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[i de artigs:550 ] DL n.* 18/2008, de 29 de Janeiro (versio actualizada) CODIGO DOS CONTRATOS PUBLICOS (CCP) Contém as seguintes alteracées: ~ Rectif.n.* 18-A/2008, de 28 de Marco + Lei n.* 59/2008, de 11 de Setembro = DL n.* 223/2008, de 11 de Setembro = DL n.* 278/2009, de 02 de Outubro Lei n.° 3/2010, de 27 de Abrit = DLn.* 131/2010, de 14 de Dezembro Lei n.° 64-8/2011, de 30 de Dezembro = DLn.* 149/2012, de 12 de Jutho = DL n.* 214-G/2015, de 02 de Outubro = DL.n.* 111-B/2017, de 31 de Agosto + Retificagao n.° 36-A/2017, de 30 de Outubro ~ Retificagao n.* 42/2017, de 30 de Novembro = DL n.* 33/2018, de 15 de Maio = DL n.* 170/2019, de 04 de Dezembro esol. da AR n.*'16/2020, de 19 de Marco Lei n.* 30/2021, de 21 de Maio + Retificagao n,* 25/2021, de 21 de Jutho = DL n.* 78/2022, de 07 de Novembro SUMARIO ‘Aprova o Cédigo dos Contratos Publicos, que estabelece a disciplina aplicdvel a contratacio pablica e o regime substantive dos contratos piblicos que revistam a natureza de contrato administrative Decreto-Lei n.* 18/2008, de 29 de Janeiro 1-0 presente decreto-lel aprova 0 Cédigo dos Contratos Piblicos (CCP), que estabelece a disciplina aplicavel & contratacao ppablica e o regime substantivo dos contratos publicos que revistam a natureza de contrato administrative, Trata-se do primeiro diploma com um tal duplo objecte no ordenamento juridico portugues, assumindo-se, por isso, como um importante marco histérico na evolucao do direito administrative nacional e, em especial, no dominio da actividade ccontratual da Administracao, Para além do objectivo de alinhamento com as mais recentes directivas comunitarias, a cuja transposigdo aqui se procede, o CCP pracede ainda a uma nova sistematizacdo e a uma uniformizacao de regimes substantives dos contratos administrativas atomizados até agora, Em primeiro lugar, o CCP procede a transposicao das Directivas n.os 2004/17/CE e 2004/18/CE, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Margo, alteradas pela Directiva n.* 2005/51/CE, da Comissio, de 7 de Setembro, e rectificadas pela Directiva n.° 2005/75/CE, do Parlamento Europeu e da Comissio, de 16 de Novembro. A propésito do ‘cumprimento desta obrigacdo comunitéria, o CCP cria um conjunto homogéneo de normas relativas aos procedimentos pré: contratuais piblicos, pelo que o seu conteddo vai além da mera reproducao das regras constantes das referidas directivas. Na verdade, o CCP envolve néo $6 a transposicao e concretizacao dessas regras, na medida em que o legislador comunitario reservou para o legislador nacional, em varios dominios, uma margem de livre decisio (que importa exercer, nuns casos, em sintonia com a methor tradicao portuguesa e, noutros casos, rompendo com praticas do passado que se nao justficavam ou careciam de ajustamentos), mas também a regulacdo de todos os procedimentos que nao se encontram abrangidos pelos Ambitos objectivo e subjectivo das directivas, mas que nao deixar, por iss0, de revestir a natureza de procedimentos pré- contratuais piblicos - pelo que devem beneficiar de um tratamento legistativo integrado. £m segundo lugar, o CCP desenha também uma linha de continuidade relativamente aos principals regimes juridicos actualmente em vigor (em especial, os Decretos-Lets n.os 59/99, de 2 de Marco, 197/99, de 8 de Junho, e 223/200, de 9 de ‘Agosto, que tém constituido a matriz da contratagao pablica portuguesa nas ultimos anos), de forma a garantir seguranca e estabilidade juridica aos operadores econémicos. Simultaneamente, 0 CCP representa um esforco de modernizacao, visivel, alls, a trés niveis fundamentals: ()) no plano da investigacao e desenvolvimento, o CCP prescreve que relativamente a Contratos de valor igual ou superior a (euro) 25 000 000 0 adjudicatario é obrigado a elaborar um ou varios projectos de ‘investigacao e desenvolvimento directamente relacionados com as prestacdes que constituer 0 objecto desse contrato, a concretizar em territrio nacional, pelo préprio ou por terceiros, de valor correspondente, em regra, a pelo menos 1 do prego contratual; (i) no plano da permeabilidade evolucio tecnolégica e as possibilidades oferecidas pelas vias electrénicas, 0 CCP adequa o regime da contratacao piblica ds exigéncias da actualidade, maxime as impostas pelo e- procurement e pelas novas exigéncias decorrentes da Estratégia Nacional de Compras Piblicas Ecoldgicas; (ii) no plano da propria evolucao juridica e sua articulagao com areas conexas, 0 CCP procura, entre outras coisas, ajustar 0 regime da contratacao e da execurao dos contratos por ele abrangidos as técnicas de financiamento hoje em dia correntes, sobretudo ‘no dominio dos contratos de concessio, avultando, naturalmente, as de project finance, acquisition finance e astinance. Em terceiro