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IPR – CASTANHEIRAS

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MANUAL

DE

BATISMO

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ELABORADO POR: Marco Antônio Lana - Teólogo Bíblico.
IPR – CASTANHEIRAS
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O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE O BATISMO

A Bíblia diz que o batismo é um ato muito importante na vida de um cristão. É um


símbolo da conversão. Jesus foi batizado como exemplo para nós seguirmos.

Batismo é quando alguém se limpa com água de forma simbólica, para mostrar que
aceitou Jesus como seu salvador. Romanos 6,3-7 explica que quando alguém se
batiza, se identifica com a morte e ressurreição de Cristo, mostrando que acredita que
Jesus tomou o seu lugar. Quem é batizado está dizendo para o mundo que a sua vida
mudou, já não está preso ao pecado.

Também se fala em batismo quando uma pessoa fica cheia do Espírito Santo. Aí
dizemos que foi batizada no Espírito. Quando Jesus disse “quem crer e for batizado
será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:16), não disse a qual
batismo se referia. Mas fica claro que o batismo por si só não salva, o mais importante
é crer; “quem não crer será condenado”.

Ser batizado não é condição essencial para ser salvo. O ladrão que creu em Jesus
não foi batizado, mas foi para o Céu. Paulo disse que o seu ministério não era batizar,
mas pregar o evangelho (1 Coríntios 1:17). Se era essencial para a salvação, teria
feito questão de batizar quem cresse logo. Mas, embora não salve, é um mandamento
dado por Jesus e é muito importante como confirmação pública da nova vida em Cristo
(Mateus 28:18-20). É como assinar um contrato de trabalho, você pode trabalhar por
alguém sem ter contrato mas quando você assina o contrato, fica oficial. É por isso
que muitas igrejas só aceitam uma pessoa como membro depois de batizado, porque
significa que tem um compromisso sério com Jesus.

Como se batiza?

Existem três formas de batizar entre as igrejas cristãs:

 Imersão – é quando uma pessoa entra com o corpo todo dentro da água. Esse
tipo de batismo é visto como uma representação da nossa morte para o
pecado e ressurreição em Cristo. Foi muito provavelmente a forma como João
batizou Jesus e o método mais comum de batismo na igreja primitiva.
 Aspersão – é fazer cair gotas de água sobre a pessoa. Segue o modelo da
ordenação dos sacerdotes no Velho Testamento, quando eram aspergidos com
o sangue dos sacrifícios para a sua purificação.
 Derramamento – água é derramada sobre a cabeça da pessoa, para mostrar
que foi limpa dos seus pecados. É parecido com a aspersão.

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O batismo por imersão era mais comum no tempo de Jesus e dos apóstolos.
"Batismo" vem de uma palavra grega que significa "submergir em água", "lavar-se" ou
"purificar-se". A água simboliza a purificação (muitos rituais de limpeza judeus
envolviam água) e uma vida nova em Jesus, livre do poder do pecado.

É bom lembrar que a maneira como o batismo é feito não é o mais importante; é o
coração de quem se batiza que conta. Assim como temos todos uma só fé,
expressada de diferentes formas, também temos um só batismo, com o mesmo
propósito (Efésios 4,3-7).

Quem pode ser batizado?

A única condição que a Bíblia impõe é que a pessoa creia e se arrependa dos seus
pecados para ser batizado (Atos dos Apóstolos 2:38). Isso significa que a pessoa deve
ter consciência que pecou e decidir que quer mudar, aceitando o sacrifício que Jesus
fez por ela. Por isso, não é certo batizar bebês, porque ainda não têm essa
consciência nem podem tomar essa decisão. Claro que é importante pedir a proteção
e a bênção de Deus sobre a vida da criança, mas o batismo deve ser uma escolha
pessoal feita com entendimento. Assim que alguém chega a esse entendimento, pode
ser batizado, mas se for muito jovem deve antes pedir a permissão dos pais e da sua
igreja, para ver se acham bem e deixam.

O QUE É O BATISMO NO ESPIRITO SANTO?

O batismo no Espírito Santo pode ter dois significados diferentes, dependendo do


contexto: a conversão, quando o Espírito Santo entra na vida da pessoa; ou uma
experiência poderosa com o Espírito Santo. Essas duas situações podem acontecer
ao mesmo tempo ou em momentos distintos.

Na conversão

A Bíblia diz que quando uma pessoa se arrepende e aceita Jesus como seu salvador
essa pessoa recebe o Espírito Santo. É o Espírito Santo que nos une a Deus. Nesse
primeiro sentido, todos os salvos são batizados no Espírito Santo (1 Coríntios 12,13).

Alguns resultados de receber o Espírito Santo na conversão são:

 Certeza da salvação – O Espírito Santo nos convence que somos filhos de


Deus e que fomos perdoados – Romanos 8,16.
 Entendimento – Através do Espírito Santo entendemos realidades espirituais
e as palavras da Bíblia ganham sentido – 1 Coríntios 2,12-13
 União com a igreja – Ficamos unidos pelo Espírito Santo a todas as outras
pessoas no mundo que aceitaram Jesus como salvador

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Cheio do Espirito Santo

A Bíblia também fala sobre se encher do Espírito Santo. Efésios 5,18 diz que ficar
cheio do Espírito Santo é melhor que ficar cheio de vinho! Nesse segundo sentido, o
batismo no Espírito Santo é uma experiência especial que o crente pode ter com
Deus.

Quando uma pessoa fica cheia do Espírito Santo, pode ter vários efeitos:

 Coragem – O crente perde a timidez, porque está completamente focado em


Deus, não nas opiniões de outras pessoas – Atos dos Apóstolos 4,31.
 Capacitação – O Espírito Santo dá novas capacidades ao crente para ajudar
no seu crescimento espiritual, na evangelização ou no crescimento da igreja; o
crente poderá receber dons espirituais – Atos dos Apóstolos 19,6
 Revelação – essa experiência poderá ajudar o crente a encontrar a resposta
para uma dúvida, ou uma indicação do que deve fazer, ou um novo significado
de uma palavra da Bíblia para sua vida - descubra aqui: como Deus se revela
ao ser humano?
 Dedicação – por causa dessa experiência, o crente pode sentir mais vontade
de conhecer a Deus e se dedicar mais ao trabalho de Deus.

Atenção! Nem todos que são batizados no Espírito Santo falam em línguas, ou
profetizam, ou fazem milagres. Essas são apenas algumas coisas que podem
acontecer. Ser batizado no Espírito Santo também não torna você “mais espiritual” que
outros crentes.

Como posso ser batizado no Espirito Santo?

Não existe nenhuma fórmula mágica para ser batizado no Espírito Santo. Não
podemos forçar Deus (1 Coríntios 12,11). Mas podemos procurar essa bênção.

Se você se arrependeu e aceitou Jesus como seu salvador, você já tem o Espírito
Santo dentro de você. Mas se você quiser ficar cheio do Espírito Santo, conte para
Deus. Na Bíblia, algumas pessoas ficaram cheias do Espírito Santo quando os líderes
oraram por eles, impondo suas mãos. Outras pessoas simplesmente receberam
quando estavam orando.

Se você está procurando mas ainda não recebeu, não desespere! Isso não significa
que você é “menos espiritual” que outros crentes. Deus tem Seu tempo e sabe o que é
melhor para você. Ser batizado no Espírito Santo não é a única forma que Deus tem
para lhe abençoar a aprofundar seu relacionamento com Ele. Continue buscando mais
de Deus com fé e Ele vai lhe abençoar (Salmos 37,4).

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O QUE É O ESPIRITO SANTO?

O Espírito Santo é a terceira “pessoa” da Trindade, ou seja, Ele é Deus. O Espírito


Santo é a parte de Deus que age diretamente no mundo e na vida do crente. É Ele
que permite o contato direto com Deus.

O Espirito Santo é uma pessoa?

Sim, o Espírito Santo é uma pessoa, não apenas uma força ou um poder. Jesus disse
que Ele é uma pessoa quando O chamou de nosso Conselheiro, algo que só uma
pessoa pode ser (João 14,16-17). A Bíblia fala que Ele tem todas as características de
uma pessoa:

 Ele fala – a Bíblia conta que o próprio Espírito Santo falou com os discípulos
como uma pessoa, não como uma força usada por alguém (Atos dos Apóstolos
13,2).
 Ele pensa – o Espírito Santo sonda e compreende as coisas de Deus, tem
capacidade intelectual (1 Coríntios 2,10-11).
 Ele sente – se nós podemos entristecer o Espírito Santo, isso significa que Ele
tem capacidade para sentir emoções (Efésios 4,30).
 Ele tem vontade – o Espírito Santo toma decisões, dando a conhecer a Sua
vontade (Atos dos Apóstolos 16,7).

A Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus. Ele é igual a Deus e é parte de Deus. Ele é
enviado tanto da parte de Deus Pai e de Jesus, o Filho, e é uma parte integral da
Trindade.

O que o Espirito Santo Faz?

 Ele fala de Jesus – o Espírito Santo glorifica a Jesus e O torna conhecido a


nós. É só por Ele que podemos conhecer Jesus (João 16,13-15).
 Ele convence o pecador – quando alguém é convencido do seu pecado e da
justiça de Deus, isso é por ação do Espírito Santo, também conhecido como
Espírito da Verdade (João 16,7-8).
 Ele transforma o crente – quando uma pessoa aceita Jesus como seu salvador,
recebe o Espírito Santo, que atua na sua vida para a salvação. Por isso, o
Espírito Santo é chamado Espírito de Vida (Romanos 8,2).
 Ele guia – o Espírito Santo nos ensina como viver como Deus quer. Ele mora
dentro do crente e ajuda-o a encontrar o caminho que deve seguir. É Ele que
nos ajuda a interpretar a Bíblia corretamente e a aplicá-la nas nossas vidas
(Gálatas 5,16).
 Ele capacita – através da ação do Espírito Santo, podemos vencer o pecado e
viver de maneira digna. As novas atitudes do cristão são conhecidas como
“frutos do Espírito”, porque são o resultado de Seu trabalho (Gálatas 5,22-24).
É também o Espírito que nos dá capacidade para testemunhar de Cristo,

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ensinar e fazer boas obras. Até no Antigo Testamento, quem dava o ministério
era o Espírito Santo de Deus.

Quem pode receber o Espirito Santo?

Se você aceitou Jesus como seu senhor e salvador, então o Espírito Santo já mora
dentro de você. É Ele quem dá a vontade de ser mais como Jesus e de ficar mais
próximo de Deus; é Ele quem tira a culpa do pecado. O Espírito Santo não habita em
quem não acredita, mas Ele atua no coração de quem O deixa, para convencer e dar o
dom da fé. Se você precisa de fé, basta pedir a Deus; o Espírito Santo virá e te
ajudará.

O QUE É O BATISMO COM FOGO?

O batismo com fogo provavelmente significa a obra purificadora de Jesus, que salva
quem se arrepende, mas destrói o pecado. A expressão “batismo com fogo” apenas
aparece duas vezes na Bíblia. O batismo com fogo vem de Jesus.

Durante seu ministério, João Batista avisava que iria chegar alguém maior do que ele.
João batizava com água, mas Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo
(Mateus 3,11; Lucas 3,16). Algumas pessoas pensam que o batismo com fogo é o
mesmo que o batismo com o Espírito Santo mas outras pessoas pensam que são dois
batismos diferentes. De qualquer jeito, os dois estão ligados à obra de Jesus.

Na Bíblia, o Espírito Santo às vezes é representado por fogo. No dia de Pentecostes,


quando os discípulos receberam o Espírito Santo, algo que parecia línguas de fogo
pousou sobre a cabeça de cada um (Atos dos Apóstolos 2,2-4). A Bíblia também fala
sobre não apagar o Espírito, como se apaga um fogo. No Antigo Testamento, a glória
da presença de Deus normalmente se manifestava com fogo.

Por outro lado, o fogo na Bíblia também está associado ao julgamento divino. O
castigo dos ímpios muitas vezes é representado por um lago de fogo ardente. Depois
de falar sobre o batismo com o Espírito Santo e com fogo, João Batista avisou que
quem não se arrependesse seria como palha queimada no fogo (Lucas 3,17).

O que o fogo representa?

 Poder – o fogo é forte e emite luz e calor; por isso muitas vezes representa o
grande poder de Deus, que deve ser respeitado – Hebreus 12,28-29
 Destruição – o fogo queima e pode causar muita devastação; da mesma
forma, o julgamento divino é devastador – Isaías 66,15-16

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 Purificação – o fogo era usado para refinar metais, queimando todas as
impurezas e deixando apenas metal puro; o fogo de Deus purifica dos pecados
– 1 Coríntios 3,13-15.

O batismo no fogo está associado a Jesus. Ele veio com poder para nos purificar de
nossos pecados e um dia voltará para trazer julgamento devastador sobre o mundo.
Assim, o batismo no fogo, afeta a todos, uns para purificação e outros para destruição.
Através do fogo divino, quem ama Jesus será como ouro refinado mas quem o rejeita
será como palha queimada.

O QUE É A TRINDADE?

Trindade é a palavra que usamos para descrever Deus que, sendo um só, tem três
“pessoas”: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra Trindade, que significa mais ou
menos “três em um” ou “um que é três”, não aparece na Bíblia, mas é usado para
explicar o conceito bíblico que Deus é um, mas é três. Essa ideia é difícil de entender
mas está bem presente na Bíblia (Mateus 28,19).

Deus é um só? Ou há vários deuses?

A Bíblia deixa claro: só há um Deus. Não existem vários deuses, apenas um, o Deus
da Bíblia, que é supremo (Isaías 44:6; Romanos 3:30). A Bíblia não fala de três
deuses, fala de só uma pessoa que é Deus. É por isso que chamamos o Cristianismo
de uma religião monoteísta, porque acredita que só existe um Deus e não vários
(panteísmo). A Trindade não é um conjunto de três deuses.

Então, Deus é um ou três?

Deus é três em um. Sendo um, Ele tem três “pessoas” ou “identidades”. É um pouco
como um ovo, que tem a clara, a gema e a casca. Juntos são o ovo mas são três
partes diferentes do mesmo ovo. Como o ovo, as três “pessoas” de Deus juntas são
um só Deus. Mas, diferente das partes do ovo, cada “pessoa” (Pai, Filho, Espírito
Santo) é em si Deus, não apenas uma parte. Por isso é normal chamar de “pessoas”,
porque cada um é distinto, com uma função diferente. É um pouco como uma mente
coletiva, três indivíduos com a mesma mente. Mas as três “pessoas” de Deus estão
muito mais interligadas.

Jesus disse “quem me vê, vê o Pai” (João 14,9). Quando o Espírito Santo age na
nossa vida, é a totalidade de Deus agindo em nós, através do Espírito Santo. A Bíblia
constantemente mistura os três, já que quando falamos de um, falamos também de
Deus no seu todo.

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Sabemos pela Bíblia que cada um dos elementos da Trindade tem algumas funções
diferentes, mas é difícil distinguir exatamente o Pai do Filho e do Espírito Santo,
porque no final são todos a mesma pessoa (João 10,30); as suas ações nunca são
completamente independentes. As três pessoas da Trindade são interdependentes.

Provavelmente não é possível compreender totalmente o conceito de Trindade, porque


somos seres limitados e não há nada igual a Deus para comparar (Isaías 40,18). É
importante lembrar que Deus não é limitado como nós. Tal como Ele não está preso
às regras do tempo e do espaço, também não é limitado pelas regras da matemática,
que diz que uma pessoa não pode ser um e três ao mesmo tempo. Deus é
infinitamente mais complexo que nós.

O QUE A BIBLIA ENSINA SOBRE A TRINDADE?

A Bíblia ensina que Deus, sendo um só, é Pai, Filho e Espírito Santo. Não existem três
deuses; somente existe um, com três manifestações, ou “pessoas”. A Bíblia ensina
que o Pai é Deus, Jesus é Deus e o Espírito Santo é Deus.

A Bíblia fala sobre a Trindade?

A palavra “Trindade” não aparece na Bíblia mas é usado para dar nome ao conceito
bíblico que o Pai, Filho e o Espírito Santo são a mesma pessoa. A Bíblia ensina
claramente que há só um Deus (Isaías 44,6). Não há outros deuses. Mas a Bíblia
também ensina que Deus tem três “pessoas” distintas:

 O Pai - Deus Pai é a origem de todas as coisas. Toda a vontade e todos os


planos de Deus estão expressos em Deus Pai (João 5,19). Ele é soberano
sobre todas as coisas e é o Juiz de todo o mundo.
 O Filho - O Filho é a manifestação visível de Deus: Jesus. Jesus é Deus em
forma humana, que conseguimos ver e compreender (João 1,14). Através de
Jesus, Deus trouxe a salvação ao mundo. Jesus nos dá acesso ao Pai e cobre
nossos pecados.
 O Espírito Santo O Espírito Santo é Deus agindo em nós. Deus mora em
nossos corações através do Espírito Santo (1 Coríntios 2,11-12). O Espírito
Santo nos capacita a crer e a entender as coisas de Deus. Ele também nos
ajuda a orar e a ter um relacionamento íntimo com Deus.

A grande manifestação da Trindade aconteceu no batismo de Jesus. O Filho, Jesus,


estava lá em forma humana, o Espírito Santo desceu como uma pomba e o Pai falou
dos céus (Lucas 3,21-22). Jesus também ordenou que os discípulos fossem batizados
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28,19).

Embora a Bíblia não entre em detalhes sobre a Trindade, ela confirma sua existência.

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JESUS É DEUS?

Sim, Jesus é Deus. A Bíblia deixa isso bem claro. Deus é um só, mas é uma Trindade,
três em um. Isso pode parecer estranho, mas Deus é muito mais complexo que um ser
humano. Nós somos corpo, alma e espírito, Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus é
a parte de Deus que é o Filho. Ao vir para a terra, Ele se transformou num homem,
identificando-se conosco.

O evangelho de João abre dizendo que Deus é a Palavra e Ele se tornou num homem
(João 1,1-14). Jesus era Deus e estava com Deus. Por outras palavras, Jesus é uma
parte da Trindade de Deus. Muita gente toma as passagens que falam de Jesus estar
junto a Deus como evidência que Ele não é Deus, mas outras passagens são muito
claras ao afirmar que Jesus é Deus (Tito 2,13). Lendo João 1, entendemos que não é
uma diferença de opinião sobre a divindade de Cristo mas que todos estão falando de
Jesus como Deus.

Quem Jesus afirmou ser?

Jesus disse que era Filho de Deus e Filho do homem, o Cristo/Messias (ambos
significam ungido). Não lemos nos evangelhos que Ele disse “eu sou Deus” mas Ele
também nunca disse “eu sou homem”. Mas pelas coisas que disse e fez, fica claro que
Ele se considerava Deus:

 Jesus deixou que as pessoas O adorassem (Mateus 28,9) – Jesus era judeu e
os judeus acreditavam que só deviam adorar a Deus, nunca a homens.
 Jesus perdoava pecados (Marcos 2,5-6) – Ele não estava perdoando pecados
feitos contra Ele próprio mas todos os pecados das pessoas! Os teólogos
judeus da altura ficaram chocados porque só Deus pode perdoar pecados
assim, visto que todo o pecado é uma ofensa contra Deus.
 Jesus disse que já existia antes de Abraão e era “Eu Sou” (João 8,28; João
8,58-59) – quando Moisés perguntou a Deus qual era seu nome, Deus
respondeu que era “Eu Sou”, que em hebraico é um jogo de palavras com
Senhor. Assim, Deus ficou conhecido como Eu Sou. Jesus disse que era Eu
Sou quando os judeus perguntaram quem Ele era, depois quiseram matá-lo
porque ficou claro que Ele dizia ser Deus.
 Jesus disse que Ele e o Pai eram a mesma pessoa (João 10,30-33) – isso é o
mesmo que dizer “eu sou Deus”; os judeus entenderam isso e tentaram
apedrejá-lo.
 Jesus ensinou que Ele é o Caminho e a Vida (João 14,6) – nenhum grande
líder espiritual disse que a salvação era por ele mesmo. Isso seria absurdo
porque quando morresse já não haveria salvação. Jesus não disse só para
obedecer à sua palavra, Ele disse que entrará na vida de quem O aceitar como
salvador, tal como Deus faz (João 14,23).

Muitas destas afirmações foram registradas por João, um dos apóstolos de Jesus que
ouviu essas coisas em primeira mão, não são rumores escritos muitos séculos mais

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tarde. Os judeus teriam aceitado um Messias, profeta ou líder espiritual sem problema
porque eles já estavam à espera que Ele viesse há muito tempo. A razão porque
muitos se recusaram a aceitá-lo e porque O mataram foi precisamente porque Ele
dizia ser Deus.

Outra passagem que ajuda-nos a compreender que Jesus é Deus, encontra-se no


Evangelho de João capítulo 14. Tomé indagou a Jesus sobre que caminho tomar e
para onde Ele iria (João 14:5). Jesus respondeu a Tomé dizendo: "Eu sou o caminho,
a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me
conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm
visto" (João 14:6-7). Além de afirmar que era o único caminho que levava à salvação,
Ele afirma que é Deus e que estava na frente de todos eles.

