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de Trânsito
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 5
Introdução.................................................................................................................................... 8
Unidade I
CONCEITOS GERAIS............................................................................................................................... 9
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Unidade iI
Capítulo 1
Capítulo 2
Referências................................................................................................................................... 89
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
O trânsito no Brasil tem sido responsável por uma quantidade gigantesca de acidentes,
fatais ou não. Mesmo considerando os que não são fatais, temos uma incidência de
óbitos que se compara a situações de guerra.
Essas atividades têm sido difundidas no Brasil por meio de legislação e estudos
acadêmicos que objetivam ampliar o conhecimento dos problemas e apresentar
soluções.
Portanto, este material tratará de dois pontos chaves relacionados aos problemas
mencionados que são a avaliação e a perícia psicológica voltadas para o trânsito.
Objetivos
»» Mostrar os conceitos e as metodologias de peritagem no trânsito.
8
CONCEITOS GERAIS Unidade I
Capítulo 1
Conceitos e metodologia em
peritagem
Figura 1.
Foi no ano de 1941 que o legislador brasileiro começou a orientar e planejar o que viria
a ser a profissão de Psicólogo Especialista em Trânsito. Tal normatização se deu no
Código Nacional de Trânsito oriundo do Decreto-Lei no 2.994/1941.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Para ele, entender o processo que envolve o estudo psicológico de condutores incluem
no rol das ações do psicólogo, dentre outras, o seguinte:
»» habilidades específicas.
Ainda na busca das melhores práticas para realizar as avaliações psicológicas que
fossem efetivas, o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN lançou a Resolução no
267/2008 que revogou a Resolução no 80/1998. Desta forma, os testes psicológicos
passaram a trabalhar as seguintes questões:
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
»» Tomada de informações.
»» Processamento de informação.
»» Tomada de decisão.
»» Comportamento.
»» Autoavaliação do comportamento.
»» Traços de personalidade.
Note que o leque de atividades foi sensivelmente ampliado com a especificação dessas
ações. A Resolução CONTRAN no 7/2009 apresenta a preocupação em ampliar a
eficiência das avaliações e perícias psicológicas por meio de entrevistas, observações e
técnicas que se enquadrem nessa nova visão.
Por esta ótica, temos em mãos um procedimento que objetiva realizar avaliações, fazendo
uso de ferramentas que sejam devidamente testadas e validadas, para destrinchar as
variáveis existentes na estrutura psicológica do condutor.
Ocorre que todas as atividades são realizadas e, ainda assim, o índice de condutores que
se envolvem em algum tipo de acidente é muito grande. Você já tinha refletido sobre
isso?
E afinal quais são as avaliações feitas? O quê elas realmente buscam saber? Muito bem,
são testes que visam:
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Figura 2.
Fonte: <pt.testsworld.net>.
Indo um pouco mais além, um termo que era utilizado frequentemente para conceituar
a avaliação e perícia psicológica de trânsito era “psicotécnico”. A questão é que as
demandas do trânsito não permitiram que o foco dos testes deixasse de considerar a
personalidade dos condutores, coisa que o psicotécnico não fazia. Por isso, o temo já
não é mais utilizado quando se trata de avaliação de condutores.
I – anamnese:
b) interrogatório complementar;
[...]
[...]
12
CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Assim, fica mais claro que a questão já tem um avanço significativo ao que se iniciou
quando da implantação da avaliação e perícia psicológica de trânsito, mas ainda precisa
avançar!
I - tomada de informação;
II - processamento de informação;
IV - comportamento;
V – auto-avaliação do comportamento; e
VI - traços de personalidade.
Essa Resolução do CONTRAN, em seu anexo XIII, entende que a tomada de informação
deve ser composta do que segue:
1. Tomada de informação
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
2. Processamento de informação
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
3. Tomada de decisão
4. Comportamento
Veja que do ponto de vista regulamentar, tudo gira em torno de situações que são
consideradas adequadas. Justamente por isso, alguns estudiosos da área de psicologia
do trânsito entendem que testes psicológicos permitem que o analista verifique o padrão
comportamental do analisado e defina se é ou não adequado.
A questão é que a complexidade humana não permite que sejam apresentados dados
absolutos no sentido de que um perfil propício a efeitos negativos interferirá no
comportamento do indíviduo no trânsito.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Figura 3. Autoavaliação.
5. Traços de Personalidade
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Note que, de maneira geral, a resolução traz elementos fortemente subjetivos. Talvez
por isso há a imensidade de indicadores trabalhados por diferentes pesquisadores,
sempre na busca de resultados mais próximos possível da verdade.
Método TACOM
Consultando as pesquisas desenvolvidas na área de psicologia do trânsito, é comum
encontrarmos menções ao método TACOM ou Teste de Atenção Concentrada.
Trata-se de um teste que busca conhecer deficits de atenção em pessoas quando
estão em situações que demandam grandes níveis de concentração.
Os DETRAN’s utilizam muito esse método por sua facilidade em ser aplicado individual
ou coletivamente. No caso de utilização coletiva, é necessária a presença de um psicólogo
para facilitar a atividade. A seguir, temos um exemplo que considera a quantidade de
acertos, de erros e de omissões. O cálculo é simples: o resultado é igual a quanitade de
acertos menos a soma de erros e omissões.
Figura 4.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Veja que o teste basicamente consiste em marcar os itens destacados no topo da folha na
sequência que aparecem desprezando aqueles que não estão naquela ordem. A seguir,
um exemplo de TACOM utilizado nos DETRAN’s brasileiros.
Figura 5.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Método TADIM
Trata-se do método que apura a atenção difusa do indivíduo. O objetivo é verificar a
capacidade de a pessoa absorver informações diversas e transformá-las em conhecimento
prático.
No exemplo a seguir, o candidato deve marcar uma sequência numérica dentro das
placas, circulando o último no momento em que o tempo de 4 minutos se encerra.
Geralmente, a dificuldade e forma de cálculo do resultado varia conforme a escolaridade
da pessoa. Isso demonstra que a questão cognitiva é fortemente considerada.
