You are on page 1of 5
A Obra de DOMINIOS MORFOCLIMATICOS E PROVINCIAS FITOGEOGRAFICAS DO 1967. Dominios morfoclimaticos € provincias fitogeogrificas do Brasil, Revista Orient Instituto de Geografia da Universidade de Si Paulo IGEOG/USP), 3: 45-48, BIBLIOGRAFIA BRASIL O fato de existir uma superposicdo muito expressiva entre os grandes dominios morfoclimaticos ¢ as principais provincias fitogeogréficas brasileiras nos levou a uma série de estudos visando esclarecer as razdes cientificas de tais coincidéncias geogrificas. Em 1957, A. Cailleux e Jean ‘Tricart discutiram alguns aspectos bisicos da dinamica paleoclimatica quaterniria do Brasil Oriental em um tra~ balho cujo titulo era o premincio de um novo método ¢ um novo critério, da maior importancia interdisciplinar (Zones phytogéographiques et morphoclimatigues au Quartenaire, au Brésil). Urn ano depois, Jean Tricart (1958), em um tra~ alho de maior folego, procurou definir as zonas morfo~ climaticas atuais do Brasil atlantico central, demonstrando que aqui como na Africa “é a vegetagio que constitui a melhor expressio sintética dos dados climéticos”. Partindo de bom principio, anteriormente firmado (Cailleux e ‘Tricart, 1957), de que para estabelecer as divi- sbes morfoclimaticas é preciso basear-se nas grandes zonas fitogeogrificas, Tricart aflorou algumas caracteristicas es- senciais das grandes zonas morfoclimsticas da fachada atlintica do Brasil, S20 Palavras suas: A tepattigo das grandes zonas morfoclimaticas apresen- ta, no Brasil oriental, uma disposi¢ao bem mais compli- cada do que na Africa ocidental, sendo responsavel por esse fato as influéncias combinadas da posigio do pais na face oriental do continente ¢ de um relevo vigoroso préximo ao mar. Nio se observa aqui aquela disposisio ‘esquemitica em faixas, orientadas segundo a latitude, ¢ aque justifica mesmo o termo ‘zona. Cada um dos grandes tipos morfoclimaticos ocupa uma drea de forma irregular, as vezes mesmo descontinua, de tal modo que no se deve tomar a expressio de “zona morfoclimatica” no sentido estrito da etimologia Através de tais consideragées, pela primeira ver se 1 atingeo problema do arranjo dos complexos naturais fitogeogrificos da porsio intertropical de nosso pais Alfredo José Porto Domingues (1963) pu- blicou sem maiores discussées uma classificagio das regides morfoclimaticas brasileiras, nos se~ guintes termos: 1. Floresta higréfila; 2. Zona de transisao (agreste, mata de cipé); 3. Caatinga; 4, Campos cerrados e savanas; 5. Campos do Sul. A nomenclatura desta classi vamente fitogeogrifica, fato que restringe em muito a sua aplicabilidade na distingo das verdadeiras pro- vincias ou regides morfoclimiticas brasileiras, Acre- ditamos existir no Brasil duas grandes regiées, além de uma ou mais sub-regiées, relacionadas do ponto de vista morfoclimitico com diferentes areas ou faixas de florestas higr6filas. Por outro lado, a inclusto de uma regio sob o nome de zona de transigao (agreste, mata do cip6), muito adequada para 0 caso do Brasil atlantico central, como bem demonstrou Jean Tricart (1958), nao tem forga para abranger as inumeraveis outras faixas de transigao, de distribuigao anostomo- sada, existentes entre os poligonos dos principais do- minios morfoclimaticos brasileiros. Se é que Francis Ruellan (1953), ao tratar do papel das enxurradas no modelado do relevo brasi leiro, pautou o seu estudo em trés divisdes regionais importantes do ponto de vista morfoclimatico (zona dda floresta pluvial tropical, zona dos Campos, zona semiatida), coube a outros pesquisadores a iniciativa de enumerar tais areas como sendo os complexos morfoclimaticos regionais mais bem individuali zados dos planaltos intertropicais brasileiros (Porto Domingues, 1963; Ab’Saber, 1963). Tendo