lugar, 0 CCP - enquanto instrumento ce codificacao da disciptina aplicavel a contratacao publica e do regime substantivo dos contratos administrativos, motivado pela necessidade de uniformizacao de regras dispersas, de regulamentagao de vazios Juridicos, de simplificacao procedimental e de modernizacao legislativa - prossegue o objective de introduzir um maior rigor e celeridade em matéria de contratacéo publica e de execucao de contratos administrativos, tendo em conta a relevancia da actividade administrativa contratvalizada, bem como a indispensabilidade da controlo da despesa publica, 2+ No que diz respeito a disciplina aplicavel a contratagao publica, destaca-se 0 respective ambito objectivo: a fase de Tormagio dos contrates, qualquer que seja a sua designacao e a sua natureza administrativa ou privada, a celebrar pelas tentidades adjudicantes. A referida discipina aplica-se, em especial, a formac3o de contratos cujo objecto abranja prestagdes que, designadamente em razao da sua natureza oU das suas caracteristicas, bem como da posicio relativa das partes no contrato ou do contexto da sua prépria formacéo, estdo ou sejam susceptivels de estar submetidas a concorréncia de mercado. Nesta cldusula geral cabem 0s contratos tipicos regulados pelas directivas comunitarias, bem como os contratos de concessio de servicas e de sociedade, em relacio aos quais 0 CCP autonomiza, designadamente, o regime substantivo. Acresce, ainda, a este propésito, uma opcao que se reveste de especial importancia: a inaplicabilidade das regras da ccontratagio piblica & fase de formagio de contratos quando se verificarem os pressupostos de (!) a entidade adjudicante ‘exercer sobre a actividade da entidade adjudicataria,lsoladamente ou em conjunto com outras entidades adjudicantes, um Controlo anslogo ao que exerce sobre os seus préprios servicos e de (il) a entidade adjucicataria desenvolver o essencial da sua actividade em beneficio de uma ou de varias entidades adjudicantes que exercam sobre ela o referido controlo analogo (2 comummente designada contratacdo in house). Relativamente ao émbito subjectivo de aplicacdo das regras da contratacao piblica, a novidade fundamental diz respeito & rigorosa transposi¢ao da nocao comunitaria de «organismo de direito publico» - introduzida de forma a acompanhar 0 tentendimento que tem sido veiculado pela jurisprudéncia comunitaria e portuguesa. Promove-se, pois, a sujeicao das entidades instrumentais da Administracao Publica as regras dos procedimentos pré-contratuais publicos. Concretamente, inclui-se no ambito subjectivo de aplicacao qualquer pessoa colectiva que, independentemente da sua natureza publica ou privada, tenha sido criada especificamente para satisfazer necessidades de interesse geral, sem caracter industrial ou comercial, e que seja financiada maioritariamente pelas entidades adjudicantes do sector piblico administrativo tradicional (U esteja sujeita a0 seu controlo de gestao au tenha um érgaa de administracio, direccao ou fiscalizacao cujos membros sejam em mais de metade designades, directa ou indirectamente, por aquelas entidades. Acrescentando-se, a titulo ‘explicativo, que so consideradas pessoas colectivas criadas especificamente para satisfazer necessidades de interesse eral, sem carscter industrial ou comercial, aquelas cuja actividade econémica se nao submeta & légica do mercado e da livre concorréncia, Em reiacdo aos procedimentos pré-contratuais, 0 CCP procede a uma reducao do seu niimero e da sua diversidade, uniformizando a nomenclatura e regras procedimentais aplicaveis. Concretamente, prevéem-se apenas os seguintes procedimentos: ajuste directo, negociacao com publica¢ao prévia de andncio, concurso piblico, concurso limitado por prévia qualificacdo e dilogo concorrencial. Eliminamse, desta forma, os procedimentos que se revelam menos Cconsentaneos com a concorréncia ou cujas diferencas em face dos demais néo justificariam, apesar disso, a respectiva autonomizacao (nomeadamente o concurso limitado sem apresentacao de candidaturas ou sem publicacao de aniincio, a negociagao sem publicacao prévia de anincio e a consulta prévia), Por outro lado, o CCP revé em alta os limites relativos ao valor do contrato em fungao do procedimento pré-contratual adoptado. Considera-se estratégico pér fim & actual banalizagao dos procedimentos de tramitacao mais pesada e complexa (designadamente o concurso piblico e o concurso limitado). Para efeitos da determinacao do valor do contrato, consagra-se lum sistema que impesa as actuais disfuncées relacionadas com 0 método assente nas estimativas (que s6 excepcionalmente & permitido). Assim sendo, afirma-se a regra de que a escolha do procedimenta condiciona a valor do contrato a celebrar - tentendido este iltimo como o valor maximo do beneficio econémica que, em {un¢ao do procedimento adoptado, pode ser ‘abtide pelo adjudicatario com a execusdo de todas as prestacdes que constituem o abjecto contratual. Relativamente & escolha dos procedimentos em funcdo de critérios materiais, olegislador nacional surge & partida condicionado pelas directivas comunitarias- pelo menos acima dos limiares par elas previstos e para os contvatos a elas sujeltos - restando, por isso, uma reduzida margem de opcao legislativa. Adicionalmente, foram criadas regras especiais para a escolha do pracedimento em funcio do tipo de contrato a celebrar ou da respectiva entidade adjudicante. 