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Anais Práticas em Ensino, UC Conservação e Turismo CONPECT 2021 - VF
Anais Práticas em Ensino, UC Conservação e Turismo CONPECT 2021 - VF
CONSERVAÇÃO E TURISMO
ANAIS DO CONPECT 2021: CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO
15 a 17 de Julho de 2021
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO, CONSERVAÇÃO E TURISMO
15 a 17 de Julho de 2021
Edição Online: Plataforma Even3
“PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO”
ANAIS
ISBN: 978-65-994536-1-8
Editores:
Eliza Carminatti Wenceslau
Maxwell Luiz da Ponte
Os textos divulgados são de inteira responsabilidades de seus autores, nos termos do edital de
trabalhos do congresso, disponíveis na página da Editora.
21-82635 CDD-306.48
PROGRAMAÇÃO
O participante do CONPECT teve acesso à:
DIA 15/JULHO
Mesa-redonda: Pandemia de COVID-19 e impactos na educação, no turismo e na
conservação: Conferencistas: Prof. Me. Bruno Ramires, Prof. Willian Barberino e Prof.
Wagner Caron
Palestra: Quem tem cegueira botânica? Reflexões sobre conceito, implicações e mitigação.
Conferencista: Profa. Dra. Suzana Ursi (USP - @suzanaursi)
DIA 16/JULHO
Oficina teórico-prática“Confecção de mapas em QGis para práticas em ensino, turismo e
conservação”. Conferencista: Profa. Me. Jaqueline Vieira.
PROGRAMAÇÃO
DIA 16/JULHO
Seção de conferência – Diálogos em ensino, turismo e conservação.
PROGRAMAÇÃO
DIA 17/JULHO
Palestras e diálogo sobre os temas: práticas em ensino, práticas em conservação e práticas
em turismo:
PROGRAMAÇÃO
DIA 17/JULHO
Palestras e diálogo sobre os temas: práticas em ensino, práticas em conservação e práticas
em turismo:
COMISSÃO CIENTÍFICA
ÁREAS TEMÁTICAS
Foram aceitas submissões de trabalhos empíricos, de revisão e relatos de experiência que
abordem mudanças e avanços conceituais e teóricos, apresentem estratégias e recursos
inovadores e comuniquem perspectivas futuras vinculadas às seguintes áreas temáticas:
Práticas em ensino: essa área temática abarca trabalhos que evidenciam potenciais,
estratégias e recursos diferenciados para a aprendizagem, bem como os trabalhos que
apontam limitações e desafios atuais no ensino diante da pandemia de COVID-19. As práticas
de ensino podem estar relacionadas às diversas áreas do conhecimento e a todas as
modalidades e níveis de ensino, do infantil ao superior, incluindo práticas em espaços e
contextos formais ou não de ensino e aprendizagem.
Práticas em turismo: essa área temática abarca trabalhos que apresentem os impactos
socioeconômicos e ambientais do turismo, sobretudo no contexto da pandemia de COVID-19.
Também serão aceitos trabalhos que constituam elementos para fortalecimento e fomento da
atividade turística, subsidiando a retomada dessa atividade. Nesse sentido, poderão ser
apresentadas propostas de roteiros temáticos para trilhas, excursões e visitações guiadas,
práticas essenciais, que possibilitam a contemplação e a vivência com elementos da
diversidade natural e com o patrimônio edificado e cultural em ambientes urbanos e rurais. Os
trabalhos podem estar relacionados aos diferentes nichos turísticos: social, ecoturismo,
geoturismo, cultural, religioso, pedagógico, de estudos e intercâmbio, esportes, pesca,
náutico, de aventura, de sol e praia, de negócios e eventos, rural e de saúde, dentre outros.
Práticas em conservação: essa área temática abarca trabalhos, práticas e pesquisas que se
utilizem de diversas estratégias e métodos para o levantamento e a obtenção de dados,
voltados à conservação ambiental e patrimonial. Serão aceitos estudos quantitativos e
qualitativos, diagnósticos, prognósticos e listas/inventários/check-lists, vinculados à
avaliação de impactos, prevenção de riscos e conservação biológica, geológica e cultural.
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO
15 a 17 de Julho de 2021 - Edição Online: Plataforma Even3
RESUMOS EXPANDIDOS
Dhyene Rayne Dos Santos Becker1, Delziane Araújo Bezerra2, Hairon Antonio
Friedrich Rodrigues3, Raírys Cravo Herrera4
Resumo
A situação emergencial em consequência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19/
SARS-CoV-2) impôs grandes desafios na educação no Brasil e no mundo, de modo que
os modelos de ensino tradicionais, presenciais, necessitaram ser reestruturados para se
adequar ao formato online, não presencial com o Ensino Remoto Emergencial (ERE). O
objetivo do presente relato de experiência foi refletir sobre as práticas desenvolvidas
durante o estágio docência realizado na sala virtual de Fisiologia Vegetal, do curso de
Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, realizada entre o período de março
a junho de 2021, com discentes de licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade
Federal do Pará, campus de Altamira, que aconteceu no formato remoto por conta do
estado de calamidade pública. As informações aqui apresentadas foram coletadas a partir
de anotações e observações realizadas em aula e questionário, e compuseram o relatório
final do estágio de docência. O estágio de docência contribuiu para refletir e compreender
o uso de práticas educativas inovadoras e dinâmicas durante o ensino remoto, que podem
auxiliar no melhor desenvolvimento e entendimento dos alunos nos assuntos das
disciplinas.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A disciplina de Fisiologia Vegetal foi ofertada como optativa para alunos do curso
de Licenciatura de Ciências Biológicas com carga horária de 68 horas. A disciplina possui
a seguinte ementa, conforme Tabela 1.
1
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
drayneagro@gmail.com;
2
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
delziane.araujo22@gmail.com;
3
Discente em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal do Pará,
haironfriedrich@gmail.com
4
Docente na Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Programa de pós-graduação
em Biodiversidade e Conservação – rairys@ufpa.br
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
https://www.reconectasolucoes.com.br/
Encontros Conteúdo/metodologia
Nº Data Horário CH
(h/a)
1 31.03 7:30-9:10 250 Plano de ensino – apreciação e aprovação
10:20-12:50 Relações hídricas
2 7.04 7:30-9:10 250 Nutrição mineral
10:20-12:50
3 14.04 7:30-9:10 250 Fotossíntese
10:20-12:50
1
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
drayneagro@gmail.com;
2
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
delziane.araujo22@gmail.com;
3
Discente em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal do Pará,
haironfriedrich@gmail.com
4
Docente na Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Programa de pós-graduação
em Biodiversidade e Conservação – rairys@ufpa.br
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
https://www.reconectasolucoes.com.br/
1
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
drayneagro@gmail.com;
2
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
delziane.araujo22@gmail.com;
3
Discente em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal do Pará,
haironfriedrich@gmail.com
4
Docente na Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Programa de pós-graduação
em Biodiversidade e Conservação – rairys@ufpa.br
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
8. Quanto a atribuição de nota para a participação da estagiária, 67% dos alunos avaliaram
a estagiária de docência com nota 10 e 17% avaliou com nota 8. Para a disciplina em
formato remoto 50% dos alunos atribuíram o conceito excelente (notas entre 10 e 9) para
a disciplina, 33,3% o conceito bom (notas entre 7 a 8,9) e 16,7% o conceito de regular
(notas entre 5 a 6,9). Os alunos também foram questionados quanto sugestões para
melhoria da disciplina, no entanto, nenhum dos alunos sugeriu algo que possa ser
melhorado. O questionamento de sugestões é importante ser abordado, justamente para
que novas metodologias ou propostas possam ser utilizadas para continuação ou melhora
da disciplina.