por muitos anos pesquisado no inte- rior do Brasil visando compreender a originalidade das grandes regides naturais de nossos planaltos in- tertropicais, pudemos compreender as sutilezas dos quadros morfoclimaticos, ¢ fitogeogrificos que se superpéem nas dreas nucleares dos principais domi- nios de paisagens de nossa hinterlandia. Tais estudos possibilitaram — em uma espécie de primeira apro: ximagio — o esclarecimento preliminar de um certo niimero de grandes tipos de combinagoes de fatos geomérficos, climaticos, hidrolégicos e pedolégicos, ‘os quais respondem pela homogeneidade relativa e pela notavel extensio dos principais quadros de es- trutura ¢ de fisiologia de paisagens de nosso pais. As provincias ou dominios morfocliméticos do Brasil, a despeito mesmo da aparente homoge neidade paisagistica do territério nacional, ascendem provavelmente a um nimezo igual ou pouco supe- rior a seis combinagies, regionais, acrescidas de uma Jo € exclusi- 2 infinidade de feigdes mistas, peculiares as chamadas faixas ou areas de transiga0. Tais dominios ou con- juntos regionais de paisagens morfoclimaticas, ora de tipo zonal, ora de tipo azonal, nao dependem so- mente da zonagio climética atual, mas também dos efeitos acumulados de uma série de flutuacées cli- miticas pretéritas, ainda mal conhecidas (Ab'Siber, 1957; Caillex ¢ Tricart, 1957; Tricart, 1958), que atuaram no territério brasileiro, sobretudo a partir dos fins do Tercistio. Antes mesmo de completar nossos estudos sobre tais combinagdes regionais de fatos fisiogr’- ficos e biogeogrificos, vimo-nos obrigados a expor alguns dos fatos que os caracterizam (Ab'Séber, 1963). Na aludida nota prévia, destinada ao I Sim- pésio do Cerrado (Sao Paulo, dezembro de 1962), estudamos apenas os dominios morfoclimiticos intertropicais do Planalto Brasileiro. Estendendo nossas pesquisas 4 Amazonia Brasileira e ao Brasil Meridional, podemos hoje caracterizar meia duizia de grandes dominios morfoclimaticos, cujas Areas cores estio relacionadas a regides climatobotinicas, Areas geopedolégicas, e provincias fitogeogrificas regides hidrolégicas particularmente bem definidas. Trata-se de: 1. Dominio dos chapadées tropicais, as duas estagbes recobertas por cerrados e penetrados por florestas galerias. 2. Dominio das regides serranas, tropicais timidas, ou dos “mares de morros” extensivamente florestados. 3. Dominio das depressGes intermontanas semiaridas, pontilhadas de invelbergs, dotadas de drenagem in termitente, e recobertas por caatingas extensivas. 4, Dominio de planaltos subtropicais, recobertos por Araucérias e pradarias de altitude. 5. Dominio das coxilhas subtropicais uruguaio-sul rio-grandenses, extensivamente recobertas. por pradarias mistas 6, Dominio das terras baixas equatoriais, extensiva- mente florestas, da Amazénia Brasileira. Tais dominios morfoclimaticos, sublinhados por revestimentos loristicos, constituem os melhores exemplos de complexos fisiogrificos, de arranjo po ligonal, conhecidos no cinturio das terras tropicais do globo. Entretanto, mesmo em relag: impossivel uma delimitagio cartogriti a cles € do tipo li- A Obra de Axia Nac near, tanto no que se refere ao setor puramente geo- rans cho mérfico, como principalmente no que diz respeito as fronteiras vivas das freas de contato de provincias biogeogriticas, muito diferentes entre si Tal impossibilidade de se tragar limites esta sobretudo relacionada com o fato de cada dominio morfoclimatico possuir uma area core (rea nuclear) e zonas ou faixas de transigao, onde se interpenetram, se diferenciam e as vezes se misturam — em mo- saicos complexos — componentes de duas ou mesmo trés reas em contato. Acrescente-se a isso 0 fato de que, sendo os dominios de arranjo dominantemente poligonal, as