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EXPERIÊNCIA 04 – DIVISORES DE TENSÃO

RESUMO DO RESUMO DA TEORIA (Ver folha com os desenhos dos procedimentos 1 a 6)

DIVISORES DE TENSÃO
• Arranjos de resistores que “dividem” entre si a totalidade de uma tensão de
alimentação ou de um sinal são chamados genericamente de divisores de tensão.
• Esta divisão pode ser discreta (usualmente um arranjo de resistores de valores fixos que
divide a tensão segundo “proporções notáveis”) ou contínua (usualmente um arranjo de um
ou mais resistores de valores fixos e de, pelo menos, um potenciômetro).
• Um potenciômetro é um tipo especial de resistor que, usualmente, possui três terminais
(ver figura do procedimento 1). Os terminais extremos são fixos e a resistência entre eles é
constante (por exemplo, 10kΩ) e o terminal central está ligado a um contato interno
deslizante sobre uma pista de material condutor, podendo assumir qualquer posição entre
os extremos).
• Chamando os terminais do potenciômetro de 1, 2, 3, sendo 2 o terminal central, podemos
dizer que, considerando-se o potenciômetro isoladamente:
➔ a resistência entre os terminais 1 e 3 é constante (no caso 10kΩ);
➔ em função da posição do terminal central, a resistência entre o terminal 1 e o terminal
central pode variar de 0 ao máximo (no caso de 0Ω a 10kΩ) ao mesmo tempo em
que a resistência entre o central e o terminal 3 varia do máximo até 0 (no caso 10kΩ
até 0Ω).
• Um potenciômetro pode ser usado como resistor variável ou como divisor de tensão.

GND
• Existem circuitos eletrônicos com múltiplas tensões de alimentação (por exemplo, a situação
+5V, +12V e –12V é bastante comum). Porém, na maioria das experiências desta disciplina
serão utilizados circuitos eletrônicos alimentados por uma fonte DC simples.
• Na maioria dos circuitos eletrônicos com uma fonte de alimentação simples, o terminal
negativo ( – ) da fonte é designado abreviadamente de GND (abreviatura de ground) e
representado através de um símbolo específico. O terminal positivo ( + ) costuma ser
designado pelo valor da tensão nominal da fonte (por exemplo, +12V) ou de forma genérica
(por exemplo, VCC ou VDD).
• Num diagrama esquemático, todos os terminais de componentes conectados a um
símbolo GND também estão conectados eletricamente entre si.

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• “Eletricamente falando”, num circuito ideal, todos os terminais de componente conec-
tados a GND e todos os condutores empregados para realizar estas conexões podem ser
considerados “eletricamente o mesmo ponto”, um mesmo “nó elétrico”, mesmo que este
nó esteja desenhado de forma distribuída.
• O uso do símbolo GND ajuda a simplificar o desenho sem omitir o necessário registro
das correspondentes ligações elétricas.
• Existem várias representações para o símbolo GND. Ele varia conforme a norma de desenho
empregada.
• O GND também costuma se chamado de massa, nó de referência, referência ou terra1 do
circuito.
• Num linguajar bem livre – bem mesmo – “O GND é o GND, é o cara e assunto encerrado”.

CONSIDERAÇÕES SOBRE MEDIÇÃO DE TENSÃO


• Uma tensão elétrica é uma grandeza física medida entre dois pontos – quase sempre medida
entre dois pontos de um circuito elétrico ou eletrônico.
• A tensão entre o ponto A e o ponto B é usualmente designada de VAB, que significa
tensão do ponto A em relação ao ponto B, ou, em outras palavras, tensão do ponto A
usando o ponto B como referência.
• Para medirmos VAB com um multímetro digital, colocamos o terminal + no ponto A e o
terminal – no ponto B. O display mostrará diretamente se a tensão medida é positiva ou
negativa (todo multímetro digital na função VDC possui indicação de sinal: as tensões posi-
tivas geralmente omitem o sinal e as tensões negativas são precedidas pelo sinal de – ).
• VAB = –VBA
• Na prática, a maioria das medições realizadas num circuito eletrônico em
funcionamento (seja para ensaio, estudo ou para manutenção) é de medições de tensão. E
mais ainda: é de medições de tensão em relação a GND.
• Na prática, por consequência, na função VDC é comum deixar o terminal – do
multímetro digital ligado direto em GND e usar o terminal + para realizar as medições de
tensão no(s) ponto(s) de interesse2.
• VA é uma designação simplificada da tensão do ponto A em relação a GND.
• VAB = VAX – VBX = VA – VB
• A equação anterior vale para qualquer ponto X. E na prática, na maioria das vezes, o ponto
X mais conveniente costuma ser GND.
• VAB = VAX – VBX = VAX – (–VXB) = VAX + VXB

