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s7inii22, 15:50, Broves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Breves: um breve estudo sobre lugares de memoria Estudo sobre lugares de meméria, numa perspectiva de perceber simbologias e representagdes sobre espacos de histérias e meméria de grupos sociais que construiram & formularam tais lugares, objetivando identificar quais relagdes existem entre eles. Resumo © locus da minha pesquisa faz uma breve andlise em relagdo a lugares simbélicos desta urbe. Nesta perspectiva, este escrito esta intimamente condicionado ao estudo sobre lugares de meméria. Portanto, tal ensaio pretende analisar a partir do estudo sobre lugares de meméria, uma possivel percep¢do de espacos publicos desta urbe como lugares respectivamente de meméria. Para 0 desenvolvimento do mesmo, fiz pesquisa de campo, entrevistel o senhor Estanisiau, «, eventualmente, como suporte te6rico, utlizel escritos de Le Goff (2003) e de Nora (1993). Nesse sentido, 0 referido trabalho pretende construir um breve estudo sobre lugares de meméria, numa perspectiva de perceber simbologias e representagbes sobre espagos de historias e meméria de grupos sociais que construiram e formularam tais lugares, objetivando identificar quals relagdes existem entre eles. Outrora, serve como referéncia para o presente. E imperative explicitar que, Histéria 6 antes de tudo uma pratica social, construlda na vida real, no dia a dia, por homens ¢ mulheres, criangas e adultos, jovens ou velhos, @ que em todo lugar tem meméria. Lugares de meméria estéo repletos de experiéncias, saberes e de conhecimentos dindmicos, Ndo so obsoletos ou meras construgées humanas. Palavras-chaves: Broves. Monumento. Lugares. Meméria. Simbélicos. Abstract The locus of my research makes a brief analysis in relation to symbolic places in this cily. In this perspective, this writing is closely conditioned to the study of places of memory. Therefore, this essay intends to analyze, from the study on places of ‘memory, a possible perception of public spaces in this city as places of memory respectively. For its development, I did field research, interviewed Mr. Estanislau, and eventually, as a theoretical support, I used the writings of Le Goff (2003) and Nora (1993). In this sense, the referred work intends to build @ brief study about places of memory, in @ perspective of perceiving symbols and representations about spaces of stories and memory of social groups that built and formulated such places, aiming to identify which relationships exist between them, Formerly it serves as a reference for the present. It is imperative to explain that, History is above all a social practice, built in real life, on @ daily basis, by men and women, children and adults, young of old, and that everywhere has memory. Memory places are full of dynamic experiences, knowledge and knowledge. They are not obsolete or mere human constructions Keywords: Breves, Monument, Places, Memory, Symbo Introdugao (© locus da minha pesquisa faz uma breve andlise em relagdo a lugares simbélicos desta urbe. Nesta perspectiva, este escrito est intimamente condicionado ao estudo sobre lugares de meméria, Portanto, tal ensaio pretende analisar a partir do estudo sobre lugares de meméria, uma possivel percepcdo de espacos publicos desta urbe como lugares respectivamente de meméria. Para o desenvolvimento do mesmo, fiz pesquisa de campo, entrevistei o senhor Estanislau, e, eventualmente, como suporte teérico, utlizel escrtos de Le Goff (2003) e de Nora (1993). Para contextualizar, nesse sentido, Breves localiza-se na mesorregido do Marajé e microrregido Furos de Breves, no estado do Para, foi crado pela Lei Provincial n? 200, de 25 de outubro de 1851, com a elevagao da Freguesia Nossa Senhora Santana dos Breves condigéo de Vila, posteriormente categoria de cidade, pela Lei Estadual n® 1122, de 10 de novembro de 1909, tendo alteragao toponimica municipal de Nossa Senhora de Santana dos Breves para Breves, pela Lei Estadual n® 1122, de 10 de novembro de 1909", 0 nome Breves foi atribuido 20 municipio em homenagem aos Portugueses Manoel Maria Fernandes Breves ¢ Angelo Femandes Breves, 08 primeiros colonizadores residentes na ‘Sesmaria “Misso dos Bocas’, concedida pelo Capitao-General Jotio de Abreu Castelo Branco em 19 de novembro de 1738, confirmada pelo rei de Portugal em 30 de margo de 1740, onde fundaram um pequeno engenho ¢ fizeram plantagoes de rocas.” hitps:simonografias,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 ant s7inii22, 15:50, Broves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Na Amazénia brasileira, o municipio de Breves ocupa uma area territorial de 9.549,52 km no estado do Pard, ouja sede ‘municipal esta situada entre as coordenadas geograficas ~ 50°28'48,00W e -01°40'55,20" S. O territério de Breves limita-se € tem relagées geopoliticas com os municipios de Afué e Anajas (ao