Figura 1: Avaliação geral dos envolvidos na disciplina.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Professora Estágiária Disciplina Alunos Dedicação dos
alunos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
1
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
drayneagro@gmail.com;
2
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
delziane.araujo22@gmail.com;
3
Discente em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal do Pará,
haironfriedrich@gmail.com
4
Docente na Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Programa de pós-graduação
em Biodiversidade e Conservação – rairys@ufpa.br
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CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
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1
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
drayneagro@gmail.com;
2
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
delziane.araujo22@gmail.com;
3
Discente em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal do Pará,
haironfriedrich@gmail.com
4
Docente na Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Programa de pós-graduação
em Biodiversidade e Conservação – rairys@ufpa.br
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
https://www.reconectasolucoes.com.br/
1
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
drayneagro@gmail.com;
2
Pós-Graduanda em Biodiversidade e Conservação – Universidade Federal do Pará,
delziane.araujo22@gmail.com;
3
Discente em Licenciatura em Ciências Biológicas - Universidade Federal do Pará,
haironfriedrich@gmail.com
4
Docente na Universidade Federal do Pará, Faculdade de Ciências Biológicas, Programa de pós-graduação
em Biodiversidade e Conservação – rairys@ufpa.br
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
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Resumo
A pesquisa é pautada na educação remota como processo didático- pedagógico. Infelizmente
estamos vivendo em uma pandemia que atinge o mundo, o território brasileiro além de se
encontrar em um fragilizado sistema de saúde, o mesmo se depara com uma situação de conflitos
polarizando a política. E nesse cenário de competição entre os governantes quem sofre é a
sociedade. Nos encontramos em um grande desfiladeiro de incertezas. Portanto, no campo da
educação estamos vivenciando experiências jamais imaginada, a exemplo do ensino remoto nas
escolas. Diante dos pressupostos metodológicos a pesquisa é fundamentada de acordo com
grandes teóricos Paulo Freire, Rubem Alves, Milton Santos, entre outros e em seguida um
trabalho de campo no Colégio Batista Nova Sião, no 6º ano, as questões foram enviadas para três
respondentes ( professora, mãe e pai),por meio do e-mail, dados coletados com abordagem
qualitativa, para posteriores análises, contemplando resoluções e novos métodos saindo da zona
de conforto, pois estamos aceitando com coragem o novo, com muita responsabilidade, clareza,
profissionalismo e buscando dinamizar mais as aulas para que o aluno seja um protagonista
dessa história e seja mais atraído pelas aulas remotas, tornando-se participativos, estimular
acima de tudo o prazer de aprender a aprender, transmitir um ensino remoto de qualidade, ajudar
na construção educacional do aluno em temas relevantes para diálogos e entender o panorama
pandêmico.
1
Pós-graduanda em geografia humana e econômica, pela UNINTER, em Senhor do Bonfim-BA.
renata.anos.80@hotmail.com
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
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INTRODUÇÃO
O estudo ressalta um olhar geográfico. Cabe destacar, sobre geografia a luz de Milton Santos
(1991), que a mesma nos possibilita um olhar holístico, pois , difere das outras ciências sociais,
não somente porque ela estuda o espaço físico, mas também, todos os problemas existenciais em
sociedade. Portanto, de acordo com essa vertente pretende-se lançar um olhar geográfico sobre a
saúde e educação, ressaltando os problemas no cenário pandêmico e correlacionando com o
ensino. Realçando as dificuldades sobre a pandemia e possibilitando caminhos emergentes no
ensino, com referência a um ano atípico que estamos passando, a covid- 19 realça a desigualdade
social, dessa forma, quem sofre são as camadas mais pobres e isso implica várias consequências
desordenando o cenário social. Portanto, de acordo com (CRARY,2016), o medo e a
desestabilidade são fatores determinantes em uma sociedade sobre uma conjuntura de vertentes
sociais, políticas e sanitárias. Abordando a realidade brasileira, no sentido de uma visão sobre a
covid-19, portanto existem três blocos que estão impactados, econômico, político e social.
Realmente não se tem uma verdade ainda sólida com relação ao momento difícil que estamos
passando. O território brasileiro realça um fragilizado sistema de saúde. Diante dessa
problemática:
A situação brasileira ainda se agrava uma vez que 75% da população brasileira não está
coberta por planos de saúde e enfrenta outras epideimias como a dengue e surtos de
sarampo. As regiões mais afetadas seriam a Nordeste, Norte e Centro-Oeste, por não
possuírem no mínimo um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para cada 10 mil
habitantes (MELLO et al., 2020).
Portanto, percebe-se que o sistema de saúde tem que criar subsídios para elaborações de
transparências e resgatar a sua liderança. Reestruturar o acesso de saúde quanto público e
privado. Percebe-se que deve haver um modelo de saúde, para resoluções e suporte em prol a
saúde coletiva, desse atual cenário fragilizado e com grandes entraves.
Levantando toda essa problemática eis uma questão: Como fica as escolas no cenário de
pandemia? Portanto, o professor está realizando um trabalho em um novo formato dinâmico, com
um ensino remoto, alterando toda uma realidade tradicional. Dessa forma, o processo de
escolarização tem uma nova ferramenta, sendo que em algumas instituições de ensinos superiores
já existiam, mas não dessa magnitude, abrangendo todas as escolas, essa emergência foi
fundamental para a docência porque saiu da sua mesmice, entrando para uma nova realidade
remota. Segundo a UNESCO (2020), o evento pandêmico, proporcionou vários acontecimentos
inesperados sobre a educação, não somente em território brasileiro, mas no mundo inteiro.
Provocando interrupção das atividades presenciais atingindo 191 países e 1,57 bilhões de
estudantes.
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
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Fazendo um recorte dessa realidade , observa-se que são desafios pedagógicos, essenciais
porque na vida educacional o professor tem que criar roupagens sobre o momento emergente,
criando possibilidades eficazes, para realizar um trabalho responsável e sólido. Professor, aluno
e família andando juntos, portanto, essa escolarização passou a ser dever de todos, essa
conjuntura é essencial comprometimento e responsabilidade com a educação. Portanto, nos leva a
uma reflexão em que todos têm que fazer o seu papel com autonomia e compromisso. O aluno
por sua vez nessa realidade emergencial é um protagonista, tendo a autonomia para interagir e
questionar, desenvolvendo ainda mais suas habilidades e seus ideais tendo aulas remotas.
Portanto, diante dessa realidade remota nas escolas e o compromisso escola e família, percebe-se
que esse contexto, não é vivido em todas as escolas ou tampouco nas famílias, existe uma
desigualdade que permeia no cenário educacional. Diante dessa indagação, a seguir:
De acordo com o contexto sobre a desigualdade, é nítido que o aluno com poder
aquisitivo baixo, ele não tem condições de estudar, como um aluno de escola particular. Analisa-
se que a escola pública deixa a desejar em se tratando de ensino e medidas sanitárias. Com
relação ao pressuposto levantado, a seguir:
O presidente do Sinepe, Bruno Eizerik, diz que escolas privadas são mais rápidas em
implantar medidas sanitárias, o que permite a retomada antes. [...].. “Entendo que o
Estado não tenha condições em implementar um protocolo em curto espaço de tempo.
Mas se a rede privada consegue implementar, seria injusto que esses alunos não voltem à
escola”. (HARTMANN; BOFF, 2020, n.p.).
Portanto, a ideia de produzir o artigo com um olhar geográfico, levanta mais determinadas
questões sobre uma sociedade em um cenário pandêmico, no mundo todo, mas precisamente,
ressaltando o contexto sobre á problemática em território brasileiro, abordando o ensino remoto
emergencial, que futuramente irá se tornar em um fato geopolítico.
METODOLOGIA
Os dados foram coletados por meio de livros de acordo com grandes teóricos Paulo Freire,
Rubem Alves, Milton Santos, entre outros. Em seguida realizou-se um trabalho de campo no
Colégio Batista Nova Sião, dados coletados com abordagem qualitativa através de questionários
foram enviados por e-mail para três correspondentes: Professora ,pai e mãe dos alunos do 6°
(sexto) ano para posteriores análises, contemplando resoluções e novos métodos. Tomando como
base metodológica a pesquisa bibliográfica e questionários de cunho qualitativo, através de
experiências empíricas sobre o ensino remoto, consequência do cenário pandêmico. Foram feitas
investigações sobre como a educação se encontra nesse cenário pandêmico e sua importância em
sociedade, logo em seguida realizou-se uma reflexão sobre o ensino a remoto e como os
professores estão usando essa nova metodologia para obter êxito nas aulas. Tendo como
propostas mudanças na educação para a construção do aluno em sua autonomia, ajudando-os em
uma dimensão sobre o momento vivido e outras vertentes, adquirindo ideias em temas abordados
através da aula pelo docente para que incite mais o pensamento do aluno e despertando-o também
em um ser crítico e protagonista de sua história. Dois focos analíticos: ensino remoto e o cenário
pandêmico com um olhar geográfico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
É um cenário desafiador para todos, a covid-19 causa perdas de vidas irreparáveis, em um cenário
de dor e luta pela vida. De acordo com (TÁVORA, 2020) analisa-se, um prejuízo
econômico, desigualdades sociais, tensão em se tratando de isolamento social, entre outras
problemáticas. Para possíveis análises sobre o entendimento referente ao cenário atual, discutindo
o tema, apontando diagnósticos, possibilitando ferramentas para minimizar a evolução da doença,
criar mecanismos que proporcionem soluções nas escolas e sociedade , diante da pandemia.
Portanto para surgir indagações a respeito do cenário atual da pandemia, coletamos dados
precisos,com abordagens qualitativa, questionários enviados por e-mail, para três respondentes
(professora, mãe e pai), dos alunos do 6°(sexto) ano, em colégio particular, na Escola Batista
Nova Sião, situado em Senhor do Bonfim-BA. Para sintetizar a temática, a seguir as questões
formuladas:
A senhora na condição de professora e o senhor de pai do aluno como está sendo essa
nova metodologia remota? Obteve-se que a professora e os pais não se sentiram preparados para
o uso das ferramentas remotas:
Portanto no cenário educacional estamos nos deparando com experiências inovadoras, que
é aprender a realizar aulas online, porque tem que haver um preparo e uma nova forma de
metodologia para atingir atenção do aluno e não permitir que as aulas fiquem monótonas
criando mais dinamismo. A missão do docente é construir possibilidades para a formação do
discente, no caminho para o saber. Portanto o professor tem que deixar aflorar no aluno a
capacidade de refletir e dialogar sobre temáticas cotidianas e existenciais acerca do cenário
pandêmico.
