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ANOTAÇÕES DE AULA
4º PERÍODO DE CONTÁBEIS – 2022
DISCIPLINA: CONTABILIDADE PÚBLICA- PARTE II

1 RECEITA PÚBLICA

A receita pública, na visão de Araújo et al (2009), constitui-se de recursos, auferidos pela


gestão pública que farão parte da apuração final do resultado econômico e financeiro do exercício
orçamentário, podendo ser desdobrada em duas categorias econômicas: (1) Receitas Correntes e;
(2) Receitas de Capital

Kohama (2010, p.60) concorda com Araújo et al (2009) e define a receita pública como
Entende-se genericamente por Receita Pública todo e qualquer recolhimento feito aos cofres
públicos, quer seja efetivado através de numerário ou outros bens representativos de valores
– que o Governo tem o direito de arrecadar em virtude de leis, contratos ou quaisquer outros
títulos de que derivem direitos a favor do Estado-, quer seja oriundo de alguma finalidade
específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que
não lhe pertencem. (KOHAMA, 2010, p. 60 )

3.2.1 TIPOS DE RECEITAS

Diferente do que ocorre em entidades privadas, nas entidades públicas são consideradas
receitas todos os valores que sejam recolhidos aos cofres públicos, ou seja, são receitas os valores
que de fato pertencem à entidade como os que estão sendo recolhidos na condição de depositários
transitórios. (KOHAMA, 2010)
Conforme ensina Slomski (2009) a receita pública pode ser distinguida em receita
orçamentária e receita extraorçamentária.
Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado
é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não
integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis, os
ingressos extraorçamentários, em geral, não têm reflexos no Patrimônio Líquido da Entidade. São
exemplos de ingressos extraorçamentários: os depósitos em caução, as fianças, as operações de
crédito por antecipação de receita orçamentária (ARO)3, a emissão de moeda, e outras entradas
compensatórias no ativo e passivo financeiros4. (MCASP, 2021)
Já em relação à receita orçamentária, o MCASP (2021) determina que “São disponibilidades
de recursos financeiros que ingressam durante o exercício e que aumentam o saldo financeiro da
instituição. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, as receitas
orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas e ações cuja finalidade
precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade. Essas receitas pertencem ao
Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público e, via de regra, por força do princípio
orçamentário da universalidade, estão previstas na Lei Orçamentária Anual – LOA.”
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A receita orçamentária pertence de fato à entidade, ou seja, são receitas que constam do
orçamento, tais como tributos, rendas, transferências e se classificam em Receitas Correntes e
Receitas de Capital.
Segundo o Manual de contabilidade aplicado ao setor público: parte I as principais
características das duas categorias econômicas de receita pública são:
RECEITAS CORRENTES - Receitas Orçamentárias Correntes são arrecadadas dentro do
exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e constituem instrumento
para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer
finalidades públicas. Classificam-se como correntes as receitas provenientes de tributos; de
contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades
econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes (Transferências Correntes); por fim, demais receitas que não se enquadram nos
itens anteriores, nem no conceito de receita de capital (Outras Receitas Correntes).
RECEITAS DE CAPITAL - Receitas Orçamentárias de Capital são arrecadadas dentro do
exercício financeiro, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de
financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas.
Porém, de forma diversa das receitas correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito
sobre o patrimônio líquido. Receitas de Capital são as provenientes tanto da realização de recursos
financeiros oriundos da constituição de dívidas e da conversão, em espécie, de bens e direitos,
quanto de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e destinados a atender
despesas classificáveis em Despesas de Capital.

3.2.1.1 DETALHAMENTO DAS RECEITAS CORRENTES

Da leitura de Kohama (2010, p. 64- 66), em conjunto com o Manual de contabilidade


aplicado ao setor público: parte I, pode-se fazer as definições sobre o desdobramento das receitas
correntes e das receitas de capital.