norte); Melgaco e Bagre (ao sul); Anajas, S40 ‘Sebastido da Boa Vista © Curralinho (a leste); Gurupa e Melgago (a oeste). A configuracdo territorial da regido de Breves & formiada por ecossistemas de varzea igapés, campos e terra firme, € abrange um grande ntimero de ilhas, interigadas & ‘margeadas por intimeros cursos d'égua denominados igarapés, furos, canais, parands € estreitos, por onde escoam as Aguas dos rios Amazonas e Tocantins." Lugares de meméria ‘A importancia de perceber espacos pilblicos como lugares de meméria esta relacionada as situapdes vivenciadas que se perpassam ao decorrer do tempo. © lugar de meméria supse, para inicio de jogo, a justaposigéo de duas ordens de realidades: uma realidade tangivel e apreensivel, as vezes material, as vezes menos, inscrita no espago, na linguagem, na tradicao, ¢ uma realidade puramente simbélica, Portadora de uma histéria, A nogao ¢ feita para englobar ao mesmo tempo os objetos fisicos e os simbélicos sobre a base de que possuam “qualquer coisa’ em comum. Esta qualquer coisa é que o faz ser 0 caso. E espontanea e faz mais ou menos sentido para todos. Considerar um monumento como um lugar de meméria nao é simplesmente fazer a sua historia, Lugar de meméria, portanto: toda unidade significativa, de ordem material ou ideal, que a vontade dos homens ou 0 trabalho do tempo converteu em elemento simbdlico do patriménio memorial de uma comunidade qualquer.” Com uma viséo sensitiva sobre tais espacos, & possivel compreender que, dia apds dia, nesses lugares acontecem praticas socias, e, forjam-se eventualmente experiéneias que mediante discurso da histéria pode contribuir para a construgio de conhecimento € de identidade, Numa simples visita em lugares piiblicos & possivel construir um rastro de orientagao, de meméria e de conhecimento, Os lugares de meméria so primeiramente, lugares em uma triplice acepcao: sao lugares, materiais onde a meméria social se ancora © pode se apreendida pelos sentidos; so funcionais porque tém ou adquiram a fungao de alicergar memérias coletivas @ sao lugares simbélicos onde essa meméria coletiva, vale dizer, essa identidade se expressa ¢ so revela, Sao, portanto, lugares carregados de uma vontade de meméria, Longe de ser um produto espontaneo e natural, os lugares de meméria séo uma construgao histérica © 0 interesse que despertam vem, exatamente, de seu valor como documentos e monumentos eveladores dos processos sociais, dos conflitos, das paixdes © dos interesses que, conscientemente ou néo, os revestem de uma fungao icénica. (NORA. 1993, pp. 21-22). Nesta abordagem, sobre lugares de meméria, valores e referéncias se forjam afetivamente, sendo que esse ligamento traduz uma forte relagao intrinseca de um processo histérico que marcou, @ ainda marca a meméria e a histéria do povo s brevense, contribuindo para o reconhecimento dos agentes participativos dessa histéria, Jacques Le Coff®, concebe o monumento como vestigio humano vivo de uma meméria coletiva, como aquilo que & evacado do pasado, Nesse sentido: ‘A nogo e a percepgao do monumento enquanto lugar de meméria, 6 desde logo um dos aspectos essenciais, j4 que, encarado dessa forma, o monumento deixa de ser uma pega arqueolégica (um méno), para se tornar num feixe de significados © de memérias, que tragam a sua propria vida © ajudam a determinar o seu sentido transhistérico © metalinguistico, (ABREU, 2005, p. 215). Na av. Presidente Getilio Vargas encontra-se o monumento de Sant'Ana, que é a Padroeira do municipio. O Monumento foi construido na gestdo municipal de Carlos Estacio (1977-1982. Prorrogado por dois anos Segundo mandato foi em 1993- 1996) prefeito até entao, como narra o senhor Estanisiau'®, conhecido como seu Mimim ou Folha Seca Eu ndo sei exatamente a data quando comecei a trabalhar no monumento de Sant’Ana, mas eu lembro que foi na gestéio do Carlos Estacio, logo que ele entrou como prefeito de Braves. Entéo, suponho que foi no seu primeiro mandato. Eu nem 0 chamava de prefeito, era s6 de Estécio, mesmo. Carpinteiro considerado, eu, na obra, juntamente com os hitps:simonografias,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 ang s7inii22, 15:50, Broves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola outros, fizemos todos os andaimes, mas eu era 0 encarregado de tudo, no caso, s6 ia dizendo como era para fazer. Comegamos a trabalhar na obra com madeiras de lei. Era tudo esteio bruto, aliés, esteiao, assim, de seis metros de comprimento. Levou oito esteios atincados para fazer 0 quadro dela por fora e, para aquele pilar de bala. Foi uma arte que eu fiz! Eu agir pessoalmente depois, sendo que de I pra cima eu emendei tudinho. Os andaimes tinham onze metros |a! Para ter uma nogao melhor, para uma boa estrutura eu prontamente tomei iniciativa, e, emendei os seis metros afincados na terra, no caso os esteios, escorei bacana tudinho, tudo na raga e na experiéncia de anos de servigo, & tenho, modéstia