You are on page 1of 16

02

O impacto da transformação digital na


educação a distância: considerações de
pesquisa

Gabriela Martins Schlesner


Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT

Claudia Alba Natali Malagri


Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT

Daniel Luciano Gevehr


Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT

'10.37885/220508886
RESUMO

O objetivo deste trabalho é realizar uma análise crítica a respeito das contribuições que a
transformação digital trouxe para o ensino a distância no Brasil, e o quão acessível esta
modalidade de ensino é no país. Para tanto, foi realizado um levantamento da literatura exis-
tente, onde livros e artigos selecionados nas plataformas Capes, Scielo e Google Acadêmico,
embasaram a construção do estudo. Inferiu-se que a transformação digital provocou pro-
fundas mudanças na educação a distância, aumentando as possibilidades pedagógicas e
qualificando esta modalidade de ensino. O atual modelo de educação a distância, ancorado
na transformação digital, é inclusivo, pois oportuniza o acesso à educação daqueles que
não podem estar presentes nas instituições de ensino em horários predeterminados. Porém,
paradoxalmente, é excludente, pois aqueles indivíduos que não possuem os recursos tec-
nológicos necessários na EAD não têm a possibilidade de optar por esta modalidade de
ensino, e este último fato ficou ainda mais evidenciado com a pandemia de Covid-19. É ne-
cessário, portanto, criar políticas públicas para mitigar a exclusão digital e oferecer a todos a
oportunidade de ingressar nesta modalidade de educação, quando necessário ou desejado.

Palavras-chave: Educação a Distância, Transformação Digital, Acesso à Educação.


INTRODUÇÃO

A educação a distância (EAD) pode ser definida como uma modalidade de ensino onde
professores e alunos encontram-se geograficamente, e, em algumas situações, temporal-
mente separados. Nesta proposta de ensino, o aprendizado não ocorre em uma sala de aula
tradicional, embora, em alguns casos, a EAD é mesclada com alguns encontros presenciais.
Além da separação física, costuma-se associar o ensino a distância à separação tem-
poral, ou seja, os conteúdos podem ser acessados pelos alunos dias após serem disponibi-
lizados pelos professores. Entretanto, as atividades síncronas, onde há interação entre os
alunos e professores em tempo real, também podem fazer parte do ensino a distância. A EAD,
portanto, possibilita a manipulação espacial e temporal (MAIA; MATTAR, 2007).
Segundo os mesmos autores, a educação a distância deve ser diferenciada do autoes-
tudo espontâneo e individual, para que ela ocorra deve haver, necessariamente, o apoio de
uma instituição de ensino, com todos os seus recursos humanos, pedagógicos e tecnológi-
cos. As instituições devem, ainda, serem credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC)
e autorizadas a oferecer esta modalidade de ensino.
Já que na educação a distância docentes e alunos não se encontram no mesmo es-
paço geográfico, a mediação dos conhecimentos se dá através de recursos tecnológicos,
e a evolução destes recursos, observada nas últimas décadas, atribuiu um ganho valoroso
a esta mediação. A educação a distância moderna, portanto, encontra-se ancorada na
transformação digital, fenômeno este que vem transformando a forma como as pessoas se
relacionam com o mundo (GUAREZI; MATOS, 2012).
A transformação digital consiste, basicamente, na utilização de tecnologias digitais nas
organizações, promovendo, portanto, mudança na essência de como a empresa produz e
oferece seus bens de consumo ou serviços. Este novo padrão de consumo e relacionamento
está sendo constantemente alterado, e isso se dá por conta de diversos movimentos, como
o uso de redes sociais, popularização dos aparelhos celulares, uso de Inteligência Artificial,
dentre outros (SALLES, 2021).
Segundo Schlemmer, Morgado e Moreira (2020), a transformação digital é marcada
pelo uso de diferentes tecnologias digitais, interligadas pela rede mundial de computadores.
Desta forma, pessoas, coisas e lugares se conectam de forma inteligente, o que amplia a
nossa compreensão de espaço e tempo. E neste sentido, os diálogos síncronos e assíncro-
nos, utilizados na educação a distância, são, significativamente, facilitados. A comunicação
passa a ser possível em qualquer tempo e lugar, sendo retomada, remixada e retornada
aos interlocutores.
Diante deste emergente fenômeno, este estudo objetivou realizar uma análise crítica
a respeito das contribuições que a transformação digital trouxe para o ensino a distância

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
25
no Brasil e o quão acessível esta modalidade de ensino é no país. Para tanto, foi realizado
um levantamento da literatura existente, onde livros e artigos selecionados nas plataformas
Capes, Scielo e Google Acadêmico, embasaram a construção do estudo.
O artigo divide-se em três partes, na primeira parte é realizado um levantamento históri-
co da educação a distância, no Brasil e no mundo, desde a criação dos cursos por correspon-
dência, até a inclusão das tecnologias digitais na referida modalidade de ensino. A segunda
parte detalha quais são os principais recursos tecnológicos utilizados na educação a distância
moderna e quais possibilidades pedagógicas surgiram em consequência da transformação
digital. Por fim, a terceira parte do estudo propõe uma reflexão sobre os benefícios e desafios
trazidos para o ensino a distância no contexto educacional brasileiro.

