You are on page 1of 19
a 32027172 Adasen dtael Tid de Cael alton at Modan Eom cuac Mest Sumério Inuodusio 7 Thier Boke eR Pha Hi PARTE TRADUGAOELINGUA 1 CCaleoras da traduio nos primérdios da Europa Moderna 13 er Bake R Pooh Hie 3. lingua como melo de ansortnci de valores cultrais vu Kom “Tradugbes para ols im na Bop Moderna 75 PARTEM TRADUGAOE CULTURA 95 ‘A piedde catSica moderna em tradugio Ateaduci da tora plea na Europa Mederma 115 Goofy mai ‘Tadizinde ists 43 ‘er Burke CAPITULO 1 Cultures da tradugéo nos primérdios da Europa Moderna, Pre Bark ste ensio tem duas metas apresentar ma visio gerl da tiduefo nos primérdioe da Europa Moderna e discard ence Unga no con texto de radu ens culra.Diferenas entre culturas, em como ene ngs, reduzem oe se chamox de “tradi” dos textos. Um gan de probs para qualquer pessoa gue exe tadusindo Inert mic, por exemplo,équeo senso de humor das vriascultras, suas “ular do "io" como foram cham, so muito dtrenes, isa nfo coneeguem ‘rua ronteras. De manera sini, om enc elas extagnam longo os stelos ou se tornam inintcligels, como a5 eferéacls as cies dos ‘maros om Shakespeare, que podem tr feito as platda elsabetanas volar Aerirpeos coredores do Globe, mas so saudadss com silncio jeem dia (Unger, Schulz: Turk, 1995). Se pana um pus estangeto, dace qu at reo mas solos dos Hstriadores€ un wadtor (Coen, 197, 7.297), Osho ‘adores fazem a medias enreo passa eo presente eentenam os ress demas de otos adore, serine a dos estes ¢tentand ‘ecocla elas so orga com ineligiiad pr es eres (Eras, 1954, Tor exenio, devas far da “plc de um el medieval? pa lava ako ore en ean mea. El oer neces, qve Un tmeiea no precisa comence etre lego apresentandshes um programa de esas Ee pode ter uma pita no sentido det Peicpo ou estas ubjacanes suas es plas cota, dee 2 promos da justia a «ampli dos mites de seu tin ras uma pala no modero seni de um programa um cone anacénico Mis amen pode um hradr fro propaga neva di 342m seu send plc, oem condo no ial do slo XVI como objetivo de compare tenis de persuas polte com teias de converse reir, conn pata oa Catia e ua nts “para a propa da f° Ge popes fl). Por oto ldo escones & arcs sev de Las XIV nao apenas lice elem gral camo justin aes parle, al come a explo dos potesantes dt Franca em 1685 (Bake, 1982) Eu dia, portant, que fila de “progam da nee co clralmentespropriad, mesne gues element sacri. E ums rage, ma oil ‘sexpresio "radio elt fl exigalmente canada por nop logs dca de End Evans-itchar paadescever que cee em acontos cari qunrdo cada ado tet ompennera es oor {Betciman, 1971; c Pls, 1993, Kise, 1999, Howland, 200; Rabe Rosman 2003 Unalatoexenpo mos nt os antropdigos €o eto de come Lars Boharnsn conto ahistria de amet sum gro dei na ‘ica Ocienale ovis a marrata ser “coi” plos ances até rl tneee eso ae parte esa eal Cara, 1977 ness, camo eqheaemente fen em sue ras quis ati call ete les prprion caus informants inslarent race, 0» Ssroplags 80 mito cet do problems dos termos invades a ns dos guns, como “totem” “tab ntodusiram as inguss eros), et cona do problems mals geal da comunicaio entre natvos de culturas tras Cada vez mas, xt se conscientzando tanto dos problemas ine {Gnteos come dos problemas cltras mals ampos envolvios na versio Bb anersas com infrmantes para soa prea poss académica (Sturge, 1987; Thar, 2008 ‘conceit de waco cultural fo reentement acahido por um grupo decspeciisisemiteratraocupados coma raduibilidade das textos (B+ (ds ler, 1996), Fle ambi pode eer wsado pra designar imagens visuals (Gisutdes por Hsia no Capito 2) ea vida covdana. Tem sido fequente mente sugero, ded Aagus Schlegel, passando por Franz Rosenzweig, até ‘Benvenuto Terrace, Octavio Paz e George Steiner, que o entendimeno em cuma expe de trade, convertendo os coaceitas eas experincias de ‘Sutras pessoas em seus equlalentes ao nosso prépie“vcabuléri”, Como Ais Px “aprender ale € aprender aweadarr” (pander hal prender ‘ udnn) (Clots, 1962, p28S) Toran, 1057, p39; Das, 1071, 7.7; Sela 1975, p.t-48) ‘Deno da cultura iden cntemporine, por exemplo, a malria das pessoas nfo entene a linguagem tenia asada por advogados, médcos € ‘muitos ote pos de centstas. so jf er um problema no século XV, ‘quando o olands Adrian Koegh publcos um dichondrio de cermos legs ‘vernal im de jada as pessoas comuns a eva serem manipladas pelos advogados (eral, 2001, p.187)-A erefa de radu ale ou a modil- ‘ano sentido de ear itis legas ou médcas a axavessarfrontias arto lungisuca como soca € ana mai dis Assim tabi € a taduedo de eases, a er dsctia adiance, no conteato das misdes elses na Asie nas Amérias (Assmann, 1996). ‘Tadugio implica “eegociato", um concsto que expandin seu dominio ‘a itima geraio, indo skim dos mundos do comida dipiomaei para refers a0 iterclmbio de ideas © & conseqiense modifcaczo de sig ‘dos (Pym, 1983; Eco, 2003). A moral & que qualquer raducio deve ser ‘cwonsierada menes uma solo definiiva para um problema do que am ‘tin meio tern, erenvenn pede enna dando camino 4 shero par uma renegoiagio. 