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Contabilidade Na Escola
Contabilidade Na Escola
NA ESCOLA
Rua Luiz Simonassi, n.40 – Bloco A, Bairro Maria das Graças, Colatina - ES. CNPJ:10.728.070/0001-14
Telefax: (27) 3723-8000 E-mail: itecbrasil@portalitec.com.br
CONTABILIDADE NA ESCOLA
CAPÍTULO 1
A Contabilidade
Fichas de Barro
Sendo assim, o controle Rudimentar tinha as seguintes características: o homem
controlava seus estoques com pedras, ossos de animais, folhas de árvores ou
desenhos. Logo após esse controle evoluiu, o homem passou a utilizar fichas de
barro para controlar seus estoques com sinais pictográficos. Com o que sobrava de
sua produção, o homem passou a efetuar trocas, a fim se suprir outras
necessidades. Mediante essas ações surgiu o que hoje denominamos comércio.
Consolidou-se como uma atividade mercantil e com ele, a contabilidade se fazia
presente, registrando as operações e controlando as variações que estavam
ocorrendo nos patrimônios das pessoas. Um detalhe deve ser destacado nesta
evolução. Os registros contábeis foram evoluindo de acordo com as necessidades
de controle dos registros das operações. Quanto mais intensificado ficou o comércio
entre as pessoas, maior ficou a necessidade de os comerciantes controlarem suas
operações de forma eficiente. Os registros eram feitos de forma empírica (sem
técnica) não existindo uma uniformidade. Não havia uma preocupação em se criar
normas para uniformizar tais registros. Cada comerciante registrava de acordo com
o seu conhecimento e conveniência.
Conceito de Contabilidade
A Contabilidade é a ferramenta que fornece o máximo de informações úteis para a
tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela pode ser considerada a ciência
que aborda o controle do patrimônio, objetivando representá-lo de forma matemática
e graficamente, evidenciando suas variações e estabelecendo normas para sua
interpretação, análise e auditagem. Definindo-a de forma clara, a contabilidade é a
ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio
das entidades com fins lucrativos ou não.
Com isso, a contabilidade básica vai servir como instrumento para a tomada de
decisões dentro de todos os setores envolvidos com a empresa. Todas as
movimentações que houver no patrimônio de uma empresa são registradas pela
Contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados em forma de
relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa. Esses
dados são importantes para: análise e interpretação de dados financeiros;
planejamento e controle do patrimônio (pessoal ou empresarial); cooperação,
coordenação e comunicação com outras áreas da empresa.
É comum acharmos que uma estável empresa, por ter prédios grandiosos, uma frota
de veículos expressiva, centros de distribuição lotados e tantos outros materiais que
nem precisamos elencar, é sempre lucrativa, rentável, e sendo assim logo
idealizamos que o patrimônio daquela empresa é imensurável. Outro exemplo ocorre
quando olhamos uma pessoa que tem um bom veículo nacional e um ou mais
veículos importados, talvez, um imóvel residencial bem localizado e um segundo ou
até mesmo terceiro imóvel para veraneio situado na região de praia e/ou na região
de montanha, rápido arquitetamos que esta pessoa tem um tremendo patrimônio é
muito rica. Nas duas situações acima apresentadas nossas conclusões podem estar
coerentes ou completamente incoerentes.
Patrimônio
Para se medir a riqueza de uma pessoa, seja ela física ou jurídica, é imprescindível
que suas dívidas também sejam incluídas nesta avaliação. Então, aquela empresa
que vimos, primeiramente, com veículos, estoques e prédios imponentes, de repente
pode estar passando por dificuldades financeiras porque possui muitas dívidas, ou
ainda o pior, poderá estar a um passo da falência. A mesma coisa pode acontecer
com a pessoa do exemplo seguinte. Ela poderá estar endividada até o pescoço,
devendo até a alma para bancos, agiotas, lojas, e outros credores. Para a
Contabilidade, as dívidas também fazem parte do patrimônio.
