS) PLANEJADAS
METODICAMENTE COM A FINALIDADE DE DESENVOLVER AS CAPACIDADES DO
INSTRUENDO.
OS MÓDULOS DEVEM SER DIRECIONADOS ÀS DIFICULDADES ENCONTRADAS
NA PRODUÇÃO INICIAL DOS INSTRUENDOS E VISANDO A SUPERAÇÃO DE SUAS
DIFICULDADES.
Ex.: a instrução preparatória para o tiro (ipt) dos recrutas no período de
instrução básica.
PRODUÇÃO FINAL
NESTA FASE É PROPOSTA UMA AVALIAÇÃO DO QUE OS INSTRUENDOS
CONSEGUIRAM APRENDER NO DECORRER DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA.
Ex.: avaliações formais do cfs e o campo de instrução básico dos recrutas.
CONCLUSÃO
É DE SUMA IMPORTÂNCIA QUE O MONITOR, QUANDO ESTIVER
MINISTRANDO AS INSTRUÇÕES NECESSÁRIAS A FORMAÇÃO DOS SOLDADOS OU
ALUNOS DAS DIVERSAS ESCOLAS DE FORMAÇÃO, ESTEJA SEMPRE PREOCUPADO
COM A DIDÁTICA DAS SUAS INSTRUÇÕES, POIS MILITARES BEM FORMADOS SÃO
CONSEQUÊNCIA DE DIDÁTICAS BEM APLICADAS E DE INSTRUTORES CAPACITADOS.
EXERCÍCIO
SEPARAR A TURMA EM GRUPOS;
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS PARA EXPLANAÇÃO.
UD II: Tendências didáticas
Objetivos:
- Identificar os fundamentos da Escola Tradicional (Factual)
- Identificar os fundamentos da Escola Tecnicista (Factual)
- Identificar os fundamentos da Escola Nova (Factual)
- Conhecer o conceito de construtivismo segundo PIAGET (conceito de
assimilação, acomodação e equilibração) (Conceitual)
- Conhecer o conceito de construtivismo segundo VYGOTSKY (Zona de
desenvolvimento real e proximal) (Conceitual)
Objetivos:
- Compreender Competências.
- Apresentar o Currículo por Competências.
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
ENSINO: ENSINO:
- Processo de estímulo-resposta - Pedagogia de Projetos (instrutor facilitador)
(punição/reforço) - Construção do conhecimento pelo aluno,
- Ensino individualizado (Somente Ensino pela descoberta
o instrutor fala) - Ensino contextualizado (Situações
- Ensino fragmentado em Integradoras)
disciplinas - Emprego de Tecnologias
APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM
Aprendizagem por memorização Aprendizagem significativa
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO
Memorização, sem Contextualizada, Padrões de Desempenho
contextualização
COMPETÊNCIA
É a ação de mobilizar recursos diversos, integrando-os para decidir e atuar em
uma família de situações (um conjunto de situações semelhantes).
RECURSOS MOBILIZADOS: CONTEÚDOS DE APRENDIZAGEM, CAPACIDADES
COGNITIVAS, CAPACIDADES FÍSICAS E MOTORAS, CAPACIDADES MORAIS, ATITUDES
E VALORES.
IDENTIFIQUE NO ESTRATO DO PLADIS A SEGUIR OS RECURSOS MOBILIZADOS
PELA COMPETÊNCIA:
CONTEÚDO
OS CONTEÚDOS SÃO CONHECIMENTOS QUE COMPÕEM O CURRÍCULO. OS
ASSUNTOS, POR SUA VEZ, SÃO PARTES DO CONTEÚDO.
TIPOS DE CONTEÚDOS
• FACTUAIS: referem-se a informações ou dados da realidade. São conteúdos
que são aprendidos por cópia literal, pela memorização.
Ex: o alcance do fuzil, o nome de uma peça, o símbolo de uma carta
topográfica, o valor do desconto de FUSEX, o alcance de equipamento rádio, a
classe de suprimento, etc.
• CONCEITUAIS: referem-se a conceitos e princípios.
