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Luminotécnica,

Dispositivos de
Comando e
de Proteção
Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues
Luminotécnica, Dispositivos
de Comando e
de Proteção

Introdução
Você está no conteúdo Luminotécnica, dispositivos de comando e de proteção.
Conheça aqui os fundamentos principais da Luminotécnica, com os pontos mais
importantes que você precisa saber para desenvolver e compreender um projeto de
instalações elétricas como um todo.

Além disso, aqui você verá os principais dispositivos de comando e de proteção


utilizados nas instalações elétricas residenciais, prediais e industriais, também
compreendendo como estes funcionam na prática.

Bons estudos!

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Fundamentos de Luminotécnica
Por luminotécnica entende-se o estudo da aplicação da iluminação artificial nos
ambientes, externos e internos. Além disso, para entender o que e como usar, é
importante compreender de antemão como a energia chega até as residências, aos
pontos comerciais e às indústrias.

A seguir iniciaremos então nosso conteúdo, compreendendo os conceitos físicos por


trás da luz.

A Física da Luz

Sabe-se que a luz advém de uma forma de onda de natureza eletromagnética, um


tipo de oscilação de campo, em uma determinada frequência e comprimento de onda
que a tornam visível (KNIGHT, 2009; BAUER et al., 2013). A luz visível irá se referir,
então, a ondas eletromagnéticas de comprimentos de 400 nm, o que corresponde, na
prática, à cor azul, até 700 nm, correspondentes à cor vermelha, como pode ser visto
pelo espectro eletromagnético geral apresentado:

Figura 1 - Espectro eletromagnético geral


Fonte: BAUER et al., 2013. p. 325.
#PraCegoVer: Na imagem, vemos um espectro eletromagnético com o
comprimento de onda das luzes e suas frequências.

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Uma outra forma de se compreender o conceito de cor, ainda, é visualizar que esta se
trata, então, de uma percepção visual, gerada pela ação de um feixe de fótons sobre
as células especializadas que formam a retina do olho, transmitida pelo nervo óptico
em impressões para o sistema nervoso. Um objeto tem sua cor correspondente aos
raios luminosos não absorvidos, dados por esta frequência correspondente.

Além disso, como demonstrado ainda pelo próprio diagrama do espectro, visto na
figura, tem-se ainda as ondas infravermelhas, correspondentes, na prática, à sensação
de calor perceptível. Com isto, uma aplicação comum é utilizar este princípio para a
medição da fuga de calor de uma residência, através de suas instalações físicas. Por
outro lado, um outro ponto importante é que existem animais capazes de enxergar
ondas infravermelhas e, desta forma, tornam-se capazes de enxergar no escuro, por
exemplo (BAUER et al., 2013).

Saiba mais
Diversos tipos de torneiras automáticas utilizam o princípio da
aplicação de feixes luminosos, para abertura e fechamento.

A este ponto é importante compreender, ainda, o papel dos raios ultravioletas, que
possuem comprimento de onda mais curto com relação à luz visível, como visto
no diagrama da figura anterior. Este tipo de raio é capaz de trazer danos à saúde,
como queimaduras na pele e, um exemplo de proteção destes efeitos indesejáveis,
é a própria camada de ozônio. Ademais, sabe-se que raios ultravioletas são usados
na esterilização de equipamentos hospitalares e na fluorescência (KNIGHT, 2009;
BAUER et al., 2013).

Por último, quanto à sensibilidade visual, sabe-se que está diretamente relacionada à
luminosidade e que, de fato, mais especificamente quanto à visão humana, observa-
se que esta varia caso seja dia ou noite. Radiações com comprimento de onda
inferior, como visto nas cores violeta e azul, geram com maior intensidade a sensação
luminosa quando há pouca luz ambiente, o que engloba períodos de crepúsculo ou
à noite. Por outro lado, as radiações de comprimento de onda superior, como é o
caso das cores laranja e vermelho, a maior intensidade está associada a períodos ou
locais com mais luz.

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Tipos de Lâmpadas e Luminárias e de Iluminação

As lâmpadas elétricas pertencem basicamente a quatro tipos principais:


incandescentes, halógenas, de descargas e dispositivos de estado sólido (NERY,
2018). Começando pelas lâmpadas incandescentes, sabe-se que estas são
formadas basicamente por um bulbo de vidro que, dentro, possui um filamento feito
de tungstênio, que possui o efeito de incandescência por suas propriedades físico-
químicas na passagem de corrente, devido ao Efeito Joule (CREDER, 2007). Além
disso, geralmente estas possuem um tubo em sua estrutura, que contém um gás
inerte ou então está em vácuo, para minimizar o processo de oxidação do filamento.

