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Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais ¢ io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Introdugao e desenvolvimento da auditoria Os desafios que os executivos e administradores enfrentam devem ser tra- duzidos em desenvolver boas estratégias que permitam crian, produzir e distri- buir produtos com rapidez ¢ inovacéo, obrigando-os a formularem planos ¢ processos que sejam adequados as novas tealidades. Para que se possa identificar essas mudangas, faz-se necessétio um constante controle por meio de ferramen- tas que mensurem se o que foi planejado esta sendo ou nao realizado. “O planejamento para obter os melhores resultados deve ser flexivel, petmitindo estratégias alternativas para substituir os planos existentes quando os desdobramentos econdmicos ¢ financeitos divergem dos padrées espera- dos” (GROPPELL; NIKBAKHT, 1998, p. 4). Nessa senda é que se faz necessério desenvolver uma pratica que permita © acompanhamento ¢ identificagio de possiveis distorcdes que possam haver no processo empresarial, seja na érea financeira, de recursos humanos, mar- keting ou operacional. A opinido técnica independente adequada para a verificagao dos fatos e atos empresariais é a auditoria, pratica que permite verificar, por meio de um minu- cioso e sistematico exame, se os objetivos e alteragées patrimoniais tém ocorrido de forma eficiente, eficaz ¢ adequada ao planejado e aos objetivos da organizacao. 1.2 Fundamentos e objetivos de auditoria “A auditoria tanto na drea publica quanto na drea privada é uma especia- lizacao contébil voltada a testar a eficiéncia e eficdcia do controle patrimonial, com o objetivo de atestar sua validade sobre determinado dado” (ATTIE, 2000, p. 25). ‘A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar ¢ informar ao administrador, sob a dtica estatica ¢ dindmica, a evolugao do seu patriménio. Ela tem como finalidade registrar através de técnica prépria os fatos ¢ atos empresariais ¢ fornecer uma série de dados ocorridos na gestio que possam causar variag6es no patriménio da empresa. Dessa forma pode-se afirmar que a metodologia aplicada consiste na captagao, classificagao, regis- tro, segundo princfpios contabeis a fim de promover informagées ¢ controle, a qualquer tempo, dando total visibilidade das aces dos administradores para fins legais, fiscais e outros. ~9- Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Auditoria e Pericia Contabil Para mensurar a adequagio © confiabilidade dos registros © das demonstragdes contébeis, a Contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é prdpria, chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livros ¢ registros, inspegses, obtengio de informagées ¢ confirmagées internas ¢ externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as demonstragées contabeis representam adequadamente a situagio nelas demonstrada, de acordo com principios fundamentais e normas de contabilidade, aplicados de mancira uniforme. (FRANCO; MARRA, 1991, p. 20) 1.2.1 Objetivo da auditoria A finalidade estabelecida para uma auditoria é a emissio de uma opi- nigo fundamentada, por uma pessoa independente, porém com capacidade técnica ¢ profissional suficiente pata emiti-la, O objeto a ser examinado pode ser apresentado de diversas formas, como um saldo contdbil, um documento, um formulétio. Como dissemos, a auditoria é uma especializagio da contabilidade, todavia, tem-se utilizado esse termo também para definir a atividade de ins- pecdo, verificacdo, exame e comprovacao em outras dreas além da matéria supra mencionada, tais como, areas operacional, gerencial, ambiental entre outras. Mas sempre com o objetivo de oferecer uma opiniao técnica sobre a area auditada. No Brasil, para ser auditor reconhecido oficialmente pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC) ¢ auditar as demonstragées contabeis financeiras das empresas, é preciso que o pretendente tenha formagio acadé- mica em Ciéncias Contabeis. Todavia, observa-se