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gb Brad Carb objecivos da anil utilizados como evidén ecasio nguagem esociedade, buscando na utores, seus propésitos ¢ o contexto sua. A abordagem funcionalista procura alisando ascondigies discursivas em que se ¥ exemplos que referem um. 2) Voc? é desones b) Desone Como explicar a die na anilise que observasse apenas seu cariter uusariaa sentenga exemplificada em conta de indicar por que o falance ‘em lugar da exemplificada lca, marcada pela inverss0 io da frase. [sso significa que essa senrenga s6 fax sentido em um contexto em que o int 158 Mona dein mesmo insulto. Esse exemplo demons campo de visio, sciséncia da anise funcionalisa, que amplia -correndo 20 contexto de uso 0 qual, por hipétese, moriva as 1 de cunho funcionalista, os enunciados ¢ os textos sio fungGes que eles desempenham na com cago ineerpessoal. Ou s inicacio, evitando lidar cot idade dos usos a que vam de wma heranga Funcionaisasegecat ‘uma capacidade cogni 41a aprendizagem da linguagem, assim. como outros iposde aprendizagem. E.combase nos dadosli siuagio deinteragio com os membros des sgramiticada sualingua. Os gerativists, emermos de uma capacidade humana especiica para aaprendizager da lingua ‘Ao mencionarmos a ideia de uma capacidade cognitiva rica, fisamos mais uma importance caracteristica do fancionalismo: a visio de que a linguagem nao ium conhecimento especifico, como propéem 05 gera ros hurmanos asociam-se&época, cl caracterizadas no uso da Resumindo oque f caracteria-se por duas propostas bisicas: 0 acé aqui, o modelo funcionalis 2) a lingua desempenha Fungbes que sio externas 20 sistema b) as fungbes externas inluenciam a organizasio interna d Sendo. do comportamenta social, a0 c diferentes situagbes comunicacivas Por um lado, essas propostas opdem 0 funcionalismo as abordagens que niio Rinceresoamn, yea aruacto de. Fenians externas & estrucura das linguas (como o cesteucuralismo ¢ 0 ge! por outro lado, elas conerascam diferent funcionalisas, epondo modelos mais antigo im, alingua nio constitu’ um conhecimenco aucdnomo, independente , reflere uma adapracio, pelo falante, as focalizam as fungdes associadas & Funcionatimo 159 aco interna do sistema linguistico modelos mais cecentes, que cot vo na fonologia de Praga, por exemplo), 2 ram as fungSes que a linguagem pode desemnp. ruagbes comunicativas, dando maior ou menor peso a0s aspectos coge relacionados & comunicasio. postular catego nomas ¢ independentes. Em outras palave 1 estrutural chamado sintaxe: a iingua poderia ser descrita unicamente com base 1985) sobre a estrucura batho de“Hopper & Thompson 1 categoria que deriva do discurso ‘Uma postura mais moderada admice un agao entre forma e funsio, de modo que as fungbes externas atuariam concomitantemente com a organizacio formal alismo, enfatizando a dos fonemas (segmentais demarcasio das palaveas; na sintaxe, 0 papel da se aos membcos da Escola de Praga, que se inguisea tcheco Com telagao 20 ponto de vista inham a distingio nitida encresincronia ediacronia, & nogio de homogeneidade do 3s: na fonologia. 0 pap. tudos fonolégicas, ‘obteve maior projecio. Entce os Teubetekoy ¢ Roman Jakobson, amb 160 Monvai ae ica langaram os fundamentos para o desenvolvimento da fonologia de Deve-seaeleateoria nodo geral < fonologia, a teoria dos sistemas fonoldgics desenvolvida com Jakobson ¢ o conceico de tragos fonologiagerativa,em 1960, por Chom: De acordo com a fonologia deseavolvida em Praga, os fonemas, defn clementos inimosdbo sistemalinguistico, noo elementos minimo: gos dis cragos: oclusivo, sonoro. Logo, /pl ¢ distingue pares minimos, cor ‘Além da funcio distintiva, Teubetzkoy e a fancao demarcadora ea Fungo