Passando agora para o estudo das lâmpadas halógenas, observa-se que estas são
dispositivos incandescentes, mas com outro tipo de elemento no interior, geralmente
elementos como o iodo ou o bromo, que se combinarão com o tungstênio, devido
à reação química gerada que produz um elemento halogêneo. Esta reação química
faz com que, na prática, este tipo de lâmpada seja mais eficiente que a anterior, pois
o filamento poderá apresentar temperaturas superiores em comparação a outra
lâmpada (COTRIM, 2009; NERY, 2018). Além disso, observa-se outras vantagens
como uma maior temperatura da cor do fluxo luminoso, o que ficará mais claro
adiante, quando analisarmos com detalhes as principais grandezas dentro do estudo
da luminotécnica e, adicionalmente, será um dispositivo de maior eficiência luminosa.

Desta forma, é possível observar, de maneira geral, que as lâmpadas halógenas


apresentam grande potência, são mais duráveis, além de possuírem também melhor
rendimento, como já visto e sabe-se, também, que, geralmente, são de menor dimensão
e reproduzem mais fielmente as cores. Uma desvantagem, por outro lado, está no
valor, que é relativamente superior quando comparado a outros tipos de lâmpadas
(CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Quanto ao uso destas, observa-se, na maior parte
dos casos, para a iluminação externa, em ambientes como quadras e praças e,
além disso, deve-se ter em mente os seguintes cuidados na instalação: Lâmpadas
halógenas de maior potência devem ser protegidas por fusíveis, pois observa-se na
prática que devido às dimensões geralmente reduzidas destas, estão mais propensas
à formação arcos elétricos internamente; É necessário estar atento à ventilação das
bases e dos soquetes, pois geralmente as temperaturas dos dispositivos se elevam
e isto poderá danificá-los;

Além disso sabe-se que o contato direto com as mãos, sobretudo com o bulbo da
lâmpada (geralmente de quartzo), poderá levar a falhas de funcionamento devido às
manchas de gordura formadas.

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Por fim, ainda sobre as lâmpadas halógenas, é possível citar um outro tipo importante:
a lâmpada dicroica. Estas lâmpadas poderão ainda ser fechadas ou abertas,
dependendo da relação construtiva estabelecida pelo uso de um vidro na parte da
frente e observa-se que estas, em geral, possuem um facho de luz mais delimitado
e também mais homogêneo, além de operarem em muitos casos com valores bem
delimitados de tensão, normalmente 12 V, o que demanda o uso de um transformador
em sua instalação (COTRIM, 2009). Outras vantagens, ainda, deste tipo de lâmpada é a
iluminação de cor branca, mais brilhante e mais intensa, além da menor transferência
de calor para o ambiente.

Saiba mais
As lâmpadas halógenas dicroicas são geralmente usadas na
decoração de ambientes.

Agora, em relação a este ponto, veremos outro tipo importante de lâmpada: os


elementos de descarga. Desta forma, sabe-se que as lâmpadas de descarga
funcionam devido aos efeitos do que ocorre em determinados elementos químicos
na circulação de corrente elétrica, onde o fluxo luminoso é gerado diretamente ou
indiretamente pela corrente em um gás ou vapor. Com isto, este tipo de lâmpada
pode ser classificado pelo tipo do gás ou vapor utilizado para promover a iluminação:
fluorescente, luz mista, luz negra, multivapores, vapor de sódio, vapor de mercúrio,
entre outras (CREDER, 2007; COTRIM, 2009).

As lâmpadas fluorescentes podem ser tubulares, por exemplo, que possuem em sua
construção, na maior parte dos casos:

• um bulbo cilíndrico de vidro;


• eletrodos metálicos feitos de tungstênio e óxidos específicos nas extremida-
des para aumentar o poder emissor.

Um tipo de vapor, que pode de mercúrio ou argônio, armazenados à baixa pressão no


interior da lâmpada; Pinturas nas paredes do bulbo, feitas com materiais fluorescentes,
como por exemplo cristais de fósforo.

Outra informação importante sobre as lâmpadas fluorescentes é que, normalmente,


este tipo de dispositivo possui o que chamamos de “partida lenta” e, com isto, na
prática, utiliza-se na instalação o starter (ignitor) e o reator. O starter provoca um pulso

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de tensão para ignição da lâmpada e o reator, por sua vez, pode ser eletromagnético
ou eletrônico, capaz de provocar uma diminuição na corrente que circula na lâmpada
ao longo de seu funcionamento e um aumento na tensão durante a ignição (CREDER,
2007; COTRIM, 2009). Além disso, observa-se que os reatores eletrônicos são
mais frequentes nos modelos atuais de lâmpadas fluorescentes, devido a diversas
vantagens como o menor consumo de energia e a minimização da cintilação, sendo
este o resultado de variações inerentes na tensão e que refletem em variações de
luminosidade perceptíveis.