Filipe ainda sem compreender disse: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta"
(João 14:8). Jesus reafirma o que disse de maneira categórica: "Você não me
conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo?
Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: Mostra-nos o Pai?” Este trecho aponta
que Ele e o Pai são apenas um.

Jesus provou ser Deus quando ressuscitou. Todos os outros casos de ressurreição na
Bíblia foram graças às orações de homens de Deus mas Jesus ressuscitou sem
ninguém interceder por Ele (Atos dos Apóstolos 2:24). A morte não podia retê-lo
porque era perfeito e era Deus.

O BATISMO DEVE SER FEITO EM NOME DE QUEM?

Jesus mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28:19).
Batizar só em nome de Jesus também é aceitável, porque Jesus é o Filho e é um com
o Pai e o Espírito Santo. Os discípulos batizavam em nome de Jesus para se
distinguirem dos judeus, que não reconheciam Jesus, só Deus Pai.

O que significa ‘Em Nome De’?

Fazer algo em nome de Jesus é fazer com a autoridade de Jesus. Jesus deu aos
discípulos sua autoridade para batizar outros discípulos. Quando um crente batiza
outro, age como representante de Jesus. Essa pessoa não está dizendo que é Jesus;
ele age com a autoridade que só Jesus pode lhe dar. É um pouco como um advogado
que representa seu cliente ou um embaixador que representa seu presidente (2
Coríntios 5,20).

Batizar em nome de Jesus é igual a batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito


Santo. Jesus é o Filho e sua autoridade é a autoridade de Deus (João 10:30). O Pai, o
Filho e o Espírito Santo agem sempre em união porque são uma só pessoa: Deus.
Batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é reconhecer que Jesus é Deus.
Batizar só em nome de Jesus também é reconhecer que Jesus é Deus.

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Evite controvérsias tolas

A Bíblia não dá uma fórmula exata para ser dita no batismo e aceita variações. O
importante é o que o batismo significa. Se o significado é igual ao batismo que a Bíblia
ensina, então pequenas variações no ritual não são um problema.

Gerar controvérsia sobre um assunto tão pequeno como sinônimos, que em nada
afeta a doutrina da Bíblia, não é bom. Esse tipo de debate só causa divisão e é uma
armadilha do Diabo para enfraquecer a igreja. A Bíblia recomenda evitar controvérsias
tolas (2 Timóteo 2,23-24).

PORQUE JESUS FOI BATIZADO?

Jesus foi batizado por João Batista para revelar sua identidade, marcar o início de seu
ministério e ser um exemplo para todos nós. Jesus não tinha pecado nem precisava
ser batizado para arrependimento.

João Batista batizava o povo para arrependimento de seus pecados. Ele estava
preparando os corações das pessoas para a vinda de Jesus (Marcos 1:2-4). Quando
Jesus veio para ser batizado, João Batista não quis. Ele sabia que Jesus era o
Messias e não tinha pecado. Mas Jesus lhe disse que era necessário, para cumprir
toda a justiça. João Batista concordou e batizou Jesus (Mateus 3,13-15).

Jesus foi batizado para revelar sua identidade.

Quando Jesus saiu da água, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba e
uma voz dos céus disse “tu és o meu filho amado; em ti me agrado”. Jesus foi
publicamente reconhecido como Filho de Deus (Lucas 3,21-22).

João Batista reconheceu esse sinal. Deus lhe tinha avisado que quando ele visse o
Espírito Santo descendo sobre alguém, essa pessoa era o Filho de Deus (João 1,32-
34). Quando Jesus foi batizado, Deus confirmou que ele era o Salvador prometido,
que iria tirar o pecado do mundo.

Jesus foi batizado para marcar o inicio do seu ministério.

Antes de seu batismo, Jesus tinha vivido como uma pessoa normal, sem ensinar o
povo nem realizar milagres. Ele foi carpinteiro e não chamou muita atenção para si. O
batismo marcou o fim do tempo de crescimento e preparação e o início do ministério
público de Jesus.

Quando Jesus foi batizado, ficou confirmado que ele tinha o poder do Espírito Santo
para realizar a vontade de Deus. Seu batismo também revelou o propósito de seu
ministério: se identificar com o pecador arrependido e levar nossos pecados (Romanos
6,3-4).

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Jesus foi batizado como exemplo para todos nós.

Jesus foi um exemplo para nós em tudo que fazia. Ele foi batizado para mostrar a
importância do arrependimento. O arrependimento é essencial para a salvação (Atos
dos Apóstolos 2,38). Quando alguém se arrepende de seus pecados e aceita Jesus
como seu salvador, ele se torna filho de Deus.

O batismo cristão também é importante como sinal público de comprometimento com


Deus (1 Pedro 3,21-22). Jesus mostrou que era completamente dedicado a fazer a
vontade de Deus. Ele também ordenou o batismo de cada pessoa que se compromete
a ser seu seguidor (Mateus 28,19-20).

COMO FOI O BATISMO DE JESUS?

O batismo de Jesus foi realizado por João Batista no rio Jordão. Ele entrou na água,
foi batizado e foi identificado como o Filho de Deus. O batismo de Jesus marcou o
início de seu ministério.

João Batista, primo de Jesus, estava pregando o arrependimento e batizando quem se


arrependia no rio Jordão. Ele anunciava que em breve viria alguém maior que ele, que
iria batizar no Espírito Santo. João era apenas o mensageiro, que estava preparando o
caminho (Lucas 3,15-16).

Um dia, quando Jesus tinha cerca de 30 anos, ele desceu ao rio Jordão para ser
batizado. João não queria batizar Jesus, porque ele se achava indigno e que ele
precisava ser batizado por Jesus. Mas Jesus lhe disse que era importante, “para
cumprir toda a justiça”. Então João concordou e batizou Jesus (Mateus 3,13-15).

Quando Jesus saiu da água, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele na
forma de uma pomba. Uma voz do céu disse “tu és o meu Filho amado; em ti me
agrado” (Marcos 1,10-11). Depois desse evento, Jesus foi para o deserto para ser
tentado e, em seguida, começou a pregar.

Por que Jesus foi batizado?

Jesus foi batizado “para cumprir toda a justiça”. Ele não precisava ser batizado como
sinal de arrependimento, porque ele não tinha pecado. Mas o batismo de Jesus foi
importante para mostrar que ele fez tudo que deveria ser feito.

O batismo de Jesus também serviu para marcar o início de seu ministério. Antes
desse tempo, Jesus tinha vivido como um homem comum, trabalhando como
carpinteiro. Quando Deus revelou a identidade de Jesus, ele foi apresentado
oficialmente ao mundo e as pessoas começaram a reparar nele.

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Jesus foi batizado por imersão?

Sim, Jesus provavelmente foi batizado por imersão. A Bíblia diz que ele entrou na
água para ser batizado. Se João Batista só derramou um pouco de água em sua
cabeça, não seria necessário entrar na água.

Entrando e saindo da água, Jesus estava mostrando qual era sua missão: morrer e
ressuscitar para nos lavar de nossos pecados (Romanos 6,3-4).

COMO É O BATISMO NAS AGUAS?

O batismo nas águas é um ritual em que uma pessoa convertida é baixada para dentro
de água e levantada. É uma declaração pública que essa pessoa crê em Jesus e
agora faz parte da igreja. O batismo nas águas não é essencial para a salvação mas é
uma ordenança de Jesus.

Quem pode ser batizado nas águas?

Qualquer pessoa salva pode e deve ser batizada. Uma pessoa é salva quando se
arrepende de seus pecados, aceitando Jesus como seu salvador, pela fé (Romanos
10,9-10). Arrependimento é reconhecer seus pecados e decidir mudar de vida. Aceitar
Jesus como salvador é acreditar e aceitar que Jesus levou o castigo que você merece
por seus pecados na cruz, dedicando sua vida a ele em gratidão.

Quem não é salvo não deve ser batizado porque o batismo nas águas representa um
compromisso sério com Jesus. Mas quando alguém é salvo, deve ser batizado. O
batismo nas águas mostra que a pessoa tem um compromisso sério com Jesus.
Muitas igrejas temem aceitar pessoas não batizadas como membros porque ainda não
mostraram esse compromisso.

Como é a cerimônia de batismo?

A Bíblia não dá nenhuma fórmula exata para realizar o batismo nas águas. O mais
importante é deixar claro que a pessoa está sendo batizada porque crê em Jesus. Os
batismos realizados na Bíblia não estão descritos em grande detalhe, mas existem
alguns elementos que normalmente aparecem:

 A pessoa que quer ser batizada – um batismo só acontece quando há alguém


que expressa o desejo de ser batizado – Atos dos Apóstolos 8,36
 A pessoa que batiza – deve ser crente; quem discípula pode batizar (Mateus
28,19-20); normalmente uma ou duas pessoas batizam o novo crente.
 Uma declaração de fé – só deve ser batizado quem confessa Jesus como seu
salvador, por isso normalmente se pede que a pessoa declare sua fé antes de
ser batizada – Atos dos Apóstolos 8,37-38.

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ELABORADO POR: Marco Antônio Lana - Teólogo Bíblico.
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 Água – a água representa a purificação dos pecados; não é preciso nenhuma
água especial para ser batizado.
 O ato do batismo – a pessoa é batizada no nome de Jesus, sendo submersa
na água e levantada; muitas pessoas que batizam usam a fórmula: “no nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo” -

O batismo por imersão era a forma mais frequente de batizar na Bíblia. Outras formas
de batizar como a aspersão, podem ter acontecido, mas o batismo por imersão tem
um significado mais completo.

Quando a pessoa entra na água, representa sua identificação com a morte de Jesus.
Assim como Jesus morreu na cruz, essa pessoa também morreu para o pecado.
Quando é levantada, representa sua identificação com a ressurreição de Jesus
(Romanos 6,3-5). Assim como Jesus ressuscitou, essa pessoa agora tem uma vida
nova, dedicada a Deus, e um dia ressuscitará para a vida eterna.

QUAL É A IMPORTANCIA DO BATISMO NAS AGUAS?

O batismo nas águas é muito importante porque é o sinal que uma pessoa é salva e
tem o compromisso de seguir Jesus pelo resto da vida. Jesus ordenou o batismo nas
águas. O batismo não tem poder para salvar mas é um mandamento de Jesus.

Jesus mandou que todo novo discípulo fosse batizado (Mateus 28,18-20). Esse é o
sinal que alguém segue Jesus. Os apóstolos batizavam quem se convertia e
ensinaram outros a fazer o mesmo. O batismo é muito importante para ser
reconhecido como crente

Qual é o significado do batismo nas águas?

O batismo é uma forma de mostrar que você crê que Jesus morreu e ressuscitou (Atos
dos Apóstolos 8:36-38). Quando você desce na água, representa o sepultamento de
Jesus; a subida representa a ressurreição. O batismo também significa que você crê
que, por causa de Jesus:

 Você morreu para o pecado – espiritualmente, você morreu com Jesus na cruz
e agora tem uma vida nova, livre da condenação do pecado.
 Você está limpo – Jesus lhe lavou de todos os seus pecados.
 Você crê na ressurreição – um dia você vai ressuscitar para a vida eterna, junto
de Jesus

Assim, o batismo nas águas é uma forma de mostrar que você crê na verdade da
Bíblia (Romanos 6,3-5).

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Por que devo ser batizado? O batismo nas águas salva?

O batismo em si não salva. A salvação vem pela fé, através da graça de Deus (Efésios
2,8-9). Mas o batismo é um ato de fé. A fé leva à ação. Com o batismo, você prova
que crê em Jesus.

O batismo também é muito importante porque é sinal de compromisso com Jesus (1


Pedro 3,21). É um pouco como uma cerimônia de casamento – torna oficial seu
relacionamento com Deus. O batismo nas águas é o sinal público que você leva sua fé
a sério e tem o compromisso de seguir Jesus até o fim.

Todo crente deve querer ser batizado. Foi Jesus que ordenou o batismo nas águas. O
batismo do crente agrada Jesus, porque é uma prova de amor por Ele.

SÓ VAI PARA O CÉU QUEM É BATIZADO?

Não, a Bíblia não diz que só quem é batizado vai para o Céu. Mas o batismo é uma
ordenança importante de Jesus e todo crente deve se batizar. O batismo é um sinal
que a pessoa é salva por Jesus.

O batismo salva?

Não, o batismo não salva. O que salva é a graça de Deus, que é concedida quando
uma pessoa crê em Jesus e se arrepende de seus pecados (Efésios 2,8-9). Mas o
batismo é muito importante porque é uma confirmação da salvação.

Na Grande Comissão de Jesus, fica claro que o batismo é o sinal que alguém é
seguidor de Jesus (Mateus 28:19-20). No Novo Testamento, as pessoas eram
batizadas quando se convertiam. Esse era um sinal que sua conversão era verdadeira
e tinham um compromisso sério de seguir Jesus.

O batismo é uma identificação com a morte e ressurreição de Jesus. A descida na


água representa à morte e a subida a ressurreição. A pessoa que se batiza mostra
para o mundo que acredita que Jesus morreu por seus pecados e ressuscitou para
sua salvação. Pela fé em Jesus, a pessoa morreu para o pecado e ressuscitou para
uma vida nova, guiada por Deus. Também está dizendo que acredita que um dia vai
ressuscitar para a vida eterna (Romanos 6,3-6).

Jesus ordenou que quem cresse fosse batizado (Marcos 16:16). O batismo serve
como sinal para mostrar o compromisso sério de seguir Jesus. A pessoa que se batiza
confessa publicamente que segue Jesus. Quem não quer se batizar está dizendo que
ainda não tomou essa decisão, portanto provavelmente ainda não é salvo.

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Quem não é batizado pode ir para o Céu?

Sim, quem não é batizado pode ir para o Céu, se já se arrependeu e aceitou Jesus
como seu salvador. Algumas pessoas salvas não têm a chance de serem batizadas
antes de morrerem, mas não vão para o inferno.

Algumas pessoas aceitam Jesus como seu salvador no leito de morte, como o ladrão
na cruz ao lado de Jesus. Essas pessoas podem não conseguir ser batizadas, mas já
creram e, se tivessem oportunidade, provavelmente teriam se batizado depois. Jesus
não negou a salvação ao ladrão, embora já batizasse seus discípulos (Lucas 23,42-43;
João 3,26). Da mesma forma, podemos crer que essas pessoas não serão negadas o
acesso ao Céu.

Em outras situações, pessoas se convertem mas não têm a chance de se batizarem


logo. Jovens com pais descrentes que não aprovam poderão ter de esperar até serem
adultos para serem batizados. Outras pessoas crentes poderão não ser batizadas por
ignorância – não sabem que é necessário. Ainda outras pessoas convertidas querem
ser batizadas, mas são impedidas por alguma razão.

Isso não significa que essas pessoas não são salvas. O mais importante é a mudança
pessoal que o batismo representa. A salvação vem pela fé, não pelo batismo
(Romanos 1,16-17). Mesmo assim, quando uma pessoa entende que o batismo é uma
ordenança de Jesus, deve se esforçar para obedecer.

O QUE DIZ A BIBLIA SOBRE O BATISMO?

A Bíblia não diz nada sobre o batismo de bebês. Não há nenhum lugar na Bíblia que
diz que um bebê foi batizado. As pessoas que foram batizadas na Bíblia sabiam o que
estavam fazendo e tomaram essa decisão de forma consciente. Ninguém foi batizado
sem seu consentimento.

O batismo salva?

Não, o batismo em si não salva. Só a fé em Jesus pode salvar (Romanos 10,9-10). O


batismo é simbólico, representando nossa morte para o pecado e ressurreição para a
vida eterna, pelo sacrifício de Jesus.

Se uma pessoa se converte e morre antes de ser batizada, essa pessoa está salva.
Isso aconteceu com o ladrão que morreu ao lado de Jesus. Do mesmo modo, se uma
pessoa é batizada, mas não aceitou Jesus como seu salvador, não está salva. O
batismo não tem sentido sem haver conversão primeiro.

Batizar seu bebê não vai salvá-lo. Deus não vai lançar no inferno quem é muito novo
para entender sobre o pecado e a salvação. O Reino dos Céus pertence a quem é
como uma criança: humilde e inocente para o mal (Mateus 18,3-4).

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O batismo substitui a circuncisão?

Sim e não. Sim, porque a circuncisão acontecia depois do nascimento e representava


a pertença ao povo judeu. O batismo acontece depois do novo nascimento espiritual
(conversão) e representa a pertença à família de Deus. Não, porque o novo
nascimento acontece com uma decisão pessoal, que um bebê não tem capacidade
para fazer.

As famílias batizadas na Bíblia incluíam bebês?

A Bíblia não diz se incluíam bebês ou não. Mas é importante ler o contexto. Todos que
foram batizados ouviram sobre Jesus e se converteram primeiro.

Veja alguns exemplos: Atos dos Apóstolos 2:40-41; Atos dos Apóstolos 10:44-48; Atos
dos Apóstolos 16:32-34.

Em alguns casos, até crianças pequenas podem entender a mensagem da salvação e


responder sinceramente ao chamado. Mas um bebê pequeno que não entende nem
fala não consegue fazer isso. O batismo na Bíblia é sempre para quem entende.

Batizar bebês é pecado?

Não, batizar um bebê não é pecado, mas é uma interpretação errada. Deus não vai
castigar quem acredita que isso é certo, porque Ele entende os motivos das pessoas.
Mas batizar um bebê é perder algum do sentido original do batismo, como símbolo da
conversão.

Claro que é bom dedicar a criança a Deus, integrá-la na família da igreja e fazer o
compromisso de ensiná-la nos caminhos de Deus. Mas isso não precisa de um
batismo. O batismo deveria ser reservado para quando a pessoa já tiver tomado a sua
decisão.

PRIMEIROS PASSOS NA VIDA CRISTÃ

Após a conversão, o novo crente deverá ser integrado à Igreja, que é o Corpo de
Cristo. Esse processo se faz através do batismo e da declaração de fé. O novo
convertido tem de estar convicto de que foi salvo por Jesus. Ele nasceu de novo e
quer, por livre e espontânea vontade, seguir este novo caminho de fé.

O batismo é o ato da iniciação na Igreja, instituído por Jesus Cristo. A declaração de fé


é feita durante o batismo.

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Após estes passos, a pessoa é recebida publicamente pela Igreja e passa a ser
membro com todos os direitos e deveres, inclusive a de participar da Santa Ceia ou a
Ceia do Senhor.

O que é declaração de fé?

a) É dizer diante de todos que agora pertencemos a Jesus: - Mateus 10,32.


b) É assumir a nossa responsabilidade como cristãos, não negando a Jesus
diante dos homens: - Mateus 10,33
c) É estar pronto para testemunhar: - Romanos 10,9-10.
d) É afirmar que:
 Crê em Deus Pai, o criador; Deus Filho, o redentor: e no Deus Espirito
Santo, o regenerador, o santificador de vidas e repartidor dos dons
espirituais: - João 16,7; 1 Coríntios 11,1.
 Crê na Bíblia como sua única regra de fé e prática;
 Crê que a igreja é o Corpo de Cristo
 Crê no exercício dos dons espirituais: - 1 Coríntios 12,1-11.

Pontos sobre os quais a fé se alicerça.