Figura 6.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Método palográfico
Esse método funciona assim: o candidato tem 2 minutos e meio para treinar e depois
terá 5 minutos para desenvolver a tarefa. Uma vez concluída, os analistas irão avaliar
o resultado para traçar o perfil de personalidade daquele candidato. Veja abaixo um
modelo desse teste.
Figura 7.
É esse o produto que será apreciado pelo psicólogo do trânsito para, então, emitir
um laudo do que seria a personalidade daquele indivíduo. Nota-se alto grau de
subjetividade na atividade, mas é muito utilizado pelos DETRAN’s pelos resultados
que pode extrair.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Figura 8.
O método de entrevistar tem o objetivo de conhecer mais a fundo o foco de uma pesquisa.
No caso da psicologia do trânsito, pela forma como a regulamentação trata a questão,
fica claro que se deseja conhecer mais os candidatos e dizer a eles porque estão sendo
avaliados.
Veja que, de posse desse tipo de informação, é muito mais fácil conseguir traçar um
perfil psicológico de um candidato à CNH.
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Capítulo 2
Leis e resoluções do Conselho Federal
de Psicologia – laudo, parecer, relatório
e atestado psicológico
Laudo ou relatório
O laudo, ou relatório, é um documento que será emitido por um profissional, baseado na
capacidade técnica deste em função do bem-estar de seu paciente. Destarte, o fato de a
concepção do termo “bem-estar” levar em consideração a formação ética do profissional
de psicologia, ele será pautado por direcionamentos do código de ética da profissão.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Figura 9.
23
UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Parecer
Para o CFP, o parecer é uma fundamentação sintética que indica ou conclui a respeito
de uma situação de pesquisa psicológica, com o objetivo de esclarecer o conteúdo de
uma consulta. O produto final estará vinculado ao que conclui o parecerista.
Figura 10.
Por meio de base científica, o responsável pelo parecer analisa o que lhe é apresentado,
dá destaque aos pontos principais e emite seu entendimento. Itens que abordem
questões individuais não devem ser negligenciados, contudo, sua abordagem deve ser
resumida.
O CFP indica ao responsável pelo parecer o termo “sem elementos de convicção” para
ser usado em caso de insuficiência de informações que permitam formar sua posição.
No caso de dados apresentados de maneira inconsistente, a indicação é que se use o
termo “prejudicado” ou “aguarda evolução”.
De uma maneira geral, o parecer será um documento que irá apoiar o esclarecimento
de dúvidas por parte de quem o requer. Trata-se do momento em que um especialista
irá unir o seu conhecimento prático com o conhecimento teórico e apresentar suas
conclusões.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Mesmo de posse de tamanho know how, o profissional não poderá emitir seus
documentos ignorando as regras e teorias praticadas pela Psicologia. Isso pode explicar
porque um tribunal faz uso de pareceres para ajudar na decisão a respeito da culpa ou
inocência de alguém. São informações que poderão pautar o já amplo conhecimento de
um magistrado.
Atestado psicológico
Aqui temos um documento que certifica uma patologia identificada em função dos
resultados de uma avaliação psicológica. No nosso caso, irá avaliar a aptidão de um
candidato a se tornar um condutor de veículos.
Figura 11.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Trata-se de um documento que só pode ser emitido uma vez concluída a avaliação
psicológica. O documento identificará a pessoa, objeto da certificação, e informará
a situação que pode resultar em sua aceitação ou não para desenvolver determinada
atividade (isso considerando a psicologia voltada ao trânsito).
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
I. Princípios norteadores;
III. Conceito/finalidade/estrutura;
1. Declaração.
2. Atestado psicológico.
3. Relatório/laudo psicológico.
4. Parecer psicológico.
Importante mencionar que a declaração não faz parte do nosso conteúdo principal, mas
não vemos problema em apresentar seus termos conforme o manual.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Figura 12.
Por ser um documento que pode ser utilizado em conjunto com outros que, por exemplo,
justifiquem ausência no trabalho, deve ser emitida em papel timbrado ou com os dados
da clínica, bem como o carimbo do profissional de psicologia.
Trata-se de um documento objetivo que traz em seu corpo tão somente o que o solicitante
requereu. Ainda assim, sua estrutura deve obedecer a alguns critérios previstos pelo
CFP como, timbre, nome do psicólogo, número do registro e carimbo.
»» Finalidade do documento.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Com o objetivo de evitar rasuras por tentativa de adulteração, é requerido que o texto
seja sequencial, separado por pontos e sem a utilização de parágrafos. Nesse último
caso, se for essencial o uso de parágrafos, os espaços em branco deverão ser preenchidos
com traços.
Deve ser emitido considerando fatores técnicos que possibilitem um maior poder de
obtenção de dados científicos. Para tal, sugere-se a ocorrência de entrevistas, testes,
exames etc.
Isso porque o documento trará em seu corpo tudo o que foi feito durante uma avaliação
psicológica. Serão retratadas as intervenções, prognósticos, diagnósticos, evolução,
orientações e qualquer outro elemento que seja trabalhado pelo psicólogo junto à
pessoa avaliada.
Isso tudo é muito importante porque, eventualmente, o produto final poderá sugerir
que a pessoa tenha que ter acompanhamento especializado.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Em função disso, é necessário que o profissional que o esteja emitindo faça uso de suas
experiênciencias pessoais, métodos conhecidos, complexidade da questão e uní-las ao
conhecimento acadêmico disponível sobre os assuntos para formar sua posição.
1. identificação;
2. exposição de motivos;
3. análise;
4. conclusão.
4.2.1. Identificação
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
4.2.3. Análise
4.2.4. Conclusão
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Capítulo 3
Normas e procedimentos da avaliação
psicológica aplicadas à psicologia de
trânsito
Figura 13.
Fonte: <www.trinusconsultoria.com.br>.
Até aqui nós já vimos diversas questões relacionadas à avaliação psicológica voltada ao
trânsito que tem percurso legal ou infralegal. Neste capítulo, daremos ênfase às normas
e aos procedimentos que estão previstos na Resolução no 7, de 29 de julho de 2009, do
Conselho Federal de Psicologia.