cada vez mais a utilizacao da palavra auditoria para apontar o profissional que atua na atividade de exa- minar, verificar e controlar as mais diversas dreas ¢ setores organizacionais. O termo auditoria tem sido empregado para diferentes tipos de ativi- dades, mas com a mesma finalidade, qual seja a de um especialista em. sua étea de atuagio com vistas & emissio de uma opiniso. Essa opiniso tem de estar abalizada ¢ ser correta, nao se permitindo a emissio de ‘uma opiniéo sem que tenham sido obtidos os elementos comproba- t6rios que atestem a veracidade de certa afirmagio. A auditoria nio pode ser alicergada em dados nio concretos e de esparsas informagies, mas ser fatual, permitindo correta ¢ inquestiondvel opiniio sobre 0 dado examinado, (ATTIE, 1998, p. 42) ~ 10 - Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Introdugao e desenvolvimento da auditoria Os exames de auditoria obedecem a normas préprias que incluem proce. dimentos de comprovasao de dados em estudo, & verificagao de documentos, livros e registros, & obtengdo de evidéncias de informagées interna ¢ externa que se relacionem com 0 controle do patriménio ¢ a cxatidao dos registros ¢ das demonstragées deles decorrentes. 1.2.2 Classificagao A classificagao mais utilizada para diferenciar os tipos de auditoria é dividi-la em interna e externa. 1.2.2.1 Auditoria externa Focada nos mais diversos setores ¢ atividades, em que 0 objetivo é a opiniao técnica de um profissional apto a opinar sobre o tema em questao, sem vinculo empregaticio com a empresa auditada. Pode ser executada em varias dreas, tais como: auditoria de sistemas, recursos humanos, da quali- dade, das demonstragées financeiras, juridica, ambiental, fiscal, de gestao, de isco, auditoria externa em obras piiblicas. Os profissionais de auditoria de demonstragées financeiras so certificados e devem seguir rigorosas normas profissionais no Brasil ¢ em outros paises. 1.2.2.2 Auditoria interna Pode ser desenvolvida por um departamento da empresa, incumbido pela diregao de verificar ¢ avaliar os sistemas, documentos ¢ procedimentos de determinado setor, objetivando diminuir a probabilidade de ocorréncia de ertos, fraudes ou procedimentos ineficazes. £ importante para a lisura do pro- cesso que a auditoria interna seja feita por um departamento independente na organizagao que reporta-se diretamente a direao. Almeida (1996, p. 30), destaca os principais objetivos do auditor interno: % verificar se as normas internas esto sendo seguidas; X verificar a necessidade de aprimorar as normas internas vigentes; _verificar a necessidade de novas normas internas; * — efetuar auditoria das diversas dreas das demonstragées contdbeis e em reas operacionais. -ll- Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais ¢ io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Auditoria e Pericia Contabil 1.3 Histérico O surgimento da auditoria esta vinculado & necessidade da verificagao, por parte dos proprietérios e investidores, quanto & capacidade econdmi- co-financeira das empresas para as quais foram direcionados seus capitais. Ela verifica se as informagées apresentadas, que permitem a verificagéo dessa capacidade por parte dos usuarios, estéo corretas. Apés a harmonizagao das normas contébeis as internacionais, o auditor tem de avaliar se existem indi- cios de nao continuidade das operagées, com o intuito de avaliar se a empresa precisa adequar a mensuracéo de itens do seu patriménio (a informagio de operagées em descontinuidade é apresentada e mensurada de forma distinta). ‘A origem do termo auditor em portugués, muito embora per- feiramente representado pela origem latina (aquele que ouve, 0 ouvinte), na realidade provém da palavra inglesa ro audit (exami- nar, ajustar, corrigir, certificar). Segundo se tem noticias, a ativi- dade de auditoria é origindria da Inglaterra que, como domina- dora dos mares e do comércio em épocas passadas, teria iniciado a disseminacio de investimentos em diversos locais e paises ¢, por