Ex: Compreender o conceito de operação de pacificação, compreender o
conceito de logística reversa, compreender o conceito de grupo funcional suprimento,
compreender os princípios básicos de armazenagem, compreender os princípios
básicos da linguagem musical, definir acidente vascular encefálico.
• PROCEDIMENTAL: refere-se a um conjunto de ações que o discente tem que
realizar.
Ex: realizar movimentos de ordem unida, executar um tiro de fuzil, elaborar
processo de suprimento de fundos, preencher documentos de enfermagem.
• ATITUDINAL: refere-se às atitudes, capacidades morais e valores.
Ex: Aplicar vacinas em militares e civis, observando previamente as regras de
segurança e demonstrando segurança. (RESPONSABILIDADE e AUTOCONFIANÇA)
CONCLUSÃO PARCIAL
Não se pode ensinar, por exemplo, a realização do tiro de fuzil, seu princípio
de funcionamento e o nome de suas peças utilizando os mesmos procedimentos
didáticos.
EIXO TRANSVERSAL
CONJUNTO DE RECURSOS MOBILIZADOS PELAS COMPETÊNCIAS.
- Capacidades Físicas e Motoras: São operações mentais relacionadas à
execução e aprendizagem de ações físicas e motoras.
- Valores: São os princípios éticos a partir dos quais as pessoas julgam as
situações e as condutas e em relação aos quais experimentam determinados
sentimentos e emoções.
Exemplo: Patriotismo.
- Atitudes: Formas predominantes de agir de uma pessoa. Relacionam-se com
valores, sentimentos e com as capacidades morais.
Exemplo: cooperar com os companheiros, ser proativo com o subordinado.
- Capacidades Morais: São operações mentais relacionadas à avaliação moral
de pessoas e situações e à construção de condutas e hábitos.
Exemplos: autoconhecimento, reflexão sobre valores, disciplina consciente.
- Capacidades Cognitivas: São operações mentais relacionadas à recepção,
organização e utilização de informações, que permeiam e dão suporte a todo ato de
aprender do sujeito.
Exemplos: planejar, abstrair, memorizar, resolver problemas.
1. FINALIDADE
Cursos
Habilitar os (quem?) para ocupar cargos e funções relativos à/na (de que / onde?) - Recorrer às finalidades constantes
da Portaria de Criação.
Exemplos: 1 - Habilitar o concludente para exercer cargos e funções de oficial não aperfeiçoado da arma de
infantaria nas Organizações Militares do Exército Brasileiro. / 2- Habilitar os Sargentos da Arma de Artilharia para
exercer cargos e funções específicos, nas Unidades de Artilharia Antiaérea.
Estágios Gerais
Exemplo: Capacitar profissionalmente os sargentos da arma de cavalaria para operarem a torre de tiro da
viatura blindada de combate Leopard 1A5 BR, nas OM de Cavalaria.
2. COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
2.1 GERAIS - Utilizar a END, A Lei de Ensino EB e seu Regulamento, Política e Estratégia Ensino e Política de
Gestão Ambiental do Exército.
2.2 ESPECÍFICAS - Análise Ocupacional e Catálogo de Cargos e Funções (este só para os cursos)
3. EIXOS TRANSVERSAIS
Capacidades mentais que permeiam todo ato de aprender do sujeito. Ex: Capacidades de argumentação, de
raciocínio dedutivo e indutivo etc. (consultar a Finalidade e as Competências Profissionais)
Condutas relativamente estáveis a situações ou objetos. Ex: agir de modo colaborativo; enfrentar desafios
com determinação etc. (consultar a Finalidade e as Competências Profissionais)
Parâmetros éticos que podem nortear as atitudes dos indivíduos em contextos variados. Ex: patriotismo,
civismo etc. (consultar o Vade Mecum e o Estatuto dos Militares).
- MAPA FUNCIONAL.
ELEMENTOS DE COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS PRINCIPAIS UNIDADE DE COMPETÊNCIAS
Responder: Que ações realizo para
Responder: para que eu formo? Responder: O que faço?
fazer?
