You are on page 1of 157
C mcd no Brsl depois da publiengior de Laronja mevdnie. ny Bags revela una ane inglesa, Primmeien lara adredivel carrera com A i Aidatea do Autor tambo profesor de erature aa lange dhe Beas ce emvare oor com wn Fngugern deer tela ¢ vt, capa de lice» swear sfc de itulos curtos. divididos eon items que cca inti etras do Reina Unie sed «p em fre rain, en prio, © 12. Minel, camo everitor de lkento, Burgess eonsefue lager m8 sério e eoneiso dor prineipais autores ¢ movin ingen eon ator colouile a infrmalidade de urna cathe nmin Area deinteresse do volume © Literatura ® 2s-ns-osaue-s tn A Literatura | Anthorty Burgess “AE A Literatura Inglesa © Anthooy Burgess 1958, Esa ead de Engl Stotere — A trey fetes, 2, fi pabicala 2 aordo com Longman Grou Limited, Lacon ‘de Andrade: Preparacio de texto Cldudin Carvalho Neves Revisiio écnica ‘Joba Milton Revisao tim de Carvalho M. de Souza fas Zilli Rosemary Cataldi Machado Filigfo de arte (miolo) Diving Rocha Corte Capa Beco Bottini 2 (SBN 85 08 05884 5 1996, “Tados os diteicor reservados Edieora Avia S.A, Ru Batio de Iguape, 110 — CEP 01507.900 Tel: PABX (O11) 278-9322 — Caina Postal 8656 End. Telegeifico “Bo fax (O11) 277-4146 ‘Sto Paulo (SP) TALVEZ YM 305 MATORES TRUNFos DESTE LivRo SETA 0 Fate DE ANTHONY BURGESS TER siP0 CAPAZ DE PRDUZIR UM ESTYDO Hista’R:0g sem LANGAR Miko Dos NABITUAIS RECURSOS ACADEM 005 NUMA LING VAGEM FLY ENTE OBJETIVA E SEMPRE AGRADAVEL ELE OFERECE UMA INTRODU CHO A LITERATUR A INGLESA com a in FORMALIDADE DE QUEM MANTE'M UMA GonVERSA ENTRE AM/GoS. ESSA HABILIDADE TORN A AiNDA MAIS FASC] NANTE A,NIAGEM @JE AUTOR LEIToR pee ENDEM ATRAVES Dos SECVLOS, NUM Pe Rion, Que VAT DA BRETANHA DomiNADA PELO iMPERI9 ROMAN ATE 4 DECADA DE 1950. : BURGESS , TOREM, Nao SE LiMity SAGAR UM PAN - RAMA DAS LETRAS INGLE SASAU ANG A BEA HISTORIA, PELA GEOGRAFIA TELA Mite Dey A E ATE PELO op_ RATER Do Povo PARA MoSTRAR DE QUE MANEI RA ESSES FATO RES ,REUNID5, DERAM FoRMA ’ CITE RA TURA Como EXPRESSA® ARTIST/CA, VAI ALEM : BUSCA ARGUMENTOS PARA EXPLICA-LA WA FORMACT. DA LINGUA NA FoRGA DAS CONSOANTES,MA INFLUEN. CIA Do FRANCES E De LAT/M. Dos BRETSES ‘4 CoN QUISTA NoRMANDA, DoS PRIMELROS TEXTOS LITE- |RARioS CONHECID®S, GUARDADOS EM MONA STE RIas 4s |iMoVAGSES DE JAMES YCE E Ao EXPERIMENTAL Ts mo DE HENRY GREEN, DESFILAM 05 AVTORES E ESTiLoS [QUE MAIS ConTRiBu/RAM PARA DAR LITE RATURA INGLESA A GRANDEZA QUE SEMPRE TEVE. Para Liana OUTRO MERITO DE ANTHONY BURGESS E CoNTEX. TUALIZAR ToDod ESSES TEMAS,DE Modo A ofe- RECER Ao LEITOR NAO So’ NOMES E FATOS, MAS TAMBEM AS CONDI GSES EM QUE BLES SURG|RAM. ASSIM, ANTES DE DEPARAR Com MARLOWE ov SHAKESPEARE, VAMOS ENCONTRAR UMA BREVE E PRECISA ExPLicaeho SOBRE A ORIGEM DO DRAMA ELISA BETANO, DA CATARSE ARISTOTELI cA A iNFLUENCIA DE SENECA, Sumario Prefécio 7 1 O que é literatura? 8 2 O que éa literatura inglesa? 