2a ae un 199, tng 2005 sea matin, Che 1988s aja camo ‘epi ite 80. "No.caso do peo mevetno, dia da sadugSo megocadn parece pat= ticularmenteeproprada quando assunto so as missoes. Missondrios «vistos inham de decidir quo loge poderam i ao adapta (ou, como se dizi na época, 20 “acomodae") a mensigem cris cultura em qucestavam trabalhande. Nz China, por exemplo, Matteo Ric descobria que cao se vestss como pe, inguém evar si, e por isso eles vestla como ‘um erudito confuciano, “teaduzindo" assim sua poigio social ara 0 hie ‘és Perita que os chinese que converiareverenciseem seu ancestais 2 maneira adeional afirmand gue ese ere um costume male social gue eligiso, Ele radusi a palara “Deus” pelo neologirno Tinchy, lierl- mente "Senor dos Céus",epermiiy que ot estos chineses we refeisem smplesmente a Tan, "Céus", como Conficio ava fio (dscrido em mais dette a segu,p.47-60). Em Roma, os jesus foram acusados de verem se converido&rligio dos chineses em ver de os converter 20 cistianlsma.O que em Pequios ‘luc (Gert, 1982). Quwos mlsionris se negaram eto longe como Ric, mancendo seus tradcionashablos negro eambén a palava ana ‘Das, glosando-sem verde taduida (ver adlant, p57), Eases conflcos cso enze os mais vivdes exemplos modernos dos problemas da taco ‘ato entelingoas como entre cals. (ura manera de disci ado clr falar de um dupl proceso de descontentualeaioe recontediago, que primeir busca se aproplat ddealgoctranhoeem seguidao domestic. A trado entre ingas poe set ‘asta no apenas como um exempa dese proceso, as tamnben cos ua espéie de papel de grassol que a tora incomumente risvel- ou ave Pode ereslarecadar nar obsewar ese process de una dopa perspec, Part o recep, ele € uma forma de ganho, enequecendo cltura hose deira em resuitado de uma adapagio hab. Do ponto de vss do doacor, por outrolado, a tradurso uma forma depen, levando a mal-entenddos € violntandoo gin qualquer hier de incereinbo clr, radu entre linguas ‘obviamente de grande importncia. A relagkoente wad lingisica a tradugo cultural foi recentemente objeto de uma série de perspcazes éstuios focados no movimento de dae, com a liber, o individuals tno a democracia do Ociente para a China, 0 Japao, a Aca Ocdencal ‘ outasreloes (Li, 1995; Sak, 1997; Schaller, 1988, Howland, 2001. 0 focodessesestudosna traducio entre continences no € nenkam ac dente. Quanto maior &distacia entre as linguas «as cultura enolvdes, nas claramente aparecem os problemas da traducio. Mesmo assim, es thordagem pode ser ulmente alicia no cooeato do intrckso culu fal detro ca europe ‘A tadgo de texts fo ental para os grandes mosimentosculturis a Furopa moderna: o Renasciment, a Reforma, a Revolugzo Ciencia e o lluminiamo, No Renascimento, per exempo, a5 uaducSes dos cléssios ise wages do grego paso atm) ocupam hvgar de hone, ras teadugdes de grandes obras da iterstara versa, de ren are « Dom (uit también foram infvertes. Na Reforma e a Conua-Reforma, como ‘eremos no capitlo de Eire (asegu,p.95-113), raduges de Erasmo, Le ter. Calvino, Ls de Granade, Roberto Beilarmino e otros desempen ‘am um nporeante papel. eifusio da Revolurio Clenucs(scutda nas 183-246) pode até ero ponto ser mensurada alas adugtesdeGalileue ‘Newton, ea do lumniismo, pela de Montesquieu e Locke “adugbes dor cisco, como tradurdes de grandes obras da teraura| verncal, foram freqientementeestudadas. Por isso este cepitul, como 'retante do lio, se concentraré no que fi nedligenciado:tradagoes de ‘lo-ipo esta ou nos veniculo da Europa moder ou em eolatin (estado em mais detlhesadiance, 75-82). Um estudo defiiivo sso ‘trades produsidas na Europa modems, ara trea scma das foras de ‘um pequena espe, quanto mals de ua indo. ‘Oqie page ser to aqui sits esses texos em seu contetocultu, Incaino os sistemas ou “regimes” de radu prevalentes nese perio do em outras pals, ae regras, normas ot convenrdes que goveenavam: sua prise, ant ois (ot "strates" como os meio as “as” ou “postcas) (Pym, 1998, p-125-2). visto gral estes regimes esbovada seguir—o, como preirochamos, desssulturs da radugio” na Europa modema~oferece spores provitas para sss grandespergunta: quem radu? Com que inteno? O qu? Para quem? De que maneia? Com que consequercias? (Lamber, 1983). aw (Qverm aa? Os miares de radutores na Europ nese pefodo podem ser clasificados de vrlas maneeas. or exempo, amaora das trai ea ‘obra de um individ, mas 0 trabalho em equipe também pode serencon- trado nessa oes, como ocrsa na Lae Media (em Toledo, pr exemple, © também ao mostio seo de Vistena). Assim, eect alm Zacharias Faltnenorganizou uma equipe para tacit a ooras de Paracel para © Jatim (ver p.186),enquanoo porta Alexander Pope empregos uma equpe de colaboradores para ajudi-le a traduzie Homero (Pana, aan) ‘A uadaci colaboratvs ea especialmente comm no casa de Bi, no apenas porque o texto fosse So lngo, mas também em zo da respons bildadeenvolvda em interpret apalavia de Deus. A VersBo Autrizada Inglesae a Biblia de Kralce theca, bem como uma Mia Rolandess, uma pci partcularmente os que via fugido para» Inglsters nos tempos 4a pecseguiio empreenida pelo duque de Alba aos proestantes error. rar pasterlormene a seu pals natal para Se tomar minisuos elias, (0 proifcetaduter Vincentius Meusevoe, por exemplo,vveu por alguns anos em Norwich. Michel Panne! ves om Ipsvch Johannes Beversnd, ‘em Yarmouth Jan Lamoos freqdentou escola em Londes. Wile Telinck ‘rtd em St. Andrews, vveu em Banbury ese casou com uma mulher de Deby. sss experincas pessoas na Gré-Brecanha ceramentesudaram os ‘radutores em sua tare de negocio cra. Um segundo grupo que merece mencio agua lado ds reiiados, & ‘oda ordem cosmepolita dos jesultas. Ele, é cao, eram especlsuas em ‘raducio cura instuldos ple fundador da Ordem, Inicio de Loyoa (nas palvras de Sio Paul}, a ser “tos as coisas para tod" (min ois) Nese sentido, a esratigla de Ric de se esi como um eri