0 presente Cécigo introduz uma maior exigéncia ao nivel da qualificacao dos candidatos, em sede de concurso limitado ¢ de procedimento de negociacio, criando dois modelos de qualificacao: (i) 0 modelo simples, que corresponde a verificacio do preenchimento de requisitos minimos de capacidade técnica e de capacidade financeira fixados no programa do procedimento; e (ji) © modelo complex, que assenta num sistema de selec¢ao de um nimero pré-definido de candidatos {ualificados segundo o critério da maior capacidade técnica e financeira, através da utiizagao de um rigoroso modelo de avaliagao das respectivas candidaturas. Ambos 0s modelos de qualificacao garantem uma verdadeira e propria avaliagao das ‘capacidades técnica e financeira dos candidatos, implicando a emissao de um juizo valorativo sobre as mesmas - nao se bastando apenas, como actualmente, com uma mera verificacao documental. CCP versa ainda, com inovagao e rigor, sobre as regras essenciais atinentes & metodologia de avaliacdo das propostas. Trata-se, como é sabido, de uma vertente crucial na dominio da formacao dos contratos pablicos. Na verdade, os factores {que densificam o crtério de adjudicacio constituem a pedra angular de qualquer programa de concurso, pelo que a sua ‘enunclacio e publicitacao reveste-se de inegavel importancia, tanto para os concarrentes (que com base em ta's factores delinearso, de uma forma ou de outra, a respectiva estratégla e apresentardo, de um modo ou de outro, os seus argumentes cconcursais) quanto para a entidade adjudicante (posto que é a luz desses factores que se hi-de evidenciar a proposta ‘economicamente mais vantajosa na éptica do interesse prosseguido) Do exposto resultam duas preocupagdes conexas a que o CCP procura dar resposta cabal: (1) por um lado, é imperioso garantir que a enunciacao e publicitacio dos factores e eventuais subfactores que densificam o critério de adjudicagio, bem como dos respectivos coeficientes de ponderacao, se faa em moldes conformes com os principios da igualdade, da cconcorréncia, da imparcialidade, da proporcionalidade, da transparéncia, da publicidade e da boa fé, parémetros que reconhecidamente dominam as tramitacdes procedimentais pré-contratuais; (i) por outro lado, é fundamental assegurar a ‘observancia daqueles mesmos principios ao longo da fase de avaliacao das propostas, assim como durante as diligéncias que a preparam ou que se the seguem. Nesta linha, a metodologia de avaliagao deve, desde logo, constar do programa do procedimento, nomeadamente com a ‘enumeragao dos factores e subfactores que densificam o critério de adjudicacao, acompanhados das respectivas ponderagaes, no sentido de garantir os apontados principios gerais Além disso, tanto para efeitos de admissao e exclusdo de candidaturas e de propostas, quanto para efeitos da sua avaliagao € classificagio, confere-se especial importancia aos respectivas aspectos que relevem dos Ambitos social e ambiental - de resto, no seguimento das orientacSes perfilhadas polas directivas comunitarias que se transpdem. Ou seja, & desejavel que (05 requisitos minimos de qualificagae dos candidatos, bem como os factores que densificam o critério de adjudicacio e ainda 0s aspectos vinculados do caderno de encargos dos procedimentos reflictam, ponderem e valorizem preocupacSes socials e ambientais relacionadas com o objecto do contrato a celebrar. lids, aJé referida Estratégia Nacional de Acco de Compras Piblicas Ecologicas estabelece igualmente metas e objectivos para a Administracdo, no que se refere a introcucao de critérios ambientais no procedimento de aquisicao de bens e servicos pelo Estado. Em relacao as pecas do procedimento, destacz-se a previsio expressa de que as cldusulas do caderno de encargos relativas {0s aspectos da execucao do contrato submetidos a concorréncia podem fixar os respectivos pardmetros base a que as propostas estéo vinculadas. Os pardmetros base - que podem respeitar ao preco a pagar pela enticade adjudicante, ao prazo de execucao das prestacoes objecto do contrato ou as suas caracteristicas técnicas ou funcionais - devem ser definidos através de limites minimos ou maximas e funcionam como delimitadores da concorréncia, determinando a exclusio das. propostas cujas condicdes 0s ultrapassem. ‘Aeste propésito merece especial destaque a figura do prego base, definido como prego maximo que a entidade adjudicante se dispoe a pagar pela execucao de todas as prestacées que constituem o objecto do contrato a celebrar. 