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K. MARK F. ENGELS A IDEOLOGIA ALEMA ({ — Feuerbach) [EDITORA HUCITEC So Paso, 15 Pct mt sens ert ele ate sn te ee rake So Eases Memes, Sopranos ink ‘Tebtone ODEON. a SER SQEREDAD ts cae ae Et nag 6 eingsonrmimene ri sna erin EntSSh ER UE SERGE Mla id 2 se aa INDICE BSCLARECIMENTO . Kar Mare, Tetes sotre Feuetach ast Manin Enges. 4 1DEOLOGIA ‘ALEMA pease Preftcio ‘i Feuerbach. A oposigio entre @ concepedo raterialisa ea iealista (Introducao) AA clog em Gera Especaineste = ‘Alene 1, Histéra 2. Sobre 2 produgio da eonsciéncia B.A Base Real da Ideologies. 1, Inveredmblo e forga prodativa +... 2. A relagho do atado do Dizelto com fa propredade 3, Formas de propiledade insirumen- fos de prodgto natura ecvlizados ©. Comunistia, Prue da Pipa For tua de Interelmblo ANEXOS 1. Karl Marx, Fetes Sobre Feuerbach: 2, Kari Mate. A Construgia Hegetiona da ‘Fenomenolopia 3, Karl Marx. Esbogo Para um ‘rabaiho Sobre a Estado Moderna ‘Karl Mare. Sobre Feuerbach ‘Karl Mare. Da Mansscrito, 1 — Peuer- IBD aes easpeseteaees 6, Frieden Engels, Peusrbach 6 " Es 8 0 8 7 ” aor no ns 125 19 130 12 338 138 ¥ = AE Geno Wt ie WHE Ae peek yu et Pen TRE ae anemia di de stn Mar KARL MARX TTESES SOBRE FEUERBACH* 1. Ad Feuerbach (© principal detelto de togo materitieme até ‘aqui (Incluido 0 e Feuerbach) consiste em que © objeto, a realdade, a sensblidade, 96 € apreenaido ‘0b a forma de objeto ou do intwipto, mae no como tividade humana sensivel, como prazis, nio subjete vamente. Eis porque, em.oposigio ao mateitism, speeto afioo fol deeenvoivida de mantire abetra!s pelo idealism, que, naturaiments, desconhece & ate ‘idade realy sensivi, como tl. Pructbach quer obje tos sensfveis— realmente dstintos dos objetcs do pen. samento: mas nfo apreende a ropa atirdade hue mana como atividade objetiva. Por iso, em A Beséx. lado Crlsttantsmo, considera apenas 0 comportamen- to teGrio come 9 dutenticamente humane, enquanto gy pe le Taranto no manor] srcimeie come eo Ey époce paseada ou do presente, quando se passa & xposig real, A remogao destat difleuidades depende fe pressupostos tmpotevels de desenvolver aqui, mas (que Tesultam somente do estudo do processo dé vga Teal da aglo dos indlviduos de eada época. Destacar Temes aqui algumas destas abstragies, para contrapo- Jas & Jeeologia, llustrando-as com alguns exemplos hlstércos, m4 Histéria tim relagio sos alemés,sibuados & margem de rniquer presouposto,smns foradon& cmeyat eos ‘Bland que o primeivopresnspota de toda existea- ‘la humana oy portant, de toga hisira 6 que nomena deve enar‘em concigoes ive Para over "Tags hts", Mag, pura Wer, € peel tes do taco comer, Seber, tet habitagte, verse & Sigua costs tal, © primero alo istic 6, por tanto, a produ doe melos gus Permian a sas fo dosias nectsiieges, a produgao da propria visa hater, « de ftp este € um ato istic, uma. cnr {Tqle uncemental Ge toga eistrlaaue ainda Me in ars ey eve cue te Sins e todas as hors, smpesmerte para manter 0 omens viv, ainda. quando mundo sinaie te ejerodrido a um minim, um baste, como en Sas" Bruno’, ele peesupoe @ atidace de produgio Tjohervte mag de Mar Hit ce SOmereasmarunal de Marx] fps, Comtigser ol esc iy oO sro Remon Ne tbo. jo niko de Bron Base (ue Marx cama de "Slo ate tate Perec” (Cwacernte de este tastdo. A primeira eoisa, portento, em qual- (quer concepeohislérica, ¢ otservar exte fato funda Rental em toda sua slgnificagéo e em toda sua exten- Hao e renderhe toda justiga. Sabese bem que Isto unea fol feito pelos alemies, que. por isso, nunca fiveram ume base ferrena para a histiela e, conse fuentemente, munes {iveram um lustriador. Eméora ‘hip teniham pereebido @ conexto deste Talo com @ fssim chemada historia endo de mancita extrema mente unilateral, sobretudo quando se mantinham presos & tdeoogia politles, os tranceses e os Ingleses, Facer assim, resizaram as primelras tentativas para far @ historografie uma base materalsta, 09 sere (verem e8 primelras histérias da, sociedad civil, do comérelo eda indistca (© segundo ponto é que, satisfita esta primetea necessidade, a agho de salisiartIa e 0 Instrumento de Sullsiagao fh adgutido conduzem a novas necesida des —e esta, produgéo de novas necessidades ¢ 0 primeiro ato histrlco. Agul se mostra, ao mesmo Tempo, a deseendénela espirtual da grange sabedoria histériea dos alemaes, of quais, quando thes falta 0 yaterial positive e quando nto adlanta debater tobees teoiégicas, politeas ou Iterarias, nada nos oferecem em matérla de hlst6ria, mas sim de “tempos pré- ‘Ristorleos"; de resto, porém, nao nos explicem como fe passa deste absurdo a “pré-histria” & historia propriamente alta — embora, por outro Indo, sua es Ingiy Feactnar) palenle wo Winds Vision a Jt hs Ste op.z) tm um don wale Engaracens0% Ue tesa sae, © Nene Ens conta oe eevee Tee Saye Cols Cr de Cree Coen Coie Bs Fe cee tase mer Conan), to pleate em Frans eh. em 18S Sepandoosriren' de Ber eso Oe Peet cn! edn s untae (Sel) 0 conten {Ge ap € pel ps senion (N- 8 0 ‘peculagio hlstérca se lance em especial evbre esta “pre-histrla”, porque acreditam estar a salvo da in- ‘reréncia. ge "atos crus” e também porque, ao “mesmo tempo, podem dar rédea solta aos seus impul- fos expeculativos e propor e langar por terra milhare, Ge hipoteses, "A tereelrs condigio que jé de iniio Intervém no desenvolvimento historce ¢ que as homens, que dis- riamente renovam sua propria vids, camegama a eriar butros homens, a procriar: é a Tolagio entre homem € mulher, entre pals e tilhos, 2 fomilia. Esta familia, ‘due no iniio & Unie relagdo social, tora-se depots, fIuando ae necesidades empliadas engendram novas Felagies socials e 0 sexéscimo de populagdo engeadra horas mecossidades, uma relagéo secundéria (exce’o ‘oa Ajemanha) e deve, portanto, ser tratada e desen- volvida segundo 08 dados explticos existentes © nfo Segundo 0 “concelto de familia”, como ¢ habito na ‘Alemanha *, Além do mals, nfo’ se deve considerar TT de Marx ¢ Hage? Contesto de Mages. lara ud qe tne oF sagem a faa en ee th ‘Souumy come ene oranda ede separata ea fla fon coun demtcs pra foment meet foros ules esmenin owen am’ pose Tut's cio som do so A eonseio de lads oth emi pomewn Enact, om oe or prods elves a pe ‘plo us eeoonin spon = ieprtel de pete da pote Tatil, pi skvam scones sterile nto ma enema donate eon Frege « scavhomono ox megan dawg de fo ‘ml’ eras ea fagae aoas por exemp ae "Smt tugceio fp opel ee # tae e cmp. Sem ee ‘Sgsen'n conta sen dere eco, por Ht om SEMMENicinere tuo ¢ lent apes 4 ve econo Somes ee pel monshse tape et les € a estes trés aspectos da atividade social como trés fates Giferentes, mas simplesmente como tts aspectos ou, par eserever de mancita clara aor alemées, coma ‘is “momentos”, que coexistem deste os primérdios de historia dese os primelros homens, e que ainda ‘hole se fazom valer na histéria ‘A produgdo da vida, tanto da propria, no trabalho, ‘como da alhela, na procriacéo, aparece agora como upia relagdo: de um lado, como relagao natural, de ‘outro como relagio social ~ social no sentido de GUE se entende por iso a cooperagéo de varios indivsduce, ‘quaisquer que sejam as condiedes, 0 modo e a tinal: dade, Donde se segue que um determinado modo de produgéo ou uma determinada fate industlat eetfo fonstantemente ligados a um determinado modo de feooperacio ea urna fase social delerminada, © que tat modo de eooperacio 6, ele prépri, uma “orga produtiva”; seguesse iguatmente que a soma de forgas Drodutivas acesavels ans homens condiciona o estado ‘soeal e que, por conseguinte, a “histéria da human age” deve sempre ter extudace e elaborada em cone xo com a histérin da Indistria e das trocas. Mat & claro também que ¢ impossivel excrever tal histéria na ‘Alemanhs, pois faltam nos alemles ndo apenas @ ‘eapacidade de coneepgdo e o material, mas também & “certera sensive!"; e-além do Reno nko se pode ler nenhuma experiéneta sobre estas colsas, pols all j8 ‘ip onorre histéris alguma, Desde o