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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO


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SUMÁRIO

1. SIGLAS ......................................................................................................... 02
2. CONCEITOS .................................................................................................. 02
3. OBJETIVOS ..................................................................................................... 03
4. JUSTIFICATIVAS .............................................................................................. 04
5. CRITERIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO .......................................................... 04
6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES. ................................ 05
7. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS............................................................. 07
8. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPEUTICO ........................................ 07
9. FLUXOGRAMA ................................................................................................ 09
10. MONITORAMENTO ....................................................................................... 12
11. HISTÓRICO DE REVISÃO................................................................................. 14
12. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 15
13. ANEXOS .......................................................................................................... 16
a. ANEXO 1- FLUXOGRAMA DE TRIAGEM ..................................................... 16
b. ANEXO 2 – FLUXO DO PACIENTE COM SUSPEITA DE SEPSE ....................... 17
c. ANEXO 3- FICHA DE TRIAGEM 1........................................................... 18
d. ANEXO 4 – FICHA DE TRIAGEM 2 - UTI ............................................ 20
e. ANEXO 5 – FICHA DE ANTIMICROBIANO ........................................... 22
f. ANEXO 6 – CHECK LIST .......................................................................... 24
g. ANEXO 7 – FLUXOGRAMA LABORATÓRIO .......................................... 25
h. ANEXO 8 – FLUXOGRAMA ATENDIMENTO FARMÁCIA ....................... 26

1. SIGLAS
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ATM: Antimicrobiano
HUJBB: Hospital Universitário João de Barros Barreto
ILAS: Instituto Latino Americano de Sepse
PaCO2: Pressão parcial de gás carbônico
PAM: Pressão arterial média
PAS: Pressão arterial sistólica
SIRS: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
SOFA: Sequential Organ Failure Assessment
SPREAD: Sepsis Prevalence Assessment Database
SUS: Sistema único de saúde
UTI: Unidade de Terapia Intensiva

2. CONCEITOS

Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS): é uma resposta inflamatória a


uma grande variedade de condições clínicas severas, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que
traduz a reação do organismo à presença da infecção. Essa resposta é manifestada por duas ou mais
das seguintes condições:
• Temperatura > 37,8ºC ou < 35ºC;
• Frequência cardíaca > 90 RPM;
• Frequência respiratória > 20 movimentos/minutos (alternativamente PaCO2 <32
mmHg ou paciente sob ventilação mecânica);
• Contagem de glóbulos brancos no sangue periférico > 12.000/mm3 ou < 4.000/
mm ou presença de > 10% de formas jovens (bastões).
3

Sepse: é a presença de disfunção orgânica que significa o aumento em dois pontos


no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) em decorrência da resposta desregulada do
organismo a presença de infecção.
As principais disfunções orgânicas são:
• Hipotensão (PAS< 90mmhg ou PAM < 65 mmhg)
• Rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, agitação ou coma;
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• Dispneia ou necessidade de O2 para manter spo2> 90%;


• Oligúria (≤0,5mL/Kg/h) ou elevação da creatinina (>2mg/dL);
• Contagem de plaquetas < 100.000/ mm³ ou INR> 1.5
• Lactato ≥ 2mmol/L
• Aumento significativo de bilirrubinas (> 2x o valor de referência)

Choque séptico: presença de Sepse com hipotensão com necessidade de


vasopressores para manter pressão arterial média > 65 mmhg associada à lactato > 2 mmol/L, após
adequada reposição volêmica.
Sepse provável: SRIS em pacientes com fatores de risco como idosos,
imunossuprimidos, portadores de comorbidades graves.
Sepse possível: paciente com SRIS e foco infeccioso suspeito ou confirmado, mas sem
fatores de risco evidentes.
Atenção: se a suspeita de causa infecciosa persistir, recomenda-se administração de
antimicrobianos nas primeiras 3 horas. Já para pacientes com baixa possibilidade de infecção e sem
choque, sugere-se não iniciar antibióticos e monitorar o paciente;

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral


Reduzir a mortalidade por Sepse e choque séptico entre os pacientes do Hospital
Universitário João de Barros Barreto.

3.2. Objetivos específicos


• Identificar precocemente pacientes com quadro de Sepse e choque séptico,
iniciando as medidas propostas neste protocolo;
• Racionalizar o uso dos recursos diagnósticos e terapêuticos.

4. JUSTIFICATIVA
A Sepse é uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbidade e
mortalidade e altos custos. Seu reconhecimento precoce e tratamento adequado são fatores
primordiais para a mudança deste cenário. A implementação de protocolos clínicos gerenciados é
uma ferramenta útil neste contexto, auxiliando as instituições na padronização do atendimento ao
paciente séptico, diminuindo desfechos negativos e proporcionando melhor efetividade do
tratamento.
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A Sepse se insere no contexto das causas de morte de maior prevalência em Unidades


de Terapia Intensiva (UTI) mundialmente. Estima-se que essa realidade possui como fatores
contribuintes o aumento da expectativa de vida da população, fazendo com que haja um aumento
da prevalência de doença crônico-degenerativa; a maior sobrevida dos pacientes com estas mesmas
doenças, dados os avanços nos métodos de controle das mesmas; o emprego de uma rotina de
vigilância de infecções prospectiva dos dispositivos invasivos (cateteres vesicais, tubos
endotraqueais, cateteres intravasculares etc.) na prática da medicina intensiva e assistencial
também nas enfermarias; a maior incidência de pacientes imunossuprimidos nas unidades de
terapia intensiva e, por conseguinte o aumento da incidência de infecções relacionadas à assistência
à saúde.
Os atuais dados nacionais mostram que a mortalidade por Sepse no país, mormente
em hospitais públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), é muito elevada e bastante
acima da mortalidade mundial. O estudo SPREAD (Sepsis PREvalence Assessment Database),
conduzido pelo ILAS (Instituto Latino americano de Sepse) em 227 UTIs brasileiras selecionadas
aleatoriamente para representarem, de maneira adequada, o cenário nacional, apontou que 30%
dos leitos de UTI do país estão ocupados por pacientes com Sepse ou choque séptico. A letalidade
nesses pacientes foi de 55%. Esses dois achados fazem perceber o custo elevado da Sepse em nosso
país.
No HUJBB a letalidade que era de 60% em 2019, reduziu para 46,87% em 2020 após
implantação do protocolo de sepse na instituição.
A implantação de um protocolo de sepse na instituição proporciona um diagnóstico
mais precoce e rastreamento microbiano mais eficaz o que possibilita o rápido início do tratamento
e o uso mais otimizado das variáveis hemodinâmicas e das técnicas de suporte orgânico, reduzindo
potencialmente a mortalidade.

