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Conceito

 Para fins de classificação epidemiológica, a infecção


hospitalar é toda infecção adquirida durante a
internação hospitalar (desde que não incubada
previamente à internação) ou então relacionada a
algum procedimento realizado no hospital (por
exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive
após a alta.

 Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido


substituído por Infecção Relacionada a Assistência
a Saúde (IRAS).
Conceito
 Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital,
mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em
ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção
ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).

 Pode ser manifestada após 72 horas da internação, quando não


se conhece o período de incubação do germe ou não houver
evidência clínica e/ou laboratorial de infecção no momento da
admissão;

 Manifestada antes de 72 horas da internação, quando


associada a procedimentos diagnósticos e/ou terapêutico
realizados depois da internação.
Fatores de riscos:
 Entre os fatores de risco para aquisição de uma infecção
hospitalar está, obviamente, a necessidade de um indivíduo ser
submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde.

 A ocorrência de uma infecção dependerá principalmente da


relação de desequilíbrio entre três fatores, os quais incluem:

 Condição clínica do paciente,


 Virulência dos micro-organismos,
 Fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos,
condições do ambiente e atuação do profissional de saúde).
Fatores de risco e tipos de bactérias
Os pacientes que se encontram nas UTIs estão mais expostos a
riscos de adquirirem infecções. Os fatores que contribuem:

 Associação com doenças de base;


 Procedimentos invasivos;
 Tempo de internação prolongado;
 Uso de antibióticos;

Isso faz com que surja os microorganismos multirresistentes. São eles:


 Pseudomonas aeruginosa
 Acinetobacter
 Staphylococcus aureus
 Enterococcus
 Staphylococcus coagulase-negativa
Fatores de riscos:
Em relação ao paciente (ou hospedeiro), várias condições estão associadas a
um maior risco de ocorrência de infecção. Entre elas estão:
 extremos de idade (recém-nascidos e idosos);
 duração da internação;
 diabetes mellitus, que compromete os processos de cicatrização tecidual;
 doenças vasculares, que comprometam a oxigenação adequada de tecidos;
 alterações da consciência, que interferem com os mecanismos fisiológicos da
deglutição;
 estados de imunossupressão, sejam inatos ou adquiridos pelo uso de
medicações (corticoide e quimioterapia);
 procedimentos invasivos (sondagem urinária, inserção de cateter venoso
central, utilização de ventilação mecânica) e cirurgias que comprometem a
integridade da pele e mucosas.
Diagnóstico de IRAS:

 Observação direta do paciente ou análise de seu prontuário.

 Resultados de exames de laboratório.

 Quando não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção


no momento da internação no hospital, convenciona-se infecção
hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se
apresentar após 72 horas da admissão no hospital.

 Também são convencionadas infecções hospitalares aquelas


manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas
a procedimentos médicos realizados durante esse período.
Diagnóstico de IRAS:
 A infecção será atribuída à unidade/serviço no qual o
paciente está internado na data do evento.

Em casos de transferência ou admissão, a infecção será


atribuída ao local de origem do paciente, se a infecção
ocorrer no dia da transferência/admissão (D1) ou no dia
seguinte (D2) à transferência/admissão. A partir do D3,
esse evento deve ser atribuído à unidade/serviço de
destino.

 As infecções de recém-nascidos são hospitalares, com


exceção das transmitidas pela placenta ou das associadas a
bolsa rota superior a 24 horas.
Período de janela da infecção
 Período de sete dias durante os quais são identificados todos os
elementos (sinais, sintomas, resultados de exames de imagens ou
laboratoriais) necessários para atender ao critério diagnóstico
epidemiológico de uma IRAS específica, definido pela Anvisa.

 A definição do período de janela é necessária para a definição da


data da infecção.

 Para a identificação do período de janela da infecção deve-se


considerar 3 (três) dias antes e 3 (três) dias depois da data da
coleta do primeiro exame laboratorial com resultado positivo
ou da realização do primeiro exame de imagem com resultado
positivo/alterado ou, na ausência de exames, a data do
primeiro sinal ou sintoma específico presente no critério
diagnóstico daquela IRAS.
3 dias antes

Período de janela da Data da realização do primeiro


exame laboratorial ou de
infecção (período imagem com resultado
composto por 7 dias) positivo/alterado .
OU
Na ausência de exames
laboratoriais ou de imagem, data
do primeiro sinal ou sintoma
específico do critério daquela
IRAS.