consequéncia, o cxame dos investimentos mantidos naqueles locais. (ATTIE, 1998, p. 27) A evolugao da auditoria deu-se através da contabilidade em virtude do desenvolvimento econémico dos pafses, bem como do crescimento das empresas ¢ surgimento das multinacionais. Esse crescimento, aliado & expan- sio da produgio, gera riquezas ¢ também a sofisticagao ¢ refinamento das praticas administrativas dos negécios, exigindo maior controle e verificagées, a fim de se identificar a veracidade dos fatos, cumprimento de metas, licitude das agées através da opiniao técnica de alguém nio ligado & empresa, que con- firme ou nao a qualidade e precisio das informagées de forma independente, ensejando o surgimento do auditor. 1.3.1 Cronologia historica da auditoria Conforme Attie (2008, p. 28-29), a origem e evolucao da auditoria deu- -se conforme a seguinte cronologia: No mundo Datas Fatos Desconhecido inicio da atividade -W- Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais ‘nao pode ser reproduzido ou repassado para terceiros, 30/11/2020 15:40:22 Introdugao e desenvolvimento da auditoria de auditoria; 1314 Criagdo do cargo de auditor no Tesouro da Inglaterra; 1559 Sistematizacao e estabelecimento da auditoria dos pagamentos a servidores piblicos pela Rainha Elizabeth I; 1880 iagao da Associ: ‘Ao dos Contadotes Piblicos Certificados (Inglaterra); 1886 Criagdo da Associacao dos Contadores Ptiblicos Certificados (AICPA), nos EUA; 1894 Criagao do Instituto Holandés de Contadores Puiblicos; 1934 Criagio do Security and ion (SEC), nos Exchange Comi EUA, a partir dai a profissio assume um novo estimulo, No Brasil Esté diretamente relacionada com: x eriagdo de filiais de multinacionais; X financiamentos de instituigées estrangeiras; x — evolucéo do mercado de capitais; * 1965 — Lei 4.728: texto pioneiro a mencionar a auditoria e o audi- tor independente; ~13- Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais ¢ io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Auditoria e Pericia Contabil % 1972 — Criagao das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil; * 1976 — Criagdo da Lei das Sociedades Anénimas (Lei 6.404/76). A Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976, criou a Comissao de Valores Mobilidtios (CVM) c estabeleceu a disciplina e fiscalizagao para a atividade de auditoria das companhias abertas, dando A referida Comissio a atribuigio de examinar, a seu critério, os registros contabeis, livros ou documentos dos auditores independentes. Segundo essa lei, somente as empresas de auditoria contdbil ou os auditores contabeis independentes registrados na Comissio de Valores Mobilirios poderao auditar as demonstrasées financeiras de com- panhias abertas ¢ das instituigées, sociedades ou empresas que integram 0 sistema de distribui¢do ¢ intermediacao de valores mobilidrios, sendo que essas empresas de auditoria contdbil ou auditores contébeis independentes responderio, civilmente, pelos prejuizos causados a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercfcio da fungao. Como se observa, o exercicio da auditoria independente est fortemente ligado as empresas integrantes do mercado de capitais ¢ do sistema finan- ceiro. As demais empresas sio auditadas a pedido de seus sécios, acionistas, financiadores, fornecedores, nao sendo aplicada a auditoria na totalidade da empresa, ocorrendo somente quando alguns desses agentes sentem a necessi- dade de uma opiniao técnica independente. 