Porém, antes de adentramos naquela Resolução, vamos fazer um tour pela compreensão
acadêmica e pelo que nos apresenta o Código Brasileiro de Trânsito, instituído na Lei
no 9.503, de 23 de setembro de 1997.
[...]
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
[...]
[...]
Figura 14.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Para Rozestraten (1988), o sistema de normas é composto por uma tríade: homem,
rodovia e veículo. No entender do autor, é o homem o elo mais frágil do sistema por que
este pode causar distúrbios diretos.
Por uma questão cultural, o individualismo das pessoas na busca de solução para seus
problemas acaba causando problemas quando o objetivo é tentar tornar eficiente uma
norma que deve ter o mesmo efeito para todos.
Todos os dias os condutores são expostos a uma série de fatores que podem ser
considerados amplificadores de atitudes negativas no trânsito: são horas de
congestionamento, direção perigosa por parte de outro condutor, acidentes mortais,
intolerância, enfim, uma série de elementos que certamente transformam negativamente
a experiência de dirigir. Esses são alguns dos motivos que demandam as normas.
Feitas essas considerações iniciais, sabemos que o trânsito é uma interação social
realizada por uma infinidade de pessoas e, por isso, necessita de normas para funcionar
bem.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
V. Mensuração e avaliação.
Vamos agora adentrar nas ponderações das normas e dos procedimentos que fazem
parte da referida resolução.
Figura 15.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Habilidades mínimas
Em seguida, temos a discussão sobre habilidades mínimas para obtenção de uma CNH.
O documento lembra que temos condutores que sobrevivem de dirigir e outros que
apenas se locomovem. Dessa forma, essa questão não pode ser negligenciada.
Nesse momento, o que já estudamos até aqui será de suma importância já que estamos
tratando de atributos que devem estar inerentes ao eventual condutor.
Figura 16.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Instrumentos de avaliação
Figura 17.
A entrevista tem por objetivo levantar informações ao avaliador sobre a pessoa que
está sendo avaliada. Por meio de uma conversa dirigida, o profissional poderá conhecer
mais sobre conduta, valores, opiniões etc.
Por ser uma ferramenta que possibilita a descoberta de questões que podem impactar
em toda a avaliação psicológica, a entrevista tem um escopo inicial ao procedimento.
Eventualmente, a pessoa que está sob análise poderá ser testada enquanto é entrevistada.
1. Identificação pessoal.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
4. Histórico familiar.
5. Indicadores de saúde/doença.
O CFP entende que testes psicológicos somente terão validade se forem baseados em
fatos científicos e realizados com instrumentos devidamente atestados. O profissional
de psicologia irá validar esse teste para uso.
Segundo o CFP, testes somente devem ser aplicados por profissionais que dominem
a teoria e a prática da área em estudo. Isso porque eventuais adulterações poderão
simplesmente tornar o trabalho inócuo e sem validade. Para tal, o Conselho faz três
recomendações:
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Figura 18.
Fonte: <ambienteparateste.com.br>.
O Conselho entende, ainda, que o ambiente de aplicação deve possuir seis características
básicas, quais sejam:
c. O ambiente deve estar bem iluminado por luz natural ou artificial fria,
evitando-se sombras ou ofuscamento.
Por fim, são oito as recomendações para que, com o ambiente e as ferramentas corretas
e com profissional qualificado, o teste tenha seus objetivos plenamente atingidos:
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
»» Não usar testes que tenham elementos que possam comprometer sua
validade (rasura, amasso etc.).
Mensuração e avaliação
Sempre com atenção à academia, que irá prover as descobertas científicas, o profissional
que realizará a correção e avaliação de um teste deverá ater-se exclusivamente ao
manual.
Figura 19.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Para que os resultados não sofram variações que venham a invalidá-los, o profissional
que irá realizar sua medição e interpretação deverá seguir fielmente o que o manual do
teste recomenda.
O conteúdo do Anexo II foi alterado pela Resolução no 9/2011 que ampliou bastante
a abordagem. O novo texto afirma que conclusões de testes devem se pautar em
argumentos científicos e precisam ter suas considerações validadas.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Figura 20.
O psicólogo responsável por emitir laudos e resultados deverá estar ciente das novidades
apresentadas pela academia científica para melhor emitir suas opiniões e conclusões.
O documento lembra que, caso o avaliado tenha algum tipo de distúrbio, a validade de
sua avaliação pode ser menor que a regularmente prevista.
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Capítulo 4
Concepções da avaliação psicológica.
Processo de avaliação psicológica:
métodos descritivos e compreensivos;
a entrevista diagnóstica; tipos de
entrevistas: inicial, para aplicação dos
testes e devolutiva em psicologia de
trânsito
Concepções
Esse capítulo tem o escopo de percorrer um pouco da produção ou concepções da
avaliação psicológica. Desta forma, procuraremos discorrer objetivamente sobre
o assunto de maneira que tenhamos segurança para discutir a respeito em caso de
necessidade.
Figura 21.
Fonte: <saberesrizomaticos.blogspot.com>.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Existe a busca por realizar o ensino da psicologia com a preocupação de que as pessoas
aprendam a teoria e a prática de maneira uniforme e trabalhem da maneira mais ética
possível (NORONHA; REPPOLD, 2010).
Por outro lado, nem todos os profissionais de psicologia têm apreço pela avaliação
psicológica como instrumento de decisão a respeito do perfil de uma pessoa. Vários são
os motivos que geraram essa “desconfiança”.
Nunes, Muniz, Reppold, Faiad e Noronha (2012) entendem que uma melhor formação
de profissionais de psicologia conseguiria resolver alguns entraves do uso do processo
de avaliação psicológica já que, para aqueles autores, profissionais bem treinados no
campo acadêmico poderiam facilmente interpretar e aplicar manuais de práticas de
avaliação.