faixas de transigao que os separam slo de tragado nitidamente anastomosado, fato que im- plica num desdobramento ou mesmo multiplicagao de setores nas zonas de transigao. Nao ha qualquer relagio entre as areas core ¢ as provincias geoldgico-estruturais do pais. Ao con- trario, dentro dos cores existem terrenos de diferentes idades e de litologia muito variada, pertencentes in di entemente a escudos ou a bacias sedimentares, DOMINIOS MORFOCLIMATICOS BRASILEIROS oe v ss Os maiores contrastes paisagisticos, constados nos diferentes dominios, residem em areas de exposicio de terrenos cristalinos, devido certamente & maior sensibilidade que as rochas igneas e metamérficas possuem em face dos processos morfocliméticos intertropicais. Nesse sentido, as maiores diferengas slobais de feigses e estruturas superficiais de pai- sagens sao aquelas que incidem sobre os mares de morros florestados, os chapadées recobertos por cer rados ¢ as depressées interplanilticas ¢ intermon- tanas revestidas por caatingas. O fato de nessas trés areas existirem terrenos cristalinos ¢ cristalofilianos dotados de assembleias de feigdes geomérficas total- mente diferentes garante-nos a prova de que a evo- lug morfoclimitica por elas sofridas foi também inteiramente diferenciada. Somente as areas core tém individualidade plena, apresentando feigses geomérficas originais sublinhadas por fatos climatobotanicos especificos. Por outro lado, sio elas complementadas de modo intimo por fatos de ordem hidrolégica e pedogénica, 3 assim como as tinicas éreas dotadas de setores re~ gionais de vegetagio passiveis de ser tomadas, sem diivida, como reas climax, do ponto de vista rigo- rosamente fitogeogrifico (cerrados, caatingas, matas, araucarias). Se por um lado os cores estio profunda- mente amarrados aos quadros de superposigao dos fatos geomérficos, hidrolégicos © geopedolégicos (que sio os principais responsiveis pelas condigdes ecoldgicas médias neles predominantes), por outro lado, todos eles possuem filiago evolutiva muito di- reta com a histéria paleoclimatica e paleobotinica quaternaria das reas ou zonas onde elas se expan- diram e de certo modo se fixaram. ‘As “ilhas” de vegetacio exética encontradas dentro das areas core dos diferentes dominios morfo- climaticos geobotanicos s6 podem ser explicadas pela existéncia local de fatores de excesio, de ordem litologica, microclimatica, hidrolégica, topogréfica e paleobotinica: debaixo da influéncia de dois ou mais desses fatores de ordem fisica e ecolégica—através de combinagdes locais ou sub-regionais sutis — podem medrar pequenos quadros de paisagens exéticas, sob a forma de verdadeiros encraves no interior de domi- nios morfoclimaticos ¢ climatobotanicos, muito dis tanciados entre si, Tais combinagdes locais, até certo ponto anémalas para as areas consideradas, consti tuem sempre excelentes exemplos de ocorréncias de condigdes ecolégicas excepcionais, elaboradas dentro de sutil mecanismo das paisagens de convergéncia E desta forma que procuramos entender os pe- quenos quadros morfoclimaticos do tipo dos “brejos” situados em plenos dominios das caatingas, ou 0 caso dos “capes” de matas que pontilham o dominio dos cerrados ou, ainda, as manchas de cerrados que ocorrem no interior do dominio das caatingas ou, ainda, os cerrados que permanecem “ithados” no do- minio das matas atlanticas (So José dos Campos) ‘ou no dominio das matas amazdnicas (campos do Rio Branco), ou no interior dos campos gerais (Pri- meiro planalto do Parand). Ja no que tange aos diferentes setores das faixas transicionais que envolvem os grandes po ligonos das éreas nucleares dos dominios morfo- climatico, quase tudo esté por se fazer ainda, em matéria de pesquisas de campo, Existem, entre outras, algumas zonas