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Resumo (exposição do caso):

Pinto Fires é o exemplo clássico de dilema ética/dinheiro. Em tempos, um produto


produzido no Japão não era competição para os produtos dos EUA, uma vez que, o seu
preço era tão baixo como a sua qualidade.

No início da década de 60, nos EUA, verificou se um aumento da procura por carros
subcompactos, carros esses que vinham do Japão e Alemanha. Para combater a crescente
ameaça da competição estrangeira no setor dos carros a Ford Motor Company decide criar
o seu carro subcompacto – o Ford Pinto. Em 1968, chegam à decisão de produzir o Ford
Pinto com base na opinião de Lee Lacocca que, ao contrário de Knudsen que se opunha à
criação do automóvel, queria produzir o carro. A decisão final estava nas mãos do presidente
Henry Ford II, que aceita a decisão de Lee Lacocca e ainda o nomeia para vice-presidente.

Lacocca pretendia lançar o novo modelo em 1971. O período normal de conceção


de um carro novo dura cerca de três anos e meio, no entanto, este estaria pronto em
pouco mais de 2 anos. A necessidade de produção rápida levou a que parte dos processos
de produção do automóvel fossem feitos em simultâneo, consequentemente, havia pouco
tempo disponível para modificar o projeto quando os testes de colisão revelaram um
defeito relevante: para fornecer espaço adequado na mala, o depósito de combustível
estava localizado na parte de trás e não na parte superior ou na frente do eixo traseiro. Em
resultado, Pinto era extremamente vulnerável a incêndios letais originados por colisões
traseiras, mesmo em colisões de baixa velocidade, sendo, de facto, uma “armadilha de
mortal”.

No entanto, para que a estreia de Pinto fosse, como inicialmente projetado, em


1971, a empresa tomou uma decisão informada e deliberada de não modificar o projeto,
conseguindo maximizar o lucro.

Ford baseou a sua decisão nos resultados de uma análise custo-benefício realizada
pela National Highway Traffic Safety Administration que estima o custo para a sociedade
quando um carro mata alguém. Os custos de indemnização das vítimas dos acidentes
envolvendo o Pinto eram $200.000 em caso de morte, $67.000 em caso de lesão e $700
por veículo. Para corrigir o defeito no depósito de combustível eram necessários $11 por
carro. Uma vez que os custos de reparação de defeito eram superiores ao prejuízo das
indemnizações, não se justificava reparar o depósito de combustível do Ford Pinto.

Houve centenas de processos contra a Ford e, em 1979, a Ford tornou-se a


primeira empresa a ser acusada e processada por homicídio criminal, pelo Estado de
Indiana. A empresa sofreu prejuízos incalculáveis.

Referencias:
https://philosophia.uncg.edu/phi361-matteson/module-1-why-does-business-need-
ethics/case-the-ford-pinto/

Treviño, L.K. and Nelson, K.A. (2004), Managing business ethics: Straight talk about how to
do it right (3rd edition), Wiley, Chapter 2.

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