chins era tipca de sua ordom, A tradug entre inguasfzia parte da esata jesutica de conversio, ‘Msi 50 wadtors jit sesvnram xvoeantr fndoyo da dam, em 154, e fim do séelo XVI, tradusindosobetad,embors m0 excl Svumence, do veniculo pata aim econcentrando-se em textes de ous Jesuits, © nimero miximo de textos taduzides por umn daic indviduo 6 trina (no easo de Damengo Fans de Smit), seguido de 23 do polonés Sion Wysocki dezenove do alemo Conrad Vere, dezoito do reeandés EDEL ILENE setentrona Jan Buys e dezessece ante do anes Jean Brignon como do ‘eheco Jit Fors, A rads este fo! paricalamente importante ne centro-ese europea e-em sua redo orien. Asim, Jacob Seufareyiskh teaduzi Seu colega Rivadeneica para polonés; Balthasar Hestovint ea din cartas as misses jesutias para otheco assim por dante Burke, 2006). Tarot jesulas tab estavam ativos na China como mostra Hsia (a semi 52. “Alm dos propio radoores,€necesiro leva cont os patronos, no sentido dos “poderes (pessoas, inetiigdes) que podem fmentar ou im pediraletura a esrta ea reescitadaliterarra” (Lefevre, 192, p11-25, ‘a 15), Alguns dels eram figuras desacadas nase O papa humanist ‘Nicolas V encomendow uma sce de wadugées ds clssico gregos para © lam. © cardeai Jiménez de Cisneros fi pstrano de uma egg pligra Bla, bem como de uma série de obras de devez (erp 104-5), enguanto ‘cara! da Lorena estimalou a raducio de obvas devocionals do espanol pera o anc (Mastin, 2969, 32) ‘Outros patrons importantes foram governantes 6 no século XI, 1 Afono X de Castes, conheido oma “esdbo" 04" culo” (abi), fencomendara una sci de trues, especialmente de textos drab sobre Astrologa,enquano cerca de win textos fram vers para o francts & ‘mando dae: Calo V (Pym, 200, p 6-79). Cireand em manascito, ses ents atngam um pblic limited Neere da impeensa, Castavo Adel, na Suecia, ¢ Peo eCutaina, of Grandes, na Rissa, incaram campanhae similares de traducio que atngtam muito mais pestas (ver 25), ‘O exemplo de Catarina nos lembra que as mulberes era proeminen- ‘tes como patrons, estimalando os homens a radia autores expeifcos ara linguasespecfias. As verses espanhola¢inglesa do Cateiano (O ‘conesfol, de Carglon, fram resultado de agentes de das nores, Ge- a Palova de Almoivere Hzabet, marquesa de Nantanypon, Job Florio dedicou as ués partes de sua traducio dos Ena, de Montaigne, (603) a seis mutheres da nobrers. A tereia taxa francesa de Hiri so Camilo de Teo, de Palo Sari fi feta mando da ina da Ingaterra {ediant, 9.358) Hava tami os empress da aso, o impressores alguns dos ‘quais stam pariulamente interesado nese tip de ro, Por exe, (Gabriel Gio, de Venea, langou uma sri de trades de obras hetrcas lssieas (ver p144-5), além de empreparo espanol Alfonso de Ulloa para traduzr do espanhol, Theodor de Bry ese iho Johann Theodor encemen- r dara caduges em alemo € aim de tos de vagens. Impreores. que tambm tradusiam inclulra Wiliam Caxton, em Londres, Eenne Dole, tm Lyon, e Barezzo Baez, e Venza. Fl em grande medidn grat 20 impeeasres que algumas grandes clades tenaramsecenros de waduclo, ‘em parila Venez, Pus, Londres Amster v ‘Com que incengbes ou esata a tradues exam relizadas (Res ‘vermers, 1984, 95-108? Ox projeton mais vise lalvex ms iemportan- tes eri religosos. O parlle, bem como a cones entre owablho dos tradutorese 0 dos missioirios € digo de nota. Missoniros como Ricci tradulam textos religosos como um meio de conversio, mas eles as ees se descobriam taduzindo su religto também, no sentido de adapeila 3 ‘itu lea, e t€ mesmo convorende ou igus, no soto de intedusir ala plawas frases do typ, do japanese assim por diate via am el considerivel de aividade missiondra na Europ, asim ‘como em outos contnentes;etambénn all a eaduglo desempenbava um ‘spel importante, No mundo da Contra-Refoma catia, hava 0 qe se poderiachamar de uma “politica da taducio", associa a tenativas de ‘converte adeptos do proestantsmo ou da igeja Orcedoxa Tal pola ea srcularmente clare no caso do catecimo excita por Roberto Belazmin, |e fo raido pra vine lings evoptis (ou 22, s 9 plement © 0 Sellano, que agora sto watados come dalets, orem incildos) (Somme: ‘og, 1890-1900) - Em Rom, uma série de wages inclusive uma versio drabe da his- ‘ria elesieion do cares] Baroni, foram Bnanciadaseprodusila pla ‘Congregacio “para Propagagio da Fe" le propsanda fie), publicsdas po ‘saimprensa especial a paride 1626 No caso dos jesus, rm parciculr, ¢ ventado falar de uma conspraso pars trado, ou no minimo de uma pola de eradugie, de vos produzido nfo apera ad mare lv Det (Chnen a maior gles le Pet, lor jeri, mt tren paras alae ‘tia da Order. ‘As muita verses da Biblia fas por protestates, de Laer em dante, ferecem euro caso dbvio de uma estratégia conscent. O mesmo faa pro 3 Sr api away. 195 pH Hea 972 dug de testo Iateranos, espedalmentecatcomos, para multaslaguns ‘0s pritiros soxtos jamais mpressos em letdo (1825), estonia (1538), Fisano (1547) « lap (1649), ber como um antigo texto ras, impeesto ‘em Estocolmo em 1625, foram todos uadugbes ou parsfases de obras de Luterd (Burke, 2004, p78) ‘Una vez mals, quando constatamos que obras tolgiase devotas do purtano Wiliam Perkins foram aduidas pra o holandés eo hngaro em tia fpoca em que poucs los esc pr ingleseseram eraduzios para tlpuma lingua extrangi explicago que de medio vem mente é ques Calvinists também dever tr ido uma pola ou estraégia de traduio. A ‘elcidade com que a anpapsca iti do Coli de Tet, de