Inicio mostra-se, portanto, uma conexio materalita dos homens entre si, condicionada pelas necessidades e pelo modo de Dodugdo, consxdo esta que € téo antiga quanto c& préprios ‘homens — e que toma, incessantemente, horas formas epresenta, portanto, uma “historia” ‘compo de efi come pra deternindon Sn paras fe (pie er Caspase perso a sem que exista qualquer absurdo politico ou reigioso que tamblm mantenha os homens unides. Somente agora, depois de ter examinado quatro momentos, quatro aspecios das relagées histérices rfieamos que o homem tem também ‘Mas, ainda assim, nao se trate de “pura”. Desde ¢ inicio pesa sobre “o esp ito" a maldigéo de estar “eontaminado" pela maté- Fin, que se apresenta sob a forma de camadas de ar fem movimento, de aon, em sume, de Hngoagem, A linguagem ¢ tio antiga quanto a conseiéncla — a lingungem € a consciencia real, pritic, que existe ‘pata og outros homens e, portanto, existe também ‘ara mim mesmo; e a linguagem nasce, como a cons- elénela, da carénele, da necessiade de interedmblo ‘com outrae homens *, Onde existe uma relaglo, ela ‘existe para mim: 0 animal nfo se “relaciona” com Dada, simplesmente nio se relaciona, Para o animal, ‘ua Telapio com outros nio existe como relagho. A constizneia, portanto, é desde o infeio um prodain ‘social, ¢continuaré sendo enquanto existirem homens. ‘A consciéncia 6, naturalmente, antes de mais nada ‘mera consoléaela do melo senalvel mais prézimo ¢ ‘onseléneia da conexto limitada com outras pessoas € foisas situadas fora do individuo que se toma cons lente; ¢ eo mesmo tempo conscitncia da nabureza ‘que, a principio, aparsce aos homens como wm poder completamente estranho, onipotente, inexpugndvel \Varete oil vo suse} vemos av » homes deve roles mate © "Sitio no mans: Mia rapa com meu ambi 2 como qual of homens se selaclonam de manele. p- ‘rent ama e pera o qual se diz imprest Zar como ogado!& portant, ume ‘onsldacla pls. Sete ania! da aurea (eit natu), ‘Vie logo que ess relgie nara, ou sta 10- Lag delemminada com a faturers, € condetnads pots forma cn aoleade ¢vicetere. Al, cto em {bth pare, ientdade entre o home 8 taresn ‘pater de modo a indlear gue alga Unitada doe omens coma naluresneusina sre mtd nreagh lads dos homens tnire candi’ rein Usitaa doe homens coma natura, natant porgue a natuena sina fat poco modicend pela hte por outro Ind, 2 contelinea de nocnlade de etaeicer rlaoed font os lndiduon quo etcundamn ¢ o como da Satna de que homer ve em sciedade ate Comtege& tio alia quanto a prop da sol nes ta fae: tae de spies consénee gregaria ¢6 Nomen se ditingue do carbelzo ueamese pele fate de que nae aun Conucénta Toma o lugar do inatlsts ou deg se innit @ concent. Ena cote 0 eararo ou tbal dsenvolese © aperfaimese Uerormenta x rado ersten da prodatie dade, do aumento das necesidades edo mumento a opviugho,sondo ese imo a base dos dis pee Tox Gam it, deaenocvese divide’ do totale, Ge onpinaramente nade mai ere do que a dvsto a trabalho no ao sual, mair tarde, rato do Sato ies sere oa natu Mente em vutode de Spice petals Tico, jor exempl), necomicades, seams tte" ‘vai do walt tornaereimete lho apenas obec mul eMis spat oma} Ox tonnes seme et So aeons st sat “ 1 partir do momento em que surge uma dlvisio entre 6 tratalho material e 0 espiritual. A parsir deste ‘momento, a conscléncia pode realmente imaginar ser Algo diferente da consciéncia da praxis existent, re- Dresentar reaimente algo sem representar algo real; Sede este instante, @ conseléncia esta em condigies de emaneipar-se do mundo e entregar-e & erlagdo ca ‘teoria da teologla, da losis, da moral ete, “pures”. Mas ainda que esta teoria esta tectogia, est Mlosotia festa moral ele, entrem em contradigio om as rela- f6en existentes, iso 25 pode aconlecer porque aa Telagdee socials existenles se encontrar em eontradi> (0 com as foreas de produgio existentes; o que, alm flsso, também pode acontecer num determinado cfr- culo nacional de relagoes, pelo fato de que a eontradi- fo se inslala néo neste dmbilo nacional, mas entre festa consciéncla nacional e a pranis de outras na ‘gies, ito 6, entre a conscléncia macions! de uma hago € sua consciéncla universal (como atualmente ‘ba Alemanhay, Alem disso, ¢ interamente indiferente © que a coneciéneis evzinha empreenda; de toda esta porearia fconservamos aperias um resultado, a saber; que esses trés, momentos — a forge de produgio, o estado eo cial'e a conscléncia — podem e devem entrar em con- ‘radigéo entre si, porque, com a divisdo do trabalno, fica dada a possbiidade, mais ainda, a reaidade, de ‘gue a atividade espritual ea material "™* —a triglo 0 trabalho, a produgio e © consumo — ealbarm a ‘ndividuos diterentes; © a possbiidade de nao entra- [obec mate de Mat) A pines forms dor He Schrag mul Se Mar] Regie. Os sents © 2 ono maou: aad pene, to 4 ede Sew prose « eae Se side rem ems elementos em contradigio reside unlea- mente no fato do que a divisio do trabalho seje horamente superada, i eidente por a! mero qUe “espectros", "nexos", “ser mals elevado”, “conceltos", ‘eacripuloe”" fo apenas a expressio esplsitual ides lista, a representagio aparente do individuo isolado, 1 repreventagho de grlhoese limites multo expfricos no interior dos quals se mover 0 modo de produgéo dda vida e w forma de intercdmbio a ele conectada * (Com w divisio do trabalho, na qual todas estas contradigées estéo dadas e que repousa, por sua ver, ‘ha diviko natural do trabalho na fara e na sepa ragio da sociedade em diversas familias opostas umas As outras,dé-se ao mesmo tampo a dstrbuigco, ¢ com feito adstribuigéo desigua, tanto quantitativa como ualltativamente, do trabaltio e de seus produtos; ou ej, a propriedade, que ja tem seu mlceo, sua melta forma, na familis, onde a muller e og ilnos 80 fscravos do marldo, A escravidio na fala, embora. ainda tosea e latente, € 2 primeira propriedade, que Aqui, alls, j4 corresponde perfeltamente & definiono dos économistas modernos, segundo a qual a proprie- ‘dade € 0 poder do dlspor da. forge de trabalho do tutros. Além dist divisio do trabalho e propriedade privada edo expresses idénticas: a primeira enuncla fem relagdo a alltidade, aquilo que se enuncla na se~ {gunda em relagdo 20 produto da atiidade. ‘Aiém do mais, com a divisio do trabalno & dade ‘an mesmo tempo a contradigio entre o interesse do scons tian the tpn poate en ye ‘nnn ne consort pes ht & cone gut erin ‘en em cour com 0 mda de foto ene m com {bel omen relies « Hola, mas tomb Eade 2 apresenta, Individuo ou de familia singularea 0 tntereste cole- ‘vo de todos os Indisiduos que ae relacionam entze si; 0, com efelto, este interesse coletivo nifo existe apenas na repressntagéo, como "interese gerat”, mas, tes de mals nada, na reildade, como ‘1 dependéncia reeiproca de individuos entre 05 quais © trabalho esté dlvidide, Finalmente, 2 aivisdo do trabalho mos oferece, desde logo, 0 primelro exemplo 4 eeguinte fato: desde que oF homers se encontram numa soclededs natural e também desde que hi eisio centre 0 intereste particular © 0 interease comum, ‘esd que, por conseguinte, a stvidade esta dividida rig oluntariamente, mas de modo natura, a propria, ‘gio do homem converte-e num poder estranho ea ele ‘posto, que o subjuga an invés de ser por ele domina- 4, Com efeita, desde o instante em que o trabalho omega a. ser distrbulgo, cada um aiepde de uma felera de alividade exclusiva e determinads, que The smpasta e da qual no pode sair; © homer @ caga- dor, pescedor, pastor ou erticoerftico',e af deve per- rmaneeer se nao quiser perder seus meios de vida — 420 paseo que na sorledade comunista, onde eada um ‘no tem uma ssfera de atlvidade exclusiva, mas pode faperfelgonr-se no Taro que lbe apraz, a socledade regula a produgdo goral, dando-me assim & possbi!