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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRACAO INSTITUTO POLITECNICO DO PORTO DIREITO COMERCIAL CASOS PRATICOS NAO RESOLVIDOS ACTOS DE COMERCIO E COMERCIANTES EM NOME INDIVIDUAL DEOLINDA APARICIO MEIRA Margo 2011 a CASOS PRATICOS (NAO RESOLVIDOS) DE DIREITO COMERCIAL 1- Ambrésio é proprietério de uma empresa que se dedica & venda e assisténcia pés-venda de computadores. Como iniciou a sua actividade ha pouco tempo, ainda ndo obteve quaisquer lucros, pelo que as despesas familiares sdo exclusivamente suportadas pela sua mulher, Ambrésio adquiriu dois computadores, 0 primeiro com intencdo de o utilizar ao servigo da sua empresa, 0 que assim fez, e 0 segundo com a intenc&o de o revender. Porém, e quanto a este Ultimo, acabou por ofertd- lo a um amigo. A) Como qualifica, do ponto de vista juridico-mercantil, a compra dos dois computadores. Relativamente ao primeiro computador, estamos perante um acto objectivamente comercial, porque esté previsto no cédigo comercial, porque foi comprado tendo em vista 2 actividade econémica de Antonio, luz do artigo 2° n° 4 do Cédigo Comercial, “Serso considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste cédigo (..)". 0 acto é iguaimente subjectivamente comercial, pois foi praticado por comerciantes @ ndo tem natureza exclusivamente civil (tem causa mercantil) ¢ do proprio acto néo resulta a sua ndo conex8o com 0 comércio, preenchendo assim os trés requisitos constantes no artigo 2°, 2* parte do Cédigo Comercial. E um acto substancialmente comercial, pois tem a ver com o comércio em sentido juridico, pois trata-se de um acto cuja comercialidade the advém de natureza propria porque praticado por um comerciante, tendo em vista @ sua actividade econémica. Por fim, trata-se de um acto bilateralmente comercial, pois tem cardcter comercial para ambas as partes Ja 0 segundo computador ¢ objectivamente comercial, uma vez que foi comprado para revenda, previsto no artigo 463° n° 1 do Cédigo Comercial, no entanto, nio é um acto ‘mercantil porque ao ser oferecido a um amigo, fol um acto meramente civil, néo tendo a ver com a actividade. 2- Antdnio, agricultor, vendeu um imével rustico de que era proprietario e onde exercia a sua actividade agricola a Bento, que destina o prédio a aparcamento de viaturas automéveis pesadas da sua industria de transporte. A) Antonio & comerciante? Anténio néo é comerciante, & luz do artigo 230%, pardgrafo 1 e 2, °ndo se havera como compreendido (...) 0 proprietario ou 0 explorador rural (...)”,@ 464° n& 2. 4, *Nio sio consideradas comercials:(..) as vendas que 0 proprietario ou explorador rural faca dos produtas de propriedade sua(..)*. A agricultura foi excluida do elenco comercial B) Bento é comerciante? wento ¢ comerciente, porque compreende todos os reauisitos para ser considerado comerciante: sobre ele néo recai qualquer incapacidade do exercicio de direito, tem profissionalidade uma vez que tem uma indistria de transporte e, exerce 0 comércio fem seu nome, a titulo pessoal, Independente e auténomo. C) Como qualifica a aquisic&o do imével riistico? A compra é objectivamente comercial, & luz do artigo 2° n° 1 do Cédigo Comert porque se encontra prevista no cédigo comercial. E iqualmente subjectivamente come: Huma vez que a compra fol realizada tendo em vista a actividade de Bento e do préprio acto no resulta a sua no conexéo com 0 comércio, preenchendo assim os trés requisites constantes no artigo 2°, 29 parte do Cédigo Comercial. & uma compra substancialmente comercial, pois tem a ver com 0 comércio em sentido juridico, pois trata-se de um acto cuja comercialidade Ihe advem de natureza propria porque @ praticade por um comerciante, tendo em vista a sua actividade econémica. Por fim, € unilateralmente comercial, pois so tem comercialidade para uma das partes (Bento). 