Paolo Samp parce em sat rates em ingles, fens alo olan elatim (em 16206 1621, sequindo-se& ego orga alana de 1619) sapere uma ver mais ua act coorenada no mando protestant Esratégias ou poltcas secure de um tipo similar tambm poder ser muna nese pesodo, Por cacmple adeno, por Lue de Avia, (da guerra do imperador Carlos V conte species protesates em 1546+ 1547 foi publica no muito depois ds eenno no apenas no eign em cespanhol, mas arbém ~ no mesmo ano em italiano, francs, flamengo, Tati ingles, Esse coordenacio sugere que a Inicave para radu se origin no cielo do imperadoe 'Na Inglaterra, na époea de Henrique Vill, Wiliam Marshall radusia Lorenzo Val, Maal de Pha, Marino Lateroe Martinho Boceroa fn ‘deapola a Reforms, efi cle prpro apolad plo minstro do re, Thomas ‘Cromvel, embora parega que a iniiativa yaaa radu rena provindo do pia Marshal, «no do govemo (Alec Ri, 2004)“De manera simul, ‘no einado de Elsaberh, Richard Haklut parece er estimulado trades de Hwros de wagens, por exerplo, por seu asst John ory (que wadusia a desrigho da Arica de ates de Leto, Aficano) e também por Wiliam Philip. "No cao da Suicide século XVI, por vt lao, embora a incativa {ose de ui parila, Seroder, que apresencou seu plano em um vo etic a Carloe IX rm 1606, no atari lange da word ar uma “campanha de trad0" oil aera de Gustavo Adolfo, empreena com vistas ajuda 08 sucos ase po em da com os desenvlvimentos clrais fem outas partes da Buopa. No sécslo XVII também fo o Estado (mais Fn aa (540) Od Df an Bey Oso cxaumente 0 Coiio de Chanctlris) gue eacomendo x radio sce {Spl rd ab ooo de Locke (aveen, 1982, 70 Walle, 202,70 ‘Nose aR do ls XVI snd ms por fade a mas ams eran elativamente aias. As wadugées costmavam ser feias a pare de estos em lati moderno (pr Erasmo, por exemplo, Calvino epsom que de texcos em vemiculo. A radu pra otheco falimporante no sculo XVI, inlundo obras de Pearce, Easto eter refleindo alto pesigio dessa llngua em melo asus visnhas elaas, Por but lade ela declinosrapiarenteno séeulo XVU, segundo se germa- izagio da Bina ps a Batalha do Monte Branco, em 1620 ‘0 lugar do checo fa stam pol polans, que estava em ascemsio| como lingua litera na segunda metade do sécalo XVI. O Corian, de ‘Castiglione. fi veridgpara 0 poonts, onto com Atlosn, Tasso € 08 e5- totes politicos BoteoeFadrque Far Cero (er p.128) No culo XVI, 8, ‘rade do aim para 9 rise eam fae via polos, indicando mip. ‘cia da Plena para os rssosdaguela epoca como intermedia cltral fom Oeldente [Na Escandinivia 2s exporagieseram vrtualmenteineistents,ea5| limportages fram Baba até campanha do sSculo XVI descrita ai. as 35 trades paraosueco impresas no decore esse seul, 203 (ou 151%) cram do lem, cxtorze do anc e onze doingls (as radugdes do lim respondiam pela maice parc das demas) (Hansson, 1982). Fluxosdesiguas” dese tipo exigem uma explicasso, qu fl dada ers relacZo&posico dos diversos pales no centr, na pefra ou na semipe- sifera de um sistema uncial (Heilbron, 1999; cE Mio, 1984). O que era ‘radusido de uma ling pura outa em dado momenta ofrece un plata ‘allosa quanto 20 modelo cultural dominant, que forse italiano, espana ‘ou anc, qver proviese de uma outta cultura, No caso da Suet, por ‘romp, es dues sgerem que omodcl ca Aleman, “i histéra do que no fo traduno, como também outas austncias, oferece pists valoss ds dferencas onze as diversas regises da Eropa moderns Porexemplo, raduses de Bi par. espentl foram publica nese periodo, mass fora da Espana (em Antaéepa em 1543, ma Fetes ‘em 1553 e na Balla em 1569). Os Eni, de Montaigne, no estan pubieamente dsponives en espanho ness perodo (enor tem sobre ‘vido dua teaduges manners), eo apareceram em fora pees eth emo sendo em 1797. Letoreseouvintestveram de esperar por aduies ‘de Stakespeare até meados do século XVI, a lea exceo seta repr rendo ‘uma verso holandesaselscetsta de A mage domad vu De que manera as tradugdeseram fits? Que rors, explctas ox Implicas, 0s waduores sequam nese periodo? Chegamos ao que 3 po Seva charar de "etea” da ado, et opontSo 8 "artrsgia dinetide anteriocmente? Ess tticas devem ser compreendids ro no sentido de ‘eras a sorem seguidas mecanicamente, mas antes como o gue o tte secial rancts Pere Bourdie chamou de “habitus ~em outa paves, 1 Se ar de rac are 1982 097-108 Pe NE EY ‘om principio subjacent espontaneidadee mprovlsqo, comtolando at {ourdie, 1972) "Ateoris datradogo no nov, mito embora etl patsand ansumente poe am macigorenscimento, Nos dos de 120, por exemple, o himariata Taliano Leonard Brin pradss 0 que se cham de“ primo pronu ‘Snmento erica substancal a respaito de raducio desde a carta de S30 “Gita a Pamdaio" am breve estado inislado De itersreaione rat, [Dacraduiocorreta (Viti, 2004 Copenhave, 1988, p82). Depoisde 1500, ‘ais profianciamentos se mulilcaram, entrees oSvibrsfvom Dofnatchon [carta aera sobea interpretzio), de Martinho Later (1530); 2a mane de tien tate (A maneira de ber ad], de Eienne Delt (1540); ea5 Rls ea tradtion (Regras la ado, de Gaspard de Tende (1660), bem como refs gers a undue espeicas, como Tio de Niclas 'Abaneoutt (G6), eno Ovo, de John Dryden (1680) (Larwil, 1930 avis debstesem tomo da ditincio ent uaduzepalavra por ralavra— smldde denunciae co “eetaidae", “pels” ou “pup ‘exdazro sentido de um dado texto, Uma frase de Hordio sobre 9 "uadutor fel, fuentes, equivalent, para a eota da radu, de sua fase wt pictur poss (come na pin, na poesia} na cra da arte renascents, fi