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‘0 animale sobra aqui 6 Imais reo, mas 0 éleoUsado na slimentagdo, Nese sntdes Secs, ‘A QUESTAO ALIMENTAR E 0 ECODESENVOLVIMENTO Ianacy Sache # Ants deinsiar 0 tems que rhe cab detonvolver neste seming to, gostria de fla algumas palais sobre losul de Casto, Es © conhee! no fim dos anos 40, quando ertava preparing & Geo, Politica de Fore, « depos 0 encanta como chal dk delees ‘Ho brains Primera Copterincla das NapSen Unda, oat ciéncia e tecnologia, erio ae em 1962, cantor percepeorns elaboratEo de mas um mbnifrta dos cients ern ceol dstrmamento « fnalmente fot encontramos em Pars, once tive mits oportunidade: df tratather com ele pol tivoncs loutorandose estudantes bfsieies em comum oe unre en 28 muito atva no Centro internacional Ge Desenveiinnr Ns época em que » morte/o colheu estava organizande eed Academia Mundi de Cea Septus én no seu conto deci, mes vou Web obretudo ng sua atuaidade metodolégica, oa Se, robre sath wasnt eid meu orp tio, sm dale a bilcade socal eeeologia, {Combiner 0 socal com 0 ecoléaeo, Ws af. contrioucso ola qual Josié de Caro va fcr ‘ clénas soca Grelo que 0 concsto do ecodsonvatinle com ood ca tho, ou sj, a tentatva de defn estratigies de deserwolvnin. {0 ue ‘ej socilmenta itis, ecolegcamente sistentiae ¢ ezonomicamentevidvel, inscrovese na linha diveta do pee, ‘upsrfo de Josué do Casto. 1 ‘canceito de ecodesewvolvimento leva 8 uma sie de don ‘ideroees sobre 0 problema alimentar es eltenatves come: Bondentes. Alternatives com relarfo ao quo caractaiea un fro ‘0 muito deigual de datribuito de aliments. Por pate er onulagtes, demonstrate uma aberraeio a cts, noe regimes limentares de muite gnte, provocads pea distor do spre ‘usines, que cria uma série'de produtos com valor sutise extremamonte boixo quando se anaika ete velor por unidade custo, Craio que sri estudos sobre o tema alo een ace te toi e doveriam se fazer, inclusive no Bra. Tatess de gn tsar © contego alimentar da unidede monet, despendlie gn alimento, ou sap, eitando o cruzer, quantoscrassnoe ot {04 gastando quando compro um copinh de lite gus vor ok volvdo propoganda comercial, ma. marca, ete. = um pon ‘uno. de lite no melo sso tudo” E um prota de ernie importincia @ todo 0 debate sobre aitemetivaslimontae oan camesar por a. Na’ medida em que fostepossvel vottar 9 um sstama razoé wel/de abestecimento de produtos naturals eorservaes com lush minima de elementos necesérios pare ua Geroeee ear {e,p ano, terfamos que partir para uma cttca tea 0 or {ido forte da polavra, da sqroindisvi. Crelo que, de todas oo trensforncas de tendtga# Varslence mingics ages Pi i net eye ‘oan eG erat yr, HS pn copa a een kta atte jos ce nc soe ee cee ane Set mre nitrate ene pal dra te SFr rs Seas Sol aot iod So arte eae Oy ie Sn i he ears iii tae etna san ore pn pte Sie cttensainate cg Eo midsonneg tenetaamree ae, iat eam A busca de altemativas pasa er primero lugar por uma ten tative de reastar o que ainda sabemor ¢conhecemes 9 iguera Botencal da flora da fauna decade ecossetema » dos proguter ttimentares que podem ser extra(dos dea flora © des fauna, CGertanante uma bos aha nfo apenes a histrle de aliens 30 de humanicade em eral, mas na histria ocologca de ho ‘manidade, seria necosria ira definir ab altemativas, 8 pate de como as aliferentes cultras souberam aprovelter os eemon {os de seus reipectvos ecosystem « extar doles © sass aa vier Teds goracfo tem que reesrover 9 su histria, mas craio que nos eabe rescrever pelo menos wis historias. Uma dlas€# Re ‘Grin ecolbyica; 9 