RECEITAS CORRENTES

Receitas Tributárias – impostos, taxas e contribuições de melhoria;

Receita de Contribuições – contribuições sociais e econômicas em geral destinadas à


manutenção dos programas e serviços sociais e de interesse coletivo;

Receita Patrimonial- referem-se a valores recebidos pela utilização de bens de propriedade do


Estado tais como aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, juros e dividendos;

Agropecuária- São receitas correntes, constituindo, também, uma origem de receita específica
na classificação orçamentária. Quanto à procedência, trata-se de uma receita originária, com o
Estado atuando como empresário, em pé de igualdade como o particular. Decorrem da
exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, tais como a
venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos etc.); pecuários (sêmens, técnicas
em inseminação, matrizes etc.); para reflorestamentos etc.
Industrial – Trata-se de receitas correntes, constituindo outra origem específica na
classificação orçamentária da receita. São receitas originárias, provenientes das atividades
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industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação receitas


provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria
de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública.
Receitas de Serviços – São receitas correntes, cuja classificação orçamentária constitui
origem específica, abrangendo as receitas decorrentes das atividades econômicas na prestação
de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, transporte, comunicação, serviços
hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais etc. Tais serviços são remunerados
mediante preço público, também chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de
receita dessa origem são os seguintes: Serviços Comerciais; Serviços de Transporte; Serviços
Portuários etc.
Transferências Correntes- Na ótica orçamentária, são recursos financeiro recebidos de outras
pessoas de direito público ou privado destinado a atender despesas de manutenção ou
funcionamento relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não correspondam
a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência. Os recursos
da transferência são vinculados à finalidade pública, e não a pessoa. Podem ocorrer a nível
intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental
(governos diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo),
assim como recebidos de instituições privadas. Nas Transferências Correntes, podemos citar
como exemplos as seguintes espécies:

➢ Transferências de Convênios- Recursos oriundos de convênios, com finalidade


específica, firmados entre entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas
e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum
dos partícipes e destinados a custear despesas correntes.

➢ Transferências de Pessoas - Compreendem as contribuições e doações que


pessoas físicas realizem para a Administração Pública.

Outras Receitas Correntes – originárias da cobrança de multas, juros de mora, indenizações e


restituições, receita da dívida ativa e receitas diversas.

3.2.1.2 DETALHAMENTO DAS RECEITAS DE CAPITAL

Operações de Crédito – oriundos da constituição de dívidas através de empréstimos e financiamentos,


que podem ser internos ou externos. São recursos financeiros oriundos da colocação de títulos
públicos ou da contratação de empréstimos obtidas junto a entidades públicas ou privadas, internas ou
externas.

Alienação de Bens – captadas através da venda de bens patrimoniais móveis ou imóveis. Nos termos
do artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, é vedada a aplicação da receita de capital
decorrente da alienação de bens e direitos que integrem o patrimônio público, para financiar despesas
correntes, salvo as destinadas por lei aos regimes previdenciários geral e próprio dos servidores
públicos.

Amortização de Empréstimos – recebimento de valores dados anteriormente como empréstimos a


outras entidades de direito público. Embora a amortização de empréstimos seja origem da categoria
econômica “Receitas de Capital”, os juros recebidos, associados a esses empréstimos, são
classificados em “Receitas Correntes / de Serviços / Serviços Financeiros”.
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Transferências de Capital – recursos recebidos de outras entidades de direito público ou privado,


destinados a atender a despesas classificáveis como despesas de capital. Podem ocorrer a nível
intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos
diferentes, da União para Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como recebidos
de instituições privadas (do exterior e de pessoas). Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro
do âmbito de um mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para
Estados, do Estado para os Municípios, por exemplo), assim como recebidos de instituições privadas
(do exterior e de pessoas).

Outras Receitas de Capital – classificação genérica de receitas não classificáveis nas modalidades
acima.

Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº


4.320/1964, são: (MCASP, 2021)

EXERCÍCIO (III)

1- Assinale a alternativa que apresenta todos os princípios orçamentários:


A ( ) Programação, unidade, universalidade, anualidade, exclusividade, equilíbrio, especificação, publicidade,
orçamento bruto, legalidade, transparência, não vinculação.
B ( ) Unidade, universalidade, anualidade, exclusividade, clareza, equilíbrio, especificação, publicidade,
orçamento bruto, legalidade, transparência, não vinculação.
C ( ) Unidade, universalidade, exclusividade, clareza, equilíbrio, especificação, publicidade, orçamento bruto,
legalidade, transparência, não vinculação, programação; anualidade.
D ( ) Programação, unidade, universalidade, anualidade, exclusividade, equilíbrio, especificação, publicidade.