Aiseatida ves evens sepuidas (Norton, 1984) ‘abla da innadsblidae, eset do gio especico de cada nga, ‘amb fi decid nessa pc, multo antes ds famosas pronunciaea- tos de Benadeso Croce e Jost Orga y Gaset(Stankiwir, 1981; Tabant, 2000). Na Poni, por exemplo, Jan Sekljan argu que “em qualquer lingua hé muieas propriedsdes dials de expressar em outa lingua com lave igualmenteiemporanes”(itado em Mayenowa, 1984, p.345). Nt Franga-o inpressoreerudio Eenne Dale os poets Joachim du Belay e “aegues Pletier dy Mans fzeram observes saves: aca argue 5 opis” Iqualger lng cm suas peopiedades) (Dole) “chaque langue Srey gy prope seen el” ean ing em nfo -e-que propio tlo-somente del, Tt mat mane de pre om peta nations” fas paleras eas manctes de filar so exclusivas de cada nao) (leis) (sles, 1240, p15, Du Bel, 1540, Lio eapel 6 Pleion 166, p20). Ia nglterr, o prefciode Flo «seu Montaigne ameneva que “grand logiéncia osc (.),o care agudo do espanol, forte expressivdade FR Liter it 198 oe Dae, arth, 98 sabe ede Dane, Ze, {se soe en Seine dang 8B do hola [eferndo-teprovavelenss ao alee] no podem ser aqu repreduzides sca A vatiedade devermosempregads em diferentes lingus 20 periodomo- _deano para dsignr oii que conhecemos come tadso merece steno ‘ul porgue roporcona pista sobre como pric ee vss a pea. Os termos trae, ade, trade, rad, rane (verbo latin Ieeglat ‘am um particpie pasado rasan), besten assim por ante estavars fentrando em uso (0 valiano mature fl registeado em 1820, por exemplo,¢ ‘anc rae, em 1480) (Folens, 191). Todavia, esses termos coexitiam com paras que eram mais vagus € sven auorzar uma abordage lire au domestica em alemo, por ‘xemplo, havi yrawschn “alemaniza’,gdamenchen, “interest, er sez mesezen, bem como circunléquios tas como “ns Tec gerach™ [trazido ao ale). Er lati, havia vers, wot”, comin, “converter”, © fuegreare(embrando-nos dos elos entre intspeees interprets). Em Ingle avia dane tn Flic (trac ng), rosa ints Fgh (oie se ingles] (ease ce Geotre Fenton pars sua tadogo de Guiecardini ob slmpesmenc engl fanglizado) Em tlian, hava oles, converter no vernal (lyse); em espanol, geri ou mmanza, “converter em lng rennica™ Prsando da ters & pric, parece pose ~ plo menos em uma pri ‘mela aprosimacio~dstingair um regime ou cultura med de ado su equnalente pSeemediral.Emibor expacilises ears coretamente spontado “a hetrogenedade ea complexiade da traciio medieval”, pode- {esnla ssimsogei que o regime meer era dowunado pla Wiauso “ulawa por pala” (rb po wero, na famosa fase de Cicero), embora ele permits, sim, a incorporacto de glosas 20 texto sem assim que e= tat eram ais do radutoe (Copeand, 1991, 222; Pym, 2000, p65, 72). Como diz Theo Hermans literalsno ero “allo rigid" da regime ‘modieval (Hermans 1992, 99), ‘Um resultado dese literals, fose ou a deliberado rao que te6- "cos da wadiaio como Lawrence Venu chamam de “estrangerisagio”(o- egricn). © term, ele prério una tsducio do vero alemsio verre 'elerese intro de palaras da cultura deadora wa ealtur ecepor, rosin no lene a wenaaso de ditanciamento ou estahament |" Algae stave co mel gata Pym, 200.1838. sltores de Leonard Bruni em ante enfazaram a necessdade de tradi ontido por sentido Consume de ‘ene (Vil, 2004; Folena, 1991, 60-6) Agesar de referencias frequents Ae "lee" da radu, a cultura moderna da waduelo ara de reat ibe tdde. Os adores geramenteseguiam o qe Vent chama de “esteaeyia ‘uence”, aqua ue “domestica o texto estangele”,ofrecendo ao leitor ‘a “eypedgnclanatiita de econhecer sua cultura em um outro cltral™ (Went, 1992, 73). Se sind wenssem aqueletermo outrora em voga, oF sotropogos podriam descrever 0 que esses aduoeesestavam fazendo ‘como uma forma de “aealestao" Mules vss, 8 tadugdes ecm fla ndiretamente em segunda mo ‘As desavergonhadas eferncias a esse proceso nas pginas dees Indian ‘uma clara cd trad ferent da que se eenou dominante no século XOX (Geacklberg, 1964). Na Inglaterra, por exemple, texcossregos, aianos € ‘spans cram freqentementeadusidos via ranats, Os sis, de Bacon ram trdusidor pra ornare» pcan, i Cera T hinge War wth Spin [Consideragtesocantes a uma guerra com 3 Espana) (como o Taal sre sender uae, de Locke), pars lian a pare. o frances, O olan fo o meio peo qual aguas adubes de obras de- ‘vocionais de Wiliam Perkins opto autores percoreram se cain do ingle 0 aleno, Not séculos XVI e XVIL, muitastadures de extos em Ingles para alemao (ene elas The Characters [As personalidad], de Hal, “he Pros of Py [A prin da pede), de Bayy « Sqn rat sober ‘goer, de Locke) fram felts wa fancts(Basseck, 1834; Seackelbers, 1964; Graedes acne, 1988), Houve aé mesmo eradugds de terccra ou quarta mio. Ua vrsto do ‘Acordo em alomio, publiada em 1688, anuncava que fra taduzida da tradagioholandesa ds traducSo ancesa do rabe. No entant, esata mai prxima do original do que o Alcor holandés de 1641, fio a parr Teadugio em alemo de uma traorio em aliano da traducto et lati.” [Um exeapo ainda mas excremo é0 das Eula de Bidal. Ness aso, Sir “Thomas North predszivo que sdescreves como “a versio cm inglés de uma sdapraio iliana de wa radio em espanhol de uma versio em ati de una duo em ebralco de uma acapeago sabe da verso pilav do criginal hindu” (Mathiesen, 1981, 63. TT Dati emo ta pare 280,923. Mesmo assim, as prticas de ado no periodo modeeno variavam | “consideratelmente mais do que as totassugerem, Como amie ocore ierntes norms coeistam e cmpedian, de modo que podemos fla de ulus