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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3° VARA DE, FAMILIA DA COMARCA DE NOVA IGUAGU / RJ Processo n°. 0000000-01.2022.8.19.0038 LUIZ GUILHERME PIRES, brasileiro, casado, neurocirurgido, portador Carteira de identidade n° 11.222.333-4 (DETRANIRJ), inscrito no CPF/MF sob n° 111,222,333.444-56, residente e domiciliado na Avenida ltapemirim, n° 111, Boa Esperanga — Nova Iguagu/RJ, CEP: 2600-000, e-mail luizguithermemed@gmail.com; Tel: (21) 99999-9999, vem, pelo G4-1 Advogados Asociados, representados pelos Drs. Joao Vinicius dos Santos Freitas, Jacqueline da Silva Rosas, Marcos Costa Martins, Eduardo Dias Ramalho, Mirian Luiz dos Santos, Lucas Araujo de Souza Paula, Simone de Lima Souza, Angélica Monteiro Posino, Marcelo Augusto Salles Gueiros, com atendimento na Avenida Abilio Augusto Tavora, n.° 1, Centro, Nova Iguagu / RJ, tempestivamente, apresentar 4 V.Exa. a presente CONTESTAGAO Inicialmente, afirma, nos termos do Artigo 98 e seguintes do Novo Cédigo de Processo Civil, ser pessoa juridicamente necessitada, nao possuindo condigées financeiras para arcar com as custas processuais e honordrios advocaticios, sem prejuizo proprio ou de sua familia, razo pela qual faz jus ao beneficio da GRATUIDADE DE JUSTIGA, indicando 0 departamento juridico do Centro dos Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguacu para 0 patrocinio de seus interesses, Trata-se de Agao de Alimentos proposta pela filha em face do genitor, sob alegagao de que o mesmo nao Ihe presta qualquer tipo de auxilio material, tal como nega a entao paternidade sobre a menor. Ocorre que, a R.L. da autora eo Réu mantiveram um relacionamento por aproximadamente 2 (dois) anos e conviviam em imével alugado. Convém que, esta relagao portava de muitos problemas oriundos do comportamento da R.L. da autora, pois, corriqueiramente esta iniciava discussées e brigas com 0 mesmo alegando que ele estaria sendo infiel, tendo como fundamento o fato de seus horérios, para chegar em casa variarem muito. Todavia, esta inconstancia de horérios se dé pelo motivo de seu cargo, uma vez que, rotineiramente atuava cirurgias que demandavam tempo, pois, exigiam preciso e eficiéncia, visto que tratavam de cirurgias envolvendo o sistema nervoso central e periférico, assim sendo, muitas vezes encontrava-se indisponivel para dialogar, tampouco de estar presente nos hordrios em sua residéncia. E valido ressaltar que, 0 Réu, constantemente avisava a genitora da menor quando no iria mais poder responder por conta de assumir procedimentos médicos, e avisava quando iria se atrasar, entretanto, de nada bastava, tendo em vista que ela permanecia fazendo estas acusagées. Com 0 passar do tempo, foi descoberta a gravidez da R.L. da autora, aonde 0 réu permaneceu ao lado da mesma, prestando os devidos auxilios, suprindo suas necessidades, tanto de exames pré-natais, como pessoais, Contudo, em um certo dia, o Réu se viu obrigado a permanecer em uma cirurgia além do tempo estimado, em razao de ter ocorrido um imprevisto que acabou o exigindo estar presente no local para contomar a situagao ¢ assim poder salvar o paciente de seu eventual dbito. ‘Ao sair, conta que ligou para a genitora para relatar sobre e prestar explicagdes sobre sua demora, incidindo em outra discussdo, em que, coibiu na mesma desligando na sua cara. Ao chegar em casa, esta estava em seu aguardo, desferindo diversas ofensas sobre ele, e que devido ao estresse de mais cedo, acabou participando da discussao também, porém, em certo momento, a genitora alegou em alto e bom som que o mesmo nao era o pai da menor, que ela havia o traido e persistiu debochando do mesmo. Completamente indignado, o Réu se retirou da residéncia e voltou para a casa de seus pais, informando a genitora que nao mais pagaria o aluguel do imével e que esta deveria fazer o mesmo. Passou-se um tempo, 0 réu ingressou em um novo relacionamento, na qual teve como fruto o menor ADRIAN GUILHERME DE ALMEIDA, de 6 anos, conforme certidao de nascimento em anexo, portador de autismo em grau 2, conforme laudo médico