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DellaSulVirtual de Aprendizagem (DVA)

Disciplina na modalidade à distância

Esta apostila foi desenvolvida para uso exclusivo no Ambiente


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adequada informação.

Ciências
902 do Ensino Fundamental
Livro Didático – UNIDADE 02 - Presencial

Copyright@DellasulVirtual
O suporte limita-se ao conteúdo especifico do livro, e não a questões globais
Programa da Disciplina:

Unidade 01 - Presencial
- Diagnosticando problemas
- Formulando questões e propondo

Unidade 02 - Presencial
- Termometria
- Equipamento
- Epidemia

Unidade 03 - Presencial
- Planeta e universo
- Imagens de nosso planeta
- O sistema solar
- Aano bissexto!? para que serve isso?

Unidade 04 - Presencial

- As fases da lua
- Vida fora da terra
- A terra em movimento
- Temperatura média do planeta
- Recursos renováveis e não renováveis

Unidade 05 - Virtual

- Redução, reutilização e reciclagem


- Como evitar a deterioração da água?
- Parceiros da natureza

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UNIDADE 02
Para início dos Estudos

Caro Aluno:
Seja bem-vindo ao curso de Ciências.

Instruções:
1 - Trace uma meta, seja disciplinado e determine seu objetivo
de conclusão do curso;
2 - Com muita paciência e amor leia atentamente os capítulos
das apostilas;
3- Anote no caderno as dúvidas e sempre que for necessário
consulte o professor;
4 - Caso tenha dúvidas com o conteúdo da matéria que estiver
estudando, consulte um professor utilizando o fórum;
5 - É obrigatório o cuidado com a apostila, mantendo-a limpa
(sem rabiscos a lápis ou caneta) e em perfeitas condições
de uso.

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DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS EM TERMOMETRIA

Observe cuidadosamente os termômetros a seguir e as legendas de cada um. Os


tamanhos destes termômetros não estão em escala. O termômetro de laboratório é cerca
de duas vezes o tamanho do termômetro doméstico.
O conhecimento utilizado para a construção desses termômetros é o comportamento
de líquidos, como o álcool ou o mercúrio, quando são aquecidos e esfriados. Quando
recebem calor, os gases e a maioria dos líquidos se expandem e ocupam maior volume.
Quando perdem calor, se contraem e ocupam menor volume.
Se o bulbo do termômetro é aquecido pelo nosso corpo, pelo ar ou ao entrar em
contato com um material com muita energia térmica, o líquido que está dentro dele
também se aquece e se dilata, subindo pelo fino tubo de vidro. Quando o líquido esfria,
ele se contrai e volta para o bulbo.

No termômetro acima contém mercúrio dentro do bulbo de onde parte um tubo


finíssimo. Se o bulbo for aquecido, o mercúrio se aquece e se expande subindo pelo tubo
fino até um determina- do ponto. Esse ponto indica a temperatura do corpo que está em
contato com o bulbo.
No termômetro ao lado contém álcool colorido. Quando aquecido, o álcool se
expande e sobe pelo tubo fino.
Atividade 01:
a) Qual termômetro da figura acima indica a temperatura mais
alta?
b) Qual indica o corpo ou lugar mais quente?
c) Qual temperatura indica maior energia térmica?
d) Como é feita a medida da temperatura em cada termômetro?
e) Se você colocar o bulbo de um termômetro em contato com água
quente e notar que ele sobe até o número 50 da escala, qual a
temperatura da água?
f) E se colocar um termômetro dentro do congelador, sem apoiar o bulbo nas paredes do
congelador, esse termômetro está medindo a temperatura do quê?

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Utilizando o experimento podemos entender como os líquidos e gases se comportam
quando são esfriados e aquecidos, sendo a mistura dos gases afetados pela expansão e
contração do ar, como segue:

Procedimento:
I. Amarre um balão de borracha na boca de uma garrafa ―vazia‖.
II. Coloque a garrafa dentro de uma vasilha com água quente e observe o que
acontece.
III. Coloque a seguir a garrafa em uma vasilha com água gelada e observe o que
acontece.