3 dias depois
Cuidado com a transmissão de infecção
 Objetos intermediários contaminados.

 Usar luvas e avental ao entrar no quarto.

 Descarte de luvas e avental ao sair do quarto.

 Lavar mãos antes e depois de qualquer procedimento.

 Limitar transporte e movimentação do paciente.

 Limitar compartilhamento de equipamentos.


Cuidado com a transmissão de infecção
 Medidas de isolamento adequado;

 Separar casos confirmados de casos não-confirmados,


se testes diagnósticos disponíveis.
 Evitar que o funcionário que está cuidando de um
paciente multirresitente, cuide de um
imunodeprimido;
 Vigilância ativa de profissionais de saúde.

 Restringir movimentação de profissionais entre


enfermarias.
Quando lavar as mãos????
Pneumonia relacionada à assistência à saúde

 Segunda infecção mais frequente com 20-75% de


mortalidade e letalidade de 50-70%.

 A maioria das causas de pneumonias são relacionadas à


ventilação mecânica.

 A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) é


aquela que se desenvolve após 48 horas de IOT e VM,
onde o paciente não encontrava-se incubado no
momento . Esta infecção é consequência da falta de
equilíbrio entre os mecanismos de defesa do indivíduo e
o agente microbiano .
Pneumonia relacionada à assistência à saúde

 As taxas de pneumonia associadas à ventilação mecânica - PAV


podem variar de acordo com a população de pacientes e os
métodos diagnósticos disponíveis.

 Mas vários estudos demonstram que a incidência desta infecção


aumenta com a duração da VM e apontam taxas de ataque de
aproximadamente 3% por dia durante os primeiros cinco dias de
ventilação e depois 2% para cada dia subsequente.

 A notificação de pneumonia associada a VM ocorridas nas UTIs


brasileiras, tornou-se obrigatória a partir deste ano de 2017, o que
possibilitará a publicação dos dados epidemiológicos nacionais
sobre esse agravo a partir de 2018.
Pneumonia relacionada à assistência à saúde
 A pneumonia relacionada à assistência à saúde é geralmente de
origem aspirativa, sendo a principal fonte, as secreções das vias
áreas superiores, seguida pela inoculação exógena de material
contaminado ou pelo refluxo do trato gastrintestinal.

 Estas aspirações são, mais comumente, microaspirações


silenciosas, raramente há macroaspirações, que quando
acontecem trazem um quadro de insuficiência respiratória grave
e rapidamente progressiva.

 Raramente, a pneumonia é ocasionada pela disseminação


hematogênica a partir de um foco infeccioso à distância.
Fatores de risco para pneumonia relacionada à
assistência à saúde

 1.Fatores que aumentam a colonização da orofaringe e


estômago por micro-organismos (administração de agentes
antimicrobianos, admissão em UTI ou presença de doença
pulmonar crônica de base);

 2. Condições que favorecem aspiração do trato respiratório


ou refluxo do trato gastrintestinal (intubação endotraqueal
ou intubações subsequentes; utilização de sonda
nasogástrica; posição supina; coma; procedimentos
cirúrgicos envolvendo cabeça, pescoço, tórax e abdome
superior; imobilização devido a trauma ou outra doença);
Fatores de risco para pneumonia relacionada à
assistência à saúde
 3. Condições que requerem uso prolongado de ventilação
mecânica com exposição potencial a dispositivos respiratórios e
contato com mãos contaminadas ou colonizadas, principalmente
de profissionais da área da saúde;

 4. Fatores do hospedeiro como extremos de idade, desnutrição,


condições de base graves, incluindo imunossupressão.