a parte. Depois emendel frechal la pra cima, al eu ful fazendo, s6 eu fiz aquele servigo Id, os ajudantes na obra eram fraquinhos! Como eu era funcionario da prefeitura, atuei na construgao de diversos espagos aqui de Breves. Eu também trabalhei na construgdo da Praga Frei Docé, mas, a construgao do monumento de Sant’Ana foi marcante devido a importancia dessa obra para 0 povo catélico brevense @ porque eu acho que também é 0 cartdo postal da cidade. Imagem 4 - Monumento de Sant’Ana simbolizando a {é do povo catélico brevense, ano de 2013. Imagem de Anazildo Almeida. (© Monumento de Sant’Ana representa a {6 catélica do municipio. Faz referéncia ao periodo do processo de colonizagao dos jesuitas. A inauguragao oficial do monument de Nossa Senhora Sant’Ana foi realizada no dia 13 do margo de 1994, na gestao do Prefeito Carlos Estacio © seu Vice-Prefeito José Castano, © monumento foi construido e arquitetado pelo escultor Carlos Prado. A grande imagem da Padrosira da Cidade de Breves esta localizada na Av, Presidente Gettlio, na frente da Cidade, (NASCIMENTO. 2008). {A grande imagem 6 reconhecida pelos viajantes como a cidade em que a Senhora Sant’Ana dar as boas vindas para os de fora e, que expressa e representa 0 povo e a fé catélica do municipio. ‘A necessidade objetiva dos grupos sociais vincula-se da inteno de se preservar a presenga ausente de suas memérias, ‘se construindo a ideia de identiicagao coletiva em atribuigSes as metéforas que refletem representacdes de membros das comunidades, ou possivelmente identifica suas posigdes em relago aos de fora. Para a coeréncia desse pensamento, Le Goff (2003) explicita uma profissionalizagao dos processos de guarda e difusao dos elementos simbélicos que unificam ‘grupos sociais de distintos: ‘A meméria coletiva faz parte das grandes questées das sociedades desenvolvidas e das sociedades em vias de desenvolvimento, das classes dominantes e das classes dominadas lutando todas pelo poder ou pela vida, pela sobrevivéncia e pela promogao. (LE GOFF. 2003, p. 475). Percebe-se assim o compromisso de se visualizar nos lugares da meméria, no que lange suas reflexdes sobre a experiéncia humana, no tempo, no espago, € a produgao do discurso formative do sujeito, ¢ de como simbologias e represenlacdes desses lugares reconfiguram-se no decorrer das eras. E, além disso, compreender que o estudo da historia do lugar ¢ imprescindivel, e se concretiza num instrumento de recuperago © conscientizagao desses espagos de meméria. hitps:simonografas.brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 snr s7inii22, 15:50, Broves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Construir visées a partir de experiéncias vivencladas em harmonia da forte relagio afetiva das pessoas com aquilo que & criagao humana & imprescindivel. Todos os lugares de uma urbe estéo sobrecarregados de meméria, e, faz-se necessério se atentar para tal perspectiva. Nesse sentido, o referido trabalho pretende construir um breve estudo sobre lugares de meméria, numa perspectiva de perceber simbologias @ representagées sobre espagos de histérias © meméria de grupos sociais que construiram e formularam tais lugares, objetivando identificar quais relagbes existem entre eles. [J] Prédios, construgdes e ruas asfaltadas, elementos que a primeira vista sinalizam que tal lugar se constitu enquanto cidade, perdem sua importancia sem a presenca de agentes sociais em continuas relagdes entre si, formados por sentimentos, atitudes, valores que expressam posicionamentos diferenciados. Foi nos lugares de referéncia comuns por onde ‘esses moradores deixaram suas impressées, marcas, reconstituldas nas evocagées do passado, que encontrei sentidos e significados que atribuem a suas trajetérias de vida. (PACHECO, 2006, p. 165), Lugares de meméria estio sobrecarregados de simbolismo, pois representam formas de sociabilidade: comportam relagSes, personagens, grupos, classes, praticas de interagao © de oposigdo, rilos e festas, comportamentos e habitos. Elements todos que registram praticas, © agbes socials. Eles formam uma perspectiva macro, possuindo vitalidade que se reflete no sentido habitual de pertencimento, construindo a ideia almejada num coletivo, repleto de agbes e relagdes sociais. Meméria coletiva é 0 processo sacial de reconstrugao do passado vivido e experimentado por um determinado grupo, comunidade ou sociedade. Este passado vivido é distinto da historia, a qual se refere mais a fatos e eventos registrados, como dados ¢ feitos, independentemente destes terem sido tidos e experimentados por alguém. (HALBWACHS. 