UMA BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

No dia 20 de março de 1728 a Gazeta de Boston, um dos jornais mais influentes


nos Estados Unidos da América do século XVIII, publicou o seguinte anúncio de autoria
do professor de taquigrafia Cauleb Phillips: “Qualquer pessoa que queira estudar taqui-
grafia pode ter várias lições enviadas à sua casa semanalmente, e estará sendo tão bem
instruída quanto uma pessoa que mora em Boston”. Este anúncio representou o início da
educação a distância (EAD), a qual manteve, inclusive, algumas características ainda vis-
tas na atualidade, como a utilização dos correios para envio de material didático impresso
(FONSECA, FONSECA, 2016).
No século seguinte, em 1856, os professores Charles Toussaint e Gustav Langenscheit
fundaram a primeira escola de idiomas por correspondência, na cidade de Berlim. Já em
1892, foi organizado pela Universidade de Chicago, o primeiro curso de formação de pro-
fessores para escolas paroquiais por correspondência. Durante este período experiências
semelhantes foram registradas em diversos países do mundo, sendo o material impresso
(livros, apostilas e cartas), enviado pelos Correios, o veículo de difusão do conhecimento
(VIDAL, MAIA, 2010; ALVES, 2011).
No início do Século XX as metodologias aplicadas ao ensino a distância ganharam um
novo aliado, o rádio, este recurso tecnológico passa a ser amplamente utilizado em diversos
países. Em 1928, a BBC, grupo radiofônico britânico de grande alcance, promoveu cursos
para a educação de adultos utilizando este veículo (NUNES, 2009). Em 1935, o Japanese
National Public Broadcasting Service utilizou o rádio como forma de complementar e en-
riquecer o ensino tradicional, e em 1947, a Faculdade de Letras e Ciências Humanas de
Paris passa a utilizar este recurso para transmitir todos os seus conteúdos literários (ALVES,
2011; HERMIDA, BONFIM, 2006).

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
26
Décadas mais tarde, com o surgimento e popularização da televisão, a educação a
distância passa a ter acesso a esta tecnologia para veiculação de seus conteúdos. Em 1956,
a Chicago TV College inicia a transmissão de cursos educativos através da televisão. A partir
desta iniciativa, várias escolas e universidades, em diversos países, também passam a utili-
zar este recurso como ferramenta de aprendizado, como a Argentina (tele escola primária),
a China (Radio e TV Universities), dentre outros (ALVES, 2011; BARRETO, 2009).
A partir da década de 1960, observou-se, em vários países, o surgimento de universida-
des que ofereciam cursos de graduação e pós graduação a distância, como a Universidade
do Pacífico Sul, na Oceania (1968), a Fundação da Universidade Aberta, no Reino Unido
(1969), a Universidade Estadual a Distância, na Costa Rica (1978), e a Universidade Nacional
Aberta Indira Gandhi, na Índia (1985). Atualmente, mais de 80 países adotam, nos diferentes
níveis de ensino, a educação a distância. Esta modalidade vem sendo utilizada tanto na
educação formal, como na educação informal, facilitando a aprendizagem de milhões de
estudantes (GOLVÊA, OLIVEIRA, 2006).
Segundo Fonseca e Fonseca (2016), as novas tecnologias desenvolvidas a partir da
década de 1990, vêm se incorporando, em vários países do mundo, à educação a distância,
otimizando o acesso aos conteúdos programáticos dos cursos, criando novas perspectivas
pedagógicas e modificando as relações entre alunos e professores. Os autores afirmam que:

As tecnologias de informação e de comunicação motivam novos hábitos de


pensamento. Simultaneamente oportunizam novas perspectivas para o en-
sino e a pesquisa, bem como para a promoção e a divulgação do saber,
elas rompem os conceitos tradicionais de tempo, de espaço e cultura quando
compartilham informações, experiências e sentimentos com estudantes e pro-
fessores de outras instituições de ensino, em tempo real ou não (FONSECA,
FONSECA, 2016, p. 35).