expressiva dos fo 1 fonema /pl co! \quantoo fonema /b/ reine os cragos: oclusiv, para marcar a fronteica entre uma fo das palavras, por exempfo, tem uma funcio demarcadora importante no porcagué como em “fabrics” (substantivo)e “fabrica” (verbo). A Funcio expressiva de um era fonoligico indica o estado de es 1 pelaintrodusio do concsto de marcagio na iode marcagio estabelece mente, se dé do crago sonoridade. Quant [+ sono. a esse trago, entio, /b/, que se caracteriza pel .caracterizado pelo trago (- sonora}, é ado marcado. [Na morfologia, com relacio 3 categoria de aiimero, a forma “menin: marcada em oposicio a “menino” (- plucall, forma aio maccada. As ideas de Jako telletindo-se nas dceas da poesia e da antropologia. 10 paca além da antecipou uma ia da perspectiva 10 de anilise em ceemos da informacio ts corganizagdo das palaveas. O concsio de informagio, al como é usado n € definido como um processo de 1985). A categoria perpectiva da conta do \as sintaticamente distintas que descrevem o mesmo estado de mnunciados como os apresentados abaixo: Funcionalme 161 Podemos crarar e diferengas na ordenagio com base nas enunciados como sentengas mesmo contesido semdntico ou a mesma informagio, Temos aqui um problema semelhante 20 que apresentamos no exemplo anterior: como justificar 0 uso de uma ou outra dessas deverminado contexto? Se considerarmos, como costurmam fazer os funcionalistas, que a organizagio ica da clu ivada pelo contexto discursive em que esta ocorre, no (b) seriam empregadas na mesma sieuagio de comunicagd. las paresam equivalentes do ponco de vista emintico, elas pragmécico, Essa diferenca pragmatica esté celacionada 20 p5emacléusula: nosexemplosem questSo, lementosquect € inceressante 0 fato de “ess lvro” ter ou nao sido mencionado ancetiorme rmacio novapara ointerlocutor. No aso do exemplo(b ivro” foi mencionado, apresentando starurde informagao dada (ou informagio velha), 0 que motiva sua colocacio no inicio da sentenga. Que: dirctamente envolvidasno papel funcional dasentensa calcon es dessa ordem esta ido por Mathesius x 25 desenvolveu, no comeso da década de 1960, um modelo da estruturainformacional da searenga que buscava analisar sencengas fetivamente enunciadas para decerminar sua fungdo comunicativa. \Nesse modelo, a parte da sencenca que representa informagio dada, ou ja conhecida pelo ouvinte tem 0 menor grau de dinamismo comuni de informagio que ela comunica aos interlocutores no contexto é 4 menor po: Essa parte € denominada zema. A paste que contem aso nova apresenca 0 grau maximo de dinamismo e forma o rema. Suponhamos o seguinte didlogo: vo, ou seja, a quantidade A: O que Maria comprow? B: Maria comprou uma bolsa preva “Maria comprou” é0 cemae “uma bolsa preta” éo rema, Como € que as partes que concém 0 menor Emoposigio correntelinguistica que focalirava oestudo da expressio do pensamento, os funcionalistasde Praga enfatizar da linguagem, cessa otras, além da ceferencial (ver 0 capieulo Escola de Praga foi duradoura e profunds, rabalhos posteriores, principalmence de Roman Jakobson © Andcé Martinet, consideradososdoisdivulgadoces maisimp incernacional da Escola de Praga. Denereas principais conti dessa escola estio 162. Manual de Inguistica a distinggo entre as anilises fonécica ¢ fonoldgica dos sons, a andlise dos fonemas em cagos! iencioumaisdeperto linguisticas pés-saussurianas da Europa no séculoxx Saussure’ achamada Escola de Genebra,c Sechehayee Henri Frei. Enqu: dde Saussure, Bally, inceressado na elagio entreo pens dew novo impulso estlistica, que definiu como 0 fou sua atengZ0 nos desvios que o uso individual (a fla) é levado Essa influd Tinguiseas de ides, sobrerudo, através das ideas de Michael