1 Neste caso, terra como sinônimo de GND ou de referência do circuito não é necessariamente o aterramento físico
de proteção de instalações elétricas prediais.

2 No uso de um osciloscópio o procedimento é semelhante. Embora o uso inicial de osciloscópios vá acontecer


algumas experiências adiante, pode-se dizer, de forma bastante genérica, inicial e simplista, que “o osciloscópio é
um voltímetro que mede também a forma de onda da tensão em função do tempo”.

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• As equações a seguir são muito usadas em disciplinas posteriores chamadas genericamente
de Análise de Circuitos. Elas, com bastante frequência, usam o recurso da “notação de
duplo índice”, mas por conveniência, oportunidade e a título de curiosidade são
apresentadas agora mesmo. É bastante fácil de observar a relação entre os índices e, se for o
caso, ampliar o número de termos intermediários. E, a propósito, esta notação também se
aplica na composição de forças em Mecânica Vetorial.
• VAB = VAX + VXB
• VAB = VAX + VXY + VYB
• VAB = VAX + VXY + VYZ + VZB
• VAB = VAX + VXY + VYZ + VZW + VWB

PONTE H
• Uma ponte H é um circuito eletrônico que, a partir de uma fonte de tensão DC fixa,
pode controlar o sentido de rotação e a velocidade de um motor de corrente contínua.
• O nome ponte H vem da sua representação gráfica usual num diagrama esquemático (ver
figura do procedimento 6).
• O circuito apresentado não é exatamente uma ponte H porque utiliza apenas chaves
acionadas manualmente. Como está, ele pode controlar apenas o sentido do motor, mas não
sua velocidade. E mais: a velocidade de operação do circuito (não confundir com a
velocidade do motor) é muito baixa. Mas tem a vantagem que funciona e que agora, pelo
menos, você já ouviu falar no assunto. Então, pelo menos de nome, já sabe do que se trata.
Depois das experiências com multivibradores (astável e monoestável), voltaremos ao
assunto da ponte H.
• No final da década de 1990 uma determinada personagem de codinome contendo H se
tornou mais popular na televisão aberta brasileira que a ponte H nas tribos relacionadas à
Eletrônica. Mas com o passar do tempo, apenas a ponte H continuou no “serviço ativo” –
agora emprestando uma expressão do jargão militar.

Com o que foi apresentado até agora no resumo do resumo da teoria, é possível pular
diretamente para a parte prática. Mas, se for possível dispor de algum tempo adicional, convém ler
antes a próxima sessão. Se não for, não tem problema. Ou melhor, na verdade tem problema, mas
também tem solução: retome a leitura da próxima sessão após terminar a parte prática.

