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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE - UNIVILLE

Departamento de Psicologia
Estágio Curricular Supervisionado Psicologia Educacional

Nome dos(as) estagiários(as): Aline Cristina e Rosária Regina


Professor(a) supervisor(a): Aliciene
Nome do(a) professor(a) participante: Ilma
Escola onde trabalha:
Dia e horário dos encontros: terças às 17hr
Encontro: 1, Eixo Biográfico, 23/08/2022

REGISTRO DO ENCONTRO

ILMA: Eu me chamo Ilma, tenho 42 anos tenho 1 filho o Arthur, sou casada a 20
anos e iniciei meu magistério a 18 anos, fazem 18 anos que eu estou no magistério,
na prefeitura de Joinville a 12 anos e desss 12 anos eu passei 03 anos em sala de
aula e depois eu acabei indo para área administrativa dentro das escolas por onde
eu passei, eu fui é, antes né desses quase 10 anos anteriores ali, eu sempre
trabalhei como professora alfabetizadora nas outras unidades né, e ai da prefeitura
quando eu sai de sala eu fui pro laboratório de informática que hoje é sala maker né,
fiquei no laboratório de informática, depois eu fiquei quase 04 anos na orientação,
fui orientadora, depois eu fui trabalhar 01 ano como auxiliar de direção e depois eu
vim pro Monsenhor na direção em 2018 e aqui estou desde 2018 né na direção da
escola e a minha carreira profissional eu fiz o magistério eu fiz os 02 anos de
magistério em 1999 e ai depois disso eu fiz pedagogia, depois comecei a fazer as
especializações né, fiz em psicopedagogia, fiz em orientação escolar, fiz em
algumas áreas nesse sentido e dai a gente vai fazendo os cursos e fazendo as
oportunidades que aparecem, fiz bastante cursos na área e a gente vai agregando
ao nosso currículo conforme vão surgindo as oportunidades. É um pouco disso.
ACADÊMICAS: Que lindo! Deixa eu te perguntar. Você se lembra quando que
surgiu esse teu desejo de se tornar professora? Foi la na infância? Como que
funcionou isso?
ILMA: Eu sempre goste muito de trabalhar com pessoas assim, sempre quis estar
perto das pessoas ne, e eu lembro que eu tinha um desejo muito forte de alfabetizar
a minha mãe, que a minha mãe ficou viúva muito cedo, não teve a oportunidade de
estudar, depois não conseguiu ir pro EJA, ai eu lembro que surgiu na Tupy acho que
em 1996, eu vi na Tupy o curso de alfabetização e ela formava alfabetizadores,
você não precisava ser professor nem ter o magistério, a Tupy te dava todo o
material e te dava curso de como alfabetizar alguém, bastava que você falasse um
nome ne, e ai eu fui pra Tupy, peguei todo o material, fiz os cursos eram finais de
semana que você fazia e me encantei. Mas ali eu já tinha o desejo né, eu já tinha o
desejo de ensinar e eu sempre fui uma aluna muito boa em língua portuguesa, eu
lembro que na época eu ganhei o premio de redação e como eu tinha uma mãe que
tinha poucos recursos assim, eu me destacava pelo fato de eu gostar de escrever,
eu gostava muito de ler, então, eu sempre tive esse desejo assim de ensinar os
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outros, e ai depois disso perto da minha casa tinha o magistério, fui pro magistério,
as minhas coisas foram culminando neste sentido, a minha primeira opção era
trabalhar com a psicologia é um sonho ainda que eu tenho adormecido, eu fiz a
orientação escolar, fiz a psicopedagogia, fiz alguns cursos e gosto muito da
mediação escolar também, e gosto muito né. Mas na época e acabei indo para a
educação, sou apaixonada respiro educação o tempo todo né, e sou muito feliz no
que faço e gosto muito de estar aqui, mas aquele sonho adormecido de alguns anos
estar de repente não sei se fazendo psicologia, ou de repente me aprofundando
dentro da psicopedagogia da neuro psicopedagogia mesmo e trabalhando com as
crianças de uma outra forma ainda tenho esse sonho meio adormecido que preciso
trabalhar também.