1991). Aluz de seus estudos sobre meméria, da Silva (2009) argumenta que "a meméria é entdo o passado se encontrando no presente, © 0 espago é fundamental para isto, pois as recordagées serao sempre vivas ao deparar-se com ele”. E preciso ir mais além, pois toda identificacao positiva com o lugar reflete na relacdo afetiva da pessoa com esse espaco, percebendo assim uma ideia consiruida sobre a légica de pertencimento. Nesse processo dindmico, preciso analisar as nogées que se tem sobre espagos de meméria, rememoré-los, ou até mesmo, reconstruir suas representagées. Pois, se os mesmos refletem essa tendéncia em meio aos discursos contextuais, suas consciéncias histéricas se difundem na maneira de enxergé-los e de como o sujeito histérico se ver ou se sente contemplado, Faz-se necessério ter visao ampla e observar outros 2ngulos num mundo em que as identidades sao apresentadas inicialmente através da escrita, permitindo camuflar partes dos aspectos visiveis dessa dinamica, Os atos comunicacionais, que ocupam dimensdes expressivas e pragmaticas da experiéncia humana, ndo se constroem somente a partir de atos discursivos verbais, mas incorporam siléncios, alitudes e gestos, ages e missdes, proporcionando manifestagdes significativas e provocando transformagdes no comportamento ou forma de ver 0 mundo. (COSTA & OLIVEIRA, 2004) Cada ser humano carrega em si a sua viséo subjetiva de fatos sobre determinada realidade vivenciada por meio de ssimbolos sociaimente intemalizados." O desenvolvimento do individuo acontece por seu contato social com 0 outro, com lum grupo, ou com o mundo, histérico-cultural, cuja relagdo the fomecerd instrumentos, simbolos e signos que possibilitardo alcangar o desenvolvimento do seu nivel neuropsiquico. Através dessa inter-relago, a meméria individual dé-se por meio de grupo, pois é impossive! uma meméria absolutamente individual, a lemibranca 6 reconstruida socialmente, e para isto a cexisténcia da comunidade afetiva ¢ indispensavel, conforme afirmou Rivera.” Nesse sentido, deve ser levada em considerago a meméria coletiva. Percebe-se que, meméria coletiva é miltpla, pois se trata da meméria de um determinado grupo. No entanto, seria erréneo néo refleti, ainda que na esséncia da meméria coletiva, levando em pertinéncia a subjetividade, ou melhor, subjetividades intentadas, as quais se configurariam numa identidade de grupo? Todo ser social, de uma forma ou de outra, tenta provar sua existéncia singularmente. Cada ser social ue forma um tecido sociaimente grupal possui uma visdo de mundo, e isso & irefutével Questao importante & 0 aspecto individual da meméria, pois os sujeltos socials, ao rememorarem experiéncias de seu universo, incorporam seletivamente suas dimensdes. Ainda que vivam num grupo social especifico, as experiéncias adauiridas cotidianamente hitps:simonografias,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 an7 s7inii22, 15:50, Broves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola nas relagées socials que estabelecem, sao recriadas a seu proprio modo. (PACHECO. 2006, p.75). Utlizando outras vertentes histéricas para se trabalhar o estudo das memérias, no que tange o discurso oral, principaimente na histéria oral, ¢ essencial perceber que essas fontes nao devem ser comparadas como simples objeto de estudo, pois, se tratam de pessoas. Por ser gerada individualmente, a meméria s6 se toma coletiva no mito, no folclore, nas instituigdes e por delegagao, (...) A meméria coletiva, assim, longe de espontaneidade que muitos the atribuem, seria mediatizada por ideologias, linguagens, senso comum @ instituig6es, ou seja: seria uma meméria dividida. (AMADO apud PORTELLI, 2004). Compreende-se que 0 conceito de meméria coletiva emerge como um conceito amplo e complex, construido em meio as “miltiplas vozes" das complexas relagbes socials existentes dentro de um processo histérico, juntamente com a légica de Identidade de grupo ou classe, numa perspectiva de pertencimento, luta ou resisténcia. A hist6ria pretende dar conta das transformagées da sociedade, a meméria coletiva insiste (em assegurar a permanéncia do tempo e da homogeneidade da vida, como um intento de mostrar que 0 passado permanece... Enquanto a histéria é informativa a meméria comunicativa Por outro lado, pensar no coletivo © definio como genérico, & deixar de crer que existam divergéncias ou até mesmo confitos dentro do que se pode chamar de grupo ou classe A semelhanca da linguagem, a meméria é social, tornando-se concreta apenas quando mentalizada ou verbalizada pelas pessoas, E um proceso individual, que ocorre em um meio social dinémico, valendo-se de instrumentos socialmente criados e compartithados. Em vista disso, as recordagdes podem ser semelhantes, contraditérias ou sobrepostas, porém, em hipétese alguma so exatamente iguais, (PORTELLI. 1997, p. 16). ‘Segundo Portelli, “a resttuigéio a uma comunidade em desenvolvimento, portanto, implica menos a restiluigdo da identidade do que a meméria da diferenga. A meméria acompanha a mudanga, contudo, também resiste as mudangas que optamos por no fazer - 0 que nos remete novamente a Histéria Oral como uma arte no s6 daquilo que aconteceu, como também daquilo que deixou de acontecer, aquilo que poderia ou deveria ter acontecido."