Estas categorias, especialmente as três primeiras, incluem os


fatores de risco considerados modificáveis, que constituem o alvo
das medidas preventivas.
Riscos Modificáveis
 Duração da Ventilação Mecânica menor que 24 horas.(cirurgias)
 Duração da Ventilação Mecânica menor que 8 dias ou protocolo
hospitalar.
 Traqueostomia.
 Pressão intracuff entre 18 a 22 mmHg. (pressão do cuff do tubo oro
traqueal).
 Mudança do circuito quando houver sujidade ou protocolo.
 Sonda oro-gástrica ou oro-enteral. ( Sonda naso-gástrica, pode
acumular secreção e consequente, descer para os pulmões.
 Dieta Enteral.
 Aspiração de conteúdo gástrico.
 Uso de antiácido, ranitidina, omeprazol, etc.
 Uso prévio de antimicrobianos.
 Transporte para fora da UTI.
 Decúbito dorsal. (o paciente deve ficar com a cabeceira elevada, para
evitar broncoaspiração).
Riscos Não Modificáveis
 Idade maior que 60 anos.
 Doença Pulmonar Crônica.
 Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto.
 Coma / alteração do estado de consciência.
 Cirurgias torácica ou abdominal.
 Politrauma.
 Falência Orgânica.
 Neurocirurgia.
 Doença Neuromuscular.
Medidas Preventivas- Pneumonia relacionada à
assistência à saúde
 Treinamento técnico para profissionais de saúde.
 Vigilância em pacientes de UTIs (menor risco).
 Higienização das mãos antes e após o contato com o paciente.
 Elevar a cabeceira 30 – 45º (Caso não haja contra indicação).
 Higiene oral: paciente consciente (uso de escova de dente, pasta
dental e líquido antisséptico bucal 3 vezes ao dia), paciente
inconsciente (uso de líquido antisséptico oral ou escova com
aspiração 3 vezes ao dia).
 Verificar rotineiramente a posição da sonda enteral com a
finalidade de eventuais broncoaspirações.
 Preferir dieta oral ,sem sonda, sempre que possível. Evitar o
jejum.
 Estimular a deambulação precoce, no pós-operatório com
exercícios específicos.
 Cuidados com inaladores e nebulizadores.
Equipamentos de terapia respiratória
 Os nebulizadores e umidificadores devem ser preenchidos
imediatamente antes do uso com água destilada estéril. O líquido não
deve ser acrescentado para preencher o reservatório.

 Periodicamente, descartar o líquido condensado no circuito, com


cuidado para não refluir para o paciente ou contaminar o ambiente.
Usar luvas e higienizar as mãos antes e após o procedimento.

 Os nebulizadores, umidificadores e seus respectivos reservatórios na


UTI devem ser trocados a cada 24 horas e substituídos por outros
desinfetados ou esterilizados.

 Os produtos de assistência respiratória classificados como críticos


devem ser submetidos a esterilização após adequada limpeza. Já os
produtos de assistência respiratória classificados como semicríticos
devem ser submetidos a limpeza e, no mínimo, desinfecção de nível
intermediário.
Medidas preventivas- intubação e traqueostomia

 Usar luvas estéreis, máscara, óculos de proteção e avental.


 Evitar a contaminação da cânula antes da introdução na
orofaringe.
 Preferência para intubação orotraqueal.
 Uso de ventilação não invasiva, se possível.
 Caso não exista contra indicação, elevar para 30-45° a cabeceira
da cama.
 Verificar rotineiramente a posição da sonda enteral.
 Antes de manipular o cuff da cânula endotraqueal para sua
remoção ou para ajustar a pressão, aspire adequadamente as
secreções.
 A sonda para aspiração orotraqueal deve-se usar descartável.
 Cuidados com o circuito do ventilador.
 Evitar extubação não programada (acidental) e reintubação.
Medidas preventivas - intubação e traqueostomia
 Adequar diariamente o nível de sedação e teste de
respiração espontânea.
 Indicação e cuidados com o sistema de aspiração.
 A traqueostomia deve ser realizada com técnica asséptica
preferencialmente em sala cirúrgica.
 A cânula de traqueostomia, deverá ser substituída por outra
esterilizada sempre que necessário, usando técnica
asséptica com luvas estéreis.
 Trocar tubo de traqueostomia utilizando técnica asséptica,
utilizando um tubo esterilizado ou que sofreu alto nível de
desinfecção.
 O curativo da traqueostomia deve ser trocado diariamente,
ou quando úmido/sujo.
Sonda de aspiração de sistema fechado
Infecção do Trato Urinário:
 A infecção do trato urinário - ITU é uma das causas prevalentes de
IRAS de grande potencial preventivo, visto que a maioria está
relacionada à cateterismo vesical.