Para fazer a declaração de fé, todo cristão precisa conhecer os pontos básicos sobre
os quais sua fé se alicerça. A seguir, listamos alguns:

1) Cremos que há um só Deus vivo e verdadeiro, infinito, imutável, eterno,


onipotente, onisciente, santíssimo, gracioso, misericordioso, longânimo
(Deuteronômio 6,4; Jeremias 10,10; 1 Timóteo 1,17; Tiago 1,17).
2) Cremos na Trindade. Isso quer dizer que na unidade da Divindade há três
pessoas distintas: - PAI, FILHO, ESPIRITO SANTO – de uma substância,
poder e eternidade (Mateus 3,16; 28,19; 2 Coríntios 13,14). O Pai sustenta
todas as coisas pelo seu poder e amor; o Filho é o Redentor, que se fez
homem com a finalidade de nos redimir de nossos pecados (João 1,1 e 14); o
Espirito Santo é o Consolador, Regenerador que convence o homem do
pecado, da justiça e do juízo (João 16,8). A trindade pode ser percebida em
textos do Antigo Testamento, no uso de certas expressões: (Isaias 6,3; 9,7; Gn
1,26; Sl 51,11). Contudo, é o Novo Testamento que os ensinos sobre a
Trindade tornam-se mais claros: (1 Coríntios 8,4; Colossenses 1,15). No Novo
Testamento, muitos textos referem-se ao Espirito Santo como sendo uma
pessoa da divindade que age na vida da Igreja e a dirige (Atos dos Apóstolos
13,2. Efésios 4,30

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3) Cremos em Jesus, o único salvador. Deus tinha um único Filho e o deu para
morrer em favor daqueles que o aceitam como salvador. Ele é o caminho, a
verdade e vida. Ele é o único mediador entre Deus e os homens. Ele é a pedra
angular da Igreja. Seu sangue em poder de remir o pecado (João 3,16; 14,6; 1
Timóteo 2,5; 1 Pedro 2,6-7; Apocalipse 1,5).
4) Cremos na Bíblia (Antigo e Novo Testamento) como única regra de fé e
prática. A Bíblia é a Palavra de Deus, inspirada pelo Espirito Santo, e dá
diretrizes para a nossa vida espiritual. Por isso, sua leitura e estudo são
indispensáveis (Romanos 15,4; 2 Timóteo 3,16 e Hebreus 4,12). As Escrituras
Sagradas são o registro da revelação de Deus ao homem, seja através da
natureza (Sl 19,1-4; Romanos 1,19-20), seja através de Jesus (Hebreus 1,1-2).
5) Cremos que a Igreja é o Corpo de Cristo. Esta simbologia é descrita pelo
apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12 e Efésio 5. O corpo humano é formado por
um conjunto de membros que se inter-relacionam. A Igreja é um corpo, cuja
cabeça é Cristo e os demais membros são os crentes.
6) Cremos no batismo com o Espirito Santo e no exercício dos dons
espirituais. O batismo com o Espirito Santo é uma benção para os dias atuais
e não apenas para os cristãos do primeiro século (Joel 2,28, Atos dos
Apóstolos 1,8; 2,38-39). Os dons espirituais são ferramentas que capacitam o
homem de Deus para o serviço cristão. O Espirito os distribui segundo Seu
querer. Paulo aconselha os crentes a busca-los – 1 Coríntios 14,1. Há varias
listas de dons no Novo Testamento, mas a mais conhecida está em 1 Corintios
12,8-10. Podem ser divididos em três grupos de três:
 Dons de revelação – palavra de conhecimento, palavra de sabedoria e
discernimento de espirito.
 Dons de poder – dom da fé, dons de curar, dons de operação de
maravilhas.
 Dons verbais – profecia, variedades de línguas e interpretação – ver
Romanos 12,6-8; Efésios 4,10-11; e 1 Pedro 4,10-11.
7) Cremos que Deus criou o homem com inteligência, livre arbítrio (ou livre
escolha), retidão e perfeita santidade á sua imagem e semelhança e deu-lhe
liberdade de escolha (Genesis 1,27; 2,7). Contudo o pecado corrompeu a
vontade humana e a escravizou (Romanos 3,6-8.23; Efésios 2,1.5). Toda a
raça humana foi contaminada pela transgressão de Adão (Roamnos 5,17). Por
causa do pecado, todo homem está sujeito à perdição eterna (Romano 6,23)
8) Cremos que a fé nasce nos corações por obras do Espirito Santo,
mediante a Palavra de Deus – Romanos 10,14 e 17.
9) Cremos que as boas obras não podem salvar, (Romanos 3,20). Elas
simplesmente evidenciam uma fé viva e verdadeira (Efésios 2,10; Tiago
2,18.22)
10) Cremos que, após a morte, os corpos dos homens tornam-se pó, mas
suas almas voltam a Deus. As almas dos justos vao para a presença de
Deus, onde aguardam a ressurreição de seus corpos; porem, as almas dos
ímpios são lançados no inferno, onde esperam o grande juízo final (Lucas
23,43; 2 Coríntios 5,1; Filipenses 1,23; Lucas 16,25-31).

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11) Cremos na segunda vinda de Cristo, na ressurreição (Mateus 24,30; Lucas
21,27) e no juízo final (João 5,22; At 17,31; Rm 14,10; 2 Corintios 5,10;
Apocalipse 20,11-15).

Quem deve fazer sua declaração de fé

a) Quem nasceu de novo (João 3,3).


b) Quem foi regenerado (Tito 3,5; 1 Pedro 1,23).
c) Quem é uma nova criatura (2 Coríntios 5,17).

Atitudes de quem fez sua declaração de fé.

a) Testemunha a nova fé. Testemunhar é falar daquilo que Deus fez em nossa
vida. Também a conduta diária e o novo modo de proceder são chamados de
testemunho. Pelo testemunho de que somos novas criaturas podemos levar
outros a Cristo. Para isso fomos salvos (1 Pedro 2,9).
b) Vive para Cristo. Este é o nosso compromisso como cristãos. Morremos para
o mundo e passamos a viver para Ele (Gálatas 2,20).
c) Vive em renuncia constante. Convertidos, temos condição de avaliar melhor
o padrão de vida mundana que nos cerca. Muito daquilo que está ao nosso
redor não serve mais para o nosso viver, pois não agrada ao nosso Deus. Por
isso, a vida cristã é de constante vigilância e renuncia. Cristo nos chamou e
exige de nós esta atitude genuína (Mateus 16,24). Entretanto, o jugo de Jesus
é suave. Esta renuncia não constitui num problema para o que quer seguir o
caminho do discipulado, mas uma libertação.
d) Não se envergonha de Jesus. Em nenhum momento o crente vai negar que é
um salvo por Jesus. Jesus, sendo o Filho de Deus, não teve vergonha de se
entregar na cruz por nós, de fazer de cada um de nós uma nova criatura -
(Lucas 9,26). Paulo disse: (Romanos 1,16)
e) Agrada ao Senhor. Somos o templo do Espirito Santo. Agora Cristo vive em
nós. Assim nosso falar, nosso agir, nossa vida de oração, de louvor, de busca
de crescimento espiritual, de amor ao próximo, nosso testemunho, enfim tudo
em nosso viver deve ser segundo os padrões de santificação que o Senhor
requer. Uma vida santa agrada ao Senhor, porque Ele é santo – (Colossense
1,10).

A BÍBLIA

A Bíblia é a Palavra de Deus revelada e registrada em uma coleção de livros escritos


durante séculos. A Bíblia também é o livro mais lido no mundo. Porém, ela não é um

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ELABORADO POR: Marco Antônio Lana - Teólogo Bíblico.
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livro comum. Os leitores da Bíblia precisam saber que ela possui duas naturezas:
humana e divina.

A natureza humana da Bíblia significa que ela foi escrita por homens. Já sua natureza
divina significa que apesar de ter sido escrita por homens, ela foi inspirada pelo próprio
Deus. Assim, ela é a divina Palavra de Deus em todos os sentidos.

O significado da palavra “Bíblia”

A palavra Bíblia significa “livro”, e tem origem grega. É interessante notar que da forma
com que esse termo é aplicado, ele transmite um sentido muito especial. Ele indica
que entre milhões de livros existentes, apenas um tem importância e autoridade
suficiente para ser chamado simplesmente de “O Livro”.

Antes de o termo “Bíblia” ser amplamente utilizado, essa coleção de livros era
chamada mais frequentemente de “As Sagradas Escrituras”.

Quando a Bíblia foi escrita e quem a escreveu?

A coleção de livros que formam a Bíblia foi escrita por diversos autores num espaço de
tempo que compreende entre 1.500 e 2.000 anos. Provavelmente os primeiros livros
que foram escritos datam de aproximadamente 3.500 anos atrás. Já os últimos, foram
escritos há cerca de 2.000 anos.

No entanto, a história registrada na Bíblia abrange um período muito maior. Ela recua
à data mais remota possível, visto que ela narra a própria criação do mundo. Saiba
mais sobre quem foram os autores bíblicos.

Quantos livros formam a Bíblia?

A Bíblia é formada originalmente por 66 livros aceitos como sendo inspirados por
Deus. Esses 66 livros correspondem aos 39 livros do Antigo Testamento, e aos 27
livros do Novo Testamento.

Os livros do Antigo Testamento são os livros sagrados dos judeus escritos em


hebraico. Apenas alguns pequenos trechos foram escritos em aramaico. Já os livros
do Novo Testamento foram àqueles escritos em grego já na era Cristã, depois do
ministério de Cristo.

As Bíblias Católica e Ortodoxa possuem uma quantidade diferente de livros em


relação à Bíblia Protestante. Isso ocorre porque tais tradições passaram a considerar e
incluir ao Antigo Testamento alguns livros e textos que foram inclusos na Septuaginta.
Porém, tais livros não aparecem no Cânon original do Antigo Testamento hebraico.
Assim como os judeus, a Igreja Reforma não os considerou como inspirados.

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No entanto, as Bíblias Católica e Ortodoxa também possuem os 66 livros que formam
a Bíblia Protestante. Quanto à tradução dessas Bíblias, não há qualquer diferença
realmente significativa.

Como os livros bíblicos estão organizados?

O Antigo Testamento conta a história do período antes de Cristo. Já o Novo


Testamento registra os acontecimentos a partir do nascimento de Jesus. Os livros do
Antigo e do Novo Testamento também são classificados por suas características e
assuntos. A classificação é a seguinte:

 Pentateuco: são os cinco primeiros livros da Bíblia. Eles contam a origem de


todas as coisas e a forma com que Deus escolheu para si um povo (de
Gênesis a Deuteronômio).
 Livros Históricos: são os livros que registram, principalmente, a história do
povo de Israel. Essa história é contada desde que eles chegaram à Terra
Prometida (de Josué a Ester).
 Livros Poéticos: são os livros que contém poesias e uma coleção de diversos
conselhos de sabedoria (de Jó a Cânticos dos Cânticos).
 Livros de Profecias: registram as mensagens dadas por Deus sobre o futuro
de seu povo. Seus escritores foram homens que Ele escolheu como seus
porta-vozes na terra (de Isaías a Malaquias).
 Evangelhos: já no Novo Testamento, esses livros narram a biografia e o
ministério de Jesus (de Mateus a João).
 Livro Histórico do Novo Testamento: apenas um livro pertence a essa
categoria: Atos dos Apóstolos. Esse livro registra os primeiros anos da Igreja
Cristã. Ele informa em detalhes como o Evangelho foi propagado rapidamente
pelo Oriente.
 Epístolas: são cartas escritas por líderes da Igreja. Esses homens foram
levantados por Deus para ensinar a Igreja do Senhor. Essas cartas contêm as
doutrinas fundamentais da fé Cristã (da Epístola de Romanos a Epístola de
Judas).
 Livro de Profecia do Novo Testamento: nessa categoria se enquadra apenas
o livro do Apocalipse escrito pelo apóstolo João. Esse livro contém uma série
de revelações que João recebeu diretamente da parte de Cristo. Essas
revelações são primordiais para a Igreja, independentemente de sua época.
Saiba mais sobre quais são os livros bíblicos.

O que a Bíblia realmente é?

Muito pode ser dito sobre o que é a Bíblia. Ao longo do tempo, ela teve sua circulação
proibida. Ela sofreu diversas tentativas de homens que tentaram destruí-la. Também
foi contestada por céticos e desprezada por muitos que acreditaram que seus dias
estavam contados.

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Muitas pessoas já afirmaram que devido a evolução cientifica, intelectual e
tecnológica, chegaria o dia em que a Bíblia não passaria de um simples livro
esquecido e sem qualquer valor espiritual. Apesar disso, a Bíblia permanece absoluta
como o livro mais lido de todos os tempos. Suas suas características e propósitos
continuam intactos. Resumidamente, podemos dizer que a Bíblia é:

1. A Bíblia é a única regra de fé e prática

Apenas a Bíblia Sagrada possui autoridade absoluta para nos revelar o modo com que
devemos viver, de forma que possamos nos enquadrar nos preceitos divinos e agradar
o nosso Deus. Na Bíblia encontramos a verdadeira sabedoria que molda nosso
comportamento e nos conduz em nossas decisões.

Não é necessário ser um teólogo para poder compreender de forma bastante simples
e esclarecida os pontos fundamentais da nossa fé. Através de uma leitura natural e
atenciosa, qualquer leitor entenderá que o Deus revelado na Bíblia é o único e
verdadeiro Deus, criador de todas as coisas. Também entenderá que apenas através
de Cristo o homem pode ser salvo. Além disso terá ciência sobre quais são os
mandamentos de Deus para que possamos viver uma vida que o agrade.

2. A Bíblia é totalmente inspirada por Deus

Tudo o que está registrado na Bíblia foi inspirado pelo Espírito de Deus. Isso significa
que não há uma parte mais inspirada e outra menos inspirada. Mesmo a Bíblia
contendo diversos autores, a fonte de todos eles foi o Espírito Santo. Assim, o próprio
Deus é o Autor primário das Escrituras Sagradas.

3. A Bíblia é inerrante.

A Bíblia é a verdade acima de qualquer suspeita. Apesar de ter sido escrita por
homens falíveis, a Bíblia não possui qualquer erro ou contradição. Como ela foi
inspirada por Deus, tudo aquilo que foi escrito nela pelos autores humanos teve a
supervisão e a aprovação divina.

No entanto, a Bíblia também possui passagens difíceis que aparentemente podem


soar até mesmo como possíveis contradições. Mas a dificuldade ou a falha na
interpretação dessas passagens está em nós e não na Bíblia. Inclusive, tais
dificuldades podem ser motivadas por alguns fatores, como por exemplo, possíveis
problemas em algumas traduções bíblicas e copias que foram feitas ao longo dos
tempos.

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4. A Bíblia é a resposta para os grandes questionamentos da humanidade

Na Bíblia podemos encontrar a resposta para as grandes questões levantadas pelo


homem durante toda sua existência. Por exemplo, a Bíblia responde quem somos; de
onde viemos; quem criou todas as coisas; por que existimos; como devemos viver e
para onde vamos.

5. A Bíblia é a revelação de Deus

Deus se revela de várias formas ao homem, seja pela criação ou mesmo pela
consciência moral que todo ser humano possui. Mas é na Bíblia que encontramos a
auto-revelação especial de Deus. É através das Escrituras que tomamos
conhecimento de forma clara sobre seus mandamentos, sobre seus propósitos e sobre
o plano redentor através do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

6. A Bíblia é Cristocêntrica

Centenas de personagens bíblicos são citadas nela, mas Jesus é o personagem


central das Sagradas Escrituras. O Antigo Testamento aponta para sua vinda, e o
Novo Testamento mostra o cumprimento do que foi predito no Antigo Testamento. O
Novo Testamento descreve em detalhes o ministério do Filho de Deus na terra e a
realidade de sua segunda vinda em breve.

7. A Bíblia é a informação clara, precisa e confiável acerca do futuro de todas as


coisas.

A Bíblia revela de forma incontestável como será a consumação de todas as coisas.


Ela informa sobre a condenação eterna que aguarda os ímpios. Também revela as
promessas de um futuro glorioso para aqueles que foram redimidos através da obra de
Cristo na cruz do Calvário.

De tantas coisas que possamos dizer sobre o que é a Bíblia, tudo se resume na plena
compreensão da verdade de que ela não apenas contém a Palavra de Deus, mas é a
própria Palavra de Deus revelada a nós.

Livros Apócrifos

Etimologicamente, é um termo que deriva do grego apokruphoi, que significa "secreto",


"oculto", "escondido". É uma das palavras que tem sofrido várias transformações
semânticas, pois o seu significado tem variado com o tempo e com diferentes grupos
sociais que a têm empregado. Este termo foi atribuído pelos Católicos aos livros que
não foram reconhecidos pelas autoridades religiosas do Cristianismo e do Judaísmo
ao longo dos séculos. Nestes livros estão redigidos, por exemplo, alguns textos que

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conotam a pouca credibilidade que os primeiros pastores (líderes religiosos) e as
primeiras comunidades cristãs davam a Jesus Cristo. Foram escritos por Cristãos
curiosos sobre a vida de Jesus ou, por seitas religiosas que queriam divulgar a sua
doutrina. Estes livros, por isso mesmo, não são considerados verdadeiros ou
autênticos por muitos católicos e há até alguns historiadores e exegetas que
recomendam a sua leitura "nas entrelinhas" e de forma cuidadosa, retirando
informações apenas de forma indireta, com a máxima prudência.

São também considerados livros com um carácter oculto, atribuídos a autores


sagrados, cuja integração nos cânones bíblicos é discutível e que foram caindo em
descrédito através do desenvolvimento de estudos filológicos e comparativos.

Os Livros Apócrifos são assinalados, em termos de produção textual, tanto no Antigo


como no Novo Testamento e também, alguns, no período da Reforma (séc. XVI). Ao
que tudo indica, a maioria destes livros foram redigidos nos séculos II a. C e no I d. C.
O seu conteúdo oscila entre as lendas, as profecias, o carácter histórico ou
apocalíptico, sendo alguns até didáticos.

O termo apócrifo é usado para a coleção de 14 ou 15 livros ou partes de livros,


escritos em grego, que foram colocados entre os livros do Velho e do Novo
Testamento. No Novo Testamento, os Livros Apócrifos incluem vários evangelhos e a
vida dos apóstolos.

Muitos destes textos foram descobertos nos séculos XIX e XX, gerando uma grande
especulação sobre a sua importância. De resto, foi a partir do século XX que se
começou a fazer vários estudos sobre estes textos. Estes livros são muito antigos e
proporcionam aos historiadores/investigadores uma fonte histórica muito importante.

Para os Protestantes, por exemplo, apócrifo quer dizer que o livro não faz parte do
cânon hebraico, enquanto que os Católicos designam estes livros como
deuterocanónicos e denominam de apócrifos os livros que os estudiosos protestantes
chamam pseudo-epígrafos.

Para os católicos de rito romano, os Apócrifos designam os livros que não fazem parte
do Cânon Hebraico, que não são inspirados, porém, foram anexados à Septuaginta
(Bíblia dos Setenta) e à Vulgata Latina, de S. Jerónimo. Estes livros são rejeitados
porque ensinam uma doutrina contrária à de Moisés, além disso, nem Cristo nem os
Apóstolos os citam.

Durante o Concílio de Trento, a Igreja Católica, pôs os livros apócrifos com o mesmo
nível de igualdade que os outros livros inspirados da Bíblia (Escrituras) e todas as
pessoas que não aceitassem os apócrifos, como sendo livros importantes, seriam
amaldiçoados pela igreja.

Hoje em dia, a Igreja Católica reconhece, como parte da tradição, os Evangelhos


Apócrifos de Tiago, Mateus, o Livro da Natividade de Maria, o Evangelho de Pedro e
os Arménio e Árabe da Infância de Jesus. Mas a maioria dos livros não é reconhecida.
No total são 112 livros, 52 do Antigo Testamento e 60 do Novo Testamento.

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ELABORADO POR: Marco Antônio Lana - Teólogo Bíblico.
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A IGREJA, POVO DE DEUS.

A igreja é o conjunto de todas as pessoas que aceitaram Jesus como seu salvador e
seguem a Deus. Cada crente é parte da igreja. Na Bíblia a igreja não é um edifício; é
um conjunto de pessoas.

“Igreja” significa assembleia ou congregação. A igreja é um conjunto de pessoas que


se reúnem para juntos seguirem a Deus. A igreja é uma comunidade. A Bíblia diz que
a igreja é:

 Todos os crentes – todos salvos de todo o mundo, do passado, presente e


futuro, formam a igreja e estão eternamente ligados através de Jesus Cristo – 1
Coríntios 1,2.
 Um grupo de crentes – quando duas ou mais pessoas se reúnem no nome de
Deus, formam uma igreja local, que é uma pequena parte da igreja total

Hoje em dia o lugar onde a igreja se reúne regularmente também é chamada de igreja.
Na verdade, o edifício não é a igreja; as pessoas dentro do edifício formam a igreja.

Qual é a importância da igreja?

Deus instituiu a igreja. Ninguém pode viver sua fé em isolamento; cada crente precisa
viver em comunidade. A igreja implica união; onde crentes não se reúnem não há
igreja (Hebreus 10,25).

Ninguém é perfeito. Todos nós precisamos de ajuda e encorajamento em nossa


caminhada com Deus. Todos os membros da igreja devem ajudar uns aos outros,
crescendo juntos no amor de Cristo.

Não se reunir com a igreja é um ato de egoísmo e prejudica sua fé. Deus está onde a
igreja se reúne (Mateus 18,20). Para ter mais comunhão com Deus é essencial estar
com outros crentes.

Quem fundou a igreja?

A igreja foi fundada por Jesus e os apóstolos. Jesus preparou tudo para a fundação da
igreja, com seus ensinamentos sobre a vida cristã e treinando os apóstolos para
serem líderes. Os apóstolos divulgaram o ensino de Jesus e deram estrutura à igreja.

Jesus é o verdadeiro fundador e líder da igreja em todo o mundo. A igreja não é um


edifício. A igreja é um conjunto de pessoas – todos os salvos por Jesus, de todos os
tempos e lugares (Hebreus 10:25). Onde duas ou mais pessoas estão reunidas no
nome de Jesus, ali é a igreja.

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A Bíblia diz que Jesus é a pedra angular da igreja (Efésios 2:19-20). A pedra angular
era a primeira pedra de um edifício, à volta da qual toda a construção era feita. A igreja
só começou depois que Jesus voltou para o Céu mas ele lançou os alicerces e esteve
presente na fundação, através do Espirito Santo.

Quando a igreja foi fundada?

A igreja foi oficialmente fundada no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo


desceu sobre os discípulos (Atos dos Apóstolos 2:1-4). Nesse dia, a igreja começou a
exercer suas funções:

 Pregar o evangelho – trazendo pessoas para Jesus.


 Discipular – ensinando a viver para Jesus, fortalecendo, corrigindo, ajudando,
tudo em união.

