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Effects of Infant Formula With Human Milk Oligosaccharides

on Growth and Morbidity: A Randomized Multicenter Trial


Puccio G, et al. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2017; 64(4):624-31

Objetivo
Investigar o efeito de fórmulas infantis suplementadas com 2 oligossacarídeos estruturalmente idênticos aos
do leite humano (HMOS = 2´FL e LNnT) no crescimento e tolerância de lactentes.

Desenho do estudo
Estudo prospectivo, randomizado, controlado e multicêntrico (Itália e Bélgica ). com duração de
intervenção de 6 meses e tempo de acompanhamento de 12 meses.

Amostra (n=175)
Lactentes saudáveis

Grupo referência Grupo controle (n=87) Grupo teste (n=88)


FI com HMOs (1g/L de 2´FL
AME (n=38) FI sem HMOs
& 0,5g/L de LNnT)

Legenda: AME: Aleitamento materno exclusivo / FI : Fórmula Infantil / HMOs: Oligossacarídeos do leite humano.

Critérios de inclusão Critérios de exclusão


• Doença congênita ou malformação que poderia
afetar o crescimento
• Lactentes ≤ 14 dias de vida
• Doença pré-natal e/ou grave pós-natal antes
• 37 a 42 semanas gestacional da inscrição no estudo
• 2500 g a 4500 g / ao nascer • Pai (s) menor (es)
• Decisão de não amamentar e manter alimentação • Pais que não cumpriram os procedimentos do
exclusiva por fórmula infantil antes da inscrição estudo
no estudo
• Participação atual ou anterior em outro ensaio
clínico

Desfechos
Desfecho primário: ganho de peso até os 4 meses de idade.
Desfechos secundários: antropometria, características das fezes, tolerância digestiva e morbidade relatada
pelos pais até os 12 meses de idade.

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Resultados
1. Crescimento adequado
Os HMOs (2´FL e LNnT) adicionados à fórmula infantil, sustentam o crescimento adequado, de acordo com os
padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) e são bem tolerados.

Meninos Meninas Meninos Meninas


A B
80

10

70

Estatura (cm)
8
Peso (Kg)

6 60

4
50

0 1 0 3 4 6 12 0 1 0 3 4 6 12 0 1 0 3 4 6 12 0 1 0 3 4 6 12
Idade, meses Idade (meses)

C Meninos Meninas
50
Perímetro cefálico (cm)

45

40

35
Legenda
0 1 0 3 4 6 12 0 1 0 3 4 6 12 Fórmula infantil sem HMOs
Idade (meses) Fórmula infantil com HMOs (2´FL + LNnT)
Referência OMS

Figura 1. Peso (A), estatura (B) e perímetro cefálico (C) de lactentes de 0 a 12 meses em relação aos padrões de crescimento da OMS.
Adaptado de Puccio et al. 2017.

2. Morbidade e uso de medicamentos


Os lactentes que receberam fórmula infantil com HMOs (2´FL e LNnT) tiveram significativamente menos relatos
de bronquite até 4, 6 e 12 meses, infecções do trato respiratório inferior até 12 meses, uso de antitérmicos até
4 meses e uso de antibióticos durante 6 e 12 meses em comparação aos lactentes alimentados com fórmula
sem HMOs (Figura 2). Os efeitos protetores continuaram após o período de intervenção de 6 meses.

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0-4 meses **
Bronquite 0-6 meses **
0-12 meses
** 70% menos casos

0-4 meses
ITRI* 0-6 meses
0-12 meses
* 55% menos casos

0-4 meses
Antibiótico 0-6 meses
*
0-12 meses
* 53% menos uso

0-4 meses * 56% menos uso


Antitérmico 0-6 meses
0-12 meses

0.01 0.1 1 10
*<.05, **P<.001 Odds Ratio

Análise usando os testes exatos de Fisner e relatado como odds ratio com 95% de Cls e valores de p;
* p <0,05, ** p <0,01. *ITRI - Infecção do Trato Respiratório Inferior

Figura 2. O efeito da fórmula infantil com HMOs na morbidade e uso de medicamentos. Adaptado de Puccio et al. 2017.

Conclusão
Os primeiros resultados em lactentes alimentados com fórmula infantil contendo 2 HMOs estruturalmente
idênticos aos do leite materno (2´FL e LNnT) são promissores: crescimento adequado à idade (de acordo com
os padrões da OMS), boa tolerabilidade, segurança no uso, menor incidência de infecções e menor uso de
medicamentos até 12 meses, quando comparada com uma fórmula infantil sem HMOs.

Fórmulas infantis com HMOs (2´FL e LNnT) oferecem uma melhor resposta imune em comparação
com fórmulas infantis sem HMOs.

Referência
Puccio G, et al. Effects of infant formula with human milk oligosaccharides on growth and morbidity: a
randomized multicenter trial. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2017;64(4): 624-31.

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1-23

22,23
-70%
CASOS DE
-56%
USO DE
BRONQUITE ANTITÉRMICOS

-55%
INFECÇÕES
-53%
USO DE
NO TRATO ANTIBIÓTICOS
RESPIRATÓRIO

*Quando comparado a fórmula infantil sem HMOs

NOTA IMPORTANTE: A nutrição ideal para mães e bebês durante os primeiros 1.000 dias de vida é fundamental para a saúde ao longo da vida.
Acreditamos que o aleitamento materno é a melhor opção para o lactente proporcionando benefícios nutricionais, de proteção contra doenças
e afetivos, demonstrando sua superioridade quando comparado aos seus substitutos. É fundamental que a gestante e a nutriz tenham uma
alimentação equilibrada e saudável durante a gestação e amamentação, para apoiar uma gravidez saudável e preparar e manter a lactação.
A amamentação é recomendada de forma exclusiva até o 6º mês de vida e sua manutenção é indicada até os 2 anos de idade ou mais. O uso
desnecessário de mamadeiras, bicos e chupetas, bem como a introdução desnecessária ou inadequada de alimentos artificiais e de demais
alimentos e bebidas, devem ser desencorajados, pois podem prejudicar o aleitamento materno e a saúde do lactente, além de dificultar o retorno
à amamentação. Caso a mãe opte por não amamentar e decida utilizar outros alimentos ou substitutos do leite materno, ela deve receber
orientações sobre as instruções de preparo dos produtos. Fórmulas infantis para necessidades dietoterápicas específicas devem ser utilizadas
sob supervisão médica, após a consideração de todas as opções de alimentação, incluindo a amamentação. Seu uso continuado deve ser avaliado
caso-a-caso considerando o progresso do bebê. É importante garantir a adequada higienização e esterilização de mamadeiras e utensílios, e o
uso de água previamente fervida para evitar prejuízos à saúde do bebê. A mãe deve estar ciente das implicações econômicas e sociais do não
aleitamento ao seio. O leite materno não é somente o melhor, mas também o mais econômico alimento para o bebê, e o uso de seus substitutos
aumenta significativamente os custos no orçamento familiar. É importante que a família tenha uma alimentação equilibrada e que, no momento
da introdução de alimentos complementares, respeitem-se os hábitos educativos e culturais para a realização de escolhas alimentares saudáveis.
Como bebês crescem em ritmos diferentes, os profissionais de saúde devem orientar pais e responsáveis sobre o momento apropriado para iniciar
a alimentação complementar.
 Em conformidade com a Lei 11.265/06 e regulamentações subsequentes; e com o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite
Materno da OMS (Resolução WHA 34:22, maio de 1981).
2030 - NOVEMBRO/2019

As referências bibliográficas podem ser acessadas pelo QR Code ao lado ou pelo site
Pediatria Nestlé

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