ACADÊMICAS: Olha só profe como nós vamos trabalhar cada eixo com 2
encontros, então nesse agora de hoje, nós queremos ouvir agora um pouquinho lá
da tua infância, no teu processo escolar como foi para você esse processo escolar,
teve algum professor que marcou pra você lá na tua infância, como que foi isso?
ILMA: Sim, sim, eu me lembro que quando eu era criança, eu estudava no Paraná,
numa escola que era ( inaldível) era uma escola de freiras mesmo, e essa escola
era próxima da minha casa e minha mãe conseguiu uma bolsa pra mim, então la
estudava a elite da cidade e a minha mãe era zeladora de um supermercado e ela
ajudava na cozinha da panificadora que era anexa assim né, e a minha mãe
conhecia muitas pessoas que conseguiram essa bolsa lá, e eu lembro assim que, a
irmã Valéria era muito braba assim ela batia o pé, ela tinha uma maneira de tratar a
gente com muita rispidez assim, ela não era carinhosa, porém eu lembro que ela me
chamava pra ler, e ela dizia assim: “que eu ia ser uma escritora, você lê muito bem”,
então era a maneira dela acho que de me dar carinho, era me chamar para fazer a
leitura e dizer que eu lia muito bem, e essa parte me marcou muito porque ai ela me
incentivava né, e quando eu chegava em casa, minha mãe não sabia ler, lembro
que ela costurava, fazia tudo assim pra fora, minha mãe fazia muita coisa, minha
mãe trabalhava muito, todas as vezes que eu lembro da minha na infância minha
mãe está trabalhando., minha mãe nunca esta parada no sofá, minha mãe nunca ta
descansando, a minha mãe nunca esta passeando, a imagem que eu tenho da
minha mãe é trabalhando muito, e ai eu chegava minha mãe dizia assim: “lê pra
mim”, então eu pegava o meu livro as cartilhas ne que antigamente eram as
cartilhas, e eu lia historias para minha mãe, eu lia as historias da cartilha pra minha
mãe, e ali eu comecei a ter muito gosto pela leitura, então eu lia muito, então toda
vez que eu via alguém com livro, e perguntavam gosta de ler? Gosto! Eu lembro que
eu ganhava livros assim, e quando eu fui me tornando adolescente, todo lugar que
eu passava e tinha livros e que tinha bibliotecas, eu lembro que eu fiz a carteirinha
da biblioteca e ia ate lá e pegava os livros. No meu 5 ano, eu lembro que eu
reprovei, reprovei em matemática, algo que me marcou muito porque eu não tive
uma pessoa que me ajudasse nesse sentido, meus professores não me ajudaram
na minha dificuldade de matemática porque eu não conseguia compreender a
matemática, olha que coisa insana né, eu ganhei o premio de redação por eu
conseguir fazer uma boa redação, por eu conseguir ter uma boa ... eu lia muito bem,
e eu não entendia matemática mas não tinha ninguém para me ajudar na
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matemática é a escola que ao mesmo tempo inclui, te coloca de lado, e ai eu


conheci a professor Valder Spisk, eu lembro que eu fiz uma redação.
ACADÊMICAS: Isso no 5 ano?
ILMA: Oi? NO 6 ANO, eu reprovei no 5 e no 6 ano ela era professora de história, e
ai ela pediu a minha redação porque ela falou assim: “eu posso ler a sua redação
numa outra escola?” eu falei pode, não tinha muito entendimento né, de outra
escola o que ela ia fazer, e ela leu e no outro dia ela chegou e pediu que a turma
ficasse em silêncio e falou assim: “eu vou ler uma redação para vocês que eu adorei
e foi a melhor que eu já recebi ate agora”, e pegou e leu em voz alta a minha
redação, e ai ela olhou para mim é, ela era uma professora assim muito séria, muito
braba, ela olhou para mim e disse assim, nunca me esqueço disso: “ você vai ser o
que você quiser tá, não desista disso, acredite em você”, e o tempo inteiro, então
quando eu fazia algo ela colocava no meu caderno assim: “não desista acredita em
você, você pode ser o que você quiser”, ela tinha esses recadinhos para mim, e ai
depois, anos depois eu descobri que ela brigou muito no conselho de classe para
que eles não me reprovasse, ela uma outra professora que era nossa na época...