Finalidades da Contabilidade
Obrigações são dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são
denominadas obrigações exigíveis, compromissos que deverão ser pagos nas datas
de vencimento. Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra
de mercadorias a prazo. Nesta operação a empresa compradora fica devendo ao
fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida como
fornecedores, que também poderá ser chamada de duplicatas a pagar.
DIREITOS
Depósitos Bancários
Duplicatas a Receber
Títulos a Receber
Aluguéis a Receber
Impostos a Recuperar
Investimentos Bancários
BENS R$ 100.000,00
DIREITOS R$ 50.000,00
OBRIGAÇÕES R$ 90.000,00
Análise: Patrimônio Líquido = (Bens + Direitos) - Obrigações
Patrimônio Líquido = (100.000,00 + 50.000,00) - 90.000,00
Patrimônio Líquido = R$ 60.000,00 positivo
ANÁLISE: Neste caso significa que a empresa demonstra ter lastro para honrar seus
compromissos e ainda resta uma quantia positiva de R$ 60.000,00. É uma situação
confortável.
CAPÍTULO 2
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. Balanço Patrimonial
2. Demonstração do Resultado do Exercício
3. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
4. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
As sociedades anônimas de capital aberto (aquelas que negociam suas ações nas
bolsas de valores) são obrigadas a publicar nos jornais de maior circulação,
anualmente, os seus resultados. Assim, as demonstrações de cada exercício devem
ser publicadas com indicação dos valores correspondentes às demonstrações do
exercício anterior.
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
ATIVO PERMANENTE RESULT. EXERC. FUTUROS
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
DIFERIDO
TOTAL TOTAL
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da empresa.
Ativo
As contas do Ativo serão classificadas por ordem decrescente de liquidez.
Ativo Circulante
São classificados neste grupo os Bens e Direitos que irão realizar-se após o
exercício social seguinte derivado de vendas, prestação de serviços, aplicações
financeiras e adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas, diretores,
acionistas, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
empresa.
EMPRÉSTIMOS A COLIGADAS
Empresa “A "
Empresa” B "
Empresa” C ”
DUPLICATAS A RECEBER de LONGO PRAZO (clientes )
Cliente " A "
Cliente " B "
Cliente " C "
APLICAÇÕES FINANCEIRAS de LONGO PRAZO
Instituição “A "
Instituição” B "
Instituição” C "
OUTRAS CONTAS COM CARACTERISTICAS DE LONGO PRAZO
Ativo Permanente
Como o próprio nome diz, os itens que integram este grupo têm características
permanentes (fixas, de não-giro), mas nada impede que a administração venda-os
para oxigenar o capital de giro da empresa na falta do mesmo.
INVESTIMENTOS
Participações Societárias
Obras de Arte
Imóveis para Aluguel
Passivo
Passivo Circulante
São classificadas nesse grupo as Obrigações que irão vencer no exercício social
seguinte.
FORNECEDORES
Fornecedor “A "
Fornecedor” B "
Fornecedor” C "
EMPRÉSTIMOS
Instituição “A "
Instituição” B "
Instituição” C "
IMPOSTOS A RECOLHER
Imposto de Renda PJ
Imposto de Renda PF
ICMS a Recolher
IPI a Recolher
PIS a Recolher
COFINS a Recolher
ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER
INSS a Recolher
FGTS a Recolher
DUPLICATAS A PAGAR
Empresa “A”
Empresa “B”
Empresa “C"
São classificadas neste grupo as obrigações que irão vencer após o exercício social
seguinte.