Os doze apóstolos foram os primeiros líderes da igreja, porque tinham sido treinados
por Jesus para isso. A igreja não tinha nenhum edifício próprio, por isso as pessoas se
reuniam em casas ou em lugares públicos em Jerusalém (Atos dos Apóstolos 2,46-
47).

Foram também os apóstolos que deram a primeira estrutura formal à primeira igreja
em Jerusalém. Como a igreja de repente ficou com muitas pessoas, os apóstolos não
conseguiam fazer tudo sozinhos. Por isso, escolheram algumas pessoas para tratar de
assuntos administrativos, como a distribuição de comida, enquanto eles se dedicavam
ao ensino (Atos dos Apóstolos 6:2-4). Quando surgiam grandes debates, reuniam um
concílio para resolver o problema.

Surgiu assim uma liderança mais sólida e organizada na igreja. A partir de Jerusalém,
os apóstolos guiaram a fundação de muitas igrejas locais em várias partes do mundo,
que faziam toda a parte da grande Igreja de Jesus.

A Igreja é composta pelos salvos

A palavra “igreja” (Ekklesia, do grego) significa reunião, assembleia, ajuntamento. No


Novo Testamento refere-se ao grupo de pessoas que se entregaram a Jesus como
Senhor e Salvador.

A igreja é composta de pessoas regeneradas que, unindo-se a Cristo pela fé e, aos


irmãos, pelo amor, lutam em favor do crescimento de sua vida moral e espiritual.

Os cristãos, membros da igreja, são chamados de:

 Irmãos – Gálatas 3,28;


 Crentes – 1 Timóteo 5.16;
 Santos – Filipense 4,21;
 Eleitos – Colossenses 3,12;
 Discípulos – João 6,66;
 Cristãos – Atos 11,26;

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 Os “do caminho” – Atos 9,2.

A igreja tem grandes responsabilidades nesta sociedade em decomposição moral,


social e religiosa. Jesus disse que os apóstolos são o sol da terra e a luz do mundo
(Mateus 5,13-16). A Igreja está incumbida de:

 Explicar o plano da salvação aos homens e traze-los a Jesus (Mateus 28,19-


20; Marcos 16,15);
 Pregar o Evangelho com sinais (Marcos 16,17-18). A Igreja tem a promessa da
presença permanente de Jesus (Mateus 28,20; Marcos 16,20);
 Convocar o mundo para cultuar Deus, com sincera adoração, oração e
testemunho (Isaias 56,7; Atos 2,46-47);
 Ensinar os homens como viver bem e a maneira de se preparar para a vida
futura (Romanos 13,8-11);
 Proclamar que um dia Jesus virá buscar os salvos (1Tessalonicenses 4,13-18).

A Igreja tem dois sacramentos:

 Batismo – Mateus 28,19; Marcos 16,16; Atos 2,38; 8,12.38.


 Ceia do Senhor ou Santa Ceia – Lc 22,19-20.

A Igreja entre dois mundos: o temporal e o eterno.

A igreja é uma instituição divina. Ela está no mundo mas não é do mundo (João
17,15). Ao mesmo tempo em que é temporal, porque realiza obra de Deus na terra, é
perpétua porque um dia será levada para o céu. Portanto, é indestrutível. Jesus
mesmo disse que: “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16,18).
Embora se manifeste como local é universal porque engloba todos os crentes do
passado, presente e futuro, pois a Igreja se compõe dos salvos da igreja visível e
invisível, militante e triunfante.

Por que é importante ir à igreja?

Ir à igreja é importante porque é um mandamento de Deus para nossa edificação


(Hebreus 10,25). Na igreja aprendemos mais sobre a palavra de Deus e encorajamos
uns aos outros. Se isolar não é bom. A igreja é o lugar perfeito para aprender amor,
paciência e respeito pelos irmãos.

A Igreja é o Corpo de Cristo. Nenhum membro de um corpo pode subsistir sozinho,


sem o resto do corpo (1 Coríntios 12:21-22). Quer gostemos, quer não, as pessoas na
igreja são nossa família e temos de aprender a viver com elas (até porque vamos
passar a eternidade com elas).

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Ninguém na igreja é perfeito, nem mesmo o pastor. O próprio apóstolo Pedro cometeu
erros como líder na igreja primitiva. A igreja nunca foi um lugar de pessoas perfeitas.
Deus ordenou que a Igreja se reunisse para juntos tratarmos de nossas imperfeições.

Os membros da Igreja ajudam, encorajam, confortam, repreendem, ensinam uns aos


outros no amor de Deus (Colossenses 3:15-16). Nem sempre fazem isso direito mas é
um processo de aprendizagem em conjunto. Crescemos muito mais espiritualmente
quando estamos juntos como igreja do que cada um ficando isolado (Efésios 4:15-16).

Não há nenhum problema em ter uma igreja em casa mas quando tem muitas pessoas
já se torna inconveniente. A partir de um certo número de pessoas, é bom ter um lugar
maior para reunir regularmente. A estrutura mais formal da igreja ajuda a organizar
grupos maiores. Além disso, uma igreja é um lugar visível, onde qualquer pessoa pode
entrar da rua sem precisar de convite.

Como era a igreja primitiva?

A igreja primitiva era formada por cristãos que se reuniam para ter comunhão e
proclamar o evangelho, liderados pelos apóstolos, que transmitiam os ensinamentos
de Jesus. Começando em Jerusalém, a igreja primitiva rapidamente se espalhou para
vários outros lugares.

A igreja primitiva começou no dia de Pentecoste, quando os discípulos receberam o


Espírito Santo. A palavra igreja significa “assembleia” e era assim que viam a igreja –
como o conjunto das pessoas crentes em Jesus. A igreja não estava associada a
nenhum edifício.

Como se organizava a igreja primitiva?

A igreja primitiva tinha uma hierarquia simples: havia pessoas que ensinavam (os
apóstolos e presbíteros) e outras que aprendiam. Mais tarde também foram escolhidas
pessoas para funções administrativas, como distribuir a comida (Atos dos Apóstolos
6:2-4). Debaixo da supervisão dos líderes, todos podiam contribuir e ajudar.

A função dos líderes não era “mandar” nos outros. Seu propósito era ensinar os outros
discípulos o caminho de Jesus, para que todos crescessem. O objetivo seria preparar
discípulos que podiam formar e ensinar outros discípulos.

A igreja primitiva se via mais como uma família que uma instituição. Seus membros
repartiam seus bens e gostavam de se reunir (Atos dos Apóstolos 2:44-47). Eles
ajudavam e encorajavam uns aos outros. Seu objetivo era fazer a família de Deus
crescer, pregando o evangelho.

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Como eram as reuniões da igreja primitiva?

Não temos muita informação sobre a ordem das reuniões da igreja primitiva mas
sabemos que algumas coisas aconteciam:

 Refeições – o convívio era uma parte importante da igreja primitiva


 A Santa Ceia – os membros lembravam a morte de Jesus, como ele tinha
ordenado.
 Batismos – aqueles que criam em Jesus eram batizados, como prova de sua
conversão.
 Cânticos de louvor – os crentes cantavam louvores a Deus, em união.
 Ensino – os líderes contavam e explicavam a Palavra de Deus para a
congregação.
 Oração – essa era uma parte muito importante da reunião; todos buscavam a
Deus juntos.
 Participações especiais – os membros da igreja podiam participar com palavras
de sabedoria, exortações, profecias e interpretação de línguas – 1 Coríntios
14:26

A igreja primitiva fazia suas reuniões em casas e em lugares públicos, como no


templo, nas sinagogas e em praças.

A expansão da igreja e as controvérsias

Várias pessoas viram a igreja como uma ameaça e perseguiram os cristãos. Por
causa disso, os crentes não ficaram todos em Jerusalém. Eles se espalharam por
vários lugares, pregando o evangelho por onde iam (Atos dos Apóstolos 8:4). Assim,
muitas outras pessoas se converteram. A perseguição ajudou o evangelho a crescer!

Com a expansão da igreja e o surgimento de vários grupos locais, surgiram também


controvérsias. Uma das primeiras foi se quem não é judeu podia se tornar cristão e se
era preciso obedecer a todas as regras do judaísmo. Essa questão dividiu as opiniões.

Para não dividir a igreja, os apóstolos e presbíteros se reuniram em Jerusalém para


discutir o problema e chegar a uma solução (Atos dos Apóstolos 15:5-6). Eles
chegaram à conclusão que todos podiam participar do Reino de Deus e que não era
preciso seguiras cerimônias do judaísmo, como a circuncisão.

Depois disso, surgiram muitas outras controvérsias, mas a primeira foi um bom
exemplo sobre como resolver um problema na igreja: ouvindo todos os lados com a
mente aberta, procurando a verdade de Deus e resolvendo a questão com ordem e
respeito.

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E Pedro? E Paulo?

Pedro foi um dos fundadores da igreja, mas não foi o fundador. Nos primeiros tempos
da igreja, ele foi o porta-voz dos apóstolos, por ser mais ousado a falar, mas ele nunca
se assumiu como líder supremo. Pedro tinha de explicar suas ações perante a igreja e
as questões importantes eram resolvidas em conjunto pelos apóstolos e os presbíteros
– toda a liderança da igreja (Atos dos Apóstolos 15,2).

Algumas pessoas de fora da igreja pensaram que Paulo tinha fundado a igreja, porque
ele se tornou tão famoso. Mas, na verdade, a igreja já existia há alguns anos quando
Paulo se converteu. Paulo “apenas” fundou muitas outras igrejas locais, em suas
viagens missionárias.

Pedro foi o primeiro Papa?

Não, Pedro não foi o primeiro Papa. A igreja primitiva era liderada por todos os
apóstolos, de uma forma mais democrática. Jesus nunca colocou Pedro numa posição
de comando sobre os outros apóstolos. Jesus é e sempre foi o único líder supremo da
Igreja.

Jesus fez Pedro Papa?

Não, Jesus não fez Pedro Papa. Pelo contrário, Ele disse que ninguém devia querer
ser maior que os outros. Segundo Jesus, liderança é servir os outros, não mandar
neles.

"Mas vocês não devem ser chamados mestres; um só é o Mestre de vocês, e todos
vocês são irmãos. A ninguém na terra chamem 'pai', porque vocês só têm um Pai,
aquele que está nos céus. Tampouco vocês devem ser chamados 'chefes', porquanto
vocês têm um só Chefe, o Cristo. O maior entre vocês deverá ser servo.” - Mateus
23,8-11

Quem diz que Jesus fez Pedro Papa usa três trechos da Bíblia:

 Mateus 16,17-19, onde Jesus chama Simão de Pedro;


 Lucas 22,31-32, em que Jesus manda Pedro fortalecer seus irmãos; e
 João 21,15-17, quando Jesus diz para Pedro cuidar de suas ovelhas.

Jesus não coloca Pedro como chefe no texto de Mateus. Pedro tem uma parte
importante na fundação da igreja, mas quem a edifica é Jesus. Jesus é a pedra de
esquina, fundamental para a igreja, não Pedro. O próprio Pedro disse que todos os
crentes são pedras na construção da igreja! Jesus não deu as chaves do Reino só a
Pedro. Em Mateus 18,18, Ele dá a mesma autoridade a todos os discípulos, a
autoridade de anunciar o evangelho e pedir coisas de Deus.

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O trecho de Lucas é um aviso. Jesus sabia que Pedro O iria negar (diz isso nos
próximos versículos) e que iria ter uma crise de fé. Por isso orou por ele, para que não
fosse vencido pelo diabo. Fortalecer os irmãos é uma coisa que todo o crente deve
fazer, não é função exclusiva do Papa.

Na passagem em João, Jesus não manda Pedro ser o chefe de todos. Ele diz para
cuidar de suas ovelhas (discípulos). Todo o líder deve cuidar dos outros discípulos.
Nesta conversa Jesus está restaurando Pedro à sua posição de apóstolo, que ele
negou quando negou Jesus.

Há evidência que Pedro foi Papa?

Não, a evidência indica que Pedro não foi Papa. Ele foi um apóstolo importante por ser
ousado e o seu ministério foi essencial na fundação da igreja. Mas as diferentes
igrejas locais eram bastante independentes e durante cerca de 300 anos não houve
nenhum líder supremo. A Bíblia tem muitas provas que Pedro não era Papa nem era
reconhecido como Papa:

 Pedro era presbítero – ele não dizia que era superior aos presbíteros, antes
disse que eram seus iguais (1 Pedro 5:1). O Papa é o líder supremo da Igreja
Católica, acima de todas as outras autoridades.
 Pedro prestava contas à igreja – ele não estava acima de toda autoridade e,
quando foi criticado por comer com gentios, ele se explicou aos outros
apóstolos e à igreja (Atos dos Apóstolos 11:1-4). Isso prova que suas atitudes
não eram sempre aceites como indiscutíveis.
 Pedro normalmente estava acompanhado de outros apóstolos – por exemplo,
no Pentecostes Pedro “levantou-se com os Onze”. Pedro muitas vezes era o
porta-voz do grupo, porque tinha facilidade para falar. Mas isso não significa
que era o chefe (Arão falava por Moisés e não era o chefe).
 Pedro não era infalível – mesmo depois do Pentecostes Pedro cometia erros.
Em certa ocasião, Paulo o repreendeu publicamente por ter uma atitude
hipócrita (Gálatas 2:11-13). O Papa é suposto ser infalível.
 Pedro tinha esposa – Jesus curou a sogra de Pedro e, anos mais tarde, Paulo
mencionou que Pedro viajava com sua esposa (1 Coríntios 9:5).
 Paulo era mais famoso – os judeus e romanos pensavam que Paulo era o líder
supremo da igreja, não Pedro (Atos dos Apóstolos 24:5). Se Pedro fosse o
líder, acima de todos os outros, os governantes teriam notícias disso.

A igreja é o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27).

Quando alguém perde um dedo, esse dedo morre porque não está unido ao resto do
corpo. Da mesma forma, nossa fé pode morrer se nos afastamos da igreja. A vida
abundante que Deus tem para nós só pode ser plenamente vivida em comunidade,
como igreja.

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O novo membro e a sua igreja.

A Igreja, perante a lei brasileira é vista como associação. Por isso, ela possui uma
organização administrativa. O novo convertido, ao ser batizado, passa fazer parte do
rol de membros da igreja local..

Como membros do Corpo de Cristo, cada um de nós representa a Igreja na


Sociedade. Somos “cartas abertas” (2 Coríntios 3,2). Por isso, nosso procedimento
sempre coloca em destaque nosso nome de evangélico. Quando há o erro de um,
toda a igreja é apontada e envolvida (1 Corintios 12,26). Daí o cuidado com o nosso
testemunho.

O QUE É A IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA?

A Igreja Presbiteriana Renovada é uma denominação protestante em que cada igreja


é liderada por um conjunto de presbíteros. Os ensinamentos da Igreja Presbiteriana se
baseiam no Calvinismo.

A Igreja Presbiteriana foi fundada nos ensinamentos de João Calvino, um dos grandes
líderes da Reforma Protestante. Começando na Inglaterra e na Escócia, a Igreja
Presbiteriana depois se espalhou pelo mundo.

Como a Igreja Presbiteriana se organiza?

Cada igreja presbiteriana escolhe líderes, ou anciãos, conhecidos como presbíteros.


Os presbíteros governam e organizam a igreja. Alguns presbíteros são escolhidos
para serem pastores, pregando e ensinando.

Quando os presbíteros das igrejas de certa região se juntam para discutir assuntos
importantes, o conjunto de presbíteros é chamado de “presbitério”. Algumas igrejas
presbiterianas também têm diáconos, que fazem diversos trabalhos na igreja, debaixo
da liderança dos presbíteros.

Em que a Igreja Presbiteriana acredita?

Existem muitas igrejas presbiterianas diferentes, mas a maioria dos presbiterianos


aceita a Confissão de Fé de Westminster e crê:

 Em um só Deus, criador de todas as coisas, que é uma Trindade – Pai, Filho e


Espírito Santo. Ex. água
 Que a Bíblia é a palavra de Deus e o único fundamento para toda crença – 2
Timóteo 3:16-17
 Que todos pecaram e merecem castigo eterno – Romanos 3:23-24

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 Que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados e
ressuscitou ao terceiro dia – 1 Coríntios 15:3-5
 Na salvação pela fé em Jesus como salvador – Efésios 2:8-9
 Na predestinação, que ensina que Deus já escolheu quem será salvo (ou
“eleito”) e Sua graça não pode ser rejeitada por quem foi escolhido – leia aqui:
o que é a predestinação?
 Que o batismo e a Santa Ceia são sacramentos que conferem a graça de Deus
aos que creem
 Que Jesus voltará, os mortos serão julgados e os eleitos terão a vida eterna –
1 Tessalonicenses 4:16-17

Qual é o significado de presbítero?

Na Bíblia presbítero significa uma pessoa mais madura, que cuida da igreja. Os
presbíteros eram líderes na igreja, ensinando e mantendo tudo em ordem. Eles tinham
autoridade na igreja.

Presbítero significa o mesmo que ancião – uma pessoa mais velha, respeitada por sua
idade e sabedoria. Um presbítero era alguém com maturidade suficiente para liderar
uma igreja de forma sensata. Não havia uma distinção clara entre presbítero e pastor.

Os apóstolos eram considerados presbíteros porque cuidavam da igreja, junto com os


outros líderes que formaram. Havia presbíteros em cada igreja, para orientar os outros
fiéis. Algumas funções dos presbíteros eram:

 Pregar e ensinar – transmitir e explicar a Palavra de Deus, para que todos


crescessem – 1 Timóteo 5:17-18
 Resolver questões difíceis – debater temas controversos e juntos tomar
decisões – Atos dos Apóstolos 15:2
 Orar pelos doentes – ungindo com óleo e pedindo por cura – Tiago 5:14-15
 Pastorear – orientar e aconselhar os fiéis, para os fortalecer, mantendo a
disciplina – 1 Pedro 5:1-2
 Os presbíteros tinham autoridade e mereciam o respeito da congregação
(Hebreus 13:17). O trabalho de um líder na igreja nunca é fácil. Seu objetivo
não era ser “ditadores” mas liderar pelo exemplo e com sabedoria.

Quais eram os requisitos para ser presbítero?

O requisito principal para ser presbítero era ter maturidade suficiente. Maturidade é
diferente de idade. Uma pessoa muito idosa, com muitos anos na igreja pode não ser
madura. Espiritualmente, pode ser uma criança. O contrário também pode acontecer –
um jovem muito maduro, como Timóteo.

A Bíblia tem algumas recomendações para decidir se alguém deve ser presbítero:

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 Ser cristão – uma pessoa salva, com amor verdadeiro por Jesus
 Não ser novo convertido – pessoas novas na fé precisam aprender e ganhar
experiência primeiro – 1 Timóteo 3:6
 Liderar bem sua família – se não conseguisse manter a casa em ordem, não
iria conseguir cuidar da igreja – 1 Timóteo 3:4-5
 Ser sóbrio – não caindo em excessos vergonhosos – 1 Timóteo 3:2-3
 Ter boa reputação – ser conhecido por fazer o bem e não o mal – Tito 1:8-9

Essas são apenas sugestões para ajudar a decidir se a pessoa tem maturidade
suficiente. Uma pessoa podia ser presbítero sem preencher todos esses requisitos.
Bastava que sua vida revelasse fé e maturidade.

O que significa presbítero na atualidade?

Hoje em dia, a definição de presbítero varia de igreja para igreja. Mas, em geral,
presbítero significa alguém com certa maturidade espiritual, com responsabilidade e
autoridade na igreja.

O DIA DO SENHOR

Jesus aboliu o sábado?

Não, Jesus não aboliu o sábado, mas ele explicou que o sábado foi criado para nos
ajudar, não para nos restringir. Não há problema nenhum em descansar no domingo,
em vez de no sábado.

O sábado foi criado para nosso bem, não para nos prejudicar. Sábado em hebraico
significa “dia de descanso”. Todos nós precisamos descansar regularmente, para
relaxar e renovar nossas forças. Mas muitas pessoas ignoram essa necessidade. Por
isso, Deus criou o mandamento do sábado (Deuteronômio 5,12-14).

Na Bíblia, o descanso está sempre associado a Deus. Quando descansamos,


confiamos em Deus. O sábado era um dia para descansar e passar mais tempo com
Deus, sem a preocupação do trabalho. Era um dia de bênção e alegria.

Jesus e o sábado

Jesus era perfeito e nunca quebrou a Lei de Deus. Mas ele foi acusado de quebrar o
sábado, que era um mandamento de Deus. Jesus explicou que ele não estava
quebrando o sábado; as regras do sábado eram diferentes da ideia que as pessoas
tinham.

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Jesus explicou que ele é o Senhor do sábado. O sábado era o dia de Deus. Jesus é
Deus, por isso, ele tinha o direito de abençoar pessoas no sábado e trabalhar nas
suas vidas (Marcos 2,27-28).

Os fariseus e mestres da lei tinham uma ideia errada do sábado. Eles viam o sábado
como uma regra que tinha de ser cumprida a todo custo, não como uma bênção de
Deus. Jesus mostrou que o sábado é para nosso bem, não é uma questão de cumprir
regras. Os sacerdotes que trabalhavam no templo quebravam a lei do sábado todas as
semanas, mas não era errado! (Mateus 12,5) Eles trabalhavam por turnos e
descansavam noutro dia.