No Brasil, há registros que mostram que pouco antes de 1900 a educação a distância
era praticada no país, os cursos de datilografia por correspondência eram oferecidos nesta
época (ALVES J., 2009). Porém, foi a partir da década de 1960 que esta modalidade de
ensino ganhou força, alguns fatores contribuíram para a rápida expansão do ensino a dis-
tância no país, como os graves problemas enfrentados pelo sistema de educação formal
(considerado, à época, elitista, fechado e monopolista), o entusiasmo do governo em relação
a EAD, a exigência da sociedade ao acesso à educação superior democrática e, por fim, o
surgimento e popularização de técnicas de comunicação que viabilizaram esta modalidade
de ensino (PRETI, 2009).
Em 1965, foi criado o Programa Nacional de Teleducação, que integrava as atividades
educativas oferecidas pelos veículos de comunicação existentes com a Política Nacional de
Educação. Em 1981, o Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINREAD) estabeleceu

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
27
parceria com alguns canais de rádio e televisão, havendo, assim, veiculação de conteúdos
educativos nesses meios de comunicação. Durante a ditadura militar, o governo implantou
vários programas de educação a distância, como o projeto minerva, que oferecia cursos
supletivos transmitidos pelo rádio, e o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL),
que alfabetizava adultos através de tele aulas dramatizadas e material impresso (PRETI,
2009; LIMA, 2014).
Neste mesmo período, instituições privadas criaram projetos educativos utilizando a
modalidade EAD, como o Instituto Universal Brasileiro, que desenvolve cursos por correspon-
dência até os dias atuais, e a Fundação Roberto Marinho (TV Globo), que em parceria com
a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), lançou o Telecurso 2º Grau, combinando teleaulas
com materiais impressos que podiam ser adquiridos em bancas de jornal (PRETI, 2009).
Em 1996, a educação a distância é incluída na legislação educacional, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (LDB) passa a reconhecer, em seu artigo 80, a EAD em todos os
níveis e modalidades de ensino e de educação continuada. Vale ressaltar que mesmo antes
da inclusão desta modalidade de ensino na legislação educacional, a Universidade Federal
do Mato Grosso, em 1994, inaugurou o primeiro curso de graduação a distância. O curso,
voltado para a área de educação, utilizou material impresso, com mediação de tutoria pre-
sencial em cidades pólos. Este foi o ponto de partida para que várias outras universidades
adotassem a EAD na formação superior (VIDAL, MAIA, 2010).
Assim como em diversos países, o Brasil foi incluindo, ao longo das últimas décadas,
as novas tecnologias na EAD, e com isso, criando novas perspectivas pedagógicas, im-
pulsionando o conhecimento e formando competências. Alguns dos recursos tecnológicos
mais utilizados, atualmente, na educação a distância, serão detalhados na próxima seção

A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Não há dúvidas de que vivemos a era da transformação digital, com os avanços tec-
nológicos conquistados nas últimas décadas, e, sobretudo, com o advento da internet, as
pessoas estão transformando, celeremente, o modo de se relacionar com os demais e
consumir bens e serviços. A transformação digital provocou profundas mudanças em vários
segmentos, o setor de educação é um deles.
Mediante uma realidade hiperconectada, emergem, portanto, novos contextos educacio-
nais, tanto na educação presencial, como na educação a distância. E segundo Schlemmer,
Morgado e Moreira (2020), a necessidade de formar indivíduos que aprendem, vivem, e
convivem em uma sociedade hiperconectada, torna-se um desafio no campo da educa-
ção. É, portanto, necessário desenvolver outras ordens de competências que habilitem, tanto
professores, como estudantes, a lidarem com a complexidade emergente.

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
28
De acordo com Hack (2011), o desenvolvimento das tecnologias digitais oferece uma
gama de possibilidades para a educação a distância, como o armazenamento e transmis-
são de conteúdos, em formato de textos, áudios e vídeos, através da rede de computado-
res. A transformação digital na educação quebrou paradigmas e subverteu o modelo clássico
de aprendizagem, onde o conhecimento era, invariavelmente, transmitido do emissor para
o receptor. A internet possibilita que a construção do conhecimento seja realizada em um
sistema de trocas, ou seja, os indivíduos envolvidos neste processo produzem concorrência
dos diferentes pontos de vista, o que torna o ambiente de aprendizagem mais estimulante.
Outrossim, afirmam Maia e Mattar (2007) que este novo formato de processo ensino-apren-
dizagem é aberto, flexível, cooperativo e, sobretudo, centrado no aluno e nos resultados por
ele apresentados.
Dependendo da área e da duração do curso, pode ser utilizado um mix de tecnologias, e
é desejável, inclusive, que elas estejam associadas aos recursos clássicos, como as apostilas
(MORAN, 2011). Dentre as novas tecnologias que alicerçam o ensino a distância, destacam-
-se os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). Segundo Salvador et al. (2017, p. 605), o
AVA pode ser compreendido como “um sistema computacional que integra funcionalidades
e ferramentas as quais possibilitam a construção de um processo de ensino–aprendizagem
interativo, on-line, acessado por navegadores na internet ou em redes locais”.
Os ambientes virtuais de aprendizagem podem ser abertos e distribuídos livremente
na internet, como o Moodle, ou constituídos em uma plataforma denominada proprietária,
como o Blackboard. Os AVAs podem oferecer para seus usuários diversas ferramentas que
possibilitam, por exemplo, elaboração, importação e armazenamento de conteúdos, inser-
ção e execução de conteúdo multimídia, elaboração e execução de atividades, realização
de avaliações e autoavaliações, criação de grupos de discussão, comunicação assíncrona,
chat (bate-papo) e videoconferências (CARLINI, TARCIA, 2010).
Segundo Vasconcelos, Jesus e Santos (2020), para que os objetivos pedagógicos
dos AVAs sejam alcançados, é preponderante o envolvimento de toda a equipe de traba-
lho, incluindo alunos, professores, tutores e programadores. Além disso, alguns cuidados
devem ser observados pelos estudantes inseridos neste ambiente de aprendizagem, como
organização dos horários e espaço de estudos, interação com os professores, tutores e de-
mais colegas, socialização de dúvidas e materiais que enriqueçam os debates, e, por fim,
comprometimento com leitura de textos e demais atividades propostas.
As videoconferências, a princípio utilizadas no mundo empresarial como forma de
possibilitar reuniões de negócios entre pessoas que se encontram em locais distintos, pas-
saram a ser incorporadas no repertório de ferramentas dos ambientes virtuais de apren-
dizagem. As aulas por videoconferência são síncronas e têm, cada vez mais, ganhando