FORNECEDORES de LONGO PRAZO
Fornecedor “A "
Fornecedor” B "
Fornecedor” C”
DUPLICATAS A PAGAR de LONGO PRAZO
Empresa “A "
Empresa” B "
Empresa” C"
EMPRÉSTIMOS de LONGO PRAZO
Instituição “A "
Instituição” B "
Instituição” C”
Patrimônio Líquido
CAPITAL SOCIAL
Sócio “A "
Sócio” B "
Sócio” C”
RESERVAS DE CAPITAL
CM do Capital Realizado
Ágio na Emissão de Ações
Doações
RESERVAS DE REAVALIAÇÕES
RESERVAS DE LUCROS
Reservas de Legal
Reservas de Lucros para Expansão
Reservas de Lucros a Realizar
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Conceito de Despesa - Despesa é todo o gasto que a empresa precisa ter para
obter uma receita, como por exemplo, os salários, água, luz, telefone, impostos,
aluguéis pagos e etc. Para a contabilidade, uma despesa representa uma diminuição
do ativo e aumento do passivo; e assim como as receitas provocam um aumento do
patrimônio líquido, as despesas, diminuem o valor do mesmo.
A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não requeiram
dados pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares,
farmácias, mercearias, boutiques, e diferentes estabelecimentos.
A DRE completa, exigida pela Lei 6404/76, fornece maiores minúcias para a tomada
de decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucros, destaque dos tributos, entre
outros.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
D R E (COMPLETA) LEI 6404 / 76
RECEITA BRUTA
( - ) DEDUÇÕES
= RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS
= LUCRO BRUTO OPERACIONAL
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
= LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL
(+/-) RESULTADO NÃO OPERADIONAL
RESULTADO ANTES DA CSLL E IRPJ
( - ) CSLL E IRPJ
= RESULTADO APÓS CSLL E IRPJ
( - ) PARTICIPAÇÕES
= LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO
Receita Bruta
ICMS R$ 2.210,00
COFINS R$ 390,00
PIS R$ 214,50
- Despesas com Vendas: são todos os gastos que estão arrolados às vendas.
Comissões sobre venda, propaganda e publicidade, marketing, hotéis, aluguéis de
veículos, provisão para devedores duvidosos, etc.
Para que se possa ter uma noção do que realmente está acontecendo com a
empresa que está em análise, é preciso pegar os índices referentes às suas
demonstrações e fazer uma comparabilidade com outros índices:
Índices de Liquidez
Índice de Endividamento
Índices de Rentabilidade
Forma de Apresentação
ORIGENS DE RECURSOS
c) de terceiros, por empréstimos obtidos pela empresa, pagáveis a longo prazo, bem
como dos recursos oriundos da venda a terceiros de bens do Ativo Permanente, ou
de transformação de Realizável a Longo Prazo em Ativo Circulante.
Os empréstimos feitos e pagáveis a curto prazo não são considerados como origem
de recursos para fins dessa demonstração, pois não alteram o Capital Circulante
Líquido. Nesse caso há um aumento de disponibilidades e, ao mesmo tempo, do
Passivo Circulante.
1) Imobilizações
f) variação nos resultados de exercícios futuros representa lucros que, pelo regime
de competência, pertencem a exercícios futuros, porém, já afetaram o Capital
Circulante Líquido, ou seja, se o saldo de Resultados de Exercícios Futuros tem um
aumento no exercício, significa que a empresa já o recebeu, aumentando o Capital
Circulante Líquido, mas sem que o tenha registrado como receita, não fazendo parte
do lucro do ano. Assim, como se trata de recebimento originário pelas operações da
empresa, deve ser agregado ao resultado do exercício. Se houver redução do saldo
desse grupo, deve ser diminuído do Lucro Líquido;
2º passo: apurar as variações dos saldos das contas, ou seja, a diferença líquida
entre os mesmos. Os grupos de Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios
Futuros e Patrimônio Líquido, por serem credores, devem ser indicados como
negativos.
3º passo: análise da composição das variações ocorridas em cada uma das contas.
CAPÍTULO 4
ORÇAMENTOS EMPRESARIAIS
Orçamento presume-se por cálculos realizados com antecipação tanto das receitas
como das despesas de uma empresa, uma entidade pública, um estado, ou
simplesmente da economia familiar. Destacamos que orçar significa acionar todos os
dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados
previstos para o próximo exercício.