Mais especificamente quanto aos modelos, tem-se que as lâmpadas tubulares são
utilizadas em áreas maiores, como estabelecimentos comerciais e apresentam
tonalidades de cor distintas, além disso, a partida destas pode ser feita de forma
eletrônica também. As lâmpadas fluorescentes podem ser, também, circulares,
compactas, dependendo da necessidade de aplicação e, com isto, tem-se, ainda,
outros tipos conhecidos, como as lâmpadas fluorescentes compactas integradas.
Nos modelos integrados, o que se visou, principalmente, foi o desenvolvimento de
dispositivos cujo starter está diretamente associado à base, de forma compacta e que
estes fossem dispositivos para substituir, com eficiência, lâmpadas incandescentes
comuns, com baixa eficiência. Assim, estima-se que estas lâmpadas são capazes
de oferecer valores médios de 80% de economia no consumo de energia, maior vida
útil e, também, fatores importantes como a boa reprodutibilidade de cores (CREDER,
2007). Além disso, existem também os modelos compactos não integrados, formadas
normalmente por tubos revestidos de material em pó fluorescente interligados e um
reator eletromagnético acoplado. Geralmente são usadas em luminárias de mesa,
arandelas e em outros tipos de sistemas de iluminação embutida, tanto no meio
comercial quanto residencial. Ademais, quanto aos modelos circulares tem-se boas
opções para lâmpadas incandescentes convencionais, sendo dispositivos circulares
e com adaptador para os modelos comuns de soquetes.

Agora veremos outros tipos importantes: as lâmpadas a vapor. A lâmpada de vapor


de mercúrio, por exemplo, geralmente é utilizada em locais abertos de iluminação,
como vias públicas. Apresenta algumas propriedades particulares de funcionamento
devido ao tipo de relação estabelecida com o vapor, como o fato de que a partida
desta leva alguns segundos e só entrará, de fato, em operação em até 6 minutos.
Adicionalmente, observa-se que o mercúrio não pode ser reionizado (já que ocorre
um processo de ionização para a geração da luminosidade), até que diminua a
temperatura que se atingiu anteriormente (CREDER, 2007). Um outro exemplo de
lâmpada de vapor é a que funciona com vapor de sódio, geralmente implementada
em locais onde há a necessidade de uma luz monocromática amarela com nada

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de ofuscamento, como em locais onde costuma ocorrer névoa, como em estradas,
pontes, aeroportos e outros locais. Por último, a este ponto é importante observar,
ainda, as lâmpadas multivapor metálico, geralmente estabelecidas com a introdução
de elementos como iodetos e brometos, ao vapor de mercúrio. Isto faz com que seja
potencializada a eficiência luminosa, comparada ao modelo de vapor de mercúrio,
especialmente, tornando-as indicadas em instalações nas quais é necessária uma
ótima qualidade na reprodução das cores, como lojas e shoppings por exemplo e,
também, sabese que estas dependerão para funcionar da presença de um reator e de
um starter (COTRIM, 2009).

A figura seguinte apresenta um exemplo típico de uma lâmpada a vapor de mercúrio,


demonstrando, no esquemático, os principais elementos que fazem parte desta
lâmpada geralmente:

Figura 2 - Lâmpada a vapor de mercúrio


Fonte: CREDER, 2007. p. 154.
#PraCegoVer: desenho esquemático de uma lâmpada a vapor de mercúrio,
formada de baixo para cima pela base (metálica), o resistor de partida, os
eletrodos principais e o auxiliar, o suporte do tubo de arco, um selo prensado e
o bulbo externo da lâmpada.

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As lâmpadas de luz mista, por sua vez, são formadas basicamente por um tubo com
gás e com paredes revestidas de fósforo, além de um tubo de descarga em série com
um filamento de tungstênio, onde, assim como no caso da lâmpada de mercúrio, a
radiação ultravioleta da descarga do gás ou vapor é convertida em luz pela camada
de fósforo. Além disso, neste caso, tem-se, também, a radiação do próprio tubo e do
filamento e, com isto, forma-se a iluminação proveniente deste dispositivo. Por tais
características é possível fornecer uma luz branca difusa, com um tom confortável à
visão e não se faz necessário o uso de um reator, vantagem considerável, apesar da
baixa eficiência luminosa, o que tornam as aplicações limitadas (COTRIM, 2009).

Já as lâmpadas de luz negra são, também, lâmpadas de vapor de mercúrio, mas, neste
caso, no bulbo externo utiliza-se um material conhecido como vidro de Wood, onde
utiliza-se o óxido de níquel. Este, por ser transparente ao raio ultravioleta próximo,
irá absorver a maior parte do fluxo luminoso produzido e, assim, gerar a “luz negra”.
Como aplicações é possível citar o levantamento de impressões digitais, a busca por
determinadas adulterações e outros fins específicos, devido à esta emissão de luz
(COTRIM, 2009).

Por fim, as lâmpadas de estado sólido, como os LEDs por exemplo, que tendem a
substituir boa parte das lâmpadas utilizadas nos ambientes em geral, que já são
usadas em aparelhos eletrônicos e aplicações como o trânsito. Estas são lâmpadas
de alto rendimento em geral, que tem vida útil de pelo menos 100 mil horas (CREDER,
2007). A figura seguinte mostra um exemplo destas lâmpadas:

A seguir você verá as principais grandezas envolvidas no estudo da luminotécnica.