porque ela não queria que eu fosse reprovada, então hoje eu entendo que desde
aquela época ela tinha o conceito de inclusão muito grande, porque ela enxergava
as minha potencialidades e não enxergava a menina que tinha dificuldades em
matemática, e sim o que eu tinha de bom né, então assim, a matematica talvez não
iria me fazer falta, porque quando eu cheguei la na faculdade eu fui ter aula
particular para entender estatística, e eu venci né, depois eu fui aprender a didática
da matematica para eu ensinar meus alunos, quando eu fui trabalhar no Machado
de Assis, que é um colégio né, muito bem visto, a Sandra Callegari me ajudou na
didática da matematica, então eu sentei muito com a Sandra que era nossa diretora,
minha coordenadora, e a Sandra me explicou como trabalhar a matematica com as
crianças, então ao longo do meu processo eu descobri como fazer isso. Então
aquela reprovação na matematica lá atras realmente não precisava ter acontecido,
dai hoje, por isso que a gente ve essa questão da reprovação com outros olhos,
essa é um pouquinho da minha historia, não sei se era isso que vocês queriam.
ACADÊMICAS: Era isso mesmo. É legal que você faz essa conexão com as duas
motivações né, o processo que você passou dentro da sua casa e tu ve que a tua
mãe ali lutando e trabalhando e de tu também ter essa conexão junto as professoras
que te auxiliaram né por mais que tu tivesse as suas dificuldades, hoje tu sente
assim que tu reflete essa questão que tu vivenciou com os alunos né essa questão:
Eu acredito em você, tu sente isso que tu tem essa conexão?
ILMA: Sim, demais por isso que eu to aqui na escola ne, aqui é uma escola que a
gente, acho que as outras meninas já devem ter falado com vocês e não sei se foi
isso ne, mas aqui no Monsenhor a gente acredita em ver as crianças primeiro em
um todo, nas suas potencialidades mesmo e não nas suas dificuldades, o ser
humano ele não é dificuldade, o olhar que a gente tem que ter do ser humano ele
vai muito mais a fundo, e quando a gente olha para uma criança hoje, a gente tem
que pensar numa infância, né no respeito por essa infância porque nós queremos,
então a forma como ela é tratada, ofereço para ela a forma como eu recebo ela, eu
acredito e quero acreditar sempre que é a forma que ela vai externar para o mundo,
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apesar de que tem todo um meio que vai refletir nisso, mas hoje eu ILMA, cada vez
que eu vejo um professor falando de uma criança aqui em um pre conselho ou
conselho de classe eu digo para eles: primeiro vamos visualizar a historia dessa
criança, o que ela tem de melhor, então né a gente em um pre conselho , eu vejo a
Fabi ali, a Dani perguntando ta quais as dificuldades ok, tudo bem né, mas agora
você vai me dizer qual a potencialidade, o que essa criança tem de melhor? Então
tá, é a partir disso que nos vamos trabalhar, porque a dificuldade a gente vai
procurar sanar, porque nós estamos aqui para isso, né mas a gente tem que
enxergar esse ser humano e acreditar nele porque se a escola não faz isso e eu
vejo por tudo que eu passe hoje, a palavra respeito ela ta aqui na nossa parede, ne
então é esse respeito por essa criança, é esse respeito por essa infância, com
certeza isso impacta demais, no meu trabalho no meu dia a dia.
ACADÊMICAS: Na tua escolha por esta profissão, você teve apoio da sua família,
tem mais alguém que é da docência na sua família?