5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO

5.1. Critérios de elegibilidade:


• Temperatura axilar maior que 37.8ºC ou menor que 35ºC;
• Frequência cardíaca maior que 90 bpm;
• Frequência respiratória maior que 20 irpm;
• Contagem leucocitária maior que 12.000/ mm3 ou menor que 4.000/ mm3 ou
ainda presença de formas jovens (bastões) maior que 10%.

5.2. Critérios de Inclusão


Serão incluídos no protocolo todos os pacientes adultos com idade maior ou igual a
14 (quatorze) anos que apresentem, em algum momento da internação hospitalar, ou a sua
admissão, sinais de SIRS ou que apresentem pelo menos uma disfunção orgânica.
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5.3. Critérios de exclusão


Não são considerados elegíveis para este protocolo:
• Pacientes com doença neoplásica maligna avançada, caracterizados como em
cuidados paliativos ou de fim de vida devidamente registrado em prontuário médico;
• Pacientes com idade inferior a 14 (quatorze) anos.
• Pacientes com doenças infecto contagiosas como dengue, malária, leptospirose
que seguem protocolo específico;

6. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS, RESPONSABILIDADES

Profissionais do HUJBB Devem seguir as recomendações deste documento.


Apoiar a implementação destas recomendações bem
Administração Hospitalar como garantir recursos técnicos, humanos e materiais
para sua implementação e execução.
Assegurar e contribuir na adesão dos profissionais
bem como reforçar a implantação das
recomendações contidas neste documento. Capacitar
Gerentes ou Chefes de Serviços
a equipe e participar dos treinamentos para
cumprimento destas recomendações. Proceder à
aquisição e reposição dos insumos.
Atuar como fonte de respostas aos questionamentos.
Educar os profissionais para o reconhecimento
precoce do quadro de Sepse e a tomada de decisão
Grupo Institucional de Combate à
corretas para garantir melhores resultados. Monitorar
Sepse
os indicadores de resultado e atualizar as
recomendações deste documento sempre que
necessário.
Equipe Médica e de Enfermagem Reconhecer de forma precoce pacientes com quadro
das enfermarias, UTI, UR e Centro de Sepse nas unidades, aplicando as medidas contidas
Cirúrgico. neste protocolo.
Indicar e atualizar as indicações de esquemas
Comissão de Controle de Infecção antimicrobianos utilizados neste protocolo; Atuar
Hospitalar como fonte de resposta aos questionamentos; Revisar
e validar as recomendações deste protocolo.

Farmácia Garantir a dispensação dos insumos descritos no


protocolo para as unidades solicitantes dentro do
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prazo estipulado.
Deverá garantir a coleta e resultado dos exames
Serviços de Laboratórios
descritos neste protocolo dentro do prazo estipulado.

6.1. Atribuições dos setores envolvidos


Serviço de Laboratório: deve garantir a coleta dos exames no setor solicitante no
prazo máximo de 15 minutos a contar da solicitação e garantir a entrega do resultado dos exames
no setor de atendimento em no máximo 30 minutos a contar da solicitação. Conforme fluxograma
em anexo 7.
Exames que deverão ser entregues no setor de atendimento em no máximo 30
minutos a contar da solicitação:
• Hemograma;
• Lactato;
• Gasometria arterial;
Exames que deverão ser entregues no setor de atendimento o mais breve possível
de acordo com a técnica de realização do exame:
• Hemocultura (2 amostras) + • Potássio
culturas pertinentes a cada caso
• Glicemia
• Creatinina;
• Coagulograma;
• Ureia
• Bilirrubina.
• Sódio

Unidade de Terapia Intensiva: deve garantir a disponibilidade de leito para


internação de casos de choque séptico em até 06 horas a contar do diagnóstico. Na
indisponibilidade de leito de UTI a unidade de internação deve manter cuidados adequados para
paciente crítico até a transferência do paciente para UTI.
Serviço de Farmácia: deve garantir a dispensação dos antimicrobianos previstos para
uso no protocolo em até 1 hora do diagnóstico, nos casos de choque séptico ou com alta
probabilidade de sepse, e em até 3 horas para aqueles com possível sepse sem choque séptico, bem
como garantir a dispensação de insumos para procedimentos definidos nestas condutas em até 15
minutos da solicitação. Conforme fluxograma em anexo 8.
Serviço de cirurgia: deve garantir acesso ao centro cirúrgico para conduta cirúrgica
em casos específicos
Coordenadora do protocolo: deve fazer a análise e divulgação dos dados coletados;
garantir o fluxo adequado de informações; delinear a linha de cuidado ao paciente; garantir as
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estratégias adequadas de treinamento continuado além de promover reuniões periódicas com as


chefias das unidades e os envolvidos no time Sepse.
Chefia das unidades: deve monitorar os pacientes em protocolo de Sepse na sua
unidade, realizando discussão dos casos com a equipe além de realizar a análise de óbitos por Sepse
com relatório mensal e promover o treinamento de toda sua equipe para o atendimento do
paciente em protocolo de Sepse. Na indisponibilidade de leito de UTI, manter cuidados adequados
para paciente crítico na unidade de internação em que estiver.

7. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS

Os exames diagnósticos indicados são os exames laboratoriais que compõem o KIT SEPSE:
• Hemograma; • Bilirrubina.
• Lactato; • Uréia
• Gasometria arterial • Sódio
• Hemocultura (2 amostras) • Potássio
• Creatinina; • Glicemia
• Coagulograma;
Opcionalmente pode ser solicitado culturas adicionais de outros sítios pertinentes e radiografia de
tórax (se suspeita de pneumonia)

8. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPEUTICO


As diretrizes preconizam o tratamento da sepse com a administração de
antimicrobianos de largo espectro, por via endovenosa, o mais rapidamente possível, dentro da 1ª
hora após o diagnóstico e, preferencialmente, após obtenção das culturas pertinentes. Os
antimicrobianos devem ser administrados como bolus ou em infusão rápida, de forma a atingir
rapidamente os níveis terapêuticos para a dose inicial.
Estas recomendações têm como objetivo aumentar a probabilidade de identificação
do microrganismo envolvido e promover a redução da carga do agente etiológico, fundamental para
o controle da resposta inflamatória. Dessa forma, não se deve aguardar a identificação do agente
infeccioso para que tratamento seja iniciado.
A escolha da terapia antimicrobiana inicial deve ser baseada de acordo com a
situação clínica do paciente, considerando foco primário da infecção, histórico de infecções prévias,
uso recente de eventuais antimicrobianos e a presença de imunodeficiências, assim como nos
fatores de risco para patógenos potencialmente resistentes (infecção nosocomial ou associada à
assistência à saúde) e na microbiologia local.
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Recomenda-se que o espectro da terapia antimicrobiana empírica seja reduzido


assim que o patógeno for identificado e a sensibilidade estabelecida e/ou que seja percebida
melhora clínica.
Segue as recomendações para início da antibioticoterapia em Sepse de infecção
comunitária e de origem nosocomial no HUJBB:
8.1 Infecções comunitárias

Situação Clínica Alternativas Terapêuticas


1ª opção Alternativa
Foco urinário (pielonefrite) Ceftriaxona Ciprofloxacino

Fonte intra-abdominal
Piperacilina comTazobactam Ciprofloxacino + Metronidazol
(diverticulite, abcesso
periretal ou peritonite)
Pneumonias comunitárias Ceftriaxona+ claritromicina Moxifloxacina
graves
Pneumonia aspirativa Ceftriaxona + Clindamicina Moxifloxacino + Clindamicina
Endocardite (valva nativa) Penicilina G Cristalina Vancomicina + gentamicina
+ Gentamicina + oxacilina
Meningite (1 a 50 anos) Ceftriaxona Meropenem +Vancomicina
Pé diabético Piperacilina com tazobactam Ceftazidima+Vancomicina

Pele e partes moles Oxacilina + ceftriaxona Vancomicina


Neutropenia grave Cefepime Ciprofloxacino

8.2 Infecções nosocomiais

Situação Clínica Alternativas Terapêuticas


1ª Opção Alternativa
Meropenem ou imipenem Piperacilina com tazobactam
Foco pulmonar + amicacina ou cipro
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Meropenem + Vancomicina Piperacilina com Tazobactam


+Vancomicina
Ou
Imipenem +vancomicina
Obs:
Obs:
Infecção Primária de Se cândida score elevado Se cândida score elevado SEGUIR
Corrente SEGUIR PROTOCOLO DE PROTOCOLO DE CANDIDEMIA:
Sanguínea/IPCS CANDIDEMIA: Neutropenico ou critérios de
associada a Cateter
Neutropenico ou critérios de UTI: Anfo B lipossomal
UTI: micafungina Não neutropenico ou sem
critérios de uti : anfotericina b
Não neutropenico ou sem
desoxicolato
critérios de uti : fluconazol
Infecção do Trato
Urinário associada a Meropenem Piperacilina com Tazobactam
Cateterismo vesical
Neutropenia grave Piperacilina com Tazobactam. Meropenem + Vancomicina

Infecção de Sítio Meropenem + Vancomicina Piperacilina com tazobactam +


Cirúrgico vancomicina

9. FLUXOGRAMAS

9.1 Fluxograma de atendimento para cada fase do processo

A equipe de enfermagem assistencial ou equipe multiprofissional ao identificar sinais de SIRS ou