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Figura 3 – Lâmpada de LED
Fonte: Murattellioglu, Shuterstock, 2020
#PraCegoVer: Lâmpada de LED em fundo branco, de cor branca

A tabela a seguir, obtida a partir da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores


de Produtos de Iluminação (ABilumi), resume alguns exemplos de utilização e
equivalência das lâmpadas mais utilizadas nas instalações residências e de baixa
tensão em geral, para iluminação típica:

Potência Potência Potência


Incandescente (W) Fluorescente (W) Led (W)

40 10 7

60 15 9

75 20 12

100 25 15

Tabela 1 - Exemplos de potência e equivalências entre lâmpadas para iluminação comum


Fonte: ABilumi
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta exemplos de
potência e equivalências entre lâmpadas para iluminação comum, como po-
tência incandescente, potência fluorescente e potência - LED.

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A seguir você verá as principais grandezas envolvidas no estudo da luminotécnica.

Grandezas Luminotécnicas
Agora, veremos, então, as principais grandezas referentes à intensidade luminosa
(I), que é uma das principais grandezas dentro do estudo da Luminotécnica e se
refere à potência da radiação luminosa, medida em uma determinada região de
emissão e, com isto, geralmente, é utilizada como uma das grandezas de base para
o desenvolvimento dos sistemas de iluminação em geral. Pode ser medida por um
valor constante, entretanto, como boa parte das lâmpadas não possui uma relação
de distribuição de luz necessariamente uniforme, isto faz com que seja definida, em
muitos casos, a curva de distribuição luminosa, também conhecida pela sigla (CDL)
(CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Ademais, ainda sobre a intensidade luminosa, tem-
se que esta pode ser medida pela quantidade direcionada à um plano, por exemplo, e
a unidade de medida geralmente utilizada é a candela (cd).

Assim, tem-se que a curva de distribuição luminosa é obtida pelo traçado em um


plano polar, de forma que a lâmpada ou luminária é localizada em um ponto no centro,
por exemplo, e se observa a intensidade luminosa direcionada às várias direções
possíveis do ambiente, sendo uma informação geralmente fornecida nos catálogos
dos fabricantes das lâmpadas e luminárias (CREDER, 2007).

F l u x o luminoso (φ)

Medido em lumen (lm), se refere ao cálculo da potência da radiação total


emitida, ou, em outras palavras, à potência de energia luminosa, percebida
pela visão. A tabela seguinte apresenta alguns valores típicos de fluxo para
alguns tipos de lâmpadas, com a potência elétrica especificada abaixo:

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Tipo de lâmpada Potência elétrica Fluxo luminoso
Incandescente 100 W 1000 lm

Fluorescente 40 W Entre 1500 e 3250 lm

Vapor de mercúrio 250 W 12700 lm

Multivapor 250 W 17000 lm

Tabela 2 - Valores típicos de fluxo luminoso


Fonte: NERY, 2018 (Adaptado)
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta valores típicos de
fluxo luminoso, de acordo com o tipo de lâmpada e a potência elétrica.

Existe, ainda, a relação do fluxo pela área, fornecendo uma espécie de cálculo de
densidade sendo, assim, a densidade do fluxo luminoso (E), na prática, como mostra
a Equação 1 (CREDER, 2007; COTRIM, 2009):

A unidade utilizada, neste caso, é lux, definida em função da densidade em uma


superfície tipicamente de 1m², com uma luz puntiforme sobre ela a 1 metro de
distância e normal a esta superfície, com fluxo de 1lm uniformemente distribuído pela
superfície.

Saiba mais
Alguns exemplos de valores típicos de densidade de fluxo: a 1 m
de uma vela tem-se 1 lux, já no sol no verão tem-se uma média de
100000 lux.

A luminância traduz a relação abstrata, muitas vezes difícil de compreender entre tons
claros e escuros (COTRIM, 2009). Para compreender, então, o que esta representa,
considere a seguinte situação: imagine que você está em uma praça aberta em um dia
de sol, admirando uma escultura. O que te auxilia a entender as sombras e as partes
iluminadas e te traz, também, a percepção de realidade e de perspectiva real faz parte
da luminância. Além disso, do ponto de vista prático de instalações elétricas, sabe-se
que a luminância (ou iluminamento) geralmente faz parte de orientações gerais para
a decisão na instalação, com base no tipo de tarefa a qual o cômodo ou ambiente se

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destina, olhando, assim, a “tarefa visual” e definindo algumas orientações. É medida
em cd por metro quadrado, como pode ser visto na Equação 2 adiante

na qual ρ é a refletância (ou coeficiente de reflexão) e E pode ser, além da densidade,


interpretado como o parâmetro que traduz a luminância sobre a superfície. Uma
outra forma de se calcular a luminância, diretamente em função da área, é dada pela
Equação 3, seguinte:

Neste caso, α representa o ângulo formado entre os raios de luz e a superfície. Assim,
note que, caso estes sejam normais à superfície, , a luminância é mínima pois o
denominador é máximo. Na prática, significará que a luz incidente não será visível.