ILMA: Não, na minha família nós somos em 06 irmãos e a única que se formou né,
que foi buscar uma graduação fui eu, todos os outros não. Eu vejo que eu consegui
influenciar o meu marido que quando eu o conheci, não tinha terminado o ensino
médio, e eu disse olha, um dos requisitos para que eu fique contigo, é que tu vai
estudar e ai ele foi terminar o ensino médio, fez alguns cursos né, ai faz 15 anos
que eu ajudo ele e nós abrimos a nossa empresa e  então hoje tem 15 anos que nos
temos o nosso comercio né, e eu trabalhava meio período na educação e meio
período eu abri esse comercio e ficava com ele ali ate a hora que engrenou, mas
assim da minha família não, quando eu me casei, foi quando efetivamente eu
consegui fazer a minha faculdade, porque ate então eu só conseguia fazer tudo que
era gratuito, magistério, cursos né, tudo que era gratuito, porque eu ajudava muito a
minha mãe em casa, então eu tinha que ajudar a minha mãe , eu tinha que
organizar essa .... a minha casa eu carreguei muito isso de por muitos anos, e hoje
tem uma outra Ilma né que é uma conversa bem longa assim de uma Ilma que
entendeu que, hoje eu cuido de mim, mas por muitos anos eu cuidei de muita gente
né, eu me preocupei com muita gente, demorou muitos anos para eu entender que,
a minha mãe optou, ela teve 6 filhos, e esses 5 filhos da minha mãe não são mais
os meus problemas, né os meus sobrinhos não são os meus problemas, mas antes
de estudar de fazer a minha faculdade eu imaginava que todo mundo era meu
problema também, e eu levei muito todo mundo ne, então de alguns anos para cá
com muita terapia na minha vida, eu entendi que eu preciso cuidar de mim mesma,
cuidar da Ilma e deixar um pouquinho os outros de lado, mas para mim isso
antigamente era ser egocêntrica sabe, eu não tinha esse auto cuidado, não tinha,
mas esse incentivo foi meu mesmo, eu me cuidando eu buscando me aperfeiçoar.
ACADÊMICAS: Em algum momento você teve dúvidas se realmente era a
pedagogia que você queria seguir, tinha idéia de uma outra profissão, ou sempre
teve ali a certeza que seria a pedagogia que iria te satisfazer profissionalmente?
ILMA: Não, eu não tive, no começo logo quando eu me forme, não, eu acho que no
primeiro ano já eu já comecei a trabalhar com aulas particulares, claro eu queria ali
desde o começo eu queria muito é clinicar, trabalhar em clinicas e trabalhar com
crianças com dificuldades de aprendizado, desde o começo, mas ai surgiu a
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oportunidade de fazer o concurso eu tava em escola particular né e surgiu a


oportunidade de fazer o concurso, e ai eu fui e ai dentro do município eu consegui
me realizar porque eu fui passando por vários setores e eu acho que assim que
esse crescimento foi bem importante para mim assim sabe, e hoje na gestão por
mais difícil que a gestão seja, né porque tem uma carga emocional muito grande,
hoje é um dia em que eu estou assim acabada, acabada mesmo, sabe porque tem
dias que as famílias testam o nosso limite ne, mais eu sou muito realizada assim
sabe, e na contrapartida acontecem coisas no nosso dia que você pensa, não, tudo
vale a pena.
ACADÊMICAS: Que bom, isso é importante né, E tem mais alguma coisa que a
profe gostaria de deixar registrado aqui para o nosso encontro de hoje?
ILMA; Não acho que é isso, eu falei de tudo um pouquinho né (risos), acho que falei
demais, mas quando for para parar de falar é só vocês avisarem (risos)
ACADÊMICAS: Não, isso é maravilhoso é para falar mesmo, é muito pelo contrário
a gente pede para que vocês falem mesmo bastante, porque as vezes a gente no
decorrer dessa fala a gente lembra de algo ta estava guardadinho né lá atras que a
gente não se recordava, e a gente vai conectando e trazendo mais coisas, e assim,
não tem problema nenhum, é um ambiente teu e a gente esta aqui para te ouvir, e
estou muito feliz que você tem essa interação.