outa 6a histria dos modelos cultura Uo-is5 fe TaMpO- Porque enarios numa época em que hi mais tempo lt Go que de trabalho ha sociedad, © no tems multe may rnufdo pars organzélo; e a teria seria provavlmente usa Nstéria das rolpées cidadecampo, porque estamos, vendo, em particular neste continent,» mais wolenta tansformocte Social ra hstria da humanidade em forme de uibeneardo ies. lead, © tema dessa pslestre hoje é, exstament, @ primeira deat histrias, ou sei, a explorapto sitemdtiea de ume mats sue ‘ea, de um lao, o coma oe a culls an. meio a questo almentar. Em cutas plovas,o que farm or indigenes da Amazonia no wrépieo Umido pars corer? O ue fe lam as populace da Nigéria ou da Indonesia? Soria tte me nera de ere olar os Srabes na carta do Atlntio, no dotertee ‘a Indonesia. Qual 6 » parte de adeptaglo 80 aoststera? Onl 9 part de fideliace & cutura?E toda ume hist de hue nidede que so devenda a partir dessa matrizextemament I ‘eresante, pera intoduzir um debstesstemstcg das atorate ws em mata de almenagSo, Nos rata tanto do copia, pot 2 hitéia nfo traz modelo, mas ela ela mules pars imaging, tsso i respitodalimentato como quelque ou eo sspecto de nossa yids. Portato, ema é 8 segunda dbsare fo inportante sobre & questa alimenta, A torcira obserrarto-aevada de nossa serebilidade ecol shea, € que o ecostrtema ro ¢ spensfonte de produtor cone ‘wi, mas também excalante modelo pa es sstemer de prone {8 feitos pelo "homer. Nest particular hé multodebete faa fobre 0 problema da arificalidode ou de naturliade, 30 Que arcs, totalmente deslocado. Um campo 6 um econatmna tial evidentemente, um arrozal éum aqustio no qual se plas 17 12 arroz, um parque inglés foi felto do comego ao fim pela mio 4 homem. No entanto, nada hé de mei naturel do que um pac ‘que inglés onde o aranjo de plantas respeitasecoloia. A tes: Ia sistamética deveria se aplear 8 produgio slimertar, ito 6, tentar sistemas que seam sustentivee, ou se, permitan ere: broduzi reglermente so longo do tepo, element fundernen {al que a economia em sua forma tradicional nfo leva tm coos deraedo, Ela nfo se interes pele quantidade de *olo perio roduc de uma toneloda de wig. Deverlanosintrocust ea imensto mes também de sstemes de produgdo por cls fe. ansumidor tine, mas deta do nteretnas etapa da iter lgho que extem entre o proditor 90 ated, Fram fits civersosconatos coma FETAG — Federato Est ual dos Trabainadores na Agicltrs do Blo de avec = vs ‘o superar ou minorar ee corte com © prodor mos a8 tors foram intuttros, por retbe_ que’ in se deve seleor ate recu tev conenbncs: marti 9 ornare conga are faa, ome i muito importante exabeleio iniamente pela experince, de coopera dirta de procutores e consumers eat & tins ‘esto pois de funde que apresentarumeross inpicaedos ‘3A base ral quo dius» reap eve ewidars ene <¢ansumidor proctor tom Sua argo ma pulverize, ns stabs ‘dade w 0a desrgnizgio raat dos conunios do pradotses Devemos também nos refer brevets ues oxprincet alterentes no quar do abastesimento comunitio eh tere lemos participa: 2 das cooperatives de consume em Portugal (1975-1879) e's expertnia da CONATURA no fe de lone "No caso de Port, formarame algum conteno de coop rats de consumo apés a rvoluio de 28 desl mst ances ue 0 frmoram, em alumes das gus vercamos que aids hoje stuam organizedsmente, foram jusamente ay que mane, ‘am sldos los com as cooperatives de produelo ea uniades latvar de produedo suid om aetna apa no Ales Jo, Nests eno soiitcararse oe que lm pur lem Sorel {08 meramente comers, incuinde able voUnths des onsumidorer nan