Ademais, o que é feito na prática, na maior parte dos casos, com relação à luminância,
pode ser visto então no quadro seguinte, dividido em 3 classes, com 3 situações
distintas desta forma e as atividades mais comuns associadas ao contexto:

Classe Luminância Tipo da Atividade


20, 30 ou 50 Áreas públicas, com
arredores escuros.

Ambientes de orientação
50,70 ou 100
simples, para tempo de
permanência curto.
A iluminação geral,
estabelecida para áreas de
Recintos que não são
uso ininterrupto ou de tarefas 100, 150 ou 120
usados em trabalhos
visuais simples
contínuos.

Ambientes onde terão


tarefas com requisitos
200, 300 ou 500 visuais limitados com
trabalho bruto de
maquinários; Auditórios.

Ambientes onde terão


tarefas com requisitos
500, 750 ou 1000 normais com trabalho
mediano de maquinário.
Escritórios.
B- Iluminação geral para área
de trabalho
Ambientes onde terão
requisitos visuais
1000, 1500 ou 2000 especiais; Locais de
inspeção; Industras
têxteis.

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Ambientes onde
terão tarefas visuais
2000, 3000 ou 5000 de exatidão e/ou
período de dedicação
prolongados.
C - Iluminação adicional,
estabelecida para locais onde Ambientes onde terão
serão realizadas tarefas visuais tarefas visuais muito
5000, 7500 ou 1000
difíceis exatas. Montagem de
microeletrônicos.

Ambientes de tarefas
10000, 15000 ou 20000 visuais muito especiais;
Centro cirúrgico.

Quadro 1 - Relação da luminância recomendada pelo tipo de atividade


Fonte: CREDER, 2007; COTRIM, 2009 (Adaptado)
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta relação da luminân-
cia recomendada de acordo com otipo de atividade e classe.

Agora, antes de entrarmos diretamente na parte das cores, tem-se, ainda, um outro
fator importante: a eficiência energética (ou luminosa), representada tanto pela
incógnita η ou por K. Esta mede então a relação entre o fluxo luminoso emitido pela
lâmpada e a potência elétrica dela, ou seja:

É medida, então, em lm/W e a tabela seguinte apresenta alguns valores típicos:

Lâmpada Potência elétrica Eficiência energétia


Incandescente 100 W 1000 lm

Fluorescente 40 W De 42,5 até 81,5 lm/W

Vapor de mercúrio 250 W 50 lm/W

Multivapor 250 W 68 lm/W

Tabela 3 - Valores típicos de eficiência energética em função da potência e do tipo de lâmpada


Fonte: CREDER, 2007; COTRIM, 2009 (Adaptado)
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta os valores típicos
de eficiência energética em função da potência e do tipo de lâmpada.

Assim, iniciando, agora, nossa análise quanto à cor, tem-se a grandeza que mede a
temperatura da cor, que geralmente será dada em Kelvin (K) e sabe-se que cores mais
quentes estão relacionadas normalmente a temperaturas até 3000K, neutras entre
3000 e 4000K e cores frias acima de 4000K (CREDER, 2007). Para entender como isto
ocorre, considere, como exemplo, o processo de fundição de ferro. Na temperatura

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ambiente o ferro possui então a coloração natural, escura, já a 800K sua cor será
vermelha, passando para temperaturas por volta de 3000K, em que se observa uma
cor mais amarelada e a 5000K a cor da peça fundida será mais próximo do branco,
com um fundo azulado. Adicionalmente, define-se também o índice de reprodução de
cor (IRC), que, junto com a temperatura, traduz, então, as relações estabelecidas para
cada dispositivo, como as lâmpadas incandescentes, normalmente com cor em torno
de 2700K e com IRC de 90. Além disso, tem-se para comparação que a própria luz do
dia apresenta em torno de 5200K e 70 de IRC, pelo menos.

Assim, em geral, é possível também definir a seguinte relação entre o IRC e o tipo do
ambiente:

Valor do IRC Avaliação Nível Ambiente


90 a 100 Excelente
Locais com teste de cor,
1
escritórios, lojas residênciais
80 a 89 Muito bom

70 a 79 Bom Áreas onde há maior


2 circulação de pessoas,
60 a 69 Razoável escadas.

Depósitos, pátios de
40 a 59 Regular 3
montagem de produtos.

Vias de trânsito,
40 a 59 Insuficiente 4 estacionamentos, canteiros
de obra.

Quadro 2 - Relação entre o índice de reprodução de cores e o tipo de ambiente


Fonte: CREDER, 2007; COTRIM, 2009 (Adaptado)
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta a relação entre o
índice de reprodução de cores, a avaliação feita o nível e o tipo de ambiente.

Como exemplo, ainda, apresenta-se que uma lâmpada incandescente geralmente


apresenta um IRC de até 100 e a fluorescente por volta de 60. Além disso, é importante
lembrar também, a este ponto, que há relação entre a cor utilizada na iluminação
proporcionada pela instalação elétrica, com outras sensações humanas, inclusive.

