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Resíduos

I ntrodução:
Nesta aula você irá entender a respeito dos Conceitos dos
resíduos dos serviços de saúde
Aprenderá as questões referentes as classificações dos
resíduos de acordo com os riscos existentes
Com esses princípios norteadores você será capaz de atingir os
seguintes objetivos traçados:
• 1.

Compreender as medidas de segurança nas operações das


etapas de separação e armazenamento;

• 2.

Entender como fazer um transporte seguro.      

Resumo:
São considerados resíduos as sobras de algum processo. Resíduos
de Serviços de Saúde (RSS) são os restos materiais restantes de
procedimentos realizados por instituição geradora (aquelas que trabalham
com produção/manipulação de sangue, tecidos e células), que de acordo
especificações, precisam de processos particularizados em sua
manipulação, demandando ou não tratamento anterior para descarte final. 1

(Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2008)


É possível que os RSS apresentem contaminantes prejudiciais ao
ser humano e ao meio ambiente e por isso requerem atenção especial. 
O poder público encarrega os serviços de saúde do compromisso
em realizar um plano de gerenciamento de resíduos respaldado nos
princípios da Biossegurança e de medidas técnicas, administrativas e
normativas. (BRASIL, 2004)
O gerenciamento tem por objetivo diminuir a geração de resíduos e
proporcionar o descarte adequado e seguro, de forma a preservar o ser
humano e meio ambiente. 
A Agência Nacional de Saúde (ANVISA) é autarquia, ligada ao
Ministério da Saúde, com o objetivo institucional de propiciar proteção da
saúde da população, através do controle sanitário da produção e da
comercialização de produtos e serviços que são submetidos à vigilância
sanitária. (BRASIL, 1999)
A ANVISA, através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº
306, de 7 de dezembro de 2004, dispõe a respeito do regulamento técnico
para o gerenciamento de resíduos de servições de saúde. (BRASIL,
2004)
Por intermédio da Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, foi
estabelecida a Política Nacional de Resíduos Sólidos estimulando a
responsabilidade partilhada quaisquer envolvido na geração de resíduos e
posterior descarte, fazendo uso de medias sustentáveis. (BRASIL, 1999)
É trabalhado nesta política a não produção, diminuição, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e descarte dos rejeitos,
visando a preservação da saúde pública e da qualidade ambiental.
(BRASIL, 1999)
 
Classificação dos RSS
A RDC nº 358, de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), que tratam sobre o tratamento e disposição final dos
resíduos, classifica os resíduos em cinco grupos. 
 
A – RESÍDUOS POTENCIALMENTE INFECTANTES
Resíduos de materiais biológicos ou outros materiais que tiveram
contato com estes. Exemplos:

Sondas;

Curativos;

Luvas de Procedimentos;

Bolsa de Colostomia;

Entre outros.

 
O descarte deverá ser realizado em lixeiras revestidas com saco
branco. 
 
B – RESÍDUOS QUÍMICOS
Resíduos com substâncias químicas capazes de gerar risco à
saúde pública ou ao meio ambiente, conforme seu potencial de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplos:

Resíduos de hormônios;

Antimicrobianos;

Citostáticos;

Antineoplásicos;

Imunossupressores;

Digitálicos;

Imunomoduladores;

Antirretrovirais;

Saneantes;

Desinfetantes;

Metais pesados;

Reagentes para laboratório e os recipientes contaminados por eles;

Efluentes de reveladores e fixadores utilizados para o


processamento de imagens;

Efluentes dos equipamentos automatizados em análises clínicas.

 
O descarte deverá ser realizado em galões coletores específicos. 
 
C – RESÍDUOS RADIOATIVOS 
Resíduos de materiais derivados de atividades humanas com
radionuclídeos em quantidades acima do limite eliminação estipulado nas
normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e é
inapropriado que sejam reutilizados. Exemplo:

Materiais derivados de atividades de medicina nuclear e radioterapia.

 
O descarte deverá ser realizado em caixas blindadas. 
 
D – RESÍDUOS COMUNS OU EQUIPARADOS AOS RESÍDUOS
DOMICILIARES
Resíduos que não representam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente, sendo comparados aos
resíduos domiciliares. Exemplos:

Papel de uso sanitário e fralda;

Absorventes higiênicos;

Peças descartáveis de vestuário;

Resto de alimentos do paciente;


Material usado em antissepsia e hemostasia de venóclise;

Equipo de soro e outros similares que não apresentam risco de


contaminação;

Resíduos oriundos de áreas administrativas;

Resíduos de varrição;

Flores;

Podas e Jardins;

Resíduos de gesso derivados de assistência à saúde. 

 
O descarte deverá ser realizado em lixeiras revestidas com sacos
pretos.
E – RESÍDUOS PERFUROCORTANTES.
Qualquer um dos resíduos citados anteriormente, porém em
materiais perfurocortantes ou escarificantes. Exemplos:

Lâminas de barbear;

Agulhas;

Escalpes;

Ampolas de Vidro;

Brocas;

Limas endodônticas;

Pontas diamantadas;

Lâminas de bisturi;

Lancetas;

Tubos capilares;

Micropipetas;

Lâminas e lamínulas;

Espátulas;

Utensílios de vidro quebrados no laboratório.

