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Alessandra Duarte Batista Dissertacao
Alessandra Duarte Batista Dissertacao
CENTRO TECNOLÓGICO
FLORIANÓPOLIS (SC)
2019
Florianópolis
2019
2
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária
da UFSC.
3
Alessandra Duarte Batista
O presente trabalho em nível de mestrado foi avaliado e aprovado por banca examinadora
composta pelos seguintes membros:
Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi julgado
adequado para obtenção do título de mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento.
ROBERTO CARLOS DOS Assinado de forma digital por ROBERTO
CARLOS DOS SANTOS PACHECO
SANTOS PACHECO Dados: 2019.11.29 14:12:48 -03'00'
_________________________________________
Prof. Dr. Roberto Carlos dos Santos Pacheco
Coordenador do Programa
Assinado de forma digital por
ROBERTO CARLOS DOS ROBERTO CARLOS DOS SANTOS
SANTOS PACHECO PACHECO
___________________________________________
Dados: 2019.11.29 14:13:14 -03'00'
4
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me deu a
oportunidade da vida! A minha família, que muito me incentivou
e esteve do meu lado! Pela oportunidade de realizar esse curso e
de compartilhar momentos de conhecimento! A todas as pessoas
que, de alguma forma, contribuíram para que o trabalho fosse
concluído.
Na vida, não vale tanto o que temos, nem tanto importa o que
somos. Vale o que realizamos com aquilo que possuímos e, acima
de tudo importa o que fazemos de nós!
(Chico Xavier)
Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro
do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.
(Chico Xavier)
5
AGRADECIMENTOS
6
RESUMO
7
ABSTRACT
Knowledge observatories, in the technological form, are instruments to support planning and
management in various domains of socioeconomic activity. This study aims to establish a
systematic for the adoption of Technological Knowledge Observatories (OTCs) as
Organizational Knowledge Management (GCO) practice. From the understanding of the
organizational context, we propose a systematic support for the definition and implementation
of OTCs in innovation environments. Recognizing the lack of consensus in the literature on the
concept of “Observatories”, this work started from the characterization of these instruments and
the identification and classification of their benefits in supporting strategic decision-making
processes for an organization in different areas of value generation. . Among these, one of the
most relevant is the support to organizational management, the main protagonist in the
generation of value based on knowledge. In this paper, OTCs are understood as technological
tools to support the creation and management of competences in networks of individuals,
groups, organizations or regions, in different socioeconomic domains. From the application of
the CommonKADS Methodology, organization model and Design Science Research (DSR)
method, a system for the development of OTCs was developed and applied. The systematic was
applied in Project Reference in the energy sector. As a result, we obtained support for the
design, specification, development and implementation of the Observatory, including attributes
that make it possible to become a knowledge management practice in the organization.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Contexto da dissertação no domínio de Observatórios. ...................................................... 19
Figura 2 – Áreas do conhecimento relacionadas a Observatório de Conhecimento ............................ 22
Figura 3 – Estrutura do trabalho ........................................................................................................... 23
Figura 4 – Espiral do conhecimento ...................................................................................................... 37
Figura 5 – Representação esquemática dos processos do ciclo do conhecimento .............................. 38
Figura 6 - Visão geral da metodologia CommonKADS ........................................................................ 46
Figura 7 – Tabelas do Modelo Organizacional do CommonsKads ........................................................ 48
Figura 8 – Framework de análise e desenvolvimento para bens comuns ............................................ 50
Figura 9 – Pesquisas em GC................................................................................................................... 54
Figura 10 – Metodologia em pesquisas de sistemas de informação (Pimentel) .................................. 57
Figura 11 - Etapas da Design Science Research ..................................................................................... 58
Figura 12 - DRS ...................................................................................................................................... 58
Figura 13 – Programa de ação da Rede do Projeto Experimental ....................................................... 63
Figura 14 – PEC para inserção de Observatórios Tecnológicos............................................................. 66
Figura 15 – Compreensão do espaço da solução .................................................................................. 69
Figura 16– Procedimentos realizados para coleta dos dados ............................................................... 86
Figura 17 – Reunião com os coordenadores de projetos ....................................................................... 86
Figura 18 -Atores envolvidos nas Oficinas ............................................................................................ 88
Figura 19 - Primeira Oficina do Projeto Referência............................................................................... 88
Figura 20 – Dinâmica realizada no projeto referência .......................................................................... 89
Figura 21 – Modelo Canvas ................................................................................................................... 90
Figura 22 - Dados do Primeiro Canvas da Dinâmica 1 ......................................................................... 91
Figura 23 - Segunda Dinâmica - Oficina 1 do Projeto Referência ......................................................... 92
Figura 24 - Canvas da dinâmica 3 - oficina 1 do projeto referência ..................................................... 93
Figura 25 -– Funcionalidades do Observatório Tecnológico de Conhecimento ................................... 94
Figura 26 – Interface de acesso aos recursos do OTC ........................................................................... 95
Figura 27 – Listagem de especialistas ................................................................................................... 96
Figura 28 - Opções de filtros de titulação máxima por ano .................................................................. 97
Figura 29 – Opções de filtros de formação acadêmica por nível de formação..................................... 98
Figura 30 – Listagem de produção ........................................................................................................ 99
Figura 31 – Opções de filtro sobre titulação máxima, formação, tipo e área da produção ................. 99
Figura 32 – Opções de filtro de formação acadêmica, instituição de formação ................................ 100
Figura 33 – Qual o perfil dos especialistas .......................................................................................... 101
Figura 34 - Distribuição de especialistas por área da formação acadêmica e nível da titulação
acadêmica ........................................................................................................................................... 101
Figura 35 - Atualização da base de currículos Lattes .......................................................................... 102
Figura 36 - Inclusão da Ontologia no Observatório Tecnológico de Conhecimento .......................... 102
Figura 37 - Taxonomia de Desenvolvimento Sustentável do NAMA (ONU). ..................................... 104
Figura 38 – Serviços de localização do Observatório de Conhecimento ............................................ 106
9
LISTA DE QUADROS
10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DE PESQUISA ................................................ 14
1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA ....................................................................................... 16
1.2.1 Motivação ................................................................................................................... 16
1.2.2 Relevância da pesquisa............................................................................................... 17
1.3 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 18
1.3.1. Objetivo geral............................................................................................................ 18
1.3.2. Objetivos específicos ................................................................................................ 18
1.4. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...................................................................................... 18
1.5. ADERÊNCIA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EGC ..................................... 18
1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................................ 23
ANEXO A ................................................................................................................................ 86
APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA NO PROJETO DE REFERÊNCIA ............................ 86
Passo 1 - Compreensão do Espaço Problema...................................................................... 86
Passo 2 – Compreensão do espaço da solução (OTC) ........................................................ 94
Passo 3 – Produção da solução (OTC) ................................................................................ 95
Passo 4 – Implantação do Observatório ............................................................................ 105
Passo 5 – Acompanhamento da solução (OTC) ................................................................ 107
Considerações Finais ......................................................................................................... 107
13
1 INTRODUÇÃO
14
posicionamentos estratégicos e mudanças, assim como a identificar novas oportunidades e
obstáculos a serem enfrentados pelas organizações.