Com isto, estabelece-se as seguintes premissas em geral: as cores mais quentes


geralmente são usadas para estabelecer uma atmosfera mais íntima no ambiente,
de forma mais pessoal, e já as cores frias, geralmente fazem parte de ambientes que
devem ser capazes de estabelecer uma atmosfera mais direta e limpa (CREDER, 2007;
COTRIM, 2009; NERY, 2018).

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Saiba mais
Exemplos de ambientes onde geralmente se utiliza cores mais
quentes: restaurantes, residências, mostruários de lojas, entre
outros. Além disso, para cores frias geralmente observa-se
ambientes como fábricas e escritórios.

Por outro lado, a vida útil de uma lâmpada é calculada normalmente com base na
duração média para um lote de lâmpadas produzidas, considerando o funcionamento
destas em períodos contínuos de 3 horas de duração, até o momento em que a
lâmpada não acende mais (CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Com isto, neste período,
para alguns modelos, isto pode significar períodos com menos capacidade de
iluminação em geral, embora se observe, também, que há um pouco de variabilidade
no contexto do que é de fato vida útil para cada fabricante.

Desta forma, o que foi apresentado aqui é o que geralmente é praticado.

Fatores de desempenho
Agora vamos às grandezas consideradas diretamente como medidas de fatores de
desempenho. Assim, tem-se que um outro parâmetro, também importante quanto à
eficiência, é a eficiência de recinto, onde se considera a curva de distribuição luminosa
da lâmpada e o coeficiente de reflexão desta e outras informações do ambiente, como
o índice de recinto. Para iluminação direta, tem-se que a eficiência K vale:

Já para a iluminação indireta:

Nas equações, a corresponde ao comprimento do local, b diz respeito à medida de


largura deste, h é a medida do pé direito útil, h’ a distância do teto até o plano de
trabalho. Além disso, sabe-se que a medida de pé direito útil se refere ao valor do pé
direito total menos a altura do plano de trabalho e a altura de um possível pendente

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associado à lâmpada, por exemplo, traduzindo a distância real vista entre a luminária
e o plano (COTRIM, 2009).

Já o fator de utilização (u), por sua vez, será uma medida de eficiência que relaciona as
eficiências isoladamente, sendo resultado, então, da eficiência luminosa do conjunto
formado pela lâmpada, a luminária e o ambiente na qual está inserido. Geralmente,
o que é adotado pode ser, também, relacionado à porcentagem da reflexão, como
mostra o quadro seguinte:

Significado - quando
Índice Reflexão (%)
ao tipo de superfície
1 10 Escura

3 30 Média

5 50 Clara

7 70 Branca

Tabela 4 - Quadro para análise da relação de refletância, para cálculo do fator de utilização
Fonte: CREDER, 2007. p. 166.
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta a análise da relação
de refletância, para cálculo do fator de utilização.

Adicionalmente, tem-se o fator de depreciação (d), que pode ditar diretamente


possíveis manutenções, inclusive, dependendo da forma como a instalação foi feita e
o tipo da iluminação, também presente em orientações gerais (COTRIM, 2009).

Um outro fator importante a este ponto, traduz o poder de reflexão das superfícies,
como já visto na tabela anterior. Assim, tem-se o fator de reflexão, que mede a relação
entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo incidente, que demonstra a preocupação ao
longo do desenvolvimento do projeto com o fato que a luz reflete. (CREDER, 2007;
COTRIM, 2009). Por último, você verá então as considerações gerais principais para
o cálculo luminotécnico.

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Cálculo Luminotécnico

De maneira geral, demonstra-se a importância de o(a) projetista/engenheiro(a)


atentar-se a quatro pontos principais:

1. O tipo de lâmpada e/ou luminária mais adequados ao ambiente;.


2. A definição do iluminamento;
3. o cálculo do fator do local, relacionado à eficiência em geral;
4. A determinação do fator de uso da instalação/ambiente.

Para isto, é importante ter em mente que existem orientações gerais técnicas,
disponibilizadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), como é o
caso da NBR 5413, que trata da iluminância de interiores e da norma regulamentadora
NR 15, que é a norma para atenção a condições insalubres de trabalho, que envolve,
entre outros fatores, características importantes da iluminação e percepção do
ambiente. Desta forma, tem-se basicamente dois métodos principais: o método
ponto por ponto e o método de lumens (ou método do fluxo luminoso).

• Método de lumens

Leva em consideração inicialmente a seleção da luminância, que pode ser feita


conforme a NBR 5413, para seleção, conforme o tipo de atividade exercida no
ambiente e as faixas de tolerância a estes, por conta desta aplicação. Além disso, em
seguida, tem-se o processo de escolha da luminária, que deverá levar em conta fatores
como o objetivo da instalação (residencial, comercial etc), fatores econômicos e de
facilidades de manutenção, além de outros motivos, como a própria decoração do
ambiente. Logo após, determina-se o índice de recinto, calculado como apresentado
anteriormente nas Equações 5 e 6, conforme a forma de iluminação, direta ou indireta
e, em seguida, determina-se o coeficiente de utilização e de depreciação, sendo
este último relacionado a informações importantes como o período de manutenção
normalmente gasto conforme a limpeza do ambiente (CREDER, 2007).