~' Trata-se da meméria como alternativa."? Para Portal, “A Histéria Oral é uma ciéncia e arte do individuo™ A historia como uma ligo do passado, como mestra do tempo e no espago, tem a fungao de registrar e narrar 0 processo histérico de um determinado povo. Numa perspectiva de fortalecimento da reprodugtio da memiéria histérica, o cullo 20 civico e a exaltago da patria so simbologias que ganham destaque nesse proceso. O culto & nago aparece como uma tendéncia impulsionads por politicos ou intelectuais da sociedade vigente. A histéria oficial assume um papel imprescindivel na formagao de uma nagdo soberana e nacionalista, Possivelmente, 0 povo precisava ser ensinado, e, deveria por determinada forma, aprender a valorizar sua patria, pois 0 patriotismo, todavia, é uma tendéncia militar, civicamente ludioriada, Imagem 2 - Praga Dario Furtado, ou, “Praga da Bandeira’. Simbolo ao culto civico. Acima a imagem mostra a visita do Governador Jarbas Passatinho em 1975. Foto extralda do arquivo da Biblioteca Municipal hitps:simonografas.brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 sn7 s7inii22, 15:50, roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Eustérgio Miranda, Se um grande povo nao acredita que a verdade se encontra nele mesmo [...] se ndo acredita que ele sozinho esta apto e destinado a levantar- se e salvar todo o resto pela sua verdade, transforma-se de uma vez em material etnogréfico, © néo mais em um grande povo [...] Uma nagao que perde essa fé deixa de ser uma nagao, (HOBSBAWM apud DOSTOIEVSKY, 1990, p. 125). ‘A autoafirmagao nacional nascou a partir da ideia de pertencimento. Nagao é uma construgao cultural, ¢ a Historia é um instumento imprescingivel para o fortalcimento dessa ideia. Segundo Hobsbawm (1980), “o efiério “histérico” de nacionalidade implica, portanto, a importancia decisiva das instiuigdes © da cultura das classes dominantes ou elites de educagao elevada, supondo-as identiicadas, ou pelo menos no muito obviamente Incompativeis com as do povo comum. (oh Argumentos historicos paderiam ser encontrados ou inventados para explicar essa afirmacdo (...'."*Levando em considerago que a sociedade inventa simbolos que representam inteng6es partculares de determinado grupo, sempre em harmonia com 0 desenho da pirdmide social e econdmica existente no topo, nesse sentido, para reconstuir 0 passado de uma nagdo & preciso eleger simbolos que sirvam de referéncias para leglimar esse passado. Imagem 3 - Marcha do dia 7 de Setembro simbolizando uma data civica, em 1970. Foto pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustérgio Miranda. [Na histéria vista de cima, os vultos politicos ganham destaques nas cenas, emergidos no palco do discurso histérico da vertente positvista. Ao longo do transcurso temporal, tudo ¢ histéria e todos faze parte desse proceso. Vale ressaltar que, 2 elite sempre foi tenebrosa em relacdo aos menos favorecidos, rotulando a classe pobre como violenta e perigosa. Na balanca da historiografia, levando em consideragéo a dinamica do tempo, numa histéria vista de baixo, estratos sociais, ‘marginalizados pela sociedade, simples e humildes, aqueles que em tempos de outrora, menosprezado pela elite letrada © do “conhecimento’, sao expressivamente relevantes para tal preenchimento da narrativa histérica de uma nagao, como empiricamente mostra a histéra cultural, a histéria social e a histéria do cotidiano. Em meio as mudangas de contextos histéricos, existem aqueles que fazem histéria © aqueles que sao vistos como “importantes” da historia. Uma estratégia utiizada para perenizar a histéria nacional esta associada a ideia de homenagear vuttos de prestigios, seja num panorama nacional, estadual ou local E interessante perceber uma nogdo de identidade social e cultural com aquilo que nos rodeia. Nesse caso, lugares podem provocar sentimentos de pertencimento, Certos lugares indicam intengdes de especificidade e identidade social. Lugares de meméria também condicionam e refletern um sentido social de grupo. Portanto, compreende-se que lugares advindos de saberes, conhecimentos e perspectivas, construldos @ luz das experiéncias humanas se configuram em lugares de ‘meméria, pois esto sobrecarregados de simbolismos, ¢ implicitam cosmologias que permeiam tais espagos. Além disso, a edificagao de lugares de meméria surge de uma necessidade objetiva dos grupos sociais, Os lugares de memoria nascem e vivem do sentimento de que no ha meméria espontanea, que ¢ preciso criar arquivos, que ¢ preciso manter aniversarias, organizar celebragées, pronunciar elogios fiinebres, notoriar atas, porque estas operagées ndo so naturais. E por isso que a defesa pelas minorias de uma meméria refugiada sobre focos Privilegiados e enciumadamente guardados nada mais faz do que levantar a incandescéncia a verdade de todos os lugares de meméria. (NORA. 1993, p. 7-28). elas diversas variantes que condicionam a ciéncia histérica, muitas mudangas ocorreram na propria logica de pensar em ter ou de se fazer histéria ao longo do transcurso temporal. € $6 andar pelas ruas de Breves e logo nos deparamos com construgées que guardam memérias e conhecimento. hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 en s7inii22, 15:50, roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Neste aspecto, o patriménio nao deixa de ser -como havia sido sempre- o resultado de um Processo consciente de selecao; mas, nesta perspectiva, & baseado em apreciagdes Particulares. Para sua inclusao no patriménio, monumentos ou sitios culturais devem ser marcados em primeiro lugar, com um sinal positivo por individuos ou grupos. (POLOUT. 