Essa missão integradora distingue o papel central de observatórios, que não definem
as políticas e sim ofertam dados e informações para subsidiar a tomada de decisão por parte de
seus responsáveis (FILHO, 2010, p. 108).
A demanda por informações estruturadas em processos de tomada de decisão ocorre
em diversos contextos de referência, incluindo setores econômicos, perfil organizacional, área
de geração de valor. Por outro lado, a resposta à demanda também é variada, podendo ser tratada
por novos processos, setores ou instrumentos organizacionais. Como resultado, observatórios
encontraram variabilidade na demanda e na oferta de suas soluções e, com isso, não dispõem
de um referencial de consenso na literatura (ZERVAS; SAMPSON, 2007).
Entre as áreas de tomada de decisão mais relevantes está a gestão por competências
organizacionais. Esse processo é responsável por gerir o principal protagonista de geração de
valor em organizações da sociedade do conhecimento. Nesse contexto decisório, surgem os
chamados “Observatórios de conhecimento”. A exemplo do que ocorre para o conceito geral
de observatórios, não há uma definição de consenso para Observatório de conhecimento.
Nesse sentido, um Observatório de Conhecimento (OC) pode apoiar as tomadas de
decisão para que as competências da organização possam fornecer benefícios importantes para
os indivíduos e as organizações. Para o indivíduo, observatórios podem ajudar na identificação
de competências que precisam ser desenvolvidas a fim de melhorar os padrões de desempenho
ou no alinhamento de comportamento dos indivíduos com as estratégias organizacionais
(ZERVAS; SAMPSON, 2007).
Além de ajudar os processos de GC e da aprendizagem, observatórios podem ajudar
na identificação de lacunas de competência da unidade de negócios, na elaboração de programas
de desenvolvimento de competências para melhorar o desempenho dos colaboradores no apoio
à gestão de talentos, bem como, na melhoria efetiva utilização do potencial global de recursos
humanos (ZERVAS; SAMPSON, 2007).
Em que pese essa gama de possibilidades, poucos estudos específicos diferenciam
observatórios de conhecimento de bancos de talentos ou de outras práticas de GC relacionadas
à gestão da informação. A literatura ainda não apresenta trabalhos com sistemática de
implantação de um Observatório de Conhecimento como elemento estratégico ao cumprimento
de metas empresariais. O que caracteriza o problema de saber como promover o alinhamento
de um observatório tecnológico de conhecimento e à estratégia organizacional.
15
Entre os modelos de observatórios pesquisados na literatura e, também, em vários
casos concretos de desenvolvimento desses instrumentos, percebe-se que os observatórios,
quando bem alinhados à estratégia, podem trazer resultados de impacto à efetividade
organizacional. Para tal, um observatório deve inserir-se entre as práticas de gestão do
conhecimento organizacional.
Além disso, a literatura permite identificar três tipos de observatórios (unidades
organizacionais, processos ou instrumentos tecnológicos), com diferentes missões
organizacionais. Neste trabalho, focamos mais especificamente nos Observatórios de
conhecimento instrumentais – aqui denominados OTCs (Observatórios Tecnológicos de
Conhecimento) – que são plataformas tecnológicas, que acessam repositórios de dados e
informações, podem incluir recursos ontológicos e inferências de conhecimento, para dar
suporte à tomada de decisão.
Assim, nesta dissertação, buscou-se responder a seguinte questão de pesquisa: “Como
uma organização pode adotar um Observatório Tecnológico de Conhecimento (OTC) como
uma Prática de Gestão do Conhecimento (PGC)?”.
1.2.1 Motivação
A motivação deste trabalho alicerça-se em dois eixos: na contribuição científica e no
potencial tecnológico desse trabalho. Não se trata de um mestrado profissional, mas sim de um
mestrado acadêmico, em que o mestre deve demonstrar sua capacidade de compreender e
contribuir com o conhecimento científico, incorporando-o a uma técnica/tecnologia. A
justificativa científica expõe a lacuna de conhecimento do tema, a fase crescente de produção
científica sobre OTCs e a busca de uma literatura consistente sobre o assunto, que não só que
conceitualize e diferencie, mas também que oriente como levar isso para uma realidade
organizacional (ZERVAS; SAMPSON, 2007).
No segundo eixo a motivação pessoal para realizar tal pesquisa, que apresenta a
trajetória e a experiência da pesquisadora na área de Engenharia e Gestão do Conhecimento
especificamente em OTCs no Instituto Stela, resultando em melhor qualificação para melhor
atuação na área de Pesquisadora, e no meio acadêmico, especificamente no curso de Mestrado
de EGC da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ponto fundamental em pesquisas
qualitativas, como aponta Creswell (2010).
16
Outrossim, na medida em que a revisão de literatura indica a ausência de estudos sobre
o alinhamento entre o propósito de um OTC e a estratégia organizacional em que se insere, bem
como sobre métodos de implantação desses instrumentos como uma das estratégias de gestão
do conhecimento organizacional (ZERVAS; SAMPSON, 2007).
Não existe uma fórmula sobre como buscar esse alinhamento e a melhor configuração
de um OTC, o que pressupõe um conjunto de desafios e demandas para essa pesquisa. Nesse
sentido, propõe-se, a partir da literatura e da aplicação em um projeto referência real, definir
uma sistemática que possa ser seguida para alinhamento de um OTC à estratégia da organização
que o adota como instrumento de apoio à decisão.
17
1.3 OBJETIVOS
18
Conhecimento - GC, pois tratamos “Observatórios” como tecnologias de conhecimento (EC)
que devem apoiar a missão organizacional (GC).
Das três concepções presentes na literatura, esta dissertação trata de Observatórios como
tecnologias de conhecimento (OTCs). Das três atividades principais no desenvolvimento de um
Observatório, o trabalho está focado na Modelagem. Espera-se contribuir para que os grupos
responsáveis por criar OTCs modelem estas tecnologias com maior possibilidade para que se
tornem futuras práticas de gestão do conhecimento organizacional.
19
No Banco de Teses e Dissertações do EGC, a busca referente ao tema Observatório
resultou em uma tese sobre o modelo de gestão pública por indicadores de sustentabilidade em
associação com observatórios urbanos (AMIN, 2010), uma tese sobre modelo de observatório
para arranjos produtivos locais (TRZECIAK, 2009). Os trabalhos constam no Quadro 1.
20
• MAFRA, Priscilla Martins Ramos. Proposta de uma sistemática para a
modelagem de risco de crédito sob a perspectiva da teoria da resposta ao
item. Tese, 2010.