 A grande maioria das ITU são causadas por bactérias, mas podem ser
provocadas por vírus, fungos e outros M.O. As ITU podem ocorrer pela
invasão de alguma bactéria da flora bacteriana intestinal no trato
urinário.

 As ITUs são responsáveis por 35-45% das IRAS em pacientes adultos.

 Aproximadamente 16-25% dos pacientes de um hospital serão


submetidos a cateterismo vesical, de alívio ou de demora, em algum
momento de sua hospitalização, muitas vezes sob indicação clínica
equivocada ou inexistente e até mesmo sem conhecimento médico.
Infecção do Trato Urinário:
 A problemática continua quando muitos pacientes permanecem
com o dispositivo além do necessário, apesar das complicações
infecciosas (locais e sistêmicas) e não infecciosas (desconforto
para o paciente, restrição da mobilidade, traumas uretrais por
tração), inclusive custos hospitalares e prejuízos ao sistema de
saúde público e privado.

 O diagnóstico clínico precoce, associado aos exames


complementares (qualitativo e quantitativo de urina e
urocultura), fornece evidência para uma adequada terapêutica.

 A terapêutica deverá ser conduzida empiricamente,


fundamentada nas taxas de prevalência das infecções urinárias
locais e nos protocolos elaborados em conjunto com a equipe
assistencial, CCIH, Comissão de Farmácia e Terapêutica – CFT e
Laboratório de Microbiologia, e ajustada aos resultados de
culturas.
Recomendações para prevenção de ITU

 Criar e implantar protocolos escritos de uso, inserção e manutenção do


cateter;
 Assegurar que a inserção do cateter urinário seja realizada apenas por
profissionais capacitados e treinados;
 Assegurar a disponibilidade de materiais para inserção com técnica
asséptica;
 Implantar sistema de documentação em prontuário das seguintes
informações: indicações do cateter, responsável pela inserção, data e
hora da inserção e retirada do cateter;
 Registrar nas anotações de enfermagem ou prescrição médica (o
registro deve ser no prontuário do paciente, e em arquivo padronizado
para coleta de dados e implantação de melhorias);
 Assegurar equipe treinada e recursos que garantam a vigilância do uso
do cateter e de suas complicações.
Recomendações para prevenção de ITU
 Após a inserção, fixar o cateter de modo seguro e que não
permita tração ou movimentação;
 Manter o sistema de drenagem fechado e estéril;
 Não desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a
irrigação for necessária;
 Trocar todo o sistema quando ocorrer desconexão, quebra
da técnica asséptica ou vazamento;
 Para exame de urina, coletar pequena amostra através de
aspiração de urina com agulha estéril após desinfecção do
dispositivo de coleta;
 Levar a amostra imediatamente ao laboratório para cultura.
 Manter o fluxo de urina desobstruído;
Recomendações para prevenção de ITU

 Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor


individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente
coletor;
 Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga;
 Não há recomendação para uso de antissépticos tópicos ou antibióticos
aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral;
 Realizar a higiene rotineira do meato e sempre que necessário;
 Não é necessário fechar previamente o cateter antes da sua remoção.
 Treinar a equipe de saúde envolvida na inserção, cuidados e
manutenção do cateter urinário com relação à prevenção de ITU
associada a cateter, incluindo alternativas ao uso do cateter e
procedimentos de inserção, manejo e remoção.
Infecções da corrente sanguínea (ICS)
 As infecções da corrente sanguínea (ICS) relacionadas a
cateteres centrais (ICSRC) estão associadas a importantes
desfechos desfavoráveis em saúde.

 Em nosso país, o estudo Brazilian SCOPE (Surveillance and


Control of Pathogens of Epidemiological Importance)
encontrou 40% de taxa de mortalidade entre pacientes com
ICS; enquanto (EUA), a mortalidade 10% a 25%.