qualquer disfunção orgânica deve registrar os sinais e sintomas, a execução dos cuidados de
assistência à saúde, assim como os horários de atendimento da equipe multidisciplinar, em
prontuário médico e na ficha de triagem 1 para pacientes internados na unidade de internação ou
ficha de triagem 2 para pacientes em UTI e acionar equipe médica para avaliar paciente o mais
rápido possível e dar continuidade ao protocolo.
A equipe médica que se encontra na unidade (médico assistencial e/ou residente e/ou
plantonista e/ou intensivista) deve avaliar os pacientes com suspeita de sepse ou choque séptico de
imediato e Avisar imediatamente a toda equipe multiprofissional e o Serviço de Laboratório para
efetuar a coleta do KIT SEPSE antes de administrar a primeira dose da antibioticoterapia, que não
deve exceder a 1 (uma) hora após o diagnóstico de alta probabilidade de Sepse ou choque séptico,
e em até 3 (três) horas para os quadros possíveis de sepse sem sinais de choque séptico.
Cabe ao (a) médico (a) prescritor (a) e ao (a) enfermeiro(a) assistencial do setor preencher o
formulário específico de Sepse (FICHA DE TRIAGEM1 – caso o paciente esteja em unidade de
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internação ou FICHA DE TRIAGEM 2 – para pacientes internados em UTI – anexos 3 e 4) que deverá
ficar anexada a prancheta de prescrição do paciente para seguimento de condutas pela equipe e
para acompanhamento do TIME DE SEPSE;
Cabe à equipe assistencial tratar seu paciente como urgência médica, pois as
condutas tomadas nas primeiras 6 (seis) horas a partir do diagnóstico de Sepse ou choque séptico
são importantes para o prognóstico do paciente.
Nas UTIs, a detecção não deve se basear nos critérios de SRIS, pela alta frequência
dos mesmos em pacientes de UTI, portanto, a abertura do protocolo de sepse nas UTIs deve ser feita
de comum acordo entre equipes medicas e multiprofissional, sempre que houver suspeita de foco
infeccioso quando há inicio de nova disfunção orgânica ou piora de disfunções preexistentes, mesmo
na ausência de disfunção a hipótese de sepse pode ser formulada com base em dados clínicos como
febre, na ausência de outras causas de resposta inflamatória.
Coleta de exames
Os exames serão solicitados pelo médico no formulário habitual de solicitações de exames
deste serviço que deverá ser preenchido como ¨KIT SEPSE” que abrange a coleta de hemograma,
Lactato, Gasometria arterial, creatinina, coagulograma, glicemia, ureia, sódio, potássio e
Hemocultura (2 amostras) que deve coletar os exames em até 15 minutos após o diagnóstico e
informar o resultado em até 30 minutos após a coleta (conforme Fluxograma do Serviço de
Laboratório de Análise Clínicas / HUJBB para Controle e Manejo da Sepse) - ANEXO 7;
IMPORTANTE: A coleta das culturas não deve atrasar a administração do antimicrobianos.
Prescrição de antibioticoterapia
O médico deve prescrever a antibioticoterapia e preencher a ficha de antimicrobiano
específica para Sepse (ANEXO 5) que deverá ser encaminhada a farmácia imediatamente para
dispensação da primeira dose do antimicrobiano sem necessidade de liberação de senha pelo
médico da CCIH. As demais doses do ATM seguirão fluxo de dispensação previsto na Diretriz de Uso
Racional de Antimicrobianos.
O(a) médico(a) deve entregar a prescrição a enfermeira e comunicá-la que a
medicação deverá ser administrada em ate 1 hora após o diagnóstico de Sepse (casos com alta
probabilidade de sepse e aqueles com choque séptico), e em até 3 horas para aqueles quadros
possíveis de sepse sem choque séptico, que deverá ser administrada na dose máxima na primeira
dose e em dose plena a partir da segunda dose.

Check list
Além da ficha de triagem, o formulário do check list (anexo 6) deve ser preenchido durante o
acompanhamento do paciente em suspeita de sepse de forma que os diversos passos do tratamento
sejam seguidos pela equipe que atende ao paciente.

Tratamento da hipotensão e/ou hipoperfusão (lactato 2 vezes acima do valor de referência)


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Iniciar reposição volêmica agressiva com o mínimo de 30 ml/Kg de cristalóides


balanceado (ringer, plasmalyte). A ressuscitação volêmica precoce é extremamente relevante para
a estabilização da hipoperfusão tecidual induzida pela Sepse ou choque séptico.
É recomendado o uso de albumina em pacientes que receberam grandes volumes de
cristaloides em vez do uso de cristaloides isoladamente.
A terapia vasopressora deve ser iniciada se o paciente apresentar hipotensão durante
ou após a ressuscitação volêmica, para manter a pressão arterial média maior que 65 mmHg com
o objetivo de interromper a má perfusão de órgãos o mais precoce possível.
A droga inicial de escolha é a norepinefrina. A vasopressina vem consagrando-se
como um segundo agente de escolha, atuando como poupador de doses mais elevadas de
noradrenalina, devendo ser iniciado quando atingimos doses superiores a 0.5 mcg/kg/min de
norepinefrina e em doses fixas de 0.03 a 0.06 unidades por minuto.
Para adultos com choque séptico e disfunção cardíaca com hipoperfusão persistente,
apesar do volume adequado e da pressão arterial, adicionar dobutamina à norepinefrina ou usar
epinefrina sozinha.
Reavaliar Pressão Arterial Sistólica (PAS), volume urinário, perfusão capilar,
responsividade ao volume, etc. E Programar coleta de 2º lactato em até 4 horas.

Corticoide
O uso de corticoide continua sendo indicado nos pacientes com choque séptico em uso
progressivo de droga vasoativa. Recomenda-se o início do corticóide a partir de doses > 0,25
mcg/kg/min de noradrenalina ou adrenalina, em até 4 horas. O corticoide recomendado é a
hidrocortisona na dose de 200 mg/dia (50 mg a cada 6h ou em infusão contínua).

10. MONITORAMENTO
Os marcadores definidos para mensuração da aderência ao protocolo e dos
resultados obtidos são:

10.1. Taxa de lactato com resultado em 30 minutos


Porcentagem de pacientes com Sepse ou choque séptico que tiveram coleta de lactato em até
60 minutos.
Especificações:
• Numerador: número de pacientes com Sepse ou choque séptico que coletaram
lactato dentro da primeira hora do diagnóstico da Sepse.
• Denominador: Número de pacientes com diagnóstico de Sepse ou choque séptico.
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10.2 Taxa de hemoculturas colhidas antes da administração de


antibioticoterapia inicial.
Porcentagem de pacientes com Sepse ou choque séptico que tiveram hemocultura colhida
antes da administração de antibiótico.
Especificações:
• Numerador: número de pacientes com Sepse ou choque séptico que tiveram
hemocultura colhida no momento do diagnóstico e antes da introdução de antibioticoterapia.
• Denominador: número de pacientes com diagnóstico de Sepse ou choque séptico.