ILMA: Sim, então em 2017 acho que é bacana isso, em 2017 quando eu optei ir
para a direção, meio que caiu de paraquedas assim eu fiz o projeto para auxiliar,
mas eu não achava que iria passar, dai eu fiz o projeto porque como um desafio
mesmo assim de fazer um projeto de gestão, e quando saiu o resultado que eu
havia passado na banca né, eu meio que levei um susto e eu fui para a gestão de
uma escola e não deu muito certo em 2017, foi um ano para mim bem difícil, porque
nesta gestão eu encontrei muitos desafios, algumas coisas que não me agradavam,
com a parceria que eu tive, a escola, enfim era um lugar que eu ficava inquieta, eu
não me sentia bem, eu não me sentia feliz era pesado e ai, eu entrei em Junho de
2017 e nas férias de 2018 eu fui na secretaria e pedi para sair, a eu quero voltar
para sala de aula enfim, para qualquer lugar que eu tenha que voltar eu vou voltar e
ai foi onde eles me ofereceram o Monsenhor, e foi muito engraçado porque eu entrei
no Monsenhor aqui , entrei  no portão e eu me lembro que quando eu entrei na
secretaria né, eu pisei o pé eu eu disse, gente essa escola que eu quero para mim,
eu quero ficar nessa escola, entrei na secretaria cumprimentei a secretária, era tudo
muito cru, porque a escola tinha acabado de ser inaugurada, não tinha divisão, tinha
obra tinha tapume, tinha buraco aberto, e eu olhei e vi a beleza na escola inteira,
ninguém achava beleza na escola mas eu achava eu me encantei pela escola de
um jeito assim eu me encantei por cada detalhe que eu via assim, eu gostava ne e
eu achava engraçado aquilo, ate então quando eu entrei aqui já tinha o projeto
bilingue né, as crianças com surdez e muitas crianças de inclusão, e eu pensava né
eu acho que, eu sou sou cristã e vejo que Deus tem alguns desafios para a gente
né, e eu pensava, eu acho que Deus quer alguma coisa de mim nessa escola, e
logo depois né eu fui firmando, descobri o autismo no meu filho, né meu filho tem
autismo, e o nosso senso foi aumentando foram mais crianças com autismo também
quando eu vi um ia falando para o outro, olha lá é uma escola que é bom e tal, leva
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seu filho pra la, leva pra la, ai teve uma hora que eu fui para a secretaria e disse
olha, não da mais eu tenho mais como ter mais uma criança la dentro né, porque é
muito grande a gente começa a já não fazer um bom trabalho e também essas
crianças com surdez hoje daqui a pouco chega em 30 e então essa é a escola do
meu filho também, então eu acho que eu me dedico demais eu acho que por mais
que eu me sinta muito cansada assim nas decisões pra tudo, mas também é a
escola do meu filho né então é uma escola que eu quero que cresça e que seja
humanizada.
ACADEMICAS: Exemplo de escola ela já é ne?
ILMA: Tomara, que bom, temos uma equipe muito boa aqui, tem gente boa aqui
dentro, muito boa, muito boa.
ACADEMICAS: A gente percebe que são pessoas que realmente ama o que fazem,
foi notório aqui no nosso encontro.
ILMA: Sim, aqui virou ponto de encontro de gente que ama a educação e que
realmente acredita numa infância e que acredita num potencial de vida das nossas
crianças, isso é fato.
ACADEMICAS: Então tá prof. na semana que vem a gente vai entrar um pouquinho
no seu trajeto da faculdade, mas nada impede se a profe durante a semana se
lembrar de algo relevante para nos trazer, fique a vontade também. Nós queremos
te agradecer a sua simpatia, participação aqui conosco, tenho certeza que vai ser
de grande aprendizado para nós que também estamos aqui no nosso estagio,
gostaria muito de agradecer, receba ai o nosso abraço bem carinhoso.
ILMA: Voces também, obrigada, foi uma conversa muito gostosa, foi bom conversar
e sair um pouquinho do foco de hoje que foi um dia mais pesado, aliviou aqui a alma
também, bater um papo diferente e falar um pouquinho.

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