1.4 NogGes e importancia das demonstracées financeiras As demonstragées financeiras so um retrato da situagio estatica da empresa em um determinado perfodo. O objetivo da auditoria nas demons- tragées financeiras é assegurar que clas representam adequadamente a posi- ao patrimonial ¢ financeira da empresa, o resultado de suas operagées ¢ as origens ¢ aplicagées de recursos correspondente aos periodos em exame, de acordo com os principios contabeis. © objetivo principal da auditoria pode ser transcrito, em linhas getais, como sendo o processo pelo qual o auditor se certifica da vers cidade das demonstragées financeiras preparadas pela companhia 14 - Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Introdugao e desenvolvimento da auditoria auditada, Em seu exame, 0 auditor, por um lado, utiliza os crité- rios e procedimentos que Ihe traduzem provas que assegurem a efe- tividade dos valores apostos nas demonstragées financeiras ¢, por outro lado, cerca-se dos procedimentos que Ihe permitem assegurar a inexisténcia de valores ou fatos néo constantes das demonstra- ies financeiras que sejam necessirios para seu bom entendimento. (ATTIE, 1998, p. 31) 1.4.1 Demonstrag6es contabeis O simples registro dos fatos ¢ atos empresariais, dados seu volume ¢ sua heterogencidade, néo é muitas vezes suficiente em termos de informa- des, dai a necessidade de reunir esses fatos em demonstragées sintéticas, que recebem o nome de demonstragées contibeis ou ainda de demons- tragées financeiras. Segue abaixo, um pequeno resumo sobre as principais demonstragées financeiras: x Balango Patrimonial — exposigao dos componentes patrimoniais. (Passivo: fontes e origens de capital. Ativo: aplicacées). x — Demonstracao do Resultado do Exercicio (DRE) — visa relatar as variagdes patrimoniais, bem como o resultado econdmico em um determinado periodo. * — Demonstragao das Origens e Aplicacdes de Recursos (DOAR) — demonstra como surgiram os recursos econémico-financeiros do exercicio ¢ onde foram aplicados. % Demonstragao das Mutagées do Patriménio Liquido (DMPL) — abrange a variacio softida no exercicio no patriménio dos sécios. 1.4.2 Novas tendéncias da auditoria diante das demonstracées financeiras ‘As demonstragées financeiras sao elaboradas segundo normas ¢ critérios contabeis, com o intuito de assegurar que os dados oriundos dessas demons- tragdes esto corretos ¢ expressam a verdade sobre os fatos empresariais. Para verificar essas demonstracées tem-se a auditoria, isto é, 0 exame e opinido técnica independente sobre tais demonstracies. ~ 15 - Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais ¢ ‘nao pode ser reproduzido ou repassado para terceiros, 30/11/2020 15:40:22 Auditoria e Pericia Contabil E preciso que as empresas estejam atentas as regras introduzidas pela Lei 11,638, aprovada no final de 2007, para a elaboragao dos balangos, Essa lei introduz mudangas profundas, principalmente em relagdo as compa- nhias limitadas, conforme pode-se verificar no §6.° do artigo 176, da Lei 11.638/2007 descrito abaixo: Art, 176 [ $62 A companhia fechada com patriménio liquido, na data do balango, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhées de reais) nao seré obrigada 4 claboragio ¢ publicagao da demonstragao dos fluxos de caixa. Esse artigo ctia a obrigatoriedade de se publicar 0 Demonstrative dos Fluxos de Caixa, que até entio nao era obrigatério para nenhuma empresa. Com fundamento nessa lei, também ficou obtigatério que os demons- trativos financeiros deverio ser elaborados em consonancia com os padrées internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobilidrios, como se verifica no artigo 177, §2.°: Art. 177 | §2.°As disposigdes da lei ribuciria ou de legislagio especial sobre ati- idade que constitui o objeto da companhia que conduzam & utiliza- 0 de métodos ou critérios contabeis diferentes ou a elaboragio de ourras demonstragées nao elidem a obrigagio de claborar, para todos os fins desta Lei, demonstragées financeiras em consonancia com 0 disposto no caput deste artigo ¢ deverio ser alrernativamente observa: das mediante registro: I—em livros auxiliares, sem modificagéo da escrituragéo mercantil; ou II no caso da elaboracio das demonstragées para fins tributarios, na escriturasio mercantil, desde que sejam efetuados em seguida langamencos contibeis adicionais que assegurem a preparagio e a divulgagio de demonstragdes financeiras com observincia do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstragées auditadas por auditor independente registrado na Comissio de Valores Mobiliarios. Outra