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
29
a preferência de professores e estudantes, sobretudo porque permitem uma adequada
interação entre os participantes que se encontram geograficamente distantes. As reuniões
possibilitam uso de imagem e som, por meio de câmeras e microfones, além disso, é pos-
sível utilizar ferramentas acessórias, como projeção de slides, vídeos e chat (CRUZ, 2009).
Ainda dentro da perspectiva de ambiente virtual de aprendizagem, destaca-se a rea-
lidade virtual (RV), tecnologia de última geração, que proporciona ao estudante uma expe-
riência similar à vida real. A RV domina os sentidos de seus usuários, os transportando para
um ambiente que possibilita imersão, interação, navegação e experimentação (BARILLI,
EBECKEN, CUNHA, 2011; MARÇAL, ANDRADE, RIOS, 2005). Através de cenários virtuais e
tridimensionais, é possível, na RV, explorar uma grande variedade de situações relacionadas
a diversas áreas do conhecimento, tais como: excursões em terrenos, cidades e museus,
representação de objetos e protótipos e personificação de seres humanos e outros animais.
(MARÇAL, ANDRADE, RIOS, 2005). A tabela 1 apresenta algumas dos benefícios do uso
da realidade virtual na educação:

Tabela 1. Uso potencial dos sistemas de realidade virtual (SRVs).

Uso potencial Benefícios comparados com os métodos tradicionais


Habilidade para observar a operação do sistema a partir de um número
Simulação de sistemas complexos
de perspectivas aliadas a uma alta qualidade de visualização e interação.
Observação de propriedades de objetos, que são muito grandes ou muito
Visualização macroscópica e microscópica
pequenos para serem observados em escalas normais.
Habilidade para controlar a escala de tempo em um evento dinâmico.
Simulação em tempos mais rápidos ou mais lentos Esta facilidade pode operar como no avanço ou retrocesso rápido dos
gravadores de vídeo modernos.
Os SRVs permitem um grau maior de interatividade que outros sistemas
Altos níveis de interatividade
baseados em computador.
Sensação de imersão Em algumas aplicações, a sensação de escala é extremamente importante.
Flexibilidade e adaptabilidade Um mesmo SRV pode ser alocado a diversos usos.
Fonte: Ferreira, Tarouco, Becker, 2004.

De acordo com Alves L. (2009), os jogos digitais, por representarem uma alternativa
lúdica e inovadora, também vêm sendo amplamente utilizados na educação a distância. Eles
possibilitam a aprendizagem através de simulação, onde o estudante pode ser estimulado,
por exemplo, a gerir sistemas econômicos, desenvolver estratégias e projetar conteúdos
afetivos, culturais e sociais. A autora afirma que:
O raciocínio lógico, a criatividade, a atenção, a capacidade de solucionar problemas,
a visão estratégica e, principalmente, o desejo de vencer são elementos que podem ser
desenvolvidos na interação com os jogos. A possibilidade de vivenciar situações de conflito
que exige tomada de decisões se constitui em uma estratégia metodológica que pode con-
tribuir para a formação profissional dos estudantes dos diferentes níveis de ensino (ALVES
L., 2009, p. 142).