Nas aulas remotas a plataforma que foi adaptada é eficaz? Analisou-se que o Colégio
Batista, escolheu o zoom, uma ferramenta fácil e eficaz para as aulas remotas.
Diante desse contexto: Dias e Leite (2010, p. 83) “o sucesso de um curso depende
também do tipo de mídia e tecnologia e de como elas são utilizadas”. Daí a importância de o
educador conhecer seu aluno e planejar todo o conteúdo considerando mídias, tecnologias,
formas de acesso, familiaridade com o “ciberespaço”. Com relação a linha de pensamento,
correlacionando com o colégio sobre tecnologia em sala de aula percebe-se, que a escola
Batista, tem uma boa proposta aplicando uma plataforma fácil e adaptável para aulas remotas
atingindo objetivo que é dialogar com os alunos, passando dinamismo.
Ainda bem que meu filho não está com dificuldade, nas aulas remotas
mesmos porque ele adora plataformas digitais ( pai).
“[...] a comunicação ilimitada entre professores e alunos é muito mais do que um recurso
para melhorar a aprendizagem. É uma estratégia de controle mútuo permanente e um
modo de aprender novos significados espaçotemporais e novas maneiras de ser e estar no
mundo” (SARAIVA, 2009b, p. 6).
A participação dos pais na escola, criando essa parceria com professores, deveria essa
realidade ser em todas as escolas públicas e privadas. De acordo com a lei 9394/96, estabelece
que a família tem um papel muito importante na educação dos filhos. E diante desse panorama
pandêmico percebe-se, que o papel da família tem uma grande significância, porque é realmente
um trabalho em conjunto e nenhuma das partes pode faltar nesse momento tão difícil.
Qual a sua percepção com relação ao contexto de pandemia? Diante das questões, obteve-
se, que a professora e mãe, diante das dificuldades pandêmicas, estão confiantes em dias
melhores, pois o momento está ajudando na transformação subjetiva de cada um, ou seja aluno,
professor e pais, criando uma autonomia:
Nesse, contexto desafiador que estamos vivendo, a educação por sua vez
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
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tem um papel fundamental, o educador tem que dinamizar a educação
por meio de processos desafiador como o ensino remoto, ajudando na
transformação do sujeito em ter uma perspectiva sobre a sociedade e sua
problemática, analisar situações, se tornar críticos, ser ousados em suas
ideias. Percebe-se que o ensino online é uma ferramenta eficaz para essa
realidade pandêmica, e a escola por sua vez deve nortear o aluno para o
novo normal e não ficando estáticos, e correlacionando saberes
científicos do cotidiano, pois torna-se essencial para o docente e
discente.(Professora)
Iremos sair dessa pandemia com outro olhar sobre tudo, eu tenho a
certeza de que o campo da educação vai criar novas possibilidades
(mãe).
Diante do exposto, educadores têm que estabelecer uma ponte entre conhecimentos
epistemológicos e conhecimentos empíricos. Percebe-se, que há uma abrangência de
conhecimentos, proporcionando segmentos com interfaces, enriquecendo o saber. De acordo com
Rubem Alves (1980) o educador tem que ser um jequitibá uma referência marcante e não
eucaliptos não duradouros e com a finalidade somente econômica.
Realmente é um momento atípico, mas temos que nos tornar dinâmicos, nós professores
temos que ter um desafio sustentar nossas responsabilidades com a educação, mesmo com a
pandemia. O professor tem que ser ousado, criando métodos para uma nova realidade existencial.
Diante dessa percepção cita-se:
De acordo com o autor o docente tem que sair da zona de conforto, somos seres em
construção, ou seja, em constante aprendizado e a educação por sua vez nos leva a esse caminho.
Portanto esse momento pandêmico, que estamos vivendo nos traz mudanças em todos os campos,
inclusive na educação, diante dessa realidade nós como mediadores do saber temos que nos
aventurar na construção de novas possibilidades, como o ensino remoto. Diante dessa proposição
a seguir:
(…) Todos aprendem juntos, não em um local no sentido comum da palavra, mas num
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
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espaço compartilhado, um “ciberespaço”, através de sistemas que conectam em uma
rede as pessoas ao redor do globo. Na aprendizagem em rede, a sala de aula fica em
qualquer lugar onde haja um computador, um “modem” e uma linha de telefone, um
satélite ou um “link” de rádio. Quando um aluno se conecta à rede, a tela do computador
se transforma numa janela para o mundo do saber. (HARASIM et al., 2005, p.19).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
São tempos traumáticos e alguns irão sair bem dessa fase, porém outros ficaram com cicatrizes
diversas. Não temos a compreensão do momento em que estamos vivendo, realmente é um
cenário desafiador para todos os campos. Enfatizando sobre o campo educacional e da saúde
, professores, alunos e comunidade, têm que se adaptarem as ferramentas onlines na medida do
possível, temos que ter a consciência de que separados estamos mais unidos e o poder público
tem que dar suporte para saúde criando projetos e medidas de minimizar a pandemia.
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez, 1980.
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
https://www.reconectasolucoes.com.br/
CRARY, J. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia : Saberes necessários à prática educativa. São Paulo,
Brasil: Paz e Terra (Coleção Leitura), 1996. Edição de bolso.
HARASIM, Linda et al. Redes de aprendizagem: um guia para ensino e aprendizagem online.
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
HARTMANN, M.; BOFF, T. Aulas a distância aumentam fosso entre escolas públicas e
particulares. GAÚCHAZH, Porto Alegre, 17 maio 2020. Disponível em:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/noticia/2020/05/aulas-a-distanciaaumentam-
fosso-entre-escolas-publicas-e-particulares-ckabhvddv006l015nlc5sjrpe.html. Acesso em: 25 jun.
2020.
SARAIVA, K. Uma educação sem limites. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 32., 2009,
Caxambu. Anais […]. Caxambu: ANPED, 2009b. p. 1-14.
SARAIVA, K.; SANTOS, I. M. A internet nasce para todos. Textura, Canoas, n. 19-20, p. 51-
64, 2009.
UNESCO. UNESCO lança publicação com orientações sobre práticas educacionais abertas
durante a pandemia. 26 maio 2020. Disponível em: https://nacoesunidas.org/unescolanca-
publicacao-com-orientacoes-sobre-praticas-educacionais-abertas-durante-a-pandemia/. Acesso
em: 25 jun. 2020.
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
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Resumo
INTRODUÇÃO
Em março de 2020 as redes de ensino públicas e privadas no país suspenderam
temporariamente as aulas, como forma de contingência à pandemia do novo coronavírus
(COVID-19).
Segundo Ribeiro e Clímaco (2020), para a continuidade do processo de ensino e
aprendizagem, foram adotadas modalidades alternativas que incorporaram o ensino
remoto com aulas síncronas e assíncronas, durante o período de isolamento social.
Ademais, com o impacto da pandemia que atingiu o mundo causada pela crise
generalizada da saúde e economia causada pelo vírus COVID-19, tais
mulheres que antes podiam contar com escolas e/ou creches para auxiliá-las
nesse processo exaustivo de multitarefas, se viram desamparadas, mas ainda na
4
O termo “mãe solo” denomina não só a mulher que é mãe e está solteira, mas todas mulheres
que precisam cumprir as múltiplas funções de educar, suprir financeiramente, prover afeto e criar a
criança, sendo total e unicamente responsáveis por seus filhos.
CONGRESSO NACIONAL DE PRÁTICAS EM ENSINO,
CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
Edição Remoto – 15 a 17 de Julho de 2021
Reconecta Soluções, São José do Rio Preto – SP.
ISBN:
https://www.reconectasolucoes.com.br/
DESENVOLVIMENTO
Desde março de 2020, o município de São Carlos-SP, assim como outras cidades do
Brasil, está tendo que lidar com o fechamento de escolas, decorrente de uma nova
pandemia causada por um vírus ainda pouco conhecido e bastante nocivo para a vida
das pessoas.
Agora no começo do ano de 2021, algumas escolas estaduais voltaram a
trabalhar com um número reduzido de alunos, no entanto as instituições de Educação
Infantil (em São Carlos) ainda não retornaram. Algumas particularidades do
atendimento dessa modalidade de ensino acarretou na opção do não-retorno presencial.
Entre esses motivos destacam-se:
● Dificuldade de manter o distanciamento social em crianças pequenas e muito
pequenas.
● Dificuldade do professor manter distância das crianças, em uma fase que o afeto
e o acolhimento é essencial para a adaptação da criança.