2- Assinale a alternativa que apresenta o ciclo orçamentário completo de acordo com Kohama e Slomski
A ( ) Estudo e aprovação, execução, avaliação; elaboração.
B ( ) Elaboração, execução, avaliação, apresentação.
C ( ) Elaboração, estudo e aprovação, execução, apresentação.
D ( ) Elaboração, aprovação, execução, avaliação.

3- Assinale Verdadeiro ou Falso nas afirmativas abaixo a respeito da Elaboração do orçamento público.
A ( ) Esta fase é de competência do Poder legislativo.
B ( ) Devem-se levar em conta somente as despesas a serem criadas.
C ( ) O orçamento deverá ser elaborado de acordo com a LDO;
D ( ) Esta fase é de competência do Poder Executivo;
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4- Assinale Verdadeiro ou Falso nas afirmativas abaixo a respeito do Estudo e aprovação do orçamento público.
A ( ) Esta fase é de competência do Poder Legislativo;
B ( ) Deve seguir a LDO.
C ( ) Ocorre a aprovação e/ou acréscimo de emendas;
D ( ) Esta fase é de competência do Poder Executivo.

5- Assinale Verdadeiro ou Falso nas afirmativas abaixo a respeito da Execução do orçamento público.
A ( ) Realiza-se o que foi previsto na Lei do Orçamento;
B ( ) Implica na efetiva mobilização dos recursos humanos, materiais e financeiros programados;
C ( ) Constitui a concretização dos objetivos e metas anuais;
D ( ) É de competência do poder legislativo.

6- Assinale Verdadeiro ou Falso nas afirmativas abaixo a respeito da Avaliação do orçamento público.
A ( ) É de competência do Poder legislativo.
B ( ) A avaliação impõe a necessidade de um sistema estatístico cuja informação básica se obtém em cada
uma das repartições ou órgãos;
C ( ) Esta fase deve ser simultânea à execução;
D ( ) Se constatado que a previsão de receitas não se realizará, o poder público poderá promover nos trinta
dias subsequentes limitações de empenho e movimentação financeira;

7- A receita pública pode ser classificada em. (Assinale Verdadeiro ou Falso)


A ( ) Receitas correntes
B ( ) Receitas orçamentárias
C ( ) Receitas de capital
D ( ) Receitas extraorçamentárias
E ( ) Receitas de Caixa
F ( ) Receitas Financeiras

8- A receita pública prevista em orçamento e denominada de Receita Pública Orçamentária e a receita pública não
prevista em orçamento é denominada de Receita Pública extraorçamentária.
A ( ) Verdadeiro
B ( ) Falso

9- Assinale abaixo as alternativas que apresentam as principais características da Receita Corrente e da Receia de Capital
respectivamente.
A ( ) Aumentam as disponibilidades financeiras do Estado- destinados a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital;
B ( ) De recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a
atender despesas classificáveis em Despesas Correntes- conversão, em espécie, de bens e direitos;
C ( ) Destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital-Aumentam as disponibilidades
financeiras do Estado.
10 Assinale Verdadeiro ou Falso
A ( ) Impostos são receitas correntes
B ( ) O valor da venda de um imobilizado é receita corrente
C ( ) As contribuições são receitas de capital
D ( ) A venda de um prédio público é receita de capital
E ( ) Os aluguéis recebidos pela locação de um prédio público é receita corrente;
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11- Em relação às receitas correntes provenientes da atividade agropecuária do governo, assinale Verdadeiro ou Falso.
A ( ) É o Estado atuando como empresário, em pé de igualdade como o particular;
B ( ) São impostos cobrados sobre a propriedade agrícola como o ITR
C ( ) Decorrem de atividades agropecuárias, tais como a venda de produtos agrícolas, sendo que o Estado atua
como empresário;
D ( ) Incluem as contribuições sociais pagas pelos fazendeiros inclusive as à seguridade social

12- Em relação às receitas correntes provenientes da atividade industrial do governo, assinale Verdadeiro ou Falso.
A ( ) Provenientes das atividades industriais exercidas pelo ente público
B ( ) São impostos cobrados sobre a atividade industrial, por exemplo, IPI
C ( ) Receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa mineral; da indústria
de transformação; da indústria de construção; e outras receitas industriais de utilidade pública.
D ( ) Trata-se de receitas de capital