• MARTINS, Pablo Procópio. Identificação de ferramentas e técnicas da
gestão do conhecimento para a promoção do sucesso de projetos de governo
eletrônico. Dissertação, 2018.
• SANTOS, Paloma Maria. Framework de apoio à democracia eletrônica em
portais de governo com base nas práticas de gestão do conhecimento. Tese,
2014.
Além dos trabalhos que tratam de práticas de gestão do conhecimento, pois a proposta
desse trabalho é ver Observatório de Conhecimento como instrumento/prática de gestão do
conhecimento, nesse sentido, seguem alguns trabalhos que definiram prática de GC e como as
diretrizes se classificam neste universo de recursos.
21
Outrossim, a presente pesquisa está aderente ao programa de Engenharia e Gestão do
Conhecimento (Figura 2), pois está relacionada com as diversas temáticas tratadas no Programa,
tais como: Estratégias de GC (gestão por competências, memória organizacional e inteligência
competitiva); Práticas de GC (redes sociais corporativas, banco de talentos, mapas de
conhecimento e ontologias organizacionais); Disciplinas de Gestão do Conhecimento
(engenharia do conhecimento, gestão do conhecimento, planejamento de sistemas de
informações).
22
1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO
• Desenvolvimento Experimental
Capítulo IV • Sistemática para adoção de OCTs
• Conclusões
Capítulo V • Futuros trabalhos
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listadas as considerações finais, as referências bibliográficas consultadas durante a construção
da pesquisa, apêndices e anexos.
E por último o quinto capítulo que trata das considerações finais e dos trabalhos futuros.
24
2. FUNDAMENTAÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA
Este capítulo visa apresentar os principais temas que envolvem a pesquisa, bem como,
os principais trabalhos disponíveis na literatura que guardam relação com o contexto e objetivos
da dissertação.
Por fim, a coprodução como meio de interação entre os agentes para a formação do
conhecimento compartilhado.
2.1 OBSERVATÓRIOS
25
No Quadro 2 há um conjunto de definições de Observatórios disponíveis na literatura.
Como se pode verificar, há diferentes formas de conceber o que se entende por um observatório.
Assim, há dificuldade de se obter uma definição de consenso sobre o termo “Observatório”.
Unidade organizacional
“Unidade encarregada de seguir, de maneira permanente e ampla, a
que monitora território,
evolução do território, cidade, município ou comunidade, com o
Phelan cidade, município ou
objetivo de oferecer informação e conhecimento, tanto aos atores
(2007) comunidade e oferece
que tomam decisões como àqueles que estão envolvidos no
informação para tomada
desenvolvimento local”.
de decisão.
Walteros “Instrumentos que abordam o caráter complexo e multifacetado dos
Instrumento de análise
Ruiz (2008) fenômenos sociais. Concentram-se na análise, acompanhamento e
de fenômenos sociais.
fiscalização de situações políticas e públicas”.
Odam “Interação e interesse de reflexão entre os atores estratégicos, com a Sistemática de interação
(2009) finalidade de executarem ações ou apoiarem as políticas públicas e reflexão entre atores
em uma área do desenvolvimento”. (coprodução).
Trzeciak “Dispositivo de observação criado por um ou vários organismos, Dispositivos para
(2009a) para acompanhar a evolução de um fenômeno, de um domínio ou de acompanhar fenômenos
um tema estratégico, no tempo e no espaço” ou setores.
26
“Centros de observação, monitoramento e análise da realidade de
Silva et. al. um tema, reunindo informações, produzindo conhecimentos, Unidade organizacional
(2013)
reflexão crítica e disseminado o resultado de tais ações para um de monitoramento.
determinado público.”.
Fonte: (PACHECO E BATISTA, 2016).
Desse estudo conclui-se que, apesar de não haver consenso sobre a definição de
observatório, a maioria dos autores compartilha a visão de que um observatório deve dedicar-
se à missão de apoiar a tomada de decisão, com mecanismos que alteram desde a coleta e o
tratamento de informações até ambientes de reflexão e coprodução com atores interessados.
Além disso, percebe-se que há três classes de concepções de Observatórios, que podem
ser percebidos como uma unidade organizacional, um processo ou uma ferramenta ou
tecnologia de apoio estratégico à decisão.
Silva et al. (2013a) mostram que o conceito de observatório se posiciona em torno das
seguintes práticas e aspectos: informação, dados e conhecimento; análise, produção e difusão;
coordenação, integração e intermediação; debate, diálogo e consenso; educação, construção e
facilitação; técnico, político e social; referência, excelência e inovação; ideia, reflexão e ação.
27
que os observatórios atuem como bancos ou bases de dados, informações e conhecimentos, com
acesso fácil, mas não somente se identifiquem com esse enfoque (SILVA et al., 2013a).
A pesquisa sobre estudos tratando de observatórios permite concluir que esse termo tem
sido utilizado para designar três construtos: (i) unidades organizacionais responsáveis por
suporte à tomada de decisão; (ii) ferramentas criadas para apoiar a tomada de decisão, a partir
da demanda de monitorar atores; e (iii) processos e mecanismos dedicados à análise estratégica
de informação sobre diversos segmentos da atividade econômica, conforme descrito na seção a
seguir.
28
Quadro 3 – Tipos de observatórios segundo sua natureza
29
Fonte: Batista et al, 2016
30
WALTEROS Interessados Abordar fenômenos sociais por B Instrumento 3
RUIZ (2008) em governança meio da análise,
pública acompanhamento e
implítico fiscalização pública.
ODAM (2009) Atores Abrir espaço para reflexão e C Instância de 1
estratégicos discussão para apoiar a reflexão e
em políticas execução de políticas públicas discussão
públicas em áreas temáticas.
TRZECIAK Uma ou várias Acompanhar a evolução de um B Dispositivo de 3
(2009a) organizações fenômeno, domínio ou tema observação
estratégico no tempo e no
espaço.
TRZECIAK Tomadores de Fornecer informações A Mecanismo 2
(2009b) decisão em estratégicas para a
desenvolvimen identificação de ameaças,
to e oportunidades e tendências e
competitividad para tomada de decisões
e (implícito) setoriais para melhoria da
competitividade.
BOTERO E Gestores Observar, registrar, analisar A Espaço, 1, 2 e
QUIROZ públicos fenômeno da realidade social, instrumento, 3
(2010) (implícito) política ou econômica de um meios, técnicas ou
território, região no apoio a forma
políticas públicas. organizacional.
ENJUTO Gestores Compilar informação setorial, C Estrutura 1
(2010) públicos diagnosticar situações, prever
(implícito) evolução e produzir
informações (comunicação)
para tomada de decisão.
Natureza Missão
31
Neste tópico foram tratados aspectos referentes aos observatórios, tais como conceitos,
surgimento, função, classificação de acordo com sua natureza e missão.
32
2.1.3 Observatórios Tecnológicos de Conhecimento (OTCs)
Entende-se por Observatórios Tecnológicos (OT), os que foram concebidos como
instrumentos ou plataformas tecnológicas que acessam repositórios de dados e informações e
têm por objetivo o apoio à tomada de decisão setorial nas organizações.