cooperatives. de produ, ornecertot ao epecistvos por pat dara, remo Guano deteminedos (caso de CONATURA no Rio deJanciro€a de una experién ia que se manne que se ampli, de fornacimenta siete de Prodtos natura, doe guss sa conhacem a condigaes Je prt ‘fo © que ndo slo obtidos base de aprotéxleos. A CONATURA Tornece grande quantidade de ceresi ples, quello de 20, rel, ccs e uma caste de hortlraneiros.A‘ezala que sve @ bem me. hor que.a.de FAME, cerca de 1.000 famiss, #0 consumidor 6 ‘Que se deslocs até Is Os eaminher de FAMERI stuaimente jt Servem Caxiae, S80 Gongs, Campo Grande, Larner, Ipane- ‘A experiéncla de CONATURA coloca diss quertex: primeiro, quo até carta escla & posivel manter © abastecimento dieto, com relaedes fraterais com 0 produtor (apoio, sefo cultural, {roca de informarGes, tc}, 0 que pe a queatso: Porque crescor ‘muito ® eantralizar tudo? Por que néo mltiptear? segunda & tia questo que vem progressivamente preoeupando. parcolas Signtistivas dos eorsumiores urbonos:a aturera¢ 8 qualidade {os produtosconsumidos. Em abril de 1984 relizouse em PetrSpolis II Encontro Na ioral por uma Agricultura Aiterativa [0 fo em Curitbe, em 1981), que contou com cerca de 1-800 partcpantes entre eng heirs agrénomos © esudantes de agronomis. Nesse encontro humerosos peuisadores experientes demonstaram como ests ‘mos sendo envenenados © de que forma a grcuture orgaica js pode hoje dar respostas consstentes 30 consumo dos principle Produtos. © Encontro de Petrépoislancau a convocseto de um Mov mento Nacional por uma Agreutra Alternative, lo apenas ek unecrita a0 smbita dos aprdnomos, mas englobando eeoclaes e produtores,sindicatos eassociacSes de consumidores.Peece. ‘nos que hoje comeram a ser rounidar 3s condi para que sero do sbarteciment alimentarurbano fo sl visto apenas pela questio quanttativa edo nivel dos preeos, mas ambi do onto de vista do controle do cided organizao sobre as condi ‘Ses da produglo materal dos seus alimentos. 44 — Aralisenos a experiencia em sia rlsgSe: com o aparetho be Estado, 1 abatiecimento alimentar & 2 base dt sobrevivéncla & de reproducio da populseio, e qualquer rejme que necesie dum ‘minimo de laitimergo confere peo esratco a ose set. Mes mos os governos autoritirios nfo podem decuidar impunemene ‘dessa matiia: vide o lama Panam et Cireenses, no Impéro Roms ro, a compeaha do trigo organizada pala dtaduraslaarst em Portugal, as recentes revolts populares que abalaram os regimes de Marrocos ¢ do S30 Domingos em resposta aos arncos de ln portantes sumentos no prepa deaimentos ‘A experitncia da FAMERY das fetinhascomunitras, quando firme © convénio com a CEASA ¢ pass 8 lugar 3 boxes, am pliando asim sua oscla de atendiment, entra no dleme ene ss {equntes ope: funclonar como um servo deutidave publics ccomplementar ao aparetho de Estedo,ltar pare a muda radi ‘al de politica governemental em relacdo 20 abesteciments al ‘mentar, acumularforgas retomor em ouzo nivel elo dre {1 com produtores, centraresforgos no Movimento por ume Agr cultura Alternative. Estos opedes podem, em certos iso, 2 ‘complementar mas a questo de funda € sguint: como manter 2 autonomis face 20 parelho de Ertado, que & um prine!pio ingiscutive! do FAMERJ,e simultingamente responder a deman, dd crescente das Assocagaes de Moradores por abestecimento mmaisbarato? Em dezembro de 1983 realizouse © Seminirio Nacional dé ‘Abestecimento Allmentar, em Curis, que contou com a pat ‘ipaedo dos presdentes de CEASAS de 11 Estados de federaco, ‘A preocupogéo ere gral faced pendriaalimentar, oo execimenta 8 Saque, falta