Descritivo
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Com base nessa argumentação temos que, do ponto de vista descritivo, a avaliação
psicológica será trabalhada no sentido de apresentar descobertas de características
intrínsecas ao indivíduo avaliado do ponto de vista individual, familiar e social.
Figura 22.
Compreensivo
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Figura 23.
Como já visto, o CFP regula a avaliação psicológica como um conjunto de outros seis
processos: tomada de informação, processamento de informação, tomada de decisão,
comportamento, autoavaliação de comportamento e traços de personalidade.
Além do que já comentamos neste material, você encontrará mais detalhes sobre os
processos mencionados no Anexo III da referida resolução.
Entrevista diagnóstica
Figura 24.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Vamos iniciar a discussão desse tópico abordando sua concepção infralegal. A Resolução
no 425/2012 apresenta a entrevista como sendo parte das técnicas e instrumentos
da avaliação psicológica e seu Anexo XIV traz o roteiro que deverá ser seguido pelos
profissionais que apresentamos a seguir:
Do ponto de vista acadêmico, temos que se trata de uma ferramenta utilizada por
profissionais de psicologia que buscam obter informações detalhadas sobre uma pessoa
em determinado procedimento de avaliação psicológica. Para avaliações voltadas ao
trânsito, o profissional considerará os dados e elementos relacionados àquele ambiente
e àquela realidade.
Para conseguir atingir essas finalidades, a entrevista pode ser desenvolvida de maneira
diagnóstica e/ou devolutiva, as quais veremos mais detalhadamente a seguir.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Figura 25.
Essa entrevista tem uma função interessante porque poderá balizar a decisão de
prosseguir ou não com eventual atividade de avaliação psicológica.
Isso porque o profissional poderá observar questões simples, como o perfil do avaliado
ao se deslocar para o local da entrevista, o tipo de apoio que ele deseja e como ele vai
lidar com a atividade (GILLIÉRON, 1996).
Por ser uma entrevista que visa construir uma relação, ela pode iniciar com um contato
à distância que parta do avaliador ou do avaliado.
Figura 26.
O objeto agora é, como o próprio nome diz, diagnosticar eventual situação ou perfil de
acordo com a necessidade da avaliação psicológica, sempre correlacionando os dados
obtidos com o que o referencial acadêmico apresenta sobre os elementos descobertos
e/ou em estudo. Todo o contexto deverá ser voltado a apresentar feedback ao avaliado
(CUNHA, 2000).
Esse tipo de entrevista estará sempre voltado a descobrir, apresentar e realizar avaliação
dos elementos ambientais que contextualizam a vida daquele que será entrevistado
e avaliado. Assim, a atenção estará em problemas, situações negativas, situações
positivas, angústias e qualquer situação que tenha atuação psicológica relevante para o
que se pretende diagnosticar.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Um desses tipos de entrevistas que podem ser necessárias após a de diagnóstico para
testes é a devolutiva, que veremos a seguir.
Entrevista devolutiva
Tecnicamente falando, essa entrevista objetiva dar feedback ao avaliado sobre qual é a
posição do avaliador sobre seu perfil ou seu quadro, conforme o caso.
Figura 27.
Em nome da verdade, saber como foi avaliado é um direito da pessoa que passou
pelo processo e, dessa forma, principalmente no que tange às avaliações pautadas em
atividades científicas, há preocupação por parte dos pesquisadores em realizar esse
momento (NUNES; NORONHA; AMBIEL, 2012).
Por fim, como se dará a busca por facilitar o entendimento dos resultados pelo avaliado,
o profissional que conduz a entrevista devolutiva pode necessitar utilizar recursos além
do mero diálogo.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Nesse caso, é dever do avaliador encaminhar aquela pessoa a outro atendimento clínico
especializado para continuidade das atividades.
O autor Tavares (2000) lembra que no ato da entrevista inicial o psicólogo pode entender
que aquela pessoa precisa ser encaminhada a outro especialista. Durante a triagem, que
funciona igual a uma entrevista inicial, pode ocorrer a entrevista de encaminhamento
para que o paciente tenha sequência/direcionamento em seu atendimento.
Para fechar esse capítulo, apresentamos esse tipo de entrevista que tem como base, tal
qual as demais, prestar apoio ao avaliado.
A questão aqui tem como diferencial dar apoio à pessoa para que esta tenha condições
de mudar determinado comportamento que entende inadequado. Justamente por esse
elemento distinto, é um tipo de entrevista que caminha junto com um modelo teórico.
Contudo, cabe salientar que cada profissional que avalia um cidadão terá uma forma de
trabalhar e, para cada caso, haverá apoio teórico distinto.
52
Capítulo 5
Uso de instrumentos: procedimentos/
recursos. Avaliação psicológica
contextualizada nas questões éticas,
políticas, econômicas, sociais e
administrativas
Testes psicológicos
Os testes psicológicos são regulados pelo Conselho Federal de Psicologia por intermédio
da Resolução no 2/2003. Ali está disposto que testes psicológicos são instrumentos de
avaliação e medição de características psicológicas de uso exclusivo do profissional de
psicologia.
53
UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Do ponto de vista contextual, o profissional que irá aplicar testes psicológicos deverá
considerar elementos previstos na norma, quais sejam:
Figura 28.
Para o CFP, somente podem ser considerados testes psicológicos de múltipla escolha ou
similares instrumentos que contenham as seguintes características:
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
O Conselho conta com uma Comissão composta por especialistas em testes psicológicos
que terão entre suas atribuições a de emitir pareceres a pedido do CFP e sugerir eventuais
melhorias em instrumentos.
Figura 29.
Outro ponto é que os testes que sejam encaminhados para análise do CFP deverão
obedecer a uma tramitação prevista na Resolução, qual seja:
55
UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
I – Recepção;
II – Análise;
III – Avaliação;
V – Análise de recurso; e
VI – Avaliação Final.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Uma vez aprovado pela Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do CFP, o teste
estará apto a ser utilizado.
A Resolução prega que o CFP considerará as concepções científicas para aprovar testes
encaminhados à sua apreciação.