0 preco base corresponde (i) a0 valor fixado no caderno de encargos como parametro base (i) ao valor maximo do contrato a celebrar permitide pela escolha do procedimento (quando nio é efectuada em funcio de critérias materials), ou (ii) 20 valor maximo até ao qual o érgao competente, por lei ou por delegacio, pode autorizar a despesa inerente ao contrato a celebrar -consoante 0 que for mais baixo. CCP prossegue o objective da simplificacao da tramitacio procedimental pré-contratual através da aposta nas novas tecnologias de informagio. Introduz-se, a titulo principal, uma adequada participacao procedimental através de meios electrénicos. £ fundamental, num quadro em que o Governo pretende promover a desburacratizacdo, que a contratacao pidblica seja desmateriatizada - o que obriga, entre outras coisas, & criagao de um sistema alternativo ao classico papel, fundando as comunicagdes em vias electrénicas. Desta forma, assegura-se ainda um importante encurtamento dos prazos procedimentais, tanto reais quanto legais. Por fim, 0 CCP acolhe a quase totalidade das mais recentes novidades introduzidas pelas directivas comunitarias em matéria, de contratasao piblica, de entre as quais se destacam: 0 procedimento de dialogo concorrencial, os lees electrénicos, 05 acordos quadro, as centrais de compras e os sistemas de aquisigao dinamicos. 0 procedimento de dislogo concorrencial pode ser adoptada quando o contrato a celebrar, qualquer que seja o seu objecto, seja particularmente complexo, impossibilitando a adopcdo do concurso publico ou do concurso limitade por prévia {qualificagdo. Para este efelto, considerar-se particularmente complexos os contratos relativamente aos quals seja ‘bjectivamente impossivel definir()) a solucao técnica mais adequada & satisfacao das necessidades da entidade adjudicante cam o contrato a celebrar (ji) os meios técnicas aptos a concretizar a solucko ja definida pela entidade adjudicante, ou (i) a estrutura juridica ou financeira inerentes ao contrato a celebrar. A adopcio do procedimento de dislogo concorrencial destina-se, assim, a permitir & entidade adjudicante debater, com as potenciais interessados na cexecugao do contrato a celebrar, 0s aspectos carecidos de definicdo. Destaca-se, a este propésito, que a impossibitidade dobjectiva de definir os referidos aspectos nao pode, em qualquer caso, resultar da caréncia efectiva de apoios de ordem ‘técnica, juridica ou financeira de que a entidade adjudicante, usando da diligéncia devida, possa dispor. O lelléo electrénico constitui uma fase facultativa a que entidade adjudicante pode recorrer nos procedimentos de Concurso, quando esteja em causa a formagao de contratos de locacao ou de aquisicao de bens moveis ou de contratos de aquisigao de servicos. 0 leilao electrénico destina-se a permitir aos concorrentes methorar, progressivamente, os atributos das suas propostas, relativos a aspectos da execucao do contrato a celebrar submetidos a concorréncia pelo caderno de lencargos - desde que este fixe os parametros base desses aspectos e desde que tals atributos sejam definidos apenas quantitativamente e a sua avaliacao seja efectuada através de uma expressao matemstica. De acordo com os imperativos ‘comunitarios, no decurso do leilao electrénico, a entidade adjudicante nao pode divulger, directa ov indirectamente, identidade dos concorrentes que nele participam. © CCP acolhe também a figura do acordo quadro a celebrar pelas entidades adjudicantes, isolada ou conjuntamente, com ‘uma tiica entidade (quando se encontrem suficientemente especificados todos os aspectos da execugao dos contratos a celebrar a0 seu abrigo) ou com varias entidades (quando 0 acordo quadro tenha por abjecta a aquisicao futura de diferentes lotes ou quando 0s aspectos da execucio dos contratos a celebrar ao seu abrigo no estejam todos contemplados ou nao se cencontrem suficientemente especificados). Acrescenta-se que, em qualquer caso, a celebragio de um acordo quadro deve rmostrar-se adequada aos fins a prosseguir pela entidade adjudicante, bem como ao tipo de obras, bens ou servicos em ‘causa, sendo vedada a sua utilizacdo nos casos em que impeca, restrinja ou falseie a concorréncia. CCP prevé ainda que as entidades adjudicantes possam criar centrais de compras, igualmente sujeitas &s disposicdes do presente Codigo, destinadas a: (i) adjudicar propostas em sede de procedimentos pré-contratuais destinados a formacao de contratos de empreitada de obras piblicas, de locacao ou de aquisicao de