● Dificuldade em garantir os protocolos sanitários.
Nesse sentido, como acalmar um bebê de poucos meses de vida que nunca teve
contato com a escola e está assustado e chorando, sem tocá-lo? Além disso, levando em
conta que os professores estariam usando todos os EPI’S (Equipamentos de proteção
individual) para o coronavírus, como isso seria visto pela criança? O professor com
rosto e corpo quase que totalmente cobertos, se não assustar as crianças pequenas, irá no
mínimo tornar essa adaptação ao ambiente escolar mais difícil e impessoal.
Além disso, o uso de máscaras não é recomendado para crianças menores de 2
anos por existir o risco de sufocação, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP), a Academia Americana de Pediatria (AAP) e do Centro de Controle e Prevenção
de Doenças (CDC). Fato que inviabiliza a garantia de que as crianças não possam ser
contaminadas e inclusive serem veículos de transmissão para o coronavírus.
Outra questão que dificulta a garantia dos protocolos sanitários na Educação
Infantil, se dá pelo número reduzido de funcionários responsáveis pela limpeza, esse
último aspecto levantado de ordem administrativa também corrobora para a
inviabilidade de um retorno presencial em instituições que atendem crianças pequenas.
Diante do fechamento das escolas, educadores tiveram que refletir e desenvolver
práticas que sejam coerentes com as concepções dos documentos norteadores da
Educação Infantil, utilizando os meios digitais para a aproximação com as famílias, um
desafio grande para um segmento que nunca sequer pensou nesse tipo de interação com
crianças pequenas.
Isso pelo próprio fato de que a Organização Mundial de Saúde (OMS), não
aconselha a exposição de crianças menores de 2 anos a qualquer tipo de tela. Nesse
sentido Ribeiro e Clímato (2020) discorrem que:
Por outro lado, há inúmeras questões que discutem o acesso da E.I. à utilização
de tecnologias, visto que crianças pequenas não devem ser longamente
expostas às telas e carecem de maior autonomia para estar com aparatos
tecnológicos, geralmente, por isso, dependem da companhia de adultos
responsáveis, nunca sozinhas. (RIBEIRO, CLÍMACO, 2020, p.97)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS:
QUEIROZ, Norma Lucia Neris de; MACIEL, Diva Albuquerque; BRANCO, Angela
Uchôa. Brincadeira e desenvolvimento infantil: um olhar sociocultural
construtivista.2006. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2006000200005&l
ng=en&nrm=iso Acesso em:21/04/2021.
Resumo
O presente estudo buscou analisar a importância da Educação Física para o
desenvolvimento infantil, em um contexto pandêmico e de fechamento das escolas. No
processo de educação remota há vários desafios para os professores e nesse momento de
afastamento social e aulas on line isso se intensificou ainda mais, principalmente no
contato inicial dos alunos com a disciplina de Educação Física no formato EaD ou com
número reduzido de crianças no caso de escolas estaduais que retornaram com as
atividades educativas de forma parcial. Para auxiliar e direcionar essa prática educativa
é que se pensou em conciliar os ambientes urbanos naturais (ao ar livre) e a prática de
esportes. Por meio de uma revisão bibliográfica criteriosa, iremos trazer contribuições
teóricas que relacionam os aspectos da formação integral da criança; além de promover
o hábito da prática das atividades físicas para uma vida saudável.
1
Mestranda pela Universidade de São Paulo, karen.musetti@usp.br
2
Mestranda pela Universidade de São Paulo, rafaela.ichiba@usp.br.
3
Especialista em Educação, criscazella@yahoo.com.br.
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CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
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INTRODUÇÃO
Os anos de 2020 e 2021, ficaram marcados por um período de muitas mudanças e
adaptações no âmbito educacional, os profissionais de Educação Física, assim como de
outras áreas, tiveram que lidar com o desafio inédito imposto pela pandemia da
Covid-19: o distanciamento social.
Segundo Silva et al. (2021), os esforços em tentar garantir que alunos consigam
participar das propostas educativas envolvendo atividades físicas no atual contexto de
isolamento social, é bastante problemático, já que as atividades necessitam respeitar
protocolos sanitários rígidos, que acarretam em atividades solo ou restritas às pessoas
que já convivem na mesma casa.
Refletir sobre as dificuldades e possibilidades nesse novo cenário, inclusive nas
aulas de Educação Física consiste na luta em consolidar no currículo escolar o espaço e
a importância da disciplina na formação do educando e na manutenção de um estilo de
vida mais saudável.
A Educação Física escolar pode potencialmente contribuir em aspectos
relacionados à formação geral como o desenvolvimento motor, afetivo, social e
cognitivo, além de incentivar o hábito da prática das atividades físicas como ato
indispensável para uma vida saudável, (GOLDNER, 2013).
No atual contexto os professores se viram obrigados a usar de novas tecnologias
para dar continuidade nas atividades educativas/físicas, levando ao remodelamento do
formato de suas aulas e na incorporação de novas estratégias mediadas pelas
plataformas digitais, (SILVA et al., 2021).
Neste estudo foi realizada uma revisão bibliográfica para a elaboração de uma
abordagem pedagógica que busque expandir conhecimentos para adaptação de aulas
para o contexto de distanciamento social para os alunos nas aulas de Educação Física.
DESENVOLVIMENTO
A Educação Física é uma disciplina obrigatória no currículo educacional estabelecido
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996). Tendo em vista sua
obrigatoriedade, quando em 2020 houve o fechamento das escolas, todas as disciplinas
curriculares tiveram que ser remodeladas para o formato remoto, incluindo a Educação
Física.
Dentro das limitações e novas rotinas impostas pela pandemia do Novo
Coronavírus, os professores de Educação Física tiveram que pensar em adaptar suas
aulas para um formato digital, até então pouco experienciado no ensino regular.
Em atendimento ao isolamento social o ensino remoto passou a ser utilizado
como forma de mitigar os prejuízos sociais do fechamento das escolas, no município de
São Carlos o ensino remoto foi regulamentado pela instrução normativa nº 1 de 24 de
junho de 2020, publicado em Diário Oficial.
Fonte: https://cetic.br/
[...] utilizar-se das tecnologias digitais nas aulas de EF, é uma grande
possibilidade, pois se torna evidente sua influência no âmbito da cultura
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Fonte: https://saudebrasil.saude.gov.br
A Educação Física escolar é uma disciplina que faz parte do currículo básico e a
participação de todos os alunos é fundamental para o bom desempenho da aula e para
que ela possa contribuir com o seu desenvolvimento afetivo, psicomotor e cognitivo. As
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo buscou analisar a elaboração de uma abordagem pedagógica nas aulas
de Educação Física em meio ao contexto de isolamento social, buscando conhecimentos
sobre as diversas formas de adaptação de aulas propostas nesse novo cenário.
Para que os alunos possam participar e interagir socialmente das propostas
remotas de aulas de Educação Física a parceria com as famílias é indispensável, pois
mesmo que o atual momento não permita que o convívio social seja realizado de forma
mais profunda, deve-se aproveitar para estreitar laços familiares.
A prática da Educação Física domiciliar pode auxiliar na promoção da sensação
de bem estar, sobretudo nesse momento de isolamento social que é comum crianças se
queixarem de “estar cansadas de ficar em casa”. Explorar ainda ambientes externos
pode ser uma forma eficiente de incentivar a prática de atividades físicas e manter as
recomendações sanitárias de distanciamento social.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Universidade de São Paulo por todo ensinamento que nos trouxe até
aqui e agradecemos ainda nossos alunos que foram, que são e os que ainda serão… pois
é por eles que nos esforçamos todo e a cada dia em ser melhores docentes.
REFERÊNCIAS
LIMA, José Maria Maciel. A inserção das novas tecnologias digitais na educação em
tempos de pandemia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.
2021. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/a-insercao
Acesso em: 03/06/2021.
OLIVEIRA, Tálita Regina Henrique de; FERREIRA, Verônica Moreira Souto; SILVA,
Maria Ivonaide Félix Duarte da. Desafios em tempos de pandemia: o ensino remoto
emergencial da Educação Física no Ensino Fundamental. 2020. Disponível
em:https://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2020/article/download/1272/946/
Acesso em: 21/06/2021.
Éder Belém Guedes1, Bárbara de Oliveira Tessarolli2, João Pedro Ponciano3, Rafael
Capobianco Rizzi4
Resumo
O presente trabalho compõe o relato de uma experiência de aprendizagem pautada no
ensino por investigação, cujo caminho didático consistiu no desenvolvimento de
competências sobre as transformações químicas envolvidas nos processos de obtenção de
novos materiais de origem orgânica, em especial por meio das reações de
transesterificação, analisando quais os seus impactos socioambientais. A iniciativa foi
empreendida com uma turma de alunos do terceiro ano do Ensino Médio, passando pelas
etapas de pesquisa e realização de prática experimental, em que foi produzido biodiesel a
partir do óleo de soja reutilizado. O trabalho contou com estratégias para explorar a
interdependência entre ciência e meio ambiente, desvelando a contribuição na formação
de cidadãos críticos e reflexivos, além de quebrar o paradigma do ensino tradicional, com
um mecanismo alternativo de transposição didática.