Observatórios Tecnológicos podem ser tanto informacionais como de conhecimento.
No primeiro caso (i.e., nos Observatórios Tecnológicos de Informação OTI), tratam-se de
sistemas de apoio à decisão que recolhem dados internos ou externos à organização, realizam
complementação e transformação em informações de interesse estratégico e apresentam
interfaces gráficas, simulação de cenários, indicadores de tendências, análises histórias e outros
recursos de apoio à tomada de decisão estratégica da organização.
Os Observatórios Tecnológicos de Conhecimento (OTCs) incluem recursos
ontológicos ou sistemas de inteligência que permitem inferências automatizadas sobre um
domínio de conhecimento.
33
utilização e criação de recursos individuais e coletivos de conhecimento”
(CEN, 2004a, p.6);
2) Gestão do Conhecimento é definida como os esforços destinados a capturar
conhecimento; converter o conhecimento pessoal em conhecimento
disponível ao grupo; conectar pessoas com pessoas, o conhecimento às
pessoas, as pessoas ao conhecimento e o conhecimento ao conhecimento
(O’LEARY, 2002);
3) “Gestão do Conhecimento eficaz é a criação de processos de gestão e
infraestrutura para reunir conhecimento e comunidades em uma ecologia
comum que irá sustentar a criação, utilização e retenção do conhecimento”
(SUN; HAO, 2006, p.542).
2.2.1 Conhecimento
Para o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento
(PPEGC) da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, o termo “conhecimento” é
entendido como: “conteúdo ou processo efetivado por agentes humanos ou artificiais em
34
atividades de geração de valor científico, tecnológico, econômico, social ou cultural”
(EGC/UFSC, 2015).
Por sua vez, a área de Mídia e Conhecimento teve origem no ano de 1995, e está
fundamentada na convicção de que as tecnologias podem catalisar melhorias e transformações
no aprendizado, e que o estudo de tais ferramentas deve ser inserido no contexto dos fins
educacionais a que se propõe satisfazer (EGC/UFSC; 2015).
No eixo central de estudos está o conhecimento, que também faz parte dos processos de
inovação, e é aceito como um de seus dados principais. Assim, a condição para o sucesso de
qualquer esforço de inovação é a geração de novos conhecimentos ou, a combinação de
conhecimentos já existentes (VARIS; LITTUNEN, 2010).
35
A criação do conhecimento é um processo pelo qual as organizações adquirem,
organizam e processam a informação gerando novos conhecimentos (ALVARENGA NETO;
BARBOSA; PEREIRA, 2007).
36
diferentes processos é que a interação do conhecimento tácito e do explícito acontece. (Figura
4).
37
Figura 5 – Representação esquemática dos processos do ciclo do conhecimento
Quando codificado o conhecimento, permite que seja compartilhado, fazendo com que
as pessoas interajam , torna a prática bem mais eficaz, um exemplo de compartilhamento é a
utilização de comunidade de prática (BEAZLEY, BOENISCH, E HARDEN, 2003).
38
Conhecimento não capturado desvaloriza e é ignorado. Conhecimento representa o
capital intelectual da organização e produz o maior valor quando circula. A utilização da base
de conhecimento de uma organização, alinhada às habilidades individuais, competências,
pensamentos, inovações e ideias, faz com que as organizações compitam de forma eficaz.
39
Para Probst et al. (2002, p.164) “o conhecimento não tem valor se não for aplicado”.
Steil (2007) entende que o uso diz respeito à efetiva integração do conhecimento por pessoas e
organizações em sua prática diária.
O capítulo 2 explica que após a captura e a codificação do conhecimento ele deve ser
compartilhado e disseminado para toda a organização. A cultura organizacional é fundamental
para auxiliar no processo de compartilhamento do conhecimento, tais como: estimular a
descoberta e inovação e premiar o trabalho coletivo.
40
pesquisadores e instituições como: Organisation for Economic Co-operation and Development
- OECD (2003); Comité Européen de Normalisation - CEN (2004); Darroch (2005); Mckeen,
Zack e Singh (2006); APO (2010); Kianto e Andreva (2014); entre outros, afirmam que as
práticas de GC formam um anel importante entre os processos de GC e os objetivos e ações
estratégicas das organizações.
41
depender da realidade e cultura da organização. Empresas que almejam o sucesso buscam
ferramentas de GC para identificar melhores práticas de gestão, e procuram as barreiras que
impedem o alcance da sustentabilidade e do sucesso (INSTITUTO STELA 2017).
Quadro 7 - Práticas de GC
42
Prática Definição Autores
de competências e para o
aperfeiçoamento do trabalho.
Confraternizações / Confraternizações entre indivíduos e Ahmadjian (2008); Balestrin;
História compartilhada grupos. Verschoore (2008).
Evento envolvendo os colaboradores
Bhirud, Rodrigues e Desai, (2005);
Dia da Inovação / para apresentar as tecnologias, os
Skyrme; Amidon (1997); Davenport
Estímulos para inovação processos e os produtos atuais e os que
e Prusak (1998).
vão ser lançados no futuro.
Motivação através de parceria com
Educação continuada / escolas e universidades, ou reembolso Batista (2006); Salim (2002); OECD
Reembolso de taxas de taxas de matrícula/mensalidades (2003).
para cursos relacionados ao trabalho.
Construção de manuais Explicitação de procedimentos de Batista (2006); Salim (2002);
para replicação de práticas execução, por meio de bancos de Oliveira Jr. et. al. (2007); Keyes
/ Rotinas bem-sucedidas dados, manuais ou diretrizes. (2006); Maier (2007); OECD (2003).
Modalidade de ensino a distância que
disponibiliza o material educacional
E-learning Keyes (2006); Maier (2007).
ou de treinamento via tecnologias de
comunicação a todos os funcionários.
Balestrin; Verschoore (2008); Batista
Utilização de recursos eletrônicos tais
Espaço eletrônico: portais, (2006); Salim (2002); Goussevskaia
como e-mails, chats, portais, intranets
e-mails, chats, intranets e (2007); Skyrme; Amidon (1997);
e extranets pelos colaboradores da
extranets OECD (2003); Davenport e Prusak
empresa.
(1998); Anantatmula (2004).
Gerenciamento de documentos
importantes de uma organização.
Representação dos processos de Batista (2006); Keyes (2006); Maier
Gestão de conteúdo
seleção, captura, classificação, (2007).
indexação, registro e depuração de
informações.
Adoção de aplicativos informatizados
de controle de emissão, edição e
Gestão eletrônica de
acompanhamento da tramitação, da Batista (2006); Salim (2002).
documentos (GED)
distribuição, do arquivamento e do
descarte de documentos.