13- Em relação às receitas correntes provenientes da atividade de prestação de serviços do governo, assinale Verdadeiro
ou Falso.
A ( ) São atividades relacionadas com comércio, transporte, comunicação, serviços hospitalares,
armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc.
B ( ) Tais serviços são remunerados mediante preço público, também chamado de tarifa.
C ( ) São classificáveis como receitas correntes
D ( ) São impostos cobrados sobre as vendas e prestação de serviços como ICMS e ISS

14- Em relação às transferências assinale Verdadeiro ou Falso


A ( ) Não correspondem a uma contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência;
B ( ) Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um mesmo governo) ou
intergovernamental;
C ( ) São recursos recebidos somente de outras entidades de direito público.
D ( ) São destinadas a atender despesas de manutenção ou funcionamento;

15- Os juros cobrados sobre a dívida ativa, bem como as multas são consideradas outras receitas correntes.
A ( ) Verdadeiro
B ( ) Falso

16 Em relação as receitas de capital, assinale Verdadeiro ou Falso


A ( ) São recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos;
B ( ) Venda de bens patrimoniais móveis ou imóveis;
C ( ) Recebimento de valores dados anteriormente como empréstimos a outras entidades de direito público;
D ( ) Recursos recebidos de outras entidades de direito público ou privado, destinados a atender a despesas
classificáveis como despesas de capital.
E ( ) Impostos e contribuições sobre a renda e sobre o patrimônio das pessoas jurídicas e físicas.

3.2.1.2 RECEITAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS

As receitas extraorçamentárias são um grupo das receitas públicas que se constituem em


recursos exigíveis cujo pagamento independe de autorização orçamentária e por isso, independe de
autorização legislativa. São valores que estão apenas temporariamente em poder da entidade pública.

Kohama (2010, p.70) explana que as receitas extraorçamentárias não pertencem ao órgão
público que as recebe, sendo que ela é contabilizada na entidade transitoriamente e por consequência
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deverá ser devolvida ou paga a quem de direito, assim que forem cumpridas as formalidades
necessárias.

Ainda com base em Kohama, pode exemplificar as receitas extraorçamentárias conforme a


seguir apresentado:

Caução e Fiança bancária- são valores que podem ser exigidos pela entidade pública
quando contrata uma obra, um serviço ou em compras. Neste caso, está estipulado que as
cauções devem corresponder a no máximo 5% do contrato;

A finalidade de o órgão público exigir uma garantia se deve a eventualidade de que a empresa
contratada cometa alguma irregularidade no cumprimento do contrato e que seja por isso
penalizada com uma multa, a cobrança será feita em primeira etapa à contratada, que, não
atendendo ao depósito ou respectivo pagamento, ensejará providências no sentido de que o
fiador faça a cobertura da multa. Caso tudo transcorra normalmente, e o contrato seja
cumprido sem problemas, o órgão público que detinha a fiança exigida na assinatura do
contrato deverá fazer a devolução dela.

Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária- correspondem a


empréstimos e destinam-se a atender à insuficiência de caixa durante o exercício financeiro.

Consignações – são valores retidos em nome de entidades para que depois de cumpridas as
formalidades sejam pagas a quem de direito.

Um exemplo ilustrativo de Consignações é o caso da retenção de tributos e contribuições


sobre a folha de pagamento, pois esses valores ficam temporariamente em poder da entidade
pública devendo ser recolhidos e pagos nas datas devidas, por exemplo, a retenção do
imposto de renda na fonte dos empregados.

3.3 A DESPESA PÚBLICA

Conceitua-se a despesa pública como sendo os gastos fixados na lei orçamentária ou por leis
especiais e que se destinam à execução dos serviços públicos, dos aumentos patrimoniais, satisfação
dos compromissos da dívida pública, ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias recebidas
a título de cauções, depósitos, consignações etc. (KOHAMA, 2010)

É a Lei Orçamentária que fixa a despesa pública autorizada para um exercício financeiro. A
despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e
manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. (MCASP, 2021)

3.3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS – São previstas na lei orçamentária, dependem de


autorização legislativa e não podem se realizar sem o correspondente crédito orçamentário
(receitas orçamentárias);

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS – Não necessitam ser previstas no orçamento,


por isso não necessitam de autorização legislativa. São as obrigações financeiras que serão
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liquidadas com as receitas extraorçamentárias constituídas por valores recebidos na


modalidade de cauções, depósitos, consignações e outros.

