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VOCÊ NÃO É TODO MUNDO (PARTE 1)

INTRODUÇÃO:

Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e
o que não serve. (Malaquias 3:18)

Hoje iniciamos mais uma série em nossa igreja com o objetivo de encorajar você a se apropriar
da verdade de que você não nasceu para ser igual ao que o sistema desse mundo lhe impõe. Você
não nasceu para ser igual às demais pessoas que vivem distantes de Deus. Você nasceu para ser
diferente e fazer a diferença nessa terra porque você não é todo mundo.

Com certeza, você já ouviu a sua mãe dizer essa expressão “você não é todo mundo”, quando
você pediu para ir a um lugar que ela não queria, mas todos estavam indo, para fazer algo que
todo mundo estava fazendo ou para ser alguém que todo mundo estava sendo, mas que você
não deveria ser.

E como voz de Deus, ela definia sua resposta negativa com a expressão: “você não vai a esse lugar
e não vai fazer tal coisa porque você não é todo mundo.

E, baseado nessa expressão, vamos aprender juntos o porquê de não podermos ser como os
demais e devermos entrar na contramão do mundo sendo a diferença que esse mundo precisa
ver em nossas vidas, porque temos Jesus.

DESENVOLVIMENTO:

1. Você não é desse mundo

Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua
palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. João
17:16-18

Em muitas afirmações de Jesus aos seus discípulos, Ele foi muito claro em repetir a expressão:
“Vocês não são desse mundo”.

Permita-me aqui contextualizar que, quando a Bíblia fala mundo, não é do planeta terra que fala,
mas do sistema dessa terra baseado em princípios que vão contra o que a Palavra de Deus ensina.
E mundano é todo aquele que vive dominado por esse sistema e que está morto no pecado sem
Jesus.

Como disse Paulo em Romanos 12:2:


Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da
sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.

E Pedro que também afirmou em sua primeira epístola, no capítulo 2:11, que nós somos apenas
peregrinos e forasteiros nessa terra:

Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se


abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.

E isso serve para nos sinalizar que a nossa identidade não é daqui, que a nossa pátria não é
terrena, mas eterna e o céu, portanto. não é apenas o nosso destino, mas a nossa origem.

Precisamos viver à luz dessa revelação e dessa verdade fundamental de que “estamos nesse
mundo, mas nós não pertencemos a ele”.

Uma das histórias e dos personagens bíblicos que melhor representam essa linha de raciocínio é
a história de Daniel, que escreveu em seu livro sobre tudo que ele e seus três amigos, Hananias,
Misael e Azarias, viveram ao serem levados cativos para a babilônia.

No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da


Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas
suas mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus. Ele levou os utensílios
para o templo do seu deus na terra de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu
deus. Então o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse
alguns dos israelitas da família real e da nobreza; jovens sem defeito físico, de boa
aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento
e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a
literatura dos babilônios. O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho
da própria mesa do rei. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois
disso passariam a servir o rei. (Daniel 1:1-5)

Ou seja, a primeira coisa que Nabucodonosor tentou fazer para corromper os meninos judeus foi
levá-los para longe de sua cidade natal e, fazendo assim, tentou tirar deles a sua identidade, a
sua cultura e o seu propósito.

Isso é a mesma missão que o diabo permanece tentando desempenhar na vida de cada um de
nós, nos fazer esquecer da nossa origem que é o céu, que é de Deus por quem fomos formados,
e destruir a nossa identidade para que não cumpramos o nosso propósito.

E esse, então, é o maior desafio da igreja aqui na terra: viver no mundo, sem pertencer a ele.
Sem se apegar a esse mundo, a esse sistema de valores contrários à Palavra de Deus e sem se
apegar até mesmo à carne e a si mesmo, a ponto de negar a Deus.
Daniel e seus amigos viveram na Babilônia por muitos anos, mas eles não se dobraram a ela e
nem viveram como babilônicos, porque eles não esqueceram a sua origem.

Existem muitos versículos na Bíblia que nos alertam para não nos apegarmos a esse mundo, para
que não esqueçamos de Deus que é a nossa origem e o nosso destino. Vejamos alguns:

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do
Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (1
João 2:15)

Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer
que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tiago 4:4)

Que essa verdade nos liberte e que, diante disso, possamos entender que, como igreja de Jesus
nessa terra, nós realmente somos diferentes e precisamos fazer a diferença.

E como fazemos isso?


Vamos ao 2º ponto:
Fortalecendo a nossa identidade.

2. Você não é todo mundo

A frase que intitula essa série e esse ponto é a questão-chave da nossa discussão.

De fato, não somos como “todo mundo”. Antes, estamos na contramão do sistema desse mundo,
porém só conseguiremos exercer esse papel quando a nossa identidade for fortalecida e nos
posicionarmos como homens e mulheres que não negam a Deus e o que a Palavra dele nos
ensina.

E veja comigo como se dá isso na prática. Vamos ler juntos Daniel 1:5-8:

O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho da própria mesa do rei.
Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir
o rei. Entre esses estavam alguns que vieram de Judá: Daniel, Hananias, Misael e
Azarias. O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de
Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego.
Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e
pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles.

Observe que quando os jovens judeus foram levados cativos para a Babilônia, a tentativa maior
do Rei Nabucodonosor era destruir a identidade deles e os formar na língua e na cultura
babilônica, porém eles determinaram em seu coração que eles:
 Não esqueceriam quem eles eram;
 Não negariam o Deus a quem serviam; e
 Não abandonariam a cultura da Palavra de Deus na qual eles viviam em Jerusalém.

