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DEFINIÇÕES
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS): é definida como presença de pelo menos dois
dos seguintes critérios, sendo que um deles deve ser alteração da temperatura ou do número de
leucócitos:
1. Alteração de temperatura corpórea- hipertermia ou hipotermia (> 38,5ºC ou < 36ºC);
2. Taquicardia
3. Taquipneia
4. Alteração de leucócitos – leucocitose ou leucopenia não secundárias à quimioterapia, ou
presença de formas jovens de neutrófilos no sangue periférico
Sepse: presença de dois ou mais sinais de SIRS, sendo um deles hipertermia/hipotermia e/ou
alteração de leucócitos, concomitantemente à presença de quadro infeccioso confirmado ou
suspeito.
Choque séptico: o choque séptico refere-se à sepse com disfunção cardiovascular que persiste
apesar da administração de ≥40 ml/kg de fluidos endovenosos em uma hora.
RECONHECIMENTO DA SEPSE
Deve ser rápido e antes que aconteça a hipotensão, através do exame clínico frequente e
reavaliação após cada intervenção. O exame físico deve ser completo com atenção especial ao
sistema cardiorrespiratório: SatO2, FR, FC, PA, TEC, amplitude de pulsos, nível de consciência e
diurese, observando alteração, de acordo com a idade.
CONDUTAS
Pacote de 1ª Hora:
* O limite ideal para definir “hiperlactatemia” em crianças ainda não foi definido. Alguns trabalhos têm demonstrado
que níveis entre 2 mmol/L e 4 mmol/L se associam de forma consistente à aumento de mortalidade.
5. Antibioticoterapia:
A antibioticoterapia intravenosa de amplo espectro, conforme o foco sob suspeita,
deve começar dentro de uma hora após a apresentação, de preferência após a
obtenção das culturas apropriadas.
A obtenção de culturas não deve atrasar o início da antiboticoterapia.
a. Para crianças oriundas da comunidade, sugere-se: Ceftriaxona; Adicionar Oxacilina se
risco de infecção por estafilococos;
b. Para pacientes com uma possível origem geniturinária, adicionar aminoglicosídeo;
c. Para uma possível fonte gastrointestinal, adicionar Clindamicina ou Metronidazol;
d. Na presença de choque séptico em ambientes com organismos resistentes ou em
pacientes de risco, adicionar terapia combinada com o objetivo de cobrir
microrganismos resistentes;
e. Crianças imunossuprimidas ou em risco de infecção por Pseudomonas, utilizar
Cefepime ou Carbapenêmicos;
f. Adicionar Vancomicina se fatores de risco para MRSA estiverem presentes;
g. Para pacientes com risco aumentado de infecção fúngica (por exemplo, fonte fúngica
identificada, imunocomprometidos com febre persistente com antibióticos de amplo
espectro) adicionar Anfotericina B
h. Se ausência de foco aparente utilizar Piperacilina sódica + tazobactam sódico +
Vancomicina
6. Ressuscitação Volêmica:
A ressuscitação volêmica está indicada para pacientes com alteração do TEC e/ou
alteração do nível de consciência:
a. Soro Fisiológico (SF) 0,9%: 10 a 20ml/kg em bolus (5-10 minutos).
b. Pacientes com choque séptico podem requerer volumes de até 60 ml/kg na primeira
hora.