O CFP demanda que a validação empírica (científica) de testes que já foram aprovados
deve ser revista periodicamente para verificar se houve alteração de dados de efetividade,
de interpretação e se os dados utilizados atualmente podem ser mantidos. Essa revisão
é de responsabilidade do profissional que projetou o teste e da Editora que o lançou.
Testes que não tenham sido homologados pelo CFP só podem ser utilizados para fins de
pesquisa. Caso contrário, o usuário será considerado antiético.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
A utilização de testes psicológicos será fiscalizada pelo CFP e poderão resultar em ações
de intervenção em caso de desrespeito à regulamentação.
Figura 30.
Como já pudemos analisar, a avaliação psicológica é formada por uma série de fatores
que reúnem a ciência, as experiências profissionais do avaliador, as experiências
pessoais do avaliado, conceitos voltados ao contexto pessoal, ou seja, uma série de
elementos de contexto social e pessoal.
O objetivo central do profissional que realiza uma avaliação psicológica deve ser o de
tornar melhor a vida do avaliado.
Se trouxermos essa afirmação para o contexto do trânsito, esse objetivo estaria voltado
a dar feedback a um cidadão se está apto ou não a se tornar um condutor ou, até mesmo,
a permanecer habilitado.
De maneira simplista, podemos dizer que o profissional deve dedicar suas habilidades a
dar retorno positivo à sociedade na forma de um trabalho feito com princípios e moral.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Este material tem o objetivo de trabalhar assuntos de maneira ampla e, por isso, não
podemos adentrar da maneira devida no todo da ética, pois apenas esse tema, seria
suficiente para um material completo.
No entanto, alguns elementos que norteiam a ética podem ser descritos de maneira
simplista, como segue:
»» Para ser ético, o profissional deve usar sua autonomia para o bem comum.
»» Para ser ético, o profissional deve usar sua perícia para providenciar o
bem-estar de quem o procura.
»» Para ser ético, o profissional não deve, em hipótese alguma, fazer mal às
pessoas ou, na pior das hipóteses, não causar prejuízo.
»» Para ser ético, o profissional deve ser justo com todos os que dele
necessitam.
É por esse motivo que o profissional que realiza avaliações psicológicas deve estar
sempre atendo aos princípios que segue ao realizar sua atividade, aos benefícios que
seus atos trazem aos avaliados, ao tipo de relacionamento gerado com seus clientes,
à forma como utiliza as ferramentas disponíveis e a como informa as pessoas de suas
conclusões (BOTOMÉ, 1997).
Uma das referências no que concerne aos princípios éticos voltados à avaliação
psicológica, Wechsler (2001) produziu um guia de atitudes éticas do profissional da
área. Esse guia nos traz o seguinte:
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Ainda assim, você pode ter certeza que existem muitas situações em que o código de
ética ou regras apresentadas são simplesmente desprezadas pelo profissional que realiza
avaliações psicológicas, um perfil que dever ser combatido pelo bem da profissão e da
atividade.
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UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Criado em 1971 por meio da Lei no 5.766, para criar normas, realizar fiscalização, prestar
orientação e dar diretrizes à profissão de psicólogo, o Conselho Federal de Psicologia é a
organização responsável por desenvolver e disseminar políticas nessa área.
Como já vimos, dando sequência à sua atuação política que anda paralela à sua atuação
fiscalizadora e reguladora, o CFP emitiu diversas Resoluções para que todas as nuances
da profissão estivessem devidamente reguladas.
Entre elas, temos a Resolução no 2/2003 que trata dos testes psicológicos. Não obstante,
o Conselho disponibilizou, ainda em 2003, um sítio que possibilita aos interessados
conhecimento sobre a situação de testes em andamento <http://satepsi.cfp.org.br/>.
O Conselho tem levado tão a sério a questão de orientar a profissão para que seja
desempenhada com maior qualidade, que até textos apresentados em certames para
cargos públicos são analisados para eventuais utilizações em pesquisas que estão em
andamento.
Com esse viés científico cada vez mais aparente, o CFP tem políticas de desenvolvimento
da literatura acadêmica da área. Desta forma, realiza convênios com diversas empresas
ou organismos que trabalham para desenvolver os estudos na área da avaliação
psicológica e da profissão como um todo.
Resta evidente que estamos longe de conseguir dizer que o estudo deste tema está
esgotado. Justamente por isso, o CFP, trabalhando sua política de atualização dos
conhecimentos, já vislumbra ações para avançar os estudos sobre avaliação psicológica
para descobrir se o que se sabe ainda é contemporâneo e válido.
Ademais, o CFP tem se esforçado para manter equipe perene de pareceristas ad hoc
para realizar as avaliações necessárias sempre com o objetivo de manter a base teórica
dos instrumentos de avaliação psicológica atuais e efetivos.
63
UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
A questão ambiental é um dos motivos de o CFP ter tanta preocupação com a atualidade
acadêmica dos fatos e dados que circulam a atividade de avaliação psicológica. Essa
atualidade permitirá que o psicólogo consiga considerar a realidade do avaliado e,
assim, efetivamente considerará sua realidade econômica.
Vários instrumentos de avaliação psicológica que surgem no Brasil não têm origem em
nossa realidade e, dessa forma, foram elaborados em ambientes econômicos diferentes.
Não é necessário sermos peritos em economia para considerarmos inócuo que uma
ferramenta produzida na Suécia, um país desenvolvido, seja imediatamente utilizado
em um país emergente.
Por isso, é importante sabermos tanto do contexto de quem está passando por uma
avaliação psicológica e o contexto econômico tem influência à medida que afeta o
avaliado.
Isso não se limita a pessoas em si. No ponto de vista das empresas, há o aspecto
ambiental. Crises também afetam organizações, incidem em demissões, que incidem
em estresse, que incide em insatisfação etc. Note que são elementos que certamente
afetarão o resultado final de uma avaliação psicológica.
Até para escolher o melhor candidato a emprego, o aspecto econômico pode influenciar
no resultado de uma avaliação. Isso porque a pessoa que está buscando uma oportunidade
raramente o faz para satisfazer o ego.
