Professional Documents
Culture Documents
Protocolo Sepse - HUJBB
Protocolo Sepse - HUJBB
SUMÁRIO
1. SIGLAS ......................................................................................................... 02
2. CONCEITOS .................................................................................................. 02
3. OBJETIVOS ..................................................................................................... 03
4. JUSTIFICATIVAS .............................................................................................. 04
5. CRITERIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO .......................................................... 04
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES. ................................ 05
7. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS............................................................. 07
8. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPEUTICO ........................................ 07
9. FLUXOGRAMA ................................................................................................ 09
10. MONITORAMENTO ....................................................................................... 12
11. HISTÓRICO DE REVISÃO................................................................................. 14
12. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 15
13. ANEXOS .......................................................................................................... 16
a. ANEXO 1- FLUXOGRAMA DE TRIAGEM ..................................................... 16
b. ANEXO 2 – FLUXO DO PACIENTE COM SUSPEITA DE SEPSE ....................... 17
c. ANEXO 3- FICHA DE TRIAGEM 1........................................................... 18
d. ANEXO 4 – FICHA DE TRIAGEM 2 - UTI ............................................ 20
e. ANEXO 5 – FICHA DE ANTIMICROBIANO ........................................... 22
f. ANEXO 6 – CHECK LIST .......................................................................... 24
g. ANEXO 7 – FLUXOGRAMA LABORATÓRIO .......................................... 25
h. ANEXO 8 – FLUXOGRAMA ATENDIMENTO FARMÁCIA ....................... 26
1. SIGLAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 2/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
ATM: Antimicrobiano
HUJBB: Hospital Universitário João de Barros Barreto
ILAS: Instituto Latino Americano de Sepse
PaCO2: Pressão parcial de gás carbônico
PAM: Pressão arterial média
PAS: Pressão arterial sistólica
SIRS: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
SOFA: Sequential Organ Failure Assessment
SPREAD: Sepsis Prevalence Assessment Database
SUS: Sistema único de saúde
UTI: Unidade de Terapia Intensiva
2. CONCEITOS
3. OBJETIVOS
4. JUSTIFICATIVA
A Sepse é uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbidade e
mortalidade e altos custos. Seu reconhecimento precoce e tratamento adequado são fatores
primordiais para a mudança deste cenário. A implementação de protocolos clínicos gerenciados é
uma ferramenta útil neste contexto, auxiliando as instituições na padronização do atendimento ao
paciente séptico, diminuindo desfechos negativos e proporcionando melhor efetividade do
tratamento.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 4/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
prazo estipulado.
Deverá garantir a coleta e resultado dos exames
Serviços de Laboratórios
descritos neste protocolo dentro do prazo estipulado.
Os exames diagnósticos indicados são os exames laboratoriais que compõem o KIT SEPSE:
• Hemograma; • Bilirrubina.
• Lactato; • Uréia
• Gasometria arterial • Sódio
• Hemocultura (2 amostras) • Potássio
• Creatinina; • Glicemia
• Coagulograma;
Opcionalmente pode ser solicitado culturas adicionais de outros sítios pertinentes e radiografia de
tórax (se suspeita de pneumonia)
Fonte intra-abdominal
Piperacilina comTazobactam Ciprofloxacino + Metronidazol
(diverticulite, abcesso
periretal ou peritonite)
Pneumonias comunitárias Ceftriaxona+ claritromicina Moxifloxacina
graves
Pneumonia aspirativa Ceftriaxona + Clindamicina Moxifloxacino + Clindamicina
Endocardite (valva nativa) Penicilina G Cristalina Vancomicina + gentamicina
+ Gentamicina + oxacilina
Meningite (1 a 50 anos) Ceftriaxona Meropenem +Vancomicina
Pé diabético Piperacilina com tazobactam Ceftazidima+Vancomicina
9. FLUXOGRAMAS
internação ou FICHA DE TRIAGEM 2 – para pacientes internados em UTI – anexos 3 e 4) que deverá
ficar anexada a prancheta de prescrição do paciente para seguimento de condutas pela equipe e
para acompanhamento do TIME DE SEPSE;
Cabe à equipe assistencial tratar seu paciente como urgência médica, pois as
condutas tomadas nas primeiras 6 (seis) horas a partir do diagnóstico de Sepse ou choque séptico
são importantes para o prognóstico do paciente.
Nas UTIs, a detecção não deve se basear nos critérios de SRIS, pela alta frequência
dos mesmos em pacientes de UTI, portanto, a abertura do protocolo de sepse nas UTIs deve ser feita
de comum acordo entre equipes medicas e multiprofissional, sempre que houver suspeita de foco
infeccioso quando há inicio de nova disfunção orgânica ou piora de disfunções preexistentes, mesmo
na ausência de disfunção a hipótese de sepse pode ser formulada com base em dados clínicos como
febre, na ausência de outras causas de resposta inflamatória.
