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Ritual Amalthea
Ritual Amalthea
Sobre o ritual: O ritual consiste numa Evocação de Ἀμάλθεια (Amaltheia, se pronuncia Amálfea ou
Amálsea) sob a Hierarquia do deus primeiro, também chamado de o "Agathon" do Hermetismo dos
primeiros séculos e sob a Hierarquia de Júpiter/Zeus como se faz na magia planetária, que no
Hermetismo é um dos sete Governadores Cósmicos que participaram da ordenação do mundo e rege a
potência das coisas, sejam elas inteligíveis ou materiais (em especial as orgânicas) e capacidade de
expansão, desenvolvimento, crescimento e da vida enquanto atividade.
Sobre Amaltheia: Um daemon grego da classe das ninfas, citada nos poemas de Hesíodo na
Teogonia. Foi responsável por se transmutar em uma cabra para nutrir Zeus ainda bebê com seu leite.
Junto a outras ninfas, ajudou a proteger o deus criança e a escondê-lo dos Titãs. Por conta deste ato,
Amáltheia adquire a virtude de guardiã dos infantos, podendo ser evocada para ajudar a cuidar e nutrir
crianças. Quando mais velho, Zeus transforma um dos chifres da cabra de Amaltheia em uma
cornucópia dourada que produz alimento infinito, sendo também um símbolo de prosperidade e
abundância.
Chave de Evocação: Sua chave de Evocação consiste num triângulo equilátero representando Deus
em sua perfeição trina Θεός,πατήρ e άγαθων (Deus, Pai e Bem) com o selo de Júpiter nas pontas
do triângulo, Júpiter é o Governador que rege Amaltheia. No centro do triângulo vai a assinatura de
Amaltheia pelo quadrado de Júpiter. No meio do triângulo faça um círculo com o nome gredo da
entidade em volta da assinatura. O Selo deve ser feito preferencialmente numa quinta feira ou no
signo de empoderamento de Júpiter em cor azul. Segue a imagem:
Sobre os hinos: Os rituais dentro da linha hermetista dos primeiros séculos possuem como base
principal de Evocação os hinos em honra aos evocados. Sempre seguindo a Hierarquia de Evocação:
Deus, Poimandres, Governador e Daemon.
O Hino a Deus foi retirado do Corpus Hermeticum e se chama "Hino Místico de Hermes Trimegisto".
Segue o Hino:
17 "- Que toda natureza no mundo ouça o som deste hino. Abre-te terra; que se abram à
minha voz os fechos da chuva: não vos agiteis mais, árvores! Eu vou cantar ao Senhor da
Criação e o Todo e o Um.
Abri-vos céus, ventos, detende vossos sopros, que o círculo imortal de Deus ouça meu verbo. Eu vou
cantar Àquele que criou o universo, que fixou a terra e suspendeu o céu, que ordenou à água doce o
sair do oceano e estender-se sobre a terra habitada e desabitada, para a subsistência a criação de
todos os humanos, que ordenou ao fogo que aparecesse para qualquer uso que dele quisessem fazer
os deuses e os homens.
Todos juntos elogiemos àquele que plana acima de todos os céus, ao Criador de Toda a natureza. É
ele que é o olho do intelecto, que receba então o elogio de minhas Potências.
18 Potências que sois em mim, cantai o Um e o Todo: cantai em uníssono com minha
vontade, vós todas, Potências que sois em mim. Santo conhecimento, iluminado por ti, é graças a ti
que celebro e luz inteligível - me rejubilo na alegria do intelecto. Vós todas, Potências, cantai o hino
comigo. E tu também, canta por mim, continência! minha justiça, canta o Justo por mim; minha
bondade liberal, canta o Todo por mim; canta, verdade, a Verdade; canta o Bem, tu, o bem; Vida e
Luz, é de vós que advém a bênção e é a vós que retorna. Rendo-to graças, Pai, energia das Potências;
rendo-to graças, Deus, potência de minhas energias. Teu Verbo, por mim, a ti canta; por mim, recebe
o Todo em palavra, como sacrifício espiritual.
19 Eis o que giram as potências que estão em mim: cantam o Todo, cumprem a tua vontade. Tua
vontade vem de ti e a ti retorna, o Todo. Recebe de todos, o sacrifício espiritual. O Todo que está em
nós, salva-o, Vida; ilumina-o, Luz, Espírito, Deus! Pois de teu Verbo, é Noús que é o pastor. O
portador do espírito, Demiurgo, és tu que és Deus.
20 Eis o que clama o ser humano que a ti pertence, através do fogo, através do ar, através da terra,
através da água, através do sopro, através de tuas criaturas. Obtive de ti a bênção de Aíòn e segundo
meu desejo, pela tua vontade alcancei o repouso. Vi pela tua vontade esta bênção pronunciada."1
1
Corpus Hermeticum - XV-17, Hino místico de Hermes Trimegisto ou Hino do Renascimento.
Hino órfico a Júpiter:
Oh honorífico Júpiter [Zeus] sumamente grande, para ti consagramos nossos ritos sagrados,
Nossas preces e penitências, divino rei, pois todas as coisas em volta de tua cabeça exaltam brilho.
Ninfa de trabalho exaustivo, mulher de labor divino. Amaltheia de Aix incorporada, seio de
ama-jupterino.
Defensora de inocentes, guardiã córnea de leite quente. Provedora monstruosa que faz ascender o
deuses, músculos e saúde de seu seio-nutriente.
Dá teu seio a (nome da criança) para que forte ele cresça, com divina força, saúde e auspiciosa
beleza.
Oferendas do ritual:
A oferenda deve começar dias antes do rito, pede-se que o operador fique pelo
menos três dias sem realizar sexo por fornicação, embriagar-se de qualquer
droga e comer carne vermelha. No ritual deve-se ofertar ao Deus primeiro seu
hino e seu auto sacrifício anterior ao ritual somente, a Júpiter deve-se oferecer
incenso ou perfume ligado ao planeta e a Amáltheia leite de cabra num jarro de
cerâmica ornamentado e se possível frutas e flores no corno de um bode. Segue
imagem do jarro:
A prática ritual: Sempre inicie qualquer ritual em um lugar limpo e devidamente purificado.
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De preferência incensos de Júpiter, em especial noz moscada.
crescer forte e saudável. Use as mãos para passar sua própria dynamis para a potência do sigilo. O
ritual só conclui quando as velas queimarem por completo. Nesse processo sirva o leite do jarro para
um copo ou cálice e espere as velas se consumirem.
O pós-ritual: Depois do ritual, pegue as oferendas de leite, flores e frutas e leve até uma árvore
frutífera. Banhe o tronco da árvore com o leite e deposite o restante nas raízes. Agradeça a entidade e
vá embora. Caso queira guardar o chifre e a Jarra para próximos rituais, eles terão cada vez mais a
potência da atividade daquele ritual acumulado.