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EXMO. SR.

JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DE OURO PRETO – MG

PROCESSO Nº: 5002069-23.2021.8.13.0461


AUTOR: BAZAR MIL E UMA UTILIDADES LTDA - ME
RÉU/RÉ: TAYNAN NAYAN PEREIRA BITENCOURT

TAYNAN NAYAN PEREIRA BITENCOURT, já qualificada nos autos em epígrafe,


por um de sua advogada dativa nomeada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, tempestivamente, nos termos dos Artigos 41 e seguintes da Lei 9.099/95,
interpor o presente RECURSO INOMINADO, em face da douta Sentença de 1º grau
que julgou a executada revel, com as razões anexas, Requerendo que as mesmas sejam
remetidas à TURMA RECURSAL.

Requer, desde já, a concessão da justiça gratuita, visto que é pobre no sentido legal,
sendo representada por advogado dativo. Sendo assim, deixa de recolher as custas
recursais.

Pede deferimento.

Ouro Preto, 23 de agosto de 2022

Alexsandra Matilde Resende Rosa


ADVOGADA DATIVA
OAB/MG 192.165
EGRÉGIA TURMA RECURSAL

PROCESSO Nº: 5002069-23.2021.8.13.0461


AUTOR: BAZAR MIL E UMA UTILIDADES LTDA - ME
RÉU/RÉ: TAYNAN NAYAN PEREIRA BITENCOURT

ÍNCLITOS JULGADORES!

I RESUMO DA DEMANDA

Trata-se de ação de cobrança em que a parte autora pretende receber do suplicado


a quantia de R$ 206,20 (duzentos e seis reais e vinte centavos), referente a compras de
mercadorias realizadas no Bazar Mil e uma utilidades.

No caso vertente, a decisão de primeira instância declarou a ré revel, visto


que embora devidamente citada, não apresentou proposta de acordo e nem
contestou a presente lide, tornando-se, via de consequência, revel, nos exatos termos
do art. 20 da Lei 9.099/95 (ID 7900858019).

Contudo, conforme comprovante juntado em ID n° 9467853644, a ré havia


celebrado acordo com a autora e efetuado o pagamento, mas devido ter sofrido um
aborto não conseguiu juntar os comprovantes nos autos, sendo observado a má-fé
processual da parte autora em não solicitar a extinção do processo diante do
pagamento da dívida.

No presente caso, tendo em vista a revelia são reputados verdadeiros os fatos


afirmados pela parte autora, não se esquecendo, contudo, que a ficta confesso deve ser
interpretada com a necessária flexibilidade, não tendo força para isentar a parte
requerente de provar o fato constitutivo de seu direito, sob pena de ofensa ao princípio do
contraditório substancial. No presente caso, a ré comprovou o pagamento da dívida e
que apenas não juntou o comprovante por ter sofrido um aborto.
II PRELIMINARMENTE DA NECESSIDADE DO DEFERIMENTO DA
JUSTIÇA GRATUITA EM SEDE RECURSAL – REPRESENTAÇÃO POR
ADVOGADO DATIVO

Eméritos julgadores, trata-se de um pedido de justiça gratuita em sede recursal


tendo em vista a insatisfação com a decisão do juízo a quo, em não reconhecer o
comprovante de pagamento juntado.

Sendo assim, por não possuir condições financeira de arcar com as custas do
processo sem prejuízo de sua família, o mesmo requer o deferimento da justiça gratuita
afim de poder interpor o presente recurso e obter a verdadeira justiça!

Sabe-se , conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo Civil de 2015:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na
instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos
legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de
indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o
recorrente ao benefício da gratuidade de justiça, inclusive sendo representado por
advogado dativo.

III DAS RAZÕES PARA REFORMA

No caso vertente, a decisão de primeira instância declarou a ré revel, visto


que embora devidamente citada, não apresentou proposta de acordo e nem
contestou a presente lide, tornando-se, via de consequência, revel, nos exatos termos
do art. 20 da Lei 9.099/95 (ID 7900858019).

Contudo, conforme comprovante juntado em ID n° 9467853644, a ré havia


celebrado acordo com a autora e efetuado o pagamento, mas devido ter sofrido um
aborto não conseguiu juntar os comprovantes nos autos, sendo observado a má-fé
processual da parte autora em não solicitar a extinção do processo diante do
pagamento da dívida.

Inclusive a continuação da cobrança após o pagamento gera dano moral e


configura litigância de má-fé. Ora, só porque hoje é comum ter pessoas sofrendo
cobranças de forma indevida, não quer dizer que não cause danos as pessoas, ou que abale
elas emocionalmente.

A atitude da autora em não informar a quitação da dívida caracteriza


litigância de má-fé, vejamos:

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei
ou fato incontroverso;
II – alterar a verdade dos fatos;
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV –opuser resistência injustificada ao andamento do
processo;
V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou
ato do processo;
VI – provocar incidente manifestamente infundado;
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente
protelatório.

Diante do exposto, resta demonstrado a injustiça sofrida pelo recorrente,


devendo ser dado provimento ao presente recurso para considerar quitada a dívida
cobrada na inicial.
V. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ante o exposto, requer:

a) O DEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA nos termos do art. 98 do CPC, uma


vez que a Recorrente não possui condições de arcar com as custas do processo e é
representada por advogado dativo.

b) O Recebimento, Conhecimento e Processamento do presente RECURSO inominado,


em razão de ser próprio e tempestivo

c) No mérito, seja o presente RECURSO ACOLHIDO E PROVIDO para modificar


a sentença de primeira instância, julgando totalmente improcedente a presente ação,
tendo em vista que o valor da dívida já foi pago e ainda condenar a autora por
litigância de má-fé.

d) Seja as Recorridas condenada ao pagamento das custas processuais e dos honorários


advocatícios, fixando estes no máximo admitido legalmente, no caso de sucumbência.

Pede deferimento.

Ouro preto, 24 de agosto de 2022

Alexsandra Matilde Resende Rosa


ADVOGADA DATIVA
OAB/MG 192.165

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