2008, p. 43) ‘A meméria social acompanha as mudangas. Pensar no pasado de um lugar é reviver a realidade histérica desse espago, analisando suas transformagées © suas contribuigbes, seja ela por interesses particulates, ou em beneficios do desenvolvimento da sociedade em geral. Para Halbwachs (2004) "Nao 6 suficiente reconstituir pega por pega a imagem de um acontecimento do passado para se obter uma lembranca; é necessério que esta reconstrugdo se opere a partir de dados ou de nogées comuns que se encontram tanto no nosso espirito como no dos outros, porque elas passam incessantemente desses para aquele e reciprocamentte, 0 que 86 6 possivel se fizeram e continuam a fazer parte de uma mesma sociedade” (HALBWACHS, 2004, p.31) {A Religiéo Catélica @ presente no povo brevense. Andando sobre a av. Presidente Getilio Vargas com a av. Rio Branco localiza-se a Igreja Matriz Sant'Ana, Nao se encontrou nada documentado que indique o ano em que foram iniciadas as obras da Igreja Matriz de Sant’Ana, porém, ha informagdes de que em 22 de agosto de 1854, a Camara Municipal de Breves pediu a0 Governador da Provincia, os recursos monetérios necessérios para a conclusdo da obra, onde foram solicitados hum mil € cem réis. No entanto, ndo ha informagées se a solicitagdo foi atendida. As informagSes encontradas indicam que em 1861, quando foi feito 0 orgamento da receita e das despesas para 0 referido ano, ficou marcada a quantia de quatrocentos mil réis para a continuagao das obras da igreja, pela Lei n® 379, de 12 de novembro de 1861. No relatério do Presidente da Provincia, em 29 de setembro de 1868, ele informava que as obras da lgreja Matriz estavam definitivamente concluldas. A Igreja Matriz de SantAna & a mais antiga da cidade, com tragos arquiteténicos seculares, mas, que devido varias reformas como em 1975, 1934, na década de 80, em 1997 ¢ 2003, perdeu sua caracterizacao original. (NASCIMENTO. 2009). Imagem 04 - Igreja Matriz de Sant'Ana, patriménio cultural dos catolicos brevenses, ano de 1960. Foto cedida pelos funcionarios da Biblioteca Eustérgio Miranda, Iitps:monografas.brasilescola.uol.com.brlimprimi/17505 m7 s7inii22, 15:50, roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola . ns Imagem 5 - Igreja Matriz de Sant’Ana, patriménio cultural dos catélicos brevenses, ano de 1960. Foto cedida pelos funcionérios da Biblioteca Eustérgio Miranda. Como foi exposto, é um prédio histérico e antigo. Jé passou por diversas mudangas e restauragdes. Sua data de construgao ainda néo se sabe ao certo, pois nao ha documentos oficiais que respaldem essa informagao, Sabe-se que a Igreja é 0 patriménio mais antigo da cidado, a qual possuitragos seculares. (Outro lugar de meméria é 0 Cemitétio, ou, 2 “cidade dos mortos". O Cemitério é um lugar sagrado e representativo, mesmo porque é um espaco utlizado para homenagear os que ja se foram. Em Breves existem dois cemitérios, o mais antigo ¢ 0 "Santa Rita’, datado de 1904, que fica na Rua José Rodrigues da Fonseca, Imagem 6 - Cemitério Santa Rita (Intendéncia Municipal de Breves ~ 1904), ano de 1970. Imagem pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eust6rgio Miranda. Ja mencionado, o Cemitério & um lugar simbélico, representa um espago em que @ auséncia se torna presenga. No tempo de feriados nacionais como o do dia de “Todos os Santos’ que acontece em 01 de novembro. E, 0 ‘Dia dos Finados', que se comemora no dia 02 de novembro, em que muitas pessoas prestam homenagem para os que jé parliram. Todavia, outros, por outro lado, trabalham com vendas para assim obter algum tipo de renda, levando em consideragao o breve contexto, & © intenso fluxo de pessoas que visitam os timulos de entes queridos, |é falecidos, hitps:monografas.brasilescola.uol.com.brfimprimi/17505 snr arnv22, 18:50 Braves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Imagem 7 - Frente do Cemitério Santa Rita (Intendéncia Municipal de Breves ~ 1904), ano de 2019. Imagem pertencente & Anazildo Almeida. Pee Imagem 8 - Interior do Cemitério Santa Rita (Intendéncia Municipal de Breves ~ 1904), ano de 2019. Imagem pertencente a Anazildo Almeida. (© segundo Cemitério de Braves & o Recanto da Paz, lugar s5@ que fica na Rua Antonio