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
30
Os jogos digitais, de uma forma geral, fazem parte do cotidiano de crianças e ado-
lescentes, portanto, este instrumento representa uma solução alternativa capaz de auxiliar
jovens estudantes a aprenderem de forma prazerosa. Segundo Kirnew et al. (2019), há
diversos sites de jogos digitais que podem ser utilizados como ferramenta de ensino, como
o Racha Cuca, portal que oferece jogos envolvendo problemas de lógica, caça palavras e
questões de vestibular, e o Escola Games, site de jogos desenvolvido com acompanhamento
pedagógico, que com mais de 90 atividades nas áreas das ciências, português, matemática,
história, geografia, inglês e meio ambiente.
Além dos jogos, as redes sociais, quando utilizadas com responsabilidade, podem
auxiliar no ensino a distância. Adolescentes, em especial, sentem-se motivados ao serem
envolvidos em atividades desenvolvidas nestes espaços. Segundo Faria e Lopes (2014) o
ambiente interativo, proporcionado pelas redes sociais, pode tornar-se um local de troca
de ideias, debates e, consequentemente, de aprendizagem. No facebook, por exemplo, é
possível criar comunidades voltadas para o debate de temas específicos. Outro exemplo é a
criação de Blogs, neles, os professores têm a possibilidade de postar conteúdos relacionados
às aulas, eles podem, inclusive, provocar os alunos para que debatam temas polêmicos e
pontos interessantes relacionados com um determinado assunto.
Até mesmo as atividades de experimentação são possíveis de serem realizadas na
educação a distância, utilizando as tecnologias digitais. Através dos laboratórios online, os
alunos têm a oportunidade de refletir, discutir e relatar suas experiências investigativas. Para
tanto, são utilizados dispositivos conectados à internet, que permitem experimentos por
simulação ou manipulação real (SANTOS et al., 2018). Além dos laboratórios, atualmente
é possível realizar pesquisas em grandes acervos de bibliotecas virtuais (ou cibertecas), e
esta perspectiva já era tangível no final da década de 1990, neste contexto, vale resgatar as
apreciações de Cunha sobre o futuro das bibliotecas (1994, p.187), o autor já afirmava que:

A Biblioteca do Futuro é sem paredes, por possibilitar o acesso à distância a


seus catálogos, sem a necessidade de se estar fisicamente nela. É eletrôni-
ca, porque seu acervo, catálogos e serviços são desenvolvidos com suporte
eletrônico. E é virtual, porque é potencialmente capaz de materializar-se via
ferramentas que a moderna tecnologia da informação e de redes coloca à
disposição de seus organizadores e usuários.

A biblioteca virtual trata-se, portanto, de uma plataforma na web onde é possível aces-
sar livros, artigos e outros documentos no formato digital. Ela é considerada uma importante
ferramenta de apoio à aprendizagem, e está sendo, cada vez mais, disponibilizada aos
estudantes, pelas instituições de ensino presencial e a distância, sejam elas públicas ou
privadas (YAMANAKA, CAPPELLOZZA, 2018).

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
31
Por fim, são inúmeros os recursos tecnológicos que podem ser utilizados nos processos
educativos, também são inúmeros os desafios que se apresentam com o uso destes recur-
sos. Capacitar professores e estudantes a utilizar estas tecnologias, sobretudo no ensino a
distância, e torná-las acessíveis para o maior número de pessoas possível, são alguns destes
desafios. Outro aspecto que deve ser considerado é o fato de que as tecnologias digitais
são instrumentos que facilitam o ensino a distância, porém, os alunos e os professores são
os verdadeiros protagonistas do processo ensino-aprendizagem.

REFLEXÕES SOBRE O IMPACTO DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL


NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL BRA-
SILEIRO

Como visto no capítulo anterior, com o advento das tecnologias digitais é possível repro-
duzir no espaço virtual os principais ambientes da escola, como salas de aula, laboratórios
e bibliotecas. Com a transformação digital, o ensino a distância deixou de se limitar ao uso
do rádio, televisão e materiais impressos e passou a contar com uma gama de recursos que
simulam as aulas presenciais. Conforme evidenciado por Fonseca e Fonseca (2016), muitas
destas tecnologias aprimoram, significativamente, o processo ensino-aprendizagem. Tanto
é que muitas destas tecnologias passaram a ser incorporadas também às aulas presenciais.
Ao se transpor as limitações que outrora eram associadas ao ensino a distância, mui-
tas pessoas viram nesta modalidade de ensino uma oportunidade de voltar a estudar, se
qualificar e, por conseguinte, conquistar melhores vagas de emprego. O que parecia antes
impossível para muitos, hoje, se tornou absolutamente tangível. A dificuldade de acesso à
escola presencial, pelos mais diversos motivos, por vezes, pode ser superada através das
inúmeras ofertas de cursos a distância, em diferentes níveis de ensino, e nas mais varia-
das áreas. Muitos desses cursos, inclusive, são oferecidos a preços mais acessíveis, pois
muitos custos embutidos na manutenção do espaço físico escolar, não são necessários nos
ambientes virtuais de aprendizagem.
Segundo o Censo da Educação Superior, divulgado em 2019, pelo Inep (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), houve um significativo
aumento de ingressos em cursos de graduação a distância (gráfico 1). O interesse por esta
modalidade de ensino saltou de 16,1%, em 2009, para 43, 8%, em 2019. Observa-se que
de 2014 a 2019, os ingressos nos cursos de graduação presencial vêm, progressivamente,
diminuindo, enquanto o aumento da procura por cursos superiores a distância é substancial.
É possível afirmar que o acelerado aumento na procura por esta modalidade de ensino,
evidenciado no gráfico 1, reverbera o quanto estes cursos tornaram-se populares e acessí-
veis, em partes, por conta das inovações observadas neste segmento. O ensino a distância