3- Anténio, comerciante da industria hoteleira, comprou a sociedade «Castro Silva, SA» um automével para seu uso. Para pagar parte das prestacdes relativas & compra do automével, Anténio celebrou um contrato de empréstimo com o Banco ZWO. a) Como classifica, do ponto de vista juridico-mercantil, os negécios juridicos praticados por Anténio? Relativamente a compra do automdvel para seu uso, esta € uma compra meramente civil, uma vez que no tem carécter comercial para Anténio, Apesar de ter sido feita por comerciantes, uma vez que é alheia & actividade de Anténio. Por sua vez, 0 contrato de empréstimo com © Banco ZWO, ¢ um acto objectivamente comercial, uma vez que esté previsto no Cédigo Comercial, & luz do artigo 2° 1° parte "Seréo considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente requlados neste cédigo (..)"; nao & subjectivamente comercial, uma vez que 2 compra do automével foi alheia & actividade de Anténic, logo ndo houve conexdo com o comércio dos respectives autores, nao estando compreendidos os requisitos para obter esta qualidade. E desta forma que se diz que néo & igualmente, substancialmente comercial, sendo uniletaralmente comercial, por ter comercialidade para apenas uma das partes. b) Suponha que Anténio pretende constituir uma sociedade por quotas com o seu amigo Joaquim. A que regras esta sujeita a composicéo da firma da futura sociedade? segundo o artigo 200° do Cédigo das Sociedades Comerciais, * A firma destas sociedades deve ser formada, com au sem sigia, pelo nome ou firma de todos au alguns dos sécios, ou por uma denominagio particular, ou pela reuniio de ambos esses elementos, mas em qualquer caso concluiré pela palavra “Limitada” ou pela abreviatura “LDA” 4- Alberto é proprietdrio do restaurante «Boa Mesa», Em Janeiro de 2001, comprou a Bento, agricultor, 500 kg de batatas e 100 kg de cebolas. Alberto comprou tais produtos a fim de os utilizar no seu estabelecimento, 0 que de facto velo a suceder. a) Alberto e Bento séo comerciantes? A\berto ¢ comerciante, uma vez que preenche os 3 requisitos para adquirir a qualidade de comerciante: sobre ele no recai qualquer incepacidade do exercicio do direito, tem profissionalidade, uma vez que & proprietério do restaurante “Boa Mesa" e pratica 0 comércio em nome préprio, a titulo pessoal, independente e auténomo. Por sua vez, Bento no comerciante, jé que & luz do artigo 230° parégrafo 1 e 2, 2 agricultura foi excluida do elenco comercial b) Classifique o contrato de compra e venda acima referido. A compra nfo é uma venda comercial, por forca do artigo 464°, n°2, ° Nao sio consideradas comerciais as vendas que 0 proprietrio rural faga dos produtos de propriedade sua (.)”. €, portanto, uma venda civil, porque Bento vende a sua prépria agricultura, Tem carécter patrimonial porque foi felta em conexdo com o comércio de Alberto. 5- Anténio, comerciante da industria hoteleira, comprou a prestacées a sociedade «Castro Silva - Comércio Automdével, SA» um automédvel para utilizagéo do Ambito da sua actividade. Para pagar parte das prestacdes relativas 4 compra do automével, Anténio celebrou um contrato de empréstimo com o Banco ZWO. a) Como classifica, do ponto de vista juridico-mercantil, os negécios juridicos praticados por Anténio? 4 compra do automdvel tem cardcter objectivamente comercial, segundo 0 artigo 2° 1 parte do cédigo comercial, porque se encontra prevista neste cédigo. & igualmente subjectivamente comercial, uma vez que a compra foi realizada tendo em vista a actividade de Anténio e do préprio acto nao resulta a sua nfo conexdo com o comércio, preenchendo assim os trés requisites constantes no artigo 2°, 29 parte do Cédigo Comercial. E uma compra substancialmente comercial, pois tem a ver com o comércio em sentido juridico, pois trata-se de um acto cuja comercialidade Ihe advém de natureza propria porque é praticado por um comerciante, tendo em vista a sua actividade econémica. Por fim, bilateralmente comercial, porque tem cardcter comercial para ambas as partes, uma vez que ambos sto comerciantes. b) Suponha que Anténio pretende constituir uma sociedade por quotas com 0 seu amigo Joaquim, para comercializar electrodomésticos. Aplicando as regras a que esta sujeita a composic¢ao da firma, sugira uma firma para tal futura sociedade. a partir co artigo 200° do Cédigo das Sociedades Comerciais, a firma desta sociedade por quotas poderia ser “Anténio Sousa e Joaquim Mates, LDA” 6- Ana Rocha, proprietdria de um estabelecimento de fabrico e venda de produtos de pastelaria, comprou & sociedade "Sousa Marques, L.da" , 50 Kg de farinha, 10 Kg de