64
CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
O médico, por sua vez, busca oferecer conforto e maiores condições de saúde a todos de
maneira igual. O psicólogo busca atender seus pacientes de maneira a tratar eventuais
distúrbios para que possam ter uma vida normal como todos os demais e assim por
diante.
Note que em alguns casos, há a preocupação com a igualdade social no final das contas.
Ainda que isso seja um pouco utópico, não deixa de ser real e é praticado pela ampla
maioria dos profissionais.
Em função desse impacto social, muitas atitudes foram tomadas para melhorar o uso
das avaliações psicológicas.
Essa amplitude de abordagens foi acompanhada por uma enorme gama de penetração
da avaliação psicológica que hoje é utilizada em hospitais, escolas, orfanatos, institutos
de trânsito etc. Esse é o grande viés social da atividade, porque se mal desempenhada
as pessoas que dela deveriam se aproveitar podem ser prejudicadas pelo resto da vida.
Lembra que já vimos que o profissional deve guardar sigilo, informar aos de direito,
manter arquivos, preparar laudos etc.? Tudo isso faz parte da preocupação dos órgãos
de fiscalização e controle com o viés social da atividade.
Caso os Conselhos não tivessem uma atuação forte e próxima à sociedade por meio de
ouvidorias, disque-denúncia e outros meios de contato, não poderiam esperar algo que
não fosse desconfiança de suas ações. A avaliação psicológica resultará em dados que
podem impactar negativamente a vida de qualquer pessoa e isso deve ser considerado
constantemente.
65
UNIDADE I │ CONCEITOS GERAIS
Contudo, nada disso teria sentido se o profissional não comprasse e concordasse com a
ideia de que a avaliação psicológica deve passar à sociedade a imagem de uma atividade
ética, competente e socialmente responsável.
Assim, as orientações do CFP por meio de resoluções, bem como os eventos científicos
que discutem a atuação profissional, têm importância ímpar para a atualização desses
profissionais (OAKLAND, 2009).
Pois é pessoal, daí a importância dessa preocupação com o viés social da avaliação
psicológica para o trânsito, porque se os dados e resultados param em mãos erradas
podem influenciar milhares de pessoas de maneira errada. Isso é algo a se pensar!
Começamos pelo conceito inicial: as empresas são um conjunto de pessoas que envidam
esforços para obter resultados em comum. Enquanto os proprietários buscam o lucro,
as pessoas buscam benefícios, segurança e salários.
Pelo que já estudamos até aqui, considerando essa pequena descrição, temos um
universo enorme de oportunidades para a avaliação psicológica no contexto das
organizações (administrativo) e fazer um paralelo disto com o trânsito.
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CONCEITOS GERAIS │ UNIDADE I
Nos dias atuais, cada vez mais a avaliação psicológica tem tido influência no final de toda
escolha de pessoas. Isso porque, após todos os testes e provas, antes de sacramentar a
contratação, os candidatos que chegarem ao final do processo serão submetidos a uma
avaliação psicológica.
As academias de polícia só recebem candidatos que tenham passado por várias provas
e testes e, após isso, por avaliação psicológica que irá determinar se o perfil da pessoa é
compatível com uma função que irá por em suas mãos um instrumento letal e o poder
de usá-lo.
É por isso que o CNP busca trabalhar os testes de maneira cada vez mais profunda,
atual, científica e profissional.
Esses testes vão apoiar as conclusões do psicólogo ao final de uma avaliação psicológica
e, essas conclusões vão apoiar as decisões dos gestores nas empresas. Esse é o grande
viés administrativo da atividade.
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AVALIAÇÃO DE
PSICOLOGIA PARA Unidade iI
A CONDUÇÃO DE
VEÍCULOS
Capítulo 1
Normas e procedimentos de avaliação
psicológica para candidatos
»» Mensuração e avaliação.
»» Resultado e laudo.
Como podem notar, já estudamos todos os itens no decorrer desta apostila, contudo,
podemos apresentar um aprofundamento a respeito do item que trata das habilidades
mínimas dos candidatos à CNH.
Desta forma, vamos apresentar um breve resumo dos outros tópicos e aprofundar o
mencionado.
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
Figura 31.
Para não sermos repetitivos em relação aos conceitos já apresentados no decorrer deste
material, vamos trasncrever in verbis o conceito apresentado pelo CFP na Resolução
que estamos estudando:
Habilidades mínimas
Aqui, vamos aprofundar nossa compreensão de cada habilidade que o candidato à CNH
deve ter para poder obtê-la.
Tomada de informação
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
Justamente por isso a tomada de informação inclui em seu rol de elementos aquele que
talvez seja o mais importante do ponto de vista operacional de um veículo, ou seja, a
atenção. Juntamente com a percepção do que ocorre ao seu redor, o condutor atento
certamente terá mais êxito na tarefa de guiar.
Outra questão que não é segredo a ninguém que dirige ou está aprendendo a dirigir
é o fato de que se trata de uma atividade com certo grau de complexidade. É um ato
que possui inúmeras funções mecânicas e tecnológicas que demandam um grau de
conhecimento considerável de quem o pratica.
A questão é que existem diversos elementos que trabalham contra o aspecto “atenção”
que é tão falado ao se discutir a tomada de informação.
Se estivermos diante de uma pessoa com facilidade para perder a calma, fatalmente
teremos um condutor que passará por momentos de grande estresse no trânsito. As
grandes cidades estão com pouca estrutura para muitos veículos e isso pode causar um
transtorno para pessoas com esse tipo de perfil (ROCHA, 2005).
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
Processamento de informação
Temos aqui um parâmetro que baseou diversos modelos de estudo a partir de 1950.
A questão é relacionada à capacidade ou não de um condutor conseguir transformar
todos os sinais recebidos em informações úteis para uma condução segura.
Tomada de decisão
Não é tão simples como decidir se vai almoçar ou se vai ir ao banheiro. A tomada de
decisão, no contexto da avaliação e perícia de psicologia do trânsito, aborda um universo
amplo, porém que culmina no instante em que o condutor resolve o que fará.