INTRODUÇÃO
1
Mestre, Programa de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos – Unesp, eder.guedes@unesp.br
2
Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – Unesp,
barbara.tessarolli@unesp.br
3
Graduando em Licenciatura em Química – Unesp, j.ponciano@unesp.br
4
Licenciado em Ciências Biológicas – Unesp, rafael.capobianco@unesp.br
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OBJETIVO
DESENVOLVIMENTO
Os trabalhos tiveram início com uma roda de conversa sobre a utilização dos combustíveis
no cotidiano das pessoas, por meio da qual os alunos foram mobilizados quanto ao tema.
A discussão foi planejada com base em dois momentos sequenciais, os quais foram
norteados pelas temáticas: Como a utilização de combustíveis fósseis interferem no
contexto coletivo; A necessidade de alternativas e tecnologias energéticas mais
sustentáveis. Para o princípio da discussão, os estudantes foram questionados sobre a
forma como eles vinham para a escola, se de ônibus, van, automóvel particular ou
bicicleta.
Dando continuidade, a discussão foi conduzida para o contexto coletivo, momento
em que os alunos foram questionados sobre a emissão de poluentes provenientes dos
meios de transporte utilizados por eles, bem como sobre a não emissão de poluentes por
aqueles que responderam que vinham de bicicleta.
Já se havia concluído os estudos sobre o petróleo e os seus processos de
fracionamento por meio da destilação fracionada, situação que demonstrava que os alunos
já detinham conhecimento sobre a emissão de gases provenientes da queima de
combustíveis, em especial os combustíveis fósseis. O trabalho nesta etapa foi de
rememoração dos assuntos já estudados.
Foi possível nesta fase da discussão, distinguir um combustível fóssil de um
biocombustível, como o etanol, por exemplo. Também foi possível estabelecer diferenças
entre esses combustíveis, como o seu poder energético e a sua origem, momento em que
foi explorada a ideia dos combustíveis renováveis originados da biomassa, e os não
renováveis, como o petróleo.
Aproveitando que alguns alunos relataram que vinham de bicicleta para a escola,
a turma foi questionada sobre a importância da utilização de meios alternativos para a
menor emissão dos gases emanados pela combustão. Foi possível perceber que os alunos
que relataram vir de bicicleta, faziam isso por necessidade e não por consciência
sustentável. Todavia, a discussão provocou neles a reflexão sobre as suas contribuições
para a menor emissão de poluentes.
Nesta fase dos trabalhos, conseguiu-se a conexão desejada para adentrar ao
segundo momento da discussão, a necessidade de alternativas e tecnologias energéticas
mais sustentáveis. Além dos relatos sobre o uso da bicicleta como meio alternativo, os
alunos apresentaram outras possibilidades, como o uso do etanol em vez de gasolina, em
função da sua menor emissão de certos poluentes, mesmo que ainda haja a geração de gás
carbônico.
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Depois de pronto o biodiesel, era necessário ter certeza de que o que se tinha
produzido era, de fato, o que se pretendia. Partiu-se, então, para a caraterização do
biocombustível. Tal ação foi feita comparando as combustões do óleo de soja comum,
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pouco do foco inicial da pesquisa, mas que proporcionaram aprofundamento nos estudos,
uma vez que os estudantes transcenderam as ideias iniciais e ousaram em propostas que
ainda nem constam nas políticas ambientais do nosso país. Entre os critérios de avaliação
utilizados nesta etapa, destacam-se: interpretação da situação problema; sequência geral
e evolução das ideias apresentadas; explicação efetiva (se fazer entender ao apresentar as
suas ideias); fidelidade ao tema; apresentação colaborativa (trata-se de uma forma de
envolver todos na apresentação, sem que um aluno atrapalhe o outro, mas sim contribua);
proatividade e extensão (o que pode trazer complemento à pesquisa).
Na etapa posterior de pesquisa, foram utilizados os mesmos critérios citados
acima. Todavia, já se tinha a ideia de que os resultados da pesquisa seriam mais estreitos
e que os alunos já se sentiam mais à vontade para apresentá-los, uma vez que foi possível
conduzi-los melhor depois da primeira apresentação. Nesse momento, os estudantes
adentraram um espaço mais específico nos seus estudos, as reações de transesterificação,
o que exigiu do professor uma intervenção que, felizmente, legitimou as pesquisas dos
alunos.
Constatou-se, nas etapas de pesquisa, a efetividade da investigação sobre um tema
que, realmente, desperta o interesse do aluno. Esse aspecto foi fundamental no
desenvolvimento de todo o trabalho.
Já na fase dos trabalhos no laboratório, o percurso se enveredou pelo caminho da
Química e foi nítida a percepção dos alunos sobre a conexão desta ciência com tudo o
que já se havia feito. Os estudantes foram conduzidos no registro de todas as observações
e, ao final do experimento, eles elaboraram, a partir delas, as suas conclusões sobre os
processos químicos e físicos observados. Evidentemente, em meio ao desenvolvimento,
foi necessária atenção e atendimento individual a alguns alunos, respeitando as suas
necessidades de aprendizagem. Entre os critérios avaliativos estabelecidos nesta etapa,
são evidenciados: interpretação e realização de procedimento experimental; análise e
sistematização de dados experimentais; aplicação de técnicas de separação de misturas;
observação de evidências de uma transformação química; compreensão sobre as reações
de transesterificação e combustão.
O trabalho aqui relatado exigiu empenho na prática docente em diversos aspectos.
Por mais que se intencione nas aulas aplicar metodologias alternativas ao ensino
tradicional, nem sempre é fácil transpor barreiras como o tempo e volume de assuntos a
serem desenvolvidos ao longo do ano. Contudo, com o caminho didático aqui descrito,
foi possível planejar e perceber o que pôde se concretizar a partir do planejamento. Esse
movimento permitiu que estratégias fossem aprimoradas. No tocante aos conhecimentos
didáticos aplicados, foi necessário ao professor ampliar os estudos para poder
desempenhá-los com eficácia
REFERÊNCIAS
Resumo
O presente trabalho apresenta um relato de experiência didática pautada na
experimentação, cujo objetivo foi desenvolver competências associadas às reações de
saponificação, relacionando-a com aspectos da sociedade. O trabalho foi realizado com
estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, utilizando como tema norteador a síntese do
sabão caseiro, e consistiu nas etapas de experimentação, discussão dos resultados,
pesquisa e avaliação. A atividade propiciou aos estudantes a reflexão quanto ao descarte
do óleo usado, promovendo uma alternativa benéfica para o seu reuso. A prática também
proporcionou a interligação entre os conhecimentos já construídos, como polaridade
molecular, energia envolvida na reação e pH, por meio da análise da reação pela
perspectiva da química orgânica. Ao final, evidenciou-se a importância da
experimentação no processo de ensino e aprendizagem, construindo pontes entre os
saberes, de forma contextualizada, oferecendo aporte para o desenvolvimento do senso
crítico e da criatividade.
INTRODUÇÃO
A experimentação possui um papel essencial na construção da ciência desde o século
XVII, de acordo com a necessidade de teorias passarem pelo crivo empírico, seguindo
uma lógica de formulação de hipóteses e verificação de consistência. Rompeu-se, então,
nesse período, as práticas de investigação que ainda consideravam a relação estrita da
natureza com o divino, que vinha com uma grande carga de senso comum (GIORDAN,
2003).
A experimentação no ensino de ciências é um potencializador no processo de
aprendizagem nos diversos níveis de escolarização, levando os educandos ao
1
Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – Unesp,
barbara.tessarolli@unesp.br
2
Mestre, Programa de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos – Unesp, eder.guedes@unesp.br
3
Licenciado em Ciências Biológicas - Unesp, rafael.capobianco@unesp.com.br
4
Graduando em Licenciatura em Química – Unesp, j.ponciano@unesp.br
5
Licenciada em Química - Unesp, tatianabigliassi@gmail.com
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de vista da química, uma vez que irão apresentar um comportamento dualístico em água,
em virtude de sua estrutura (OSÓRIO e OLIVEIRA, 2001).
A produção de sabão é uma das mais antigas reações químicas conhecidas. Não
se conhece sua origem, mas é provável que tenha sido descoberta por acidente
quando, ao ferverem gordura animal contaminada com cinzas, nossos
ancestrais perceberam uma espécie de “coalho” branco flutuando sobre a
mistura. O historiador romano Plínio, o Velho (23-79 d.C.), já descreve a
fabricação do sabão, mas somente a partir do século XIII este passou a ser
produzido em grande escala. No princípio do século XIX ainda se pensava que
o sabão fosse uma simples mistura mecânica de gordura e álcali, até que o
químico francês Michel-Eugène Chevreul (1786-1889) mostrou que sua
formação era na realidade uma reação química (BARBOSA e SILVA, 1995 p.