fermento e 20 dtizias de ovos. ‘Ana no esta matriculada como comerciante. a) Deve Ana ser qualificada como comerciante? ane é comerciante, ume vez que sobre ela no recai qualquer incapacidade de exercicio, tem profissionalidade porque é proprietéria de um estabelecimento de fabrico e venda de produtos de pastelaria e exerce o comércio em nome préprio, a titulo individual, independente © auténomo. Apesar de no estar matriculads como comerciante, a matricula para comerciantes individuals, no ¢ condigao necesséria e sufiiente para adquirir a qualidade de comerciante. b) Como qualifica o contrato descrito> a compre é objectivamente comercial & luz do artigo 463° n°4 “Serdo consideradas comerciais as compras de coisas méveis para revender, em bruto ou trabalhadas (..)’, previsto no cédigo comercial, porque fol comprado tendo em vista a actividade econémica de Ana, para revenda, 8 luz do artigo 2° n° 4 do Cédigo Comercial, “Serdo considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste cédigo (..)’. E subjectivamente comercial, pois foi praticado por comerciantes endo tem natureza exclusivamente civil (tem causa mercantil) ¢ do proprio acto néo resulta a sua ndo conex8o com 0 comércio, preenchende assim os trés requisitos constantes no artigo 2°, 2* parte do Cédigo Comercial. & um acto substanci: ver com o comércio em sentido juridico, pois trata-se de um acto cuja comercialidade the advém de natureza propria porque & praticado por comerciantes, tendo em vista a sua actividade econdmica. Por fim, trata-se de um acto bilateralmente comercial, pois tem cardcter comercial para ambas as partes mente comer |, pois tem a 7 -Adalberto, agricultor, vendeu, em Janeiro de 2001, um imével rustico, de que era proprietdrio e onde vinha exercendo a sua actividade agricola, a uma sociedade por quotas, constituida pelos sécios Bento, Carlos e Diana. A sociedade destinou tal imével a construcéo de um edificio para armazenagem dos produtos que fabrica. a) Adalberto e a sociedade sdo comerciantes? Adalverto nao é comerciante, 8 lua do artigo 230° pardgrafo 1¢ 2 do Cédigo Comercial, uma vez que a agricultura fol excluiéa da elenco comercial. Por sua vez, a Sociedade é comerciante, uma ver que segundo o artigo 13° ‘n02 "So comerciantes: as sociedades comercais", sendo estas comerciantes-nato ou de nascenca. b) Como qualifica 0 contrato descrito? a compra € objectivamente comercial, a luz do artigo 463° n°4 “Serdo consideradas comerciais as compras de coisas méveis para revender, em bruto ou trabalhadas (..)", previsto no cédigo comercial, porque foi comprado tendo em vista a actividade econémica da sociedade, 8 luz do artigo 2° n° 1 do Cédigo Comercial, “Serio considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste cédigo (..)". subjectivamente comercial, pois fol praticado por comerciantes e no tem natureza exclusivamente civil (tem causa mercantil) ¢ do préprio acto n&o resulta a sua n&o conexéo com 0 comércio, preenchendo assim os trés requisitos constantes no artigo 2°, 2° parte do Cédigo Comer: ver com 0 comércio em sentido juridico, pois trata-se de um acto cuja comercialidade the advém . E um acto substancialmente comercial, pois tem a de natureze propria porque é praticado por comerciantes, tendo em vista a sua actividade econémica. Por fim, trata-se de um acto unilateralmente comercial, pois apenas tem carécter comercial para a sociedade e nao para Adalberto, que nao € comerciante. ©) A referida sociedade poderia adoptar a firma "Associagao de Produtores de Calcado, L.da"? nao. segundo o artigo 202%, n°2 do Cédigo das Sociedades Comerciais, "Na firma ndo podem ser incluidas ou mantidas express6es indicativas de um object Social que no esteja especificamente previsto na respectiva cléusula do contrato de sociedade”. Desta forma, @ firma viola o principio da verdade, porque induz em erro o titular da firma, uma vez que se é uma sociedade comercial (por quotas), ndo € uma associacéo. 8 - Anténio, armazenista de produtos alimentares, vende a Bento e Cassiano, comproprietérios do restaurante "Varandas do Douro", 6 000 euros de bacalhau, importdncia que sé seré paga passados trés meses. Nada mais foi convencionado entre vendedor e compradores. a) Como classifica, do ponto de vista juridico-mercantil, o contrato de compra e venda acima mencionado? 