Atividade 02:
a) Por que no primeiro item a palavra vazia está entre aspas (―vazia‖)?
b) O que você acha que vai acontecer? Escreva na tabela abaixo a sua previsão.

Garrafa Resultado previsto Resultado


Inicial observado
Colocada em água quente
Colocada em água gelada

Atenção! Para melhor compreensão, tente realizar o mesmo experimento em sua casa,
mas cuidado com á água quente.

A garrafa aparentemente ―vazia‖ está cheia de partículas invisíveis de ar. Quando a


garrafa é colocada em água quente, o ar que está dentro dela se aquece e expande,
enchendo o balão de borracha. Isso acontece por que quando o ar recebe calor ele fica com
energia térmica maior, isto é, suas partículas ficam mais agita- das, se chocam mais, se
expandindo e enchendo o balão.
Ao mergulharmos a garrafa na água gelada, o ar que está dentro dela perde calor e
suas partículas se agitam menos, diminuindo os choques, se contraindo e esvaziando a
bexiga.
O comportamento de se expandir e contrair, conforme sua energia térmica aumenta
ou diminui, é uma propriedade dos gases e da maioria dos líquidos.

Construção de Equipamentos

A construção de equipamentos diversos e o seu funcionamento se baseiam em


propriedades de materiais estudados pelas Ciências Naturais. No caso dos termômetros,
a propriedade utilizada foi à expansão e contração de líquidos em função do calor que
recebem ou cedem. Esse é apenas um exemplo de como os conhecimentos científicos
propiciam a construção de instrumentos que têm sido de grande valia tanto para a
medicina, como para a previsão meteorológica.

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ACONTECIMENTO MOTIVADO

As coisas não acontecem sem motivo, as flores desabrocham, abrem-se em esplendor


e murcham. Raios riscam o céu em tempestades fabulosas. O cheiro da massa de um bolo
no forno anuncia seu preparo. Aparelhos podem deixar de funcionar. Nós conhecemos
bem tudo isso, mas entender suas causas não é nada simples. Muitos fatores precisam
ser analisados, pois cada fato pode ter mais do que um motivo ou causa. Esses fatores
chamam-se variáveis.
Pense em um aparelho bem comum, o despertador. Se um dia você perde a hora
porque ele não tocou, depois do susto ao ver as horas, o que você faz?
Provavelmente, vai investigar se de fato o colocou para despertar, checando os
passos do procedimento adequado. Se estiver tudo ok, vai investigar o funcionamento do
despertador, se ele for movido à pilha, vai ver se a pilha está bem colocada, ou seja, vai
verificar as variáveis envolvidas no seu funcionamento.
Às vezes temos clareza do que está em jogo, outras vezes não. Podemos nos
defrontar com fenômenos semelhantes sem perceber relação entre eles. Um bom exemplo
disso pode ser observado na culinária em diversas receitas encontramos recomendações
para aquecer ou manter aquecido este ou aquele ingrediente. A atividade a seguir ilustra
esse fato.

Analise o fato...

Uma receita caseira para preparação de coalhada (iogurte) recomenda misturar leite
morno com limão, deixando a mistura aquecida e em repouso durante algumas horas.

Atividade 03:
Elaborando hipóteses, faça:
a) Por que há a recomendação de usar leite morno e deixá-lo aquecido?
b) Também no processo de fabricação de pão é costume usar água ou leite morno e deixar
os pães em lugar quente e abafado para crescerem mais rapidamente. Você consegue
encontrar uma explicação para essa prática?
c) Todo mundo sabe que em dias de calor, não se deve deixar alimentos fora da geladeira,
pois o calor azeda os alimentos. Você sabe disso, mas consegue explicar?

O desafio que está sendo proposto a você é investigar a influência que a variação da
temperatura (medida da energia térmica) tem sobre alguns fatos que observamos no
nosso dia-a-dia. Alguns medicamentos, principalmente antiácidos e algumas vitaminas,
podem ser encontrados sob a forma de comprimidos efervescentes. Eles se desmancham,
produzindo bolhas, assim que entram em contato com a água.
Vamos usar a efervescência para estudar a influência do calor em situações diversas
do nosso dia-a-dia.
Mas vamos começar entendendo a efervescência.
Você já pensou no que pode causar tal fato?
Já pensou de onde vêm as bolhas e o gosto que fica na água após a efervescência
terminar?