bens moveis e de aquisicdo de servicos, a pedido em representacao das entidades adjudicantes; (i) adquirir bens moveis ou servicos destinados a entidades adjudicantes, rnomeadamente por forma a promover 0 agrupamento de encomendas de bens ou servicos; (ii) celebrar acordos quadro, ‘também designados por contratos piblicos de aprovisionamento, que permitam a posterior formacao de contratos ao seu abrigo, por ajuste directo, por parte das entidades adjudicantes. (0 CCP recebe ainda a figura de origem comunitéria designada por sistemas de aquisicao dindmicos. Tratam-se de sistemas totalmente electrénicas destinados a permitir as entidades adjudicantes a celebragao de contratos de aquisigao de bens ou de servicos de uso corrente, entendendo-se por tal aqueles bens e servicos cujas especificagdes técnicas sio cestandardizadas, Por firm, consagrou-se a possibilidade de a entidade adjudicante recorrer, nos procedimentos de formagao de contratas de concessio de obras publicas ou de concessdo de servicos pablicos, a uma fase de negociagdes, apés uma primeira avaliagso das propostas. 3 - Quanto & materia relativa a0 regime substantivo dos contratos péblicos, a primeira nota que importa realgar prende-se ‘com a circunstancia da parte ii do CCP apenas se aplicar aos contratos publicos que revistam a natureza de contrato administrativo, deixando-se, desta forma, & margem do mesmo instrumentos contratuais cuja fase de formacao se encontra sujeita as regras estabelecidas na parte if do CCP. Assinalada a inexistencia de sobreposicao de ambitos objectivos de aplicacao entre as partes ie ii do CCP, importa ter presente a segunda opcao de fundo relativamente a parte ii e que se relaciona com o facto de esta assentar numa estrutura, bipartida. Assim, por um lado, integra a parte iii do Cédigo um nacleo de normas comum a todos os contratos que revestern a natureza de contrato administrativo (revogando-se, deste modo, os artigos 178.° a 189.* do Cadigo do Procedimento ‘Administrativo)- titulo { da parte iit -e, por autro lado, nela é especialmente regulada a disciplina juridica aplicavel a Certos tipos contratuais em particular - titulo ii da parte iil: empreitada de obras piblicas, concessao de obras publicas e de servigas pulblicas, aquisigSo e locagao de bens maveis e aquisiclo de servicos, 0 regime estabelecido na parte iii do Cédigo reflecte ainda uma filosofla de reforco claro e deliberado da autonomia ccontratual das partes, denotando-se, neste contexto, uma predominancia evidente de normas de caracter supletivo. Outra marca das grandes opcdes estruturais relativas 8 parte fii prende-se com a tendéncia desregulamentadara (vsivel, rnomeadamente, no dominio das empreitadas de obras pablicas) que acompanha, aliés, a 6ptica anteriormente realcada. No que concerne ao titulo i da parte iii do Cédigo (+Contratos administrativos em geral-), a primeira nota vai para a preocupacio de preservacao do quia specificum dos contratos administrativos, perceptivel através dos seguintes aspectos: (i) recorrente apelo aos imperativos de interesse publica (por exemplo, na modificacao e resolugio contratuais); (i) ‘manuten¢ao de importantes poderes do contraente pablico durante a fase de execu¢ao do contrato administrativo; (ii) criagao de figuras como a da partilha de beneficios; (iv) criacao de regras especiais para as situacdes de incumprimento do contraente pablico; (v)introduao de normas que versam, directa ou indirectamente, a reparticao de risco entre as partes contratantes. Numa légica de maior rigor na gestio dos recursos piblicos, a regulamentacao do titulo i da parte ii imorime, igualmente, ‘uma maior responsabilizacao de todos os intervenientes nas relages contratuais administrativas. Assim, foram criadas regras de incentivo a boa gestao de recursos financeiras publicas e privadas (como as normas relativas aos adiantamentos de preco, & revisio de precos e &liberacao da caucio) e regras relativas & reparticao de responsabilidade durante a fase de execugio (destaca-se, quanto a este aspecto, o regime do Incumprimento contratual, da cessio e da subcontratacéo}. Por Gltimo, de entre as principals inovages do CCP, nao pade deixar de se destacar a criacio de regulamentacao adequada de alguns aspectos das técnicas de project finance, acqulsitian finance e asfinance, que se cruzam com a actividade de contratacao publica. Na verdade, esta técnica de obtencao de recursos financeiros para financiamento de projectos, recorrentemente utilizada na Europa e em Portugal (especialmente quando associada a parcerias piblicas-privadas cconsubstanciadas em contratos de concessdo) e sem a qual muitos avultados investimentos ao servico do desenvolvimento do Pais nao teriam sido possiveis, nfo encontrava qualquer reflexo ao nivel da legislacao ordinaria, o que gerava um