3.3.1.1 ETAPAS DA DESPESA PÚBLICA ORÇAMENTÁRIA

Segundo Kohama (2010) a despesa pública orçamentária precisa passar por quatro estágios,
sendo eles FIXAÇÃO, EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO.

• FIXAÇÃO – este estágio compreende a edição da discriminação das tabelas explicativas,


baixadas através da Lei de Orçamento, ou seja, a Lei Orçamentária fixa os créditos
orçamentários que deverão ser respeitados no exercício financeiro;

• EXECUÇÃO:

o EMPENHO – Constitui-se em ato que cria para o Estado a obrigação de pagamento.


O valor do empenho é deduzido da dotação orçamentária. Para cada empenho será
extraído um documento denominado “nota de empenho” que indicará o nome do
credor, a especificação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do
saldo da dotação própria. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

o LIQUIDAÇÃO – consiste em verificar os documentos comprobatórios do direito


adquirido pelo credor e visa verificar (1) a origem e o objeto do que se deve pagar; (2)
a importância exata a pagar; (3) a quem se deve pagar para extinguir a obrigação. A
liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base (1)
o contrato, ajuste ou acordo respectivo; (2) a nota de empenho; (3) os comprovantes
da entrega do material ou da prestação do serviço.

o PAGAMENTO – é a etapa onde o poder público faz a entrega do numerário


correspondente, recebendo a devida quitação. O pagamento ocorrerá apenas após ser
ordenado pela tesouraria ou pela pagadoria regularmente instituídas e por
estabelecimentos credenciados.

3.3.1.2 MODALIDADES DE EMPENHO

Araújo et al (2009, p. 106) esclarece “empenho” é o ato que cria para o Estado a obrigação de
pagamento por exemplo, a assinatura de um contrato, formalização de um pedido. Assim, nota-se que
“empenho” não corresponde um documento físico. O que materializa o empenho é um documento
chamado nota de empenho. Manual de contabilidade aplicado ao setor público: parte I informa que
em alguns casos a nota de empenho não precisa ser emitida, por exemplo, por ocasião do pagamento
dos salários, tendo em vista que a quantidade de credores é muito grande.

Situações especiais envolvendo o empenho - Quando o valor empenhado for insuficiente para
atender à despesa a ser realizada, o empenho poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho
exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. Será
anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de
ter sido emitido incorretamente. (MCASP, 2021)

Kohama (2010) e Araújo et al (2009) identificam três tipos de empenhos, sendo eles confirmados
no Manual de Contabilidade: Parte I:
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 Ordinário ou normal- nessa modalidade de empenho é feita quase a totalidade dos gastos,
pois englobam as despesas normais, sem nenhuma característica especial;
 Empenho por estimativa- Utilizado no caso em que não se possa determinar o montante da
despesa, por exemplo, gastos com consumo de água, energia elétrica e telefone. Esse tipo de
gasto exige que se faça uma estimativa de consumo, pois é impossível determinar com
exatidão seu consumo total em um exercício financeiro. Desta forma, quando se recebe a
conta e se tem o conhecimento do valor exato, outro documento deve ser emitido onde
constará o valor definitivo do gasto. Esse documento pode ser subempenho, ou a ordem de
pagamento.
 Empenho global – utilizado para pagamento de obrigações contratuais onde ocorra a
necessidade de parcelamentos, por exemplo, o pagamento mensal de um imóvel alugado. Se
não fosse utilizado o empenho global, mensalmente a entidade pública precisaria emitir um
empenho da importância do aluguel, gerando entraves de processamento, multiplicidade de
trabalho e vários procedimentos que não agregariam valor ao processo. Ressalte-se que o
empenho global é utilizável para parcelamentos com valores conhecidos, caso contrário não
se deve utilizá-lo, mas sim o empenho por estimativa.