K,H que surge na ddécada de 1970, es cencrada em um conceito amplo de fangio, que inclui tanto as fungGes de enunciados Apoiado na tradigio etnogrifica de Boas-Sapir-Whorf e de Bronislav Malinowski, iday defende atese de que a natureza da linguagem, enquanto seu desenvolvimento em cada individuo devem ser estudados noc luos desempenham. A postura de Halliday ref influéncia do linguista inglés John Firth, para quem a linguagem deve ser considerada parte de um processo social Acendéncia de presente no chamado g sociais que os indi também a lacionadas 20s seus elementos fem. que cratar de dois Funcionalimo 163 ‘egras pragmaticas (responses pelos modelos de interagio verbal em que as estruturas ling ids). Dikrabalha com uma concepcio teleolgica de lingusgem. Para cle, o principal ineeresse de uma linguis ional 0 &xit dos falantes a se comunicarem por meio de express inguisticas.* O funcionalismo norte-americano a linguistica norte-americana foi don 1e se enraizou com Leonard Bloomfield ¢ tuma rendéncia formalista hoje com a linguistica gerativa, tendéncia para 0 funcionalismo sob influéncia dos trabalhos de etnolin Frou Bsas-Edward Sapir ¢ Benjamin Lee Whort Dwight Bol Embora nfo tenha avancado um esbogo completo de uma gramética funcionalista, Bolingerimpulsionou o funcionalismo com suasandlisesde fendmenos particulars, em que enfatiza o pi prediz uma correlacio digeta entie ipoldgicos e os universais sobrerudo pelos crio variagio tipols caracteriza todos os funcion Diferentementedasteor baseno contexto linguisticoena Deacordo comessa concepsio, ce mutagio em consequéncia das vicissitudes do tama for «axe tem a forma que ratio das esratégias de organizaggo da informacio «empregadas pelos flantes no momento daintersio discusiva 164 Manual de Dessa mancira, para compreendero fendmeno sin lingua emuso em seuscontextos dis Considerar a gramitica como um organismo males rnecessidades comunicativas € cog: | que se adapea as ica reconhecet que a pelo uso, 20 lado de mecanismos de codificasio emergentes. Em regras da gramética sio modificadas pelo uso (isto 6, as linguas variam e mudai portanto, é necessirio observar a lingua como ela é falada. Nesse sentido, a anilise dos processos de variagio e mudanca privilegiado da lingui “D texto considerado pioneiro no desenvolvimento das ideias da escola Fancionalista norte-americana € The Origins of Syntax in Discourse, publicado por Gillian Sankoff e Penelope Brown em 1976. Nesse trabalh evidencias das mot 1bes discussivas gerado a0 norte da Em 1979, Talmy Givén, influenci lca From Discourse to Syntas, res, hi um grupo de funcionalistas europeus na Ale que eabalha com questées de mudanca lingutscica, gramaticalizagéo ¢ em segue um modelo semelhante a0 dos te-americanos. Esse grupo , Bernd Heine, na universidade de Coldnia, Je deseacar a recente aproximagio cognitiva, representada por ancigos ge George Lakoff (1987), ¢ ainda po ‘ania Kureva em Dus funcional e sudos de cunho funcionalisea ganham impulso a isio de grupos de pesquisadores que propsem vetar 0 funcionamento de partic da década de 1980 com acon facores de nanureza comunicativa ¢ cage também seacha reflerida a idade de oriencagestedricas de base Funcionalisa, eos pesquisadorescostumam i publicou, em 1987, Perpectiva funcional a fase portuguesa, que ata do dinamismo comunicativo em termos de tema e rema, na linha dos eseudos da Escola de Praga 05 grupos consttuidos, destacam-se os pesq © Peul tem formagio sociolinguis sob a perspectiva da fan grupo, a ere publicou [Naro, que em parceria com Seb: seguindo a orientacio de Givén, -upo de Estudos Discurso & Gramética, criado por Sebastiéo Votre, supostosdofuncionalismonorte-americano, tendlocome fococentral