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CIRCUITOS, DIAGRAMAS, EDITORES SCH & PCB, EDA
Não existe um “momento ideal” para o início do uso de programas para desenho de
diagramas esquemáticos de circuitos eletrônicos. Com certeza não deve ser o primeiro conteúdo a
ser ministrado num curso técnico ou de engenharia. Porém, dada a sempre presente necessidade
acadêmica e profissional de representação de uma maneira organizada, estética e funcional –
e que, de preferência, permita o aproveitamento posterior de informações disponíveis em
forma-tos vetoriais, convém não postergar o aprendizado deste tipo de ferramenta.
Por motivos que ficam evidentes em um curto espaço de tempo, os (1) programas destinados
ao desenho de diagramas esquemáticos de circuitos eletrônicos e os (2) programas destinados ao
projeto, desenho e roteamento de placas de circuito impresso costumam ser “uma dupla insepa-
rável” – ou quase isto – ou então “irmãos siameses” tão unidos que simplesmente não podem ser
separados. Num linguajar mais técnico e sucinto, esses programas são chamados genericamente de
SCH editors e de PCB editors (de Schematic e de Printed Circuit Board, em inglês).
Electronic Design Automation (EDA) é uma expressão ainda mais genérica porque abrange
todas as ferramentas de software utilizadas no desenvolvimento de circuitos eletrônicos –
tipicamente editores SCH, editores PCB, simuladores e programas afins.
De modo geral, na primeira metade da disciplina os diagramas esquemáticos foram
desenhados utilizando o programa Express SCH, parte da dupla inseparável Express SCH &
Express PCB – que, diferentemente de Chitãozinho & Xororó, são de outro estilo, são totalmente
“0800” e estão disponíveis para download sem restrições...
Também “de modo geral” na segunda metade utilizou-se o Eagle® versão free, um software
alemão que estreou em 1988, foi continuamente aprimorado, atingiu as “categorias de clássico e de
lenda” e foi adquirido pela AutoDesk em 2016, fato que praticamente dispensa comentários sobre
suas qualidades e capacidades. O Eagle® é um editor SCH & PCB “top de linha” mas sua versão
free é adequada à maioria dos trabalhos realizados em disciplinas de um curso técnico ou de
engenharia.
Os links/URLs para download e consultas estão relacionados a seguir:
• https://www.expresspcb.com/
• https://www.autodesk.com/education/free-software/eagle
Existem dezenas de programas editores SCH e/ou PCB. Foge ao escopo da disciplina e do
momento uma discussão detalhada dos motivos das escolhas, mas cabe comentar de passagem que:
• Os dois programas apresentados são bastante representativos e permitem um bom aprendi-
zado usando uma abordagem do tipo “do particular para o geral”;
• Nesta disciplina e nesta fase inicial do curso as montagens de circuitos eletrônicos para
experimentação são praticamente todas elas feitas em protoboards e para uso temporário.
Por este motivo, numa etapa inicial é muito mais importante o uso do programa para o
desenho dos diagramas esquemáticos;
• Cedo ou tarde, como aluno ou como profissional, será necessário, em alguma medida, lidar
com arquivos PCB ou a confecção de placas de circuito impresso – cada vez mais fabricadas
sob encomenda a partir de arquivos vetoriais fornecidos pelo cliente, mesmo no caso de
poucos protótipos ou de peça única (ver, por exemplo, http://www.allpcb.com/).