Fulgéncio. hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 onr arni22, 18:50 Broves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Imagem 9 - Interior Cemitério Recanto da Paz, Rua Antonio Fulgéncio, ano de 2014. Imagem pertencente & Anazildo Almeida Imagem 10 - Frente do Cemitério Recanto da Paz, Rua Anténio Fulgénci pertencente @ Anazildo Almeida. ‘ano de 2019. Imagem hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 s0n7 lugares da maméria - Brasil Escola * 2. Imagem 11 - Interior do Cemitério Recanto da Paz, Rua Antonio Fulgéncio, ano de 2019. Imagem pertencente & Anazildo Almeida, Quando se fala em Esporte em Breves emerge paralelamente a imagem de estédio no imaginério do ser brevense. Esporte 6 cultura, uma pratica marcante dos brevenses, Futsal ou Campo, o “jogo de bola’ faz parte da cultura local Imagem 12 - Gindsio de Esporte Ferdinando Costa e Silva, Rua 7 de setembro com Castilho Franga, ano de 2014, Imagem pertencente & Anazildo Almeida. hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 arinv22, 18:50 Braves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Imagem 14 - Foto da vitoriosa selegao de Breves, camped do Copao Para, no final da década de 1980. Fotografia pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustérgio Miranda, (© Futebol esta vinculado com a historia do municipio de Breves, o que também significa relevantemente uma caracteristica imprescindivel da cultura dos brevenses, traduzindo em praticas afetivas dos que admiram esse esporte. Vale ressaltar que, a0 longo desse proceso, afetivamente, Vélel ¢ Handebol ganharam espacos e $40 modalidades esportivas de grande destaque. Na rua denominada Duque de Caxias, encontra-se a Biblioteca Municipal Eustérgio Miranda, lugar que guarda conhecimento material e imaterial. A Biblioteca Municipal Eustérgio Miranda, foi criada pela lei Municipal n° 728/74, de 03 de malo de 1974 © inaugurada em 31 de janeiro de 1975, na administragao do prefeito Wilson CAmara Frazo (mandato 31/01/1973 - 01/02/1977) hitps:simonografas.brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 snr s7inii22, 15:50, Braves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Na Imagem 15 - Biblioteca Municipal Eustérgio Miranda, ano de 2014. Imagem de Anazildo Almeida, A Biblioteca, espaco de pesquisa, de litura, de orientagao do saber © de produgéo de conhecimento. Pode-se dizer que, ‘mesmo na contemporaneidade, o gar existe e sobrevive pelo seu contetdo, do universo de saberes que existente em seu sor. para além do um ambiente inerte ¢ "utrapassado", para assim se fazer pesquisa cognoscivel © cognitva. Tal lugar configura-se numa perspectiva de promogao do saber, construgdo de visdo ertica e de difusao do conhecimento dindmico Imagem 16 - Interior da Biblioteca Eustérgio Miranda, com alunos em pesquisa, ano de 2014, Imagem de Anazildo Almeida hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 s3n7 arni22, 18:50 roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Andando tanto pela av, Gettlio Vargas quanto pela rua Dr. Assis, pode se encontrar ¢ adentrar no Mercado Municipal Teofilo Paes, Nesse lugar & vendido came de boi, parce e ete. Imagem 17 - Foto da frente do Mercado Municipal Teéfilo Paes, ano de 1964. Imagem pertencente ao arquivo da Biblioteca Municipal Eustérgio Miranda. Na Foira Livre os produtos comercializadas so diversos. Os mais vendides so: hortifrutigranjeiras, frutas regionais, pescados, camaro, pecas de fogées butanos, tucupi, © etc. Além da praga de alimentagao, onde se percobe a venda de cchurrascos de cames brancas e vermolhas. Imagem 18 - Interior do Mercado Municipal Teétilo Paes, ano de 2014. Imagem pertencente a Anazildo Almeida, Para tanto, a principal forma de negociagao na Feira Livre 6 através da oferta e da procura em qualquer estabelecimento, sendo que, a forma de pagamento mais praticada 6 através do dinheiro em cédula. A propaganda ullizada pelos feirantes & 1 famosa propaganda do boca a boca, ou a chamada propaganda do grito, A Feira Livre é um lugar em que a economia gira de forma relevante, ¢, pelos produtos de seu interior, exéticos ou nao, 6 um lugar de vivéncia e de sobrevivéncla, tanto pelos feirantes, quanto pela freguesia que visita © compra habitualmente os produtos que necessitam para fins de allmentagao e, possivelmente revenda fora desse espago. hitps:sImonografas.brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 san7 s7inii22, 15:50, roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Dobrando a rua Dr. Assis, e, adentrando na av, Rio Branco, encontramos a Casa da Cultura, um “lugar de saberes’. Neste sentido, a casa da cultura é um espago em que pode haver difusdo de saberes, pois comporta vestigios que falam sobre uma historia, cultural local, regional e até mesmo nacional, analisada numa perspectiva que abarque a relagdo afetiva das pessoas com o lugar, oxalé com a histéria de Breves. Seguindo essa linha