ineresseo estudo dos processos de gramaticalizacao. Os resultados de suas pesquisas podem ser vistosem Marteloraa, Votre ¢ Cezario (1996), Rios de Oliv Furtado da Cunha (2000) ¢ Furtado da Cunha, Rios de Oliveira e Marelorea (2003) 166 Monval de tnguitico Informatividade ipio de informarividade focaliza 0 conhecimento que os interlocucores tham, nainteragio verbal, De um modo geca, ado para o exame do stazus informacional dos ificado como compar fu supdem que compa cio desse principio se tem v references nominais. Desse modo, um sintagma nominal pode ser el 2c. Vejamos os dois jos do corpus Discurso & Gramitica:” ) b) Ese: agora cu queria que vocé me... me disses. alguma coisa que voed sabe fazer... ou que voce...goste de fazer... como € ques fiz is. (marcado pelo simbolo @, que cléusula, consticuindo um caso de Je nao precisa ser repetido na sentenga seguinte. No exemplo (b), em que o entrevistador pede ao informante que liga algo que sabe f yoraa palavra “vo ido de que i a qualquer pessoa, o contexto per seutor (0 entaevistado) cincias desse tipo, como No exes rduzido pela primeira vex no discurso, como ci na mente do ouvinte por se gealmente um referent nico chamado dsponise. So exemplos de referents dsponiveis “Pele” ou “Petsopols”, nha um ceminhdo.. parade aqui. (Infocmante 12, iscurso 8 Granta, #3) (€) mas. eu fui a Perdpois com urna amiga... ue e500 grtare todo 0 ponto de Snibus assim comesou ag pro motorist... mas ela estava um pouca lange. Funcionalsma 167 cuindo informagio dada (ou velha). Entretanto, como um dnibus implica a existencia de um ‘motorista,o ouvinte nio tem problemas em identficar essa informago, que, por também nio pode ser (0 srarus informa que interfere, por exermpl rma e concetido (Bolinger, 1977). Contudo, es de variagio e mudanga, a0 constatara existéncia de duas ou mai earam 3 efocmulagéo dessa versio forte. Na casos em que ni econtesid. Nesses casos, a relagio. cadoé mente acbiedvia, uma, vez queo significado sobretudo nara medieval. poral“em boa! 1 actescida a decerminadas frases em virtude da crenga de expressioca Essa expressio era comum lacionado a0 momenta em que ecam praticadas. comunicativas em que a codificasio mo: € opaca em do cédigo linguiscico esc su 10 acorre porque a ico quanto na fungio: 168 Manual de in 4) 0 cédigo (forma) sofie constante erosto pelo atrto fonolégico, tendo sua forma diminuida. Ex: “em boa hora” > “embora” b) a mensagem (Fangio) € constancemence alterada pela elaboracio ci de procestos merafbricos © metonimicos. Ex: na conjungio “enc spacial, expresso 0 ‘ 3c” (ex: “A casa fica entre a igreja eo supermercado”),é estendida para uma nogio mais abscac espago existente entre sequéncias de acontecimen entre a discussio e a bigs’). Esse & 0 ponto de pastida paca 0 uso arcaico com valor de concomicincia temporal que acaba se estendendo para o atual valor concesi (Os dois tipos de pressio geram ambiguidade. Quanto a0 cédigo, ‘correlagdo entre uma forma e virias fungdes: €0 que ocorre com “en ser empregado como concessvo fex: “Embara tenha estud fou com 0 valor que alguns graméticos chamam de “particula de afascamento” (ex: “Vou embora assien que a aula acabi em, observa-se corelacso encre virias formas ¢ uma fungio: no porcugués aaa, cocxistem com a conjungio concessiva “embora’ c varias outras com mesmo valor, como “mesmo que’ que”, “apesar de”, entre ourras. 