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Em sumo e resumo, de um jeito ou de outro é conveniente aprender de cara a lidar com um
ou mais editores SCH e, logo em seguida, com editores PCB. E pode apostar que, se for mais cedo
será “de um jeito”, mas se deixar para muito mais tarde, não tenha dúvida que será “de outro
jeito”…
Já cumprido o dever de “informar o contexto e os motivos”, agora vamos recapitular
sucintamente alguns conceitos relacionados a diagramas esquemáticos de circuitos eletrônicos,
também chamados simplesmente de diagramas ou de esquemas.
Diferente do desenho mecânico ou do desenho arquitetônico, que procura uma relação
biunívoca entre o que é representado pelo desenho e a correspondente materialização no mundo
real, o diagrama esquemático de um circuito eletrônico privilegia ideias, relações funcionais e
fluxos de sinais.
O desenho dos componentes sugere, se possível, alguma relação com seu comporta-
mento físico. Por exemplo:
• Um resistor é representado como um “zigue-zague” justamente para lembrar o efeito de
resistir à passagem de corrente elétrica;
• O desenho de um capacitor lembra a construção de capacitor com placas planas e paralelas
com um dielétrico no meio;
• Uma fonte de tensão contínua de valor fixo indica tanto seu valor quanto sua polaridade.
O posicionamento dos componentes e dos condutores privilegia o entendimento das
relações funcionais entre os componentes e, se for o caso, o fluxo de sinais envolvidos – sejam
eles analógicos ou digitais. Por exemplo:
• O polo positivo de uma fonte de tensão costuma estar representado mais para cima que o
polo negativo ou GND;
• O fluxo de sinal, tanto quanto possível, costuma ser representado da esquerda para direita.
Neste início de curso e de disciplina, o aluno novato ainda não dispõe de muitos e variados
exemplos inteligíveis. Com bastante frequência, o iniciante também costuma ser um ignorante, pois
o sentido estrito desta palavra ignorante é justamente o de desconhecimento, o de ignorar alguma
coisa. Isto não é, por enquanto, nenhum demérito, apenas uma situação temporária. Diferentemente
do burro – agora tanto no sentido literal quanto no figurado – o aluno geralmente possui bastante
capacidade de aprendizado e livre arbítrio para exercê-la. Então, sem maiores considerações, vamos
redirecionar nossos esforços
A função essencial de um desenho técnico é ser entendido. Em outras palavras, um
desenho técnico deve transmitir uma ideia de forma clara, objetiva, inequívoca, sem ambigui-
dades. Procure manter isto em mente à medida que for desenhando seus próprios diagramas
esquemáticos. É um aprendizado gradual, mas necessário, indispensável e que vale o esforço.
Isto posto, vamos para novas considerações e informações a respeito do desenho de
diagramas esquemáticos de circuitos eletrônicos. Retomando o espírito de apresentar “o resumo do
resumo”, e direcionando nossos esforços para os programas editores SCH, é oportuno citar e
comentar o seguinte:

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• A boa prática recomenda que todos os componentes e terminais de um circuito devem ser
facilmente identificados de forma individual e inequívoca, mesmo que, eventualmente,
seu valor seja igual ao de outros componentes. Por exemplo, no procedimento 2 todos os 9
resistores são de 1kΩ, mas cada um deles possui um DESIGNADOR DE REFERÊNCIA
diferente (R1, R2, R3, R4, R5, R6, R7, R8, R9).
• A boa prática também recomenda que todas ligações entre componentes devem ser repre-
sentadas de forma clara, objetivas, sem omissões e sem ambiguidades.
• No linguajar usual dos programas editores SCH e PCB:
➔ O conjunto dos componentes de um circuito é chamado de PART LIST. Ele lista,
individualmente, “quem é quem” ao mesmo tempo de “quem é o que”, sem exceções.
➔ Cada conjunto fechado de terminais de componentes com os seus respectivos
designadores de referência e as respectivas ligações é chamado de um NET (que, em
inglês, é uma abreviatura de network – uma palavra “cool”, de “amplo espectro” e com
uma profusão de significados em diferentes áreas do conhecimento);
➔ O conjunto dos conjuntos dos nets de um circuito é chamado de NETLIST (em
inglês, esta expressão já é considerada uma palavra única, parte do jargão da área);
➔ O BILL OF MATERIALS (BOM) – lista de materiais, em português – é exatamente
isto: uma expressão praticamente autoexplicativa que dispensa maiores comentários.
Ao visualizar um diagrama esquemático impresso, o usuário o interpreta visualmente,
atribuindo significado à imagem. Ele identifica cada elemento do circuito e quem está ligado com
quem. Até o presente momento, fizemos isto com diagramas relativamente simples e seguiremos
fazendo isto até o final da disciplina com circuitos comparativamente muito mais elaborados. É
possível, a partir do diagrama esquemático, efetuar a montagem de forma inequívoca se os
componentes estiverem disponíveis. E, indo mais além, a partir do diagrama esquemático impresso
é até possível elaborar manualmente a correspondente lista de materiais e efetuar sua aquisição.
Pode não ser prático e nem rápido no caso de circuitos mais elaborados, mas que é possível é.
Mas, indo direto ao que interessa no momento, os editores SHC podem processar as
informações vetoriais associadas ao diagrama esquemático3 para elaborar automaticamente os
correspondentes Part List, Bill of Materials e Netlist.
O(s) formato(s) dos arquivos PART LIST, BILL OF MATERIALS e NETLIST variam em
função do programa utilizado no desenho do diagrama esquemático. O exemplo a seguir é
meramente ilustrativo e utiliza uma linguagem de Teoria dos Conjuntos para representar uma
possível estrutura de dados associada ao circuito do procedimento 2.