3).
OBJETIVOS
O Quadro 1, a seguir, traz excertos extraídos dos relatórios realizados por dois
alunos após a atividade prática.
e a oxigenação da água (GODOY, 2011). Tal fato aponta para a necessidade de se inserir
questões ambientais nas discussões relacionadas à Química.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A temática “Produção de Sabão”, utilizada como tema norteador da aprendizagem sobre
reações orgânicas aqui relatada, proporcionou aos envolvidos uma aprendizagem efetiva
em âmbito científico, social e ambiental, levando os estudantes à reflexão quanto às suas
atitudes e implicações delas para a sociedade em que vivem.
O caminho proposto implicou na motivação do aprender “o que” e “para que”,
isto é, compreender a reação de saponificação, objetivando a obtenção de um produto em
que se observa, de forma consistente, a finalidade: o sabão.
Um dos momentos que podemos destacar é a participação efetiva dos estudantes
quando se falou na realização de uma atividade no laboratório, uma vez que é perceptível
a sua motivação quando proporcionamos atividades diferenciadas em relação àquelas
vivenciadas no dia a dia da aula.
Outro ponto positivo a ser destacado foi a retomada de conhecimentos advindos
dos anos anteriores do Ensino Médio, proporcionada pelos questionamentos realizados
durante a experimentação e depois discutidos no relatório. Os estudantes puderam
resgatar conteúdos estudados em Química Geral e Físico-Química, verificando a
aplicabilidade e importância da Química em seu cotidiano.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, A.B. e SILVA, R.R. Xampus. Química Nova na Escola, n. 2, p. 3-6, 1995.
Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/quimsoc.pdf>. Acesso em: 26
mar. 2020.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química nova na
escola, v. 10, n. 10, p. 43-49, 1999. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/pesquisa.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2020.
GIORDAN, M. Experimentação por simulação. Textos LAPEQ, USP, São Paulo, n. 8,
junho 2003.
GODOY, Priscila Oliveira de et al. Consciência limpa: Reciclando o óleo de cozinha.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente, v. 13, n. 17, p. 205-217, 2011.
Disponível em: < https://ldoih.files.wordpress.com/2012/08/artigo-conscic3aancia-
limpa-reciclando-o-c3b3leo-de-cozinha.pdf>. Acesso em: 04 jul. 2021.
GUIMARÃES, L.P. et al. Ensino de Ciências e experimentação: reconhecendo obstáculos
e possibilidades das atividades investigativas em uma formação continuada. Revista
Thema, [S.l.], v. 15, n. 3, p. 1164-1174, ago. 2018. ISSN 2177-2894. Disponível em:
<http://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/991/883>. Acesso em: 26
mar. 2020.
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Patrimônio Cultural baseados nos lugares memória sacralizado pelo olhar da comunidade
de terceira idade e por meio de oficinas ministradas para algumas instituições de ensino
localizadas no Centro Histórico de São Luís.
Turismo e memória
A metodologia utilizada no projeto foi feita por etapas. A primeira etapa do projeto
realizou estudos sobre os lugares de memória que foram identificados através de
entrevistas semiestruturadas com os moradores mais antigos dos bairros que compõem o
Centro Histórico de São Luís. Nessa etapa, buscamos interagir com as pessoas da
comunidade, principalmente com a terceira idade, para poder conhecer um pouco mais
sobre o ponto de vista delas, sobre os lugares de memória e saber como elas passam esse
conhecimento e informações para as próximas gerações.
A preservação da memória dos moradores de um local é um dos meios
mais importantes para a conservação do patrimônio cultural daquele determinado lugar
com o passar dos anos.
O conceito de patrimônio cultural se modificou bastante com o decorrer
do tempo. No passado o patrimônio era bastante associado a bens, artes etc. que estavam
ligadas à elite, ou seja, apenas uma minoria podia desfrutar daquele patrimônio, apenas
aqueles que tinham um maior poder aquisitivo. Já nos dias atuais ele recebe um novo
significado. Segundo Dias (2006, p. 67-68),
o patrimônio é considerado, atualmente um conjunto de bens materiais e
imateriais, que foram legados pelos nossos antepassados e que, em uma
perspectiva de sustentabilidade, deverão ser transmitidos aos nossos
descendentes, acrescidos de novos conteúdos e de novos significados, os quais,
provavelmente, deverão sofrer novas interpretações de acordo com novas
realidades socioculturais.
A segunda etapa consistiu em fazer as análises a partir das entrevistas onde foi
estruturado um roteiro pedagógico utilizando os lugares de memória identificados. A
terceira etapa consistiu na realização dos tours pedagógicos com a comunidade nos
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lugares identificados nas análises, para que pudesse ser feito uma nova análise sobre como
aquele lugar está no presente e fazer uma ligação com o passado.
Dentro do turismo existem alguns meios de preservar essa memória de um
determinado lugar. Um exemplo desses meios é o museu, um lugar onde podem ser
abordadas diversas histórias, por meio de fotografias, quadros, esculturas entre outras
coisas, dependendo do tema. Segundo Francisco e Morigi (2013, p.11)
Os Museus têm se tornado instituições de grande sucesso em todo mundo
contemporâneo. Seu crescimento se dá por diversos fatores, entre eles, está o
novo papel das instituições museológicas na educação, mas também por servir
melhor às necessidades da sociedade.
bairro da Madre Deus, aonde foram feitas entrevistas semiestruturadas realizadas pelos
monitores do projeto com o apoio mais especificamente do Conselho Cultural e
Comunitário da Madre Deus (CCCMD) parceria feita entre as coordenadoras do Espaço
Integrado do Turismo, no qual abordamos cerca de 30 idosos nas entrevistas. O resultado
das entrevistas recolhemos com os moradores mais antigos do Centro Histórico, seus
lugares de memória, memórias individuais e coletivas que são locais de reafirmação de
uma identidade cultural.
Sendo esses locais de memória a Praça da Saudade figura 1, que está localizada no bairro
da Madre Deus, entre a Rua Norte e Rua do Passeio e a rua Medeiros Albuquerque e Rua
Euclides da Cunha, fica em frente ao Cemitério do Gavião. A principal caracterização
como lugar de memória é um lugar de partida para os blocos tradicionais de rua nas
manifestações populares como o carnaval e festa junina, um ponto aonde os idosos se
encontravam para viverem as manifestações populares e momentos de festas culturais na
Praça da Saudade.
Cemitério do Gavião que ilustra a figura 2, é localizado no bairro da Madre Deus, na Rua
Branca. O cemitério do Gavião foi fundado após uma epidemia de Varíola na cidade, é
um importante lugar de memória pois está sepultado familiares dos entrevistados, um
lugar que recorda memória e sentimentos de nostalgia aos participantes e para a CCCMD.
Largo do Caroçudo que demostra a figura 3, fica localizado no bairro da Madre Deus, na
rua Rui Barbosa. O largo do Caroçudo é outra praça importante do bairro da Madre Deus,
aonde tem manifestações populares e tornou-se como passar dos anos o importante ponto
cultural para as festas populares de São Luís.
A Capela de São Pedro que constata na figura 4, Igreja Católica que está localizada na
Rua São Pantaleão, no bairro Centro. É considerado um lugar de memória para os idosos
por conta da tradição do encontro de bois que acontecem todos os anos, rituais de fé com
os brincantes da manifestação cultural do Bumba meu boi, pagando promessas em frente
ao Santo São Pedro na Capela.
A Fábrica São Luís fica localizada no Centro na rua São Pantaleão, que é demostrado na
figura 5, a antiga Fábrica São Luís era uma companhia de fiação e tecelagem em São
Luís, é um lugar de memória para os idosos entrevistados, pois alguns dos idosos
trabalharam na fábrica fazendo tecidos e sabiam da importância que a fábrica São Luís
teve para o desenvolvimento da Cidade.
Figura 6: CEPRAMA
Fonte: Ma (2020)
Na etapa final do projeto e mais extensa, foram analisadas a pesquisa bibliográfica junto
com os lugares de memórias recolhidos nas entrevistas com a comunidade e foram
organizados oficinas e tours pedagógicos, as oficinas e Tours eram feitas para a
comunidade em geral e para estudantes de escolas públicas com o objetivo de apresentar
lugares memórias da cidade de São Luís, ou seja, aqueles lugares que despertam
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CONSERVAÇÃO E TURISMO – CONPECT 2021
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Considerações Finais
O projeto Tour pedagógico com turismo e memória a importância dos lugares memória
para cidade de São Luís articula a teoria e a pratica, desenvolve e vincula a importância
dos lugares de memória, do patrimônio histórico e cultural para o turismo, promove a
coletividade, mas valoriza o único fazendo a diferenciação das diversidades culturais
materiais e imateriais e só se inova mediante as novas demandas sociais.