O sábado é um mandamento importante porque dá o direito de descansar. Não somos


escravos do trabalho. Mas, por vezes, Deus nos chama a trabalhar no nosso dia de
descanso e aí não é errado (João 7,23-24). O importante é ter descanso regular
garantido.

Sábado ou domingo?

No início da igreja, houve algum debate sobre o sábado. Os judeus convertidos


achavam que era preciso seguir a lei do sábado rigidamente, tal como todas as outras
leis do Antigo Testamento. Mas os cristãos de outros povos não achavam necessário.

Os apóstolos ensinaram que o dia da semana não importa. Algumas pessoas


consideram um dia mais importante, outros acham que todos os dias têm o mesmo
valor (Romanos 14:5-6). Não é obrigatório descansar no sábado. Por outro lado,
descansar ainda é importante (Hebreus 4:9-10).

Logo no primeiro século da igreja, os cristãos começaram a se juntar para louvar a


Deus no domingo, o “dia do Senhor”, que foi o dia quando Jesus ressuscitou. Aos
poucos, passaram a descansar mais no domingo que no sábado. Essa mudança não
foi considerada errada, porque o importante é ter um dia para descansar,
independentemente do nome desse dia.

Os fatos que vamos enumerar prova que o domingo é o dia a ser observado por nós,
os cristãos:

1. Nesse dia Jesus ressuscitou – Lucas 24,1;


2. Nesse dia Jesus esteve presente – Joao 20,19;
3. Nesse dia Jesus apareceu aos discípulos – João 20,26;
4. Nesse dia Jesus pregou – Lucas 24,27; Marcos 16,9.15;
5. Nesse dia houve muita alegria – Lucas 24,41;
6. Nesse dia milhares de almas se converteram – Atos 2,41;
7. Nesse dia deu-se o derramamento do Espirito Santo – Atos 2,4;
8. Nesse dia celebrava-se a Ceia do Senhor – Atos 20,7;
9. Nesse dia deu-se a maior noticia para o mundo – Mateus 28,7;
10. Nesse dia João foi arrebatado – Apocalipse 1,10;
11. Nesse dia os cristãos se reuniam – 1 Coríntios 16,2;
12. Nesse dia Jesus foi assunto ao céu – Atos 1,11;

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Os pais da igreja testemunham em seus escritos que o domingo foi observado como
sendo o dia do Senhor pelos cristãos: Justino, Tertuliano, Inácio, Clemente de
Alexandria, Cipriano, Euzebio.

Como guardar esse dia maravilhoso.

 Participando dos cultos públicos para o crescimento espiritual;


 Reservando o domingo para ler e meditar na Palavra, orar e jejuar;
 Pregando o Evangelho sem qualquer constrangimento, pois o trabalho pessoal
é um dos mais eficientes para trazer vidas a Cristo.
 Visitando os irmãos na fé, especialmente enfermos, órfãos e as viúvas.

A MANUTENÇÃO DA OBRA DO SENHOR.

O que a Bíblia diz sobre o dízimo

O dízimo na Bíblia era uma prática do Velho Testamento, mas o crente hoje ainda é
convidado a ofertar a Deus. Na Bíblia, dar o dízimo é uma forma de agradecer a Deus.
O dízimo sustentava o templo, os sacerdotes e levitas e os pobres.

Dízimo significa “décima parte”. Os judeus davam a décima parte de seu rendimento a
Deus. Se fosse no Brasil, significa que por cada 10 reais que a pessoa recebia no
salário, daria 1 real a Deus. Se ganhasse 1000 reais, daria 100, mas se só ganhasse
10, daria 1.

No tempo do Velho Testamento as pessoas viviam principalmente da agricultura. Não


havia muito dinheiro e as transações eram feitas trocando um produto por outro. Por
isso, os dízimos eram principalmente dados em produtos agrícolas, como ovelhas,
farinha e azeite (2 Crônicas 31:5). Quem não podia transportar os produtos para o
templo podia vendê-los e entregar o dinheiro.

O dízimo era uma ordenança para os judeus e servia para agradecer a Deus. A Bíblia
ensina que tudo que temos é dado por Deus. Deus é o verdadeiro dono de tudo no
mundo (Jó 41:11). Dar o dízimo era uma forma de reconhecer que seu sustento
depende de Deus, não de sua riqueza.

O dízimo também servia para sustentar o templo. O templo às vezes precisava de


obras de reparação e os dízimos cobriam as despesas. O dízimo também sustentava
os sacerdotes e levitas, que não receberam terra de herança como os outros israelitas;
eles eram os líderes religiosos e se dedicavam ao serviço do templo e a ensinar as
Escrituras ao povo.

O dízimo também tinha uma função social. Na Bíblia o amor a Deus sempre está
ligado ao amor ao próximo. Por isso, uma parte dos dízimos era dada aos pobres,

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para aliviar sua situação (Deuteronômio 14:28-29. Dar o dízimo era uma forma de
mostrar misericórdia e criar igualdade social.

O dízimo é um mandamento para o cristão?

Não, o dízimo não é um mandamento para o cristão, mas é recomendado. Jesus não
nos ordenou dar o dízimo, mas nos ensinou sobre a importância de ofertar.

As ofertas do cristão devem ter a mesma função que o dízimo:

 Agradecer a Deus – nosso sustento vem de Deus e não devemos ficar presos
pelo amor ao dinheiro – Mateus 6:24
 Cobrir as despesas da igreja – o bom senso dita que quem quer usufruir da
igreja deve ajudar com as despesas
 Sustentar os obreiros – quem trabalha servindo a igreja merece ser sustentado
pela igreja – veja aqui: pastor deve receber salário?
 Ajudar os mais necessitados – o cristão deve ajudar seus irmãos mais pobres

O dízimo é apenas uma quantidade recomendada, que não é pesada demais. Os


primeiros cristãos não se limitavam ao dízimo; davam muito mais, de acordo com as
necessidades da igreja (Atos dos Apóstolos 4:34-35). O Novo Testamento dá algumas
recomendações sobre como ofertar:

 De acordo com suas possibilidades – Deus não quer que você dê mais do que
consegue – 2 Coríntios 8:12-13
 Regularmente – é bom criar o hábito de ofertar com regularidade – 1 Coríntios
16:1-2
 Com alegria – ofertar não é uma obrigação, é uma bênção, porque significa
que Deus providenciou! – 2 Coríntios 9,7.

A CEIA DO SENHOR

Qual o significado da Santa Ceia?

A Santa Ceia (ou A Ceia do Senhor) representa o sacrifício de Jesus por nós na cruz.
Jesus mandou tomar a Ceia para lembrar o que Ele fez por nós. Quem toma a Ceia do
Senhor está mostrando que aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus pecados.

É fácil esquecer a graça de Jesus no cotidiano. A Santa Ceia é um momento para


lembrar que Ele morreu por você. É um tempo para refletir, examinando a si mesmo,
se arrependendo e agradecendo pelo sacrifício de Cristo.

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Versículos sobre a Ceia do Senhor:

 “Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Isto é o
meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim”. Da
mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova
aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês” - (Lucas 22:19-20).
 “Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês
anunciam a morte do Senhor até que ele venha” - (1 Coríntios 11:26).
 “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,
entrarei e cearei com ele, e ele comigo” - (Apocalipse 3:20).
 “Jesus lhes disse: “Eu digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho
do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo
aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu
o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu
sangue é verdadeira bebida. Todo aquele que come a minha carne e bebe o
meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que
vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de
mim viverá por minha causa” - (João 6:53-57).
 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá
para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” -
(João 6:51).
 “Pessoas virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocuparão os seus
lugares à mesa no Reino de Deus. De fato, há últimos que serão primeiros e
primeiros que serão últimos”. - (Lucas 13:29-30).
 “Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor
indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor.
Examine-se cada um a si mesmo e então coma do pão e beba do cálice. Pois
quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor come e bebe para sua
própria condenação. Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários
já dormiram” - (1 Coríntios 11:27-30).
 “Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada
um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica
com fome, outro se embriaga. Será que vocês não têm casa onde comer e
beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que
direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não” - (1 Coríntios 11:20-22).
 “Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não
podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” - (1 Coríntios
10:21).
 “Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns
pelos outros. Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando
vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando
eu for darei instruções a vocês” - (1 Coríntios 11:33-34).

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Símbolos da Ceia do Senhor

Os símbolos da Ceia do Senhor são o pão e o vinho. Jesus usou coisas simples e
básicas da alimentação, para representar a necessidade comum que todos têm da
Sua graça e amor. A Ceia não deve ser um ritual muito complicado nem excludente,
pois é figura daquele que se entregou (corpo e sangue) para salvação do mundo.

O pão e o vinho não se tornam mesmo na carne e no sangue de Jesus, são só


símbolos. O importante não é a comida em si, mas o que ela representa.

 Pão – Jesus disse que o pão simboliza Seu corpo, que foi partido por nós. Na
cruz, Ele sofreu toda a dor, miséria e punição que os nossos pecados
mereciam. Tudo por amor a nós. Tal como o pão (maná) que sustentou o povo
no deserto, Jesus veio para nos dar vida eterna com Deus (Lucas 22:19).
 Vinho – representa a nova aliança entre Deus e seu povo. No Velho
Testamento, uma aliança era selada com um sacrifício, onde o sangue de um
animal era derramado. O sangue de Jesus, que foi derramado quando morreu,
ao mesmo tempo pagou nossos pecados e estabeleceu uma nova aliança
entre nós e Deus (Lucas 22:20).

Quando você come o pão e bebe o vinho, você mostra ao mundo que Cristo morreu
por você (1 Coríntios 11:26). O sacrifício de Jesus pagou o preço por seus pecados e
agora Ele vive dentro de você. Simbolicamente, é como se você tivesse morrido na
cruz e ressuscitado com Jesus.

Atenção: Jesus não deu indicações específicas sobre o tipo de pão ou vinho que se
deve usar, nem os tamanhos das porções, nem a melhor forma de partilhar e comer a
comida, nem a frequência com que se deve tomar. Tudo isso é secundário e fica ao
critério de cada igreja como fazer. O mais importante é o que a Ceia representa, não a
forma exata como se toma.

Quem pode tomar a Ceia?

De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia. Cada um
deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Ceia (1 Coríntios 11:28-29).

Jesus instituiu a Santa Ceia para que os seus seguidores sempre se lembrassem do
Seu sacrifício na cruz (Lucas 22:19-20) e celebrassem a graça maravilhosa da
salvação. Não podemos nos esquecer da importância da morte de Jesus para perdoar
nossos pecados.

Quem não pode tomar a Santa Ceia

É evidente que para os incrédulos não faz sentido nenhum participarem da Ceia do
Senhor. Na Bíblia, vemos que a Ceia foi instituída por Jesus Cristo e ministrada para a

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Igreja. Isto é, os participantes devem ser seguidores convertidos à fé no Senhor Jesus
Cristo.

Tomar a Ceia do Senhor é reconhecer que Jesus morreu por seus pecados e que
agora você faz parte da Sua família. A fé e o arrependimento genuíno devem fazer
parte desta celebração sempre, no meio da comunidade cristã. Assim, para o
descrente não teria significado nenhum participar de um ritual que não lhe remete à fé,
arrependimento nem comunhão com outros crentes. A Santa Ceia não é apenas um
ritual cultural, é uma declaração de fé. Tomar a Ceia sem crer é desrespeito.

Que pecados impedem de tomar a Santa Ceia?

Os pecados não confessados nem abandonados podem gerar sentimentos de culpa


na consciência de alguns e impedirem de participar da Ceia. Além disso, há limitações
colocadas por algumas igrejas que podem restringir a participação na celebração da
Santa Ceia. Contudo, a Bíblia orienta ao autoexame (reconhecimento e
arrependimento) e à participação da Ceia pelos discípulos de Cristo. Compreender o
significado e o valor dessa celebração também é essencial.

Algumas igrejas permitem apenas que pessoas batizadas participem da Santa Ceia do
Senhor. Isso acontece porque quando uma pessoa se converte e é batizada, ela
reconhece publicamente que aceitou Jesus como seu Salvador. As igrejas assumem
que quem não está pronto para se batizar ainda não fez um compromisso sério de
seguir Jesus.

Cada pessoa deve examinar a sua própria situação perante Deus. Quem peca
deliberadamente e continua agindo de forma errada, sem querer se consertar com
Deus, se condena quando toma a Ceia. Essa pessoa pode até reconhecer que Jesus
morreu para libertar do pecado, mas prefere continuar no pecado. A Santa Ceia é um
tempo para pedir perdão a Deus buscando restaurar a comunhão.

 “Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice.


Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para
sua própria condenação”. - 1 Coríntios 11:28-29

O que significa “se examinar” antes de tomar a Santa Ceia?

Se examinar antes de participar da Santa Ceia é uma questão pessoal. Jesus não
impediu Judas de tomar a Ceia, mesmo sabendo que ele o iria trair. Não há base
bíblica para a liderança da igreja impedir alguém de tomar a Ceia, mas devemos
respeitar as autoridades.

A condenação referida nesse texto é um castigo de Deus para disciplinar.Reconhecer


o pecado, pedir perdão e se esforçar para mudar é essencial para o crescimento

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espiritual. Quem não faz isso ficará espiritualmente fraco (1 Coríntios 11:30-32) e
longe da comunhão com Cristo e com a família na fé. Deus nos ama. Por isso, Ele
castiga seus filhos, para que possam aprender a viver da maneira certa.

Quem está arrependido e pede perdão a Deus pode tomar a Ceia, mas deve se
esforçar para abandonar a prática de pecado.

Se você foi impedido de participar da Santa Ceia, converse com a liderança para
descobrir o porquê. Tente regularizar a sua situação para estar em comunhão com
Deus e com a Igreja de Cristo. Participar da Ceia do Senhor é um ato importante e
Deus não quer que você viva atormentado pela culpa (João 3:17).

É pecado não tomar a Santa Ceia?

Tomar a Santa Ceia é uma parte muito importante da vida cristã e devemos fazer o
esforço para podermos participar. Mas se surgir algum impedimento, não é pecado
perder a Santa Ceia ocasionalmente. O mais importante é o significado da Ceia e o
desejo de participar.

A Santa Ceia foi instituída por Jesus e tem sido parte da vida cristã desde a fundação
da Igreja (1 Coríntios 11:23-25). A participação da Ceia é muito importante e não deve
ser desprezada. Mas às vezes surgem situações que nos impedem de tomar a Santa
Ceia, como:

 Uma doença ou um acidente


 Uma viagem
 Um compromisso importante que não pode ser adiado

É importante fazer o esforço para estar presente e participar da Santa Ceia, sempre
que possível. Mas, quando as circunstâncias não permitem, não é pecado perder a
Ceia. Se você tem o desejo de participar mas não pode, Deus entende. Somente é
pecado não tomar quando alguém não valoriza a Ceia, as coisas de Deus, nem a
comunhão com a Igreja.

Também existem algumas igrejas que restringem a participação da Santa Ceia, por
exemplo, a membros da igreja (ou denominação) ou a pessoas batizadas. Nesses
casos, é bom respeitar as normas da igreja, para não causar problemas. Mas se você
tenciona continuar nessa igreja, procure regularizar sua situação para poder participar
da Ceia.

Ainda outras igrejas não permitem a participação da Ceia a pessoas que estão
cometendo algum tipo de pecado grave, sem arrependimento. Nessa situação, a
solução é se arrepender, pedir perdão e tomar o compromisso de resolver o problema.
A celebração da Santa Ceia é uma oportunidade para consertar as coisas com Deus,
não um motivo de condenação.

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Por que é importante tomar a Santa Ceia?

Quando tomamos a Santa Ceia, afirmamos nossa união com Jesus e com a Igreja.

A Santa Ceia serve como lembrança do sacrifício de Jesus na cruz. Sempre que
tomamos a Ceia, anunciamos ao mundo que Jesus Cristo morreu pelos nossos
pecados, para nos salvar do castigo. Afirmamos nossa fé em Jesus como nosso
salvador e nossa comunhão com outros cristãos.

Os primeiros cristãos se reuniam regularmente para tomar a Ceia e ter comunhão uns
com os outros. Essa era uma forma de expressar sua união em Jesus. O pão e o
vinho representam o corpo e o sangue de Jesus. Quando tomamos juntos, significa
que todos nós fomos salvos da mesma forma e agora somos irmãos, sem distinções.

Não tomei a Santa Ceia. E agora, o que faço?

Se você não tomou a Santa Ceia e sua consciência lhe diz que devia ter tomado, peça
perdão a Deus. Ele sempre perdoa quem se arrepende (1 João 1:9). Não deixe o
problema por resolver. Faça da Santa Ceia uma prioridade.

Quem estava com Jesus na última Ceia?

Conforme o relato nos evangelhos, na última ceia, Jesus se põe à mesa com os
apóstolos (Lucas 22:14). Mateus e Marcos reforçam: "Ele pôs-se à mesa com os
Doze" (Mateus 26:20; Marcos 14:17).

COMO TER CERTEZA DA SALVAÇÃO

O que é a salvação?

A salvação é o livramento de uma situação muito ruim. Na Bíblia, a salvação se refere


principalmente à libertação do pecado e todas as suas consequências. Somente Jesus
nos pode salvar do pecado.

A salvação implica que estamos em uma situação ruim e precisamos de uma mudança
para melhor. Também implica uma ação propositada de alguém (o salvador) para
trazer essa mudança. A salvação é completa quando a situação está mudada e o
perigo ou o problema foi completamente eliminado.

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Por exemplo, uma pessoa que está se afogando está em uma situação ruim e precisa
de salvação. O nadador salva-vidas que vem e o ajuda é o salvador. A salvação em si
é todo o processo a partir do momento em que o salva-vidas pega na pessoa que está
se afogando até o momento em que saem da água.

A salvação em Jesus

Todos nós estamos em uma situação ruim, insustentável. Todos nós pecamos e o
pecado tem muitas consequências negativas. Por causa do pecado, ficamos
separados de Deus, que é a fonte de toda a vida, e por isso somos destinados a
morrer, ficando eternamente separados de Deus (Romanos 6:23). O pecado também
nos escraviza, nos compelindo a fazer muitas coisas erradas.

Ninguém consegue se salvar sozinho do pecado e das suas consequências. O preço é


demasiado alto e estamos presos. Precisamos de um salvador.

Por isso, Deus enviou Jesus para nos salvar. Com sua morte e ressurreição, Jesus
pagou o preço do pecado e nos deu a chance de sermos salvos (João 3:16-17).
Através de Jesus, podemos ficar novamente unidos a Deus. Jesus é nosso salvador.

O que Deus diz sobre pecado? O que é pecado?

A Bíblia diz que o pecado separa as pessoas de Deus e leva à morte. Por causa do
pecado, a terra foi amaldiçoada e temos muitos problemas (Gênesis 3:17-19). Mas,
porque Deus nos ama, Ele enviou seu filho Jesus para nos libertar do pecado e
restaurar nosso relacionamento com Ele.

O que é pecado? Qual é o significado do pecado?

O pecado na Bíblia tem três definições:

 Não atingir o nível – as normas de Deus são perfeitas, têm um nível muito
elevado; quando não atingimos esse nível nas nossas vidas, estamos em
pecado (Romanos 3:23).
 Distorcer ou desviar-se das normas – quando não seguimos as normas de
Deus, ou mudamos as normas para serem contrárias às de Deus, pecamos
(Romanos 1:18).
 Rebelião contra as normas – isto é, quando rejeitamos as normas de Deus
(Romanos 8:7).

O pecado tanto pode significar nossas ações como nossa natureza. A Bíblia diz que
fazemos coisas que são pecado e que o pecado é uma parte de nós, como que uma
doença crônica. Temos tendência a pecar. Isso não significa que não somos culpados;
cada pessoa pode escolher pecar ou não.

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Quais as consequências do pecado?

 Separação de Deus – esta é a pior consequência; Deus é bom e não pode


conviver com o pecado, que é mau; o afastamento do amor de Deus leva a
todas as outras consequências.
 Morte – por causa do pecado nós sofremos morte física, porque somos
imperfeitos e o que é imperfeito não dura (Romanos 6:23).
 Insegurança e perda de sentido – em Deus encontramos nossa identidade;
sem Ele a vida deixa de fazer sentido.
 Escravidão ao diabo – tudo o que está longe de Deus pertence ao diabo;
tornamo-nos escravos dele quando pecamos (1 João 3:8).
 Problemas com outras pessoas – o pecado muitas vezes prejudica as pessoas
à nossa volta e estraga relacionamentos.

Como posso ficar livre do pecado?

Aceitando Jesus como seu senhor e salvador. Jesus morreu na cruz para pagar o
preço que você devia pagar por seus pecados (1 João 2:2). Quando você reconhece
seus pecados, pede perdão e aceita Jesus como seu salvador, os seus pecados são
apagados. Isso não significa que o que você fez não tem problema (você ainda vai
morrer), mas agora você tem uma segunda chance. E dessa vez você recebe uma
nova natureza, inclinada para o bem, porque você está unido a Deus.