ou subulerse raddo CTouty,199,p 53-59; chines 1989). (0s tradetoces individuals nao eram obvigaos a er lives. A varadade da rita quinhentsts pode ser lustrada e paride diferentes versbes de uma passagem do fam tro de etguetsitliano Hl alto (Galaeo, ou dos {nstumes], em que o asunto € a prépria lingua. O texcoairmava que os Temiardos, por exemplo, devam flr seu prépriodileto, porque o falavam mela do gue otoscano. As tradbes ingles francesa retveam oexem- ploitaliano, 2 paso que traduor leno substisiu-o por uma eferncia ligamenta equivaleme ao alo lemao eso sax. (Um grande numero de esrtoresdistinguia as abordagens aosiferentes tips de texto = religion secuag, vero e pros asim como oppo Jxd- ‘im hala flo ao recomendar a aducio eral da Bla. mas uma wad ‘mailed auton rear Quanta mis lead ort eum texto alot rsa presso sobre o tadtor para seg de pte 0 atea ciginal ‘A sdmlajto por Cicero durant o Renascimento estimuloy alguns mania tradi textos~ inclusive a Bia ~em uma prosa mals prima 23 Cicero do gue o original hava sido. Entretaneo, a radu dis Esertaras ‘por Sébastien Caselon em periods leroaians i geraimente conden Seauindo uma estrtéia de estangeirzario algumas tadugdes do Antigo Teseamento paso ings eo holandés (a Versa Auoriada e Biblia dos Estudos, por exemple) procuraram iia s fama a sintate hebaiss, ‘eengo gnde uso oa corjuna0e",emeemo deepest as say evn wo the” [praise a, mesmo para t]} Hammond, 1982, 210. Difecengas em estos de raducdo expressaam vises diversas da igri Traduges do Novo Tesamento fram ecaas por protestant aici por no seem tras bastante: por exemple, 20 tai stp como "spo" {mes de "supervisor, oils por "igre em vez de “congregacéo". No «aso do Ansigo Testament, Szymon Buday cushou 2 pala of," Aan”, para subsist a aducSo tadconal,haplan, eapelie,“porgue”, ome ele disse. “cera gente simples e inelta pode entender que homens Santos como Samuel eZacras ..) eam igus ossos padres romanos de ora todavia os dois tpos sto to lerentes come o dia fee da noite" (Giada em Borowski, 1998, 28) ‘Situande Calvino no meso avel das Escrturas, 0 uadtr inglés Tho mas Nott afisiow que ia segue ae palavss to de peto uate 0 far ‘sca da ingua ingles me permitse”(tado em Kelly, 1979, 208), Como ‘Hermans obreros, acer dolterllamo muiasvezes express nero. dade diate de ur dado texto autor ou ings (Hermans, 1992 108), ‘Mesmo assim, alguns adutores da ibis, de aero a Castelo, esco- Ieram a estrada faere. Luter, pr exemple eet a taduco eral se frases bias come “a abundaca do corso” “cela cde erga”. Ut ‘eformador, Matss Flic, em sua “Chave da Escricur" (Cha spare, 1961, ceseeu como uns espci de “speretifo" a adesio eta pla ‘as em devimenc de seu sentido, proémio da Versio Aatorinada crow 2 “eserupulosidnde dos purtance”, que “usavam ‘lava por ‘batismo", Frentez0 problema de tradi crstianismo fra da Europ, diferentes ‘nisionrios fzeram variadas opcSes. No Jpo, alguns tataram a palavra eas como incaduzvel,dtxando-a em lai (Elson, 1988). Nas Flips, sara as pleas espanholas Dis, spi Santee Crt, quer para vitar isc de Sarem malntendos, ver porque areitassem na superonida- de do espanhol. Tamm no México. at anixesne wevam 9 torte ine (afc, 193, p20; Pym, 2000, .148) No Brasil ojesuta ost de Anchiea, ‘que esceves bison em tpi inroduaiy nesta nga plavas portuguese ara conceitos de ques nis aparententenecarecam, sobre "gra" vitgem” epee" (Anchiew, 1984, .157, 171, 178) Apa uns poucos missions mai osados, em gral esis roca: rum palavras-chavedoe'stanismo po aparentesequvlenes da cultura de 24 pico como "ciminho cele” (ents) em japon "cbs (fn) em ‘his (Bison, 198, Higasibebe, 2001, 9.39)" Talvez ej signifcativo que ‘oo xyes venti ce lagaresem Geos misslonéios carci do ape de uma pottnciacolonizdora como Espana ov Portia, 0 que os tomas dependences da boa vonade de seus anes. ‘Amaia dos exemplos epsiaageneralizaci de qu os Fstads colonia. doves foravamos colonizados avers propria cular ares ds lentes da Poténciadominante (Rail, 1983; Chey, 1991; Nranjang 192). Mesmo assim fore dos arguments am favor des iano deve ser esquecida ‘Como outros tradutores, os misiondrios eram abigados a ze a sempre ‘ell esolha entre estrangsrizar ou domes ss situacio era oposta ‘usual ence os tadutores, js que a culara doadora nese aso era ass ‘ropa, ea cultura relent, ado “ste Teen aE Ee ES ENS [Na cscala de respet, logo em sega 208 textos eligisos vinham os lisicos gregoltinos, Ror exerpl, 2x wade rlatvament ives de ‘Arties produzias no Renascmanto por Leonardo Bri Johannes Ar {gopuloe fram eritada por ouzos humanists, como Alosode Caragens (Gispo de Burgos eradutor de Cicero). Bran! er um puista que objetva 1 termos latinos emo densa porque era hbvdos, ou, cam ele daa, “mote eeeos” encuanto Cartagena oveferia oemoeécimo de as temas cdenios 4 parieases Pym, 2000, 122-6). De manera similar, a tradugio th Enea por Wiliam Carton fo cricads por sua Bberdade plo tradutor ‘ecocts do inicio do séeulo XVI, Gavin Douglas Bueow, 197, p22). 'Ns Fang do siculo XVI, houve um famoso debate sobre as nvas t+ hes dos lssicos por Nicolas AbtancourtEssas verses lives fyentes provocaram occa Giles Ménage ase eferir sls infil, comparando ‘straduges 3s mulheres esustentando que as blas no so fii, enguanto 28 sno so bela (Moanin, 1955; Zuber, 1968; Glee, 1996), Ema e+ [nia «cual © soleil wn ane wena fone religoss coma Fico (acima, p38), d'Ablanaoureatacouoquechamava de 4 "supertgdo jaca” de seguir o texto original alsa por pal, “Eo rem sempre me ateno as palars do autor ou mesmo aseuspensartenos", ‘le delarou.