05 constituintes da expressio © do contetido ¢ 4 ordenagio sequencial dos segmentos. Vejamos cada um deles. Segundo 0 subprincipio da quantidade, quanto maior a qu: informasio, maior a quantidade de forma, de tal modo que a es ‘onstrusso gramatical indica a estrutuca do conceito que ela express. [90 si que a complexidade de pensamento tende a refletr-se na complexidade de expressio (Slobin, 1980): aquilo que é mais simples e esperado se expressa com © mecanismo ‘morfol6gico e gramatical menos complexo. A aruagio desse subprincipio pode ser vista Formagées Outro exemplo é a repericio de certasestruturas verbais expressar 0 aspecto iterativo c/ou a sm que o falance deseja lade da ago descrita, como em: moga .. dat fugitam ... comegaram a corter ¢ 0 homem orreram ..correram .. correram .. enquanto isso .. 0 homem conde airs deles © subprincipio da integrazao prevé que 0s conceiidos cognicivamente também estario mais incegrados no nivel da cadificacio - 0 a\ Funcionaiime 149 éximo mentalmente coloca-se préximo siat a, por exemplo, no grau de integracio que 0 umente. Esse subprincipio se bo da oracio principal exibe A filha nao queria fica nos incegrados os dois eventos estio, indicam que, quant tanto mais provivel que um clement de subordinagio ou uma pausa spare a oracio subordinada da principal. Em outeaspalavras, osubprincipio da integrasi0 co a discincia linear entre expressées & distincia conceprual entee as idei zentar Na primeira ora¢io, temos ato de fcar ali além disso, os verbos (at e apresencam codificagéo modo-tempocal distinca. Na segunda fease, a incegracio que sio dois eventos separados ¢ jira da semint rica & maior: jd nio € to ficil dix ‘io hi um elemento explicito que separe sintaticamente as duas orages. O segunda é objeto da primeira. Na terceira oraglo, a fusio semAnticaesintdtica € ainda iio de eventos diferentes eo sujeito de “quet cipios de ordenapio sequencial. inear, segundo o qual a ordenacao temporal em que os eventos sabe Be 0 camario... boto cebola... pimentio... comate.. cozinho ele... deixo ele cotinhar um pouguinho assim, feico um born stogonof.. compra 0 camario: pa 0 camario, colocadas sincaticamente na mesma ordem em que AAs oragBes acima est ‘ocorreram na tealidade: pri assim por diante. A inversio da ordem das oragdes implicaria também uma mudanga na sequéncia real dos fatos. segundo subprinc ordem sequencial e ropicalidade, Nese cas informagio veiculada por um elemento da cliusula ¢ 2 ordenacio que ele assume. ‘Um exemplo de como isso ocorter pode ser visto no fato de que informagies velhas, ou jf mencionadas, tendem a ocorr ( da cliusula ¢ informagies novas, no Final. Vejamos o exemplo que segue: mas meu preferido & Carlos, Carlos esté sempre comigo amario, depois impa-se 0 camario, ¢ ligado & oxdenagio & 0 subprincipio da relagao entre remos uma conexio entre o tipo de 170 manuel de tngusiea Podemos nora ue 0 reference “Carlos”, quando mencionade pela primeira vee, aparece no final da frase ("meu Encreranto, na ula seguince, “Carlos” é novamente mencionado, co informagao velha. Nesse caso, ele ocorre no inicio da cléusula ferentes quando associado 3 nna tendéncia de se antepor na cliusula determinados teechos para efeito de contrast: 2) Joo comprou um cart. ) Foi Jodo que comprou um carro ©) Foi n carco que comprous Tanto 0 sujeito “Joio" quanto o objeto “um mente podem ser colocados em ro" da cléusula (a) apresentada a0 de foco contrastivo, como ocorte em (b) ~ foi Jodo, nao outra pesioa, que comprou o carro—e em (e) ~ foi um carto, € ndo outra coisa, que Joio co iprou. Essas construsées refletem a preacupagio do Funcionalismo em crabalhar com as expectativas do falante em um cancexto particular acrenga, por exemplo, de que out 1 que io J -comprade o carro, no «caso de (b), ou de que Joio comprou outra coisa que nia um carro, no caso de (c), Marcagao Os termos “marcado” ¢ “néo marcado” foram introduridos na linguist Escola de Praga. Aqui a ideia-chave é a de cont dada categoria lingui centre dois clementas de uma