ou setores de transigdo gra- dual complexa (mata atlantica-mata do cip6; matas secas-cerradées), alguns trechos ou faixas de transigio com vegetasao de tipo tampao (mata de cipé, cocais, “avarandados", matas secas), areas de transigio ou passagem brusea, efetuadas por acidentes oragraficos ¢ litologicos limitades (Quadrilitero Central Ferrifero) ou, ainda, regides aluviais recentes, que separam do- 4 minios morfoclimiticos através de uma grande € complexa mistura de tipes de vegetaséo (complexo ge- obotinico do Pantanal Mato-Grossense). Enquanto as provincias geolégicas possuem limites geolégicos em geral bem marcados, os dominios morfoclima- ticos constituem grandes areas paisagisticas dotadas de feigées préprias apenas em sua area nuclear (por nds designadas area core, em diversas oportunidades) No momento ji foram caracterizados arcolarmente os grandes dominios de paisagens morfolégicas © fitogeograficas do pais, assim como realizado um esbogo preliminar de mapeamento dos mesmos (Ab’Saber, 1967). Baseados no “ar de familia” dos diferentes conjuntos de paisagens que definem 0 quadro fisiogrifico global de cada um dos setores re- gionais do pais, foram individualizados seis grandes dominios morfoclimaticos, a saber: 1. Dominio das terras baixas florestadas da Amazénia com planicies de inundagao labirinticas e/ou meandricas, tabuleiros extensos com vertentes semimamelonizadas, morros baixos mamelonares nas reas cristalinas adjacentes (Amapé, Gurupi, ‘Tumucumaque), terragos de cascalhos e/ou laterita, rios negros e drenagens perenes. 2. Dominio das depressses interplanélticas semidridas do Nordeste, revestido por diferentes tipos de caatingas (com fraca decomposigao, frequentes afioramentos de rocha, chaos pedregosos, drena- gens intermitentes extensivas, canais semianasto- maosados locais, numerosos campos de inselbergs tipicos) 3. Dominio dos mares de morros florestades (com for tissima ¢ generalizada decomposigio de rochas, densas drenagens perenes, extensiva. mameloni- zago, agrupamentos eventuais de “pies de agiicar” em areas mal diaclasadas, planicies de inundag: meindricas, extensos setores de solos super- postos) 4. Dominio dos chapadses recobertos por cerrados e pene trados por florestas galerias (planaltos de estrutura complexa, capeados ou no por lateritas de cimeira, planaltos sedimentares com vertentes em rampas suaves, auséncia quase completa de mamelonizacio, drenagens espagadas pouco ramificadas, cabeceiras em dales,calhas aluviais de tipos particularizados). 5. Dominio dos planaltes de araucdrias (com decom: posigao de rochas, restrita em profundidade, solos superpostos descontinuos, espessas bolsas de co- luviago descontinuas, drenagens perenes e tipos particulares de solos subtropicais, area de forte atenuagio da mamelonizagio) 6. Dominio das pradarias mistas, coxilhas extensivas, grandes matas subtropicais, fraca decomposigio das rochas, grandes banhados, cabeceiras em dales, eventualmente, pequena mamelonizagio ou formas pseudomamelonares devido sobretudo & coluviagio. Somente apés a caracterizagio desses grandes dominios de paisagens morfolégicas e de fisiologias de paisagens diferenciadas pode-se partir para me thor conhecimento das faixas de transigio e con- tato que os separam, assim como encetar a tarefa de discriminar padres de paisagens morfolégicas no pais. Cada um desses macrodominios paisagisticos, em geral superiores a meio milhio de quilémetros quadrados (excesio feita a0 dominio das pradarias mistas), comporta uma associagio peculiar de pa- drdes de paisagens, formando uma familia de formas de relevo dotada de fortes liames em termos de corre- lagdes morfolégicas e sedimentolégicas. Note-se que 0s enclaves paisagisticos, devido ao seu flagrante ca~ rater anémalo, jé