10.3. Antimicrobiano
Administração correta de antimicrobiano, considerando-se antimicrobianos administrados
dentro das primeiras 24 horas do diagnóstico de Sepse ou Sepse grave.
Especificações:
• Numerador: número de pacientes em que a administração de antimicrobiano de
amplo espectro ocorreu dentro da primeira hora do diagnostico da Sepse nos pacientes
• Denominador: todos os pacientes com Sepse ou choque séptico.

10.4 Tempo para terapia antimicrobiana

Tempo decorrido entre a formulação da hipótese diagnóstica de Sepse e a infusão do primeiro


antimicrobiano.
Infusão do primeiro antimicrobiano – para esse indicador, são considerados apenas os pacientes
cujo antimicrobiano foi iniciado após a formulação da hipótese de Sepse. Pacientes já em uso de
antimicrobiano não serão considerados neste indicador. Resultado expresso em média ± desvio
padrão
• Numerador: soma dos tempos para início de antimicrobiano nos pacientes com sepse/choque
séptico.

• Denominador: número total de pacientes com sepse /choque séptico.

10.5. Volume
Início de infusão de 30mL/Kg na primeira hora após o início da hipotensão ou do momento de coleta
do lactato para pacientes com lactato acima de duas vezes o valor de referência.
Especificações:
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• Numerador: pacientes que iniciaram a reposição volêmica em até uma hora após
o início da hipotensão ou da coleta de lactato e receberam 30mL/Kg de cristaloide
• Denominador: pacientes com lactato acima de duas vezes o valor de referência
ou com pressão arterial média abaixo de 65 mmHg.

10.6. Vasopressor
Uso de vasopressores naqueles que permaneceram hipotensos após reposição volêmica.
Especificações:
• Numerador: pacientes que iniciaram a reposição volêmica em pacientes que
receberam vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65mmHg.
• Denominador: pacientes que permaneceram com pressão arterial média abaixo
de 65mmHg após volume.

10.7. Clareamento do lactato


Coleta de segunda amostra de lactato dentro das 4 primeiras horas em pacientes cujo lactato
inicial estava acima de 2 vezes o valor normal.
Especificações:
• Numerador: pacientes submetidos à segunda coleta de lactato dentro de 4 horas
do diagnóstico da Sepse.
• Denominador: pacientes com lactato acima de 2 vezes o valor normal.

10.8. Reavaliação da volemia e perfusão


Reavaliar sinais vitais, parâmetros de perfusão e de volemia de pacientes com critérios de
lactato ≥ 2 vezes o valor de referência ou necessidade de vasopressor.
Especificações:
• Numerador: pacientes em que foi feita reavaliação de volemia e perfusão dentro
de 6 horas do diagnóstico de Sepse.
• Denominador: pacientes que necessitaram vasopressores para manter pressão
arterial média acima de 65mmHg após receber volume E Pacientes com critérios de lactato ≥ 2 vezes
o valor de referência.
10.9. Tempo de disfunção orgânica
Tempo decorrido entre a instalação da primeira disfunção orgânica e a formulação da hipótese
diagnóstica de sepse
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• Numerador: soma do tempo para diagnóstico da disfunção nos pacientes com sepse
/choque séptico.
• Denominador: número total de pacientes com sepse /choque séptico
Resultado expresso em média ± desvio padrão

10.10. Letalidade
Óbito durante a internação hospitalar
Especificações:
• Numerador: Número de pacientes com óbito durante a internação hospitalar.
• Denominador: todos os pacientes com Sepse ou choque séptico incluídos no
protocolo.

10.11. Aderência global :


Ter sido aderente a todos os itens pertinentes acima mencionados
• Numerador: número de pacientes aderentes a todos os indicadores pertinentes
• Denominador: todos os pacientes com sepse/choque séptico

11. HISTÓRICO DE REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO
02 30/09/2020 Atualização dos anexos
03 05/01/2022 Revisão do protocolo conforme novas diretrizes de sepse
04 27/04/2022 Atualização dos anexos e acréscimo dos anexos 2 e 6

12. REFERÊNCIAS
https://www.ilas.org.br/materiais-adulto.php .Instituto Latino Americano de Sepse,2021. Acesso
em dezembro 2021.
AZEVEDO, Luciano Cesar Pontes de; MACHADO, Flávia Ribeiro. Sepse, 2ªed, 2019.
Cárnio EC. New perspectives for the treatment of the patient with sepsis. 2019;27:e3082. Acesso
em fevereiro de 2020.
MENEZES, L.E.F.J.; NEGREIROS, L.M.V.; MACIEL, L.B.C.; MARQUES, T.A.; ROBALLO, C.A.; BAFFA,
A.M. Perfil epidemiológico e análise da efetividade para prevenção de óbitos de pacientes
inseridos em protocolo de Sepse. Revista da Sociedade Brasileira Clínica Médica. 2019;17(1):25-30
EVANS L, RHODES A , ALHAZZANI W , ANTONELLI M ,COOPERSMITH CM e col. Surviving sepsis
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campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Intensive
Care Med https://doi.org/10.1007/s00134-021-06506-y.

Elaboração Data:
Perla Suely Gaia Ranieri Queiroz – Enfermeira/ Chefe da Unidade de Vigilância em Saúde 05/01/2022
Vanessa Gomes de Lima - Médica/ Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde

Validação Data:
Edna Cristina Vieira Conceição - Enfermeira/ Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde
Lourival Rodrigues Marsola - Médico / Chefe do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde

Aprovação Data:
Regina Fátima Feio Barroso - Superintendente do CHU-UFPA
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ANEXO 1 – Fluxograma de triagem sepse (adaptado do ILAS, 2021)


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ANEXO 2 – FLUXO DO PACIENTE COM SUSPEITA DE SEPSE


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ANEXO 3 - FICHA DE TRIAGEM 1

LOCAL DE INTERNAÇÃO: DADOS DO PACIENTE:


Nome completo:
Idade: RH: Leito:

SIR

ENFERMAGEM – PACIENTE APRESENTA PELO MENOS DOIS DOS SINAIS DE SRIS?

