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Introdução

O problema da vida depois da morte tem sido debatida já desde a


Antiguidade e, apesar das inúmeras tentativas de provar/reprovar a
sua existência por parte de filósofos, religiosos e cientistas, ainda
não se chegou a uma conclusão.

O conceito base mais importante para a compreensão deste


trabalho é o de alma.

A definição de alma, do ponto de vista religioso, que será o mais


importante para este trabalho, é a parte imortal do ser humano.

Textos:
“Sobrevivemos à morte?” in Rachels, J., Problemas da Filosofia, Gradiva, 2009, pp.
71-92.

As pessoas que acreditam neste fenómeno tentam defender a sua


tese com quatro “argumentos” que “provam” a existência da vida
depois da morte. Estes quatro “argumentos” são as experiências
quase-morte, reencarnação, médiuns que “conseguem” comunicar
com os mortos e, por último, os milagres.

Focando-nos agora apenas nas experiências quase-morte, que


podem ser consideradas como um “sonho” que uma pessoa tem
quando fica sem vida por muito pouco tempo, até ser reanimada.
Tipicamente, quem tem estas experiências afirma que ouviam os
médicos declararem a sua morte e sentiam-se a flutuar fora do seu
corpo.

Apesar de estas experiências serem difíceis de avaliar, existem


várias explicações possíveis.

Uma delas será a influência das drogas que são induzidas nos
pacientes nestas situações. Uma droga que tem este efeito é a
ketamina que, por vezes, é usada como anestésico.
Outra boa explicação será a privação de oxigénio que causa
alucinações, o que pode levar as pessoas a acreditarem que
tiveram uma experiência quase-morte.

Passemos agora a nossa atenção à reencarnação. Esta pode ser


explicada como a hipótese de cada um de nós já termos vivido uma
vida anterior e que a nossa alma apenas se “transfere” para outro
corpo (um bebé) quando morremos.

O mais escandaloso sobre a reencarnação é que nenhum defensor


desta teoria consegue responder ao argumento de que, se nós
reencarnamos na forma de um bebé, porque é que este não adquire
o conhecimento, a experiencia e/ou não se lembra de nenhuma
característica da sua vida anterior.

Outro contra-argumento contra a reencarnação está ligado com a


dimensão da população humana, ou seja, não haveria pessoas
suficientes nas gerações anteriores para que, nas gerações
subsequentes, cada pessoa “fosse” uma reencarnação.
Basicamente, ao longo dos anos, a população foi crescendo, logo
“novas” almas têm de ser criadas.

Finalmente, vamos agora debater o último “argumento” que são os


médiuns, ou seja, as pessoas que “conseguem” falar com os
mortos, sejam uma prova que realmente existe vida depois da
morte. Estes são fáceis de discutir, pois os casos mais famosos de
pessoas que supostamente falaram com os mortos foram provados
como fraude. Devido a este facto, nem vale a pena alongarmos
neste assunto.

Concluímos então que, atualmente, considerando os três


“argumentos” mais usados pelas pessoas que acreditam na vida
depois da morte e também considerando os contra-argumentos aos
mesmos, o mais provável é que não exista uma vida depois da
morte mas sim que tudo acaba no momento em que morremos.
Apesar disso, este problema ainda está aberto para discussão,
apesar de muitos dos cientistas já terem desistido de tentar
responder definitivamente.

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