Quem tem Jesus ainda peca, porque a velha natureza do pecado ainda está lá,
lutando com a nova natureza. Mas pedindo perdão e com a ajuda de Deus, você pode
vencer essa natureza. Já não precisa viver preso no pecado, sem conseguir sair.

As consequências do primeiro pecado

Logo em Gênesis 2:16-17 Deus avisou que a consequência principal do pecado era a
morte. Quando Adão e Eva pecaram, eles sofreram morte espiritual – ficaram
afastados da presença de Deus. Deus também os condenou à morte física,
começando o processo lento de degradação física que leva todos a morrer (Gênesis
3:19).

Por causa do pecado, a terra ficou amaldiçoada. A terra perdeu sua perfeição e se
tornou um lugar difícil de viver (Gênesis 3:17-18). Surgiu o sofrimento, a dor e o
conflito entre pessoas. A vida na terra ganhou muitas dificuldades.

Consequências gerais do pecado

A separação eterna da presença de Deus é a pior consequência de todo pecado


(Romanos 3:23). Quem peca se rebela contra Deus. O inferno é uma eternidade sem
Deus. A Bíblia diz que outras consequências do pecado no mundo são:

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 A doença – agora nossos corpos são vulneráveis a todo tipo de doença e, um
dia, todos temos que morrer (mas atenção: a doença não é sempre
consequência de pecado individual; é consequência da existência de pecado
no mundo)
 Desastres naturais – fomes, dilúvios e outros desastres são produto da
maldição da terra.
 Relacionamentos difíceis – tornou-se muito mais difícil ter relacionamentos
harmoniosos com outras pessoas

Consequências individuais do pecado

Cada pessoa também sofre as consequências de seu próprio pecado. Algumas


consequências do pecado podem ser:

 Culpa – a culpa corrói a vida sem oferecer uma solução; a pessoa se condena,
mas não sabe como mudar de vida.
 Falta de sensibilidade – é o contrário da culpa; a pessoa perde noção de certo
e errado e continua pecando sem entender as consequências.
 Humilhação – o pecado leva à desgraça dos arrogantes e orgulhosos.
 Castigo da lei – alguns pecados são crimes e podem levar vários tipos de
castigo aplicado pela justiça humana

O pecado traz muito sofrimento ao pecador. Deus retribui a cada um de acordo com
suas ações (Romanos 2:6). Mas existe uma esperança.

Deus nos ama e não gosta de nos ver sofrer. Por isso, Ele veio à terra para levar o
castigo por nossos pecados em nosso lugar. Agora quem aceita Jesus como seu
salvador recebe perdão de seus pecados e pode ficar na presença de Deus (João
3:16). Um dia Deus vai destruir todo sofrimento causado pelo pecado e os salvos
viverão com Ele para sempre!

O que é a salvação pela graça?

A salvação pela graça é a forma como Deus nos livra da condenação do pecado, sem
merecermos nem termos de pagar. Não podemos alcançar a salvação pelo mérito
nem o podemos comprar. Deus nos oferece a salvação de graça.

Uma dívida impossível de pagar

Todos nós pecamos e merecemos castigo. O preço do pecado é a morte e a


separação de Deus (Romanos 6:23). Ninguém consegue pagar por todos os seus
pecados, ao ponto de ficar completamente puro e sem condenação. É impossível!

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Mas Deus nos ama e não quer nos condenar. Por isso, em Sua graça, Ele decidiu
pagar o preço. Deus enviou Jesus, que não tinha nenhum pecado, para morrer em
nosso lugar (Romanos 3:23-24). Na cruz, Jesus pagou o preço de todos os nossos
pecados! Não precisamos mais pagar por eles.

Salvos pela graça

A salvação é pela graça porque Deus não exige nada para merecermos a salvação.
Não precisamos fazer nenhum ato de bondade, heroísmo nem penitência. Basta ter fé.

Em Sua graça, Deus oferece a salvação a todos gratuitamente. Pessoas “boas” não
são favorecidas e pessoas “ruins” não são desprezadas. Em relação a Deus, todos
estão na mesma situação e todos recebem a mesma oferta, sem custo. Tudo que
temos de fazer é aceitar, pela fé (Efésios 2:8-9).

Assim, ninguém tem motivo para se achar superior aos outros, porque foi Jesus que
fez o trabalho e conquistou a salvação por todos nós. Nossas obras não nos podem
salvar porque são imperfeitas. Somente Deus é perfeito e somente Ele pode nos
aperfeiçoar.

Graça e responsabilidade

Então, qual é nossa motivação para fazer o que é certo? Se nós cremos em Jesus e
Deus perdoou todos os nossos pecados, podemos continuar no pecado, sem nos
preocuparmos? Não!

Jesus veio para nos salvar da vida antiga, presa no pecado (Romanos 6:1-2). Quem é
salvo pela graça de Deus fica purificado do pecado e agora deve ter uma vida
diferente. Quando alguém acha que pode continuar no pecado, sem querer mudar,
porque a salvação é pela graça, essa pessoa ainda não entendeu o que é a salvação.

Deus tem boas obras preparadas para nós fazermos. Não somos salvos pelas obras,
mas as boas obras são um sinal que já fomos salvos (Romanos 6:14). A graça de
Deus nos salva e a graça de Deus nos capacita a fazermos Sua vontade.

O único caminho para a salvação

A Bíblia diz que a salvação vem somente de Jesus. Sem a ajuda de Jesus, ninguém
consegue se salvar. Não há outra forma de ser salvo (Atos dos Apóstolos 4:12).

Para receber a salvação, basta crer em Jesus como seu salvador (Romanos 10:9-10).
Isso significa reconhecer que o pecado é ruim e que você precisa ser salvo dele,
acreditar que Jesus morreu por você e ressuscitou, e decidir mudar de vida, pelo
poder de Jesus. A partir desse momento, você está salvo!

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Quando você crê, Jesus lhe salva da condenação do pecado. Você agora não precisa
ter medo do castigo eterno! Você também não é mais escravo do pecado. Ao longo de
sua vida, Jesus vai lhe ajudar a lutar contra o pecado e a viver de maneira diferente.
Isso também faz parte do processo de salvação. E, um dia no Céu, você será
completamente livre de todas as consequências do pecado! A salvação se completa
na vida eterna.

Quando o homem recebe a salvação?

O homem é salvo quando reconhece seus pecados, arrepende-se deles, crê em Jesus
como seu único e suficiente Salvador e volta-se para Deus. Sem arrependimento não
há salvação (Atos 2,38; 3,19).

A salvação está acompanhada de mudanças profundas no coração humano. Veja a


experiência de Zaqueu, quando se converteu ele disse: ver Lucas 19,8-9.

Por tanto, a salvação é o resultado de um passo de fé, dado em reconhecimento de


que o sacrifício de Jesus pode redimir o homem do pecado.

Deixando claro o significado de alguns termos.

A doutrina da salvação é central na Bíblia e inclui a conversão, a regeneração, a


justificação, a fé e o arrependimento, o perdão e a santificação. Abrange tanto a alma
quanto o corpo, tanto o presente como o futuro.

 Conversão – é a mudança na mente do pecador que o leva a afastar-se do


pecado e a voltar-se para o Senhor (Salmo 22,27; Isaias 31,6; Atos 9,35;
11,21; Efésios 2,1-5).
 Regeneração – ou novo nascimento é mudança do coração (1 Pedro 1,23),
fruto do novo nascimento (João 3,3); é um ato da operação de Deus no interior
do homem, fazendo dele uma nova criatura (Tito 3,5)
 Justificação – é o ato divino, pelo qual ele declara as pessoas livres de culpa
e aceitáveis a ele (Romanos 3,21-25.28; 5,1) o homem é justificado pela fé e
não por obras (Gálatas 3,11.24).
 A Fé – é a condição para que o homem seja justificado (Romanos 3,22.25-
26.28). essa fé resulta da obra do Espirito Santo, pela qual o homem é
habilitado a unir-se com Cristo e alcançar a salvação (Efésios 2,8-10).
 O arrependimento – é o resultado da ação do Espirito Santo no convertido
que o leva a abandonar o pecado (João 16,8-9). Arrependimento é mudança
de mente (Atos 2,38) e difere do remorso. O arrependimento produz mudança
de atitude, enquanto que o remorso é uma dor de consciência que não
expressa mudança interior. O arrependimento traz salvação, enquanto o
remorso produz angustia e intranquilidades. Pedro se arrependeu de seu
pecado e chorou amargamente enquanto Judas – o traidor – teve remorso e se
enforcou (2 Coríntios 7,10);

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 O perdão – é o ato divino pelo qual Deus concede remissão ao pecador
arrependido, mediante o sacrifício de Jesus (Lucas 7,48);
 Santificação – é um ato do Espirito, que leva o crente a abandonar o pecado e
a se dedicar inteiramente a Deus (1 Pedro 1,2).

Como sei que estou salvo?

Essa é uma questão de fé. A certeza da salvação nasce das Escrituras conf.
Romanos 10,9.

Se eu entreguei minha vida a Cristo, aceitando-o como meu Salvador pessoal, se


me arrependi dos pecados que cometi e os abandonei, não devo duvidar de que
tenho a salvação.

Provas bíblicas de que sou salvo.

A) Não há perigo para o crente fiel – a Bíblia afirma que podemos ter certeza da
salvação (Romanos 8,1);
B) Somos ovelhas do Senhor – para aqueles que são ovelhas do Senhor há
segurança (João 10,27-28);
C) Somos nascidos em Cristo – quando o homem nasce de novo, Deus faz dele
uma nova criatura. Torna-se livre do jugo do pecado (2 Coríntios 5,17).

NOSSA VIDA DEVOCIONAL

Na linguagem simples do Evangelho, quando o homem conhece o poder


transformador de Jesus e se submente a Ele, aceitando-O como Salvador e Senhor
das da sua vida, ele nasce de novo. Agora, tem como senhor não mais o dinheiro,
nem a segurança material, mas submete-se inteiramente a Deus. A partir de sua
conversão, precisará de um contato pessoal e íntimo com o Pai celestial. A isso
chamamos de vida devocional, que se cultiva como abordaremos a seguir.

A oração na vida do crente

Quem ama Jesus ora! A oração aproxima mais de Deus e faz uma grande diferença
na sua vida, trazendo muitas bênçãos. Não dá para viver como cristão sem orar.
Descubra nesse estudo bíblico como suas orações podem afetar sua vida de maneira
poderosa:

1. O que é oração? - Veja: Salmos 4:3

Orar significa falar com Deus. Quando você ora, você está invocando (chamando)
Deus, para conversar com Ele.

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2. Quando devo orar? - Veja: 1 Tessalonicenses 5:17 e Efésios 6:18

Orar deve ser uma coisa contínua. Você pode orar de manhã, de tarde, de noite, em
casa, na escola, no trabalho, na rua, no chuveiro, sentado, deitado, de pé… Não
precisa ser sempre alto, você também pode orar em silêncio. Claro, você vai pensar
em outras coisas mas a Bíblia está falando sobre ter uma atitude de oração,
lembrando de Deus constantemente e submetendo tudo a Ele.

3. Por que orar é importante? - Veja: João 14:13 e 1 João 5:14

A oração ajuda a ficar mais próximo da vontade de Deus. Quando você ora, você
coloca sua atenção em Deus e submete sua vida a Ele, buscando Sua vontade.
Quando isso acontece, Deus ouve e responde!

4. Como devo orar? - Veja: Mateus 6:5-7 e Mateus 6:9-13

Orar não é um espetáculo para agradar outras pessoas. Orar é uma conversa íntima
com Deus. Você não precisa fazer orações elaboradas, com palavras complicadas,
para agradar a Deus. Basta querer ter intimidade com seu Pai.

Jesus ensinou a oração do Pai Nosso como um modelo para quem está aprendendo a
orar. Você não precisa repetir essa oração exatamente mas pode usá-la para fazer
suas próprias orações. Na oração do Pai Nosso, você aprende a pôr a vontade de
Deus em primeiro lugar, a fazer pedidos, a perdoar e pedir perdão e a buscar a
proteção de Deus contra o mal.

5. Como a oração afeta minha vida? - Veja: Filipenses 4:6-7, Tiago 1:5, Tiago 5:15-
16, Mateus 7:7-8

A oração pode transformar sua vida! Deus usa as orações para lhe abençoar com:

 Paz
 Sabedoria
 Perdão
 Cura
 Respostas

Pratique a oração e converse com Deus ao longo do dia. Assim, sua vida vai mudar e
Deus vai lhe abençoar com Sua presença, paz e sabedoria.

Oração tem poder? Qual é o poder da oração?

Sim, oração tem poder porque Deus usa nossas orações para fazer milagres. A Bíblia
diz que Deus dá poder à oração. Orar para Deus transforma nossas vidas.

A oração é muito importante na vida do cristão. Quando oramos, ficamos mais


próximos de Deus. Por isso, é muito importante criar o hábito de orar em todas as
situações (1 Tessalonicenses 5:17).

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Deus é o poder por trás da oração. Sem Deus, a oração não tem poder nenhum. Mas
quando cremos em Deus, a oração tem poder para:

 Curar – em resposta à oração, Deus pode curar doenças físicas e psicológicas,


dor emocional e sofrimento espiritual - leia aqui: o que a Bíblia diz sobre orar
pelos enfermos?
 Libertar – a oração tem poder para libertar da opressão espiritual do diabo e do
pecado; a oração pode libertar de vícios – Marcos 16:17-18
 Fortalecer – a oração nos ajuda a focar em Deus e Seu poder; através da
oração, Ele nos dá a força que precisamos para superar as dificuldades.
 Perdoar – a oração de arrependimento nos traz o perdão de Deus; quando
oramos, Deus também nos ajuda a perdoar outras pessoas que nos
machucaram – Marcos 11:25
 Fazer outros milagres – não há limites para o poder de Deus; respondendo a
orações, Deus já abriu caminhos na água, mandou fogo do céu, ressuscitou
mortos, multiplicou comida, abriu portas de prisões, mudou o tempo...

Como orar a Deus segundo a Bíblia

Devemos orar com fé, adorando a Deus, usando nossas próprias palavras,
confessando nosso pecado, com coração grato e entregando tudo nas mãos de Deus.

Não existe uma única forma de orar corretamente, mas a Bíblia mostra 7 princípios
que ensinam como orar a Deus:

 Acreditar que Deus ouve sua oração - Antes de começar, lembre que Deus
nos ama e ouve todas as nossas orações. Ele tem todo o poder e quer o
melhor para nós. Quando oramos, precisamos crer nisso. Quem tem fé verá a
resposta de Deus (Mateus 21:22).
 Dizer coisas boas sobre Deus - De uma forma simples, diga a Deus que
reconhece que ele é Deus Todo-Poderoso, que Ele é o Rei, e tudo depende
dele. Isso é adorar a Deus. Por exemplo: Senhor, Tu és Rei; Meu Pai, Tu és
bom; Meu Deus, eu te adoro porque Tu controlas todo o universo; Deus, tu és
grande e poderoso.
 Usar suas próprias palavras - Não use fórmulas ou orações decoradas. Faça
seus pedidos a Deus com fé e simplicidade. Ele nos conhece e nos ama como
somos, não vai ficar impressionado se falarmos difícil. Conte a ele como está
sentindo. Converse com Ele. Algumas coisas que você pode dizer a Deus com
suas próprias palavras: Me ajude a conseguir um emprego, Senhor; Pai, cura a
minha irmã doente; Meu Deus, por que estou tão triste? Preciso de Ti; Senhor,
preciso passar na prova, me ajuda; Pai, o que vai ser de mim agora? Me ajuda
 Confessar seus pecados e pedir perdão - Seja transparente com Deus. Ele
já sabe todas as coisas, mas quer ouvir o seu coração arrependido. Diga a
Deus o que você fez, e peça perdão. Por exemplo: Eu menti. Perdoe-me
Senhor!; Senhor, preciso do Teu perdão. Eu copiei na prova; Pai - pensei
coisas erradas, perdoa-me; Meu Deus falhei novamente, perdoa meu pecado

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 Dizer a Deus que confia nele qualquer que seja a resposta - Jesus nos
ensinou a dizer "Seja feita a Tua vontade". Isto significa que na sua oração é
importante que você reconheça que Deus está no controle. Diga, por exemplo:
Senhor quer que estas coisas aconteçam, mas sei que Tu és Deus e sabes o
que é melhor para mim; Preciso disto, Senhor, mas faz como achares melhor.
Confio em Ti; Estou desesperado por uma resposta, Senhor. Mas mesmo que
não aconteça, sei que me amas e algo melhor virá; Pai, se o que estou pedido
não é o melhor para mim, que seja como Tu queres.
 Dizer obrigado pelas coisas boas na sua vida - Orar não é só fazer pedidos
a Deus. É bom sempre agradecer na oração por aquilo que Deus tem feito por
você. Pense em coisas boas e agradeça a Deus por elas (1 Tessalonicenses
5:18).
 Orar dizendo "em nome de Jesus" - Não é uma fórmula mágica, mas
terminar a sua oração com "em nome de Jesus" pode te ajudar a lembrar que é
graças a Jesus que podemos orar com confiança ao Pai. Jesus nos ensinou a
pedir tudo em Seu nome. Nem precisa ser no final. Mas lembre: a oração que
Deus ouve só é possível graças a Jesus.

Como fazer jejum e oração?

Há muitas formas de fazer jejum e oração. O objetivo principal de fazer jejum e oração
é ter mais comunhão com Deus, e é importante saber como jejuar.

Jejuar é um ato de fé em Deus. Quando jejuamos, colocamos Deus acima de nossas


necessidades físicas. O jejum também é um tempo para focar em Deus, sem
distrações. Por isso, o jejum está sempre ligado à oração (conversar com Deus).

O jejum pode ser total ou parcial (só comer alguns alimentos), com ou sem ingestão
de líquidos. O crente também pode escolher abdicar de algumas atividades normais,
como ver televisão. Cada pessoa pode escolher como vai fazer o jejum, de acordo
com o que sentir que é de Deus.

Fazer jejum e oração é uma coisa entre você e Deus. Não serve para se mostrar mais
espiritual nem para ter a aprovação de outras pessoas (Mateus 6:16-18). Você pode
jejuar individualmente ou com outros crentes, orando juntos.

Como se preparar para jejuar e orar?

 Ore, pedindo orientação a Deus para esse tempo.


 Estabeleça quanto tempo vai durar o jejum; se você não está acostumado a
jejuar, comece com um jejum pequeno (12 horas) para não causar problemas
de saúde.
 Decida o que não vai comer; um jejum total é mais indicado para períodos
pequenos e um jejum parcial é melhor para vários dias ou profissões muito
cansativas.

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 Organize seu horário – quanto tempo vai dedicar à oração? Como vai equilibrar
seus compromissos familiares e profissionais durante esse tempo? Seja
organizado.
 Faça algumas refeições leves antes, para preparar o corpo; comer muito antes
poderá causar um grande choque no sistema; evite também muito açúcar e
cafeína.
 Decida o objetivo de seu jejum; por que motivos você vai orar? Para obter
respostas? Para mostrar arrependimento? Por libertação? Por relacionamento
com Deus?

O que fazer durante o jejum?

 Beba água com frequência; não faça um jejum muito longo sem água.
 Se você se sentir tonto ao fazer movimentos, mexa-se mais devagar.
 Evite situações onde há muita tentação para comer.
 Aproveite o tempo da refeição para orar e ler a Bíblia.
 Pense e medite nas coisas de Deus – Salmos 119:97.
 Ore pelos motivos que você decidiu para esse jejum – Filipenses 4:6.
 Passe algum tempo em silêncio com Deus.
 Obedeça às orientações de Deus.
 Se você sentir de Deus que deve parar, então pare! Não continue só para
cumprir uma meta.
 Descubra aqui: por que devemos orar?

Como quebrar o jejum?

 Faça algumas refeições leves; quebrar o jejum com uma refeição pesada pode
ser mau para a saúde.
 Agradeça a Deus por lhe ajudar durante o jejum e por qualquer bênção que
tenha recebido – Colossenses 4:2
 Procure pôr em prática o que aprendeu durante o tempo de jejum e oração –
Tiago 1:22.

Atenção! Pessoas com problemas de saúde devem procurar orientação médica antes
de fazer jejum. Estragar sua saúde do corpo não agrada a Deus, pois seu corpo é
templo do Espírito (1 Coríntios 6:19).

O que é discipulado?

Discipulado é aprender e ensinar a seguir e obedecer Jesus. Todo crente é chamado


para ser discípulo e fazer outros discípulos. O discipulado põe a fé em ação.

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O discipulado é parte da missão da Igreja. Jesus formou discípulos e nos deu a todos
a ordem de formar mais discípulos, pelo mundo todo (Mateus 28:19-20). Discipular é:

 Levar a pessoas para Jesus


 Ensinar a obedecer aos mandamentos de Jesus

Cada pessoa precisa saber sobre a salvação em Jesus e, quando se converte, precisa
aprender como viver para Jesus. O trabalho não acaba com a conversão. O
discipulado ajuda a crescer espiritualmente. Todo crente precisa crescer e aprender
mais de Jesus.