4 compra é objectivamente comercial, porque se trata de uma revenda, @ luz do artigo 463° n°4 “Seréo consideradas comerciais as compras de coisas méveis para revender, em bruto ou trabalhadas (..)", previsto no cédigo comercial, porque foi comprade tendo em vista a actividade econémica de Bento € Cassiano, & luz do igo 2° n° 1 do Cédigo Comercial, “Serso considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste cédigo (...)". E subjectivamente comerci , pois foi praticado por comerciantes ¢ no tem natureza exclusivamente civil (tem causa mercantil) e do préprio acto no resulta a sua ndo conexio com 0 comércio, preenchende assim os trés requisitos constantes no artigo 2°, 2" parte do Cédigo Comer € um acto substancialmente comercial, pois tem @ ver com 0 comércio em sentido juridico, pois trata-se de um acto cuja comercialidade Ihe advém de natureza prépria porque € praticado por comerciantes, tendo em vista @ sua actividade econdmica, Por fim, trata-se de um acto unilateralmente comerci: , pois apenas tem cardcter comercial para a sociedade e nao para Adalberto, que ndo é comerciante. b) Poderd Anténio, decorridos os trés meses, vir exigir a Cassiano a totalidade do prego? sim, 8 wuz do artigo 100° do Cédigo Comercial, em que "Nas obrigacSes comercials os co-obrigados sio solidérios, salva estipulacéo contréria. Lago, Anténio pode exigir a Cassiano a totalidade do preco, porque Cassiano € Bento séo solidarios. 9 -Alvaro, retalhista de papelaria, efectuou recentemente as seguintes operacées: - Adquiriu um prédio urbano a fim de ai instalar uma papelaria; = Comprou & «ElectroConforto, S.A.» um televisor para oferecer a sua esposa; - Comprou a Rita, artes de objectos de barro, conjuntamente com © seu empregado Jodo, 200 bonecos para revenda, pelo preco de 500 euros. a) Alvaro é comerciante? b) Como classifica, do ponto de vista juridico-mercantil, os negdécios juridicos praticados por Alvaro? c) Podera Rita exigir a totalidade do preco dos bonecos de barro a Alvaro? 10 - Angelo, agricultor, vendeu um imével rtstico de que era proprietario e onde exercia a sua actividade agricola a Bento, que destina o prédio a aparcamento de viaturas automdveis pesadas da sua industria de transporte. A) Angelo é comerciante? B) Bento é comerciante? C) Como qualifica a aquisicéo do imével ristico? 11- Anténio e Belmiro so proprietdrios de duas grandes exploracées agricolas onde produzem uma espécie de vinho muito procurada ultimamente. As uvas necessdrias 4 producSo vém dessas duas exploracdes agricolas e ainda de uma empresa agricola pertencente a sociedade "Agro-Vinhos do Douro, S.A". Anténio e Belmiro acordaram comercializar o vinho produzido por ambos sob uma marca comum e, para o efeito, contrataram uma empresa de marketing a quem solicitaram um estudo de mercado e a criacdo de um desenho para a marca comum. A empresa prestou 0 servico pelo preco de 6 000 euros. a) Anténio e Belmiro seraéo comerciantes? b) A empresa "Agro-vinhos do Douro, S. A." seré comerciante? ¢) Como qualifica do ponto de vista juridico-mercantil 0 contrato celebrado com a empresa de marketing? 12- Anténio, proprietério de um estabelecimento de venda de produtos informaticos, vendeu, em Janeiro de 2008, um computador a Bernardo e Carlos, artesdos de profissdio, pelo preco de 2 000 euros. a) Anténio é comerciante? E Bernardo e Carlos? anténio ¢ comerciante, uma vez que sobre ele no recai qualquer incapacidade de exercicio, tem profissionalidade porque ¢ proprietério de um estabelecimento de venda de produtos informaticos e exerce 0 comércio em nome préprio, a titulo individual, independente e auténomo. Por sua vez, Bernardo e Carlos nado so comerciantes, @ luz do artigo 2309 n° 1 € 2, o artesanato foi excluido de capacidade comercial b) Como classifica o acto juridico referido no texto? o acto é objectivamente comercial, & luz do artigo 463° n°3 “Serio consideradas comerciais as compras de coisas méveis, em brute ou trabalhadas (..)", previsto no cédigo comercial, & luz do artigo 2° n° 1 do Cédigo Comercial, “Serdo considerados actos de comércio todos aqueles que se acharem especialmente regulados neste cédige (...)". Ndo é