3 Nos programas editores gráficos a Interface Gráfica do Usuário (em inglês, Graphic User Interface, GUI) é a
parte do sistema que permite ao usuário visualizar de forma gráfica (por exemplos, o diagrama esquemático do
procedimento 2) a mesma informação que, no computador, é armazenada e tratada em formatos vetoriais. O espírito
da coisa é bastante simples: nós, seres humanos, somos criaturas essencialmente visuais; os computadores lidam
basicamente com informações vetoriais; uma GUI joga dos dois lados. A materialização da coisa não é tão simples,
mas não se preocupe com isto agora: deixe por conta de quem ganha a vida desenvolvendo este tipo de coisa.

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PART_LIST = {
B1 12V,
R1 1k,
R2 1k,
R3 1k,
R4 1k,
R5 1k,
R6 1k,
R7 1k,
R8 1k,
R9 1k,
}

BILL_OF_MATERIALS = {
1 B 12V,
9 R 1k,
}

NETLIST = {
NET_GND = { B1 –, R4 B, R7 B, R9 B },
NET_1 = { R1 B, R2 A },
NET_2 = { R2 B, R3 A },
NET_3 = { R3 B, R4 A },
NET_4 = { R5 B, R6 A },
NET_5 = { R6 B, R7 A },
NET_6 = { R8 B, R9 A },
NET_7 = { B1 +, R1 A, R5 A, R8 A },
}

Obviamente, a informação do NETLIST é a mais abrangente de todas. Afinal de contas


ela descreve completa e objetivamente TODOS OS COMPONENTES do circuito e TODAS
AS LIGAÇÕES entre os componentes. Não é, claro, um formato adequado à visualização de um
usuário humano, mas é um formato de arquivo vetorial que pode ser aproveitado, por exemplo, por
um editor PCB para processos de roteamento automático ou, pelo menos, para controlar quais
ligações um agente humano já roteou manualmente.

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Se o presente texto já não era um curso sobre editores SCH, muito menos o será em relação
aos editores PCB. Porém, a título de curiosidade e de oportunidade, cabem alguns comentários e
observações.
• O uso de programas editores PCB nos remete a um contexto semelhante ao do desenho
mecânico porque passa a lidar diretamente com a realidade física dos componentes
envolvidos e da placa de circuito impresso propriamente dita.
• Uma placa de circuito impresso / PCI (printed circuito board / PCB) possui duas funções
principais:
➔ suporte físico para os componentes do circuito, geralmente montados em apenas uma
das faces, usualmente a face de topo (top layer);
➔ suporte físico para as trilhas de cobre que materializam as ligações entre os compo-
nentes (numa placa face simples, usualmente a bottom layer).
• No que diz respeito às camadas condutoras, as placas podem ser face simples, dupla face
ou multicamadas (multilayer). Isto depende da densidade de componentes, densidade de
ligações e, também, da necessidade de redução de interferências eletromagnéticas. Placas
multicamadas e placas dupla face usam furos metalizados para interligar partes de um
mesmo net distribuído em diferentes camadas condutoras.
• Embora seja possível trabalhar um circuito eletrônico diretamente num editor PCB, esta
situação é muito rara e contraproducente porque o respectivo arquivo SCH facilita
enormemente o controle do processo e a verificação de erros de roteamento. Na grande
maioria das vezes, é muito mais fácil – ou menos complicado – elaborar primeiramente o
SCH e “segundamente” o PCB do que querer “poupar tempo” indo direto para o PCB.
• A maioria dos componentes eletrônicos possui encapsulamentos padronizados, o que
resolve a questão do posicionamento relativo dos terminais destes componentes e das
correspondentes ilhas e furos (pads e holes) na placa de circuito impresso.
• Na prática, o encapsulamento de cada componente é tratado como um atributo associa-
do ao mesmo. Por exemplo, o circuito integrado 555 usado em algumas das próximas
experiências possui o encapsulamento DIP8 e, na placa de circuito impresso, assumiria o
correspondente dip8 pcb footprint. Um resistor de ¼ W, independentemente de seu valor,
assumiria o res400 footprint. (O res significa resistor; o 400 significa 400 milésimos de
polegada medidos de centro a centro dos furos; o diâmetro dos furos, embora não explici-
tado no nome, está definido e é inerente ao res400 footprint.)
• A maioria dos editores SCH define automaticamente o encapsulamento de componentes
padronizados (por exemplo, circuitos integrados) e permite atribuir individualmente um
determinado encapsulamento a cada um dos demais componentes.
• Se o encapsulamento e o footprint não forem definidos no editor SHC, isto terá de ser feito
no editor PCB. Ao final desta etapa, cada componente possuirá um designador de referência,
valor e encapsulamento. Este conjunto de informações e o correspondente netlist são a
informação essencial para o projeto da placa de circuito impresso porque contém, sem
exceção, as informações de todos os componentes, respectivos encapsulamentos e res-
pectivas ligações.