EXERCÍCIO (IV)

1- Em relação à codificação das receitas orçamentárias assinale Verdadeiro ou Falso

A ( ) A classificação é utilizada por todos os entes da federação e visa identificar a origem do recurso
segundo o fato gerador;
B ( ) A ordem para formação do código da receita é COERSSAA.
C ( ) As categorias econômicas, representadas na letra “C” correspondem a indicação se a receita é
corrente ou extraorçamentária.
D ( ) As receitas correntes são subdivididas nas categorias- tributária, contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, serviços, transferências correntes, outras correntes;
E ( ) As receitas de capital são subdivididas nas categorias- operações de crédito, amortização de
empréstimos, transferências de capital, outras de capital;

2- Em relação às receitas extraorçamentárias assinale Verdadeiro ou Falso


A ( ) O pagamento não depende de autorização orçamentária;
B ( ) É uma espécie de receita transitória, pois não pertence ao órgão público que a recebe;
C ( ) São receitas extraorçamentárias as cauções, as fianças, empréstimos destinados a suprir a
insuficiência de caixa, consignações, tributos recebidos.
D ( ) Um exemplo de consignação é a retenção de tributos sobre a folha de pagamento dos
servidores, por exemplo, IRPF;
E ( ) As fianças são exigidas como garantias de que um contratado fará a obra, caso não o faça, ela é
usada para cobrir eventuais multas contratuais;

3- Assinale a afirmativa que apresenta o conceito correto de despesa orçamentária


A ( ) São os gastos fixados na lei orçamentária ou por leis especiais e que se destinam à
execução dos serviços públicos, dos aumentos patrimoniais, satisfação dos
compromissos da dívida pública, ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias
recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc.;
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B ( ) São os gastos fixados na exclusivamente na lei orçamentária que se destinam à


execução dos serviços públicos, dos aumentos patrimoniais, satisfação dos
compromissos da dívida pública, ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias
recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc.
C ( ) São os gastos fixados por leis especiais e que se destinam à execução dos serviços
públicos, dos aumentos patrimoniais, satisfação dos compromissos da dívida pública,
ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias recebidas a título de cauções,
depósitos, consignações etc.
D ( ) São os gastos fixados na lei orçamentária ou por leis especiais e que se destinam à
execução dos serviços públicos, dos aumentos patrimoniais, satisfação dos
compromissos da dívida pública, ou ainda a restituição ou pagamento de importâncias
recebidas a título de cauções, depósitos, consignações etc. e que não dependem de
autorização para seu pagamento.

4-É a lei orçamentária que fixa a despesa orçamentária para um exercício financeiro.
A ( ) Verdadeiro
B ( ) Falso

5- Assinale Verdadeiro ou Falso nas afirmações abaixo


A ( ) As despesas orçamentárias não necessitam ser previstas no orçamento.
B ( ) As despesas extraorçamentárias são previstas na lei orçamentaria.
C ( ) As despesas orçamentárias não podem se realizar sem o correspondente crédito
orçamentário;
D ( ) As despesas extraorçamentárias não podem ser liquidadas com receitas orçamentárias
E ( ) Somente se pode liquidar a despesa extraorçamentária com receitas extraorçamentárias

6- Assinale a opção que apresenta em ordem cronológica as etapas da despesa pública


A ( ) FIXAÇÃO, EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO;
B ( ) EMPENHO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO E FIXAÇÃO.
C ( ) FIXAÇÃO, LIQUIDAÇÃO, EMPENHO E PAGAMENTO.
D ( ) FIXAÇÃO, EMPENHO, PAGAMENTO, LIQUIDAÇÃO.
E ( ) EMPENHO, FIXAÇÃO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO.

7- Empenho não é o mesmo que nota de empenho.


A ( ) Verdadeiro
B ( ) Falso
8- Assinale abaixo a opção que apresenta todas as etapas da liquidação da despesa orçamentária.
A ( ) Verificar (1) a importância exata a pagar; (2) a origem e o objeto do que se deve pagar;
(3) a quem se deve pagar para extinguir a obrigação.
B ( ) Verificar (1) a origem e o objeto do que se deve pagar; (2) a importância exata a pagar;
(3) a quem se deve pagar para extinguir a obrigação;

9- Assinale a Verdadeiro ou Falso


A ( ) Na etapa da liquidação ocorre o pagamento da despesa pública.
B ( ) Na etapa do pagamento se faz o pagamento da despesa pública;

10- Assinale Verdadeiro ou Falso, a respeito das modalidades de empenho.