- dade de hoje fazer tal coisa, amanhé outra cagar pela manhé, pesear & tarde, erlar animais 20 anoltees, eritiear apés o Jantar, segundo meu desejo, sem jar mais tornar-me eagador, pescador, pastor ott ertico, sta Ghagdo da atividade social — esta consolidagio ‘de nosso proprio produto num poder objetivo superior nds, que aseapa ao nosso controle, que contraria ‘bousad expectatives e reduz a nada nosso cflculos — eum dos momentos capitals do. desenvolvimento Tr pees do vocal ds ovens Regtnaor «em Fe “6 a Ilstérco que até aul tivemnos*. i justamente desta contradicdo entre o interesse particular e 0 tnteresse foletivo que o interesse coletivo toma, na qualidade de Fetado, uma forma auténoma, eeparada dos reals {nteresoes particulares © geraie ¢, 20 mesmo tempo, ‘a qualldade de uma cotetividade Ilusbria, mas sem pe sobre a base Teal don lagos existentes em cada ‘congiomerado farafiar e tribal — tals eomo, lagos de singe, Unguagem, divisio do trabalho em mator es fala ¢ outros interesses —e sobretudo, como desen- olveremot mais adiante, baseada nas classes, {4 feondiclonadas pela divisio do trabalho, que se lotam. ‘em cada umn destes conglomerados humance ¢ entre fas quals hd uma que domina todas as outras. Segue 42 que todas as [utes no interior do Estado, a Iuta centre democracia, aristocracla © monargula, a lula pelo direlto de voto ele, ete, slo apenas as formas fMusérias nas quais se desentolam as lutas reais entre as diferentes classes (fai de que os teGricosalemies ‘do tam a menor Idbi,apesar de ter-e-Ihesfaciiindo ‘as orlentagées necessérlas nos Anais Franco-Alemdss ena Sagrada Familia"); segue-se, alm disso, que * [Sainido no mansert:] ¢ ne popide, us nis ene fun esta imaortn gob ppc bowen To dh ‘tie ae in fn roel or Beek aaa Thich ina Papo tin ais. Agena pia since (om nonero dopa) kesan rage" (Sobre a Questo Judea) © “Zar Krath die Hagcichen ‘Eseowpis Ent” (Cnitio1 res 0 Feta "Unviae 2 ent Kv Ge” Nobonlbhonomie” (-Eshopo de oma ‘cada steams FOIE") "Dw Lage ging" (A Sago 8 toda einase que asplra A dominagio, memo que esta ddominsglo, como no caso do proieiariado, exja b su pperagio'de toda a antiga forma de sociedade © de ominagao em geral, deve conquistar primeira o poder politico, para aprestntar seu interesee como interesss feral, 20 que esté obrigada no primeiro momento. Sustemente porque os individues procuram apenas seu Interesse particular, que para eles néo coincide com seu interesse eoltivo (0 geral é de fato a forma Husérla da coletividade), este interesse eonrum faz-se valer como um interesse “estranho” aot individuoe, independente” deles, coma um inveresee “igeral” peclale peculiar; ou tém necessariamente de entren- tare com este confit tal come na domocracia. Pot outro lado, « lute prétion dees interestes particula- tes, que constantemente © de modo rea! choeatn-se com os interestes coletivs e Husorlamente tdos como ealetivos, torna necessirio 0 controle © intervengio prética ‘através do llusirio interesee-"geral” como Estado, O poder soca, ist 6, a forga produtiva multe plicada que nasce ds cooperagio de varios individuos ‘nigida pela divs do trabalho, aparece a estes inat- dius, porque sua cooperagie no é votuntéria mas natural, no como set préprio poder unificado, mas como uma forge estranha situade fore deles, eva corigem e cujo destine ignoram, que nfo podem mals dominar e que, pelo contrario, pereorre agora uma. série particular de fases e de estdgios de desenvole- Tingara, comailio Go Wie Pax onl Pres de Tienes Chie) nes uate mam tau Hale Marto gals Jarre matralms ev exmonnno A pigs do perce a0 eve consid pcisinens em wire de ebioc ete Marc ge (eee um bugote rail) (Non Te oe 4 Se (ate Faia era mat an 390s doh gn Mas {Sa cine frame pee ap Bra soe Pure Jada 'om rani Se Wino Go fo et acm ° rento, independente do querer ¢ do agir dos homens fe que, ba verdade, dirige este querer e agit. ‘sta “alienagdo"” — para usar um terme compre- censivel aos filotos — pode ser superada, natural- Imente, apenas sob dois preseupostos priticos, Para Gur ela ee torne um poder “insuportavel”, isto é, vim oder contra o qual ge faz uma revolugio, 6 necesske Fo que tena produzido a massa da humenidade come massa totalmente “dostituida de propriedade”; f ae se envonte, ao mesmo tempo, em contradigks fom um mundo de riguetas ¢ de cultura existente de {ato — cose que pressupsem, em ambos os casos, um. Grande incremento da forga produtiva, ou stja, um ito grau de sea desenvolvimento; por outro lado, tate desenvolvimento das forges produtivas (que con tér simaltaneamente uma verdadeira exstencia hu ‘mana empirica, dada num plano Aistrco-mundial € ‘ao na vice paramente local dos homens) é um pres- Suposlo.pritiee, absolulamente necessirlo, poraue, Sem ele, apenas generallgarsc-la a escasseze, poctan- io, com n cardncia, recomegaria novamente a ula pelo neceseério e toda a imundicie anterior seria res- {abetecida; além disso, porque apenas com este dese ‘olvimento universal das forgas produtivas d&-te Um Jnterctenblo universal dos homens, em virtude do qual, de um lado, 0 fendmeno da masse “destituida ‘de propeledade” se produ slmultaneamente ern todos ‘05 poras (coneorréhela universal), fezendo com que nda tn deles deperia. das FevolugGes dos outros; e, finalmente, coloct individuos empiricamente univer: is, histirico-mundiais, no lugar ge individuos loeais, ‘Sem seo, 1®) 0 combnismo nao poderia existir 2 no fer como fendmeno local; 2°) as propriag foreas do Interettablo no teriam podido se desenvotver como forgas unsversais, portanto insuportévels, © per rmaneceriam “elreunstBnclas" domésticas e supetsti- 80 closes; € 32) toda ampliagéo do Intercdmbio superaria, f comunismo loeal, Emplrieamente, 0 eomunismo & fpenas porsivel como ato dos povas dominantes “si ‘ila’ simultaneamente, 0 que preseupde o drsenval~ imento universal da forga Brodutiva eo intercdmbio Tnundial coneetado como comunismo’. De outro modo, como poderia a propriedade, por exemplo, er fuma historia, tomar diferentes figuras, e a proprie- dade territorial — segundo os diferentes pressupastos dados — passar, na Franga, do fraclonamento & cen tralizagio nas miss de uns pouess ¢, na Inglaterra, dda centralizagdo as mios de alguns ao frasionamento, ‘como hoje realmente € 0 caso? Ou como oeorre que & feomérclo, que nada mais 6 do que a trors de produtos de inaiviats ¢ pals diferentes, domine o mundo in- teiro através da relagao entre a oferta a procura — Telagdo que, segundo um economista inglés, pairs Sobre a terra camo @-destina dos antigos, epartindo fcom mio inviavel a flicidade e a desgraga entre os homens, fundando e eamagando Impérlos, fazendo Dporos nascerem ¢ dessparecerem — enguanto que fom a superagio da base, da propriedade privada, fom a regulamentaeio cormunista da produgso (que 1iGon son ria a rvlpia mun co ya ea gee ‘a "clei geo erber a expente ito era Engi Grate aes Rormantnay (Pins do Conan, i) area ph rooco aan mrp one pc degen ocapaismo ra tp fo ie, {e'por at atrada sega coco ae, nm noes Clos ‘hac, resp tole pode ser iio Since mostra (ou nf tem ms 9b Fa) «oe {ers vasra dn veo tfor ou ae ml pre don ich ‘Nowtaneameve ev amowiel Ean we Tl exp ea in ‘ew aio de Linn "Oxy Sip or a Usied Sie ot Eno (Chae o es Ean Us om Europe, 1915. a determina w destrulgdo da relagio allenada entre os Thorens e 0s seus proprios produtos), 0 poder da re lagdo entre a oferta e a procura dissblrese no nada, ‘os homens readguitem 0 poder soore 8 troea, a pro: fdugdo © modo de seu relacionamento mdtuo? ‘0 comianismo no ¢ para nés um estado que deve ser estabeleldo, um ideal para o qual a realidace terd (que se drigit, Denominamos comunismo o movimen- to real que supera o estado de colass stual, As condi- oe dente movimento" resullam de pressupostos Stualmente existentes, Além disso, a massa dos aim= ples trabalhadores — forga de trabatho exclutda em {masse do capital o¥ de qualquer outra satistagio Timitada — pressupge 0 mercado mundial; ¢, portan to, prestupge também a perda, nfo mals tempordria, fe remiltante da consorréncla, deste proprio trabalho como time fante segura de vida. O proetartada** 65 ‘pode, ple, exisir mundial e histortcamente, do mes no modo que o