Coleta de exames
Os exames serão solicitados pelo médico no formulário habitual de solicitações de exames
deste serviço que deverá ser preenchido como ¨KIT SEPSE” que abrange a coleta de hemograma,
Lactato, Gasometria arterial, creatinina, coagulograma, glicemia, ureia, sódio, potássio e
Hemocultura (2 amostras) que deve coletar os exames em até 15 minutos após o diagnóstico e
informar o resultado em até 30 minutos após a coleta (conforme Fluxograma do Serviço de
Laboratório de Análise Clínicas / HUJBB para Controle e Manejo da Sepse) - ANEXO 7;
IMPORTANTE: A coleta das culturas não deve atrasar a administração do antimicrobianos.
Prescrição de antibioticoterapia
O médico deve prescrever a antibioticoterapia e preencher a ficha de antimicrobiano
específica para Sepse (ANEXO 5) que deverá ser encaminhada a farmácia imediatamente para
dispensação da primeira dose do antimicrobiano sem necessidade de liberação de senha pelo
médico da CCIH. As demais doses do ATM seguirão fluxo de dispensação previsto na Diretriz de Uso
Racional de Antimicrobianos.
O(a) médico(a) deve entregar a prescrição a enfermeira e comunicá-la que a
medicação deverá ser administrada em ate 1 hora após o diagnóstico de Sepse (casos com alta
probabilidade de sepse e aqueles com choque séptico), e em até 3 horas para aqueles quadros
possíveis de sepse sem choque séptico, que deverá ser administrada na dose máxima na primeira
dose e em dose plena a partir da segunda dose.
Check list
Além da ficha de triagem, o formulário do check list (anexo 6) deve ser preenchido durante o
acompanhamento do paciente em suspeita de sepse de forma que os diversos passos do tratamento
sejam seguidos pela equipe que atende ao paciente.
Corticoide
O uso de corticoide continua sendo indicado nos pacientes com choque séptico em uso
progressivo de droga vasoativa. Recomenda-se o início do corticóide a partir de doses > 0,25
mcg/kg/min de noradrenalina ou adrenalina, em até 4 horas. O corticoide recomendado é a
hidrocortisona na dose de 200 mg/dia (50 mg a cada 6h ou em infusão contínua).
10. MONITORAMENTO
Os marcadores definidos para mensuração da aderência ao protocolo e dos
resultados obtidos são:
10.3. Antimicrobiano
Administração correta de antimicrobiano, considerando-se antimicrobianos administrados
dentro das primeiras 24 horas do diagnóstico de Sepse ou Sepse grave.
Especificações:
• Numerador: número de pacientes em que a administração de antimicrobiano de
amplo espectro ocorreu dentro da primeira hora do diagnostico da Sepse nos pacientes
• Denominador: todos os pacientes com Sepse ou choque séptico.
10.5. Volume
Início de infusão de 30mL/Kg na primeira hora após o início da hipotensão ou do momento de coleta
do lactato para pacientes com lactato acima de duas vezes o valor de referência.
Especificações:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 13/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
• Numerador: pacientes que iniciaram a reposição volêmica em até uma hora após
o início da hipotensão ou da coleta de lactato e receberam 30mL/Kg de cristaloide
• Denominador: pacientes com lactato acima de duas vezes o valor de referência
ou com pressão arterial média abaixo de 65 mmHg.
10.6. Vasopressor
Uso de vasopressores naqueles que permaneceram hipotensos após reposição volêmica.
Especificações:
• Numerador: pacientes que iniciaram a reposição volêmica em pacientes que
receberam vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65mmHg.
• Denominador: pacientes que permaneceram com pressão arterial média abaixo
de 65mmHg após volume.
• Numerador: soma do tempo para diagnóstico da disfunção nos pacientes com sepse
/choque séptico.
• Denominador: número total de pacientes com sepse /choque séptico
Resultado expresso em média ± desvio padrão
10.10. Letalidade
Óbito durante a internação hospitalar
Especificações:
• Numerador: Número de pacientes com óbito durante a internação hospitalar.
• Denominador: todos os pacientes com Sepse ou choque séptico incluídos no
protocolo.
12. REFERÊNCIAS
https://www.ilas.org.br/materiais-adulto.php .Instituto Latino Americano de Sepse,2021. Acesso
em dezembro 2021.
AZEVEDO, Luciano Cesar Pontes de; MACHADO, Flávia Ribeiro. Sepse, 2ªed, 2019.
Cárnio EC. New perspectives for the treatment of the patient with sepsis. 2019;27:e3082. Acesso
em fevereiro de 2020.
MENEZES, L.E.F.J.; NEGREIROS, L.M.V.; MACIEL, L.B.C.; MARQUES, T.A.; ROBALLO, C.A.; BAFFA,
A.M. Perfil epidemiológico e análise da efetividade para prevenção de óbitos de pacientes
inseridos em protocolo de Sepse. Revista da Sociedade Brasileira Clínica Médica. 2019;17(1):25-30
EVANS L, RHODES A , ALHAZZANI W , ANTONELLI M ,COOPERSMITH CM e col. Surviving sepsis
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 15/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Intensive
Care Med https://doi.org/10.1007/s00134-021-06506-y.