ica, seja ela for dois elementos que se opsem é cons plural] é marcada em opo: plural ‘As formas no marcadas apresentam varias caracteristicas, tals como: aior feequéncia de ocoreéncia nas linguas em geral e em uma lingua particular: to de ocorréncia mais amplo; rma mais simples ou menor; 4) aquisigéo mais precoce pelas criangas Se observarmos com cuidado, apresentaessascaractes as aces os que o elemento que esté no singular cas das formasndo marcadas: ocorre mais nalingua poisusamos singufar do que no plural apresenta contexto deocorrencia mais amplo, pois dizemos, por exemplo, que varmas 20 mercado comprar cenoura, meseno sabendo que compraretn Funcionatsme plural; apresenta forma mais simples, ou sej, ocorte erm a desinéncia-s;¢ possivelmente por isso éaprendida mais acilmente pelascriancas do que as formas de plural No interessantes no uso d cl sintitico, 0 conceito de marcagio também apresenta consequéncias ingua. Compazemos as duas construsdes abaixo: a) Eu uso esta roupa, b) Esta roupa eu uso. A sentenga exemplificada em (b) é mais marcada, jd que a ordenagio mais indicada em (a): sujeito (“Eu") verbo (“uso”) objet interessantes quando pensamos na expressividade dessas ado exer (“esta roup2") de que aquela Isso niio ocorre sate qualquer argumenco desse tipo. inciado conceito de marcacio no quediz espei uma forma linguistica mais corciqueira, que 2p sec conceptualizada de modo mais automatizado pelo usuario da lingua e isso ‘que essa forma tem pouca expressividade, Assim, quando querem ser expressivos, 0s falantes usam Vale cessaltar que a marcagio que caract uma construsio pode ser marcad: 3c exemplo, a vor passiva ji que ocorre com relaciva Frequéncia. Transitividade e plano discursivo ‘aa gramatica tradicional, atcansitividadeé uma propriedadedos verbos—que (1980) no opse binariamenteverbos ran como uma propriedade escalar que focalizadiferates Angulo ‘para um paciente em diferentes pores da orasio, Vejamos os exemplos extaidos de uma narrativa que recontao filme Baer a ransferéncia da aco a) Batman derrubou o Pinguim com um soco. b) A Mulher Gato nao gos wa do Bacmnan. sguim chegou na fesca 172 manual de inguitice Pela classificagio da gramética tradicional, as trés primeiras oragdes si 5, pois apresentam um objeto como complemento do verbo. Segundo a formulacio de Hopper e Thompson, (a) é que ocupa lugar mais alto na escala de transitividade, seguida de (d), (b)e, por ilkimo, (c), tendo em vista aspectos como a dinamicidade do verbo, a age le do sujeito ¢ 0 aferacio do objeto. Hopper Thompson associam a transitividade a uma fungio peagmatica: 0 modo como o falance organiza seu texto € determinado, em parce, pelos sus abjecivos ‘comunicativose, em parte, pela sua percepgao das necessidadesdo seuincerlocutor. Nesse sentido, o texto apresenta diferentes planosdiscursivos, quedistinguem asinformagbes cencrais das perifricas. O grau de transitividade de uma oracio, ou 0 lugar que ela ‘ocupa naescala de transitividade de Hoppere Thompson, cefletsua fungio discursiva, caracteristica, de modo que orages com alta cransitividade assinalam porgdescentrais do texto, correspondents’ figura, enquanco oragies com baixa ‘meu pai estava andando... ele morava no outeo lado da Penh. e ‘passando por... por bsixo da pa... da passagem subcerrinca do trem... af dois zaras.. wo escuto alto. forte eum branco também nele...ecle anda com aquelas capangas...ai: «capangaeaiu no documentos... dinhei ficou tudo espalhado no chio... «eu! eleabaivou pea. cararosdocumentos..qundo ele abaivon...orcaraifilerem qucera um asl, afpegarame dinbeire..acontade uz... rudo quetinha..jutaram...colpcaram na ‘eapangaelevaram a capange embora..e a meu pa foi pra csa...falou gue tinha sido asaltado...ai eles rsoleram ir na poicia..n2? pea dat queita..