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• Posto de outra forma: o conjunto de informações PART LIST (já com o encapsulamento
de cada componente) e o conjunto NET LIST contêm a informação necessária e
suficiente para descrever o respectivo circuito eletrônico. E mais: contêm sem quaisquer
redundâncias ou omissões.
• Num linguajar bastante livre, “CIRCUITO = PART LIST + NETLIST4”.

O projeto de uma placa de circuito impresso segue tipicamente o seguinte roteiro:


1. Definição das dimensões da placa e do número de camadas;
2. Incorporação de um netlist;
3. Posicionamento dos componentes (Placement);
4. Roteamento das ligações (PCB Routing) – pode ser automático, manual ou semiautomático;
5. Verificações de projeto (Design Rules Cheking / DRC) e correções;
6. Geração dos arquivos em formato de uso adequado ao fabricante.
O mercado de fabricação de circuitos impressos se tornou bastante profissional nos últimos
anos, mesmo para o caso de protótipos em pequenas quantidades ou até de peça única. Seguem, a
título de ilustração ou primeiro contato, alguns links/URLs para fabricantes ou prestadores de
serviços típicos deste segmento de mercado. Obviamente, qualquer mera consulta ao Google com o
tema circuitos impressos vai lhe mostrar muitas outras opções e dispender algum tempo zapeando
nos resultados será de bom proveito.
• http://www.allpcb.com/ • http://www.circuipar.com.br/
• http://www.tec-ci.com.br/ • http://www.circuibras.com.br/
• http://www.rscad.com.br/

Este texto de algumas poucas páginas serviu ao propósito de introduzi-lo aos ambientes
EDA – Electronic Design Automation. Fez isto enfatizando uma necessidade específica: usar um
editor SCH, mesmo que muito simples, para começar a representar circuitos de uma forma mais
elegante. E “puxou o fio da meada” parar tratar de PCB, que, afinal de contas, é a materialização
definitiva de qualquer hardware ou circuito eletrônico (a exceção mais notável são as montagens
provisórias para ensino e aprendizado, não por coincidência o seu provável caso no momento). A
disciplina Desenho Técnico Aplicado, do nosso curso de Engenharia da Computação, lida
essencialmente com EDA, mas convém começar a lidar com isto bem antes de chegar lá. EDA são
ferramentas – e ferramentas são coisas que facilitam fazer alguma tarefa (pelo menos é o que
se esperaria de uma ferramenta realmente útil). Porém, cabe comentar e explicitar que cada vez
mais se torna praticamente impossível fazer alguma coisa da área – mesmo as realtivamente
pequenas – sem estes tipos de ferramenta. Como todo tipo de tecnologia, EDA deve ser um meio
servindo a um propósito, e não um fim em si mesma.