subjectivamente comercial, pois no foi praticado por comerciantes e do préprio acto resulta a sua no conexéo com o comércio, n&o preenchendo assim os trés requisitos constantes no artigo 2°%, 2% parte do Cédigo Comercial, Nao ¢ um acto substancialmente comercial, pois no tem 8 ver com 0 comércio em sentido juridico, pois no se trata de um acto cuja comercialidade Ihe advém de natureza propria porgue € no é praticado por comerciantes, tendo em vista a sua actividade econémica. Por fim, trata-se de um acto unilateralmente comercial, pois apenas tem cardcter comercial pare a Anténio © nao para os artesaos, que nao séo comerciantes, 13 - Augusta, comerciante de ourivesaria, celebrou com Bento, também comerciante, um contrato de mutuo, pelo qual este emprestou aquela 5000 euros destinados a adquirir objectos de ouro e prata para o seu estabelecimento. © empréstimo foi feito por escrito particular, no sendo estipulados juros convencionando-se que a quantia entregue deveria ser restitufda no prazo de um ano, a) Como classifica o acto juridico referido no texto? E objectivamente comercial, por forca do artigo 2° 12 parte, porque foi um muituo, previsto no artigo 394°. £ subjectivamente comercial, pois foi praticaco por comerciantes e no tem natureza exclusivamente civil (tem causa mercantil) ¢ do proprio acto néo resulta a sua nao conexéo com 0 comércio, preenchendo assim os trés requisites constantes no artigo 2°, 2° parte do Cédigo Comercial. E um acto substancialmente comercial, pois tem a ver com 0 comércio em sentido juridico, pols trata-se de um acto cuja comercialidade the advém de natureza prépria porque € praticado por comerciantes, tendo em vista a sua actividade econdmica. Por fim, trata-se de um acto bilateralmente comercial, pois tem cardcter comercial para ambas as partes, porque ambos so comerciantes. 14- Joaquim é 0 dono de uma casa de antiguidades, que jA herdou de seu Pai. Em Maio deste ano, Joaquim comprou a Afonso uma mobilia do século XIX, que este herdara de uma Tia. Em Junho ultimo comprou ao seu amigo Bernando, pintor afamado, um quadro pintado por este, a fim de aumentar a coleccdo de arte que possui na sua moradia. a) Joaquim é comerciante? b) Como qualifica a compra da mobilia? ©) Como qualifica a compra do quadro? 115 - Joaquim é 0 dono de uma empresa de transportes desde 2003. Em Maio deste ano, Joaquim comprou a “Automévels de Alcanena, Lda.”, um veiculo ligeiro de mercadorias, a fim de aumentar a sua frota ligeira. Em Junho ultimo comprou ao seu amigo Bernando, pintor afamado, um quadro pintado por este, a fim de aumentar a coleccdo de arte que possui na sua moradia. a) Joaquim é comerciante? b) Como qualifica a compra do veiculo ligeiro de mercadorias? ) Como qualifica a compra do quadro? 16 - Ana, arquitecta de profissdo, dedica-se, nos seus tempos livres, a actividade de compra e venda de objectos de arte, tendo para o efeito um estabelecimento aberto ao publico, situado na Avenida da Boavista, no Porto. Em Dezembro de 2007, comprou a Branca um servico de porcelana da «Companhia das indias», no valor de 15 000 euros, para revender no seu estabelecimento. a) Devera Ana ser qualificada como comerciante? b) Como classifica, do ponto de vista juridico-mercantil, 0 acto praticado por Ana? 17- Alberto, proprietario do Hotel «Paraiso Natural», celebra com a EXON, seguradora, um contrato de seguro relative ao seu estabelecimento mercantil. Alberto ndo esta matriculado como comerciante. a) Deverd Alberto ser qualificado como comerciante? b) Como classifica 0 contrato acima referido? c) Quais as regras a que esta sujeita a composicao da firma de Alberto? 18- Mariana é dona de uma loja de instrumentos musicais desde 2003. A fim de aumentar a sua coleccdo de antiguidades, em Marco de 2005, Mariana comprou a Célia, advogada, um violino do século XIX, que esta havia herdado do seu bisavé. Nesse mesmo ano, Mariana comprou & “Monteiro e Ernesto - Musica e Melodias, Lda.” um lote de flautas com o nome da loja gravado, a fim de as colocar a venda para os seus clientes. a) Mariana é comerciante? b) Qualifique juridicamente a compra do violin. ©) Qualifique juridicamente a compra do lote de flautas.

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