em anexo. Depois de aproximadamente 16 (dezesseis) anos, a genitora procurou o réu pedindo a realizagao do exame de DNA, afim de atestar a paternidade, que prontamente aceitou e realizou de bom grado 0 exame, resultando na confirmagao de que era o pai da menor. Apés este fato, a genitora propés que reatassem persistindo nessa ideia, contudo, o réu recusou por ter ingressado em outro relacionamento, possuindo inclusive um filho, deste modo, incidindo na mesma dizendo que ele deveria pagar pensao e, logo em seguida, se retirando do local. Tendo em vista que o réu possui outro filho menor, portador necessidades especiais, fazendo-se necessario gastos elevados com o seu tratamento, assim como na sua educagdo e sustento, conforme recibos em anexo, e que seus ganhos sao de R$ 16.652,00 (dezesseis mil seiscentos ¢ cinquenta ¢ dois reais), conforme juntada de IRPF, passou a prestar auxilios nos valores de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) mensais, pagos através de transferéncias bancarias todo dia 20 do més, conforme extrato em anexo. Desse modo, é conspicuo que o réu nao pretende deixar a menor a mercé de sua sorte, sem 0 auxilio patemo, € pretende fazé-lo da maneira Legal, ajustando os valores para nao desamparar nenhum de seus filhos. Desta forma, levando em conta o principio da igualdade entre os filhos, requer que seja alterado o percentual para 15% (quinze por cento) sobre seus vencimentos e vantagens, inclusive os possiveis abonos concedidos, bem como PIS, FGTS, 13° Salario e férias, verbas rescisérias, ou, se nao houver vinculo empregaticio, seja condenado no pagamento de uma pensdo mensal equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do Salario Minimo Nacional Vigente a ser pago até o dia 20 de cada més, mediante recibo ou depési em conta corrente. O direito a prestagao de alimentos previsto no artigo 1.694 e § 1° do Cédigo Civil esta condicionado ao binémio necessidade e possibilidade do Alimentando e do Alimentante, devendo haver razoabilidade na sua fixagao. Os alimentos nao podem ser estipulados em valor muito além das possibilidades da Alimentante, nem muito aquém das necessidades do Alimentado. ‘Ademais, a Autora também nao comprova qualquer fato especial a ensejar a fixagdo dos alimentos em patamar to elevado. Conforme adverte Washington de Barros Monteiro, citado na mesma obra, “a lei nao quer 0 perecimento do alimentado, mas também nao deseja o sacrificio do alimentante; ndo ha direito alimentar contra quem possui o estritamente necessario a propria subsisténcia” Diante desse quadro, o Ré oferece, a titulo de pensio alimenticia 4 Autora Thalita Gomes de Santana, a quantia correspondente a 25% (vinte e cinco por cento) do salario minimo nacional, a ser depositado na conta corrente da Representante Legal da menor todo o dia 20 de cada més. Na hipétese de existéncia de vinculo empregaticio, 15% (quinze por cento) dos ganhos brutos, mediante desconto em folha de pagamento, que deverdo incidir sobre férias, 13° salério, horas extras e verbas rescisérias, além do saldo do F.G.TS.). DO PEDIDO Face ao exposto, requer a V.Exa. 1. O deferimento da Gratuidade de Justiga; 2. AIMPROCEDENCIA do pedido Autoral, devendo os alimentos serem fixados nos moldes acima descritos por melhor atender o bindmio da possibilidade e necessidade; e 0 principio da igualdade entre os filhos; 3. Sejam a Autora condenada ao pagamento das custas processuais e honorarios advocaticios, estes a serem revertidos em prol do Centro dos Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguacu A produgdo de prova documental, testemunhal, com 0 depoimento pessoal do Representante Legal da Autora, Termos em que, Pede deferimento, Nova Iguagu, 16 de setembro de 2022. Joao jus dos Santos Freitas/19000094-3 Jacqueline da Silva Rosas/19000034-5 Marcos Costa Martins /19000083-0 Eduardo Dias Ramatho/1900942-6 Lucas Araujo De Souza Paula/19000953-0 Mirian Luiz Dos Santos/18006203-4 ‘Simone de Lima Souza/19001757-2 Angélica Monteiro Posino/19002474-1 Advogados Associados OAB/RJ 000.001

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