OU UM DOS CRITÉRIOS DE DISFUNÇÃO ORGÂNICA ABAIXO?


( )
Alteração do nível de consciência

AVALIAÇÃO MÉDICA 1
PACIENTE APRESENTA HISTÓRIA SUGESTIVA DE INFECÇÃO?
( ) Pneumonia/Empiema ( ) Infecção de prótese
( ) Infecção urinária ( ) Infecção óssea/articular
( ) Infecção abdominal aguda ( ) Infecção de ferida operatória
( ) Meningite ( ) Infecção de corrente sanguínea associada ao cateter
( ) Endocardite ( ) Sem foco definido
( ) Pele e partes moles ( ) Outras infecções:
O PACIENTE APRESENTA CRITÉRIOS PARA:
( ) Suspeita de sepse/choque séptico (em pacientes somente com SRIS, considerar suspeita de sepse se
presença de fatores de risco, p.e., idade avançada, imunossupressão ou outras comorbidades
importantes)
( ) Afastado suspeita de sepse.– encerrar protocolo e dar seguimento ao atendimento
( ) Sepse/choque séptico em cuidados paliativos. Encerrar protocolo e dar seguimento ao atendimento
ENFERMAGEM (se seguimento do protocolo, em pacientes com suspeita de sepse na avaliação médica):

( ) Coletar exames do kit sepse Data e hora da coleta: / / às :


( ) Iniciar antimicrobiano APROPRIADO (em até 1h da abertura do protocolo, considerar dose de ataque,
seguir conduta da SCIH local, com atenção a fatores de risco, inclusive para multiresistência)
Data e hora da primeira dose: / / às :

Se hipotensão, lactato > 2 vezes a referência ou sinais de hipoperfusão ( a critério médico, p.e.,
hiperlactatemia < 2 vezes a referência mas considerada significativa, tempo de enchimento capilar > 3s,
livedo, oliguria):
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( ) reposição volêmica 30 ml/Kg (se individualização pela equipe médica, registrar em


prontuário a razão) ( ) iniciar noradrenalina (se hipotensão ameaçadora a vida ou
hipotensão persistente)
( ) coletar 2º lactato se hiperlactatemia inicial após reposição inicial e dentro de 2 horas Valor:
Data e hora da coleta: /_ / às :
( ) reavaliação contínua nas primeiras horas e registro em prontuário em ate 6 horas Data : / /__ As
: ____
AVALIAÇÃO MÉDICA 2 – APÓS EXAMES, há novas disfunções que nao sejam secundarios a uma doença
crônica?
( ) Paciente não tinha disfunção orgânica, somente infecção
( ) PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg ou queda de PA > 40 mmHg
( ) Relação PaO2/FiO2 <300 ou necessidade de O2 para manter
SpO2 > 90% ( ) Rebaixamento do nível de consciência
( ) Creatinina > 2,0 mg/dL ou diurese menor que 0,5mL/Kg/h nas
últimas 2 horas ( ) Bilirrubina > 2mg/dL
( ) Contagem de plaquetas <
100.000mm3 ( ) Lactato acima do valor de
referência
( ) Coagulopatia (INR > 1,5 ou TTPA > 60 seg)

Data e hora da primeira disfunção orgânica: / / às :

Necessidade de controle de foco? ( ) Não


Foco suspeito:
Equipe cirúrgica acionada? Qual? Data e hora: / / às :

O caso ficou confirmado como:


( ) Infecção sem disfunção ( ) Sepse ( ) Choque séptico ( ) Afastado infecção

Conduta após tratamento inicial e resultado dos exames: (opcional)


( ) UTI (utilizar critérios de alocação de acordo com as normas da instituição e
julgamento médico) ( ) Unidade de Internação Regular
( ) Pronto Socorro - Observação (
) Alta hospitalar
( ) Transferência hospitalar
MÉDICO RESPONSÁVEL: CRM:
ENFERMEIRO: COREN:

Kit sepse: hemograma completo, creatinina, ureia, sódio, potássio, gasometria, lactato, glicemia,
coagulograma (TP,TTPa), bilirrubinas, 2 pares de hemoculturas, radiografia de tórax (se suspeita de
pneumonia). Culturas adicionais devem ser coletadas de outros sítios pertinentes. Opcionalmente,
gasometria arterial só é necessaria em pacientes com insuficiência respiratoria ou choque. Lactato para
triagem em pacientes sem insuficiencia respiratoria ou choque, pode ser venoso.
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ANEXO 4– Ficha de triagem 2 – pacientes em UTI


PROTOCOLO GERENCIADO DE SEPSE - FICHA DE TRIAGEM
LOCAL DE INTERNAÇÃO: Nome do paciente:
Data: HORA: Idade: Matrícula: Leito:

EQUIPE – PACIENTE APRESENTA NOVA DISFUNÇÃO OU PIORA DE DISFUNÇÃO EXISTENTE?


( ) Hipotensão (PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg) ou elevação significativa da dose de vasopressor
( ) Alteração do nível de consciência (rebaixamento,delirium)
( ) Hipoxemia (necessidade de suplmentação de O2 ou aumento significativo da fração inspirada de oxigênio )
( ) Diurese menor que 0,5mL/Kg/h nas últimas 2 horas

OU A EQUIPE NOTOU ALTERAÇÃO LABORATORIAL SIGNIFICATIVA E NÃO ESPERADA?