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
32
tornou-se significativamente mais atraente em sua forma, além disso, as tecnologias digitais
facilitam a criação e transmissão do conhecimento, o que impacta diretamente na qualidade
dos cursos oferecidos. Neste contexto, cabe aqui retomar as apreciações de Hack (2011)
sobre as subversões observadas nas metodologias de ensino atuais. Segundo o autor, dife-
rentes recursos pedagógicos estão disponíveis na escola moderna, as tecnologias digitais,
utilizadas em abundância na EAD, tornam o processo ensino-aprendizagem mais interativo
e a transmissão do conhecimento acontece de forma menos verticalizada e mais prazerosa.
Sendo assim, pode-se prognosticar que preconceitos que sempre estiveram atrelados
à formação a distância serão, paulatinamente, mitigados, pois, obviamente, há um verda-
deiro abismo entre a formação através de cursos por correspondência descritos por Vidal,
Maia (2010) e Alves (2011) e a formação através dos ambientes virtuais de aprendizagem
descritos por Carlini e Tarcia (2010) na segunda seção deste artigo.

Gráfico 1. Número de ingressos em cursos de graduação: 2009-2019.

Fonte: Mec/Inep; Censo da Educação Superior, 2019.

Lamentavelmente, a educação a distância e todos os aparatos tecnológicos que a


viabilizam, não são uma realidade para grande parcela da população, e este fato ficou evi-
denciado com a pandemia de Covid-19 vivenciada pela população mundial, a partir do final
do ano de 2019. A crise sanitária, ocasionada pela propagação do vírus, impôs uma série
de adaptações à população, vários setores da economia adaptaram seus serviços para a
modalidade remota, incluindo a educação.
Com a pandemia, os estados brasileiros decretaram a suspensão do ensino presencial
em todos os níveis de educação (educação básica, ensino técnico e educação superior).
Todas as escolas e universidades, públicas e privadas, tiveram que adaptar suas ativida-
des pedagógicas, as metodologias de ensino utilizadas, costumeiramente, na educação a

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
33
distância passaram a ser também utilizadas pelas escolas e universidades de ensino pre-
sencial. Emergencialmente, conteúdos digitais foram disponibilizados para os alunos nas
plataformas virtuais. Os docentes e gestores escolares lançaram mão das mais variadas
tecnologias digitais para viabilizar a continuidade dos cursos, alunos e professores tiveram
que se adaptar, rapidamente, aos ambientes virtuais de aprendizagem.
Diante da imposição do ensino remoto emergencial, estruturado com base no atual
modelo de educação a distância, foi escancarada uma dura realidade no Brasil, uma grande
parcela da população não possui os meios necessários para serem inseridos nesta emergente
modalidade de ensino. Segundo uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI.br), em 2019, e divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (2020), 58% das famílias
brasileiras não possuem computadores e 33% não tem acesso a internet, estes números
são observados, principalmente, nas classes com baixo poder aquisitivo. Nas áreas rurais
a falta de infraestrutura impossibilita a chegada do sinal de internet até mesmo nas escolas,
43% delas não possui acesso a rede mundial de computadores.
A falta de acesso às tecnologias digitais, dentre outros fatores, ocasionou um alto índice
de evasão escolar durante a pandemia, segundo dados levantados pelo Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), atualmente, 5 milhões de crianças e adolescentes brasi-
leiros estão fora da escola, somente no ensino médio houve um aumento de 10% durante
a pandemia, dos alunos que ainda se mantiveram matriculados, 4 milhões não possuem
acesso a internet (BRASIL, 2021).
Diante do exposto, é possível afirmar que o atual modelo de educação a distância,
evidenciado por diversos autores na segunda seção deste estudo, é inclusivo, a partir do
momento que oportuniza o acesso à educação daqueles que, por algum motivo, não podem
estar presentes nas instituições de ensino em horários predeterminados. Porém, paradoxal-
mente, é excludente, pois aqueles indivíduos que não possuem os recursos tecnológicos
necessários na EAD não têm a possibilidade de optar por esta modalidade de ensino.
Cabe, portanto, a reflexão sobre o quão importante é tornar as tecnologias digitais
acessíveis para todos, e com isso, permitir a democratização do ensino a distância. Já que
esta modalidade de ensino, apesar de estar, historicamente, associada à educação de má
qualidade, vem tornando-se atraente e qualificada, além de ser vantajosa por permitir a
compatibilização com atividades laborais e adoção de ritmos próprios.
Além disso, como foi ressaltado por Segundo Vasconcelos, Jesus e Santos (2020) para
que o processo ensino-aprendizagem nos cursos a distância ocorra de forma satisfatória,
é necessário o envolvimento de professores, tutores, alunos e programadores. Portanto,
pode-se concluir que o envolvimento da equipe multidiciplinar na elaboração de todas as
etapas do curso, a constante qualificação dos docentes e tutores, e o investimento em