E assim, também, devemos ser hoje. Como filhos de Deus, Igreja de Jesus aqui na terra e
embaixadores do Reino de Deus não podemos negar a nossa identidade, a nossa fé e os valores
do reino que representamos.

E para que isso aconteça, nós precisamos fazer algumas escolhas. A primeira delas é fortalecer a
nossa identidade.

Assim como Daniel e seus três amigos sabiam quem eles eram, nós também precisamos
fortalecer a nossa identidade ao responder para nós mesmos, e para quem nos questionar, quem
nós somos de fato.

E quem determina quem somos não é o nosso pecado, nem as circunstâncias, nem o que as
pessoas dizem ao nosso respeito, mas o que Deus e a sua Palavra diz. E ela diz:

Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de
se tornarem filhos de Deus. (João 1:12)

Nós somos filhos de Deus!

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de
Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz. (1 Pedro 2:9)

Somos eleitos, sacerdotes, povo exclusivo e anunciadores de Deus!

Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro


desse corpo. (1 Coríntios 12:17)

E juntos somos o corpo de Cristo aqui na terra!

Com sua identidade fortalecida, você não vai precisar negar a si mesmo para agradar o mundo,
não vai fazer o que não é correto só para ser aceito em um grupo ou ser popular, e não vai agir
como um “mundano” para ser comum, mas é justamente aí que todos verão a luz de Jesus brilhar
em você, nas suas palavras e ações.

Você não vai viver segundo o padrão do mundo: mentir, roubar, se prostituir, ser egoísta,
avarento, ou fazer todas as suas vontades e desejos carnais. Mas você vai viver segundo os
padrões da Palavra de Deus: temendo a Deus, obedecendo a sua Palavra, amando e servindo às
pessoas, sendo generoso e pregando o evangelho a toda criatura.

Não se corrompa, não se venda e não se perca, antes se fortaleça e só esteja em lugares e com
pessoas que lembrem você quem você é em Cristo Jesus, e não as que lembram quem você foi
no pecado e longe de Deus.

Porque você não é todo mundo!

3. Você é a luz do mundo

Uma vez conscientes de quem somos nessa terra, passamos a nos comportar de forma diferente
desse mundo, e então viveremos como a luz do mundo, como o próprio Jesus disse.

Não porque temos luz própria, mas porque tal qual as estrelas que refletem a luz do sol, também
refletimos o brilho do sol da justiça que é o nosso senhor e salvador Jesus Cristo.

E a história de Daniel e de seus amigos registrada no seu livro mostra que Deus não apenas
sustenta aqueles que querem ser diferentes, mas ainda os honra.

Ainda no capítulo 1 de Daniel, após a recusa dele de se alimentar com o manjar do rei, aparece a
recompensa de sua consagração.

Passados os dez dias eles pareciam mais saudáveis e mais fortes do que todos os
jovens que comiam a comida da mesa do rei. Assim o encarregado tirou a comida
especial e o vinho que haviam sido designados e em lugar disso lhes dava vegetais.
A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os
aspectos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de
visões e sonhos. (Daniel 1:15-17)

A partir do momento em que nos comportamos da maneira que Deus deseja e assumimos as
escolhas e renúncias que essa decisão exige, Deus nos honra e faz com que a nossa vida tenha
uma influência e relevância eterna para a sua glória.

Daniel e seus amigos não apenas se tornaram mais fortes, inteligentes e sábios que os outros,
mas eles amadureceram em fé e exerceram uma influência poderosa na própria Babilônia, o
território do inimigo.

E assim também acontece conosco aqui nessa terra. A diferença que carregamos em nossa vida
primeiro atrai oposição e perseguição, mas quando permanecemos firmes, traz influência e um
testemunho que impacta todas as pessoas que estão ao nosso redor.

Escolher ser diferente e não ser como todo mundo irá fazer a diferença no mundo é andar na
contramão da sociedade e ir contra o fluxo do sistema de valores dessa terra. Isso é desafiador,
mas em Cristo tudo valerá a pena.

Como disse o famoso líder, intelectual e sacerdote inglês, Richard Baxter: “O céu pagará qualquer
prejuízo que possamos sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o prejuízo de perdê-lo.”
CONCLUSÃO:

Resumindo toda essa mensagem, o nosso propósito é ser luz nas trevas como o próprio Jesus
nos disse em Mateus 5:14-16. Queremos lembrar a você nesse dia usando a versão da Bíblia A
Mensagem para fazer você entender que esse é o propósito da nossa vida:

Há uma outra maneira de dizer a mesma coisa; vocês estão aqui para ser luz, para
trazer as cores de Deus ao mundo. Deus não é um segredo a ser guardado. Vamos
torná-lo público, tão público quanto uma cidade num plano elevado. Se faço de vocês
portadores da luz, não pensem que é para escondê-los debaixo de um balde virado.
Quero posicioná-los onde todos possam vê-los. Agora que estão no alto do morro,
onde todos conseguem enxergá-los, tratem de brilhar! (Mateus 5: 14-16)

Que hoje a sua escolha seja a mais acertada possível. Não ser desse mundo, mas ser de Deus;
não se apegar a esse mundo, mas à vontade de Deus; e exercer o seu papel de luz do mundo e
caminhar em direção à eternidade, sendo diferente, fazendo a diferença e vivendo todos os
dias com Jesus, por Jesus e para Jesus.

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