“Tenko em mente o efeto que cle desjava produc” O que ‘le defendaerao que poderiamos chanar de uma caduso cultural, dando 4 velia metifors da lingun, come uma forma de yestimenta um novo vis, argumentando que “dlerentes tempos no apenas requeren diferentes pa Jaws, como também diferencs peasamentos, eembalaadores usvalmente ‘se vesiem & maa do pas 0 qual sso enviados” (Zuber, 1968). ‘Alibedade reclame pra! Ablneser fi rite por exreores com ‘Gaspard de Tend, que save a itd (Mounin, 1955; Zuber, 1968, p.165- 279; Gulthem, 1996." Ménage levantou a questo do anaronsro,conde- ‘ando "raducbes que modernizaram ulvaantemente seu texto” (tado em ‘ber, 1968, 9.185). Entretanto, memo. Ablancourt defend rete de guns termos enieos como “corte” ou “enti, a radu eseiores ntges,Jéque seus exirioseram muita diferentes dos“nessos".O motivo ora soea rangi tempera pra accrangstaao,quelevoud Asancourt 2 dotar sua traduro de Apano de um possro, foi provavelmenteofato de cleestaresrevendo para nobes que inham um nezesaeconsdorive! pos ous da erganizagio lta Zuber, 1988, p.1223, 139,175,211) [No que dis scepito a txt relishamene moderon, eine dete dugdo modeeo easctersava-se por uma lberdadesinda maior do que se escrveu até aqu,oferecendo bastante eazopo tremodelaro. Teor me" dernosnio rar eram consderados susctivels de aprimoramento par seat ‘radarotes. Assn, Jan Martin, uadutr para ofrants de esta romanes italiana Polio, vanglriave-se~ com alguma justia, &verdade~ que “de uma polxiade mais que asia ele aredusira a uma brevidade francesa” (Gene poi plas quelque ard ae brie fg, enquao Pierre Boastuau delarou a estas de Mateo Bandello miu ply (mais bem nstradas", ou “mls poids"), em sua verso francesa que ne orignal sallano ‘Advis entre a tadugto ea imitago era tragada menos itdamente do que via sero séclo XIX, embor ose situa er dfrentespontos por iferemes individu. O que o poeta qunhentist francs Jeachim du Belay chamava de “nsieagio" fo! designado como tradi cem anos depois por Dicolas d Abancourt ¢ seus contenpuanece lgleee coe fla Dept (Germans, 192: Toury, 1995, p.132) A versio espanhola da Plaza wniversle [Praca universal, de Garzon, que relata todas a ocupardes do mundo, fot leseia em sua pgina de rst com “em pate tradsidh do toscana ecm pare composta” (ree nadia dlc ¥ part conust). (© ponto crucial € que 0 quest descrevia na épeca como “tradusbes” ‘mulias vers diferla dos eignas em imporeantesseos, ose pr abre- ar textos, oss poramplios,Mudangas dsse po eram amide eas sem que se alerts ett, emborae crc rancts Jean Chaplain, au tor do romance espanol Guam de Afar, delarasse com cere orgulho que hava cord, sdcionade, movido, eoreao ester passagens do origina, lém deter alterado metifoas eases, produsindo rm vxto mais longo que o original Yay ranspose,restably eencé alist ay, spar, fle dors, chants es metaphors et es phases. pasos agent gue inna) Uranspus, estabeec ema justi, un, separ stenel 9 di- curs, mudel as metforas es eases.) eanesaumentei do que din © pocta Abraham Cowie fo inde mas fanco no prefcio a sua versto do ‘porn grog Pindro, acted oe de Pindaro, gnoricaeovcants 9 gue me prove "A contrago, a Uberdade de subtat assua formas diferentes, estos Jongos podlam ser abreviados na wadvdo,redusidos até a meade de sa extenso orignal. Ours omisséeseram uma forma de expugo, J to, por exemplo, que os humanists italanos que rar a Rep, le Plato, pars oli vier soa referencia 3 communiade de mulheres ‘Onde Pato exceveu vance, "coabitar, ox radtrespefeream ermos sais vagos come hata, “abitar, ou abers, “aderic” Hankins, 1990, P4246). Novament,s verso latina de O prin, de Maquiavel, por Si- fest Tego, “omitesentenaechave, como n0 capitulo 18, sobre como os Princpes devem mantra fe" (Anglo, 2005, p44). Passages podam ser (nitidas sem avis aosletores~ por axes religioses, moras ou poltas, Assi, a rag aap agans de Marc PO. pel ade dominican Francesco ino remove wna passagem em ouvor a Buda lén de eliinar parte da retdele cavalerescx (Lares, 1998, p76, 104, 107,113). ‘Ocxpuryocraiguamente comm em races pars. vernal Johann | ‘Bschat, mals conhecidopor suas ampliagdes, mii algunas passagens em Rabelals que dactiam regio. A tadio alert de Lazar de ormesomi- ‘su algumas observagSes antlers (Brancaforte 1983, pa). A radu Ftliana dos Ens, de Bacon, deiro de for todo wm ensio, que watava de clipioe superstico.enquante a versio francesa ~ eta apts dois tian ~suprimisalgemas referencias de Bacon a histria francesa recente (e Mas, 1975, p.160; Lawton, 1926).A tausto espanhola de A riquss ses ages removes as referencias sprovadoras de Adam Smith 2 tolerancia (ai, 1989, px. ‘Aliberéade das wadugtesrenasentsas também inci liberdade de ssescentar material, ou, como 0s retreos diam, de “ampli No era Incomam que os tradores vertesser uma plata do erlinal por dua "he orien emir pssielnenr Ferg rpresescampotas _i produiram pres dessa nature, radusndoo termo-chave prez (eais on menos "neglgénca") como mapri et nonchalae [menosprezo € Indierenca] ow Vrwhtng afer Unachsonlit (desprezo ou desatenio), De testo, Hore traduia osinptome de Montaigne como “x Sythe or pase on” [um sino ou paso, ese ce deb [2culoextravasade} como ex pula and rtior age [uae gular lcenciosa) Touy, 1995, puorig)." ‘As ampllagies podiam inraduse novas mensagens, sm de efor as existences, A tradi de Marc