Em razão disso o projeto Tour Pedagógico nos lugares memórias conclui com seus
objetivos de gerar conhecimento a partir das oficinas e tour realizados, agregou valor e
trocas de experiências com base no fortalecimento das memórias para que não se
perdesse, que fossem repassadas para os mais novos da comunidade do Centro Histórico
de São Luís. Revigorou a preservação das memórias individuais e coletivas e do
Patrimônio.
Referências
ALEXANDRE, Mauricio. Iniciadas reformas das praças da Saudade. 2019.
Disponível em: https://jornaleiroma.com/2019/12/16/iniciadas-reformas-das-pracas-da-
saudade-e-da-misericordia-no-centro-de-sao-luis/. Acesso em: 29 jun. 2021.
CASTRO, C. . A importância da Educação Patrimonial para o desenvolvimento do
Turismo Cultural. In: III Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul, 2005, Caxias
do Sul. III Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul, 2005.
DIAS, Reinaldo. Turismo e Patrimônio cultural. São Paulo: Saraiva, 2006.
BRASIL, Ministério do Turismo. Segmentação do Turismo: Marcos Conceituais.
Brasília: Ministério do Turismo, 2006.
DINIZ, Karoliny Carvalho. Lugar de memória e políticas públicas de preservação do
patrimônio: Interfaces com o Turismo Cultural. Universidade do Vale do Itajaí.
Turismo: Visão e Ação, v. 13, n. 2, pp. 149-165, maio-agosto, 2011
FRANCISCO, J. C. B.; MORIGI, V. J. O olhar do outro: a gestão de museus e a
sustentabilidade na museologia. Museologia & Interdisciplinaridade, v. 2, n. 3, p. 11,
28 maio 2013.
HOJE, Maranhao. Prédio da Fábrica São Luís vai ser reformado para instalação da
Câmara Municipal. 2019. Disponível em: https://maranhaohoje.com/predio-da-fabrica-
sao-luis-sera-reformado-para-instalacao-da-camara-municipal/. Acesso em: 29 jun. 2021.
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Resumo
Foz do Iguaçu é uma cidade com inegável vocação turística, tendo entre suas atrações
principais a Mesquita Omar Ibn Al-Khattab. O intuito deste resumo expandido é o de
informar a respeito da possibilidade de visitação por parte de turistas, subsidiando o leitor
com informações relevantes a respeito do local. Para tanto, lançar-se-á mão de dados
oriundos da Prefeitura Municipal da cidade de Foz do Iguaçu, de trabalhos científicos a
respeito do tema, como também de trabalho de campo no local estudado. Ao final do
resumo o leitor terá mais informações a respeito da Mesquita Omar Ibn Al-Khattab, como
também de sua importância no panorama geral do turismo fronteiriço em Foz do Iguaçu.
Como conclusão, se pode afirmar que há bastante espaço para a prefeitura e as empresas
ligadas ao turismo trabalharem o turismo religioso no município estudado, podendo
conseguir bons resultados em termos de aumento na estadia do visitante.
INTRODUÇÃO
A cidade de Foz do Iguaçu, uma das cidades que compõem a mundialmente conhecida
Tríplice Fronteira, é um lugar que apresenta muitas possibilidades de se gerar empregos
e renda, pois pode-se valer de sua posição de cidade fronteiriça, estando em contato com
Argentina e Paraguai. No entanto, é mais conhecida por ser local de contrabando e de
descaminho de mercadorias industrializadas compradas no Paraguai, em Ciudad del Este,
o que traz à mente dos brasileiros a imagem do sacoleiro, da ilegalidade (NAVEGA-
COSTA, 2021). Felizmente, há também um grande conjunto de belezas naturais que são
fonte de recursos advindos do turismo, tanto o turismo interno, como o turismo
internacional. Pode-se elencar as Cataratas do rio Iguaçu, a própria Tríplice Fronteira,
com a possibilidade de se visitar mais dois países numa mesma viagem, a usina binacional
de Itaipu, o Marco das Três Fronteiras, o Ecomuseu de Itaipu, a Mesquita e o Templo
Budista, como locais que podem agradar sobremaneira aos turistas.
A Mesquita Omar Ibn Al-Khattab foi construída numa localização privilegiada da
cidade de Foz do Iguaçu, pois fica muito próxima ao centro administrativo e comercial
da cidade. O bairro no qual se localiza a mesquita é chamado de Jardim Central e
1
Bacharel em Filosofia; Doutorando e Mestre em Sociedade, Cultura e Fronteiras - Unioeste, Foz do
Iguaçu. e-mail: roberto.navega.costa@gmail.com.
2
Pedagoga, Psicóloga, Psicopedagoga, Neuropsicóloga. Coordenadora do curso de Pedagogia e Docente
na Uniamérica - Foz do Iguaçu; Mestranda no PPG em Sociedade, Cultura e Fronteiras - Unioeste, Foz do
Iguaçu. e-mail: navegapsicologia@gmail.com.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 4 – Localização das mesquitas de Foz do Iguaçu (à direita) e Ciudad del Este (à esquerda).
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A Figura 5 nos mostra a fachada da Mezquita del Este, templo religioso que atende
à comunidade islâmica de Ciudad del Este, centro comercial importante na fronteira entre
os dois países, Brasil e Paraguai, que conta com um contingente de imigrantes
provenientes do Oriente Médio bem significativo, o que traz a necessidade de uma
representatividade religiosa à altura das características de tal parte da população.
Na parte interna da Mesquita Omar Ibn Al-Khattab o turista poderá encontrar uma
decoração condizente com as mais famosas mesquitas do chamado mundo islâmico. A
figura 6 mostra bem este fato, com a combinação entre branco e azul, as inscrições do Al-
Corão em torno do local de preces, os mosaicos geométricos em cores variadas em torno
dos acabamentos das janelas, estas jogando luz em todo o ambiente dão ao crente que vai
rezar, como também ao visitante, uma sensação de mais paz e pureza, tanto internas
quanto externas.
A Mesquita Omar Ibn Al-Khattab está construída num local muito urbanizado, o
que não reflete a natureza exuberante da cidade de Foz do Iguaçu. Tendo tido sua
construção iniciada em 1981, com sua inauguração tendo ocorrido em 23 de março de
1983, este local de preces e cultura, ainda está bem conservado, o que se deve à
proximidade da comunidade islâmica da fronteira ao seu local de culto.
A exemplo de outras atrações turísticas da cidade, a prefeitura de Foz do Iguaçu
tem tentado, através de campanhas publicitárias, dinamizar o turismo local, indo além dos
atrativos típicos da fronteira, as compras, chegando ao turismo ecológico/cultural. Para
isto, atrações como a Mesquita Omar Ibn Al-Khattab são divulgadas ao público contando
com uma ajuda da tecnologia, como a edição e publicação de vídeos disponibilizados no
Youtube.com, serviço de streaming de vídeo por demanda (HOLM; CARDOZO, 2019).
A tentativa é a de se aumentar o tempo de estadia do turista em Foz do Iguaçu, gerando
empregos e renda.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se pôde ler, neste resumo expandido, que há muitas atrações turísticas que se pode
visitar partindo-se da cidade de Foz do Iguaçu, desde atrações em outros países
(Argentina e Paraguai), incluindo-se o turismo de compras (em Puerto Iguazú/AR e
Ciudad del Este/PY), quanto atrações ecológicas (Cataratas do Iguaçu, Zoológico,
Ecomuseu), tecnológica (Usina de Itaipu) e religiosas (Templo Budista). Dentre estas
últimas, destacamos neste texto a Mesquita Omar Ibn Al-Khattab. Tal local é muito rico
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AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
PMFI. Inventário da Oferta Turística de Foz do Iguaçu 2014. Foz do Iguaçu. 2014.
Disponível em: <http://www.pmfi.pr.gov.br/ArquivosDB?idMidia=75475>. Acesso em:
31 mai. 2021.
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Resumo
O turismo é uma realidade presente em diversos espaços, cuja dinâmica, sobretudo
econômica tem sido sempre fruto de analise e investigação, esse processo entretanto,
vem sendo produto e produtor de diversas outras dinâmicas, a partir do momento que se
apropria dos elementos presentes no espaço urbano, na cultura, no patrimônio. Essa
apropriação e criação de um produto visa atender ou se beneficiar da ideia de consumo
hipermoderno, que é praticado pelos individuos cujo interesse promove a
mercantilização da cultura e de seus elementos. Assim, buscamos nesse trabalho
analisar a partir de uma perspectiva teórica o processo de mercantilização da cultura,
que se concretiza em função da apropriação e criação de um produto turístico que
atende as expectativas desse consumo atual. Tal processo tem ocasionado impacto e
modificações no espaço urbano, no patrimonio, na cultura e nos demais elementos
culturais e da paisagem.
consumo. Não faz mais sentido pensar em uma cultura local, isolada, construída e
consumida somente por grupos sociais também locais, a quebra de fronteiras e o início
da sua comercialização, fazem da cultura um produto global.