Realizar atividades inerentes à função Planejar e conduzir a Mnt do Mat Com Elt
de Oficial Subalterno nas OM de Corpo Atuar como Oficial de
de Tropa Comunicações e Eletrônica Planejar o emprego das comunicações da
Unidade
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
1. Objetivos da Aprendizagem:
- Descrever o princípio de funcionamento do Fuzil 7,62mm” (CONCEITUAL)”.
- Executar o tiro com a pistola 9mm. (PROCEDIMENTAL)
2. Orientações para as situações-problema:
a) Aproximar o contexto apresentado à realidade das Operações de Não-Guerra, propiciando a visão do
cenário técnico-profissional no qual estará inserido o comandante da pequena fração.
b) Empregar os conhecimentos adquiridos para a situação de Guerra, adaptados e contextualizados,
para as situações de Não-Guerra.
c) Capacitar a operar no quadro tático de missões sob a égide de organismos internacionais,
envolvendo, ao máximo, as particularidades desse contexto.
d) Para as Ações Subsidiárias deverá ser enfatizado o Eixo Transversal, com destaque para as atitudes e
os valores, sob o pano de fundo das tradições militares.
2. Procedimentos didáticos:
a) Métodos e técnicas de ensino: palestra, exercício individual, trabalho em grupo, estudo de caso,
exercício militar.
b) As atitudes/valores elencados serão explorados nos estudos de caso, baseados em experiências
adquiridas pelo Exército Brasileiro e desenvolvidos nas situações-problema inseridas nos exercícios militares,
que deverão constar das ordens de instrução.
3. Atividades complementares:
a) As aulas das CMI, relacionadas ao assunto, irão proporcionar o embasamento teórico necessário
(jurídico, psicológico, sociológico, filosófico, histórico e geopolítico) ao desenvolvimento da competência.
b) As instruções práticas destinam-se a proporcionar os conhecimentos técnicos diretamente
relacionados aos assuntos.
c) Além da utilização das salas de instrução, serão realizadas práticas contemplando as situações
referentes às Operações de Manutenção da Paz, Operações de Garantia da Lei e da Ordem e Operações na Faixa
de Fronteira, seguindo um quadro tático que permita a simulação da realidade a ser encontrada nos corpos de
tropa, quando do emprego em situação de Não-Guerra.
4. Instrumentos de avaliação:
a) Será realizada uma Avaliação de Acompanhamento (AA) específica para cada Unidade de
Competência. Ao todo serão realizadas 3 (três) AA.
b) Será realizada 01(uma) Avaliação de Controle (AC), com duração de 02 (duas) horas, específica sobre
o assunto, abrangendo toda a matéria de Não Guerra, a cargo do C Inf. O assunto será cobrado, também, no
bojo das demais disciplinas das CM I, que têm participação nessa Competência Principal. A Retificação da
Aprendizagem (RetAp), a ser realizada após a AC, terá a duração de 01(uma) hora e deverá focar a revisão dos
principais erros cometidos, bem como no core da disciplina, qual seja: Operações de Manutenção da Paz, Op
GLO e Op na Faixa de Fronteira.
Exemplo de QGAEs:
CH CH por
DISCIPLINA Créditos
D N Disciplina (a)
Matemática 60 - 60 4
Português 60 - 60 4
Física 60 - 60 4
Espanhol 75 - 75 5
Filosofia 45 - 45 3
Inglês 75 - 75 5
ATIVIDADE CH
Assuntos da Atualidade 15
Atividade Livre 15
Pesquisa 60
Medidas Administrativas 30
Tempo Livre 20
Formaturas 15
À Disposição do Instruendo 30
À Disposição do Comando 20
Objetivo:
- Apresentar e discutir a utilização de técnicas de ensino/metodologia ativas de ensino;
Conceitos
O que é a metodologia de ensino?
- Sobre Metodologia Bacich e Moram (2018) diz que Metodologias são diretrizes que orientam os processos de
ensino e aprendizagem em que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas.