mudanga ocorrida no ano de 2008, é 0 fim do rodizio de auditorias para bancos por parte do Conselho Monetirio Nacional (CMN) assim, as insti- tuigdes financeiras e demais empresas supervisionadas pelo Banco Central (BC) nao precisarao mais trocar a empresa de auditoria apés cinco anos de servigo. No entanto, é necessério que haja troca do sécio e da equipe de auditores (com ~16- Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais ‘nao pode ser reproduzido ou repassado para terceiros, 30/11/2020 15:40:22 Introdugao e desenvolvimento da auditoria nivel de geréncia) responsiveis pelo trabalho a cada cinco anos, conforme estava previsto no artigo 31 da Instrucéo 308/99 editada pela CMN. A medida é um abrandamento em relagao a regra vigente no pais atual- mente, mas o CMN argumenta que ela é mais rigida que a pratica internacio- nal. Segundo o érgio, a Federacao Internacional de Auditores (IFAC, na sigla em inglés) obriga apenas a troca do sécio —e nao da equipe—a cada sete anos. Todas essas alteragées sio inerentes & mudanga do sistema conté- bil, tendo em vista 0 processo em curso de convergéncia contébil para 0 padrao internacional, conhecido como International Financial Reporting Standards (IFRS). Em resumo, as demonstragdes obrigatorias introduzidas pela Lei 11.638, de 2007, sao: 1) Balango Patrimonial; II) Demonstragéo de Resultados; III) Demonstracéo de Resultados Abrangentes; IV) Demonstracéo das Mutacdes do Patriménio Liquido; V) Demonstragio dos Fluxos de Caixa; VI) Demonstracéo do Valor Adicionado (obrigatério somente para Companhia Aberta); ¢ VII) Notas explicativas. Ampliando seus conhecimentos A importancia da auditoria interna no processo de gestao das organizacées em um ambiente globalizado e cada vez mais competitivo (OLIVEIRA; GOMES; PORTO, 2012, p. 3-5) Segundo Uhl ¢ Femandes (1974, p. 17), "a auditoria é def- rida como um controle administrativo, cuja fungio medir e avaliar a eficécia de outros controles”. Surgiu em consequéncia da necessidade de buscar informagdes claras e objetivas em telacdo aos dados contébeis. -17- Impresso por Jhoni Charles, CPF 041,626.528-45 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais io pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 30/11/2020 15:40:22 Auditoria e Pericia Contabil Para SANTI (1988, p.17) a origem é imprecisa € provavel mente surgiu dentre os guarda-livros prestadores de servicos aos comer iantes italianos, para assessorar os demais especia- listas na atividade de escrituragao das transaces. Perez Junior (1998, p.13), afirma que “a pritica da auditoria surgiu provavelmente no século XV ou XVI na Italia”. iculdade dos estudiosos entrarem em um consenso, pode-se afirmar Diante de tantos conceitos quanto a sua origem ea que a auditoria esté presente desde o inicio da atividade eco- némica do homem. Acerca da sua origem Franco ¢ Marra descreve: A auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra, que como dominadora dos mares e controladora do comércio mundial, foi a primeira a possuir as grandes companhias de comércio mundial, foi a primeira também a instituir a taxagdo do imposto de renda, baseado nos lucros das empresas. Além disso, j4 se praticava na Inglaterra a audi- toria das contas piblicas desde 1314, conforme relata a Enciclopédia Britanica. (1991, p. 33). E uma atividade relativamente nova no Brasil que vém ganhando espago cada vez maior por seu apoio © segu- ranga dado aos gestores. Sua obrigatoriedade veio com a Lei das Sociedades Anénimas, est a qual determina que as companhias abertas (aquelas que tém suas agdes nego- ciadas na Bolsa de Valores) devem ser auditadas por au tores independentes com registro na CVM (Comissao de Valores Mobiliérios). Hoog e Carlin afirmam que: No Brasil, os registros oficiais tém por data o ano de 1972, quando o banco Central criou normas oficiais de auditoria para o segmento do mercado financeiro, e a obrigatoriedade da aplicacéo da auditoria também teve ~ 18 -

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