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Pode-se explicar esse fato da seguinte forma, toda vez que uma ou mais substâncias
se transformam em outra(s) substância(s) dizemos que está acontecendo uma reação
química. Nesse caso, as substâncias do comprimido se transformaram, produzindo novas
substâncias, com gosto diferente, inclusive. As substâncias que se transformam nas
reações químicas são chamadas reagentes e as produzidas são chamadas produtos.
Veja agora um possível diálogo, sobre comprimidos efervescentes, entre um (P)
professor ou professora de Ciências e uma (A) al una ou aluno.

DIÁLOGO

HORA, BOLAS!
(P) Por que a água muda de gosto ao final da efervescência? E as bolhas?
(A) Bem, o gosto que fica na água é um produto da reação química.
(P) Legal, mas gosto é uma substância ou...
(A) Já entendi! O gosto não é um produto. O gosto é o sabor da substância que se forma e
que fica na água, então essa substância é que é um produto! Bem legal, entendi. Mas,
e as bolhas?
(P) É, e as bolhas? Elas são substâncias ou, tal como o sabor, elas indicam que uma
substância nova está presente?
(A) Huuummm ...
(P) Você já viu alguma outra situação onde se formam bolhas em um líquido?
(A) Quando abro a garrafa de um refrigerante ou de água mineral com gás sobem bolhas.
(P) Pois é, quando você abre uma garrafa de água mineral com gás sobem bolhas. Mas
na garrafa de água mineral sem gás sobem bolhas?
(A) Não.
(P) Então, como surgem as bolhas na água com gás? (A) É um gás que forma as bolhas
no líquido?
(P) Sim, é isso mesmo: quando abrimos a garrafa, o gás, dissolvido sob pressão, sobe e
borbulha na água. E no caso de uma reação química, como ocorre a efervescência?
(A) Um dos produtos é um gás?
(P) Isso mesmo, a efervescência produz o gás carbônico (CO2), que forma as bolhas.
(A) É bem bacana entender como essas coisas acontecem! Bem, até logo e um abraço.
(P) Só mais uma pergunta, faz diferença usar a água gelada e água aquecida?
(A) Ih!

Essa última pergunta é fundamental, pois se refere à variável que queremos estudar
o calor.
Variáveis são circunstâncias que podem influenciar de um modo ou de outros
fenômenos naturais ou induzidos pela atividade humana. Conhecendo-as é possível
controlar o fenômeno, havendo, inclusive, possibilidade de adequá-lo à conveniência de
quem o estuda.

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Desenvolvendo competências

O desafio proposto a seguir é descobrir se o calor influencia a efervescência, ou


seja, se o calor acelera a efervescência ou a deixa mais lenta. Pense num
procedimento para investigar experimentalmente essa hipótese em casa.

Pensou? Então continue a leitura!

Você pensou em colocar um comprimido em água quente e outro em água fria?


Esse pode ser um bom caminho.
Mas atenção! Para comparar os resultados e poder concluir alguma coisa sobre
o tempo de efervescência, a quantidade de água, o tipo de comprimido e o
tamanho dos comprimidos precisam ser semelhantes, pois todas essas variáveis
influenciam o resultado.
O esquema explicativo abaixo indica procedimentos adequados para a
realização desse experimento. Providencie o material necessário e faça o que é
proposto, cuidando para não se queimar ao esquentar a água, caso realmente você
resolva realizar a experiência em casa.

Registre aqui sua hipótese inicial e o


resultado observado.

Atividade 04:

a) O calor influencia a efervescência?


Como?
b) O calor influencia uma reação química?
Como?

A rapidez da reação química entre o comprimido efervescente e a água pode ser


alterada. Ela é mais rápida quando se usa água quente e é mais lenta quando se
usa água gelada.
Qualquer reação química pode ter sua rapidez alterada da mesma forma. Isso
acontece porque o calor faz as partículas da água se movimentar mais rapidamente,
acelerando o contato dos reagentes e sua transformação nos produtos da reação.

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ALGUMAS HIPÓTESES

Releia as explicações que você deu sobre coalhada e leite azedo.