No entanto, a mesma teoria lembra que existem grupos no qual a busca pela aventura
pode ampliar o risco de acidentes de maneira considerável (WILDE, 2005).
Rozestraten (1988) entende que a tomada de decisões é vinculada aos outros aspectos
do perfil psicológico da pessoa.
Tal relação pode impactar na capacidade que o indivíduo tem de decidir de maneira
correta e isenta. Esse entendimento não é isolado, já que na visão de Carvalho e
Morgado (2005), os condutores que estavam envolvidos em acidentes que foram objeto
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
Comportamento e autoavaliação do
comportamento
Figura 32.
Uma vez tendo conhecimento de patologias, é mais fácil tratar o problema na pessoa.
No caso do trânsito, o conhecimento de problemas comportamentais permitirá a adoção
de comportamentos melhores por parte de todos (RAMIS; SANTOS, 2012).
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
No campo prático, busca-se meios de criar métodos eficientes de testar o perfil psicológico
dos condutores de maneira conhecer, dentre outros, seu comportamento em contexto
de trânsito, para comparar o que for descoberto com o que seria considerado adequado
a um bom condutor.
Traços de personalidade
Aqui temos um elemento que é obrigatório no ato de avaliação de condutores por parte
do Conselho Nacional de Trânsito. O objetivo é encontrar padrões na forma de pensar,
sentir e agir das pessoas. O problema é que não há um critério que possibilite o analista
afirmar se um condutor está ou não apto a dirigir por meio dos testes de traço de
personalidade. Os resultados não permitem uma conclusão definitiva criando esse viés.
Figura 33.
»» Pessoa que não olha se há alguém na faixa de pedestre por não dar
importância a esse tipo de detalhe.
»» Etc.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
No entanto, esses pesquisadores já concordam que determinados traços são sim fatores
importantes para predizer se aquele indivíduo tem maior ou menor propensão a se
envolver em um acidente no trânsito por motivos diversos.
A Resolução no 7/2009 nos informa que os instrumentos mais utilizados para apoiar
a avaliação psicológica são a entrevista psicológica (que estudamos profundamente no
capítulo 4) e o teste psicológico (que estudamos com ênfase no capítulo 3).
Desta forma, tal qual fizemos no item que tratou o conceito de avaliação psicológica,
faremos aqui, ou seja, apresentaremos o conceito que a Resolução no 7/2009 traz para
os dois instrumentos com o objetivo de não nos tornarmos repetitivos.
No entanto, cabe aqui o registro que este material segue o padrão indicado pela
Resolução 425/2012, que indica o que um especialista em psicologia do trânsito deve
estudar e, por isso, alguns trechos apresentam conteúdos reiterados.
Figura 34.
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
Figura 35.
Igualmente aos testes psicológicos, as condições de aplicação dos testes foram debatidos
com ênfase no capítulo 3 deste material e, por isso, não iremos abordar novamente para
evitar repetição de conteúdo. Na dúvida, você deve retornar ao capítulo 3 para consulta.
Mensuração e avaliação
Igualmente aos testes psicológicos, a mensuração e avaliação dos testes foram debatidos
com ênfase no capítulo 3 deste material e, por isso, não iremos abordar novamente para
evitar repetição de conteúdo. Na dúvida, você deve retornar ao capítulo 3 para consulta.
Figura 36.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
Resultado e laudo
Igualmente aos testes psicológicos, o resultado e laudo dos testes foram debatidos com
ênfase no capítulo 3 deste material e, por isso, não iremos abordar novamente para
evitar repetição de conteúdo. Na dúvida, você deve retornar ao capítulo 3 para consulta.
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Capítulo 2
Avaliação de candidatos para
mudança de categoria de CNH e de
pessoas portadoras de necessidades
especiais
A competência dessa resolução fica evidente no texto apresentado em seu Art. 1o, veja:
Note que o rol exclui a mudança de CNH que pode ter sido uma forma de
prestigiar a atividade já realizada durante a obtenção do documento. Contudo,
é no mínimo curioso que uma pessoa que vai passar a ter autorização para
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
dirigir um ônibus articulado, por exemplo, não tenha um reexame, afinal, como
vimos durante toda a conceituação da atividade de avaliação psicológica, cada
contexto demanda um trabalho diferenciado.
O Art. 9o da Resolução nos diz que a instrução de condutores deve seguir o que está
disposto no Art. 158 da Lei no 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro). Vamos ver o
que esta resolução informa:
Em seguida, vamos trazer ao corpo de nosso material o item 2 (que trata da mudança
de categoria) sem excluir a necessidade de você conhecer todo o conteúdo das normas
aqui mencionadas. Vejamos:
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
Notem que o primeiro tópico do item 2.3 tem um fundo bastante subjetivo e, no
nosso entender, a avaliação psicológica poderia ajudar muito na composição do
perfil do cidadão que pretende mudar de categoria. Trata-se de mais um ponto
para você pensar em médio e longo prazo para a evolução da atividade.
Figura 37.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
Como sabemos, os testes são instrumentos que ajudam o psicólogo a realizar a atividade
de avaliação psicológica. Pensando nisso, o Conselho Federal de Psicologia produziu
um documento chamado “Cartilha de Avaliação Psicológica”.
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
O documento lembra ao leitor que o CFP tem como função orientar, fiscalizar e
regulamentar a profissão de psicologia e, por isso, não é sua competência indicar os
testes que aquele profissional vai utilizar.
Desta forma, é o profissional de psicologia que deve realizar pesquisas profundas para
conhecer, entender e empregar os meios mais adequados para desempenhar suas
funções em relação ao seu paciente.
Desta forma, a Cartilha nos lembra de passagens da Resolução no 2/2003 do CFP que
trata de testes psicológicos. Vamos ver:
Ainda que não seja sua competência, o CFP produziu uma Nota Técnica que tem
por título “Construção, Adaptação e Validação de Instrumentos para Pessoas com
Deficiência”.