comunismo, sua asao, 36 pode ter uma fxistencia “Aistrco-mundial”. Ealetbncia istirico- “mundial de Individuos, Isto 6, existincia de indivi- aos ditetamente vineulada & histéria mundial. ‘A forma de interetmblo, condicionada pel forgas de produto existentes em todas as {nae histé- rons anteriores @ que, por sua Yer, us condiclona, 6 8 feledade ciel esta ultima, como se depreende do fanteriormente exposto, tern como pressuposto e fun- Gamento a familia slmples e = fami composta, 0 ‘que te costuma chamar de tribe, cujas determinagées tals precins foram dadas antericrmente. Vése, J6 faqul, que esta cociedade elvil 6 a verdadeira fonte, 0 * (Spinido no manu) dev ser anes sped bei aie ten [uprima no menace: prepoe, prt, = sv cemo enn emia pri 82 on verdadeiro cendrio de toda a histora, © quko absurda Ga concepgio hisiétiea anterior que, negligenciando fas relagées reals, Imiteva-se ais agées altissonantes, dos prineipes ¢' doe Eatedos*. A sociedade civil fabrange todo 0 interedmbio material dos indice, rho interior de ume fase determinaca de desenvolvi- ‘mento das forges produtivas, Abrange tada a vida comercial ¢ industrial de uma dada fase e, neste sen ido, ultrapassa o Hstado e a nagéo, ge bem que, por cite lado, dave se fazer valer frente a0 exterior como ‘naslonalidede e organizar-ee no interior eomo Estado, ‘A. oxpresalo “socledade lvil”* aparece no s6eulo 2XVITL, quando as relagGes de propriedade jae Unlbars Gesprendido da comunidade antiga e medieval. A Sociedade clvl, como tal, desenvolvese apenas com 8 Dburguesia; entretento, a organizagao social que ee de- senvolve iimediatamente # partir da. producio e do {nteredmblo e que formna em todas as €pocas & base €0 Fstado e do resto da superestrutura idalista, fot sez ‘re deslgnads, invarlayelmente, com © mesmo nome. ay ‘Sobre a produgto da consciéncla Na hitéria existente até agul 6 certamente um ato empirico que os individuos elngulares, com a [epinis o maenio: té agul coseres pice fens tres mtn O oa pen © nba des hement tbe ‘rem do nado «ress enbe © ado «4 aida cit. “A ero, "gree Goan? ote iio Wa voted burton” amo “noedade vl” (Nn T) Aes ey extentSo dg alividade para ume atiidade histério- ‘SRndiat, tornam-ae cada vex mals submetidos & um oder qué Ines ¢estenno (uma pressdo gue represen: Poram como vma travessura do assim clamado esp Tito ubiversal te, um poder que se torna coda ves ‘nator e que se revela, em pitima instancia, como (nareado mundial, Mas (arabém esta empiticamente Tandameutado que, com a derrocada do estado da 0 Cledade existente por obra. da revolugio comonista {de que falaremos Tals adiante) e com © superacao a propeiedade privada, que € idénticn & referida re olugao, este poder, que tanto confunde os tebricos emilee, se dlasovido; © entdo a Ubertacio de cad {naiviguo singular € sleangada ne mosmpa medida em {que a histrie transforma:se completamente em is. Sita mundial * Psio que [& foi exposto, @ claro que fp verdadelra rigueza esplrituel do Individuo depende Gav riqueea de suas relagies reais. & apenas desta forma’ que es individuos singulares sio Wbertados das ‘svereasTlmitagbes nacionals e teats, ao poston em. Gontato pratice com a produeio (inclusive a espit tual) do mundo intel © em condigdes de adquirit @ apucldace de destrute desta multiforme produgto do ‘mundo inteito (as crlagees dos homens). A depen acta multiforme, esta forma natural de cooperagto Iistorco-mundial doe individuos, serk translormada por esa reolugéo comtnista no controle e dominio Conslente destes poderes que, engendrados pela acto [eciproca dos homens, impuserari-ae a eles como po ‘eres totalmente estranhos e que os daminaram. Ort, festa coneepgdo pode ser expresea em terms especul- ‘vos e iealistas, isto 6, fantésticos, tals como “eto. triagdo do. género” (a "sociedade como sujeito"), & fom Isto a atrie ausenaiva de Individuos relacionados rota maria de Maa) de prod de conc EN centre si pode see repreaentada como um tnico indivi- ‘Guo que reallan 0 mistéro de criar-s a si proprio. Vé- Seagal que os indiviguos fazem-se uns aos outros, “ante fica como eepitituatmente, mas nfo se fazert sl mesmos, nem We absurda concepeio de S80 Bru- hat mem no sentide do "neo", do homer “feito”, sta concepebo da historia consiste, pols, em &x- por e procesco real de produgan, partindo da producio fhaterlal da vida imediata; ¢ em conceber a forma de Tniereimblo coneelada a este modo de produgio € por ee engendrad. (0% fa, a socledade civil em suas Siferentee fases) come o fundamento de toda a his térla, apresentandoa em sua agdo enguanto Estado € fexpicando a pari dela 0 conjunto dos diversas pro ‘Butas iedricos e formas da conseiéncia — ceigio, foeofla, moral ete,** — assim como em seguir 2 proceso de nascimento a partir desses produlos; 0 Rae permite entio, naturelmente, expor a coisa em ita Qistidade (e também, por Isso meno, exarninat f agho reciproca entre ester diferentes aspectos). Nio fe trata, como na concepeSo ldealista da histori, de Tins ne messi: € om ao de gue "o conc 1) a pemoliie 3) on 3) se mera pal) SEE Steno con ses me” (eo comene omer), SSEET) Shr oe ido, gr sn arse 1” Coo wor ‘Timea, ne oe anna perl lo pale or er cone, fra) pr ene) eran 9), goo ae € ee iu) daa atferenigla 10) ttn 1), aon wie pe. et, anigo Ge Bren Bose “coreg de Tally roene TOtservcto rwsytl de Narn serine 20 msm’ © a. nap manner) expe 8 sosetade i) em won ues fs 2 en lng peters, © Ba, SUia'Uona tes ce soon reer at formu doco ieee ell eee Tr As asin paw foun spn se MARC pocarar uma extgoria em cada peiogo, mas sl Ee permanccer srpre sobre oa da tra real ‘de explcar a pransm partr'de edn, as de ‘rplear at ormagber icles a ptr dn pals ‘Mita, enegandose, por eensogitt, 0 Fesitado aque tas as formas’ Yodos of produto da con lect noo per er escrion por fg do enon expat, pla dasiugo na autocoo fein tnsformasio em. “iantamas" "Sipoer ete as #0 podem eer solvdon pela tered prea dan slags Fal Ge onde ematarn tau tapeagies ideal; no nena, mas Te Sotusdo'n org tnotrin da isi ssc como, Talo, da flovota ede quelque cure tipo dete {Ta concppto mosis ques hstrn at tena Glvcvendose’ na “autocohuctnla", como “spiro ao exiria, ras qu em enda uma de sn fase olrue uit retad material, uma soma de fora a tik, eo scent eat com sntesa entre ot Indo, que cada ranete 8 gareio sepunt; ua maven Oe fran protutvas de captais'e. de condgden que, ember Endo em parte modifi pela mows geagio, pret trove eva ‘sian prorat Consgies de nia’ ¢ Ine Imprint. detecninado. Geenttvnent, mn et “ler especial, Mostra gut, portato a8 circustandas fezem cn horse aus como os homens fatem a2 Cieunstincls. Hat tome: de forgas de produto, de aplas, d f:zas socials de ited, que ead Inlivido eeadn gereqh encontzam coro ago dig, ‘o ndamento Foal caqllo que os Tsofer repre fentaram como “ealSoen” «etic Go omen", aul que eles endevatram combateram;, anda. ent fal que, em uses infudntas sobre © Asenvavimento dot omens, so 6 em nad Pert. Sado pel fat desis fdeoton pe rebate conten ele coma “wutoconscitci «corn 0 "rico. Betas con- Sigs de von que as ctrenes gorges encotran Se esiwenten Siaem tambern se ne convaldet 2 ‘eachonetes que pevoseamente se repelem ni tin teas odo 6 sutclentementeoren_Dam ‘Sherer ns use de todo © exstente OF elementos fine me aber tl nd um dst ‘Regs protliesexstenteo, de oto,» forma SrME Pia reucionaia que ge era, fo ab ‘stm as gonigees partevares Ge eoledade exes SU tan mas tae contra a ropa "producto Gala gente, contra a catia foal” sobre & 160 aie lls elomentn materials 140 eX aS Sos no que veer a0 desenvolvimento pe Ge PT atcautatenteIniferente que a ata deta Sberde tenn sdo jo prolazada uma ceiend dt Tee Coma'o demonstra histor do comanies. “Toda eonerpro histriea até o mosnent,o8 tex citi completamette ea base fea da iste, ou Tm esraterado como igo reupdéin, sei ile {joer conexdo com 0 curso dx historia, Tso fat com SAC intr cova sempre ser escita Ge ecord com Sino atundo fore dela. A prodgdo da vida eat parece como algo