Elas estão adequadas?

Na formação da coalhada está acontecendo uma reação química. Nela, os


reagentes são o leite e o limão, e o produto é a coalhada. Como já vimos, quando a
temperatura aumenta até certo ponto, ocorre à aceleração da reação química,
produzindo a coalhada mais rapidamente.
O fermento biológico usado na produção de pães é um microrganismo que
produz gás carbônico (CO2) através de uma reação química. Conforme o gás se
acumula na massa, forma buracos que fazem a massa crescer. Como as reações
químicas são mais rápidas em ambiente aquecido, usar leite ou água morna acelera
a produção de gás carbônico, acelerando o crescimento do pão.
No calor, os alimentos azedam mais rapidamente, porque as reações químicas
responsáveis pela produção das substâncias que azedam os alimentos são
aceleradas.
Colocando os alimentos na geladeira, ocorre a perda de calor e as reações
químicas ocorrem mais lentamente, o que retarda o azedamento dos alimentos.

REGISTRANDO SITUAÇÕES

No momento em que entendemos como as variáveis interferem em um


determinado fenômeno como uma reação química, por exemplo, além de
ampliarmos nossa rede de informações e conhecimentos, podemos aplicar o novo
saber a situações cotidianas, tornando nossa vida mais agradável, confortável ou
segura.

CONHECIMENTO ALIADO DA POPULAÇÃO

Todas as Ciências têm seus métodos de estudo e divulgação de conclusões. É


comum que algumas Ciências, ao divulgarem resultados de seus estudos, indiquem
procedimentos de interesse da população.
Um bom exemplo é a divulgação de conhecimentos que resultam em ações de
proteção à saúde, como a importância da vacinação e o uso de água filtrada ou
fervida como modo de proteção à saúde.
A população também precisa se informar sobre epidemias. Quando um
pesquisador/a estuda uma doença contagiosa, procura descobrir como essa doença
passa de uma pessoa a outra. O primeiro passo é descobrir se há vetores, que são

os seres vivos que disseminam a doença. Se houver, devem-se estudar seus


hábitos alimentares e reprodutivos, para se conhecerem os procedimentos que

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podem evitar o contágio. Alguns desses procedimentos envolvem ações pessoais;
outros, para serem efetivos além da atitude individual, dependem de ações
coletivas.
Vamos discutir o uso de procedimentos baseados em informações científicas na
busca de soluções para um problema real: a epidemia de dengue. Há muito tempo
conhecida e controlada, a dengue voltou a ameaçar a população de cidades
brasileiras no final da década de 1980 e começo de 1990.

Analisando o quadro

Atividade 05:
Após ler o quadro, responda:
a) Na sua opinião, por que a
dengue é mais freqüente nas
regiões pobres da Terra?

b) Quantos casos de dengue


foram registrados no Brasil
nos dois primeiros meses de
2002? E nos dois primeiros
meses de 2000?

c) Se nada for feito, o que é


possível prever para os
próximos anos?

O título do quadro anterior fala em explosão brasileira e, como você está


coletando informações para entender a epidemia de dengue que voltou a ameaçar o
povo brasileiro, leia os textos a seguir para entender o uso da palavra explosão.

DENGUE: O PIOR JÁ TERIA PASSADO (2002)

A epidemia de dengue de 2002 no estado já mostrou a sua força letal ao se


igualar em número de mortes (24) à de 1991, a maior até então. Para o secretário
estadual de Saúde (...) a tendência agora é de queda no número de casos. (...)
Segundo o último balanço do estado, divulgado em 27 de fevereiro, em janeiro
foram notificados 32.684 casos de dengue, o que representa uma média diária de
1.054.
Em fevereiro foi 19.279, uma média de 714 casos por dia. Entretanto, é
importante ressaltar que a previsão do secretário só se comprovará dentro de duas
semanas, já que os números chegam à secreta- ria com atraso.

O Globo, Rio de Janeiro, p. 16, 3 mar. 2002.

