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CONTRIBUIGOES DE HUSSERL PARA A FENOMENOLOGIA S866 < (1859 ~ 1938) Alemdo, judeu-catdlico, aluno de Brentano (Viena) Filosofia devia se constituir numa ciéncia rigorosa Criticas ao psicologismo Intencionalidade > € 0 elemento mais original, a partir do qual tudo se da a conhecer Fenomenologia > um método que consiste em, diante do fenémeno, chegar as coisas mesmas, ou seja, a investigaco da consciéncia, que nao ¢ estética, possui um fluxo vivencial no tempo. Criticas contra a Psicologia: © Ciéncia que pretende se posicionar com a pretensio de cientificidade plena Mensuracao indireta dos fendmenos psiquicos © Objeto de estudo possui natureza psicofisica, com leis de formacao € transformac3o Para conseguir um comportamento metodoldgico com bases fundamentadas, contrapdem-se a: © Senso comum > Excesso de cientificismo: excesso de objetividade e empirismo 2 Dicotomia: mente X corpo, na busca de harmonia e leis universais (mensuragao e determinacdes causais) Auséncia dos fenémenos de consciéncia Assumir uma atitude antinatural, propria da fenomenologia Fugir da ideia de dar opinido Transformar os atos € 0 seu contetido imanente de sentido em objetos (cardter intencional de sua realizacg3o) Fenomenologia > sair do campo empirico, teorizante e mergulhar no fenoémeno, na consciéncia em geral Epoche ~ suspensao dessa atitude natural Romper com a verdade dos referenciais e categorias impostas Digitalizado com CamScanner A CONSCIENCIA INTENCIONAL Os fenémenos psiquicos possuem um carater intencional A consciéncia ndo é constituida por propriedades e por uma esséncia especifica N3o ha um carater originério do psiquismo, antes de qualquer investigagdo Existem relagdes imanentes da subjetividade ou da consciéncia pura A conscigncia é transcendent, no se retendo em si mesma Ocups um espaco (Descartes), mas possui uma subjetividade transcendental (Kant) A subjetividade em sua dindmica de auto-objetivago (Hegel) Y Psicologia (consciéncia empirica) X Fenomenologia (consi empiricamente reduzida) ncia Psicologia deveria pensar na consciéncia com intencionalidade consciéncia é consciéncia de alguma coisa A CONCEPCAO DO EU ¥ Pessoa > sintese em fluxo de vivéncias ¥ N3o ha um “eu” universal Eu fenomenoldgico > a universalidade se constitui no interior mesmo dos tos intencionais O eu é dindmico, possui vivéncias faticas, reais (fluxo que reatualiza presente, passado e futuro em uma sintese de vivéncias) v Vivéncias intencionais possuem contetido significative e concretizam em sio sentido de uma inteng3o significativa. Digitalizado com CamScanner KAN KKK KKK KK OS SKN KY KN A886 MEU CAMINHO PARA A FENOMENOLOGIA EVANGELISTA, PE (O que pode um psicélogo fenomenolégico-existencial? A importéncia do saber prévio (a “ontologia” heideggeriana) Van den Berg -> A fenomenologia como “descricio da realidade”; os fenémenos como eles * Seu mundo / seu corpo / as relagdes com outras pessoas /seu pasado e seu futuro ‘Augras > sua histéria (0 tempo), 0 corpo (0 espago), sua estranheza (o outro), seu fazer-se {a obra) © Ométodo de investigacao evita recorrer a teorias e modelos aprioristicos, possibilitando © aprender mais limpo 0 outro As criticas & psicandlise: ‘+ Relagdo da pessoa com o mundo externa é pensada como projecio * Sintomas corpéreos como conversio © Arelacdo com os demais como transferéncia * Passado e futuro como mitificacao * Inconsciente como prescindivel Rompimento da divisio sujeito-objeto (interior-exterior) e a experiéncia subjetiva torna-se acessivel através dos objetos ao seu redor Augras > 0 humano existe sempre em situagio Jaspers -> nao existem objetos puros, mas sempre objetos percebidos, ou seja, significados O que as coisas so depende de quem se relaciona com elas Percepcao reducionista -> observar a pessoa sem 0 meio social que a rodeia Fenomenologia ~> 0 existir no mundo como “ser no mundo” “Descrever como 0 mundo Ihe parece é descrever a si mesmo” (Van den Berg) O trabalho do psicdlogo ¢ descritivo e nao explicativo Homem-corpo-mundo -> uma relagio de intimidade e entrelacamento Fenomenologia como coexisténcia As pessoas so separadas, mas as vivéncias so proximidades e disténcias (ndo transferéncias) Acexisténcia é sempre compartilhada (é coexisténcia). Nao € o existir através do outro ‘A compreensio de si estd no perceber-se como um ser no mundo € cam isso também Perceber o outro Subjetividade (ser) é intersubjetividade (troca com os demais) Existir é coexistir Fenomenologia e temporalidade O ser humano é histérico Opassado sempre reaparece a luz do presente Fim da linearidade: passado-presente-futuro Olhar 0 passado ¢ uma re-visitagao na histéria, sempre de uma maneira diferente Cada ver que se visita 0 passado dé uma nova conforma¢3o do futuro Digitalizado com CamScanner < SSSA 4N “€ 0 sentido da trajetéria do ser que modifica a signilicag3o do passado © do pre (Avgras) Existir é ser projeto. Morte (0 nada) como o limite extremo, Pessoa saudavel: o passado é a histéria que fornece as condigées da situagio presente, articulada pelo futuro (projetos, motivos). Para o paciente neurético, o passado é evitado, amedrontador. 0 futuro é incerto, temeroso. (Van den Berg) Fenomenologia como atitude de no julgamento Nao ha projecao (psicandlise), pols ha experiéncia significativa Nao ha conversso, pois o mecanismo é conjunto Nao ha transferéncia, pois nao hé o “etiquetar” o outro do meu sentimento Nao mitifica, pois os passado é mutavel Psicologia Fenomenolégica: + Atitude de observagio dos fendmenos tal como so experienciados * Nao é corretiva de comportamentos desajustados ou equivocados Digitalizado com CamScanner

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