Qualquer pessoa que queira pode ser discipulado! Jesus mandou fazer discípulos de
todas as nações, sem distinção. Se converter é se tornar discípulo de Jesus. Todos
podem aprender sobre Jesus e como obedecer aos seus mandamentos.

Quem pode discipular?

Qualquer crente que tenha conhecimento da Bíblia pode discipular. O objetivo do


discipulado é formar discípulos que também conseguem ensinar outros discípulos. A
ordem de discipular foi dada a todos os seguidores de Jesus. Cada crente pode
aprender e ensinar!

Cada crente pode ajudar a discipular, usando os dons que Deus lhe dá. Discipular é
trabalho da igreja toda, não apenas do pastor (Efésios 4:15-16). Algumas coisas que
podem ser feitas para ajudar a discipular são:

 Evangelizar
 Pregar
 Fazer estudos bíblicos
 Acompanhar e aconselhar

Também é muito importante ensinar por exemplo. Mais que palavras, as ações
mostram como viver de maneira que agrada a Deus. Quando um crente obedece a
Deus em sua vida diária e partilha o que aprendeu, ajuda a discipular outros crentes.
Mesmo quem não tem dons de ensino ou evangelista pode discipular por exemplo.

O que é ser discípulo de Jesus?

Ser discípulo de Jesus é aprender de Jesus e ser seu imitador. No tempo de Jesus,
um discípulo era um aluno que estava aprendendo a ser como seu professor. Jesus
mandou fazer discípulos de todas as nações.

Um discípulo era um aluno dedicado. Ele seguia seu rabi (professor) por onde quer
que ia, via o que fazia e ouvia o que ensinava e procurava se tornar mais como ele.
Jesus falava às multidões, mas dava um ensino mais profundo e pessoal a seus

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discípulos (Marcos 4:33-34). Os discípulos tinham um acesso privilegiado a Jesus,
porque tinham um compromisso sério com ele, ao contrário do resto da multidão.

Cada crente deve ser um discípulo de Jesus. Ser discípulo significa ser um seguidor
de Jesus. A conversão implica uma mudança de vida. Não fazemos mais parte da
multidão que apenas ouve a palavra, mas nos tornamos discípulos praticantes da
palavra (Tiago 1:22).

O que faz um discípulo de Jesus?

 Ama Jesus – o discípulo tem um relacionamento pessoal com Jesus; seu amor
por Jesus o leva a querer obedecer e aprender dele – João 14:21.
 Aprende de Jesus – o discípulo é um estudante: estuda a Bíblia, ora e tenta
ouvir o que Jesus lhe quer dizer; o Espírito Santo ensina o discípulo
pessoalmente quando estuda a Palavra de Deus – João 14:26.
 Imita Jesus – o objetivo do discípulo é se tornar cada vez mais como Jesus,
nosso maior exemplo; isso significa deixar o pecado e tentar fazer sempre o
bem – Efésios 5:1-2.
 Obedece e segue Jesus – o discípulo põe em prática o que aprendeu, porque
quer agradar Jesus; o discípulo vai onde Jesus manda ir; isso às vezes é difícil
e exige sacrifício – Lucas 14:27.
 Fala sobre Jesus – o discípulo de Jesus faz mais discípulos de Jesus; ele quer
que outros conheçam Jesus e descubram como é bom ser seu discípulo –
Mateus 28:19-20.
 Convive com outros discípulos – a igreja é uma turma onde os discípulos
aprendem e crescem juntos; ir à igreja é essencial na formação do discípulo –
Hebreus 10:25.

CUIDADO COM OS PREGADORES DE FALSAS DOUTRINAS

O que a Bíblia diz sobre falsos profetas?

A Bíblia diz que os falsos profetas são perigosos e causam muitos problemas. Deus
não se agrada dos falsos profetas, porque falam mentiras em Seu nome (Jeremias
23:32). Devemos evitar os falsos profetas.

Um profeta é uma pessoa que recebe e transmite uma revelação de Deus. Um falso
profeta não recebe uma revelação de Deus mas diz que recebeu. O falso profeta
engana as pessoas com mensagens falsas, que não vêm de Deus.

A Bíblia conta sobre alguns falsos profetas. Eles eram bem recebidos pelo povo
porque diziam o que as pessoas queriam ouvir mas sua mensagem era inventada. Os

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falsos profetas se opunham aos verdadeiros profetas, que revelavam seu pecado e os
confrontavam com a verdade. Os falsos profetas causavam muitos problemas porque
levavam o povo a desobedecer a Deus.

Jesus avisou que nos últimos tempos iriam surgir muitos falsos profetas para enganar
até os crentes (Mateus 24:24-25). Por isso, quando alguém diz que é profeta, é muito
importante analisar a profecia à luz da Bíblia para ver se é verdadeira ou falsa (1
Coríntios 14:29). O ensino do falso profeta deve ser rejeitado. Deus castigará os falsos
profetas.

Como reconhecer um falso profeta?

A Bíblia nos ensina como reconhecer um falso profeta. Não devemos desprezar todas
as profecias mas devemos analisar com cuidado antes de aceitar como revelação de
Deus (1 Tessalonicenses 5:20-22).

Algumas caraterísticas de falsos profetas são:

 Suas profecias não se cumprem – se a profecia não se cumpre, não vem de


Deus; culpar a falta de fé dos ouvintes não vale! - Deuteronômio 18:21-22.
 Contradizem a Bíblia – ensinam coisas erradas, que não estão de acordo com
o que a Bíblia diz; muitos falsos profetas distorcem as palavras da Bíblia – 2
Pedro 2:1-3.
 Causam problemas – provocam divisões, controvérsias e contendas entre os
irmãos da igreja – 1 Timóteo 6:3-5.
 São manipuladores – os falsos profetas procuram satisfazer desejos egoístas,
como ter poder, dinheiro ou influência; usam o engano, chantagem emocional,
medo, bajulação... Para conseguirem o que querem – Romanos 16:17-18.
 Não ouvem a verdade – quando confrontados com a verdade, não se
arrependem nem aceitam nenhuma dúvida; muitos falsos profetas saem das
igrejas para criar movimentos novos porque não aguentam ouvir a verdade – 2
Timóteo 4:3-4

O que é heresia?

Uma heresia é um ensinamento contrário a uma verdade fundamental da Bíblia. A


heresia é o que a Bíblia chama de “doutrina falsa”, um ensinamento errado (1 Timóteo
6:3-5). Ao longo da História surgiram muitas heresias sobre a Bíblia.

No sentido geral, heresia é um ensino que vai contra uma religião estabelecida. A
heresia é um desvio do ensinamento dessa religião.

Nem todo o ensino contra a Bíblia é uma heresia. A heresia é apenas aquilo que
distorce o ensino da Bíblia. Por exemplo, um ensinamento herético pode concordar

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com a maioria da Bíblia, mas negar que Jesus é Deus (João 10:30-33). Como a
verdade que Jesus é Deus é um ensinamento fundamental da Bíblia, negar que Jesus
é Deus é heresia.

A Bíblia nos avisa sobre pessoas que ensinam mentiras. À primeira vista, a heresia
pode parecer boa e correta, mas quando estudamos o que a Bíblia diz descobrimos
que é um ensino errado. Para não ser enganado por uma heresia, é muito importante
conhecer e estudar a Bíblia (Atos dos Apóstolos 17:11).

A Bíblia é nossa grande autoridade, porque é a Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16-17).


Toda a doutrina deve ser fundamentada na Bíblia. Qualquer ensino que vai contra a
Bíblia é uma mentira e deve ser rejeitada (Gálatas 1:8-9).

Vamos conhecer um pouco sobre algumas heresias, para poder combatê-las, se


necessário.

Quem são as Testemunhas de Jeová? Em que acreditam?

As Testemunhas de Jeová são uma religião que afirma ser cristã, que começou no fim
do século XIX nos Estados Unidos. Acreditam em um só Deus mas não acreditam que
Jesus é Deus. De acordo com sua interpretação da Bíblia, apenas 144 mil pessoas
vão reinar com Jesus no Céu e o resto dos convertidos vão morar na terra.

As Testemunhas de Jeová acreditam que:

 A Bíblia é a Palavra de Deus – não têm outros livros sagrados, embora deem
valor às publicações do Corpo Governante que interpretam a Bíblia;
 Só há um Deus – não existem outros deuses; também rejeitam a Trindade, não
acreditam que Deus tem três “partes” ou “Pessoas”; para as Testemunhas de
Jeová, Deus é apenas Deus Pai;
 O nome de Deus é Jeová – acreditam que esse é o nome especial de Deus e é
o nome que devemos usar para nos referir a Ele; é por isso que se chamam
“Testemunhas de Jeová”;
 Jesus não é Deus – as Testemunhas de Jeová acreditam que Jesus foi à
primeira coisa criada por Deus e que ele ajudou Deus na criação de todo o
resto; afirmam que Jesus não é Deus encarnado;
 O preço do pecado é só a morte – não acreditam no inferno, ou tormento
eterno; quem não crê apenas deixará de existir;
 Jesus pagou o preço do pecado – sua morte serviu de “resgate” para quem
crê; não acreditam que Jesus ressuscitou com um corpo físico (mas veja Lucas
24,37-39);
 A salvação vem pela fé, mas é confirmada por obras – quando uma pessoa crê
é salva e, como resultado, vai se esforçar para obedecer às regras da religião;
 Salvação é morar na terra – as Testemunhas de Jeová acreditam que a terra
será renovada e a maioria dos salvos vai viver nela para sempre, não no Céu;

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 Poucos irão para o Céu – apenas 144 mil pessoas especiais irão morar no Céu
e reinarão com Jesus sobre a terra

As Testemunhas de Jeová e a Bíblia

Embora se baseiam na Bíblia, as Testemunhas de Jeová têm vários ensinamentos


que não são bíblicos. O erro mais grave das Testemunhas de Jeová é sua negação da
divindade de Jesus. A Bíblia ensina claramente que Jesus é Deus (Filipenses 2:5-7).
Esse é um ensino essencial da Bíblia. Por isso não podemos aceitar o ensino das
Testemunhas de Jeová como verdadeiro.

Existem outros ensinos das Testemunhas de Jeová que não são bíblicos. Pensam que
o Espírito Santo é apenas uma força, mas a Bíblia ensina que é uma pessoa da
Trindade. Não aceitam a ideia de tormento eterno para os que rejeitam Jesus, embora
a Bíblia ensina claramente que haverá tormento eterno, que é resultado da separação
total de Deus (Mateus 25,30). O ensino que apenas 144 mil irão para o Céu é uma
interpretação errada de Apocalipse 7:4 (que fala sobre Israel; depois fala de uma
multidão incontável – Apocalipse 7:9). Sua tradução especial da Bíblia (a Tradução do
Novo Mundo) também é duvidosa e têm algumas regras estranhas sem bom
embasamento bíblico.

A religião das Testemunhas de Jeová deve ser rejeitada. Ainda assim, podemos
aprender algumas coisas com as Testemunhas de Jeová. Eles levam muito a sério a
missão de evangelizar e são muito unidos. As Testemunhas de Jeová se aplicam
muito ao estudo da sua religião.

O Espiritismo.

O que a Bíblia diz sobre espiritismo?

A Bíblia diz que Deus é contra o espiritismo. No livro de Deuteronômio 18:9-14, Deus
dá ordens ao povo para não cometerem certas práticas, porque se assemelhariam aos
povos vizinhos que não obedeciam a Deus.

Umas dessas práticas era a tentativa de comunicação com os mortos. Tal ato traria
consequências negativas para o povo. O grande perigo é que tentar falar com os
mortos abre uma porta para o diabo. Isto é porque comunicar com os mortos não é
possível e muitas vezes a pessoa está na verdade estabelecendo contato com um
demônio.

No livro de 1 Samuel 28:3-25, vemos que o rei Saul desobedeceu a Deus e procurou
uma mulher que invocava espíritos. Essa atitude do Rei Saul demonstrou que ele
estava longe de Deus e por isso viria a sofrer pela sua desobediência.

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No Antigo Testamento, Deus não só condenava a prática do espiritismo, como ainda
castigava o praticante de tal ato (Levítico 19:31). Deus quer que as pessoas O
busquem para obterem respostas e não recorram a outras práticas ou entidades.

O espiritismo afirma que quando uma pessoa morre, a sua alma e espírito
permanecem na terra e pode passar por vários passos para obter o aperfeiçoamento
espiritual. Por outro lado, a Bíblia ensina que depois da morte, nada pode ser feito
para conseguir a salvação. O destino da alma (céu ou inferno) vai depender se a
pessoa durante a vida aceitou Jesus como Senhor e Salvador.

A Bíblia afirma em Hebreus 9:27 que cada pessoa vive uma só vez e depois de morrer
enfrenta o julgamento. Assim, não há nenhuma indicação que o seu espírito
permanece na terra ou fica contactável.

O que acontece depois da morte?

Embora os detalhes não sejam muitos, na Bíblia encontramos a informação sobre o


que realmente acontece depois da morte. Quem estiver em Cristo vai estar com o
Senhor, mas os que morrem em seus pecados vão para um lugar de sofrimento,
separados de Deus, enquanto aguardam o Juízo Final.

A Bíblia nos diz que a nossa existência não consiste apenas em nossos corpos físicos,
mas também em nossas almas. A morte é a separação entre corpo e alma, e não o fim
da nossa existência.

Para os que acreditam em Jesus

Para os salvos, estas quatro coisas acontecem após a morte.

1- Vão estar na presença de Cristo

Sabemos que Jesus está agora assentado à direita de Deus no céu. O apóstolo Paulo
afirmou que partir significava estar com o Senhor (Filipenses 1:23-24) e que era
melhor estar ausente do corpo e presente com o Senhor (2 Coríntios 5:6-9). Jesus
também deu a entender que depois da morte quem crê nele vai estar imediatamente
com ele (Lucas 23:43).

2- Vão estar num lugar de glória

Jesus chamou de "Paraíso" o lugar onde vamos habitar com ele (2 Coríntios 5:8) e
Paulo, como vimos acima, disse que será "muito melhor" estar com Jesus do que aqui
(Filipenses 1:23).

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3- Vão continuar aguardando a ressurreição

Mesmo depois da morte, vamos continuar aguardando a ressurreição, quando


receberemos corpos gloriosos (Romanos 8:23, Filipenses 3:21).

4- Serão aperfeiçoados

Após a morte, os cristãos estão finalmente limpos de todo pecado e não mais vão
pecar, passando a ser então perfeitos, nesse sentido (Romanos 8:29; 1
Tessalonicenses 5:23; Efésios 5:27).

Quem morre sem ter colocado fé em Jesus para perdão de seus pecados fica
completa e eternamente separado de Deus e da sua graça e bênção. Segundo a
Bíblia, o descrente entra em uma realidade dolorosa e cheia de sofrimento (hades),
enquanto aguarda o juízo final. Jesus fala sobre essa situação na parábola do homem
rico e Lázaro, em Lucas 16:22-26..

Depois da segunda vinda de Jesus e após o juízo final, o descrente (todo aquele cujo
nome não se encontrar no Livro da Vida) será lançado no inferno, juntamente com a
besta, o falso profeta, o diabo, a morte e o hades (Apocalipse 19:20, Apocalipse 20:10,
Apocalipse 20:14-15).

Adventistas do Sétimo Dia

O que é Igreja Adventista do 7º Dia?

A Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) é uma denominação cristã de origem norte-
americana, conhecida por sua forte ênfase na guarda do sábado e na volta de Cristo.
Mantém um carácter diferenciado e exclusivo com base nas suas doutrinas, regras de
conduta e na restrição de alimentos.

Embora apresentem muitas semelhanças com a maioria das igrejas cristãs


evangélicas, os adventistas do 7º dia possuem doutrinas bastante controversas à fé
protestante. Algumas delas foram baseadas em interpretações incorretas sendo, à luz
da Bíblia, completamente erradas em muitos aspectos.

Nos últimos anos, a IASD vem ganhando projeção no meio evangélico, através de
estratégias de aproximação dessa parcela cristã. Possui programas veiculados na
Internet, TV e rádio (Novo Tempo e Evidências, p.ex), cantores e grupos musicais
conhecidos no mundo gospel (Leonardo Gonçalves, Os Arrais), e intervenções sociais
(em escolas, hospitais, etc.) que atingem milhares de pessoas.

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ELABORADO POR: Marco Antônio Lana - Teólogo Bíblico.
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Origem da igreja Adventista do 7º dia

A igreja nasceu no século XIX nos Estados Unidos, de um movimento de crentes no


adventismo. Este grupo pregava o retorno próximo de Cristo. Depois do “Grande
Desapontamento”, desencadeado pelo movimento Millerita de 1840, seguidores que
mantiveram suas crenças nas previsões fracassadas de G. Miller, organizaram
oficialmente a denominação Adventistas do Sétimo Dia, em 21 de Maio de 1863.
Muitas das suas crenças tiveram como base visões e revelações de seus fundadores.

Em que acredita a Igreja Adventista do 7º Dia?

A Igreja Adventista do 7º Dia possui 28 crenças fundamentais dispostas num


documento oficial chamado “Nisto cremos”. Esses fundamentos são estruturados em
seis categorias: doutrinas de Deus, dos homens, da salvação, da igreja, da vida cristã
e do tempo do fim.

A maior parte das doutrinas adventistas tem boa base bíblia. Contudo, alguns
fundamentos não são equivalentes com a fé e interpretação bíblica evangélica nos
seguintes pontos:

 Ênfase na guarda do sábado - Segundo essa doutrina, a guarda do sábado é


fundamental para o crente.
 Fonte de autoridade extra-bíblica - Os seguidores da IASD fazem uso, em
paralelo com a Bíblia, de amplo material escrito advindo de revelações e visões
da sua profetisa Ellen G. White.
 Polêmicas sobre a Doutrina de Jesus Cristo - Documentos oficiais da igreja
interpretam que Jesus teria herdado a natureza humana caída e que Ele teria
sido o arcanjo Miguel no Antigo Testamento.
 Polêmicas sobre a Doutrina da Salvação - Defendem a doutrina do Sono da
alma ou estado de inconsciência após a morte; a existência de um Santuário
Celestial para onde Jesus teria ido em 1844 para concluir a Sua obra de
expiação e a doutrina do Juízo investigativo de Cristo, segundo a qual Jesus
estaria examinando nos registros quem está apto para se beneficiar ou não do
perdão dos pecados. Também afirmam que Satanás será o bode expiatório ou
emissário; segundo esta interpretação, no fim, Satanás levará sobre si os
pecados dos crentes que foram removidos no santuário celestial para
purificação do universo. Destruição final dos ímpios: para os adventistas
acontecerá o extermínio final dos ímpios e de Satanás.
 Regras de conduta legalistas - Além de considerarem a observância do sábado
como essencial para a salvação, advogam a necessidade de realização de
sacrifícios pessoais, através de usos e costumes restritivos na alimentação,
vestuário e em seu estilo de vida.

O adventismo e a Bíblia

A Igreja Adventista do Sétimo Dia possui algumas doutrinas bastante controversas.


Algumas delas devem ser consideradas falsas ou distorcidas. A começar por sua

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origem, iniciada com um grupo que tentou datar a volta de Cristo e que manteve essas
convicções a todo custo. Muitos dos seus ensinamentos tiveram base em revelações
extra-bíblicas e visões dos seus líderes fundadores, que ultrapassam e refutam a
suficiência da Bíblia. Veja:

 A guarda do sábado não é essencial para os cristãos nem importantes para a


sua salvação. Nenhum dia da semana é mais importante do que Cristo e a sua
obra perfeita. Somente a graça, por meio da fé em Jesus Cristo, pode nos
garantir a eternidade com Deus. A Bíblia nos diz em (Colossenses 2:16-17)
que as ordenanças da lei eram sombra do que se cumpriu em Cristo. É Ele o
Senhor do sábado, portanto devemos nos submeter a Ele e não às obras da
Lei.
 A Bíblia é a única fonte plena e suficiente para a doutrina cristã. A Palavra é
inspirada e autorizada por Deus para alimentar e munir o seu povo (2 Timóteo
3:16-17). Por outro lado, os adventistas do sétimo dia acreditam que os
escritos de Ellen White sejam o testemunho de Jesus - o espírito de profecia,
descrito em Apocalipse 19:10, o que não faz sentido, de acordo com a
revelação total da Bíblia.
 A crença na aniquilação dos ímpios e de Satanás, é uma doutrina defendida
pelos adventistas e pelos testemunhas de Jeová, que afirma que os ímpios
serão destruídos completamente. Mais uma vez, a Bíblia não confirma este
ensinamento. Diversas passagens bíblicas, inclusive o próprio Jesus nos alerta
sobre a punição e condenação eterna: Mateus 25:30, Mateus 25:41 e Mateus
25:46. Satanás, a besta e o falso profeta também serão atormentados
eternamente (Apocalipse 20:10).
 Regras de conduta - As normas e orientações sobre alimentação, vestuário,
saúde e conduta são bastante restritivas. Alguns adventistas consideram que
essas regras são essencialmente necessárias, beirando ao legalismo.
Contudo, não são as obras que salvam nem tornam alguém mais propício a
receber a justiça e graça de Deus. Quanto à restrição de ingestão de carne e
outros alimentos, a recomendação bíblica no Novo Testamento (Atos dos
Apóstolos 21:25) não deve ser diminuída em relação às revelações da sra.
White (Romanos 14:2). Infelizmente, uma forte característica da igreja é se
considerar exclusiva, em relação a outras igrejas cristãs evangélicas,
justamente por observarem muitas regras de usos e costumes como obras
justificadas pela lei (Gálatas 2:16).