( ) Creatinina > 2,0 mg/dL ou piora dos níveis basais nas últimas 24 horas sem explicação aparente
( ) Bilirrubina > 2mg/dL ou piora dos níveis basais nas últimas 24 horas sem explicação aparente
( ) Contagem de plaquetas < 100.000mm3( ) Lactato acima do valor de referência
( ) Coagulopatia (INR > 1,5 ou TTPA > 60 seg)

OU EXISTEM CRITÉRIOS DE SRIS NÃO EXPLICAVEIS POR OUTRAS RAZÕES?


( ) Hipertermia > 37,8º C ou hipotermia <35º C
( ) Leucocitose > 12000, leucopenia <4000 ou desvio esquerdo > 10%
( ) Taquicardia > 90 bpm
( ) Taquipneia > 20 ipm

O PACIENTE APRESENTA HISTÓRIA SUGESTIVA DE INFECÇÃO?


( ) Pneumonia/Empiema ( ) Infecção de prótese
( ) Infecção urinária ( ) Infecção óssea/articular
( ) Infecção abdominal aguda ( ) Infecção de ferida operatória
( ) Meningite ( ) Infecção de corrente sanguínea associada ao cateter
( ) Endocardite ( ) Sem foco definido
( ) Pele e partes moles ( ) Outras infecções:

O PACIENTE APRESENTA CRITÉRIOS PARA:


( ) Suspeita de sepse/choque séptico
( ) Afastado suspeita de sepse.– encerrar protocolo
( ) Sepse/choque séptico em cuidados paliativos. Encerrar protocolo e dar seguimento ao atendimento
Data e hora da primeira disfunção orgânica: _ / /__ às :

ENFERMAGEM (se seguimento do protocolo):


( ) Coletar exames do kit sepse Data e hora da coleta: _/ / às :
( ) Iniciar antimicrobiano APROPRIADO (em até 1h da abertura do protocolo, considerar dose de ataque,
seguir conduta daSCIH local, com atenção a fatores de risco, inclusive para multirresistência)
Data e hora da primeira dose: / / às :
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Se hipotensão, lactato > 2 vezes a referência ou sinais de hipoperfusão (à critério médico, p.e.,
hiperlactatemia < 2 vezes areferência mas considerada significativa, tempo de enchimento capilar > 3s,
livedo, oligúria):
( ) reposição volêmica 30 ml/Kg (se individualização pela equipe médica, registrar em prontuário a razão)
( ) iniciar noradrenalina (se hipotensão ameaçadora a vida ou hipotensão persistente)
( ) coletar 2º lactato se hiperlactatemia inicial após reposição inicial e dentro de 2 horas Valor: ____
Data e hora da coleta: / / às :
( ) reavaliação contínua nas primeiras horas e registro em prontuário em até 6 horas
Data: ___/___/___ às ___:___
Necessidade de controle de foco? ( ) Não

Kit sepse: hemograma completo, creatinina, ureia, sódio, potássio, gasometria, lactato, glicemia, coagulograma (TP,TTPa),
bilirrubinas, 2 pares de hemoculturas, radiografia de tórax (se suspeita de pneumonia). Culturas adicionais devem ser coletadas
de outros sítios pertinentes. Opcionalmente, gasometria arterial só é necessaria em pacientes com insuficiência respiratoria ou
choque. Lactato para triagem em pacientes sem insuficiencia respiratoria ou choque pode ser venoso.
Adaptado do ILAS, 2021
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ANEXO 5 - Ficha de Antimicrobiano protocolo de sepse

FICHA DE SOLICITAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS 1ª DOSE


(PROTOCOLO DE SEPSE)
Identificação do Paciente
Nome: Matrícula: Posto/Leito:
Nome da Mãe:
Data de Nascimento: Data: ____/____/_____

INFECÇÕES COMUNITÁRIAS

Ceftriaxona 2g EV 1 x dia
FOCO URINARIO 1ª OPÇÃO
(PIELONEFRITE)
Ciprofloxacino 400mg EV 12/12h
2ª OPÇÃO

INTRA- ABDOMINAL Piperacilina com tazobactam 4,5 mg EV 6/6h


1ª OPÇÃO
(DIVERTICULITE, ABSCESSO
PERIRETAL, PERITONITE) Ciprofloxacino 400mg EV 12/12h +
2ª OPÇÃO Metronidazol 500mg EV 8/8h
Moxifloxacino 400 mg EV 1 x dia
1ª OPÇÃO
PNEUMONIAS GRAVES
Ceftriaxona 2g EV 1 x dia +
2ª OPÇÃO Claritromicina 500mg EV 12/12h
Ceftriaxona 2 g EV 1 x dia +
1ª OPÇÃO Clindamicina 600mg EV8/8h
PNEUMONIA ASPIRATIVA Moxifloxacino 400mg EV 1 x dia +
2ª OPÇÃO Clindamicina 600mg EV8/8h
Penicilina G cristalina 1200 +
Gentamicina 80 mg EV 8/8h
1ª OPÇÃO
ENDOCARDITE
(VALVA NATIVA) Vancomicina 1g EV 12/12h +
2ª OPÇÃO Gentamicina 80 mg EV 8/8h + oxacilna 2g EV 4/4h
Ceftriaxona 2g EV 12/12h
1ª OPÇÃO
MENINGITE Meropenem 2g EV 8/8h +
2ª OPÇÃO Vancomicina 1g EV 12/12h
Piperacilina com tazobactam 4,5 mg EV 6/6h
1ª OPÇÃO
Ceftazidima 2g EV 8/8h +
PÉ DIABETICO
2ª OPÇÃO Vancomicina 1g EV 12/12h

1ª OPÇÃO
Oxacilina 2g EV 4/4h + ceftriaxona 2g EV 1 x dia
PELE E PARTES MOLES
2ª OPÇÃO Vancomicina 1g EV 12/12h
Cefepime 2 g EV 8/8h
1ª OPÇÃO
NEUTROPENIA GRAVE
2ª OPÇÃO Ciprofloxacino 400mg EV 8/8h