Nonaka; Takeuchi (1995); Batista
Ação do mentor indicando linhas de
(2006); Salim (2002); Bhirud,
Mentoring/ Mestre- atuação, auxiliando, estimulando e
Rodrigues e Desai, (2005); Silva;
Aprendiz acompanhando o desenvolvimento do
Rozenfeld (2003); Goussevskaia
indivíduo ou do grupo.
(2007); OECD (2003).
Percepção de futuros ambientes
Prospecção de cenários alternativos em que a tomada de Chermack, (2004)
decisão poderia ser necessária.
Reuniões informais com indivíduos, Nonaka; Takeuchi (1995); Silva;
Reuniões informais / grupos, departamentos ou áreas, para Rozenfeld (2003); Nonaka; Toyama
Atividades conjuntas gerar ideias e solucionar problemas (2008); Goussevskaia (2007);
diversos. Popadiuk e Choo (2006).
Técnicas que descrevem assuntos, Keyes (2006); Maier (2007); Batista
Storytelling/ Narrativas
expõem situações, comunicar lições (2006); Silva; Rozenfeld (2003).
43
Prática Definição Autores
Uma das vantagens da metodologia é que nem todos os modelos precisam ser utilizados
em cada projeto de SBC. A escolha dos modelos utilizados fica a critério do engenheiro do
conhecimento, que os selecionará de acordo com a necessidade do projeto e de sua visão de
mundo.
46
De acordo com Nonaka e Takeuchi (1997), a criação do conhecimento organizacional
necessita dos 4 tipos de produção de conhecimento (captura, codificação, compartilhamento e
disseminação do conhecimento). O objetivo da GC é facilitar de forma apropriada esses
processos de conhecimento, de maneira que uma espiral ascendente e dinâmica de
conhecimento possa emergir na organização. Nessa visão, a Engenharia do Conhecimento,
conforme vista na Metodologia CommonKADS, é particularmente útil no processo de
EXTERNALIZAÇÃO, na conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito. Além
disso, a COMBINAÇÃO de conhecimento também encontra métodos na EC, especialmente em
metodologias de reuso de tarefas e modelos de conhecimento. A importância do conhecimento
tácito é consenso nas áreas de EC e GC.
47
A presente pesquisa considera o Observatório de Conhecimento uma tecnologia de
conhecimento e, como tal, propõe que todo observatório seja contextualizado na organização
antes de ser materializado tecnologicamente. Para isso, o Modelo da Organização do
CommonKADS permite identificar o contexto de propósito da organização (seus objetivos e
portfólio e áreas relevantes), a oportunidade, os atores afetos, a estrutura organizacional que se
beneficia ou que é afetada por um futuro Observatório. Nesse sentido, apenas o Modelo de
Organização, dado que os demais modelos, de tarefa, agentes, conhecimento e comunicação
têm seus elementos constantes na própria metodologia que é adotada para desenvolver o
Observatório de Conhecimento.
O modelo da organização, proposto por Schreiber et al. (2002), é aplicado com o uso de
planilhas, ferramentas de apoio à organização e sistematização das informações iniciais do
SBC. Esse modelo faz parte do mapeamento do contexto em que o SBC atuará, caso seja
comprovada sua viabilidade de construção.
A planilha OM-4 detalha cada ativo de conhecimento identificado nas tarefas do OM-3
é detalhado nesta etapa, quando se procura observar as condições organizacionais destes ativos,
enquanto forma, lugar, tempo e qualidade necessária ao seu exercício.
48
OM1 – IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS E OPORTUNIDADES
2.3 COPRODUÇÃO
Nessa análise eles identificaram que em modelo anterior, guardas e comunidade formavam
uma inteligência coletiva em torno da segurança, ou seja, havia um sistema coletivo que ajudava
a “coproduzir” a segurança.
Com isso, novos programas foram surgindo onde a sociedade e o governo se uniam em
prol dos interesses sociais, tais como o programa denominado 911 e o conceito de segurança de
bairros (PACHECO, 2016).
49
2012). A coprodução como participação de cidadãos juntamente com agentes de serviços na
contribuição dos serviços públicos (BRUDNEY E ENGLAND, 1983).
Nesse sentido, podemos dizer que o sistema de coprodução é uma disposição de ações
criadas para promover a construção e o aprimoramento de artefatos que implicam em
consequências tecnológicas e econômicas para uma determinada comunidade.
De acordo com Hess and Ostrom, commons é um “termo geral que se refere a recursos
compartilhados por um grupo de pessoas que está sujeito a conflitos sociais” (HESS e
OSTROM, 2007, p. 3). Tratam-se de bens coletivos que podem ser naturais (ex. rios, praias,
oceanos, atmosfera) ou recursos feitos por humanos (ex. livrarias, calçadas, parques públicos,
refrigerador compartilhado em uma república de estudantes).
Como podemos analisar, o framework desenvolvido por Hess e Ostrom é dividido em três
etapas, a primeira representa as ações de coprodução, a segunda as ações e interações que criam
os resultados que serão coproduzidos.
50
O exemplo de coprodução acima acontece em ambientes que possuem um conjunto de
elementos interdependentes, os quais precisam funcionar de maneira coordenada para evitar
que entrem em crise (HESS E OSTROM, 2007). Tais ambientes são considerados sistemas
complexos por Santos (2012).
O que podemos observar que segundo Santos (2012) a coprodução acontece na entrega de
serviços e também é influenciada por leis públicas e regulamentações. Quando se fala em
coprodução de entrega de serviços necessita a cooperação de alta complexidade e está ligada
diretamente a estratégica do serviço (RABELO; BRITO, 2017).
51
2.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
52
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo, apresentam-se os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa.
Inicialmente, é apresentado o delineamento da pesquisa, a classificação da pesquisa e o método
adotado como base para este trabalho, o Design Science Research (DSR),conforme descrito por
Peffers et al. (2007).
Cervo e Bervian (1996, p. 44) definem pesquisa como “uma atividade voltada para a
solução de problemas através do emprego de processos científicos.” A pesquisa parte de “uma
dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução.” Assim,
uma pesquisa, além de buscar a atualização do conhecimento para uma nova tomada de posição,
permite transformar em ação concreta os resultados de seu trabalho.
Figura 9 – Pesquisas em GC
Pesquisas em GC
Fonte: NGULUBE, P. Trends in Research Methodological Procedures used in Knowledge Management Studies
(2009 – 2013). African Journal of Library, Archives and Information Science 24(2), 2015.
Nesse sentido, é possível que a pesquisa tenha uma parte com coleta de dados
quantitativa e explorar quais as causas dos resultados, tendo assim a pesquisa quali-quantitativa.
(FIEL, 2017).
Pesquisas que têm casos reais de referência podem ser efetivadas pelo método de estudo
de caso, pesquisa-ação e Design Science Research (DSR) (DRESH, LACERDA E MIGUEL,
2015). A primeira visa auxiliar na compreensão de fenômenos complexos, por meio de criação
e teste de teorias. Já a pesquisa-ação visa resolver ou explicar problemas por meio da geração
de conhecimento tanto para prática como para teoria. Já o DSR objetiva guiar o
55
desenvolvimento de artefatos que levem a soluções satisfatórias em problemas práticos ou a
contribuir na construção de teorias.