separado do vida comm, camo Jer cuca e voraterestn) Com iso, rlagao dou eee com a natures € exeluda da histori, © gut errs opto entre nature © tsi, Conse eEtnomenter tl conepyao apes v8 na sta a be poitcas dos prinlpes e co Tata, os tutes satgtofan va ates iericasem eral, v-s oben Te eapecaimente, © corpartitay, em cada 6p0ca Bi ‘Grier iusto dessa epoca. Por exempt, ce wna époce Ttnaina ser delerminaéa por motves paramente “po- Tacos ou “religiowoe, exnbora = "polltia” € a el go” seam eponas formas ce us motvos Tes Sxtzo o historiaor ea epoes consderada sclte ease sr opinifo, A “imapinacto", a "representagio”, que esses Thomens determinados Heram de sua praxis real fruisforma-se na nica forea determinante e aliva ‘que domina e determina © praxis destes homens. Quando a forma torce sob a qual se apresenta a ‘vied do trabalho entre os nindus © entre os egipeios fusclta nestes pores um regime de castas proprio de feu Estado e de sua religiso, © historiador exé que o regime de caslas 6 a forga que engendrou essa forma, oti totea, Enquanto os franceses o os ingleses £2 ttém & Lusio polties, ue esté certamente mais pré- ima da realidade, ot slemdes se mover na esfera do “egpirta puro” e'fazem da lluséo religios a forga mole da bistéria A flosotia hegelians da historia. & ‘ tltima conseqinela, levada & sua “expressio mals pum, de toda esta bistoriograflaalema, que no gira fem tomo de Interesses reais, sequer de interesses po- Ulicos, mas em torno de pensamentos puros, 08 quals consegtentemente devem apareeer a Sto Bruno como tama série de "pensamentos” que se devoram entre si fe pertoem, finalmente, na “autoconseléncla”; , de ‘modo ainda mals consitente, ao sagrado Max Stirner, ‘que nada sabe da histéria teal, 0 curso da historia AAparece ‘como ia simples conto de “cavaleios", ‘bandidos & fantasmas, de eujas visdes 96 consegue naturalmente se salvar pela "essacrallzagéo" *. Tal ‘coneepgfo € verdadelramente religiosa; ela postula o hhomem religioso como sendo o proto-homem do qual parte toda a histéra; e, em sua imaginacio, coloce = Drodugio religiosa de fantasias no lugar da produgio ‘wal dos mos do vida e da propria vida. Toda esta concepeio da histdria, inclusive sua dlspolnglo, os ‘exeripuios e as dividas que dein resultern, na & mais [ober mal de Maret A sui cham binrir ea ove Conte, eaten om conear y cmge a ‘ea indonesia iva Carter reali do que um astunto puramente nacional dos alemies fe apenas tom Interesse local para os alemies, como, por exemplo, a importante questo, tratada jf iniime- as Feae, saber! como se passa realmente “do reino ‘de Deus para o reino do homem’” — como #0 esse “reino de Deus” teste sempre existido a nfo ger na Smaginacio e como se os eruditos senhores no tives- ‘gm vivido sempre, sem sabl-o, no “relno dos ho- mens", para 0 qual procuram agora 0 ceminho; € ‘como de este divertimento clentificg (pels no passa fist) de explicar 0 que hé de eurioso nessas forma ‘6et leérleat nebulosas nfo residisse em demonstrar, fo contrirlo, que suas origens estdo nas condigbes terrestres reais *. Em geral para estes aleries, trata- te simplesmente de ditslver o abeurdo j& existente fem qualaquer outras extravaganclas, isto 6, do pressu- por que todo este absurdo passal um sentido & parte ue pode ser descoberto; enquanto se trata, apenas, de explicar esta traselogia taérica a partir das rela: (bes Fealsexistente, A dissolugdo real, prtica, desta ‘rareologi, a remogéo destes representagies da cons: circle dos homens, a6 ser& efetivada, como 16 sse- ‘hos, por cireunstAnciasalteradas e no por dedugdes teéricas. Para a massa dos homens, Iso 6, paza o protetariado, tals representagies pio exlstem e nko Decessitam, portanto, ser disslvidas, e embora esta massa ainda tena representagdes teoreas desse tio, tals como a religifo ete, ha muito tempo estas foram AlsgoTvidas pelas clreunstincias, (© arfter puramente nacional destas queetées © de suas solugées manifestase, ainda, no falo de que esses tadrioot enfer serlamente quo fantasias, tals * Tyarane eget op mater: € cma se ao fous om ‘wo fender oe consish ea Tormagio de meveen tees & parr “upstate fei» la ear & ve p ‘como as de “homem-Deus”, “o homer" etx, tem pre- Sido as diferentes épneas da histéria (Sto Bruno ‘chega mesmo a allrmar que "s6 a critica e 08 eriticos tm feito a historia") — € quando eles pr6pros se ‘entzegam a construgées his.rless saltam com grande presse. por sobre todos os periodos anteriores, ¢ da etnlaagdo mongol” passam de imediaio para a his: tdrla propriamente “ria de conteddo”, isto é, para historia dos Halltzcne © das Deutsche Jahrbicher, € [passam para a diteolugho da escola hegeligna numa Beige geta. Todse as outras nagoes, todon 08 aront mentos resis, sho esquecidos; eo theatrum mundi? Imita-se A Feira de Livzos de Leipzig e is disputas rmituas entre a "Critea”, 0 "Homer" e 0 "Onico"? E quanco a teorla se decide a culdar de temas verda- delramente bistrot — como 0 sésulo XVI, pot fexemplo — etees Mldsofos do-nos apenas a historia ‘das representagses, desligada dos fatos e dos desen- volvimentos pritios que les server de base, © tam- ‘bém Isto com a inlengho de apresentar a época em (questao como a primeira etapa Impertlta, como a Brecursora ainda incipiente da verdadelra époea bis 7, nes sven de va len + san tev era GOTHS sabe ca ¢ Salona) tain. fie os bryos rn wantertee port Deen, Site snc pes» scoure da ov, ieee» todo 3 5. Pulse, alo » Bravo Ba, Feta ¢ Mat Stat eats esto 6 mend. 8 T) 0 ‘rea, isto &, da época da ute entre fésofos alemées {e 1840 a 1844, Sen objetivo 6, porlanto,eserever uma bistrla do passado para fazer Drlhar a gidria de um personage nio historico ¢ de suas fantasia, © de ‘Acorco com kav nao mencionar todos os acontesimen- tos historicos reais, inclusive as ingeréncias realmente hlstoricas da politica na historia, e ofereeer, em com- ppensacio, ama narragio ndo baseada em estudos mas fem arlifeios @ tagareices lterhrias -- como faz Sto ‘Bruno em sua Jé esquecida Histéria do Séeulo XVI ‘Rsees mascates do pensamento, chlos de pretensio € tarrogtnela, que so extem infinitamente aelina de pre onceitas necionals, 80, na pritica, multo mats ne tlonals do que os thisteus de cervefaria gue sonar fom a onidade alema, Nio reconhoeam enum ea- Titer blsldelco aos alos de outros pores; vivem na ‘Alemaniha, com a Alemanha e para a Alemanha com rertem a eangéo de Reno? em hina religioso e eon- uistam a Alsécia-Lorena despojando a tlostla francesa ao Invés de despojar 0 Bstado francés, ger Thantnande os pensamentoe {ranecses em Tugar das Drovinelas trancesas, O senor Venedey' figura como fcsmopaliia eo lado de S8o Bruno © So Max, os quals proclamamn, no dominio mundial da teria, o dominio mundial da Alemanha. ‘Vise igualmente nesta dlecussio 9 quanto Feuerbach se engana (na Revista Trimestrat de Tr won Baur, Gece de Poli Kr and Andie drs anon Davvero do tgs Carat do ‘amino do Stove Sty, Chartaentary, AGLI 2. A Cans do Reso: 9 poama "Det Drste Riel” CO Rona Alga) ds Mtn Beep pornbars min, 3 Tash Veotey(INISINI]s rae e pie siento a Wigand, 1845, tomo 11+) quando, por melo da quall- lenge de “homnem conmum, deslarase um comunista transforma esto Ultimo en predicado “do” homem, fcrecitando, assim, poder transformar em mera ca tegoria a palavracomuniste que, no mundo real, esigna adepto de determinado partido revoluetons Fie. Toda a dedugio de Feuerbach n0 que eoneerne ts ‘elagdes reeiprocas entre os homens visa unicamente @ provar que ob homens im necessidade uns dos ‘outros, «sempre tveram, Hle quet estabelecer 2 cons- ‘iéncta sobre este fato, quer, portanto, como os outros {ebricos, err apenas uma conscléncia eorrets sobre um fatoeztstente, ao passo que para o verdadero co rmunista 0 que importa & derrocar exia existent. Re- ‘comhecemos. plensmente que Feuerbach, em seus esforgas por crar justamente a eonstiénela desse fat, val tio Jonge quanto pode chegar um teérico sem delsar de ser toGrico e filsofo, & sintométice, entre- tanto, que