totl de efedca dos velhosexquemas de to, “sopio dos pobras™. As alternatives presenta Yravem seg, 4o a vontade poltia dos civasos governos representados, ab cando desde a amplieso dos postos de venda do "sacoleo” até © spolo decidido is experiéncar comuniires do abasecimento aie. ‘0 que voio& tora deforms ertaline durante o acirrados de- betes, com participacto de egrcultors,sindicalstas «coopers tives, € quo ar CEASAS poderiam efetivamente interfer no ‘nsamento agricola e no direcionamento da produgio, poderiam ‘nfluir na formas de prevos¢ orentr politica de ribose de erétos, descentralizareIntrnaliar sua ee de atuagSo, vie: Dillzindo a horticulture, e antrentar em baneticio de produtores ¢ contumidores 0 poder dos grandes atacaetn, Claro et que ‘sto depende da presco permanente das asioclagSes de morato res ede produtores, que ndo podem ss limitar 8 condo dedi. Uribvidores de casts o scaler ‘Atualmente s expuiéncia da FAMERU vive um reflxo, em grande parte devido ts restrieBes e ped de auitonomis decoren {es das limitaedes impostas pola CEASA, A partir do ponto em ‘que 2 FAMERS se propds a sot ‘8 acenturam, as fotlgades minguaram o vrifcou- ums impor {ante queda na sbrongéncs, para carca de?» 8 ml fain atu mento abostecidas, ‘Uma estrutura comunitéria, nfo profesional, tem diticuldades evidentes de iteragir com uma miguina institucional e manter 164 seus prinepios. A menos que oearressem profunds transforma: (Besnaligca de funcionamento ca CEASA e da politica de aba. {ecimento goveramental. ‘Atualmente 3 FAMERS rediscute 9 nstureza de ma rego ntratusl com 3 CEASA e otoma comtatos com cooperatives de ite (de Valen) e de carne para ampli s2usTornacedoren © § ‘tama de produtos da cesta que oferce 5 — A pritica dessa experiéncia colocs sds outra questéo face as sus relates com os organisms de Estado: 0 da recon: ‘uista dos esparos de prticas comunitariasautbnomas, “Enguantoo cidade lolado sts confinado a sor um terminal ‘receptor de noticias drpidss, de renovadeseddigas de poder, @ Vita da controprodutvidade soc do transporter paralizantes, ta invaso farmactutica« da allmentaeio Itoniead, 0 cided ‘sssciodo tom 0 poder de subvertera logics “inexorbvel” que det Pedaga seu espero via, seu expaco de decsfoe su esparo Con Senet ‘A simples organizapdo em base de vizinbanea para questionar 4 elevago dos propos dosalmentose propor um metodo azar tivo, autdnomo & alterativo rompe parlalmente 0 folamento dos moradores ent se 05 poem em contata com 9 resigede os produtores. Esta percepaio & ampllads com a capactade de. ‘monstrada pels ssiciordes do moredores em inerferirem ne Gefnigdo (em parte) do uso do solo urbane (orbaltosutlzags0 e terrenos do Met, et. nas polities ¢reustes de prestanbes do BN, ou do valor do reausta do IPTU. O morado: 9 sir do ‘Queto se reencontra ma sus qualidade de produto ena sa ual ‘dade de consumidor,rompendo em parte com o sistema compar ‘imental, da esfera da heteronomia. que através do Solamento ‘exrcela se esta autOnoma ese exparo convvenclal ‘A experiénea que dscutimos, com seus avanpos @ recuos © com as ambigidades que so inerentes a qualquer pita eter tiva que ¢ mova sobre estraturas que no foray tansformadas, faponta psra os feundos caminhos que podem sar abertor a partir ‘da amplacSo do esparo do cidaddo asoc'ado, nSo epenas na ‘btenedo de carta vantgons materials imedetas, mas de um po Slelonamento mais profundo acerca do modelo de vida que nos post, das pres lternstivas que podem ser construldas conguisades 5

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