4 Se o circuito necessita de um software embarcado, também comumente chamado de firmware (que pode ser
entendido como “um software dedicado a um hardware e nele embarcado”), poderíamos generalizar a questão da
seguinte maneira: “CIRCUITO = PART LIST + NETLIST + FIRMWARE”.

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ROTEIRO DA PRÁTICA
Nesta experiência, em todos os procedimentos, convém anotar o instrumento de medida,
marca, modelo, função e escala utilizada, Se possível, a escala deve ser a mesma ao longo de um
mesmo procedimento.

PROCEDIMENTO 1 – POTENCIÔMETRO
Medir R12, R23 e R13 para 0%, 25%, 50%, 75% e 100% de rotação do cursor do potenciômetro.

VALORES CALCULADOS
rotação do cursor R12 (Ω) R23 (Ω) R13 (Ω)
0%
25%
50%
75%
100%

VALORES MEDIDOS

rotação do cursor R12 (Ω) R23 (Ω) R13 (Ω)


0%
25%
50%
75%
100%

Instrumento Marca Modelo Função Escala(s)

PROCEDIMENTO 2 – DIVISOR DE TENSÃO COM VARIAÇÃO DISCRETA

Calcular as tensões indicadas (ver página seguinte), medi-las no circuito montado, comparar os
resultados e comentar as diferenças. A propósito, como as tensões calculadas levam em conta os
valores nominais dos resistores e da tensão de alimentação, neste caso é perfeitamente possível
calcular estes valores “de cabeça”.

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VALORES NOMINAIS E VALORES CALCULADOS

Tensão Fonte VR1 VR2 VR3 VR4 VR5 VR6 VR7 VR8 VR9
(V) 12,00

Tensão VA VB VC VD VE VF
em relação
a GND (V)

X
VXY (V)
A B C D E F
A –
B –
C –
Y
D –
E –
F –

VALORES MEDIDOS

Tensão Fonte VR1 VR2 VR3 VR4 VR5 VR6 VR7 VR8 VR9
(V)

Tensão VA VB VC VD VE VF
em relação
a GND (V)

X
VXY (V)
A B C D E F
A –
B –
C –
Y
D –
E –
F –

Instrumento Marca Modelo Função Escala(s)

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PROCEDIMENTO 3 – DIVISOR DE TENSÃO COM VARIAÇÃO CONTÍNUA
Medir o valor da tensão VC nas condições indicadas na tabela.

rotação do cursor PROCEDIMENTO 3


0% VCmin (V)
50% VC (V)
100% VCmax (V)

Instrumento utilizado
Instrumento Marca Modelo Função Escala(s)

PROCEDIMENTO 4 – DIVISOR DE TENSÃO COM VARIAÇÃO CONTÍNUA


Medir o valor da tensão VC nas condições indicadas na tabela.

rotação do cursor PROCEDIMENTO 4


0% VCmin (V)
50% VC (V)
100% VCmax (V)

Instrumento utilizado
Instrumento Marca Modelo Função Escala(s)

PROCEDIMENTO 5 – DIVISOR DE TENSÃO COM VARIAÇÃO CONTÍNUA


Variar as posições dos cursores dos potenciômetros R2 e R5 a fim de obter experimentalmente os
valores máximos e mínimos possíveis das tensões indicadas.

VCmin (V) VCmax (V) VDmin (V) VCmax (V) VCDmin (V) VCDmax (V)

Instrumento utilizado
Instrumento Marca Modelo Função Escala

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PROCEDIMENTO 4 – PONTE H

O circuito da ponte H apresentado é ridiculamente simples: ele nem controla velocidade,


apenas o sentido de rotação de um motor DC rodando a vazio (sem carga). Vamos e venhamos, nem
tem muito o que medir neste negócio – é só montar e ver funcionando. Este parágrafo não tem nada
de formal, é coisa do mais puro estilo “pronto, falei”! O “pronto, montei” fica por sua conta. E favor
preencher a tabela abaixo.