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A ( ) O empenho por estimativa é usado para pagar valores que não constam originalmente
no orçamento público, por isso, não é possível ter certeza sobre o valor exato a ser
pago.
B ( ) O empenho normal é o geralmente utilizado para pagar as despesas orçamentárias e
extraorçamentárias do dia –a – dia. É o mais comum de todos.
C ( ) O empenho normal é feito para quase a totalidade dos gastos, pois englobam as
despesas normais, sem nenhuma característica especial;
D ( ) O Empenho global envolve todas as despesas previstas o orçamento público,
possibilitando ao órgão público visualizar o valor total a pagar no exercício financeiro.
E ( ) O empenho por estimativa é utilizado no caso em que não se possa determinar o
montante da despesa, por exemplo, gastos com consumo de água, energia elétrica e
telefone;
F ( ) O empenho global é utilizado para pagamento de obrigações contratuais onde ocorra a
necessidade de parcelamentos, por exemplo, o pagamento mensal de um imóvel
alugado;

4 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


O Tesouro Nacional define que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (Lei Complementar
101 de 04/05/2000) estabelece em nível nacional os parâmetros a serem seguidos pelos entes da
federação (estados e municípios) no que se refere aos gastos públicos.
"Entre seus itens está previsto que cada aumento de gasto precisa vir de uma fonte de financiamento
correlata e os gestores precisam respeitar questões relativas ao fim de cada mandato, não excedendo
o limite permitido e entregando contas saudáveis para seus sucessores." (Tesouro Nacional, 2017)
Em seu trabalho, Edson Renato Nascimento e Ilvo Debus (Tesouro Nacional) apresentam os
principais conceitos da lei de responsabilidade fiscal, conforme discorrido a seguir:
O principal objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal, de acordo com o caput do art. 1º,
consiste em estabelecer “normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal”.
A essência é que o ente público deve gastar apenas o que arrecada.
Em outras palavras, considerando que a realização das despesas programadas dependerá das
receitas arrecadadas, a não realização das receitas esperadas importa na impossibilidade de realizar
determinadas despesas. Ou seja, não havendo a arrecadação prevista, parte das despesas programadas
não poderão ser executadas.
Esta conclusão decorre da definição do conceito de resultado primário, meta fundamental
constante do Anexo de Metas Fiscais. De acordo com a doutrina, resultado primário é a diferença
entre receitas não financeiras e despesas não financeiras. Neste caso, mesmo que o Estado ou o
Município optassem por contratar operações de crédito, por exemplo, para a cobertura de despesas
com investimentos, tais receitas provenientes dessas operações não influenciariam as receitas que
compõem o cálculo do resultado primário.
Tendo em vista o cumprimento das metas contidas no Anexo de Metas Fiscais, o artigo 9º
determina que o acompanhamento do desempenho das receitas ocorra a cada bimestre. Não faria
sentido observar o descompasso entre receitas arrecadadas e receitas previstas apenas no final do
exercício, quando já não haveria tempo para correções, de forma a manter o desempenho das metas
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estabelecidas. Além disso, somente com a recuperação das receitas ao longo do ano, o ente público
poderá realizar novos empenhos ou reativar aqueles que foram limitados ou mesmo cancelados.
Pelo disposto no art. 42, nenhuma despesa poderá ser contraída nos dois últimos
quadrimestres do mandato de qualquer titular de Poder ou órgão, sem adequada e suficiente
disponibilidade de recursos para o seu atendimento, dentro do exercício financeiro ou, em caso de
valores a serem pagos no exercício seguinte, sem que existam recursos em caixa para tal finalidade.
LIMITES COM GASTOS COM PESSOAL
De acordo com a LRF, entende-se como despesas de pessoal: 1. Somatório dos gastos do ente
da Federação com os ativos; 2. Despesas com inativos e pensionistas; 3. Mandatos eletivos, cargos,
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies
remuneratórias; 4. Vencimentos e vantagens, fixas e variáveis; 5. Subsídios, proventos de
aposentadoria; 6. Reformas e pensões; 7. Adicionais de qualquer natureza; 8. Gratificações, horas
extras e vantagens pessoais; 9. Encargos sociais e 10. Contribuições recolhidas pelo Ente às
entidades de previdência.