INFECÇÕES HOSPITALARES
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FOCO PULMONAR Meropenem 1g EV 8/8h ou Imipenem 500mg EV 6/6h


1ª OPÇÃO Associar:
Amicacina 1g EV 1 x dia ou
ciprofloxacino 400mgEV12/12h

2ª OPÇÃO Piperacilina com tazobactam 4,5 mg EV 6/6h


Meropenem 1g EV 8/8h + Vancomicina 1g EV 12/12h
1ª OPÇÃO Ou
Imipenem 500mg EV6/6h + Vancomicina 1g EV 12/12h
INFECÇÃO PRIMÁRIA DE
CORRENTE SANGUÍNEA/ IPCS 2ª OPÇÃO Piperacilina com tazobactam 4,5 mg EV 6/6h +
ASSOCIADA A CATETER Vancomicina 1g EV 12/12h

SE CANDIDA • Neutropenia ou critérios de UTI:


SCORE
ELEVADO micafungina ou anfotericina b lipossomal
ASSOCIAR
• Sem neutropenia ou sem critérios de UTI:
fluconazol ou anfotericina b desoxicolato

Meropenem 1g EV 8/8h
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 1ª OPÇÃO ou
ASSOCIADA A CATETERISMO Imipenem 500mg EV 6/6h
VESICAL

2ª OPÇÃO Piperacilina com tazobactam 4,5 g EV 6/6h

NEUTROPENIA GRAVE 1ª OPÇÃO Piperacilina com tazobactam 4,5 g EV 6/6h


Meropenem 1g EV 8/8h + Vancomicina 1g EV 12/12h
2ª OPÇÃO Ou
Imipenem 500mg EV 6/6h + Vancomicina 1g EV 1/12h
Meropenem 1g EV 8/8h + Vancomicina 1g EV 12/12h
INFECÇÃO DO SITIO CIRURGICO 1ª OPÇÃO Ou
Imipenem 500mg EV 6/6h + Vancomicina 1g EV 1/12h

2ª OPÇÃO Piperacilina com tazobactam 4,5 g EV 6/6h +


Vancomicina 1g EV 12/12h

Prescrição: ____/___/___ às ___:____


Médico Prescritor: ___________________________

Reservado p/ Farmácia: Farmacêutico: ____________________________


Recebido em : ____/____/____ Hora: ____:_____
Dispensado em :_ ___/___/___ Hora ____:_____
ATM Liberado: ____________________________________________
Prescrição conforme protocolo: ( ) sim ( ) não

ANEXO 06 – CHECK- LIST DO PROTOCOLO DE SEPSE


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Itens do pacote de 1 hora e check 6horas Data/hora

( ) Colher lactato arterial sérico / / às :

( ) Colher duas hemoculturas / / às :

( ) Administrar antimicrobiano Prescrição: / / às :


intravenoso adequado
Liberação: / / às :

Administração: / / às :

( ) Checar lactato sérico Valor: Checagem: / / às :

( ) Se lactato alterado (≥ 2 x valor normal), administrar 30 mL/kg de cristaloides

( ) Se hipotensão, administrar 30 mL/kg de cristaloides

( ) Se persistência de hipotensão, iniciar noradrenalina Início: / / às :

( ) Se lactato alterado (≥ 2 x valor normal), coletar nova amostra de lactato arterial ematé 4h após reposição
volêmica Valor: Coleta: / / às :

( ) Se hipotensão e/ou hiperlactatemia, avaliar o status volêmico e perfusão nasprimeiras 6 horas* Registro no
prontuário da avaliação: / / às :

Métodos de avaliação do status volêmico e de perfusão - sinalize o método utilizado:

( ) Mensuração de PVC ( ) Variação de pressão de pulso


( ) Variação de distensibilidade de cava ( ) Elevação passiva de membros inferiores( )
Melhora do nível de consciência ( ) Melhora da diurese
( ) Mensuração de SvcO2 ( ) Melhora do tempo de enchimento capilar( )
Melhora da intensidade de livedo ( ) Outras formas de avaliação de
responsividade a volume

ANEXO 7 – Fluxograma de atendimento do serviço de laboratório


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ANEXO 08 - FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE FARMÁCIA

DISPENSAÇÃO DE ANTIMICROBIANO (1ª DOSE):


A dispensação será mediante ficha de antimicrobiano (ATM) específica do protocolo
de Sepse e prescrição médica devidamente assinalada “PROTOCOLO SEPSE”, para que seja
facilmente identificada na Farmácia.
A dispensação da 1ª dose do antimicrobiano do protocolo de SEPSE, tanto para os
antimicrobianos de 1ª, 2ª e 3ª linhas, deverá ser realizada em no máximo 1 hora após o diagnóstico
de Sepse, em casos de alta probabilidade de sepse e choque séptico, e em até 3 horas para casos
possíveis de sepse sem choque séptico.
A ficha de antimicrobiano deverá ser preenchida e entregue a farmácia, para
liberação da 1ª DOSE do ATM. A liberação das demais doses de ATM está condicionada à ENTREGA,
na Farmácia, da ficha de ATM padrão do hospital, devidamente preenchida pelo prescritor.
O farmacêutico deverá preencher a ficha de antimicrobiano no espaço destinado ao
farmacêutico registrando o horário em que a ficha foi recebida na farmácia e o horário em que a 1
dose do ATM foi dispensado, deve informar se a prescrição está de acordo com o protocolo e
informar o nome do farmacêutico que atendeu, além de comunicar à equipe do setor para atentar
na administração do ATM no tempo adequado.
Esta ficha de antimicrobiano deve ser arquivada na farmácia e será recolhida pelo
gestor da sepse.
A rotina de dispensação de ATM do protocolo de sepse segue o fluxograma abaixo.

Dispensação de ATM (1ª DOSE):

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