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
34
recursos tecnológicos necessários para a viabilização do processo ensino-aprendizagem é
preponderante para que os objetivos pedagógicos sejam alcançados. Os cursos a distância
não devem ser vistos, meramente, como um meio fácil de obter diplomas e certificados, e
sim como promotores de educação qualificada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como exposto no trabalho, a educação a distância passou por uma profunda trans-
formação com a evolução tecnológica vivenciada nas últimas décadas. Com o advento
da internet, esta modalidade de ensino, antes vista como sinônimo de educação de má
qualidade, se reinventou e, paulatinamente, vem conquistando a preferência de pessoas
que não têm a opção de frequentar um curso presencial. Atualmente, a oferta de cursos de
formação a distância vem crescendo substancialmente, em partes, por conta das inúmeras
possibilidades pedagógicas advindas da transformação digital.
Como visto, grande parte da população brasileira ainda não tem acesso a esta possi-
bilidade de ensino, e isto ocorre devido a grande exclusão digital observada no Brasil. Para
auxiliar a modificar esta realidade, as autoras sugerem que novos estudos, com novas pro-
postas de políticas públicas na educação a distância sejam realizados. Sobretudo, propostas
pautadas em investigações empíricas, que permitam a compreensão das reais necessidades
do jovem que busca a sua inserção em um competitivo mercado de trabalho pós pandêmico.
Cabe, por último, explicitar que a educação a distância não deve ser pensada como
uma proposta de ensino que substituirá o ensino presencial. Cada modalidade de ensino
possui um foco diferente, são direcionadas para estudantes com perfis diferentes, e podem,
inclusive, coexistir dentro do mesmo ambiente educacional, a educação híbrida (que mescla
as duas modalidades de ensino) é uma prova dessa possibilidade. O papel da educação
a distância é complementar, e através desta complementaridade torna-se mais tangível
democratizar a educação.

REFERÊNCIAS
1. ALVES, J. R. M. A história da EAD no Brasil. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (org.)
Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

2. ALVES, L. R. G. Estratégia de jogos na EAD. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (org.)


Educação a distância: o estado da arte. São Paulo : Pearson Education do Brasil,
2009.

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
35
3. ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista
Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 10, 2011. Disponível em: http://
seer.abed.net.br/index.php/RBAAD/article/view/235. Acesso em: 23 mar. 2022.

4. BARILLI, E.C. V. C.; EBECKEN, N. F. F.; CUNHA, G. G. A tecnologia de realidade


virtual como recurso para formação em saúde pública à distância: uma aplicação para
a aprendizagem dos procedimentos antropométricos. Ciência & Saúde Coletiva, v.
16, p. 1247-1256, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/TY5NvtHMZLx-
8tbChc6jmvFJ/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 31 mar. 2022.

5. BARRETO, H. Aprendizagem por televisão. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (org.) Edu-
cação a distância: o estado da arte. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2009.

6. BRASIL, Câmara dos deputados. Educadores alertam para aumento de evasão


escolar durante a pandemia. Brasília, 2021. Disponível em: https://www.camara.leg.
br/noticias/814382-educadores-alertam-para-aumento-de-evasao-escolar-durante-a-
-pandemia/. Acesso em: 08 abr. 2022.

7. BRASIL, Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa-


cionais Anísio Teixeira - Inep. Censo da educação superior 2019. Brasília, 2019.

8. CARLINI, A.; TARCIA, R. M. 20% a distância, e agora?: orientações práticas para o


uso de tecnologias de educação a distância. São Paulo: Person Education do Brasil,
2010.

9. CRUZ, D. M. Aprendizagem por videoconferência. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M.


(org.) Educação a distância: o estado da arte. São Paulo : Pearson Education do
Brasil, 2009.

10. CUNHA, M. B. As tecnologias de informação e a integração das Bibliotecas brasi-


leiras. Ciência da Informação, Brasília, v.23, n.2, p.182-188, 1994. Disponível em:
https://repositorio.unb.br/handle/10482/5594. Acesso em: 04 abr. 2022.

11. FARIA, A. A.; LOPES, L. R. Práticas pedagógicas em EAD. Curitiba: InterSaberes,


2014.

12. FERREIRA L.; TAROUCO L.; BECKER F. Fazer e compreender na Realidade Virtual:
em busca de alternativas para o sujeito da aprendizagem. RENOTE - Revista Novas
Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 1, n.1, 2004. Disponível em: https://www.
lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12976/000398292.pdf. Acesso em: 31 mar. 2022.

13. FONSECA, J. J. S.; FONSECA, S. H. P. Introdução a educação a distância. Sobral:


IINTA, 2016.

14. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Escola Nacional de saúde pública Sergio Arouca.
Corona vírus faz educação à distância esbarrar no desafio do acesso à internet e da
inexperiência dos alunos. Informe ENSP. Disponível em: EADAcessoInternet.pdf (fio-
cruz.br). Acesso em: 07 abr. 2022.