Neste trabalho, aplicaremos DSR, dada a intenção de gerar uma sistemática que tem
base na experiência vivenciada em um projeto de concepção e desenvolvimento de artefato
tecnológico.
O método Design Science Research (DSR) (Figura 10) serve de base para o
desenvolvimento de pesquisas voltadas a resolver problemas complexos relevantes
(BURGOYNE; JAMES, 2005; LACERDA et al., 2013).
56
Figura 10 – Metodologia em pesquisas de sistemas de informação (Pimentel)
O DSR possui diferentes etapas (DRESCH et al., 2015), e para este estudo adota-se as
etapas apontadas por Peffers et al. (2008), que se constitui por: (1) identificação do problema e
motivação; (2) definição dos objetivos da solução; (3) projeto e desenvolvimento; (4)
demonstração; (5) avaliação; e (6) comunicação. As etapas estão representadas na Figura 11 a
seguir.
57
Figura 11 - Etapas da Design Science Research
Figura 12 - DRS
58
3.3.1 Etapa I – Identificação do problema e motivação
Esta etapa tem por objetivo definir o problema de pesquisa específico. Para chegar até
o problema, foi realizada uma revisão da literatura, que partiu de uma documental, a partir do
problema prático ou teórico identificado, neste trabalho foi realizada busca sistemática e uma
revisão integrativa da literatura.
Para a identificação do problema foram realizados três passos importantes: (1) busca
exploratória; (2) definição da problemática, (3) análise da literatura. A primeira etapa
desenvolveu a busca de forma exploratória, a bibliografia referente às temáticas analisadas em
diferentes bases de dados, como SCOPUS, Web Science, Banco de teses e dissertações do
PPEGC, Banco de teses e dissertações da CAPES.
A etapa de revisão sistemática possibilitou uma visão geral do estudo. Foram realizadas
buscas sistemáticas sobre o tema abordado, leitura e seleção de resumos e títulos. Selecionados
os trabalhos, foi realizada a leitura integral dos artigos.
59
os quais são apresentados no Quadro 8.
Essa análise assemelha-se aos resultados observados pelo trabalho de Silva (2014),
cujo estudo permite concluir que esse termo tem sido utilizado para designar três construtos:
(i) unidades organizacionais responsáveis por suporte à tomada de decisão; (ii) ferramentas
60
criadas para apoiar a tomada de decisão, a partir da demanda de monitorar atores; e (iii)
processos e mecanismos dedicados à análise estratégica de informação sobre diversos
segmentos da atividade econômica.
Tendo em vista a importância que OTC tem para auxiliar as organizações em diversos
pontos estratégicos, que Segundo Costa et al. (2008) descrevem alguns benefícios tais como:
medir e avaliar os esforços de C,T&I, conhecer os sistemas de P&D de determinada região,
identificar pesquisadores e tendências de determinado setor, monitorar novas oportunidades,
contribuir para a elaboração de indicadores, promover a interação entre os diversos atores,
dentre outros.
Nesta segunda etapa, são definidos os objetivos da solução proposta, ferramentas criadas
para apoiar a tomada de decisão, a partir da demanda de monitorar atores; e processos e
mecanismos dedicados à análise estratégica de informação sobre diversos segmentos da
atividade econômica.
61
Foram identificadas questões específicas de acordo com a natureza e missão dos
Observatórios levantadas na fundamentação teórica dessa pesquisa, OC como unidade
organizacional que tem como missão apoio à tomada de decisão, OC como processo que
objetiva o apoio ao monitoramento e OC como tecnologia que tem por missão apoio à
comunicação e à coprodução.
O projeto foi desenvolvido junto à FPTI para fins de demonstração e avaliação para
OTC no Projeto Referência, através das metodologias e métodos utilizados que orientaram os
passos da sistemática. Quanto ao contexto de aplicação desta pesquisa, foi realizada em uma
organização intensiva em conhecimento que possui como insumo fundamental o conhecimento
e tem como resultados sistemas baseados em conhecimento (STARBUCK, 1992).
É, também uma Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI) que, nos últimos
anos tem gerado spin offs a partir de seus resultados, além de criar valor para o sistema de CT&I
em que está instalada. Nesse sentido, esta organização procura participar em projetos
cooperados com outras instituições e, deste modo, desenvolver capacidades institucionais para
prestação de serviços especializados em PD&I. Esse círculo virtuoso é fundamental para que a
instituição possa permanentemente desenvolver e aprimorar seus resultados, além de cumprir
com sua missão de desenvolvimento do território onde está instalada, de forma sustentada, por
meio de atividades que propiciem o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação.
63
Fonte: Instituto Stela (2017).
Foram utilizados, como ponto de partida do projeto, os dados cadastrados nos Currículos
Lattes de acadêmicos e profissionais ligados a Instituições de C,T&I e ao Diretório de Grupos
de Pesquisa da Plataforma Lattes, para apoiar a localização e a análise das competências em
C,T&I no âmbito de temáticas estratégicas aos objetivos estratégicos da organização.
Para esse projeto referência foi testada a sistemática para instrumentar a adoção do OTC,
após o aprendizado, retomando às etapas anteriores como indicado no método DSR.
64
Para este trabalho, foi utilizado a avaliação em grupo de forma exploratória, durante a
realização foram realizadas 6 reuniões e uma oficina com os líderes do projeto/programas com
objetivo de conhecer os projetos/programas em andamento e identificar onde o Observatório
pode auxiliar os líderes, além de identificar as bases para a construção da primeira versão da
ontologia e do modelo de governança do Observatório. O grupo dessa pesquisa foram os
coordenadores, colaboradores e especialistas da área de pesquisa no contexto analisado.
Para essa etapa houve o compartilhamento dos resultados obtidos nas oficinas, nas
reuniões individuais e em grupos com os líderes de departamento da instituição. As dinâmicas
realizadas tiveram como objetivo compartilhar os conhecimentos com as equipes para
responder as expectativas de como o OTC poderia apoiar as demandas da instituição. Também
foram publicados ao longo da pesquisa artigos científicos relacionados ao desenvolvimento
conceitual e avanço científico à área de observatórios de conhecimento.
65
4. SISTEMÁTICA PARA ADOÇÃO DE OTCs COMO
PGCs
Como indicado no capítulo anterior, esta dissertação aplicou o método DSR e a
metodologia CommonKADS (modelo da organização) para embasar o desenvolvimento do
projeto experimental de definição de uma sistemática para instrumentalizar a adoção de
Observatório Tecnológico de Conhecimento - OTC nas organizações.