Assim, fazer da cultura um produto do mercado, inserindo-a numa economia da cultura,
na indústria cultural, promove, segundo Lipovetsky e Serroy (2011), uma culturalização
dos bens, são duas perspectivas motivadas segundo o consumo, a cultura como
mercadoria que desperta o interesse dos indivíduos e dos mercados. Esse movimento é
fortemente percebido pela necessidade, agora constante e abrangente, de criar produtos
com significados, símbolos, identidade, criatividade, estilos, desde a própria produção
até a comunicação para a comercialização desses produtos.
Trazer a cultura para essa centralidade, causou um efeito, segundo Lipovetsky e Serroy
(2011), que mudou a forma como a modernidade trata do passado, esse momento de
hipermodernidade, na verdade, trouxe a necessidade de não apenas interromper o
passado visto como antigo, antiquado, mas acima de tudo, re-significou-o para um
tempo em que é necessário reviver o passado a partir do consumo, das memórias
religiosas e identitárias, pois é tempo de reabilitar o passado e adorar o autêntico.
O processo de mercantilização da cultura, certamente é motivado pela necessidade ou
promoção desse consumo, que se dá fortemente quando dá construção e criação de
elementos que se “adequem” ao estilo e as expectativas de consumo desse público. Aqui
visualizamos dentro do cenário de produto e desenvolvimento da atividade turística, a
produção do espaço urbano como um dos elementos que impulsionam esse processo.
Assim, além de compreender a comercialização da cultura, buscamos também expandir
essa reflexão para o próprio espaço urbano, para o lugar onde presenciamos a dinâmica
de produção, reprodução, modificação, comercialização da cultura, de maneira muito
alinhada a discussão proposta por por Carlos, Volochko e Álvarez (2015) que nos
ajudarão a compreender a ideia da própria cidade como negócio.
O processo de construção e produção do espaço urbano, passa pela interferência de
diversos atores, Carlos, Volochko e Álvarez (2015) analisam a atuação do Estado neste
processo, construído em uma relação onde a própria instituição cria situações favoráveis
ao desenvolvimento de tais ações, quando garantem e legitimam, por exemplo, a
utilização do patrimônio arquitetônico, cultural e histórico como produto do turismo, o
que inclui permitir interferências e/ou modificações nesse patrimônio com a premissa de
valorização do espaço urbano.
Essas ações motivadas pela prática comercial de uso do patrimônio, do espaço urbano,
da própria cidade e dos elementos que a integram, e passam por legitimação
institucional, para esse processo de homogeneização e "valorização", que se inicia com
a apropriação e repetição do discursos em torno da preservação do patrimônio, cujo
foco central, nesse caso, é na realidade de qualificação do espaço urbano para a
reprodução do capital.
tt
relaciona como uma das etapas em que se constrói esse produto, para sua posterior
mercantilização.
Portanto, esse processo de produção espacial urbana, principalmente no que se refere à
criação do turismo como produto, foi idealizado e detalhado por Bessa e Alvarez
(2014), os autores também acreditam que os projetos turísticos são promovidos por
políticas estaduais que investem recursos para a qualificação dos o turismo e a
paisagem, quando criam ou modificam este espaço para torná-lo atraente para empresas,
investidores e turistas.
Em grande medida, para Bessa e Álvarez (2014), esse processo busca replicar modelos
adotados por grandes cidades que tiveram projetos de sucesso utilizando medidas
semelhantes em relação à produção do espaço com foco no turismo, tais estratégias,
para os autores. acabam construindo um modelo copiado dessas cidades e que vem
sendo aplicado em muitos outros espaços em busca dessas transformações em suas
paisagens.
Para Bessa e Álvarez (2014), além dos problemas estruturais e sociais, trazidos nesse
processo, a produção desse cenário implica também, na criação de atrativos, quando
estes ainda não existem, são paisagens construídas a partir de projetos paisagísticos,
urbanísticos e arquitetônicos, que modificam a paisagem local de acordo com os
interesses da produção do espaço que segue modelos e padrões de projetos construídos
em outros espaços.
Analisando o processo de produção da paisagem turística no processo de produção
espacial urbano, Bessa e Álvarez (2014) desenvolveram um modelo de reprodução de
projetos turísticos que está organizado em quatro etapas, com foco na seleção,
qualificação, comercialização, requalificação e/ou abandono de espaços
Etapa 1: Seleção de recursos turísticos: Nesta etapa, os macro-atores identificam e
selecionam os recursos com potencial atrativo; Podem ser recursos naturais, patrimônios
edificados, tangíveis ou imateriais no caso de festas, tradições, manifestações culturais,
ou seja, recursos de qualquer natureza que podem ser transformados em mercadoria,
visto que quando esses recursos não existem, cabe a indústria do turismo para criá-los.
Etapa 2: A transformação dos recursos turísticos em produtos turísticos: A segunda
fase é o momento em que os recursos são transformados em produtos turísticos, nesta
fase a ideia é criar atrativos que sejam capazes de gerar o interesse dos turistas, nesse
momento os elementos seleccionados ficam com os macro-actores e serão modificados,
qualificados e/ou criados, cujo processo se baseia no projeto turístico elaborado para o
local.
Etapa 3: A transformação dos produtos turísticos em destinos turísticos: Para esta
etapa, as ações são realizadas com o objetivo de transformar o produto criado na etapa 2
tt
em um destino turístico, muitos dos esforços nesta etapa estão nas estratégias de
comunicação para promoção do destino.
Etapa 4: Renovação e/ou expansão dos destinos turísticos: Esta etapa só ocorre se os
atrativos se esgotam e os macro atores optam por um processo de renovação,
requalificação do destino, criação e/ou modificação de espaços para renovar o interesse
pelo destino turístico.
As reflexões e o modelo de construção de um produto turístico construído por Bessa e
Álvarez (2014), culminam na construção da compreensão do turismo, da cidade e da
cultura como produtos, temas discutidos desde o início deste tópico, são os processos de
mercantilização de todos os elementos já mencionados que nos ajudam a construir a
ideia do produto turístico aqui proposto.
CONCLUSÃO
A discussão construida a partir dos pesquisadores e teóricos aqui analisados, nos
permite concluir algumas questões e prosseguir com a investigação dessa perspectiva da
atividade turística. Porém, é importante enfatizar aqui para além das demais dinâmicas,
que os conflitos e processos existentes dentro do processo de criação de produtos
turístico a partir do uso do espaço e do patrimônio tanto pela perspectiva dos impactos,
como também da sistematização e replicação desse processo tem se tornado aspecto
cada vez mais relevantes, à medida que extrapolam os impactos e interesses puramente
econômicos e de lazer da prática turística.
Em relação aos impactos causados pela reprodução de tais modelos, Bessa e Álvarez
(2014) reforçam que os efeitos na paisagem local são inúmeros, principalmente nas
grandes cidades, as paisagens parecem iguais, copiadas de outros espaços, com uma
possibilidade cada vez mais limitada de reconhecermos os elementos e a cultura que
realmente pertencem ao lugar visitado a partir do que foi concebido como projeto
turístico.
Essa homogeneização se dá muito fortemente em função de dois processos, o primeiro
pela necessidade de criação de um produto que se adeque ao perfil de consumo
esperado pelo visitantes, mas também pela replicação desse formato de criação de
produto de maneira sistemática, o que tem contribuido para a observação em grande
parte dessa paisagem homogênea nos ambientes onde são desenvolvidas as atividades
turísticas, desde os espaços de visitação, ao serviços e produtos ali ofertados.
Para além da apropriação e replicação de um modelo de uso do espaço urbano, do
patrimonio, da cultura e dos demais elementos ali envolvidos, é preciso
problematizarmos e analisarmos de fato, que esse processo turístico existe também da
perspectiva de um impacto que interfere e influência nos elementos imateriais, cujo
olhar superficial é incapaz de compreender as modificações e interferências que são
tt
promovidas na identidade, na cultura, nos costumes e que estão em constante oferta para
consumo nesse modelo de hipermodernidade.
REFERÊNCIAS
BESSA, A. S. M.; ÁLVARES, L. C.; A construção do turismo: megaeventos e outras
estratégias de venda das cidades. Belo Horizonte: C/Arte, 2014.
SCIFONI, S.; O patrimônio como negócio. In: A cidade como negócio. CARLOS, A.F.A.;
VOLOCHKO, D.; ALVAREZ, E. P.; São Paulo: Contexto, 2015. p. 209 - 225.
SOARES, L. S.; O fio de Ariadne e o desatar dos nós do turismo urbano.In: A cidade como
negócio. CARLOS, A.F.A.; VOLOCHKO, D.; ALVAREZ, E. P.; São Paulo: Contexto, 2015.
p.227-245 .
tt
Os textos divulgados são de inteira responsabilidades de seus autores, nos termos do edital de
trabalhos do congresso, disponíveis na página da Editora.