Doutrinas de Cristo:

 Jesus Cristo não herdou a natureza pecaminosa de Adão. Se assim fosse, Ele
precisaria de um salvador tal como toda a humanidade. Cristo é plenamente
Deus e plenamente homem, mas sem pecado (Hebreus 4:15). O Seu sacrifício
foi perfeito e suficientemente aceito por Deus para redimir e tirar os pecados do
mundo porque Ele era o cordeiro perfeito.
 Jesus nunca foi o arcanjo Miguel: a Bíblia relata claramente que Jesus Cristo é
extraordinariamente superior aos anjos (Hebreus 1:3-5). Cristo é Deus criador,

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Miguel é criatura. Erros gravíssimos de interpretação como esses, de relativizar
a divindade de Cristo, colocando-o ao mesmo nível de homens pecadores ou
de anjos devem ser considerados como heresias e falsas doutrinas.

Doutrinas da Salvação:

 A doutrina do sono da alma após a morte é bastante controversa. Em


passagens como a do rico e o Lázaro (Lucas 16:22-23) e no diálogo de Jesus
com o ladrão (Lucas 23:43) nota-se que a alma daquele que morre permanece
consciente (no Paraíso ou no Hades) onde aguarda o julgamento final
(Apocalipse 20:13).
 As doutrinas do pré-advento: santuário celestial e juízo investigativo foram
promovidas para justificar as falhas das profecias de Miller em 1844 e a
insistência de alguns seguidores em afirmar que Jesus teria de fato saído do
Céu naquela data. Essas doutrinas nasceram de visões e revelações humanas
dos fundadores desta igreja. A Bíblia nunca incentiva aos crentes a
descobrirem o dia e a hora do retorno de Cristo (Mateus 24:36). Por outro lado,
nos revela que, quando se der a segunda vinda de Jesus, esta será visível a
todos (Atos dos apóstolos 1:9-11). As Escrituras nos ensinam sobre a obra
expiatória de Jesus, sem jamais mencionar o juízo investigativo defendido
pelos adventistas do 7º dia. Sua obra (vida, morte na cruz do Calvário e
ressurreição) foi completa e suficiente para salvar os pecadores (substituição,
perdão e justificação) e cumprir a exigência da justiça e santidade de Deus
(Hebreus 9:28). Na Cruz Jesus disse: Está consumado! (João 19:30). Ao
derramar o seu sangue, Jesus concluiu a obra de redenção. De forma
nenhuma Ele deixou o seu trabalho incompleto.
 Satanás como o bode emissário é outra interpretação adventista que está
completamente errada. A referência sobre o bode emissário está registrada no
livro de Levítico, no Antigo Testamento, nas orientações sobre o dia da
expiação (Levítico 16:20-22). Tanto o bode sacrificado pelo pecado do povo -
bode expiatório (Levítico 16:15), quanto o bode vivo, enviado para o deserto -
bode emissário, simbolizando o pecado retirado para fora do arraial, são
sombras da obra completa que Cristo fez na cruz. Ele é o Cordeiro de Deus
que tira os pecados do mundo (João 1:29). É Cristo quem levou sobre si os
nossos pecados e não Satanás.

Os cristãos protestantes têm na Palavra de Deus a sua única regra de fé e conduta


para a vida. Por isso, antes de aderir a qualquer confissão religiosa devem analisar e
avaliar sempre, tendo a Bíblia como referência (João 5:39) para não serem enganados
por falsas doutrinas.

Há de se salientar que não são todos os adventistas que creem e confessam essas
doutrinas mais controversas. O envolvimento social da IASD através de escolas,
faculdades, hospitais e outros programas comunitários é outro ponto positivo a se
referenciar.

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A Congregação Cristã no Brasil

A Congregação Cristã é uma denominação protestante que existe principalmente no


Brasil. É uma igreja pentecostal com uma forte ênfase no trabalho do Espírito Santo.
Sua doutrina se baseia em 12 pontos de fé, mas a Congregação Cristã é mais
conhecida pelas regras de vida dos membros.

A Congregação Cristã no Brasil começou em 1910, pela ação de um homem chamado


Luigi Francescon. Essa denominação se espalhou pelo país e hoje tem muitos
membros. No entanto, fora do Brasil, a Congregação Cristã é uma denominação
bastante pequena.

Em que a Congregação Cristã acredita?

De acordo com "Os Pontos de Doutrina e da Fé que Uma Vez Foi Dada aos Santos", a
Congregação Cristã acredita:

 Que a Bíblia é a palavra de Deus - 2 Timóteo 3:16-17;


 Em um só Deus, que é uma Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo;
 Que Jesus Cristo é o Filho de Deus e o salvador do mundo, que morreu pelos
pecados de todos – Romanos 3:23-26;
 Na existência do diabo e seus anjos, que serão castigados no lago de fogo –
Mateus 25:41;
 Que a salvação vem pela fé em Jesus, que justifica e dá uma vida nova – 2
Coríntios 5:17;
 No batismo por imersão, no nome de Jesus Cristo e também no nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo;
 No batismo com o Espírito Santo, com dom de falar em línguas estranhas
como prova desse batismo;
 Na celebração da Santa Ceia, conforme Jesus instituiu – 1 Coríntios 11:23-26;
 Que se deve abster de coisas sacrificadas a ídolos, de sangue, de carne de
animais estrangulados e da imoralidade sexual – Atos dos Apóstolos 15:28-29;
 Na oração e unção dos doentes pelos líderes, para sua cura, porque Jesus
levou as doenças – Tiago 5:14-15;
 Que Jesus voltará para levar os salvos para o Céu, para estarem com ele para
sempre – 1 Tessalonicenses 4:16-17;
 Na ressurreição de todos os mortos, uns para castigo eterno, outros para a
vida eterna – Daniel 12:2

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A Congregação Cristã e a Bíblia

Os 12 artigos de fé da Congregação Cristã têm boa base bíblica e pouco motivo de


controvérsia. As igrejas são chamadas de Casas de Oração e a liderança é composta
por anciãos, que fazem o mesmo trabalho que pastores e presbíteros em outras
igrejas. Cada membro oferta de acordo com o desejo de seu coração.

A Congregação Cristã não é perfeita e tem alguns pontos fracos. Suas regras sobre
vestimentas são bastante rígidas e já não são muito adequadas à sociedade brasileira.
A Congregação Cristã não aceita o batismo de outras denominações cristãs e
condena igrejas onde os líderes recebem salário.

Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR)

A Igreja Católica Apostólica Romana é uma das igrejas mais antigas de todas. Seus
ensinamentos são baseados na Bíblia e na tradição da igreja. A Igreja Católica é
liderada pelo Papa, que diz ser o representante de Cristo na terra, com a mesma
autoridade que Jesus.

Por que a igreja se chama Católica Apostólica Romana?

O nome completo é Igreja Católica Apostólica Romana porque diz ser:

 Universal - “católica” significa universal; a Igreja Católica afirma que é a única


igreja verdadeira, não admite salvação fora dela.
 Fundada nos apóstolos – segue os ensinamentos dos apóstolos e alguns de
seus líderes são considerados “herdeiros” da posição dos apóstolos.
 Liderada por Roma – o bispo de Roma é o Papa, o chefe supremo da Igreja
Católica; o Vaticano, a sede da igreja, fica em Roma.

Em que a Igreja Católica acredita?

A Igreja Católica tem muitas doutrinas que são explicadas em detalhe no Catecismo
da Igreja Católica e outros escritos oficiais da igreja. As doutrinas principais são:

 A Bíblia é a Palavra de Deus, infalível, escrita por inspiração do Espírito Santo


– 2 Timóteo 3:16-17;
 A Tradição da Igreja também é inspirada pelo Espírito Santo e tem o mesmo
valor que a Bíblia; a tradição da igreja explica e completa a Bíblia.
 Existe somente um Deus, criador de tudo, que é uma Trindade – Pai, Filho e
Espírito Santo - veja aqui: o que é a Trindade?
 Todos pecaram e precisam ser salvos – Romanos 3:23-24;
 Jesus é o Filho de Deus, que nasceu da virgem Maria, morreu para nos salvar,
ressuscitou no terceiro dia e subiu ao Céu.

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 A salvação vem pela fé, pelo batismo e pelos frutos da fé, que são as obras;
 Existem sete sacramentos – o batismo, a confirmação, a Eucaristia, a
confissão, o casamento, a ordenação de ministros e a unção dos doentes.
 Os sacramentos unem a igreja e Jesus os usa para perdoar e dar graça.
 Ensina que Maria, mais que apenas mãe de Jesus, é a mãe da igreja, porque
nunca pecou e intercede por todos junto de Jesus;
 Um dia Jesus voltará para julgar a todos e levar os santos para o Céu – 1
Tessalonicenses 4:16-17;
 Os ímpios irão para o inferno, mas os santos terão a vida eterna; os salvos que
tiverem morrido com pecados não confessados passarão algum tempo no
purgatório antes de irem para o Céu.

A Igreja Católica e a Bíblia

A Igreja Católica tem ensinamentos corretos (que estão de acordo com a Bíblia) mas
também vários ensinamentos errados. Do lado positivo, a igreja promove a união e a
procura pessoal por santidade. Do lado negativo, vários ensinamentos da tradição da
igreja contradizem a Bíblia.

A Igreja Católica dá demasiado valor ao Papa e à tradição. A igreja não é infalível, ela
pode errar em seus ensinamentos. Por isso, é importante sempre avaliar tudo à luz da
Bíblia, abrindo espaço para debate (Atos dos Apóstolos 17:11).

A importância que a Igreja Católica dá a Maria e outros santos também não é correta.
Não existe base bíblica nenhuma para crer que Maria nunca pecou nem que os santos
intercedem por nós. Embora teoricamente a igreja diga que venerar os santos é
diferente de adorar, na prática muitos católicos adoram os santos. Isso é idolatria (1
João 5:21).

O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE

Será que há vida após a morte?

Sim, há vida após a morte, de acordo com o que lemos na Bíblia. Na realidade, todos
ansiamos pela eternidade (Eclesiastes 3:11). Mas não conseguimos alcançar a
eternidade nessa vida, porque nossos corpos se degradam. Somente na vida após a
morte podemos viver para sempre.

Para quem ama Jesus, a morte não é o fim. Na verdade, a Bíblia diz que essa é nossa
maior esperança! Se não há vida após a morte, não temos razão para seguir Jesus (1
Coríntios 15:19-21).

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Jesus, o caminho para a vida eterna.

Segundo a Bíblia há duas definições de vida: a vida física e a vida espiritual. A vida
física é a vida do nosso corpo. A Bíblia nos ensina que vida espiritual é ter um
relacionamento com Deus e morte espiritual é estar separado de Deus.

Em Isaías 59:2 e Efésios 2:1 vemos que o pecado separa o homem de Deus e isso
significa que o homem fica morto espiritualmente.

No entanto, Deus veio como pessoa - Jesus - para nos dar a vida eterna. Isto significa
conhecer e ter um relacionamento com Deus para toda a eternidade. Ele morreu
fisicamente na cruz e ficou separado de Deus Pai porque Ele levou o castigo do nosso
pecado para que nós pudéssemos ter vida eterna (Isaías 53:5).

Três dias depois de morrer, Jesus ressuscitou já que a morte não foi capaz de O
prender, sendo Ele santo. Ele ressuscitou para que nós fossemos justificados (feitos
justos perante Deus): Romanos 4:25.

Jesus também ressuscitou fisicamente para a vida como o primeiro de muitos que
também irão ressuscitar fisicamente para a vida e um relacionamento eterno com
Deus.

Aliás, todos irão ressuscitar fisicamente, mas nem todos irão passar a eternidade com
Deus. A Bíblia ensina claramente que existe o Inferno, um lago de fogo e aqueles que
rejeitaram a dádiva de salvação de Jesus irão passar a eternidade nesse lugar de
tormento longe de Deus (Apocalipse 20:15).

Para os que acreditam em Jesus

Para os salvos, estas quatro coisas acontecem após a morte.

1- Vão estar na presença de Cristo

Sabemos que Jesus está agora assentado à direita de Deus no céu. O apóstolo Paulo
afirmou que partir significava estar com o Senhor (Filipenses 1:23-24) e que era
melhor estar ausente do corpo e presente com o Senhor (2 Coríntios 5:6-9). Jesus
também deu a entender que depois da morte quem crê nele vai estar imediatamente
com ele (Lucas 23:43).

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2- Vão estar num lugar de glória

Jesus chamou de "Paraíso" o lugar onde vamos habitar com ele (2 Coríntios 5:8) e
Paulo, como vimos acima, disse que será "muito melhor" estar com Jesus do que aqui
(Filipenses 1:23).

3- Vão continuar aguardando a ressurreição

Mesmo depois da morte, vamos continuar aguardando a ressurreição, quando


receberemos corpos gloriosos (Romanos 8:23, Filipenses 3:21).

4- Serão aperfeiçoados

Após a morte, os cristãos estão finalmente limpos de todo pecado e não mais vão
pecar, passando a ser então perfeitos, nesse sentido (Romanos 8:29; 1
Tessalonicenses 5:23; Efésios 5:27).

Para os que não acreditam em Jesus

Quem morre sem ter colocado fé em Jesus para perdão de seus pecados fica
completa e eternamente separado de Deus e da sua graça e bênção. Segundo a
Bíblia, o descrente entra em uma realidade dolorosa e cheia de sofrimento (hades),
enquanto aguarda o juízo final. Jesus fala sobre essa situação na parábola do homem
rico e Lázaro, em Lucas 16:22-26.

Depois da segunda vinda de Jesus e após o juízo final, o descrente (todo aquele cujo
nome não se encontrar no Livro da Vida) será lançado no inferno, juntamente com a
besta, o falso profeta, o diabo, a morte e o hades (Apocalipse 19:20, Apocalipse 20:10,
Apocalipse 20:14-15).

Será que Deus quer que alguém seja atirado para o Inferno?

A resposta é não. Deus ama todos e quer que fiquem com Ele para sempre (Ezequiel
33:11). No entanto, Deus não pode forçar aqueles que o rejeitaram ou não creram na
sua Palavra a estar com Ele durante toda a Eternidade. Para ter a vida eterna ao lado
de Deus é necessário crer naquele que Ele enviou, Jesus.

Como posso ter certeza da vida eterna?

É possível ter certeza da vida eterna e da nossa salvação porque o próprio Jesus nos
dá esta certeza.

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No texto de João 3:16, Jesus, conversando com um dos principais da Sinagoga,
chamado Nicodemos, afirmou isso ao dizer que todo aquele que Nele crê tem a vida
eterna. Deus, na Sua Palavra o diz, e Ele não pode mentir (Números 23:19). Se Ele o
diz, então posso ter esta certeza.

Ele não diz que pode chegar ter a vida eterna, mas sim, que já tem, já possui, a vida
eterna.

A vida eterna é o presente que recebemos no momento da conversão. Ela é


automática. Uma vez que reconheço o meu estado de pecador e que Jesus Cristo é o
Filho de Deus, o salvador do mundo, e o aceito como meu salvador, já tenho a
salvação garantida.

Como a vida eterna é um presente, uma vez que recebemos, já é nosso, ninguém o
pode tirar uma vez que é dado. Em João 10:28 Jesus dá a vida eterna e ninguém a
pode arrebatar das Suas mãos, nem o Diabo o pode fazer. A vida eterna é real, não é
só uma esperança, ela é uma garantia.

Como posso ter a certeza que sou salvo?

Provavelmente já nos perguntamos a nós mesmos, se realmente temos a vida eterna.


Porque temos dúvidas da salvação? Ter dúvida de salvação não é pecado. Nós temos
essa dúvida, porque pensamos que, pelo facto de pecarmos, não merecemos a
salvação ou podemos perdê-la.

Mas a salvação não depende dos meus pecados, pois eles já foram pagos pelo
precioso sangue de Jesus Cristo na cruz. Se porém, o facto pecarmos nos levar a
duvidar da salvação, 1 João 1:9 traz-nos conforto.

O Espírito Santo dá a certeza da salvação

O Espírito Santo também confirma a certeza da salvação, e a Bíblia apresenta-nos


alguns textos a respeito dessa garantia. No ato da nossa decisão, recebemos o
Espírito Santo, Ele é a nossa garantia. Em 2 Coríntios 1:22, Paulo afirma que Deus
nos selou com o Seu Espírito, ou seja, somos Sua propriedade exclusiva, uma vez que
somos selados, pertencemos a Ele e ninguém pode nos tirar da Sua posse.

Porém a dúvida constante é perigosa, pode ser que ainda não tenhamos tido um
verdadeiro encontro com Cristo. Se você tem dúvida da sua salvação, faz uma
avaliação da sua decisão e se preciso for, reafirme a sua decisão em Cristo ainda
hoje. Leia textos que podem te ajudar a confirmar a decisão:

 Romanos 10:9-10;
 Romanos 8:34-39;

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 João 3:16.

O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE O FIM DOS TEMPOS?

A Bíblia diz que no fim dos tempos Jesus virá, as nações serão julgadas e quem é
salvo vai morar com Ele no Céu para sempre (Mateus 24:30-31). Os crentes devem
estar preparados porque pode acontecer a qualquer hora. Jesus falou dos sinais do
fim dos tempos que poderemos ver.

A segunda vinda de Jesus e o fim do mundo é um tema muito falado na Bíblia. Como
está muito espalhado no meio de outras coisas é difícil organizar e fazer sentido disso
tudo. Mas podemos ter algumas certezas sobre o que acontecerá.

Jesus virá

Atos dos Apóstolos 1:11 diz que Jesus voltará em forma física da mesma maneira que
Ele subiu ao Céu depois de ressuscitar. Naquele dia Ele levará os crentes para morar
com Ele no Céu (1 Tessalonicenses 4:16-17).

Os mortos serão ressuscitados e os povos serão julgados. Satanás será destruído e


os ímpios que rejeitaram a Cristo irão para o Inferno mas quem ama Jesus terá a vida
eterna, sem tristeza nem morte (Mateus 25:31-46).

Quando chegar o fim, a Terra em que vivemos agora será destruída (2 Pedro 3:7) e
todas as coisas estarão unidas em Cristo (Efésios 1:10). Assim, a nossa nova morada
perfeita será no Céu.

Quais os sinais do fim dos tempos?

Ninguém sabe quando o fim chegará mas Bíblia nos dá alguns sinais para saber
quando está perto. A Bíblia tem um livro inteiro dedicado aos acontecimentos dos
últimos tempos (Apocalipse) mas Jesus fez um resumo dos sinais em Mateus 24. De
acordo com esse capítulo da Bíblia:

 Muitos dirão que são Jesus ou que são profetas (mas serão falsos), fazendo
até milagres para enganar as pessoas, mesmo alguns crentes;
 Haverá guerras entre nações e ameaças de guerras e ouviremos falar delas;
 Haverá desastres naturais, como terramotos e fomes em muitos lugares;
 Os crentes serão perseguidos, odiados e alguns até mortos;
 Haverá muito escândalo, ódio e traição entre as pessoas;
 A maldade do mundo será tanta que muitos ficarão desiludidos e deixarão de
amar;

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 O Evangelho será pregado a todos os povos (mas isso não significa que será
aceite por todos);
 Em Israel haverá muita turbulência, instabilidade e guerra;
 O mundo passará por uma grande tribulação, como nunca houve antes;
 Haverá sinais no céu e o sol e a lua não dará luz;
 Muitas pessoas serão apanhadas de surpresa.

Há muito debate na Escatologia sobre a ordem dos acontecimentos e sobre o que já


aconteceu ou ainda vai acontecer. Em todas as épocas históricas as pessoas têm
associado os sinais da Bíblia aos grandes eventos da altura mas é preciso ter cuidado
com as interpretações, só Deus sabe com certeza. Os sinais servem mais como aviso
que um dia vai acontecer. O importante é estar preparado para quando acontecer.

O que devo fazer para me preparar?

O fim tanto pode vir daqui a 10 minutos ou 1000 anos, não sabemos. Mas não
devemos ter medo, a vinda do Reino de Deus é uma coisa boa (1 Tessalonicenses
4:18).

Se você ainda não aceitou Jesus como seu salvador, deve fazê-lo para ter a vida
eterna, e se você já O aceitou, deve continuar a viver da maneira que Deus quer (2
Pedro 3:11). É sempre bom se perguntar “se Jesus vier agora, Ele vai aprovar do que
estou fazendo?”.

Não se deixe enganar pelos falsos cristos e não desanime! Jesus vem e Ele te ama!

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