Sio Bruno e So Max coloquem imediata- mente & representagio fouerbachiana co comunista em lugar do comunista real —o que fazer, em parte, ‘para que também possam, como adversdrios da mes. ‘a eelirpe, combater o comunismo camo “espizita do ‘espinto”, como uma categoria flosica e, no easo de ‘Sto Bruno, além Also, por inleresses pragmétices, (Como exemplo do reeonhecimento e, ao mesmo tert po, do desconhecimento do existente, que Feuerbach continua compartthando com nossos adversirios, re- 1, Winds Parl (Reina Taira de Wee ioral tai’ dy feat ean pasado por Ono Wind ‘Scar ¢ Feotibach um argo sete hime que Mars © Engels ‘unado em 108 pa segue tomo dora. bv 9 lo “Ue ‘sce t"edac Go ana’ on reuse {0h sm pope). @ cordemos a passagem de sua Filorjie do Futuro onde desenvolve o ponto de vista de que o ser de urna tise 08 do hore é,siaultaneament, sua esxéncia; ‘de que as determinadas condigies de exiséncia,o mod fe vida ea atividade de um Individuo animal ou bu ‘mano sto agullo em que sua “essincla” se sente satis felts, Toda excepio € aqul expressamente concebida como um acidente infeliz, como uma snormalidade {que no pode ser moditieada. Quando, portanta, mi- Indes de proletérios nfo se sentem de forma slguma satiafeitos com sas condicdes de vida, quando set “ger” em ada corresponds A qua “exeBnela”, Isto ex- to seria, de acordo com a passagem citada, uma det raga Inevilével que se deveria suportar trangia Mente, Contido, milhées de proictirios ou de comunistas pensam de modo intelramente diferente € provario isto no devido tempo, quando paserem seu “ger” em harmonia com sua “esstncla” de uns ma neirs pritiea, através de uma revoluedo, ® por ato ‘que em casos dessa espécie Feuerbach jemals fala do ‘mundo dos homens, mas relugiase ne naturese exte- Hr, na natureza ainda nfo dominads pelos homens ‘Mas, com cada nova invengéo, com cada progresso da. Indistria, uma nova parte 6 arrancada deste terreno ‘20 solo sabre 0 qual erescem os exomclos do tais pro- posledes feuertachianas ge retringe cada vex mas. A Meaténela” do peize 6 sou "ser": a Agua — para reto ‘mar uma das proposes de Feuerbach, A “essencia” “er Pic der Paka otras em spent Sopris oa” un poco. ale Be Scpundeifonne» eg eo Ig a Proges Pussy — cl ma fi cm part presnebi pla dencoberta algunas p> ‘ts dosmmnncsig, puns pln rma eee 962 (Ne 08) « do peixe de rio 6 a Agua do rio; conti, esta Agua etna de ser aun “etsenela” quando ae toma um meio fe existénela que nio mais Ihe comvém, tao logo 0 rio otra a infiuénela da Industria, to logo seja potuido por colorantes © outros dejetos, tao logo navios a ‘mapor naveguem pelo rio tdo Jogo suas dguas sejam Gitigidas para canals onde simples drenagens podem Telirar do peixe seu melo do existéncla. Declarar que fconteadigdte deste género sio anormalidades int tivels ndo difere, fundamentalmente, do eonsolo que ‘Sto Max Stirnet!oferece aos insatsfltos, 20 afirmar (que esta contradigio & sua propria cantradiedo e que sta md situagde € sca propria mi situagio, na qual poderiam, ou acalmar-se, ou guarcar sua prépria in- ignagto pare si, ow revelar-se contra isto de modo fantastico Isto difere multo pouso da alegacio de So Bruno de que estas elreunstancias inflizes se- Fam provententes do fato de que os insaliseltos se Getivetam no lixo da “subslaneia”, no progrediram pera a “autoconselfnela abscluta” e nfo reconhece= Fam estas mis condicoes de vida como espirito de sea espirito, ‘ Naturslmente, no nos daremos ao trabatho de expliear aos nossos sos MésoTos que a "bertagao” 7 [primi go mano [em Sade Fee fo ‘utc fen st 8 i ee nor on «oe ters eta i nog geil ‘rent Sop stig snl pe foo de agra sone oe sen ai (Oa ee Feo” tines de Wales Forth m Wied ‘a subetanela © todo texte lixo na “autoconseiéncla”, a0 lbertarer o "ho- nem da dominagao desta trastoiogi, dominagio s0b ‘2 qual nunca esteve eseravizado, Nem thes explicare- thos que somente € possi efetuar* a Lbertagio teal no mundo teal e através de mes resis; que no fe poe superar a eseravidio sem p miquino & vapor © a MuleJenny ', nem a servidio sem melhorar & fgtcultura; que néo € possvel libertar os homens fenquanto no epiverers em condigées de obter ali- rmentagao e bebida, habitaggo e vesumenta, em. qua INéade e quantidade adequadas. A “lbertagio” & um ‘ato histrico e nao um ato de pensamento, ¢ €efetiva- fe por eondigées hstéricas, pela [situlecko da inats- ‘tin, do col mércio}, da (agrjcultara, do interfetmbiol [al]? (os-] @ entlo, posterlormente, conforme suas Cfcrentes tases de desenvolviments, @ absurdo da fubstanela, do. ayjlto, da autoconseiéncla eda fritter pura, assim como 0 absurdo reliloso © teoi6- fee, s80 novamente elltlnadcs quando guficiente- mente desenvolvidos *. Naturalmente, num pais como {© Alemanha, onde no ocorre sendo’ um desenvolvi> mento bistro miserdvel, estes. desenvolvimentos Intelectuals, estes tlvalidades glorfieadas e inefiew- ses, servem naturalmente de substitatos para a austin. {ios que so pst wo “itv”, so geal € ated + (obec mari de Mas! Litera oie © ie tysto eah'9 fomen © nen. evi Coie nb, WNitpiticr eto corpo teaco, Neca fe tae ‘otro tia de | rate ovine a. TT de pcs lan Ge cr arin, doe) citi devo 40 mo endo gb mo an. 3 | ‘la de desenvoivimente histérico: inerustamse © tém fque ser combatléos *. Mas esis lute tem apenas im- portanela local * (..) "na relldade, para o materalsta pratico, sto & para\o comuniato, trataso de revoluclonar 0 undo enstente, de atacar © tansformar, praia mente, o estado de coisa que cle encontrou ***. B tp, por vezes,encontramse em Feuerbach pontos de ‘iste dease ginero, eles ndo sao mals do que Intulgées jsoledas e tien muito pouca infuncia sobre toda sua foncepeao geral para serem aqui eonsiderados como flgo mais do que embrides eapezes de desenvolvimen- tor A “conceprio" feverbachiana do mundo sensi- ‘else limita se, de um lado, & simples contempla Gio deste ‘timo e, de outro lado, ao simples Sentimento; ele diz “o homem" so invés de dizer 05 “homens histricos rela”. “O homem” é na realidade so alemio". No puiaelro caso, na conteraplagdo do ‘mundo sensive, ele se choce, neeessarlamente, com fhlsas que contradizem sua consciéncia © sem senti- mento, que perturbam a harmonta por ele pressuposta. fntre iadas at partes do mundo sensivel e sobretudo tnire homer e nature °****, Para eliminar estas co} vk me il Mar A pitas ee at ect! so manscio:) & wn que nto om ing a ean ot ae sgn cma 2 ttre erst maria! de Mara) A ngzae & Hees ct vette {Oberg marina de Mare} Fear (Wanste origial no nasi "coco ile {Oberg arial de Enges| NBO et de Fe chlo caste sr gle reo ut ¢ maar ue» Hale a eee ns, tem que se refuglar numa dupla soncepedo, os ‘Sando entre uma concepoio profana, que pereebe ‘apenas o que ¢ “imediatamente palpével”, © uma fconcepgio Mais elevada, MloséSica, que eontempla a Vesidica verdadeira” das ectas. Bie nfo percebe que fo mundo sensivel que o envolve nao & algo dado {imediatamente por toda a. elernidade, uma coisa sem- pre igucl asl mesma, mas sim o produto da indstxia Po estado da socledade; Ist, na verdade, no sentido Ge que 6 um produto histérico, resultado da ativi- Gade Ge toda uma stro de goragies®, cada uma das als algando-se aoa ombroe da precedente, desen- Sotvendo sui inddtria e seu comércio, modifican:o ‘orien social de acordo com as necessidades altera- {dau Mesino os objetos da reais simples “‘certeza sensi- ‘va sto dados a Feuerbach apenas através do desen- Yoivimento. social, da indstria © do_Interetmbio Comercial, Sabe-se que @ cerleira, como quase todas fa drvores trutifeas, fol trnsplantada para noseas Zonas pelo coméreta, ba alguns séculos apenas, ¢ fol, portanto, to-somenie atranés dessa ago de ura de- {erminada socledade em uma época determinada que foi dada a “certera sensivel” de Feuerbach, ‘Ald, nesta concepeio gue v6 as cosas tals coro sao ¢ aconteceram realmente, todo profundo proble- Ina (osatico resolveee simplesmente numn fato erp fico, como adiante ao eri de maneira ainda mals