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Colegio RETRATOS DO BRASIL Volume 90 a Conrad, Robert. C1éiu Oe Ulkimes anos da escravature no Brasil: 1850-1888; tradugo de Femando de Castro Ferro. Rio de Janeiro, Civiliagio Brasileira; 2ediio 1978 394p, lust 2lem (Retratos do Brasil, v.90) Do original em inglés: The desiruction of Brazilian aver, 1850-1888, ‘Aptadices. Bibliografia, 1, Brasil — Histéria — Aboligho da escrovidio, 1888. 2. Es- cravidio no Brasil. 3. Negros — Brasil, I. Brasil TT, Thulo. TIT. Série, cop — 981.03 301: 44930981 30145196081 cpu — 981°1850-1888" 326(B1) "1850-1888" (COF/SNEL /R-75-0256 Robert Conrad Os Ultimos Anos da Escravatura no Brasil 1850 - 1888 Tradugio de Fernando de Castro Ferro 28 Edigio ) eivilizacio brasileira tavam muito interessados nos esforgos para fomentar a imigracéo ‘curopéia, para patrocinar a construsio de linhas telegraficas ¢ estra- Gundy fetoipara feltlar a axpoctarto do café c db cutee prod tos, para estabilizar a moeda nacional, para roformar o sistema ‘bancério, para proporcionar um ambiente favorével agricultura ¢ ao comércio, “essas duas fontes perenes da riqueza nacional”. ® Os regimes brasileiros da década de 1850 mostraram-se pouco dispostos, rem em defesa dos escravos ou a salvarem as cen- tenas de milhares de pessoas que eram escravizadas ilegalmente. Brasil era um pafs agricola governado por uma classe de senhores do escravos cujos interesses mio podiam, nesse tempo, ser promo- vidos por uma mudanga da politica vigente na questio da escrava- tura. A abolicdo do tréfico africano foi seguida, por conseguinte, por mais de uma década de quase siléncio sobre 0 problema dos escravos, O Brasil aprendeu a viver sem o tréfico de excravos da Africa, mas a escravatura, j& h4 muito extinta na maioria dos paf- ses latino-americanos, tendo terminado na Venezuela ena Colémbia, © prestes a causar um desastre sem paralelos nos Estades Unidos, ainda era uma poderosa instituigo no Brasil, Poucas foram as pes- soas que pensaram seriamente na sua aboligéo até que tais pensa- mentos thes foram impostos por condigées diferentes. surgidas tanto no Brasil quanto no exterior. = "Pare breves sumrios dos prosramss ministers do_pevndo, vee Oy lapdet o programas minteras 2 edigho; Rio de. Janeiro,” 1392), pic aes 11-139, Ver também Sten. The Breton Coton Mnsacire, pt ‘ido tém 0 estinulo da recompensa, nem seguranga em seu estodo, e 0 temor do castigo ‘ndo pode supprir a estas jalies. BERNARDO PEREIRA DE VASCONCELOS ina Cémaca dos Deputedas, 1827 © Brasil é 0 café, € 0 calé 0 Negro, Aforismo atribuido a9 SENADOR SILVEIRA MARTINS, do Rio Grande do Sul 4 O COMERCIO DE ESCRAVOS INTERPROVINCIAL O TRAFICO INTERNO AcRavanno ainda mais o problema do trabalho em algumas re- ‘gi6es do Brasil e aliviando-o em outras, havia um fluxo de escravos ‘para os pentos em qué o produto do seu trabalho.era mais valioso. ‘Q.tréfico interno de escravos no Brasil foi,na realidade, surpreen- cdentemeats-semelhante_ao que s¢ desenvolveu nos Estados Unidos sob circunstancias compardveis. A expansio da indistria do algodio no Alabama, no Mississippi, na Louisiana © no Texas aumentou a ‘procura de escravos, elevou seus precos ¢ transformou os estados menos présperos, desde a Virginia até & Carolina do Sul em expor- 63 tadores © até em reprodutores de escravos.1.No Brasil, a safra que iniciou estes processos foi a do café, mas os

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