COMPORTAMENTO DA PONTE H
posição SW1 posição SW2 motor led D1 led D2

down down

down up

up down

up up

UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * 2018 primeiro semestre letivo
Introdução a Práticas de Laboratório em Eletricidade e Eletrônica
Prática 4 * Divisores de Tensão * Prof. Raul Friedmann / Cesar Ofuchi / Marinoel Joaquim * Página 13 de 14
QUESTIONÁRIO & TAREFAS
1. Pesquise e comente de forma sucinta os seguintes itens:
◦ potenciômetros rotativos e potenciômetros deslizantes;
◦ potenciômetros lineares e potenciômetros logarítmicos;
◦ potenciômetros com chave;
◦ trimpots normais e trimpots multivoltas.

2. Porque no procedimento 2 usar uma fonte de 12V é muito melhor do que, por exemplo, usar
uma de 10V ou de 5V?
3. Um sinal de tensão contínua de 0 a 10V é comumente empregado como sinal de controle em
dimmers e em sistemas de controle de iluminação cênica. Porque o circuito do procedimento
3 seria mais adequado a um circuito alimentado por baterias?
4. Demonstre que no circuito do procedimento 3 a tensão VC varia linearmente em função da
rotação do potenciômetro (considere R3 um potenciômetro linear e k o indicador de rotação,
0 ≤ k ≤ 1 ou, se preferir, 0 ≤ k ≤ 100%).
5. No circuito do procedimento 4, demonstrar que VC = f(k) não é uma função linear, embora,
à semelhança do anterior, VC também varie entre 0 e 10V.
6. Qual o valor de VC no procedimento 3 com o curso do potênciômetro no meio do cami-
nho? E no procedimento 4?
7. Qual a função do potenciômetro nos circuitos divisores de tensão dos procedimentos 3 e 4?
Em qual deles o potenciômetro atua como “divisor mesmo”? E como resistor variável?
8. Explique porque no procedimento 5 as tensões VC e VD são valores sempre positivos mas a
tensão VCD pode ser positiva ou negativa.
9. No procedimento 5, explique porque existem praticamente infinitas combinações de posição
dos cursores de R2 e R5 que podem gerar tensões VCD nulas.
10. Qual a função dos leds D1 e D2 na ponte H do procedimento 6? Por que seria totalmente
inadequado usar dois leds de mesma cor ou de cores muito próximas?
11. Ainda sobre D1 e D2, seria possível substituir os dois leds por um único led bicolor de cato-
do comum (commom cathode)? E se fosse de anodo comum (commom anode) ? Por que?
12. No circuito foram utilizadas duas chaves de 1 polo x 2 posições. Seria possível o circuito
fazer a mesma coisa usando uma chave 2 polos x 2 posições? Por que?
13. Leia o conteúdo completo do link/URL a seguir <consulta em 22-mar-2018>. Comente de
forma muito sucinta pelo menos uma coisa que tenha lhe chamado mais a atenção.
https://pt.khanacademy.org/science/electrical-engineering/ee-circuit-analysis-topic/modal/a/ee-circuit-terminology
14. Idem para o link a seguir <consulta em 22-mar-2018>.
https://www.autodesk.com/products/eagle/blog/top-10-pcb-routing-tips-beginners/
15. O que significam as siglas ESD, EFD, EMI, EMC? A propósito, no contexto de sua área de
formação – e nenhuma das quatro tem algo a ver com IMC.
16. Elaborar manualmente os arquivos PART_LIST, BILL_OF_MATERIALS e NETLIST dos
procedimentos 3, 4, 5 e 6 (usar a mesma estrutura de dados que ilustra o procedimento 2).

UTFPR CT * DAELN & DAINF * Engenharia da Computação * 2018 primeiro semestre letivo
Introdução a Práticas de Laboratório em Eletricidade e Eletrônica
Prática 4 * Divisores de Tensão * Prof. Raul Friedmann / Cesar Ofuchi / Marinoel Joaquim * Página 14 de 14

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