Situação problema
- Após os primeiros relatórios da equipe de supervisão das instruções do período básico, verificou-se o seguinte:
a. O uso excessivo de palestra;
b. soldados pouco participativos durante as instruções.
c. Ausência do uso de metodologias ativas necessárias ao desenvolvimento do combatente individual básico.
- Após orientações da equipe de supervisão das instruções do período básico, o seu grupo deverá discutir e
apresentar propostas de melhoria do processo de ensino aprendizagem, bem como apontar as dificuldades
encontradas na utilização de metodologias ativas necessárias ao ano de instrução.
Grupo de oposição
- Técnica na qual os alunos são divididos em dois grupos, o primeiro, encarregado de defender uma ideia ou de
apresentar suas vantagens; e, o segundo, de criticar ou de indicar as desvantagens.
Vantagens
- Efeito da competição entre grupos para levar os alunos a se aprofundarem em assuntos selecionados e a
aplicarem determinados conhecimentos; PESQUISA!
Execução
- A execução caracteriza-se por três momentos:
1) inicialmente, um grupo apresenta seus argumentos em favor da ideia;
2) em seguida, o outro grupo contra-argumenta.
Obs: A cada grupo é concedido um tempo, pré-determinado pelo instrutor, para a apresentação de seus pontos de
vista;
3) Por fim, o instrutor realiza uma síntese ou conclusão da atividade.
- Não há debate ou discussão entre os grupos.
Júri Simulado
Execução:
1- Inicialmente, os defensores e os acusadores debatem internamente o assunto em pauta.
2- Depois, os defensores e os acusadores debatem o assunto em pauta.
3- Após, o instrutor encerra o debate e convida os observadores a fazerem perguntas aos defensores e aos
acusadores;
4- Por fim, os juizes avaliam as idéias surgidas, para que se possa extrair conclusões.
5- Instrutor fecha a atividade com as principais idéias levantadas.
Tempestade de ideias
- Técnica “informal” para levantar idéias;
- Indicada para a abordagem inicial;
- Exige flexibilidade, rapidez de raciocínio, capacidade de ouvir e conhecimento prévio sobre o assunto.
- No domínio atitudinal, é especialmente indicada para desenvolver a criatividade.
- No fim da instrução deve-se ligar a conclusão com a introdução.
Interrogatório
- O interrogatório é uma técnica de ensino em que o instrutor, por meio de perguntas, estimula a participação dos
instruendos.
Apresenta como principais vantagens:
(1) Mantém o interesse dos instruendos, pois todos poderão ser questionados;
(2) Desperta a atenção dos instruendos;
(3) contribuição com experiências pessoais.
As principais desvantagens são:
(1) Pode criar um desânimo no instruendo que responder errado, ou não souber responder;
(2) Exige a preparação pelo instrutor de um questionário adequado e ajustado à sessão ou aula.
Palestra
- Palestra é uma exposição oral na qual o instrutor, valendo-se de todos os recursos da comunicação e
preferencialmente com a ajuda de meios auxiliares, apresenta, define, analisa e explica os assuntos de uma sessão
de instrução ou aula.
Eficaz para:
(1) iniciar a aprendizagem;
(2) introduzir informações fundamentais que antecedem sessões de caráter prático;
(3) introduzir temas para reflexão e discussão.
Exercício individual
- Esta técnica de instrução é a mais adequada para o desenvolvimento das atividades básicas, sejam da área
psicomotora, sejam da área cognitiva. Apesar de poder ser aplicada simultaneamente a um conjunto de
instruendos, sempre conduzirá a fixação individual.
- Consiste na repetição intensa e regular de determinada operação ou raciocínio até que o instruendo adquira a
habilidade necessária.
Planejamento e preparação
- O planejamento e preparação de um exercício individual devem procurar:
1) Delimitar a habilidade que será aprendida;
2) Escolher o tipo a ser empregado;
3) Prever os tempos para as fases de compreensão e prática;
4) Prever o número de repetições necessárias;
5) Prover condições e meios para que as atividades transcorram de maneira didática e apropriada;
6) Providenciar o número de monitores e auxiliares necessários ao apoio.