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ano Estado Nº aproximado de casos de dengue
1998 RJ
2000 RJ
2002 RJ

Atividade 06:
a) Complete a tabela ao lado utilizando as informações dos textos da Revista Veja e
dos jornais O Estado de São Paulo e O Globo, apresentados anteriormente.
b) Você percebeu a diferença de números apresentados na matéria da revista Veja
e na matéria do jornal O Globo? Olhe as datas de cada publicação. Como essa
diferença pode ser explicada?
c) A qual explosão o título da matéria da Veja se refere?
d) Se nada for feito, o que pode acontecer em relação à dengue nos próximos anos?
e) As datas apresentadas pelos textos (com maior número de casos no ano) sempre
se referem aos meses iniciais do ano os meses mais quentes. Faça uma hipótese
para esse fato.

Afinal, o que precisa ser feito para controlar essa epidemia?

Para responder a essa pergunta é necessário conhecer a doença e seu modo de


transmissão. Vamos lá!
A dengue é uma doença transmissível provocada por um vírus, o agente
infeccioso, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que é o vetor. Como não
existem vacinas ou remédios para prevenir, a alternativa é impedir a multiplicação
dos mosquitos para que não piquem as pessoas. Conhecer bem os hábitos do Aedes
aegypti é o mais importante aliado da população.
Um modo de informar é através de folhetos e cartazes, geralmente produzidos
e distribuídos por Secretarias de Saúde. Os jornais estão assumindo papel
significativo nessa divulgação.

Leia atentamente os textos a seguir, refletindo sobre as informações


apresentadas e procurando responder ―o que precisa ser feito‖.
Com essas informações você já consegue responder a duas questões propostas
anteriormente.

Atividade 07:
a) Por que o maior número de casos de dengue acontece no verão?
b) O que você precisa fazer?
c) Escreva suas respostas e compare com as que haviam escrito antes de ler esses
dois textos (atividade 06, item e). Estão muito diferentes? Qual a diferença?

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O Mosquito
O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Originário da
África, foi disseminado de forma passiva pelo homem, hoje é considerado um mosquito cosmopolita.
Menor que os mosquitos comuns, o Aedes aegypti é preto com riscos formando um pequeno
desenho semelhante a uma taça no tórax e listras brancas na cabeça e nas pernas. Suas asas são
translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O macho, como os de qualquer espécie, alimenta-se exclusivamente de frutas. A fêmea, no
entanto, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos que são depositados separadamente
nas paredes internas de objetos, próximos a superfícies de água limpa, local que lhes oferece melhores
condições de sobrevivência. No momento da postura são brancos, mas logo se tornam negros e
brilhantes.
Em média, cada A. aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200
ovos. Se forem postos por uma fêmea contaminada pelo vírus da dengue, ao completarem seu ciclo
evolutivo, transmitirão a doença.
Os ovos não são postos na água, e sim milímetros acima de sua superfície, principalmente em
recipientes artificiais. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos que eclodem
em pouco menos de 30 minutos. Em um período que varia entre sete e nove dias, a larva passa por
quatro fases até dar origem a um novo mosquito: ovo, larva, pupa e adulto.
O A. aegypti põe seus ovos em recipientes artificiais, tais como latas e garrafas vazias, pneus,
calhas, caixas d?água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa
armazenar água de chuva. O mosquito pode procurar ainda criadouros naturais, como bromélias,
bambus e buracos em árvores.
A transmissão da dengue, bem como da febre amarela, depende da concentração do mosquito:
quanto maior a quantidade, maior a transmissão. Esta concentração está diretamente relacionada à
temperatura e pela presença das chuvas: mais chuvas, mais mosquitos.

Foco de Aedes aegypt


O Aedes aegypti é um mosquito urbano, embora já tenha sido encontrado na zona rural,
onde foram levados em recipientes que continham ovos ou larvas. Próprio das regiões tropical e
subtropical, não resiste a baixas temperaturas presente em altitudes elevadas.

Artigo publicado pelo Governo do Estado do Espírito Santo


SESA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE (AEDES AEGYPTI)

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Leia também o artigo sobre a opinião de médicos que acompanharam em 2002 a
epidemia carioca.

MÉDICOS CRITICAM AÇÕES ANTIDENGUE.

