You are on page 1of 43

FUNDAÇÕES PROFUNDAS

Avaliação da capacidade de carga vertical


Métodos baseados em correlações com ensaios in-situ
Fundações profundas

Correlações com SPT (Estacas


cravadas)
Fundações profundas
Correlações com SPT (Estacas cravadas)
Fundações profundas

Correlações com SPT (Estacas


moldadas)
Fundações profundas
Metodologia de O’Neil e Reese (1999)
Este método é semi-empírico e utiliza uma base de dados sobre ensaios de
compressão realizados em estacas moldadas.

Resistência de Ponta em estacas moldadas em areias


➢ O método é válido para areias com f’ ≥ 30º e N60 ≤ 50.
➢ A resistência de ponta foi determinada para um assentamento igual a
5% do diâmetro da ponta da estaca.

* Valores superiores poderão ser usados, desde que validados por ensaios de carga.

• Para estacas com grande diâmetro (Bb > 1,20 m), a resistência de ponta é
reduzida de acordo com a expressão:
Fundações profundas

Metodologia de O’Neil e Reese (1999)

A resistência lateral unitária é dada por:

Quando o valor de N60 do ensaio SPT é inferior a 15, o valor de b deve ser
calculado por:

➢ s’v é a tensão efectiva vertical calculada no ponto médio da camada em análise


➢ z é a profundidade deste ponto.
➢ Os autores recomendam que as expressões sejam utilizadas para profundidades
variando entre 1,5 e 27 m.
Fundações profundas
Determinação empírica de b para solos incoerentes
Fundações profundas
Metodologia de O’Neil e Reese (1999)

Resistência de Ponta em estacas moldadas em argilas


➢ O método é válido para argilas com cu ≤ 250 kPa e quando L/B > 3
➢ A resistência unitária de ponta é dada por:
qb = Nc  cub  3800 kPa
Com:

cub é o valor médio da resistência não drenada (determinada 1 a 2 diâmetros


abaixo da ponta)
Fundações profundas
Metodologia de O’Neil e Reese (1999)

Resistência de Ponta em estacas moldadas em argilas


➢ Se o diâmetro da estaca for elevado (Bb > 1,90 m), será necessário
adoptar um valor inferior para a resistência unitária:

➢ O factor de redução é igual a:

com :
Fundações profundas
Metodologia de O’Neil e Reese (1999)

Resistência lateral em estacas moldadas em argilas


Fundações profundas

Correlações com CPT


Método do LCPC
Fundações profundas
Correlações com CPT
Método do LCPC - Bustamante e Gianeselli (1981)
Fundações profundas
Definição das categorias convencionais dos solos com base nos
ensaio PMT e CPT.
Valores do coeficente kc (Fascicule nº. 62, titre V, 1993)
Fundações profundas
Resistência lateral unitária, qs (Fascicule nº. 62, titre V, 1993)
Fundações profundas

Verificação da segurança
Método do LCPC
Fundações profundas
Verificação da segurança (Fascicule nº. 62, titre V, 1993)
Fundações profundas

Capacidade de carga de estacas


com base no PMT
Fundações profundas
Capacidade de carga de estacas com base no PMT

p*le = pressão limite líquida Valores do coeficiente kp


equivalente (média na zona de
influência da ponta da estaca)
pl* = pressão limite líquida

p0 = tensão horizontal total


Fundações profundas
Capacidade de carga de estacas com base no PMT
Resistência lateral unitária, qs
Fundações profundas
Capacidade de carga de estacas com base no PMT
Resistência lateral unitária, qs
Fundações profundas

Fórmulas de cravação
Fundações profundas
➢ Fórmulas que relacionam a capacidade de carga de uma estaca com a
energia despendida pelo martelo durante a cravação.
➢ Necessidade de calcular a nega (s), que é a penetração que sofre a
estaca sob a pancada do martelo no final da cravação.