conflito entre as técnicas contratuais ditadas, sobretudo, pela prética do project finance e as regras legais relativas & contratacéo ppablica, de raiz essencialmente comunitaria. O novo CCP veio, assim, por um termo a divisao entre a pratica e a legislacao no que respeita a alguns fenémenos generalizados com o project finance e combinou a necessariarigicez das normas destinadas & salvaguarda da concorréncia garantida pela parte ii do Cédigo com as recorrentes garantias exigidas pelas entidades financiadoras do projecto que, no sucesso deste véem a fonte quase exclusiva de retribuicao do investimento suportado. Destaca-se, portanto, a este respeito, o enquadramenta legal atribuido aos direitos de step in e step out, a regulamentagao das alteragdes societarias e o regime construido a propésito do exercicio do direita de sequestro da concessio (este Ultimo jé na titulo ii da parte iii do Cédligo). 4 Rabrir 0 titulo if da parte iii do Cédigo (~Contratos em especial) encontra-se o capitulo referente ao contrato de ‘empreitada de obras piblicas - que se mantém, naturalmente, como um contrato administrativa por determinacdo da le! resultante de uma redugSo substancial do titulo Iv («Execucao da empreitada~) do Decreto-Lef n.° 59/99, de 2 de Marco. Essa reducio ¢ fruto, em primeiro lugar, de se considerar como uma solugao menos boa a disciplina minuciosa do contrato dde empreitadas de obras publicas, como vem sendo tradicional entre nés ha virias décadas. Essa disciplina minuciosa contribuiu para a cristalizacao de um regime que se deveria pretender dinamico, transformou a lei em «contrato normativo~ «, sobretudo, retirou aos sujeitos das relagées contratuais um espago de decisio que deveria ser deles por exceléncia. A redugao operada resulta ainda, em segundo lugar, da ideia rectora do CCP, particularmente do objectivo de o construir sobre titulos e capitulos equilibrados e com uma estrutura tao homogénea quanto possivel e, ainda, do objectivo de remeter para a respectiva parte geral (titulo i da parte fi) tudo o que se deva considerar proprio da teoria geral dos contratos publicos indo tanto exclusivo das contratos de empreitada de obras pulicas.. Assim, regista-se desde Jé que uma parte importante do aludido titulo iv do Decreto-Lel n.* 59/99, de 2 de Margo, surge com ‘uma nova sistematizacao no titulo j da parte iii do Cédigo, sendo que muitas outras regras inscritas naquele diploma deixar de ter reflexo legal no Cédigo, passando o respectivo conteido a depender da autonomia do dona do concurso - que as acolhera, ou ndo, no cadero de encargos -e, ainda que com todas as limitacaes de que a mesma consabidamente padece, da liberdace contratual das partes - que as inserirao, ou no, no clausulado contratual, Como principa’s linhas de forca do capitulo das empreitadas de obras piblicas, sublinham-se as seguintes: (i) abandono da tradicional tricotornia “empreitada por preco global, por série de precos ou por percentagems, sem prejuizo de a entidade adjudicante poder desenhar as empreitadas com qualquer desses figurines; (i) claricagao do mecanismo de representacio das partes e reforco dos poderes do director de fiscalizacdo da obra (antigo «fiscal da obra~); (ji) uniformizagao do regime de garantias administrativas do empreiteiro relativamente a eventos que devam ser formalizados em auto; (iv) previsio de um observatério das obras piblicas, ainda que dependente de lef especial que o crie e discipline, através do qual se ‘monitorizarao os aspectos mais relevantes da execucao dos contratos de empreitadas de obras publicas; (v) consagracao da Fegra de que incumbe ao dono da obra (e, no caso de empreitadas integradas em concessdes, a0 concedente, salvo estipulacao em contrario) 0 procedimento administrativo de expropriagao, constituicao de servidoes e ocupacao de prédios necessarios & execucao dos trabalhos, ficando igualmente sob sua responsabilidade o pagamento das indemnizacoes devidas; (vi) previsao da regra segundo a qual as expropriacoes dever estar concluidas, na sua totalidade, antes da celebracao co ccontrato, salvo quando o nkimero de prédios a expropriar associado ao prazo de execucdo da obra tomnem esta obrigacao ‘manifestamente desproporcionada; (vi) circunscrigao dos casos em que se admite consignagao parcial; (vii) racionalizagao, por via de limitacées acrescidas por comparagao com 0 que resultava do Decreto-Lei n.