Em seguida, deve-se estimar outras duas relações importantes: o fluxo total, o número
de luminárias e o espaçamento entre elas. No fluxo total (ϕ) calcula-se geralmente

E quanto ao número de luminárias (n), tem-se:

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Já para o espaçamento, tem-se orientações gerais como, por exemplo: para pés
direito de 3 metros e sistema indireto, geralmente a distância entre luminárias é de
aproximadamente a altura de montagem desta, acima do piso (CREDER, 2007).

Por último, neste método, deve-se determinar, nem que seja de forma aproximada,
a relação de refletância das superfícies envolvidas, algo que pode ser feito a partir
da experiência do próprio projetista, por dados de fabricantes e, também, conforme
medições práticas.

• Método ponto a ponto

Foi desenvolvido baseado nas leis de Lambert, relações empíricas que correlacionam
a absorção da luz e as propriedades dos materiais envolvidos, além disso, é
chamado de método das intensidades luminosas. O que ocorre neste caso, então,
basicamente, é a utilização da referência como a quantidade de luz que irá incidir em
um determinado ponto no ambiente. Para isto, tem-se o uso de fontes puntiformes,
com iluminamento inversamente proporcional ao quadrado da distância e lineares
infinitas como, por exemplo, onde o iluminamento é simplesmente inversamente
proporcional à distância. Além disto, observa-se fontes superficiais de área infinita,
nas quais na prática o iluminamento não variará com a distância e neste mesmo tipo o
feixe paralelo de luz (CREDER, 2007). Ademais, na prática, deve-se, então, determinar
a luminância em qualquer ponto da superfície, de forma que cada projetor, em seu
facho, consiga atingir o ponto considerado de referência.

Por último, deixa-se claro que, para compreender como é possível realizar um
projeto elétrico por computador, é importante entender o funcionamento básico de
ferramentas como o AutoCAD.

A seguir você verá outros elementos muito importantes de uma instalação elétrica
em geral: o dispositivo de comando.

Dispositivos de Comando
Existem vários tipos de dispositivos de comando de circuitos, como interruptores,
dispositivos de minuteria, contatores e chaves magnéticas, que permitem o
desenvolvimento de circuitos de intertravamento e, também, para controle de
intensidade luminosa de lâmpadas, por exemplo. A seguir você verá o primeiro tipo
principal: os interruptores.

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Interruptores

Estes podem ser dispositivos de comando para várias seções, destinados a comandar
diversas lâmpadas do mesmo ponto de luz ou diversos pontos de luz. A figura a
seguir ilustra este tipo de situação:

Figura 4 - Ligação com interruptor de várias seções


Fonte: CREDER, 2007. p. 65 (Adaptado)
#PraCegoVer: desenho esquemático de um interruptor de 3 seções, demons-
trando chaves que acendem 3 lâmpadas e as ligações de neutro (N) e fase (F).
O interruptor tem então do lado esquerdo os três pontos vindos das lâmpadas,
as chaves que se fecham ao acender estas lâmpadas e do lado direito as
ligações de fase.

Por outro lado, pode ser necessário apagar ou acender um mesmo ponto de luz por
dispositivos diferentes. Para isto, utiliza-se os interruptores three-way, ou paralelo,
que pode ser representado de forma esquemática como visto a seguir:

Figura 5 - Ligação com interruptor three-way


Fonte: CREDER, 2007. p. 65
#PraCegoVer: Esquema de ligação three-way para acendimento de uma
lâmpada, com dois interruptores. Neutro ligado em uma extremidade e fase na
outra da lâmpada, sendo que esta extremidade está ligada pelo lado direito do
interruptor 2, que está em série com o 1 e com a fase.

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Além do three-way, existe também o interruptor intermediário, ou four-way, também
para comando do circuito em vários pontos diferentes. Este tipo pode ter dois tipos
de ligações, como mostra a figura seguinte:

Figura 6- Comando do circuito


Fonte: CREDER, 2007. p. 66 (Adaptado)
#PraCegoVer: duas ligações possíveis do interruptor four-way. Considere
então os quatro pontos, numerados da esquerda para a direita e de cima para
baixo de 1 a 4. No lado esquerdo então tem-se a ligação em X, com 1 ligado
com 3 e 2 com 4 e do direito 1 com 2 e 3 com 4.

Assim, um exemplo de ligação de uma lâmpada é visto a seguir. Na parte de cima, a


lâmpada está acesa e em baixo apagada:

Figura7 - Ligação para interruptor four-way (possibilidade 1)


Fonte: CREDER, 2007. p. 66 (Adaptado)
#PraCegoVer: Ligação possível do interruptor four-way. Considere os quatro
pontos, numerados da esquerda para a direita e de cima para baixo de 1 a 4,
tem-se, então, a ligação 1 com 2 e 3 com 4.