 ICS se associa ao prolongado tempo de internação


hospitalar, prejudicando ainda mais nosso cenário nacional
de falta de leitos e a perda de recursos também é
considerável.
As infecções da corrente sanguínea (ICS)
 O material utilizado na fabricação dos cateteres e seus
componentes influenciam diretamente na ocorrência de
complicações. Dada a especificidade de cada material, as técnicas
utilizadas para a inserção devem seguir as recomendações
técnicas do fabricante.

 A reinserção da agulha enquanto a cânula estiver no vaso é


contraindicada devido a riscos de corte da cânula e de embolia.

 Os cateteres deverão ser radiopacos.

 Cateteres utilizados para a punção venosa são considerados


produtos para a saúde de reprocessamento proibido, por esta
razão, em casos de insucesso no procedimento, os mesmos não
podem ser usados para uma nova tentativa de punção.
Recomendações para uso de CVC (Cateter Venoso Central) -
Indicações

1. Pacientes sem reais condições de acesso venoso periférico.

2. Necessidade de monitorização hemodinâmica (medida de pressão venosa


central).

3. Administração rápida de drogas, expansores de volume e hemoderivados em


pacientes com instabilidade hemodinâmica instalada ou previsível.

4. Acesso imediato para terapia dialítica.

5. Administração de soluções/medicamentos que não podem ser administrados


por via periférica.

6. Administração concomitante de drogas incompatíveis entre si (por meio de


cateteres de múltiplos lumens).
Medidas de prevenção
 Higienização das mãos
 Seleção do cateter e sítio de inserção.
 Preparo da pele:
1. Um novo cateter deve ser utilizado a cada tentativa de punção
no mesmo paciente.
2. Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-
la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico.
3. Antissepsia da pele com clorexidina: - Preparar a pele com
clorexidina degermante 2% e remover; - Friccionar a solução
alcoólica por, pelo menos, 30 segundos, deixar secar
completamente antes de puncionar (+/- 2 min).
Medidas de prevenção
• Barreira máxima de proteção: - Paramentação completa
(avental estéril, gorro, máscara simples, luvas estéreis, campos
estéreis grandes); - Quem estiver auxiliando o procedimento
deve utilizar máscara simples.

 O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser


tocado após a aplicação do antisséptico. Em situações onde se
previr necessidade de palpação do sítio calçar luvas estéreis.

 Reavaliação diária de necessidade de manutenção do


cateter, com pronta remoção daqueles desnecessários: - O risco
aumenta com o tempo de permanência; - Troca de cateter de
rotina não se justifica para dispositivos bem funcionantes e sem
evidência de complicações locais ou sistêmicas.
Cobertura, fixação e estabilização CVC

 1. Considere o uso de dispositivos de estabilização sem


sutura para redução do risco de infecção.

 2. Usar gaze e fita adesiva estéril ou cobertura transparente


semipermeável estéril para cobrir o sítio de inserção. Em
caso de sangramento ou diaforese excessivos, preferir gaze e
fita adesiva estéril a coberturas transparentes.

 3. Realizar a troca da cobertura.

 4. As coberturas, cateteres e conexões devem ser protegidos


com plástico ou outro material impermeável durante o
banho.
Medidas de prevenção- coberturas
• Curativo com técnica asséptica. Proceder a limpeza da inserção
do cateter com clorexidina alcoólica 0,5% em toda troca de
curativo.
 Curativo Adequado: Utilizar adesivo transparente de poliuretano
semi-permeável se a inserção do cateter estiver limpa e seca, com
troca a cada 7 dias. Na presença de sangue ou exsudato utilizar
gaze estéril e fita adesiva e realizar troca diária.
 Higienização das Mãos .
Manutenção do CVC
 Garantir número adequado da equipe assistencial, de acordo com o
número e gravidade dos pacientes, e evitar a rotatividade da equipe
assistencial.

 Realizar desinfecção das conexões conectores valvulados e ports de


adição de medicamentos com solução antisséptica a base de álcool ,
com movimentos aplicados de forma a gerar fricção mecânica, de 5
a 15 segundos.

 Avaliar no mínimo uma vez ao dia o sitio de inserção dos cateteres


centrais, por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto.

 Remover cateteres desnecessários.