Eficaz para:
(1) Participação ativa e atuante do instruendo;
(2) Prática dos conhecimentos teóricos ministrados na instrução;
Demonstração
- A demonstração é uma técnica de ensino muito favorável à iniciação da aprendizagem voltada para o
desempenho. Por meio de uma demonstração, os instruendos podem visualizar a execução de certos
procedimentos necessários para executar de forma adequada determinado procedimento. É a técnica que o
instruendo aprende mediante o dizer, mostrar e fazer.
Planejamento e preparação
- Ao iniciar o planejamento e preparação de uma demonstração, o instrutor deve:
1) Definir com precisão os objetivos a serem atingidos;
2) Verificar o grau de complexidade da demonstração que será executada;
3) Identificar os aspectos que serão enfatizados;
4) Providenciar todos os recursos e condições necessárias;
5) Prever quantidade de monitores e auxiliares necessários;
6) Preparar o local onde será realizada a demonstração, tendo em vista sempre a segurança como uma das
prioridades.
Objetivo:
Finalidade
- A presente edição do Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro (SIMEB) destina-se a orientar e a
coordenar o planejamento, a execução e o controle das atividades relacionadas ao preparo da Força Terrestre,
contendo esclarecimentos e detalhes, com maior caráter de permanência no tempo e necessários à execução das
atividades de instrução.
Objetivos:
Planejamento da Instrução
- A Instrução Militar deverá promover, por meio do adestramento, a preparação orgânica da OM, para possibilitar a
concretização de sua operacionalidade. Gradualmente, promoverá a preparação completa da OM, para o
desenvolvimento de sua eficiência operacional e, quando for o caso, a preparação específica, para a obtenção do
poder de combate.
- O planejamento da instrução consiste em prever e organizar os elementos necessários à aprendizagem;
- Momento em que o instrutor toma as decisões decorrentes de seu trabalho como planejador;
- Este trabalho está configurado no PLANO DE SESSÃO, que consolida todas as ações previstas pelo instrutor.
Plano de Sessão
Características fundamentais
- O plano de sessão deve apresentar as seguintes características:
1) Realista - o instrutor deve planejar a sua instrução com base nas reais possibilidades existentes (humanas e
materiais).
2) Contínuo e progressivo - os assuntos ministrados e as atividades desenvolvidas devem dispostos em uma
sequência lógica, do mais simples para o mais complexo.
3) Flexível - o plano deve admitir eventuais reajustes no desenvolvimento da instrução.
4) Analítico - O instrutor deve desenvolver o plano de sessão de forma analítica, permitindo a decomposição e
análise de suas partes constituintes.
Estrutura
- Um plano de sessão deve atender aos seguintes requisitos:
1) Cabeçalho - onde ficam registradas as informações sobre a matéria, o assunto, o curso, o local, a data,
técnicas, meios auxiliares, instrutores e monitores, fontes de consulta e medidas administrativas e de
segurança.
2) Plano propriamente dito - contém a sequência da sessão, incluindo os itens de introdução,
desenvolvimento e conclusão. Indicando o tempo destinado a cada ítem e cada ideia.
a. Introdução: reservada para fazer a ligação com a sessão anterior ou com a matéria como um
todo. Apresentar os objetivos da sessão, indicar como esses objetivos serão alcançados, apresentar o roteiro,
caracterizar a importância do assunto para despertar o interesse do instruendo.
b. Desenvolvimento: onde o instrutor redige o texto que corresponderá às palavras que dirá ao
longo da instrução, podendo conter exemplos, citações ou ideias.
c. Conclusão: síntese das principais ideias abordadas na sessão, informando sobre a avaliação,
retificação da aprendizagem, encerramento, críticas e sugestões.
Meios auxiliares
- Meios auxiliares de instrução são todos os recursos utilizados pelo instrutor e pelos instruendos para a
organização da condução do processo ensino-aprendizagem e que facilitam a comunicação.
Objetivos:
1) Estimular os sentidos dos instruendos;
2) Fornecer mais elementos para percepção dos instruendos;
3) Favorecer a compreensão e a retenção dos conteúdos;
4) Acelerar a aprendizagem;
5) Atender a múltiplas inteligências.