Poo por Pipino, por exempo, aclu con enagbes dos A trad dot Dior [Discurso soba primeira déada de Tit Livo, de Magulae, por Jacques Gahory, anncia a gin de ost 17 See Canine tare 895 ci que 08 discursos foram “revisados« uments (nut augment). ‘radugio do Eki (Manual do salad cristo], de Erase, por Alonso Ferindezseromou to netea pe sa apie do rex orga como pot suas omissdes (Russel, 1985, p52). No era ura aber, siplesmente sum exemplo exremo de uma tendéaca geal a ser encontada ma cultura ronascemista da radio ‘0 mais famoso exzmplo de ampliag € provavelmente a radugio de Rabelas por Fist, a wexehkstireang (Colagern da historia) (1979). [Nesse cao, a rvalidade entre autor e autor fic paclarment clara or exempo, asf lngas iss earasao ator orignal como 05200 e antos Jogos com que brncataojovem gigante Garginwa, so expandidas ands ‘mais ma talio,Fschart munca usava uma paves quando dua oa rés servissem a seu propio, sobrerablasando Rabel lventaado wt srotescalinguagem plisisiea toda sua, Nesse sentido, ee fo miedo no séesioseguint pelo tradutorescocts Sie Thomas Urquhart. O material cera ds vezes era derivado de outras textos que 0 "traduor”juntava em Uma espzie de colagem, pia que o tractor alemo Eglo Alerting esigara como Colin. alguns cos, ago dos logos, ds pas hits ea tansferida de unc pra out, proceso que pode ser desrito em termos musicals como "transpesico", cu segundo a prtica dos ats radutores de sf ‘nue ~ como “leclizaio”." Pras taduzidas, por exemplo, erm suas em novos locas, mais familiares para 0s novos publics. A versio hingara de Eletrepor Pzer Bomemisza stuow a pera na Hungra, enguanto uma ‘endo poionen da pega Minas (Atte moedas) de Paatyv Peay (1597), de Ciekinsi, deslocou a aio para Lwéw.Fischart ansferi of Ceniris de capitules de Rabelais da Franca pra Estrasbargo ou a Baia, ‘Abraham Faunce fo anda mais onge era ua tradugio de Tasso em que inseria uma nova perscnagem,"Pembrckana", em homenagem a sa pro- ‘etors May Sida. ‘Um procedimento sina era sequido no iso d no. fcg, Por exemple, ‘humanist espanol juan de Luana adapou um texto de Bartlomen Fazio sobre a vida feliz, ansferindo odloge de Ferrara para core de Castel ‘A talo ds Are della gr, de Maquiavel, par o espanol sanserin 0 no poss ser meddo. Neste onto, poetmosretornar&recepfo do Renas- ‘mento, da Reforma edo rnin e manera como a ado fx algo {scontecer, mukipicando o efit de certs textos importanes& usta de ‘da seu significado, 'Nocao do Renasinento,j foam mencionaas as mutas uadugses dos csisicos paras lings vermtculas. tao de rata ealanos sobre ts artes estimlow a loco do noo etl classicsat, eno a plantas como os detalhes de uma ste de ediicios quibentstas na Iglaterea, na rang em aura reise dveram suas orgens ienlfcadas em ustragies otratado de arguiteara de Sebastiano Serio sem 16, hai spared fem landés alamo, anets espanol, latin «ings, além de n original ‘mizallano. Voltando-ns ao pensamenco polio e socal constatamos que 1 Uopia, de More, ects em atm, esavadisponivel em sis tracuies impressas anes do fim do séclo X¥I (uma em aero, alia, inglés © holandés eduas em fants). [No exso da Reforma radu fol anda mas importance. Erasmo es ‘revi em aim para er ido em toda 2 Europ, ras para ating as pessoas ‘oman precisou de ajuda de reduces. Seu Exciridnmilisbritan apa- reoru em nove vemniculos no século XVI em ardem eronoégia,tchec, slemo, ngs, holds, espanol, francés, italiano, poroguse polonés (Paeghen, 1897-1907). Obras de Luteo, em expel seus caters, foram teadidos parades vernéclos entre 1517 e546. Emorcem de imports, tau ings enum sholandéodinamargus,o nets 0 eeheeoy 9 ingles, ltaliano,opolonts,oespuntol 0 suecoeo fnlandés (Side Menchi, 1977; gman, 1984; Moeller, 1987). Quanto a Calvin, dezoto wadugies desu ‘obra pro holandés havi sido publicadas até 1600, dezenoe praia lino, 32 para alemioe 1 parao ings (gman, 1990 DDrante 0 Imintmo, 3 traducio foi mais wma vex ensencal pars | usd de ida. No século XVI, LEspt dso [0 espito das es}, de ‘Montesguie,citeulou em inglés, holandés e italiano, atm de no orignal em francés 0 Syuidotaad sabre o gowro, de Locke, reulou em fenets, lero esueco; Seu Fi abe 0 extents amano, em Fane, tim © ‘lem seus Thugs on Earn (Pensarentos sobre a eco] em ho lands, ands, slemio iter, suecoeruso. Embora tenha sido publicato 1776, rg danas, de Adan Smith, ciruliaem sem, fants, inamarqus, aliano, espanol e olansés em fins do séclo XV esas radg6esinham sew prego duos tm seus pis fn, que podem dferr daqules do eeritar original um pontoexemplifcado adiaate {fe 183ss) pela receprio no exterior dos hstoiadoresfallnos Guciardint «Sarp. Mesto quando os tradotorestenstam ser neato, a lingua que ‘tlizgram nlo oer. Vefse o caso do say onthe History of Cal Soity [Ensaio sobre a hlstéria da sociedad vil, de Adam Ferguson. Em alms, ‘oconcelto-chave fl vero como hope Geli (scidade burg], Similan rd yp lene clin sender es te ativita” dotermo cri (Oz Salaberger, 1985, 142-8) Independentemente de o tradutoressegurem a estatégia da domes sicago ou da estrangrrzaco,¢ de enceaderem bem ou malo texto que ‘seo veeend pars outa lingua, 2 aividade da tral necessriamene ‘vole tanto uma dacontetusiaso como una recontertualizagio. Algo {sempee “perdo na tradagfo™. Toda, o exame detido do que ve perdeu ‘Cuma das maneias mais efecas de identfeardiferencasinerclturas or essa rao, o extedo da waduio €oudevera ser central para pritica da hiséia ctrl

You might also like