ara. Tomemos, Por exemplo, a importante quest {Sas Telagoes entre 0 homem ¢ a naturera (ou ento, rane erin 20 nes qe dla mci fe. sich rath acid ttn sl ea, a como Bruno nos mostra na pag. 110", “as opostebes fem naturema histria” como, s€ as'duas “coisas” foseem separadas uma da outra, camo se homer nfo se encontresse sempre om face de urna natureza histériea e de uma histérla natural). Esta questo, donde surgiram todas as “obras de grandeza insondé vel” sobre a “oubstfncia” e a “auloeonseiéncie, do aparece por sl mesma perante a compreensio do fato de que a eétebre “unidade co homem com 8 na- tureza” sempre existix na indistela ese apresenta ‘de maneira.ciferente, em eada época, segundo © desenvolvimento malo ou menor da indistela; ¢ 0 mesmo no que se refere & "uta do homem com a salureza, até o desenvolvimento de suns forgas_pro- Gutivas sobre uma base eorrespondente. A inddstria 0 camérclo, « produgio e a troea das necessidades ‘de vida, eondicionam, por sew lado, 1 distribuigeo, a ‘estrutura das diferentes clasres sociais, para sere, ‘por sua ves, condiclonadas por estas em seu modo de funclonamento. Eis porque Feverbach, em Man- chester por exemplo, r€ apenes fibrices ¢ maquines fonde deem anos atris hava apenas rodas de fiar encontra apenas ‘po de Auguste, mao teria encontrado mais do que at Vinhas e quintas dos capitalistas romanos, Feuerbach fala er particular da concepeio da cléncia natural € menciona segredos que se revelam apenss aos ols fo fis e do quimico: mes, o que seria da cléncia ‘natural gem 0 comércio © a indistria? Mesmo esta cléncia natural “pura” adquire tanto sua finalidade como seu material gragas apenas ao coméreio e & Indstria, &alividade sensivel dos homens. & ate tal 2. Partane de om seo do Fan, de Goebe “Prlo ie Nina” (eons a0 et 68 ponto @ esta atividade, este continuo trabathar 2 etiar sonsives, esta produglo, a base de todo f aundo sensivel fal € mo agera existe, que, se osee interromplda até mesmo por um ano apenas, Feuerbach ndo 29 encontrarla enormes mudangas 19 mando natural, mas logo sentitia falta de todo 0 undo dot homens @ d2 sua propria capacidade de percep, © at6 mesmo de sua proona existéncia Ceciamente, ein tudo Sato, a prioriéade da natureza ‘exterior eubslste, @ tudo islo ndo pode ser aplicado fans homens primitivos produzides por generat aequl> boca"; mise esta diferenciagio sO tem sentida ua me- ida era que o Romem & considerado como distinto da naturese, De resto, a natureza, a naturesa que precede a historia Numana, ndo 6 de forma alguma 2 natureza na qual vive Peuerbach, & naturera que hoje jA nao existe em parte alguma cexceto talvex fem algumes Uhas de coral gustralianas de formagéo eoente) e que, portanto, nao existe pars Feuerbach, ‘B verdade que Feuerbach tem sobee os materia~ Listas “puros” a grande vantagem de compreender (que o Homem é também um “objeto sensive!”. Mas, fagamos abstragéo do {ato de que ele concebe 0 ho- mem apenas como “objeto sensivel” mio como Watividade sensivel", poit ainda permanece no rena da teorla e nao concebe os homens em sua conto sovial dads, em sae condigbes de vida exstentes, que ‘Szeram deles 0 que so; por Isto mesmo, jamate chega até os homens ativos realmente exlstentes, mas se delém na abstragio “o lomem” © apenas consegue ‘eeonhecer sentimentalmente o “omem real, indivi- ual, corporal, isto é, no eonhece outras “relagSes hhumanes "entre o-homem e 9 homem” sendo es do ‘amor eda amizede, sendo estas, além dso, ieatiza- ‘dan, Nao noe oferece eritica alguna das condigées de 1, fo swe wig eagle peli dr FD) ‘lea atuals, No consegue nunca, portanto, coneeber © smundo sensivel come a atinidade sensivel, vito © fotal,dos indvidues que o constituem, razdo pela qual octigado, 20 ver, por exemplo, ao invés de homens ‘adios um bande de pobres-diabos,eserufulosos, esg0- “aos etisteos, a recorrer a ums “coneepsao superior” ea ideal “igualleagio no géner0" ou atja, por conse: fuinte, a reineldir no Idealismo precisamente ali onde ‘9 materallta comunista vé a nocessidade o simulta Reamente a condigéo de uma transformagio, tanto fe indetela como da estrutura sci! Na medida em que Feuerbach é materialist, nfo aparece nele-n hisideia, e na medida em que toma = historia em conlderagio, nio € materialist, Mate- lalismo e historia aparecem completamente dlvorcin: os rele, fsto que € explicado pelo que alé agul ‘teers ‘A pistoria nada mals & do que a sucessio de diferentes geragies, cada uma das quais explora os materials, o& eapltals ¢ as forcus de produgio a ela fransmitidas peles geragées anteriores; ou ela, © tim lado, prossegue em eondigdes completamente d= Terentes @ atividade precedente, enquanto, de outro lado, modifica as cireunstncias anteriores através de uma alividade totalmente diverse, © que pode ser spectlativamente distoreldo, na medida em que se feonverte a histéria posterior em finalidade da ante ior, na medida em que, por exemplo, é atribuida & Gdescouerta da América '@ flnalidade de auxiiar & ‘erupyio da Revohiglo Francesa — com 0 que & his ‘Sarg apema ove, oo 0 poste di Sk Bro," ‘Se capstan ce puto wm Oran exenge 0 tivia recebe finatidades & parte, tormandose “pessoa ao ‘ado de outras pessoas” (tals como: “auto- consents, erties, o Unies” ete), enquanto que 0 ‘que se designa com as palaveas “destinagio", “final Gade", “"ndeleo”, “éla”, da historia enterior nada ‘nas é do que unia abstragio da histétia posterior, wma ‘ostragdo da infuéncia ativa que a hisidria anterior ferae sobre @ posterior. Ore, quanto mals os efroulo singulares que atuarm ‘uns sobre os outros ae expandem no curso desse de fenvolvimento, quate mats 0 Iselamento primitive deo diferentes nacionalldades @ destruido pelo modo Ge producaa desenvolvido, pelo Interctmbio © pela fivisio do trabalho que’ surge de maneire nati fal entre ag diferentes ag6es, tanto mals a histé- ria torase uma histérla mundial. Assim € que ese inventa, por exemplo, na Inglaterra ume mde Gquina que, a India ou na China, rouba 0 pio a follhares de trabalnedores e subverte toda a forma te exlslinsla desses impérios, tal invento toma.se ura Tato historicosmundish. E vemos também ecmo 0 fagicar e 9 café demonstram sua importéncia histé- eo-mundial no séenlo XIX, pelo fato de que a em asses deeses produtes, resultante do sistema conti fetal napolednico', inettou a sublevagio dos alerases ‘contra Napalelo, estabelecendo-se com isso a base real das gloriras guerras de ibertagio de 1813, Se- fgue-se dai gue esa transformagio da historia em Historia mundial néo 6, digamos, um simples tato Abstrato de “autoconseléneia", do espirito mundial oa ie qualquer outro fantasma metafisico, mas sim urna apd purtinente material, verifledvel de manelra em- piles, uma ago para a qual eada individuo fornece ' prova, na medida em que anda e pére, come, babe ewe vente AAs idélas (Gedanken) da classe dominante sho, tm cada époce, at Idbins dominantes; ‘sto 6, a classe que 6 a forea materiat dominante dx wootedade €, a0 ‘mesmo tempo, sua forga espiritual dominante. A clase se que tem & sun dsposigao of meios de producto ma. terial dispée, ao mesmo lempo, dos mos de produca spiritual, o'aue faz com que a ela eejam submetidas, ‘a0 mesmo tempo e em médis, as idéias daqueles ace (quale faltam 05 melos de producto eepiitual. As itias ominantes nada mais sho do que a expressio Ideal ‘das relgdes materials dominantes, ae relagbes mate rials dominantes consebldas como Idéias; portanto, a texpressio das relagdes que tornam ume classe a classe ominante; portanto, as ldélas de sus dominacko. Os ‘individuos ‘que constituem a classe dominanto pos ‘suem, entre outras coisas, também consel8ncia e, por Jago, pensam; na medida em que dominam eam classe fe determinam todo o Ambilo de uma épaca histérice, ‘ eridente que o fagam em toda sua extenséo e, conse Gientemente, entre outras coisas, dominem también como pensadiores, como produtores de iia; que reg lem a produgio e' distribuigto das idlas de seu tempo fe que suas