 
O descarte deverá ser realizado em coletor específico. 
Separação e Armazenamento
Separação:
Os RSS precisam ser separados e encaminhados para um fim, por
quem os produziu, conforme o risco que são capazes de causar. A
separação dos RSS é realizada de acordo com a Classificação dos RSS
(Grupos A, B, C, D e E). E também deve ser considerada a consistência
do resíduo ao realizar a separação. 
Resíduos sólidos precisam ser deverão ser dispostos em sacos
plásticos, e estes precisam estar em recipientes de material lavável, com
resistência à punctura, ruptura e vazamento, com tampa que não
necessite de contato manual para abertura, com cantos arredondados e
com resistência a quedas. Em salas de cirurgia e parto os recipientes não
necessitam de tampas para fechamento. (BRASIL, 2004)
Os resíduos líquidos precisam ser dispostos em recipientes que
possuam material adequado ao líquido acondicionado e que tenham
resistência, rigidez e vedação, com tampas rosqueadas e vedantes.
(BRASIL, 2004)
Armazenamento:
Os resíduos deverão ser armazenados por um tempo determinado
no serviço de saúde, para posteriormente serem retirado para o local de
descarte final. É necessário que os serviços de saúde possuam um local
de armazenamento temporário dos resíduos, providos de um local de
entrada e saída de veículos com acesso externo para os veículos de
coleta. (BRASIL, 2004)
De forma a favorecer a manutenção da limpeza da unidade,
especialmente os locais que geram um grande volume de resíduos
(Exemplos: Unidades de centros cirúrgicos e de prontos atendimentos), é
necessário que os serviços possuam um local de armazenamento interno,
que seja perto do local de produção dos resíduos, denominada Sala de
Resíduos. (BRASIL, 2004)
Os resíduos irão permanecer de forma temporária na Sala de
Resíduos até sua posterior retirada para o Abrigo de Resíduos. (BRASIL,
2004)
O abrigo de Resíduos deve ser projetado de forma a facilitar à coleta
externa e deve possuir um espaço adequado ao volume de resíduos
produzidos, com uma área de armazenamento compatível com a
frequência da coleta do sistema de limpeza urbana do local ou
terceirizada. (BRASIL, 2004)
Transporte dos RSS
O transporte dos RSS, desde a área de produção do resíduo até o
Abrigo de Resíduos, é conceituado como transporte interno. E do Abrigo
de Resíduos até o local de descarte final é conceituado como transporte
externo. 
É necessário que o reservatório para a realização do transporte
seja/tenha:

De material rígido; 

Lavável;

Impermeável;


Com cantos e bordas redondas;

Possua tampa articulada ao equipamento;

Com rodas revestidas de material capaz de diminuir o ruído;

Possuam identificação externa com o símbolo de acordo com o


risco dos resíduos transportado.

Os reservatórios que tenham capacidade para mais de 400 litros


precisam ter uma válvula de dreno no fundo. (BRASIL, 2004)
O transporte interno dos RSS precisa ser executado nos horários
em que houver menos deslocamento de outros materiais e de pessoas. 
(BRASIL, 2004)
Segundo as normas da ABNT: NBR nº 12.810 e NBR n 14.652,
coleta e o transporte externo do RSS, desde o Abrigo de Resíduos até o
local de tratamento ou descarte final, precisam ser realizados de acordo
com técnicas que proporcionem a conservação das condições de
armazenamento e a saúde e bem estar dos trabalhadores, da população
e do meio ambiente, e também seguir as orientações dos órgãos de
limpeza urbana. 
Atividade Extra: 
Consulte o portal: Anvisa estabelece Regras para Descarte de Lixo
Hospitalar https://portal.cfm.org.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=3305:&catid=3#:~:text=Anvisa%20estabe
Consulte o BLOG https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-deve-
ser-feito-o-descarte-de-residuo-radioativo-hospitalar/
 
Referência Bibliográfica:

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.810: Coleta de


resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro, 1993. 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14652: Coletor –
transportador rodoviário de serviços de saúde – requisitos de construção e
inspeção – resíduos do grupo A. Rio de Janeiro, 2001. 
 
BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de
1998; e dá outras providências.  Brasília, 2010. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm#:~:text=L12305&text=LEI%20N%C2%BA%2012.305
Acesso em 28 set. 2020.
 
BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Brasília, 2004. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.h
Acesso em 28 set. 2020.
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999.
Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9782.htm Acesso em 28
set. 2020.
 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio
Ambiente. RDC nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento
e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências. Brasília, 2005. Disponível em:
http://www2 mma gov br/port/conama/legiabre cfm?codlegi=462 Acesso

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