< depois teve todo srabalho de.. pedir segunda via de document... de conta de lu. de conta de dqua.e feousemo dinheira...rao dia de pagamento ss abri,.08| Em figura estao os eventos perfectivos em itiico, que expressam a sequéncia de ages que caractesiaa a narrtiva: Ficusa 2) “dois carasesbarraram nele” by ‘a capanga caiu no chlo” 6) “abr” 4) “ele abaixou” "0s caasfalaram” 6) “ai pegaram o dinheiro” 2) “colocaram na capanga c* by) “levaram a capanga embora” 1) “mxeu pai foi pra cas” 3) “falou que tina sido asslrado” {yah resalveram it pra policia”™ 1m) “depois reve todo trabalho de... pedie segunda via? 1) *s ficou sem o dinheizo..” Funcionatsms 173, Em fundo estio as informagdes que sio colocadas no vexco para dar suporte 3s coragbes de figura. Sio as informagées bisicas que concextualizam as agées de figura, indicando normalmente 0 local ou o momento em que elas ocorsem, como elas ocostem, assim como expressam as causas eas finalidades dessas ag6es. Frequencemeate slo expressas por orages que apresentam verbos estiticos, como “ser” € “estar” na forma de presente do indicativo ou de pretérito imperfeico: «6 “ee estava passando poe... por baixo da pa... da passagem subtersinea do trem’ d) “ele anda com aquelas capangas” ¢) “era um assalto” £8) “era. dia de pagamento” ( texto anterior mostra oposigio de tempo, aspecto ¢dinamicidade: as sentengas da primeita sequéncia da figuea concém verbos de acio, como “esbarrar", “abrie", “pegac”,entee outros, que estio no pretérico perfeito. Em fundo, exemplificado aa segunda Sequéncia de oragdes, vemos oragdes que contextualizam 0 evento narrado, com comentitios descritivose avaliativos do narrador. Gramaticalizagao Como jé mencionamos anteriormeite,o funcionalismo caracteriza-se por uma concepsao dinamica do funcionamento das linguas. Nessa perspectiva, a gramatica cognitivas dos falantes. Iso implica reconhecer que, 20 lado de padres morfassincticos stiveis, sistematizados pelo uso, a gramética de qualquer lingua exibe mecanismos de codificagio emergentes, que si0 consequentes da necessidade de formas mais expressivas. A geamaticalizagio ¢ um fendmeno relacionado a essa necesidade de se refazer que toda gramitica apresenta, Gramaticalizagio designa um proceso unidirecional, segundo qualitenslexicaise construgies sinciticas, em determinados contextos, passam aassumir fungbes gramacicas, ¢, uma ver gramaticalizados, continuam a desenvolver novas fungbes gramaticais. A tendéncia é que esse processo ocorra com itens ou expressdes muito frequentes, 0 que faz ‘com que o ermo normalmentesofra desgase fonético, pecdendo, assim, expresividade. ‘Com isso, 0 elemento deixa de fazer refertncia a encidad assumir fungSes de caréter gramacical, como ligar partes do wundo biossocial para indicar cacegorias ¢gramaticais, como o tempo de um verbo ou géaero de urn nome ee. 174 Manual de inguittea Considerando que substantivos, verbose adjetivos sio elementos lexicais e que preposigaes, conjungdes, artigos, morfemas derivacionais e flexionais, entre outros, tém valor gramatical, io exemplos de geamaticalizagi: 2) A uajetéria de substantivos e vebos para conjunges: Eo queocorre com 0 verbo “querer”, que passaa ser uilizado como conjungio alternativa em “Quer chova quer faga so, estarei Id”, ou com o elemento “logo”, que ‘no portugués arcaico tinha valor de substantivo e que atualmente pode sec empregado como conjunsio conclusiva em cliusulas como “Penso, logo existo” ) A uajetsria de nomes ¢ verbos para morfemas: E 0 gue se di em passagens como a que ocorre com a expressio “tranquila ivo “mente” (“intelecto") passa a desempenbar paps com a