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rare oes teagete peta ad a oe he oe A FASE PIONEIRA DA REFORMA SANITARIA NO BRASIL: A ATUACAO DA FUNDACAO ROCKEFELLER, 1915/1930 Diante do papel decisivo da Missao Rockefel- ler na hist6ria do movimento sanitirio brasilei- ro, surpreende a escassez de trabalhos his- t6ricos e socioldgicos sobre o tema. O presente trabalho é um esforgo para reduzir essa lacuna, Ao discutir uma das fases mais importantes da atuagio daquela Fundagio — seus primeiros 15 anos no Brasil — esta dissertaglo procura indicar a relevancia do tema para o historiador. Nao se pode discutir a formagao da profis- slo médica brasileira atual sem levar-se em conta a criago, pela Rockefeller, de carreiras cientificas voltadas para 0 ensino e pesquisa nas areas biomédicas. Da mesma forma, nao se pode entender as origens das profissdes de satide no pais sem se atentar para sua ativa contribuigo no desenvolvimento das cam- panhas sanitérias em escala nacional, centrali- zadas e verticais, na demanda por sanitaristas de sélida formagao cientifica e experiéncia ‘de campo’ € na introdugao dos conceitos de custo/beneficio. Nao se pode entender a crescente ‘despoli- tizagdo’ da questo sanitdria a partir de 30 sem que se avalie a influéncia do discurso técnico da Rockefeller sobre 0 pensamento e a acio dos sanitaristas brasileiros daquela época, in- fluéncia que se prolonga mesmo apés seu afastamento das atividades no Brasil Lina Rodrigues de Faria Dissertagio de mestrado, agosto de 1994 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Medicina Social Rua Almirante Alexandino, 2709/101 - Santa Teresa Rio de Janeiro — RJ CEP 20241-261 INSTITUCIONALISMO CARIOCA: UMA NOVELA FAMILIAR Este trabalho constréi a novela familiar do institucionalismo no Rio de Janeiro na década de 70 e meados de 80,observando as forgas- formas que vém adotando, chamadas, de modo genético, de andlise institucional. Neste processo configuram-se movimentos de dominagio, exploracao, mistificagio, que buscam matar definitivamente a vida e inicia- tivas extraordindrias, instituintes, disruptoras de novos caminhos, de novos escapes. institucionalismo no Rio de Janeiro é apreendido como decorrente de uma nova abertura te6rico-ético-poético-pritica a esta 16- gica instituinte. Encontra na socioanillise e na esquizoandlise suas ferramentas dle acho. Problematizam-se algumas vicissitudes do movimento institucionalista carioca, notada- mente com a instituicao da psicanilise, tentan- do uma andlise critica de suas contribuigdes €/ou limitacoes. Lucia Maria Oz6rio Moraes Dissertagio de mestrado, agosto de 1994 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Medicina Social Av. Edson Passos, 400/403, Rio de Janeiro — RJ CEP 20531-070 AGENCIAMENTOS SOCIAIS, SUBJETIVIDADE E SINTOMA: A SELECAO HIERARQUIZADA DA CLIENTELA EM UM AMBULATORIO PUBLICO DE SAUDE MENTAL Este trabalho consiste no estudo qualitativo de um aspecto do funcionamento de um ambu- lat6rio piiblico de satide mental: 0 padrao de distribuigao de seus pacientes entre os servigos de psicologia e de psiquiatria. Pretende-se NOV. 1994 - FEV. 1995 87 Mey ‘TESES aqui analisar nao s6 os critérios explicitamente concebiclos pelos psiquiatras como sendo os que informam o seu trabalho de triagem, mas também as regras implicitas que regem a dis- tribuigao dos pacientes entre os servicos. Inicialmente, desenvolve-se uma cartogra- fia da clientela ambulatorial, onde procura-se identificar os principais grupos de pacientes a partir de seus modos de expresso do softi- mento psiquico, consiclerando os agenciamen- tos sociais que entram em jogo na sua configuragao. Apenas acessoriamente recorre- se a categorias nosogrificas ou sdcio-econd- micas e, mesmo assim, sem utilizar nenhum procedimento de quantificacaio de dados. Ob- serva-se a predominancia de trés fluxos bisi- cos de pacientes: 0 dos doentes dos nervos, 0 dos sujeitos psicol6gicos e o dos loucos. Em seguida, apresenta-se o modo de sele- dio desses pacientes, que implica outros fa- tores tais como: 0 aparato lingifstico-cultural dos sujeitos, a produtividade dos servigos uma certa cultura do funcionalismo publico. Erimaldo Matias Nicacio. Dissertagtio de mestrado, agosto de 1994 Universidade do Fstadlo do Rio de Janeiro Instituto dle Medicina Social Rua Conselheiro Galvao, 372/301 - Madureira Rio de Janeiro — RJ CEP 21360-000 CIENCIA E SAUDE NA TERRA DOS BANDEIRANTES: O INSTITUTO PASTEUR DE SAO PAULO, 1903/1916 O presente estudo trata da trajet6ria hist6rica do Instituto Pasteur de $40 Paulo, Inst criada pela iniciativa cle médicos e filantropos paulistas, tinha como finalicade a realizagao 88 MANGUINHOS Vol. 1 (2) de pesquisas em diversos campos da micro- biologia com interesse na aplicacdo em satide publica, a elaboragiio de diversos produtos biol6gicos no s6 de uso humano mas também veterinario e proceder A produgio e aplicagio da vacina anti-ribica, Tomamos como marcos cronol6gicos 0 pe- iodo que vai de 1903, data de sua fundacio, a 1916, momento em que é incorporado ao Servico Sanitirio do Estado de Sio Paulo. A partir da incorporagio, ele perde a fungio de realizar pesquisas cientificas, transformando- se em nada além de um laboratério destinado exclisavamente 3 produgao de vacina anti-ra- bica e ao tratamento dos acometidos por essa doenga. Na parte inicial do trabalho fazemos uma sucinta apreciacao dos Institutos Pasteur cria- dos no pais, ressaltando suas difereneas frente 2 instituigao francesa que os inspirou. ‘Trata- mos, em seguida, do desenvolvimento das primeiras instituigdes médicas em Sao Paulo e de sua relago como o Instituto Pasteur. A partir dai, apresentamos sua trajet6ria, procu- rando nos deter em seu desenvolvimento cien- tifico e institucional. Nas tltimas segdes analisamos as formas de captacio de recursos do Instituto Pasteur ¢ como elas se ligaram a sua desagregacdo. Retomamos, nesse ponto, 0 processo de desenvolvimento de outras insti- twigdes cientificas, em So Paulo, para tentar depreender da relagio entre elas ¢ o Instituto algumas hip6teses tteis para explicar sua de- cadéncia, Luiz Antonio Teixeira Dissertagio de mestradlo, Setembro de 1994 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Medicina Social Rua General Géis Monteiro, 8 bl. B ape 1202 Rio de Janeiro — R} CEP 2290-080

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