Elaboração Data:
Perla Suely Gaia Ranieri Queiroz – Enfermeira/ Chefe da Unidade de Vigilância em Saúde 05/01/2022
Vanessa Gomes de Lima - Médica/ Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde
Validação Data:
Edna Cristina Vieira Conceição - Enfermeira/ Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde
Lourival Rodrigues Marsola - Médico / Chefe do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde
Aprovação Data:
Regina Fátima Feio Barroso - Superintendente do CHU-UFPA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 16/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
SIR
AVALIAÇÃO MÉDICA 1
PACIENTE APRESENTA HISTÓRIA SUGESTIVA DE INFECÇÃO?
( ) Pneumonia/Empiema ( ) Infecção de prótese
( ) Infecção urinária ( ) Infecção óssea/articular
( ) Infecção abdominal aguda ( ) Infecção de ferida operatória
( ) Meningite ( ) Infecção de corrente sanguínea associada ao cateter
( ) Endocardite ( ) Sem foco definido
( ) Pele e partes moles ( ) Outras infecções:
O PACIENTE APRESENTA CRITÉRIOS PARA:
( ) Suspeita de sepse/choque séptico (em pacientes somente com SRIS, considerar suspeita de sepse se
presença de fatores de risco, p.e., idade avançada, imunossupressão ou outras comorbidades
importantes)
( ) Afastado suspeita de sepse.– encerrar protocolo e dar seguimento ao atendimento
( ) Sepse/choque séptico em cuidados paliativos. Encerrar protocolo e dar seguimento ao atendimento
ENFERMAGEM (se seguimento do protocolo, em pacientes com suspeita de sepse na avaliação médica):
Se hipotensão, lactato > 2 vezes a referência ou sinais de hipoperfusão ( a critério médico, p.e.,
hiperlactatemia < 2 vezes a referência mas considerada significativa, tempo de enchimento capilar > 3s,
livedo, oliguria):
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 19/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
Kit sepse: hemograma completo, creatinina, ureia, sódio, potássio, gasometria, lactato, glicemia,
coagulograma (TP,TTPa), bilirrubinas, 2 pares de hemoculturas, radiografia de tórax (se suspeita de
pneumonia). Culturas adicionais devem ser coletadas de outros sítios pertinentes. Opcionalmente,
gasometria arterial só é necessaria em pacientes com insuficiência respiratoria ou choque. Lactato para
triagem em pacientes sem insuficiencia respiratoria ou choque, pode ser venoso.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 20/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
Se hipotensão, lactato > 2 vezes a referência ou sinais de hipoperfusão (à critério médico, p.e.,
hiperlactatemia < 2 vezes areferência mas considerada significativa, tempo de enchimento capilar > 3s,
livedo, oligúria):
( ) reposição volêmica 30 ml/Kg (se individualização pela equipe médica, registrar em prontuário a razão)
( ) iniciar noradrenalina (se hipotensão ameaçadora a vida ou hipotensão persistente)
( ) coletar 2º lactato se hiperlactatemia inicial após reposição inicial e dentro de 2 horas Valor: ____
Data e hora da coleta: / / às :
( ) reavaliação contínua nas primeiras horas e registro em prontuário em até 6 horas
Data: ___/___/___ às ___:___
Necessidade de controle de foco? ( ) Não
Kit sepse: hemograma completo, creatinina, ureia, sódio, potássio, gasometria, lactato, glicemia, coagulograma (TP,TTPa),
bilirrubinas, 2 pares de hemoculturas, radiografia de tórax (se suspeita de pneumonia). Culturas adicionais devem ser coletadas
de outros sítios pertinentes. Opcionalmente, gasometria arterial só é necessaria em pacientes com insuficiência respiratoria ou
choque. Lactato para triagem em pacientes sem insuficiencia respiratoria ou choque pode ser venoso.
Adaptado do ILAS, 2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 22/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
INFECÇÕES COMUNITÁRIAS
Ceftriaxona 2g EV 1 x dia
FOCO URINARIO 1ª OPÇÃO
(PIELONEFRITE)
Ciprofloxacino 400mg EV 12/12h
2ª OPÇÃO
1ª OPÇÃO
Oxacilina 2g EV 4/4h + ceftriaxona 2g EV 1 x dia
PELE E PARTES MOLES
2ª OPÇÃO Vancomicina 1g EV 12/12h
Cefepime 2 g EV 8/8h
1ª OPÇÃO
NEUTROPENIA GRAVE
2ª OPÇÃO Ciprofloxacino 400mg EV 8/8h
INFECÇÕES HOSPITALARES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
Tipo de Documento PROTOCOLO PROT.HUJBB.007 – Página 23/26
Título do Documento SEPSE Emissão: Próxima Revisão: 2024
02/05/2022
Versão:04
Meropenem 1g EV 8/8h
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 1ª OPÇÃO ou
ASSOCIADA A CATETERISMO Imipenem 500mg EV 6/6h
VESICAL
Administração: / / às :
( ) Se lactato alterado (≥ 2 x valor normal), coletar nova amostra de lactato arterial ematé 4h após reposição
volêmica Valor: Coleta: / / às :
( ) Se hipotensão e/ou hiperlactatemia, avaliar o status volêmico e perfusão nasprimeiras 6 horas* Registro no
prontuário da avaliação: / / às :