Medidas de Segurança
- A atividade militar caracteriza-se pela seriedade. Nesta condição, é inaceitável qualquer tipo de amadorismo,
brincadeira, trote ou qualquer outra atitude que ofenda, denigra e humilhe a integridade física e mental do militar
subordinado ou sob a responsabilidade do instrutor.
- Todas as atividades de instrução exigem cuidados especiais, particularmente aquelas em que o nível de risco é
maior. Assim, no desenvolvimento da IM, qualquer aspecto relacionado com a segurança do pessoal, do material e
das instalações deverá ser previamente avaliado para que se possa estabelecer, oportunamente, as medidas
preventivas, incluindo a suspensão da atividade, mesmo que já tenha sido iniciada. Em razão das recorrências nos
últimos anos, deve ser dada especial atenção às atividades próximas de massa d’água, deslocamentos de viaturas,
atividades que envolvam esforços físicos prolongados e manuseio com armamento.
- Todo pessoal envolvido direta ou indiretamente com a Instrução Militar (IM) deverá estar conscientizado do grau
de risco que envolve essa atividade e da necessidade de que todos se mobilizem em prol da eficiência, disciplina e
rigor funcional.
- Normalmente, o acidente é resultado de uma sequência de eventos chamados “fatores contribuintes”, que se
somam até atingirem o ponto de irreversibilidade do mesmo.
EXEMPLOS DE MEDIDAS PREVENTIVAS E OUTRAS PRESCRIÇÕES RELATIVAS À SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO.
Marchas e estacionamentos
1) Na seleção do itinerário de marcha de qualquer tipo, deve-se evitar, sempre que possível, as vias de tráfego
intenso ou difícil. Não sendo possível essa medida, cuidados especiais devem ser observados.
2) Ligações devem ser estabelecidas entre todos os integrantes da coluna de marcha, de modo que seu
comandante, continuamente, seja informado da situação existente.
3) As marchas noturnas exigem cuidados especiais, como o emprego de equipamentos de sinalização à distância.
4) Em qualquer estacionamento deve ser mantida uma equipe de primeiros socorros. Essa equipe deve dispor de
soro antiofídico e de medicamentos específicos contra mordedura ou picada de animais peçonhentos existentes na
região.
Patrulhas
1) Preferentemente deverão ser realizadas em campos de instrução. A autorização para utilizar áreas particulares
será encargo do Cmdo da Gu, que regulará o assunto.
2) Os itinerários devem ser minuciosamente reconhecidos pelos instrutores, antes dos lançamentos de patrulhas
noturnas, quanto aos seguintes aspectos, dentre outros.
3) Cisternas, poços ou suspiros de minas subterrâneas, passagens em rodovias movimentadas, povoados, passagens
sob ferrovia e locais onde possam existir engenhos falhados (polígonos de tiro) devem ser previamente balizados.
4) Restringir ao máximo o contato físico entre tropas e figuração, de modo a impedir incidentes que resultem em
quaisquer prejuízos à integridade física ou moral dos participantes.
Pistas de cordas
1) Os instrutores e monitores deverão testar o dispositivo antes dos instruendos;
2) Prever segurança alternativa para o caso da roldana travar durante o percurso.
3) Verificar se estão em boas condições o “cabo trilho”, a roldana e o mosquetão.
4) Prever segurança embaixo, caso o instruendo tenha que saltar na água.
5) Para o cabo submerso:
a) escolher um local adequado para realizar o exercício (margens suaves e pouca correnteza);
b) passar um instruendo de cada vez;
c) tracionar o cabo adequadamente, de maneira a facilitar a passagem dos instruendos.
6) Para a falsa baiana:
a) tracionar o cabo inferior (de preferência cabo-de-aço) e a corda superior;
b) dimensionar a altura de tal maneira que todos os instruendos consigam passar;
c) prever segurança para evitar a queda do instruendo na água. O mesmo procedimento deverá ser
observado para o “comando crawl”.