Porém, o CFP faz questão de apresentar algumas considerações naquela Nota Técnica
que dizem respeito especificamente aos PNE’s. A preocupação do Conselho é a qualidade
das ferramentas que irão ser utilizadas. Vamos transcrever o que o documento traz
sobre o assunto:
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
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Capítulo 3
Avaliação de condutores de veículos
pela primeira vez e os que buscam
renovação. Histórico de acidentes e sua
importância na avaliação psicológica
Figura 38.
Essa resolução lembra que, quando o candidato buscar renovação para conduzir
equipamentos das categorias C, D e E, ele deverá passar por avaliação dos distúrbios
do sono.
Ainda que seja importante a leitura completa desta resolução, vamos trazer o conteúdo
do Anexo X, que trata do assunto que é de suma importância:
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
Se formos fazer uma pesquisa de quantas vidas são perdidas no trânsito por conta
de motoristas que dormem durante a condução, podemos entender a extensão da
importância do assunto em questão.
Já o artigo 6o da Resolução no 168/2004 deixa claro que para obter e renovar a CNH, é
exigido exames de aptidão física e mental.
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
Nós já vimos isso no decorrer deste material, mas inicialmente o que hoje chamamos
de avaliação psicológica no contexto do trânsito tinha o nome de Exame Psicotécnico.
A alteração se deu em função de que a atividade de avaliação pericial ser muito mais
complexa do que um mero exame psicotécnico em conformidade com o que determina
o CONTRAN.
É importante mencionar que estudo realizado por Lamounier e Rueda (2005) descobriu
que a avaliação psicológica é bem-vinda àqueles que estão procurando obter sua
primeira CNH, já os condutores que vão renovar não entendem isso necessário.
Uma conclusão daquele estudo é o fato de que, talvez, aqueles que já tenham CNH
tenham medo de perdê-la em caso de nova avaliação.
Mencionamos pessoas que vivem e não apenas brasileiros, porque acidente no trânsito
é uma realidade triste para qualquer pessoa que conduz um veículo automotivo.
»» o condutor;
»» a rodovia;
»» o equipamento.
Não precisamos ser peritos em análise de acidentes de trânsito para concordar com
os dados das estatísticas que apontam a direção sob efeito de álcool e o desrespeito às
regras de trânsito como os principais fatores causadores de mortes no Brasil.
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UNIDADE II │ AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
»» falta de atenção;
»» entre outros.
Nosso foco de estudo são os elementos psicológicos que possuem em seu rol, mas
não apenas: desinteresse por regras, negligência, falta de amor próprio, crises
emocionais etc.
Quer ter uma ideia de porque os fatores emocionais ou psicológicos afetam sua
habilidade de guiar um veículo? Imagine uma situação em que uma pessoa é demitido,
briga com seu (sua) companheiro (a) e dorme mal.
Na sequência, ela entra em seu carro e sai dirigindo. Ela pode até não sofrer um
acidente, mas certamente passará por um triz em diversas oportunidades até chegar ao
seu destino. E é aí que a avaliação psicológica entra para autorizar um cidadão a possuir
uma CNH.
Como já estudamos, de maneira geral, as pessoas que buscam obter uma CNH acreditam
que a avaliação psicológica é importante nessa hora. O CFP entende que as ferramentas
que os profissionais de psicologia do trânsito usam devem, ou deveriam, dar suporte
para que se possa concluir pela capacidade ou não de uma pessoa se portar bem no
trânsito.
Nós já vimos que a avaliação psicológica voltada ao trânsito busca elementos que
predigam as habilidades de um candidato tomar decisões, estar atento a informações,
transformar essas informações em reações e agir corretamente.
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AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA PARA A CONDUÇÃO DE VEÍCULOS │ UNIDADE II
Trata-se, então, de um trabalho importantíssimo que não apenas busca impedir que uma
pessoa se exponha ao perigo imediato como, também, ao perigo futuro (LAMOUNIER;
RUEDA, 2005).
Outro elemento que não pode ser desprezado é o fato de as pessoas não estarem
confortáveis com a validade dos testes aplicados justamente por eles não terem essa
preocupação em saber se, na hora de conduzir, o cidadão apresentará ou não algum
tipo de patologia psicológica.
Ainda assim, não resta dúvida que os elementos que apresentamos com relação ao
histórico de acidentes são uma fonte preciosa de motivos para que os estudos em
avaliação psicológica avancem e que os profissionais da área busquem cada vez mais
subsídios para reduzir essa triste realidade formada pela equação: pessoas + veículos
= mortes!
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Para (não) Finalizar
Considerações finais
A produção desse material teve um contexto diferenciado porque envolve a vida de
todos nós. Se você pesquisar um pouco, verá que todos que conhece já passaram ou
sabem de alguém que passou por problemas no trânsito, seja com acidentes, discussões,
más condutas etc.
Desta forma, conhecer a si mesmo é um importante fator para que saibamos como nós
costumamos agir (quem está fora sempre vê melhor o problema), como nós deveríamos
agir e como podemos trabalhar para agir melhor.
A avaliação psicológica voltada ao trânsito tem esse fundo não apenas “medicinal”,
mas também social, já que possibilita estudar a habilidade de as pessoas lidarem com
situações de forte estresse e mapear suas atitudes frente a problemas.
Essas atividades permitem que um profissional dê sua opinião por meio de um laudo
que pode salvar a vida de quem recebe o diagnóstico e de muitas outras pessoas que
poderiam ser afetadas por uma avaliação incorreta e/ou sem embasamento.
Contudo, devem ter percebido que é um assunto vasto, com uma enormidade de fontes
bibliográficas e, por isso é importante que você aprofunde seus estudos e ajude as
estatísticas negativas apresentadas nesta apostila.
Desejamos sucesso na empreitada e que esse material seja útil em sua jornada!
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Referências
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Referências
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Referências
91
Referências
92
Referências
Sites
<http://www2.pol.org.br/satepsi/sistema/admin.cfm>.
<http://www.oglobo.com.br/transito/artigo>
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