Desorganização falta de comando e de coordenação nos governos municipal,


estadual e federal no controle da dengue. Estas são as principais falhas apontadas
por epidemiologistas e sanitaristas no combate à epidemia. Para tornar eficaz o
controle da doença, eles sugerem integração de ações.
O sanitarista Eduardo de Azevedo Costa, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
diz que a situação piorou porque não houve um comando unificado no controle da
epidemia e um comitê para disciplinar o atendimento médico. (...)
Ele acrescenta que concentrar o combate à larva do Aedes aegypti é a medida
mais eficaz. Mas durante a epidemia o fumacê é muito importante para interromper a
transmissão, pois atinge os mosquitos.
(Fumacê é a pulverização de inseticidas feita na cidade por agentes de saúde.)
Já o infectologista Edmilson Migowski, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), diz que não há uma orientação única, coerente. Cada autoridade fala
uma coisa e a população fica perdida. (...)
O epidemiologista Roberto Medronho, da UFRJ, diz que as medidas tomadas
para combater a epidemia chegaram muito tarde.
A epidemia era evitável. Apesar de todas as previsões indicando o surgimento
desta epidemia, muito pouco foi feito nas áreas federal, estadual e municipal. (...) É
preciso ainda continuar o trabalho quando esta epidemia terminar – diz ele.
Cláudio Struchiner, da Fiocruz, afirma que ―o principal investimento é começar a
se perguntar por que a situa- ção chegou a este ponto. Esta epidemia vai passar, mas é
preciso dar continuidade ao trabalho de prevenção e melhorar o monitoramento dos
casos. É preciso estar atento (...)‖.

O Globo, Rio de Janeiro, p. 19, 3 abr. 2002.

Atividade 08:
a) O que precisa ser feito pelos órgãos públicos e pela população?
b) Qual a importância do conhecimento científico na prevenção à dengue?
c) Como a população pode ter acesso a esses conhecimentos?

O conhecimento você já tem, agora é hora da ação para eliminar os criadouros de


Aedes do local onde você vive.

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Atividade 09:
ATIVIDADE PESSOAL FAMILIAR:
Faça uma vistoria, de preferência juntamente com seus familiares, e vá eliminando
todos os focos localizados.

Uma boa informação foi dada pela bióloga Alessandra Laranja, da Universidade
Estadual de São Paulo (UNESP/São José do Rio Preto). Ela descobriu que o pó de café
que fica no coador – borra de café impede a postura de ovos pela fêmea do Aedes.
Colocar borra de café nos vasos e no solo de jardins e quintais, além de prevenir a
dengue a custo praticamente zero, pode servir de adubo natural.
Após realizar esta atividade sua casa está livre de criadouros de Aedes, pense no
seguinte.
a) A epidemia de dengue pode ser resolvida apenas com atitudes individuais!
b) Juntos, podemos com certeza eliminar a dengue de nossas cidades.

REGISTRANDO CONCLUSÕES

Você se informou e identificou as variáveis que determinam o problema da volta


da dengue estudando notícias e o folheto do Ministério da Saúde. Aprendeu como
enfrentá-lo desenvolvendo ações de eliminação do criadouro de mosquito em sua
residência e outros locais onde convive. Percebeu também que esse conhecimento deve
ser divulgado, pois a erradicação da epidemia precisa da ação de toda a população,
além das ações do poder público. Quer dizer, para erradicar a dengue todos precisamos
fazer a nossa parte.

CAMINHAR É PRECISO!

Você deu mais um passo na ampliação do seu conhecimento sobre a natureza e


suas interações com os seres humanos. Você diagnosticou problemas, analisou-os e
propôs questões e soluções usando conhecimentos científicos.
Exercite esse modo de pensar e enxergar o mundo, sem aceitar explicações
supersticiosas ou superficiais; vá fundo em tudo o que necessitar ou despertar sua
curiosidade. A aquisição do hábito de refletir torna mais claro o caminho da busca
para a preservação da saúde e da dignidade humana enfim, para a qualidade de vida.

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Ciclo do mosquito da dengue—ESQUEMA

MOSQUITO ADULTO

LARVA

PUPA

FIM DA UNIDADE 02 - CIÊNCIAS


Ciências – 902 do Ensino Fundamental Página: 15

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