foram motivos de reconhecimentos parciais bastantes razoaveis. Apenas ndo puderam ser compreendidos no contexto global dos fatos rela- cionados as diferentes conjunturas paisagisticas que constituem o mosaico fundamental das atuais paisa- gens brasileiras. Visando conhecer melhor as variantes endégenas de tais grandes paisagens, com vistas 20 planejamento regional, assim como objetivando um melhor conhecimento das condigoes ecolégicas ge rais ¢ locais, torna-se imprescindtvel aprofundar os estudos fisiogrificos ¢ biogeogrificos integrados sobre os grandes setores aqui sintetizados. O mosaico atual dos dominios é efetivamente o saldo final de uma série de flutuagées climiticas ¢ fitogeogrificas do Quaternario sul-americano. Dai a necessidade, & custa de conhecimentos sobre a estrutura superficial da paisagem ¢ de seus depésitos modernos, de res taurar os diferentes quadros que se sucederam no tempo. Hé que procurar entender melhor os avangos € recuos dos stocks bisicos da vegetagio regional (mata amazénica, mata atlantica, cerrados, araucérias e pradarias), pari passu com as mudangas drasticas da paleoclimatologia recente. Tendo se sucedido pe~ riodos de evolugio integrada lenta da paisagem (pe- riodos de biastasia) certamente ocorreram periodos agressivos de erosio (periodos de resistasia), respon siveis pela derruigao das paisagens imediatamente anteriores, pelo recuo das coberturas vegetais corre lativas € favorecedoras da eriagio de novas ecologias suficientes para a invasio de floras e faunas diversas. Redugio parcial ou generalizada da paisagem dos “mares de morros” pela extensio da pedimentasao ou pelo advento de verdadeiros pediplanos, com a instalagio de paisagens semidridas intermontanas. Cessagio da sedimentagéo fina ¢ retomada da se dimentagio torrencial e grosseira; desaparecimento eventual da meandragio ¢ instalagio de drenagens semianastomosadas ou mesmo anastomosadas, com reativagio da alveolizagio nos setores montanhosos. Eis 0 elenco de alguns fatos e episédios que certa~ mente precederam a elaboragao dos quadros paisa~ gisticos atualmente observaveis. Do ponto de vista operacional — dos profis- sionais de Geologia — ha que thes esclarecer que conjuntos similares de rochas dos escudos expostos encontram-se sob a ago de diversas forgas morfo~ climaticas, de quadrante para quadrante, no imenso territério nacional. Conjuntos rochosos iguais ou si- milares foram modelados por processos totalmente diversos, quer se considere 0 Nordeste seco ou 0 Nordeste umido. O mesmo ocorrendo com areas de rochas graniticas ou granitizadas colocadas em posi- ges tao distantes quanto o Brasil de Sudeste, o Nor deste semiérido, o Amapé, e o Rio Grande do Sul. Por iltimo, cumpre dizer: se ¢ que se pode aplicar 0 método das classificagdes paralelas para © conhecimento setorial do territério brasileiro, cumpre nao esquecer que as paisagens séo frutos de uma evolucio integrada complexa— de evolusao ora lenta, ora rapida e desfigurante —, participando de sua constituigao uma ossatura rochosa basica, uma roupagem de produtos de intemperismo e solos, determinadas coberturas vegetais, € uma fisiologia especifica, relacionada com a dindmica climatica e ecolégica. Nao se pode compreender os complexos regionais, em termos de Geomorfologia, sem avaliar a realidade paisagistica e ecolégica global da area. Apés termos feito esforcos para separacées suces~ sivas (relevos, solos, climas ¢ vegetagao), temos que procurar obter retratos de corpo inteiro, num grande esforgo de reintegracdo, Nesse sentido, as paisagens vistas em fotogratias éreas verticais diferem total- mente de dominio para dominio porque elas repre~ sentam sinteses integradas de quadtos paisagisticos e ecol6gicos indivisos.

You might also like