Passo 1 – Compreensão do
espaço problema
Passo 2 – Compreensão do
espaço da solução
Passo 3 – Produção da
solução
Passo 4 – Implantação do
Observatório
Passo 5 – Acompanhamento
do Observatório
66
governança, promoção do engajamento dos atores envolvidos. O passo 5 é o acompanhamento
do OTC.
Nessa etapa são realizadas diversas dinâmicas para a compreensão do problema, tais
como: reuniões com a organização, reuniões com os especialistas, dinâmicas para levantar os
principais cenários de uso, descrição das principais expectativas, dos processos identificados e
identificação dos principais líderes.
68
Fonte: Elaborada pela Autora
Nesse contexto, um OTC pode ser considerado um sistema que transforma dados em
conhecimentos que podem apoiar a tomada de decisões.
2 Estas diretrizes surgiram durante o processo que combinou a análise de literatura com as práticas do PEC
– Instituto Stela e das exigências do projeto do OTC junto a FPTI. Nesta dissertação, propõem-se a
incorporação das mesmas à sistemática geral, cabendo ao projetista do OTC adaptá-las conforme os
requisitos de projeto junto a organização que adotara o Observatório.
69
Discussão
em
Grupos
Solução:
Encontro
Diálogo
em
Grupos
Problema? em
Grupos
Reuniês e
Oficinas
70
O passo a passo para elaborar essa etapa de compreensão do espaço da solução está
descrito no Quadro 10 a seguir.
71
• Implantar uma política de gestão de riscos
adequada;
• Implantar controles adequados dos processos de
GC;
Fonte: Elaborado pela Autora.
Para tanto, algumas perguntas norteadoras são elaboradas para a etapa de produção da
solução:
72
6. Como achar competências dentro da Organização?
Para que esse resultado seja possível são necessárias algumas técnicas e métodos que
devem ser utilizados:
O passo a passo para elaborar essa etapa está descrito no Quadro 11 a seguir.
73
1. Quem irá participar da implantação do Observatório?
2. Quais as práticas de GC que serão necessárias para implantar o observatório?
3. Como criar os círculos na organização?
4. Como engajar os usuários do Observatório?
74
Algumas perguntas norteadoras nessa etapa de acompanhamento do OTC precisam ser
respondidas:
➢ Desenvolvimento de campanhas;
Após a implantação do OTC realizar treinamentos de utilização do OTC com os líderes dos
projetos e especialistas que irão participar da elaboração do OTC.
75
5. CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS
Essa dissertação teve por objetivo desenvolver uma sistemática para a adoção de OTCs
como PGC organizacional. Para tal, previu-se a caracterização das relações entre OTC e outras
PGC, a identificação dos elementos que estruturam um OTC e, também, as PGC e, por fim, a
aplicabilidade sistemática em um projeto real.
A revisão de literatura permitiu concluir que ainda não há uma definição de consenso
para o termo “observatório de conhecimento”. O estudo permitiu verificar, por outro lado, que
nas diversas concepções de observatório há relativa compatibilidade entre as missões esperadas,
desses instrumentos de apoio à decisão na gestão do conhecimento organizacional,
especialmente quando aplicados a análise de competências organizacionais.
Para poder fazer a caracterização de OTC e PGC diante da falta de definição de consenso
da literatura, partiu-se da proposta de Zervas e Sampson (2007), dado ser essa a mais abrangente
em termos de missão e elementos de referência.
Uma vez caracterizado o OTC como uma PGC, conforme preconizado na metodologia
DSR, deu-se seguimento a pesquisa por meio da participação de projeto de desenvolvimento de
um OTC para uma organização, na qual buscou-se identificar as atividades de P&D realizadas,
76
comparando-as com o preconizado na literatura e organizando-as em etapas de referência para
futuros projetos semelhantes.
Com relação aos trabalhos futuros, espera-se que essa pesquisa venha a contribuir para
que a teoria e a prática se aproximem através da orientação conceitual; e que possam trabalhar
outros desafios, e propor soluções baseadas em conhecimento para outros aspectos de
observatórios tecnológicos de conhecimento.
77
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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85
ANEXO A
Reuniões Oficinas
Líderes dos
Projetos
86
Fonte: Projeto referência.
87
Oficinas do Projeto Experimental
Dentre os atores que fizeram parte dessas oficinas, citamos os gerentes da organização,
líderes de projetos/programas, e os colaboradores dos projetos/programas estratégicos da
organização.
Gerentes de
Líderes Colaboradores
Depto
A partir daí, foram levantadas todas as atividades principais dos projetos/programas que em
andamento na organização para a compreensão do espaço problema, que contribuíram
significativamente para identificar onde o Projeto do Observatório Tecnológico de
Conhecimento poderia apoiar essas inciativas da organização.
Participaram da primeira oficina cerca de vinte e cinco (25) pessoas, dentre elas, líderes,
colaboradores e gerentes de departamento da organização, conforme ilustram Figura 19 a
seguir.
88
Fonte: Projeto referência
Nessas oficinas foram realizadas diversas dinâmicas, em uma delas foram utilizados
elementos do CommonKads para entender a demanda e posteriormente orientar o desenho da
solução (Figura 20), analisando os nove elementos que a organização possui: proposta de valor,
parcerias chaves, atividades chaves, recursos chaves, relacionamento com clientes, segmentos
de clientes, canais de distribuição, estrutura de custos e fluxo de receitas (HSM, 2017).
89
Fonte: Projeto referência.
O termo modelo de negócio está ligado à finalidade do Modelo Canvas aplicado nas
oficinas, por possibilitar uma transformação na forma como as pessoas criam e geram seus
negócios, em função da necessidade das empresas buscarem formas de se inventarem no
mercado, seja em função da globalização, da falta de ferramentas de inovação que as
auxiliassem, e importância para a visualização do seu negócio (SPADA, 2018).
90
Fonte: Spada (2018).
Uma das perguntas norteadoras dessa dinâmica foi “como o Observatório Tecnológico de
Conhecimento poderia apoiar as demandas da organização?”.
Primeiro Canvas
O primeiro Canvas apresentado para os grupos de trabalho, ilustrado na Figura 22, fez o
detalhamento das atividades, dificuldades, informações e recursos e os benefícios esperados,
pensando em como o Observatório Tecnológico de Conhecimento poderia apoiar as demandas
da organização, com base ao modelo de contexto do CommonKADS aplicando as seguintes
questões:
A segunda dinâmica teve como objetivo fazer com que os grupos compartilhassem e
interagissem os seus conhecimentos, para identificar como o Observatório Tecnológico de
Conhecimento poderia apoiar as demandas da organização, nas seguintes questões: 1) atividade
- responsabilidades e iniciativas da organização que podem ser apoiados pelo Observatório de
Conhecimento; 2) dificuldades; 3) informações e recursos que a rede pode trazer para apoiá-
los; e 4) benefícios que irão conseguir se tiverem acesso às informações e recursos.
Nesta dinâmica os participantes foram distribuídos em três grupos de cinco pessoas, cada
grupo buscou responder às perguntas propostas no material com tempo pré-determinado.