locugéo “amar hei”, em que a forma do verbo “haver” (“hei”) se incorpora a0 verbo, passando a funcionar como desinéncia de Fucuro: “amare”. Condluindo, vimos neste capiculo que o funcionalismo difere das abordagens formalistas ~ esteucuralismo € gerativismo ~ primeiro por conceber a linguagem como um iastrumento de interacio social e, segundo, porque seu intecesse de investigago lin cura gramatical, buscando no contexco imporeante da lingua é a concinua interagSo entre as pessoas, que se alternam como falantes ouvintes, essa funcio deve, de algum modo, condicionar a forma do cédigo linguistico Para essa corrente re6rica, os dominios da sintaxe, semincica e pragmacica so relacionados c interdependentes. Por um lado, néo hi estrucuraslinguisticas que ‘operemn independentes do significado; por ourco lado, se fatoresdiscursivos con para a codificagio sincitica, entio a pragmicica deve sec incorporada 4 gramatica. Ao lado da descrigSo sintivica, as circunstancias discursivas que cenvolvem as estrucuras lingusticas — seus contextos especificos de uso € 0s propésicos comunicativos dos interlocucores. Segundo a hipérese funcionalista, a estratura € uma vartavet dependence, gots saa 05 usos da Lingua que, a0 longo dos tempos, dio ‘focma 0 sistema. A necessidade de investgar a sincaxe em cermas da semintica © da pragmitica €comum a todas as abordagens funcionalstas atuas Funcionaismo 175 Exercicios 1) A abordagem funcionalss de Linguagem nio corresponds 2 uma coviapasticulan,aias 3 vitios ‘modsostescicos que emborsdifereserem cero apecos. pte panos eens em corn, Quai so ess pons? 2) Esabelega uma corespondéncia entre a diferentes eiclas funcional © as caraceitcas apre- senradas sb: 4) 0 funcionalsmo exruturlisa by Ateoda funciona de Halliday 4. modelo de Dik 8) O funcional americano Jicas como inuio de comprcender 0 procesos relacionados 40 za en conecvoabeangente de fungso que compicende anco 2 ungées de enuaciados rewosquanso as Fungbes de unidadeslingulica densro de uma sentenga. ( poseaa ua fore vinculagao ence discus egramicia, deel mode que asineaxe resus, fem grande pare, das estatgias de organiazio da informario utiizadas pels fnces no odo com os postulado da ahordager funcional ‘A existéncia de univers ingutcos¢ explicada em termes de wma dotco ingulica sgendica compartlhada pela espécie humana 1) Acastacia de univer linguiticoté mocvada pelos uso comune aque a linguagem se peesea nas comunidades de fa As funcées que a lingua desempenka tm influtaci bse a organizago interna do sister rico. que significa qu a elacto cate forme contaida é motvada ausénciade lao dre enc expesso e significado, pemeia todos ganizaso do sistema linguistic. rgaismo malevel, quese adapts necesdades comunicatvas ecogaitivs A sc sane informasional nas dus passagens ceca do corp do Grupo de Estudos Discurso & Grams de Natl, 2) Ea ive wm namanadn, ee vzinho, que minhe mde nfo qui, e por ete motivo eu aio consegula de dear de eamorar ene paz, fiz muica cosa que hoje eu nfo fri, ments: ale 3 pena porguc hoje md examos corn outa pe. contac uma siagem que a gene fer. hoje fax que das, li pa casa de minke ad [Ai quando mex pai chegou Lé, comerou beber oma. né? Al 2 gente vio. NO 179 fica no meio da pie agence cud preocupado, 176 manual de inguistica ingles” ¢ um termo desgtvo des eoprdade qu od ings cen tam emeacos que so foneamens vo. fas exe iam ago ence a stat dling © elven os dos e Dike dey 20 Linguistica cognitiva Miri Eduirde Marae ‘oes Pama Parauma melhor compreensio dos pressupostos da chamadalinguistica cognitiva, inguisticas, deconsiderara linguagem um sistema de 1omo, depositado no cérebro dos individuos econs

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