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Figura 8 - Ligação para interruptor four-way (possibilidade 2)
Fonte: CREDER, 2007. p. 66 (Adaptado)
#PraCegoVer: Ligação possível do interruptor four-way. Considere então os
quatro pontos, numerados da esquerda para a direita e de cima para baixo de 1
a 4. Na segunda imagem tem-se a ligação em X, com 1 ligado com 3 e 2 com 4
e do direito 1 com 2 e 3 com 4.

A seguir você verá os principais tipos de minuteria.

Minuteria

Na maior parte de instalações de edifícios residenciais, utiliza-se interruptores


capazes de apagar de forma automática o circuito de serviço do condomínio,
proporcionando vantagens como a economia de energia, evitando que todas as
lâmpadas fiquem acesas, por exemplo, e que se acendam quando alguém chega.
Devido ao período de tempo (1 minuto) que a maior parte destas lâmpadas
geralmente são programadas para ficar ligadas, deu-se o nome de minuteria para
tal tipo de circuito (CREDER, 2007).

Contatores e chaves magnéticas

Os contatores e as chaves magnéticas são elementos com circuitos básicos, de


comando e de força, que se destinam a controlar manualmente ou remotamente
certos circuitos dentro de uma instalação. A chave magnética trifásica, por exemplo,
poderá ser usada para ligar um motor elétrico e circuitos elétricos em geral, através
de botões interruptores, chaves unipolar, chave-bóia, pressostato, termostato, entre
outros tipos de dispositivos. Já os contatores são semelhantes às chaves, porém são
dispositivos mais simples por não incluírem em sua construção um relé térmico de
proteção contra sobrecargas (CREDER, 2007).

A figura a seguir apresenta um exemplo de contator:

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Figura 9 - Exemplo de contator
Fonte: Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: foto de um contator, em fundo branco.

A seguir, você verá, nesta última parte, os dispositivos mais utilizados para a proteção
de circuitos elétricos de instalações.

Dispositivos de Proteção
Antes de iniciarmos este conteúdo, é importante que você tenha uma visão geral
do que é a proteção de sistemas elétricos de potência e de circuitos elétricos em
geral.

Assim, um primeiro exemplo a ser citado é o fusível, que é especificado conforme


a corrente e a tensão. A corrente nominal que circula neste representará a corrente
máxima que o dispositivo consegue conduzir sem fundir, por exemplo, correspondente
também à condição de plena carga. Além disso, uma observação importante é que,
quando os fusíveis são subdimensionados,poderão derreter com grande facilidade e,
quando superdimensionados, não conseguirão desarmar o circuito como deveriam.
Já a tensão nominal corresponderá ao valor máximo, no qual se interrompe a corrente
com segurança, pelo menos igual ou superior que a tensão na qual o circuito já
opera, tal que, para circuitos de 110 V estabelece-se, 125 V, por exemplo. Ademais, é
a tensão que reflete a capacidade de abrir o circuito em caso de sobrecarga ou curto
(PETRUZELLA,2014).

A figura seguinte apresenta a representação do fusível no diagrama unifilar:

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Figura 10 - Representações mais comuns de um fusível no diagrama unifilar
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
#PraCegoVer: do lado esquerdo tem-se uma das representações de um fusível,
com um retângulo e dois terminais nas laterais, sendo que há uma borda
vazada em cada lateral. Do lado direito tem-se a outra representação, onde o
fusível é representado por uma espécie de S espelhado e dois terminais.

A seguir, tem-se um quadro com alguns exemplos dos principais tipos de fusíveis:

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Quadro 4 - Exemplos de disjuntores
Fonte: PETRUZELLA, 2014 (Adaptado)
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta tipos de disjuntores
e imagens de cada um desses exemplos.

Os fusíveis e os disjuntores são os principais elementos da proteção de instalações


elétricas, sobretudo residenciais.

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Conclusão
Neste conteúdo, você teve a oportunidade de:

• estudar os princípios básicos da Luminotécnica;


• entender as principais premissas que devem ser consideradas no projeto de
iluminação;
• aprender duas formas importantes de desenvolver os cálculos de um projeto
luminotécnico;
• aprender mais detalhes sobre dispositivos de comando e controle;
• estudar os fusíveis e os disjuntores.

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FABRICANTES E IMPORTADORES DE PRODUTOS DE
ILUMINAÇÃO (ABilumi) – Equivalências. Disponível em: https://www.abilumi.org.br/
wp-content/uploads/2019/04/TabelaAbilumiAbr19.pdf. Acesso em: 15 mai 2020.

BAUER, Wolfgang; WESTFALL, Gary D.; DIAS, Helio. Física para Universitários-
Relatividade, Oscilações, Ondas e Calor. AMGH Editora, 2013.

COTRIM, A. Instalações Elétricas. 5 ed. São Paulo: Editora Pearson Prentice-Hall,


2009.

CREDER, H. Instalações elétricas. Livros Técnicos e Científicos, 2007.

KNIGHT, R. Física volume 2: uma abordagem estratégica. Porto Alegre: Bookman,


2009.

NERY, N.. Instalações elétricas: princípios e aplicações. 3 ed. Editora Érica, 2018.

PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica I. Porto Alegre: AMGH, 2014.

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