➢ Sanders (1851) ➢ Engineering News Record (1893)

➢ Hiley ➢ Gates
Fundações profundas
Fórmulas de cravação
ENR(Engineering News Record)
Fundações profundas
Fórmulas de cravação

➢ Hiley
Fundações profundas
Fórmulas de cravação

➢ Gates
Fundações profundas
Comparação dos resultados dos vários métodos
Fundações profundas
Atrito lateral negativo
Fundações profundas
Atrito lateral negativo
➢ O atrito lateral negativo corresponde ao carregamento adicional
da estaca devido ao assentamento do terreno ser superior ao
assentamento da estaca.
➢ Assim, o terreno apoia-se na estaca, provocando um acréscimo
de carga e de assentamento.
➢ Na realidade, o atrito lateral negativo pode causar um estado
limite de serviço (ELS), mas é habitualmente analisado como um
acréscimo de carga num estado limite último (ELU).
Fundações profundas
Métodos para reduzir o atrito lateral negativo:
• Reduzir o assentamento do solo antes de executar as estacas
(com pré-carga e drenos verticais, p.ex.)
• Usar materiais leves nos aterros
• Reduzir o atrito (através de um revestimento do fuste com
betume ou com manga plástica)
• Evitar o contacto da estaca com o solo (usando um furo de
maiores dimensões, cheio de bentonite, p.ex.)
Fundações profundas

Verificação da segurança pelo


Eurocódigo 7
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
No projecto de estacas carregadas axialmente, segundo o Eurocódigo 7, é utilizada a
Abordagem de Cálculo 1 (AC1), considerando-se as duas combinações seguintes
de coeficientes parciais de segurança:

A1 e A2: conjuntos de coeficientes parciais de segurança a serem aplicados às ações;


R1 e R4: conjuntos de coeficientes parciais de segurança a serem aplicados à capacidade resistente.
M1 e M2: conjunto de coeficientes parciais de segurança a serem aplicados às propriedades resistentes
dos solos;
M1 – no cálculo da resistência das estacas ou ancoragens
M2 – no cálculo de ações desfavoráveis na estaca devidas a atrito lateral negativo ou
carregamento lateral
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Estacas à compressão

Valor característico da capacidade resistente com base em ensaios de carga estática

Factores de correlação x para os valores característicos a partir de ensaios de carga


estáticos (n = nº de ensaios)
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010

Valor característico da capacidade resistente com base em ensaios do terreno

Factores de correlação x para os valores característicos a partir de


ensaios do terreno (n = no. de perfis ensaiados)
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Valor característico da capacidade resistente com base em ensaios
dinâmicos de impacto

Factores de correlação x para os valores


característicos a partir de ensaios de carga
dinâmicos a,b,c,d,e (n = no. de estacas
ensaiadas)
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Coeficientes de correlação (xi)
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Se a capacidade de carga for calculada usando as fórmulas estáticas e os
valores das propriedades resistentes do solo (método alternativo), os valores
característicos das duas componentes da resistência à compressão serão:

Os factores gR devem ser multiplicados por um factor de modelo (gR;d), o qual deve
ser superior a 1,0. O valor deste factor de modelo pode, de acordo com o
Eurocódigo 7, ser estabelecido pela Norma Nacional.
Em Portugal foi adoptado gR;d = 1,50
Valor de cálculo da resistência à compressão:
Fundações profundas
Estacas com atrito lateral negativo
No EC7, o atrito lateral negativo é considerado como uma carga permanente
(FD), calculada através da seguinte expressão:

onde a é o coeficiente de adesão, gcu é o coeficiente parcial de segurança que afecta


cu e As,D é a área do fuste da estaca afectada pelo atrito lateral negativo.
Deverá ser escolhido o valor característico superior da coesão não drenada, já que se
trata de uma acção.
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Coeficientes de segurança para estacas cravadas
Coeficientes parciais para as capacidades resistentes (gR) para
estacas cravadas
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010

Coeficientes parciais para as capacidades resistentes (gR) para instaladas


com extracção de terreno (estacas moldadas)
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Coeficientes de segurança para estacas de trado contínuo

Coeficientes parciais para as capacidades resistentes (gR) para estacas instaladas


com trado contínuo
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010

Estacas à tracção

Valor característico da capacidade resistente com base em ensaios de carga


estáticos

Factores de correlação x para os valores característicos a partir de ensaios de


carga estáticos (n = no. de ensaios)
Fundações profundas
Segurança segundo a NP EN 2007-1:2010
Estacas à tracção
Valor característico da capacidade resistente com base em ensaios do terreno

Factores de correlação x para os valores característicos a partir de ensaios do


terreno (n = no. de perfis ensaiados)

You might also like