A LRF determina dois limites distintos para os gastos com pessoal no setor público:
➢ 50% da Receita Corrente Líquida (RCL) para a União; e
➢ 60% da RCL para Estados e Municípios.
Na esfera estadual o limite de 60% será repartido da seguinte forma:
2% para o Ministério Público;
3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado;
6% para o Judiciário; e
49% para o Executivo.
Na esfera municipal o limite de 60% será assim repartido:
6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, quando houver; e
54% para o Executivo.
Na esfera Federal o limite será de 50% da RCL, assim dividido:
40,9% para o Executivo;
6% para o Judiciário;
2,5% para o Legislativo; e
0,6% para o Ministério Público.
RESTOS A PAGAR
A rubrica Restos a Pagar, na sua origem, destinava-se a compatibilizar o término do exercício
financeiro com a continuidade da Administração Pública. Isto porque nem todos os pagamentos de
despesas coincidem com o término do exercício e é natural que algumas despesas que pertencem a
um exercício restem a pagar no exercício seguinte.
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Com o passar do tempo, os Restos a Pagar foram sendo mal utilizados como instrumento de rolagem
de dívidas. A má utilização decorria, em grande medida, de deficiências do processo orçamentário
como instrumento de planejamento. O orçamento, eivado por superestimava de receitas e/ou
subestimativa de despesas, embutia autorização para assunção de compromissos que não eram
acompanhados por efetiva arrecadação de receitas.
A falta de sincronia entre orçamento e execução financeira e a ausência de medidas corretivas
ocasionava uma sobra de pagamentos que não podiam ser atendidos no mesmo exercício e eram
transferidos para o exercício seguinte sob a forma de Restos a Pagar. O orçamento do exercício
seguinte, por sua vez, frequentemente não contemplava espaço para os Restos a Pagar que, para
serem atendidos, ocasionavam deslocamento de outras despesas. Estas, por sua vez, seriam também
transferidas sob a forma de Restos a Pagar para o terceiro exercício, configurando-se então a rolagem
extraorçamentária de dívidas.
Após a LRF, esse tipo de rolagem de dívidas fica vedado no último ano de mandato. O art. 42 foi
concebido com o espírito de, por um lado, evitar que, em último ano de mandato, sejam
irresponsavelmente contraídas novas despesas que não possam ser pagas no mesmo exercício, sob
pressão do próprio pleito. Por outro lado, o fim do mandato serviria também como ponto de corte
para equacionamento de todos os estoques. Em outras palavras, eventuais dívidas poderiam ser
roladas ao longo de um mesmo mandato, mas jamais transferidas para o sucessor. A regra obriga o
governante a “deixar a casa arrumada para o sucessor”.
Posteriormente, a Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000, denominada Lei de Crimes Fiscais,
caracterizou como crime, punido com reclusão de um a quatro anos, ordenar ou autorizar a assunção
de obrigação em desacordo com a determinação do referido art. 42.
FIM DA SEGUNDA PARTE

Referências

ARAUJO, Inaldo; ARRUDA, Daniel. Contabilidade Pública: da teoria à prática. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2009.

CRCPR – Conselho Regional de Contabilidade do Paraná. Demonstrações contábeis: aspectos


práticos elaboração e apresentação conceitual de acordo com o IFRS. Curitiba: CRCPR, 2011.

KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MINISTÉRIO DA FAZENDA – SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. Manual de


contabilidade aplicado ao setor público. 9 ed. Disponível em
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp. Acesso em 02/05/2021.

NASCIMENTO, Edson Renato; DEBUS, Ilvo. Lei Complementar nº 101/2000: Entendendo a Lei de
Responsabilidade Fiscal. 2 ed. Tesouro Nacional. Disponível em
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/lei-de-responsabilidade-fiscal. Acessado em 01/08/2017.

SLOMSKI, Valmor. Manual de contabilidade pública: um enfoque na contabilidade municipal. 2


ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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