O Orçamento pode ser caracterizado através dos seguintes pontos de partida que
consideramos básicos:
e) Prático – a elaboração do orçamento deverá ser em tempo hábil, para que a sua
execução possa ocorrer no momento certo;
1. Orçamento Estático
Objetivo: É focada nos resultados de um único plano, uma única atividade, uma vez
que ele é elaborado ele não muda, fica estático, parado, permanece sem alterações
desde seu princípio. Esse tipo de orçamento não se ajusta a mudanças.
Aplicabilidade: Funções Administrativas
2. Orçamento Flexível
Objetivo: Serve para auxiliar a empresa a calcular sua capacidade e assim prever
seus custos para vários níveis de atividades. O orçamento flexível somente torna-se
eficaz quando a empresa consegue calcular o que cada empregado produz o que
cada máquina ou computador produz e o que cada metro quadrado a fábrica produz,
assim os gestores conseguem se preparar para o inesperado.
Objetivo: Analisar naquele período que foi elaborado o orçamento, o que deu certo e
o que deu errado e assim projetar um novo orçamento a fim de diferenciar o que deu
errado, contudo analisar detalhadamente as receitas e as despesas para ter base
para a elaboração do período futuro. O orçamento contínuo cobre em torno de 12
meses, sendo que se pode revisá-lo mensalmente, trimestralmente e
semestralmente, resultando em um orçamento mais claro e detalhado.
Aplicabilidade: Empresas que trabalham com produtos com ciclo de vida reduzido e
processos que necessitam de rapidez nas mudanças.
5. Orçamento Ajustado
Objetivo: Seu objetivo é a organização obter uma saída, uma alternativa conforme o
planejamento da quantidade da fabricação e vendas ou de outras variáveis. O
orçamento fica modificado a partir do orçamento inicial.
A CONTABILIDADE NA ESCOLA
A escola tem o papel não só de formar cidadãos, mas também fornecer aos alunos
os ensinamentos que eles precisam para viver e trabalhar, bem como guiá-los para
a vida sempre se atentando para a evolução do mundo.
Hoje em dia, com a facilidade de acesso à informação, cada vez mais cedo as
crianças dominam conteúdos que em outras épocas só seriam entendidos com
idade mais avançada. Historicamente, não há na grade curricular das escolas
brasileiras o ensino da contabilidade para alunos do ensino médio e fundamental.
Nesse contexto, o ensino de alguns conceitos de contabilidade nas salas de aula
das escolas poderia ser de grande valia para o desenvolvimento do senso de
controle, organização e análise dos alunos. Dessa forma, os estudantes poderiam,
desde cedo, ter contato com conteúdos relacionados a patrimônio, orçamento,
receita, despesa, tributos, impostos, entre outros.
A Lei Complementar 123/2006 em seu Artigo 17º (incisos I e XVI do §1º) dispõe que:
Dispositivos Legais: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, XI, § 1º, XVI; Lei nº
9.394, de 1996; Decreto nº 5.154, de 2004, art. 1º.
A "preferência" da sistemática de tributação entre Lucro Presumido, Lucro Real
Trimestral ou Lucro Real por Estimativa Mensal, deve se fundamentar em estudo
tributário com base nas expectativas de realização de receitas e despesas.
Nesse caso é bom lembrar que tendo em conta que a despeito de a pessoa jurídica
optante pelo Lucro Real estar submetida ao regime de incidência não-cumulativa, as
receitas constantes do art. 8º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 10 da Lei nº
10.833, de 2003, observado o disposto no art. 15 desta última Lei, estão excluídas
desse regime. Isso denota que as empresas que obtêm receitas decorrentes da
prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio e
educação superior, mesmo sendo optante pelo Lucro Real, deverão calcular o PIS e
a COFINS pelo regime cumulativo, ou seja, não tirarão proveito dos créditos
provenientes dos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas.
Lucro Presumido
1. Definição de Prioridades
5. Comprovação de gastos
Comprovante de Despesas
Contabilidade Pública