17 4 A primeica literatura ingles 23 4 A chegada dos normandos 31 5 Chaucer e depois 39 Incerlidio— A Biblia inglesa 51 6 Os primérdios do drama 55 7 Oalvorecer do drama inglés 63 B Os primeitos dramas clisabetanos 74 9 Willian Shakespeare 89 UO Outros dramaturgos elisabecanos 100 1A Poesia e prosa no perfodo Todor 111 12, A época de Milton: fim de um periodo 122 13 A épocade Dryden 144 14 O novo drama 158 15 Poesia na fipoca da Razdo 167 16 Prosa na Fipoca da Razio 183 17 Os romanticos 196 18 A época vitoriara 213 19 Vida nova no drama 232 20 A chegada da época moderna 244 2 Acéa época atual 253 22 O romance inglés desde 1950 265 A versificagio inglesa 274 Sugestoes de leitaca 288 Quadro cronolégico 295 fndice onoméstico 309 Prefacio Ere tii agian xe em 1957, cm Kelantam, urn clos estados do nordeste da Malésia. Na época, eu trabalhava como chefe do Departamento de Inglés no Federal Training em Kora Bharu © compreendi que meus estudantes, que eram de ragas e culturas diferentes, pre- cisavam de um livro fécil que Ihes fornecesse o contexto histérico capaz de tor- ‘nar mais inteligiveis alguns dos livros de seu exame final. O resultado foi esta breve histéria da literatura inglesa que, ns treze anos ou quase desde que apa- receu pela primeira vez, tem sido amplamence usada na Europa assim como no ue costumava sero império britinico. Talvez seja descorés pata com os esta dantes europeus fazer com que esta obra ainda se apresente como uma espécie de produgio tropical, as ela foi escres em um ambience de cobras e tambores da selva, € me parece malicia inofensiva deixar que eles continuem silvando e bax tendo em algum lugar como fando de uma discusséo sobre o Parafie perdido, No entanto outtas mudangas se fizeram necessicis, particularmente a atualizagio do balanco da literatura britanica contemporines. Estou consciente da intocada ingermidade da prosa ¢ de certos julgamentos litetérios que foram proferidos, mas tudo isso s6 pode ser corrigido quendo um novo liveo viet a sr escrito, uma rarefa para a qual sinda ado estou preparado, Os fatos permanecem suficiente- mente slides, e espero que eles contiruem a alimentar, por maior que seja a fox _me por fatos que os estucantes de literatura inglesa possum, Quero me referi, E claro, aos estudantes de nivel elemertae, Se aprenderem a ficat mais famintos, espero que se dirjam & grande Hiszéra da literatura imgltca de Cambridge 0% 20 trabalho mais breve de Legouis e Cazamien. Anthony Burgess Brctiano, Ieilia Ide agosto de 1971 1 O que é literatura? Dee a aca ser grosseiramente divididos em dois grupos — as ciéncias e as artes. As cién- rei Artur continua to poderoso como 0 foi no passado — pademes ver isso nfo 36 nos filmes camo nos livtosinféntis, como também mo Curioso rumor que circulou sm Inglacerra em 1940: que Artur voleara para expulsar o esperado invasor, que ele jamais morrers. Tambémn um outro mito Ppoderoso — mas no to poderoso — iria surgi entre os ingleses —-o de Robin Hood e seus seguidotes, os fora-da-lei que nio aceitatam o dominio notmando « ue viveram, livres como as folhas verdes, na floresta (O tempo passa. Os normandos aprenderam a Ifagua dos ingleses, e alguns ingleses aprenderam a agua dos normandos. Mas o inglés, nia o francés nor, ‘mando, iria prevalecer. Vemos entdo descavolversse lentamente tum tipo de inglés que se enriquece com os empréstimos tomados ao francés normando, ve. ‘mos as palavras engatinhando nos livros, em geral introduzidas ao lado de sua tsadlucio em inglés arcaico: "Despair, that is to say, wanhope” ("Desespero, s- {0 €, wanhope"). Mas, 2s vezes, até mesmo hoje a miscura no pasece completa (Palavras como *wal io — parecem mais natucais pata os ingleses do ue palaveas como ‘promenade”.) A chegada do francés normando Inglaterra também abrin a porta para o empréstimo de palavras latinas (0 latim sendo a Uinigua matriz do frencés), de modo que o que 6 de fato, bor ingles povle soar éstranho ¢ até mesmro absusdo ao ouvido inglés. Ds. Johnson, no séeulo XVIII, comencou uma certa pega, dizendo: “Tem vicalidade insuficiente para se pre. «servar da puttefagio” (‘Te has insuficiene vitality to preserve ie from putrefac. tion”). Ble poderia ter dito, e de Fao jé 0 dissera antes: “Nao tem suficiente ex. piticuosidade para se manter doce” ("Ie has not wit enough to keep it sweet") A segunda fiase & quase puro inglés arcaico; a primeira é umn mistuta de fran. «fs latim, A. data que devemos lembrar como assinalando o comeso do inte fesse normando na lingua dos conquistados é 1204, quando a Noemania fol derrorada ea ligasio dos notmandos com 0 continente foi cortada HA muico o que dizer sobre a lieravura esctita no inglés médio —a lin. ‘gua da transiglo — mas, como nio estamos hoje em dia interessados em ler qualquer coisa escrita, digamos, entte 1200 e 1340 (0 ano do nascimento de 8 4. A catecapa Bot NORKANDOS Chaucer), ice formular sumariamente o que é peeciso saber sobre os eseti- ho para o primeiro grande poeta inglés. ores gue abrem cam ©) Inglés médio — Escritos veligiosos % — obras como 0 Ormilim, Hé um grande aimero de textos religiosos — ob uma tradugio de algans evangelhos lias na miss, feita pelo monge Orm por volta de 1200, Hé o Ansene Ricle—conselhos dados por um padre a trésse- hors elgiosas qe vite oem um content, mas em mpegs casa perto de uma igreja, Este altimo chega a ser encantador, parece que, nessa época na literatura da Inglaterra, hd ura conscincia da mulher enquanto mu- thet — acinar que deve se tate crise delcaamente, om nal. ‘guage geatil. Hé urna ligacdo aqui com a devogto 2 Viegem Maria, Mic de Cristo, um culto que os normandos teeuxeram, praticado por eles em oragbes & homenagens mesmo quando eta proibido por Roma. A cavalaria, que exigia uma dedicagfo mulher quase chegando & adoragio, € wm outro mito ds ant ‘ga Europa, liquidado Finalmente por Cervantes em sua sética Dare Quis, es- rita na época de Shakespeare. Hii um livro curioso escrito por volea de 1300 urn elugtodo fae fled na nglaera —, de Robt Mannyng, che tnado Exame do pecado, historias em versos sobte os vétis caminhos do pecado ~ sai, dvestid, asim como eicante, HO ema dom, erove velmente escrito por Richard Rolle por volta de 1340, que versa sabre as dores no infor cm dates pasos as alms danas, eorturada ele sede, a0 descobsie que o fogo nao ir sacid-hs, chupam as cabegas de cobras veneno- sas. Os dem@nies gritam, batem com mattelos em chamas, enquanto suas vsti mas derramam ligrimas de fogo, naussadas por urna imundicie indizivel e por cheieos de um horcor indescrtivel — Esoritos ndo-religiosos OD Inglés médi Entre os escritos nio-Feligiosos, pode-se assinalat, em primeiro Igat, cer- cas cancies, escritas com grande delicades e habjlidade, enas que nifo foram as- sinadas, que ainda hoje tém o poder ce nos encancar e que ainda sto cantadas Esta, por exemplo, é conhecida em toda parte, junco com sua mdsics: Somer i oem in, ude ing cvea! Grousth sed and ilewesh red, ‘Ane springch the wnde na — Sing seen!

You might also like