* 59/99, de 2.de Margo, do regime dos trabalhos a mais, que passam a depender de pressupostos mals apertados e deixam de incluir os trabalhos necessarias 20 suprimento de erros e om\ssdes; (ix) redefinicao do regime da responsabilidade por erros e omissbes, que passa a assentar na regra de que o empreiteiro assume tal responsabilidade quando tenha a obrigacio contratual ou pré-contratual de celaborar a programa ou o projecto de execucdo, excepto quando aqueles erros ou omissbes sejam induzidos pelos elementos ¢elaborados ou disponibilizados pelo dono da obra; (x) limitacdes acrescidas em matéria de subempreitadas; (xi) reformulacéo substancial do regime de garantia da obra, que passa a variar consoante se trate de defeitos relatives a ‘elementos construtivos estruturais (10 anos), a elementos construtivos no estruturais ou a instalacbes técnicas (5 anos) ou 2 equipamentos afectos a obra mas dela autonomizaveis (2 anos); (xi) previsdo de um relatério final da obra; (xii) Clarificagao do regime de extincao do contrato pelo dono da obra e pelo empreiteiro.. Naturalmente que a disciplina do contrato de empreitada de obras piblicas beneficia ainda das linhas de forca do regime substantivo geral dos contratos administrativos vertido no titulo i da parte ii do CCP. 5 - No que respeita ao regime substantivo dos contratos administrativos, realca-se ainda que o CCP contém, pela primeira vex em Portugal, uma disciplina geral sobre concessbes de obras piblicas e de servigos plblicos, sendo que a maior parte das regras so comuns a estes dois tipos contratuais. Note-se ainda que as disposicdes gerais em materias concessérias sao subsidiariamente aplicaveis ao contrato de concessao de exploracao de bens do dominio pablico. ‘A regulamentacao em causa inspira-se amplamente na pratica contratual existente entre nés neste dominio, solidificada sobretudo desde o inicio das anos 90 do século passado. Em geral, deixa de ser necessaria lel de habilitagao especifica para cada concessio ¢ o legislador preserva a autonomia das partes para a discipiina especifica de cada relacao concessaria, Para além disso, a regulamentacio aplicavel as concessdes 6 norteada, como se viu supra, pela preocupagao de adequacao as técnicas, hoje em dia comuns, de project finance, acquisition finance e asfinance, ‘Quanto a aspectos a valer igualmente para as concessBes de obras e para as de servigos piblicos, realcam-se os seguintes: i) prevé-se que o prazo de vigéncia do contrato deve ser ficado em funcio do periodo de tempo necessario para amortizacao Temuneracao; ji) 0 contrato deve implicar uma signficativa e efectiva transferéncia do risco para o concessionério; ii) 0s direitos e as abrigacées do concedente e do concessionario com base legal sio clarficados; iv) estabelece-se que o contrato pode atribuir ao concessionério o direlto a prestacdes econémico-financeiras pelo concedente, mas apenas se as mesmas nao ofenderem as regras comunitérias e nacionais de concorréncia, forem essenciais & viabilidade econdmico-financeira da concesséo e nao eliminarem a efectiva e significativa transferéncia do risco da concessao para o concessionério; v) consagra- se um regime uniforme de sequestro, resgate e resolusao pelo concedente. A regulacao de aspectos especificos de um e de ‘outro tipo contratual é relativamente reduzida, seja porque as disposicdes gerais consomem o essencial, seja porque o titulo {ida parte ji € aplicavel e dispensa, neste capitulo, etsciplina mais exaustiva, 6 - No campo da aquisicao e locacao de bens e aquisicao de servicos, o primeiro tépico a destacar prende-se com a incluso dos contratos de aquisigSo de bens méveis, de locagio de bens e de aquisicho de servigos no rol des contratos administratives por determinagao legal. Todos os contratos desse tipo celebrados por um cantraente pUblico passam a ser Considerados contratos administrativos e a seguir o regime especial estabelecido neste capitulo e no titulo i da parte i Merece ainda mencao 0 facto de a definicdo de aguisicao de bens méveis incluir os contratos que envolver a aquisicao de bens que vao ser fabricados pelo contraente particular, que normalmente sao tratados como contratos de aquisigo/fornecimento, mas que, de acordo com a orientacéo tradicional, integrar-se-iam no conceito de empreitada (civil. Correspondem tais contratos aos «contratos de fabrico~. Neste dominio, consagra-se um conjunto reduzido de normas injuntivas especiais aplicdveis & execurao de contratos administrativos com este objecto, designadamente, normas relativas a (i) conformidade dos bens a forecer; (ii) obrigacbes do fornecedor em relacao aos bens entregues; (il) resolucao pelo contraente piblico, estabelecendo-se, aqui, um prazo especial de trés meses de mora na entrega dos bens findo o qual o contraente publica pode resolver o contrato. Consagra- se, por outro lado, um conjunto (mais alargado) de normas supletivas especiais aplicaveis a execusao de contratos ‘administrativos com este objecto, designadamente: (i) normas relativas ao acompanhamento do fabrico; (i) lacal e Condigées de entrega ce bens; (ii) encargos gerais do fornecedor, com licencas, taxas, impostos, prestagdo de caucdes, cetc.; (iv) continuidade de fabrico; () direitos