de perspectiva, a Casa da Cultura esté engendrada numa possibilidade de guardar objetos que narram aspectos da cultura, do cotidiano © a vivéncia dos brevenses, como forma de preservar a histéria e @ meméria em meio as transformagées advindas com 0 tempo. Imagem 19 - Casa da Cultura, ano de 2013. Imagem pertencente & Anazildo Almeida. utrora serve como referéncia para o presente. Construgdes © monumentos so vestigios do passado e compée 0 proceso histérico de um povo, lugar, cidade, estado ou nagdo. Com a légica do tempo, lugares se transformam, ainda que ‘modificados, continuam sobrecarregados de simbolos e representagSes acorca do social, cultural, e de vise de mundo em ‘meio a0 proceso histérico da humanidade. € imperativo explcitar que, Histéria é antes de tudo uma pritica social, construida na vida real, no dia a dia, por homens @ mulheres, criangas @ adultos, jovens ou velhos, @ que em todo lugar tom CONSIDERAGOES FINAIS Passado e meméria esto interigados. So pilares que sustentam uma idela de caréter histérico, Eventualmente, meméria registra fatos continuos © descreve instantes que se deduziram nos momentos oportunos em que emergiu uma forma de afeto pelos acontecidos. Nesta perspectiva existe uma coexisténcia cagnoscivel, pertinente sobre ligago de tal proceso entre passado e meméria Experiancias e saberes séo esclarecimentos que evocam fragmentos do pasado de quem o vivenciou. Nessa logica ¢ tecida uma vertente de compreensao sobre o entomo vivenciado, em consondncia com angulos referents & dinamizagao do espace, e, condicionalmente, no tempo, Em cada momento do tempo presente ocorre um didlogo com 0 passado. & um passado encontrado além da modalidade escrita © que pade ser percebido através de um mosaico de saberes que se constréi ao longo de um processo de natureza cognitiva @ histérica do homem, Lugares de meméria esto repletos de experiéncias, saberes © de conhecimentos dindmicos, Nao so obsoletos ou meras construgées humanas. FONTES UTILIZADAS: Entrovistas hitps:simonografias,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 ssn7 s7inii22, 15:50, roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Estanislau Cardoso da Cunha, 81 anos, aposentado. Entrevistado no dia 27 de outubro de 2019, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ABREU, José Guilherme. Arte Publica e lugares de meméria. Revista da Faculdade de Letras: CIENCIAS E TECNICAS DO PATRIMONIO. 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(texto em espanhol). Universidade Auténoma Metropolitana — Iztapalapa Licenciatura em Psicologia Social. Publicado originalmente ‘em Revista de Cultura Psicolégica, Ano 1, Numero 1, México, UNAM ~ Faculdade de Psicologia, 1991 hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 sen7 s7inii22, 15:50, roves: um breve estudo sobre lugares de meméria- Brasil Escola Sites: hitp:liptwikipedia.orgwiklprojeto_rondonitcite_note-2 hitp:¢x dol org/10.1590/S0102-1882007000100002 hitpstwwwuibge.goubr hitp:shvwbge.govbricidadesattopwindow. tm? http:/Awmw.gaogle.com.br [1] IBGE — Instituto Brasileiro Geografico Estatistico. Histérico do municipio de Breves. Disponivel em: . Acesso em: 26 de outubro de 2019. [2] Idem, [3] IBGE ~ Instituto Brasileiro Geogréfico Estalistico. © municipio e 0 seu contexto. Disponivel em: http:iwww.ibge.gov br. ‘Acesso em: 26 de outubro de 2019, [4] NORA, P, Comment écrire Ihistorie de France? In: NORA, P. (Org.). 0p. cit, pp. 11-82. p. 20, [5] Jacques Le Coff, em sou livro “Histéria © Meméria’. Esse intelectual concebe um conceito sobre o monumento. Campinas (SP): Ed. Unicamp, 2003, p.475. [6] Entrevista com o senhor Estanislau Cardoso da Cunha, 81 anos, aposentado, dia 27 de outubro de 2019. [7] SILVA, Claudinei Fernandes Paulino da. A teoria da Meméria Coletiva de Maurice Halbwachs em Didlogo com Dostoievski: Uma Andlise Socidlogo Religiosa a partir da Literatura, Extraido da Revista de Reflexto Teolégica da Faculdade Batista de Campinas, Campinas: 6* Edigéo, V.5 ~ N’2 ~ Dezembro de 2009. ISSN: 1980-0215. [8] VYGOTSY, L., @ LURIA, A. Tue Function and Fate of Egocentric Speech, Proceed, of the Ninth Intern, Congr, of Psychol. (New Haven, 1928). Princeton, Psychol. Rev. Company, 193C. [9] RIVERA, op. cit. p. 130. [10] HALBWACHS, op. cit. [11] Consulte “Uchronic dreams: working-class memory and possible words’. In: The Death of Luigi Trastull, pp. 99-116. [12] PORTELLI, Alessandro. “Tentando aprender um pouquinho: algumas reflexGes sobre a ética na historia oral’. In: Projeto Hist6ria n° 15. Sd0 Paulo, PUC, 1997, p.13-33. [13] PORTELLI, op. cit, 15. [14] HOBSBAWM, Eric. A Construgio das nagées. In: A Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 129, Fonte: Brasil Escola -https:/imonografias.brasilescola.uol.com.br/historia/breves-um-estudo-sobre-lugares-de-memoria,htm hitps:simonografas,brasilescola.uol.com brfimprimi/17505 amr

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