idéias sejam, por isso mesmo, as idélas do- rinantes da é9oea. Por exemplo, numa época ¢ num pals em que ariiocrucia e a burguesla disputam a Gominagio e em que, portanto, a domlnagio esta ‘ividlda, mostrase coro idéia domsinante a doutrina a divisio dos poderes, enunciada ents como “lei eterna” A dlvisio do trabalho, de que é tratamos acima (pp. (44-48}) como vine das forsas principais da his- aria até aqui, expressase também no selo da classe dominante como diviste do trabalho espinituat e ma- 2 terial, de tar modo que, no interlar desta. clases, ume prte’ aparece como os pensndores desta classe (S05 ‘dedlogos alivor, coneeplivos, que farem Ga formagto de ilusdes desta classe a respelto de si mesma seu modo prinelpel de subsisténcla), enquanto que os ou- ‘yen relacionam-se com estas ideas llutées de ma- neira mais passiva e receptva, pols a8o, na realidad, (os membros ativas desta. classe e tém pozeo tempo Dara produair ldéias e lustes acerca de si proprios No interior desta classe, essa lao pode mesmo con- dyair até @ wma ceria oposicso e hostiidede entre fambes as partes, mas esta hostildade, entretanto, Geseparece por si mesma logo que surge qualquer clio priten capaz de coloear em parigo @ prépria late, oeasizo om que desaparece também a aparén- fia de que as 1déns dominantes nao s8o as idtias da classe dominante e tém um poder diferente do poder esta classe, A existéncla de idéias revolucionérias ‘numa delerminada époea Jé pressunde a existéncla de uma claste revolucionéria, sobre cujos pressupostos 5 dlasemot anteviormente o necessério (pp. (48-58) Se, na concepgto do decurso da iste, soparae- mos a inéias da classe dominante da prépria classe dominante e se as concebermos como aulénomes, se ‘pos limitarmos a dlzer que em uma épeca estas’ ou faquelas ldéias dominarar, sem nos preveuparmos com A congigdes de produgao e com os produtores destas {élas, se, portant, ignorarmos o8 indiiduse © as circunsténcias mundiais que sio a base destas idéas, fenldo podemos afirmar, por exemplo, que, na época fem que a arlstocraeia dominou, os concetos de honra, Fidelidade ete. dominaram, ao passo que ne paca éa dominagfo da burguesia dominaram os conecitos de UUberdede, igualdade ete. *. # 0 que, em roédia, ima- = Bent no oni] i,» mrp dae do a fina a prépria classe dommnente, Tal concep da histéria, comm a todo ot histoiadores, pectal- mente desde o século XVII, defrontar-e-8 neoesa- amenta com o fenbmeno de que ida cada ver mals Abstratas dominam, iso 6, Ldéas que tomam eada vex ‘forma de niversaae. Com elo, caga nova ‘laser que toma @ lugar dt que domlnava antes dela obrigads, pare aleangar os fins a que se prope, a fpreventar ceasinteresies como tendo 0 Interasa Co tum de todos os membros da sociedade, isto € para ‘expreaar isso mesmo em termos ideals: 6 obrigada © fmpresar as alas ideas @ forma e univereliéado, ff apresentéclas como sendo as finicss racional, a Unleas universamente vélidas. A classe revoluslond, Ha surge, dead 0 inelo, no como classe, mas‘como fepresentante de toda e saciedade, pongue ja ae de fronta com uma classe; aparece como a masts inet dz aociedade frente 8 nlea classe domnante* onsegule iso porgue no inicio seu inferese realmente Uinda est Tgado ao Interease colelivo do’ todas as ‘tas castes no-domsinantas e parave, sob a presss0 das condigdes previas, ess Intereste ainda no pide desenvolverse como intoresse parleutar de uma classe particular. Sua vtdria é Gil, também, a multos indi Yiduos de outmas classes que ‘nfo aleangevam tm posielo dominante, mas apenas na medida em que ss epee eine cs nie pe SESE i oe os ae gal ga gn at ie Tomeroste margin) oe Barc] (A sonenalnle corer oe ir, 54 fda don idtlges € 4 vo. 6 cclogue agora sss indvigcos em conde de eleva “se cane drinane, Guano s bonguehiaisneese Erutou'n dominagto Gx arstonraa, permis qe foulles praetarion ap eleveseny cia’ do prota: fo mis unleamente a medida em gue tarmaramse ‘ngusca, Caen nova cate etaerc sua dominageo fXmpee ee ora tow tals extene gue 8 68 tne gue ste elo dominate, wo psso que, als tarde, opaiga enirea nore caste comments © 2 iodominanit-seagrava cae apo(cnda ainda mais ‘Amba esas els Eonuilona fat de que a tute ‘ronda cnt xt nve cae Gina opesse novaente au negagio tals decera © rca das cna ess saviors mals 2 que aque pera fazer tase a8 clases presroents que falls donsnasee. ode eta aparinca, a apartncia de que & do sina deh clase determina € smente 8 o- Tina e certs Sian, desaperce naturementa or moun, to ogo domiagan de case detee fer a fomin Ga ordem sot, to logo no sla reir nesta eprecentar um interes partlcuar fim geal bso geal emo dominate ‘Ue Ye que a8 lias domnanies tendam so separa ts induce Gominastn «principe. tment, das velagee que nascem dena adn fase do tendo de produ, e Que com leo cheques ao rea. {no de ue na hata as Idlas sempre coainam, 6 Tuo fac ata desas tet “a ila” ete como © dominante na historia e nesta meta coneber {olon eres conto e ides prteuares somo "auto. Chisrminagao" do cncito que te dasenate na i "Nave oon no mamaria am inte sana ao gr pms Inet om Wb 8 ng tice, coma mee 6 torla, # entio também nataral que todas as relat os homens poem ser deduzidas do conosito de ho- mem, do homem representedo, da eaineia do homet, 2o namem. Assim procedeu 4 Nlotofa especilativa, (© propcio Hegel confessa no final da Poofia dt ‘istéria* que'"26 considera 0 progresto do conceito” fe que expoe na histria"verdadelre tended” (p 448). Agora podeae vatar novamente sor produtores “do concelto", aos te6icos, idebogos ¢ Hdvtoe, © cenege-s entao a0 rerultado de que 0% Slérotos os pensadares como tal, dominaram sempre na hstérla “Tum resultado que também Hega. Ja proclamara, ‘om acabamos de ver. Tada irique aie eondlste em Drovar a supremacia do epirito na hstérin (e rar ‘gua em Stirner)limitase aos tte enfrjoe seguintes 10) Devese separar as ideas dos dominantes (que dominsm por raaies emplricas, sob condlgies cemplricas e comp Indlviduos materials) destes pré- ris dominantes, reonnecendo com ista‘8 domina- fo das dss ou iusbes na bist 22) Devese introduair ume ordam nesta domine- co das idéis,estabolossr ume conevio mation entre ‘a lias suceaivamente dominantes,o que se conse. sue concebendo-as como “autodeterminagdes do con- feta” (sto possvel porque, em virtude de sus base fomplcica, tds itis evtao realmente Tigndas entre ste porque, concebidas como mmeras Idi, convertem- “ae em sutodiferenciagtes, dlierenget etabelecidas lo pensumento) ‘¢) Para eliminar o aspecto mistieo deste “eon alto que fe autodetermina” trnsformete' numa estou — "a autoconscléncla” — ou. fim de aparecet fexatamente como materalista, numa série de pessoas sehen eres Pir be Misa), cf que representam “o concelto” na histdria, a saber, os “penstdorer" os *1Gaofes", of ideé'ogos, soncebidos como os fatricantes de histéria, como 8 “onselho dos wards", como ot daminantes®. Deste forma, elt Iinamse fodos os elementos materialist de hiskéria € potese entéo soltar, rangillamente, a8 rédeus do Eorel expeculatvo, ‘Enguanto quo na vide comum qualquer shop- eper bepitetanente dang ete 0 que alga die sere o que realmente 6, nossa lis nfo aleangoa winaa este conhecimento tiv, Tor ma eada ¢yocn por sua palavra e ecreite no que € ize imagina a respllo deo! mesma, Este método Bustrico, que feinow sobretado na ‘Aleman, ¢ com razio, deve ser explicedo t partir da ‘onexio com a uso dos Ideélogos em gerai —— por exemplo, com as iusOes dos Jarsta, dos plitieo (i luindo entre extes op estadistas priticos) — a partir fos devaneios dogmdtions © das dstorgies Gestes tae nos, o que se cxalea de forma mito simples & part de sus posi prétiee na vida, de seus megécios de fivsio do trabalho, 1B. A Base Real da Ideologia) my, Intercdmbio ¢ Porga Produtiva A maior divisio entre o trabalho material ¢ 0 Intelectuat 6a sepuragio entre cidade ec campo. A seme lOmerate min Se Mar} © omen = 9 “mete Le eo ear en ai on n

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