de propriedade industrial; (vi) resolucao pelo fornecedor, estabelecendo:se {que esta nao determina a repeticao das prestacdes ja realizadas. Por iltimo, estende-se a aplicacao a este contratos de aqulsigio de bens maveis o disposto na lei que disciplina os aspectos relativos & venda de bens de consumo e das garantias a la relativas, no que respeita & responsabilidade e obrigagdes do fonecedor e do produtar e aos direitos do consumidor. ‘Quanto ao contrato de locacdo de bens maveis que revista natureza de contrato administrativo, estabelece-se um conjunto de normas injuntivas, especiais relativamente ao regime da locacao estabelecido no Cédigo Civil: (I) indemnizagao por mora do contraente piblico nos pagamentos; (ii) cedéncia do gozo e sublacacdo do bem locado; (ii) resolucao pelo contraente pidblico, estabelecendo-se, aqui, um prazo especial de trés meses de mora no cumprimento de obrigacdes de manutencao ou Teparacao pelo locador, findo o qual o contraente publico pode resolver o contrato. Prevé-se ainda, supletivamente, um cconjunto de obrigacdes de reparacao e manutencao que impendem sobre o locador privado. Por fim, a disciplina do contrato de aquisicao de servigos assenta fundamentalmente numa remissao, com as necessarias adaptacoes, para o disposto em sede de contratos de aquisicao de bens moveis, Foram ouvidos os érgaos de governo préprio das Regides Auténomas, a Associagao Nacional de Municipios Portugueses, a Ordem dos Arquitectos, a Autoridade da Concorréncia e as associacSes representativas do sector da construgao. Fol promovida a audiglo da Associaao Nacional de Freguestas e da Ordem dos Engenheiros Assim: Nos termos da alinea a) do n.* 1 do artigo 198.* da Constituicao, o Governo decreta o seguinte: caPiTuLo | Disposicbes gerals Artigo 1 ‘Aprovacio 1 aprovado 0 Cédigo dos Contratos Pablicos, que se publica em anexo ao presente decreto-lei e que dele faz parte integrante. 2 - 0 Cédigo dos Contratos Publicos pracede & transposicio das Directivas n.os 2004/17/CE e 2004/18/CE, ambas do Partamento Europeu e do Consetho, de 31 de Marco, bem como da Directiva n.* 2005/51/CE, da Comissao, de 7 de Setembro, e ainda da Directiva n.* 2005/75/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Novembro. Artigo 2.* Publicitagao da actualizacao dos limiares comunitérios 0 Governa, por portaria dos ministros responsaveis pelas areas das finangas e das obras pUblicas, publicta os valores actualizados a que se referem: 2a) As alineas a) e b) do artigo 16.* da Directiva n.* 2004/17/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Marco; ) As alineas a), b) e c) do artigo 7." da Directiva n.*° 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Marco, Artigo 3.° Anuncios 1 Os anincios a publicar no Diario da Repiblica, nos termos previstos no Cédigo dos Contratos Pablicos, sdo enviados & Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 5. A., através de meios electrénicos, conforme o formato e as modalidades de transmissio indicados no portal do Diario da Republica Electrénico. 2.- A publicacao dos anincios referidos no nlmero anterior deve ser efectuada em tempo real, no caso dos concursos ppblicos urgentes e, nos demais casos, no prazo maximo de vinte e quatro horas. Artigo 4.* Portal dos contratos pilblicos e plataformas electrénicas utitizadas pelas entidades adjudicantes 1 - Por portaria conjunta dos ministros responsaves pelas areas das financas, das obras publicas e da ciéncia e tecnologia, so aprovadas as regras de constituicao, de funcionamento e de gestao de um portal inico da Internet dedicado aos Ccontratos piblicos, 2.- A.tilizagio de plataformas electranicas pelas entidades adjudicantes para os efeitos previstas no Cédigo dos Contratos Piblicos deve obedecer a requisites e condicées a definir por portaria conjunta dos ministras responsavels pelas Areas das finangas, das obras pUblicas e da ciéncia tecnologia 3 - Apportaria referida no nimero anterior define ainda as regras de funcionamento das plataformas electranicas utitizadas pelas entidades adjudicantes, as obrigagdes a que as mesmas se encontram sujeitas, bem como as condicées de intertigacao com o portal Unico da Internet referido no n.* 1 para os efeitos do disposto no artigo 465." do Cédigo dos Contratos Piblicos. ANOTAGAO - Portaria n.* 701-G/2008, de 29 de julho - Define os requisitos e condicées a que deve obedecer a utilizacao de plataformas electrénicas pelas entidades adjudicantes, na fase de formagao dos contratos publicos, e estabelece as regras de funcionamento daquelas plataformas caPiTuLo i Disposicoes complementares Artigo 5.° ‘Alteracdo ao Decreto-Lei n.* 33/99, de 5 de Fevereiro Os artigos 1.* e 2." do Decreto-Lei n.* 33/99, de 5 de Fevereiro, passam a ter a seguinte redacao:

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