 Não realizar troca pré-programada dos cateteres centrais, ou seja,


não substitui-los exclusivamente em virtude de tempo de sua
permanência.
Medidas de prevenção
Troca do equipamento e dispositivos complementares (extensor,
perfusor, entre outros)
 A troca dos equipos e dispositivos complementares é baseada em
alguns fatores, como tipo de solução utilizada, frequência da
infusão (contínuo ou intermitente), suspeita de contaminação ou
quando a integridade do produto ou do sistema estiver
comprometida.

 Os equipos e dispositivos complementares devem ser trocados


sempre nas trocas dos cateteres venosos (periférico ou centrais).

 Minimizar o uso de equipos e extensões com vias adicionais. Cada


via é uma potencial fonte de contaminação.

 Equipos de infusão contínua não devem ser trocados em


intervalos inferiores a 96 horas.

 Trocar equipos de administração intermitente a cada 24 horas.


Medidas de prevenção
Troca do equipamento e dispositivos complementares (extensor,
perfusor, entre outros)
 Evitar a desconexão do equipo do hub do cateter ou conector.
• Desconexões repetidas com consequente reconexão do sistema
aumenta o risco de contaminação, com consequente risco para a
ocorrência de ICS.
• Proteja a ponta do equipo de forma asséptica com uma capa
protetora estéril, de uso único, caso haja necessidade de desconexão.

 Trocar o equipo e dispositivo complementar de administração de


hemocomponente a cada bolsa.

 Trocar equipos de sistema fechado de monitorização


hemodinâmica e pressão arterial invasiva a cada 96 horas.

 Trocar o equipo e dispositivo complementar de nutrição parenteral


a cada bolsa.
Conectores
As principais medidas de prevenção e controle
das IRAS
 Recursos humanos: treinamento e capacitação dos
profissionais de saúde para: lavagem das mãos; uso de
equipamento de proteção individual (EPI); procedimento
cirúrgico asséptico; uso adequado de antibioticoterapia e
desenvolver técnicas de procedimentos de enfermagem e
médico baseados em evidências científicas.
 Recursos de materiais de qualidade com registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
 Serviços de apoio de qualidade como: higiene
hospitalar, lavanderia, central de material estéril, controle
da qualidade da água, manutenção de ar condicionado,
controle de pragas e laboratório de microbiologia.
A prevenção das infecções deve constituir o objetivo de todos
os profissionais de saúde.
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)

 A Lei Federal n° 6.431, de 06 de janeiro de 1997, instituiu


a obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle
de Infecções Hospitalares (PCIH), sendo esse um conjunto
de ações a serem desenvolvidas com o objetivo de reduzir
ao máximo a incidência e a gravidade das infecções.

 Em 12 de maio de 1998, o Ministério da Saúde publicou a


Portaria n° 2.616, regulamentando a criação das CCIH.
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH)

 Os principais objetivos de um Programa de Controle de


Infecção Hospitalar (PCIH) seriam proteger o paciente e o
profissional de saúde de maneira custo-efetivo, através de um
conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente,
com vistas à redução máxima possível da incidência e da
gravidade das infecções hospitalares.

 Os hospitais são obrigados a manter o Programa de Controle


de Infecções Hospitalares (PCIH), que deve ser gerenciado e
executado pela SCIH, órgão de assessoria à autoridade máxima
da instituição e de execução das ações de controle de infecção
hospitalar. Este programa, constantemente cobrado pelo serviço
de vigilância deste município, é composto por itens
imprescindíveis e obrigatórios de organização e funcionamento.
Quais são esses Itens ?
1) Divulgar internamente informações e dados referentes ao controle de
infecção hospitalar;
2) Treinamento de profissionais;
3) Programa de Controle de Infecções Hospitalares;
4) Vigilância das Infecções hospitalares;
5) Controle de antimicrobianos;
6) Orientação na prescrição de antimicrobianos;
7) Vigilância de controle de Infecção Hospitalar em áreas críticas (UTI
e outras áreas que realizam procedimentos invasivos);
8) Estabelecer os critérios formais de diagnóstico das Infecções
Hospitalares.
9) Estratégias de controle de consumo de germicida e sabão;
10) Notificar o sistema estadual de vigilância de Infecção Hospitalar.

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