15. GOUVÊA, G.; OLIVEIRA, C. I. Educação a Distância na formação de professores:


viabilidades, potencialidades e limites. 4. ed. Rio de Janeiro: Vieira e Lent. 2006.

16. GUAREZI, R. C. M.; MATOS, M. M. Educação a distância sem segredos. Curitiba:


InterSaberes, 2012.

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
36
17. HACK, J. R. et al. Introdução à educação a distância. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC,
v. 126, 2011.

18. HERMIDA, J. F.; BONFIM, C. R. S. A educação à distância: história, concepções e


perspectivas. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, v. 166, p. 181,
2006. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/publicacao/4919/art11_22e.pdf.
Acesso em: 23 mar. 2022.

19. KIRNEW, L. C. P. et al. Jogos digitais no ensino da matemática: um estudo bibliomé-


trico. Revista Ciências & Ideias, v. 10, n. 3, p. 107-118, 2019. Disponível em: https://
revistascientificas.ifrj.edu.br/revista/index.php/reci/article/view/1095. Acesso em: 01
abr. 2022.

20. LIMA, D. C. B. P. Documento técnico contendo estudo analítico das diretrizes, regula-
mentações, padrões de qualidade/regulação da EAD, com vistas a identificar políticas e
indicadores de expansão da Educação Superior em EAD. Projeto Conselho Nacional
de Educação/Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura. Brasília, CNE, 2014. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?op-
tion=com_docman&view=download&alias=16510-produto-01-estudo-analitico&Ite-
mid=30192. Acesso em: 24 mar. 2022.

21. MAIA, C.; MATTAR, J. ABC da EAD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007.

22. MARÇAL, E.; ANDRADE, R.; RIOS, R. Aprendizagem utilizando dispositivos móveis
com sistemas de realidade virtual. Renote, v. 3, n. 1, 2005. Disponível em: https://
lumenagencia.com.br/dcr/arquivos/a51_realidadevirtual_revisado.pdf. Acesso em: 31
mar. 2022.

23. MORAN J. M. Desafios da educação a distância no Brasil. In: ARANTES, V. A. (org.)


Educação a distância: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2011.

24. NUNES, I. B. A história da EAD no mundo. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (org.) Edu-
cação a distância: o estado da arte. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2009.

25. PRETI, O. Educação a distância: fundamentos e políticas. Cuiabá: EdUFMT, 2009.

26. SALLES, C. M. S. Transformação digital em tempos de pandemia. Revista Estudos e


Negócios Acadêmicos, v. 1, n. 1, p. 91-100, 2021. Disponível em: http://portaldere-
vistas.esags.edu.br:8181/index.php/revista/article/view/22. Acesso em: 04 abr. 2022.

27. SALVADOR, P. T. C. de O. et al. Objeto e ambiente virtual de aprendizagem: análise


de conceito. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, p. 572-579, 2017.

28. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/DnCS4GNJYW3vVq93bDxQDZx/?for-


mat=pdf&lang=pt. Acesso: 28 mar. 2022.

29. SANTOS, A. C. et al. Ensino de ciências baseado em investigação: Uma proposta


didática inovadora para o uso de laboratórios on-line em avea. Revista Univap, v. 24,
n. 44, p. 54-68, 2018. Disponível em: http://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/
article/view/1874. Acesso em: 04 abr. 2022.

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
37
30. SCHLEMMER, E.; MORGADO, L. C.; MOREIRA, J. A. M. Educação e transformação
digital: o habitar do ensinar e do aprender, epistemologias reticulares e ecossistemas
de inovação. Interfaces da Educação, v. 11, n. 32, p. 764-790, 2020. Disponível em:
https://periodicosonline.uems.br/index.php/interfaces/article/view/4029. Acesso em:
04 abr. 2022.

31. VASCONCELOS, C. R. D.; JESUS, A. L. P.; MIRANDA S. C. Ambiente virtual de apren-


dizagem (AVA) na educação a distância (EAD): um estudo sobre o Moodle. Brazilian
Journal of Development, v. 6, n. 3, p. 15545-15557, 2020. Disponível em: https://www.
brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/8165. Acesso em: 29 mar. 2022.

32. VIDAL, E. M.; MAIA, J. E. B. Introdução à educação a distância. Fortaleza: RDS


editora, 2010.

33. YAMANAKA, T. B.; CAPPELLOZZA, A. Explorando a influência integrada do Estímulo


Docente sobre a intenção de uso das bibliotecas virtuais por estudantes de cursos à
distância e presenciais no Brasil. Investigación bibliotecológica, v. 32, n. 75, p. 19-45,
2018. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/pdf/ib/v32n75/2448-8321-ib-32-75-19.
pdf. Acesso em: 2022.

Revisão Bibliográfica: o uso da metodologia para a produção de textos - ISBN 978-65-5360-137-6 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022
38

You might also like