Segundo CANVAS
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Fonte: Projeto referência (INSTITUTO STELA, 2018).
Indique os fatores
críticos de sucesso para
a Rede (condições
necessárias para que o Liste os principais riscos
projeto alcance êxito) possíveis para o projeto
Exemplos: recursos Exemplos de categorias de
tecnológicos e riscos: políticos, financeiros,
informações que são técnicos, conhecimento, ...
críticos, atores que
devem ser envolvidos
para a cocriação da
Rede e da ontologia,
apoio e alianças
necessários, aspectos
chave ligados a
governança, gestão e
operação, etc.)
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Passo 2 – Compreensão do espaço da solução (OTC)
Para tanto, buscou-se o suporte de metodologias da engenharia do conhecimento com vistas
a estabelecer uma ontologia que descrevesse as temáticas estratégicas elencadas pela FPTI:
água, energia, alimentos e desenvolvimento sustentável.
Modelo de governança
Em relação ao modelo de governança do OTC, foram realizadas diversas reuniões para
estabelecer as definições e sistemática a serem seguidas. Através do resultado dessas reuniões
e oficinas ficou definido que o OTC iria estabelecer uma governança orientada de acordo com
cada arranjo e missão a ser estabelecido pela organização.
94
Fonte: Instituto Stela (2018).
Na Figura 26 a seguir ilustra-se a interface de acesso aos recursos do OTC customizado para
o projeto referência.
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Fonte: Instituto Stela (2018)
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Fonte: Instituto Stela (2018).
• titulação máxima (por ano, área, instituição, nível de titulação máxima, país da titulação,
região da titulação, região intermediária da titulação máxima, região imediata, tempo da
titulação e UF da titulação);
• formação acadêmica (ano, área, instituição, nível de formação, instituição, país da
formação, região de formação, região intermediária e imediata, tempo de formação e
UF);
• atuação profissional (instituição, país, período, tipo de atividade, UF, região de
formação, região intermediária e imediata de atuação);
• dados pessoais (perfil, instituição do endereço profissional, país, região da UF, UF do
endereço profissional, região intermediária e região imediata do endereço profissional);
• produção e projeto (tipo de produção e tipo do projeto) (INSTITUTO STELA, 2018).
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Fonte: Instituto Stela (2018).
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Observa-se que os resultados das buscas realizadas no OTC retornam as produções dos
especialistas, permitindo que cada usuário procure um termo de interesse específico de seu
interesse. A listagem gerada pela solução foi customizada, no âmbito da configuração realizada
para o projeto referência, conforme ilustra a Figura 30.
• titulação máxima (por ano, área, nível conforme taxonomia do currículo Lattes,
instituição, região, UF e país da titulação máxima);
• formação dos autores (ano, área, nível conforme taxonomia do currículo Lattes,
instituição, região, UF e país da formação);
• endereço profissional (região, UF e país do endereço profissional);
• tipos da produção CT&A dos especialistas, segundo a taxonomia de tipos utilizada no
Currículo Lattes;
• área de conhecimento da produção conforme a tabela de áreas de conhecimento do
CNPq;
Figura 31 – Opções de filtro sobre titulação máxima, formação, tipo e área da produção
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Figura 32 – Opções de filtro de formação acadêmica, instituição de formação
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Figura 33 – Qual o perfil dos especialistas
Figura 34 - Distribuição de especialistas por área da formação acadêmica e nível da titulação acadêmica
102
O OTC objetiva auxiliar de forma contínua e dinâmica os sistemas regionais de inovação e
às organizações a mapear, acessar, analisar, difundir dados e informações sobre as
competências individuais e institucionais e sobre a produção C&T no Brasil.
3 http://unfccc.int/files/focus/mitigation/application/pdf/sd_in_namas_poster_udp.pdf
4 http://www.fao.org/energy/water-food-energy-nexus/en/
5 https://www.ieee.org/documents/taxonomy_v101.pdf
6 https://www.bkw.ch/en/
103
A ontologia foi estabelecida na pesquisa a partir das taxonomias e conteúdos analisados
para realizar consultas por pesquisadores e produção científica nas versões em português e
inglês.
7 https://www.w3.org/2004/02/skos/
104
of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). A taxonomia foi também traduzida para o
idioma português, o que possibilitará que a busca por termos/assuntos em ambos os idiomas
seja possível (INSTITUTO STELA, 2018).
105
equipe da instituição, dentre os desafios associados às iniciativas previstas no
plano operacional da instituição e que motivam o desenvolvimento do projeto;
• Este projeto apresenta especificidade e singularidade, pois requer a definição de
uma estratégia para a coprodução de conhecimento sobre as competências em
Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) no Brasil, envolvendo a articulação de
atores e de diferentes fontes de informação.
• A produção e a disseminação de conhecimento sobre as temáticas priorizada no
projeto (i.e. água, energia, alimentos e desenvolvimento sustentável) envolve a
mobilização de atores e a coprodução de conhecimento são imprescindíveis para
a consecução dos vários objetivos estratégicos do plano de operação da
instituição.
Nesse sentido, a primeira versão do OTC do projeto referência da organização experimental foi
implantado no mês de janeiro de 2018, contendo serviços de localização de especialistas e da
produção C&T com base no CV Lattes (sem ontologia), contendo os serviços listrados na Figura
38 a seguir:
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Passo 5 – Acompanhamento da solução (OTC)
Com engajamento de todas as equipes dos projetos existentes e com a entrega do OTC o
projeto foi concluído com sucesso.
Considerações Finais
Este capítulo trata da sistemática de implantação do OTC na organização do projeto
referência, que foi construído a partir da literatura e da experiência vivida no desenvolvimento
experimental, para a adoção de OTC como prática de gestão do conhecimento, que podem servir
de base para projetos futuros de Observatório.
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instituição. Nessa fase foi criado o escopo do projeto a partir das narrativas criadas para
especificar os requisitos para elaboração do observatório.
atividades da demanda e análise, visando registrar todo o ciclo de vida do projeto, para
a implantação do Observatório na instituição.
Após essas etapas partiu-se para a governança, promoção do engajamento das pessoas,
criação das taxonomias/ ontologia do Observatório, realização de capacitação, integração e
divulgação dos resultados obtidos do Observatório.
Na quinta etapa foi feita a identificação e avaliação do perfil das competências técnico-
científicas e da produção C,T&I nas temáticas acima citadas. Em virtude da diversidade de
demandas a serem tratadas no OTC, torna-se premente a mobilização não somente dos
especialistas que atuam na instituição, mas também dos que atuam em ICTIs e outras
organizações, em todo o Brasil. Para tanto, tornou-se necessária a identificação de bases de
dados sobre as competências técnico-científicas e a definição de estratégias para a extração de
conhecimento sobre tais dados, de maneira que a cobertura do mapeamento de especialistas
seja abrangente e tenha o menor custo possível para a instituição.
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