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Antropologia
Antropologia
Introdução ao trabalho:
De acordo com Batalha (2005), todas as dimensões do homem são variadas e muito
complexas, sendo assim, difícil definir o que o antropólogo estuda, pois cada um irá
investigar uma área determinada. Além disso, na sua abordagem ao assunto,
BATALHA, esquematiza sete ramos dentro da Antropologia ao qual veremos a seguir.
1 Luís Manuel Ferreira BATALHA, doutor de filosofia, professor auxiliar do Instituto Superior de
Ciências e Políticas. Salientando que o doutor Luís Batalha é um grande visionário dentro da
área de Antropologia, e é alguém com três exemplares de livros lançados: Dor em Pediatria e
Cape Verdean diaspora in Portugal e Antropologia uma perspetiva holística.
2 Lúcio Sousa, é doutor em Antropologia Social
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Já no quarto ramo, ele apresenta a Antropologia Social. Aqui, o estudo é baseado nas
pequenas sociedades ou grupos pequenos inseridos dentro de um grupo maior,
levando em consideração as suas relações sociais. Um outro detalhe veiculado nesta
área, consiste no desprezo dado ao estudo da evolução humana visto ser demasiado
especulativos e por encarar a teoria da evolução como uma construção cultural
emanada da mentalidade “progressista” nascida com a Revolução Industrial. Ela
prefere trabalhar com as informações recolhidas através da observação participante e
documentação. A outra particularidade nesta área, é a rejeição por partes de alguns
antropólogos sociais (da possibilidade de uma “ciência” antropológica). Esta
particularidade ganha peso com a posição de um dos grandes antropólogos Evans-
PRITCHARD3.
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2) Utilizando o modelo conceptual de cultura como “icebergue” do departamento
de Educação da Universidade de Indiana (Sousa, 2018), dê um exemplo de
análise de superfície e um exemplo de análise profunda de uma realidade
social à escolha?
Como diz Lúcio Sousa, “ tal como um iceberg, aquilo que vemos da cultura é somente
a sua superfície, sendo por vezes difícil imaginar e conceber o que se oculta por baixo
da linha da água” (Sousa, 2018, p. 22).Neste contexto iremos analisar uma cultura que
é o Carnaval do Brasil.
O carnaval foi levado ao Brasil pelos os europeus no século XVII tendo desde então
alterações não só no campo visual, mas também no seu desígnio. Hoje o carnaval
brasileiro é uma festividade popular que acontece durante quatro dias antes da quarta-
feira de cinzas. É uma festa alegre, colorida e com diversas culturas incorporadas,
organizadas em forma de desfile, com bebidas e com muita música. É possível ver
tudo isso pelos meios de comunicação no mundo inteiro, é plausível até dizer que
todos conhecem esse carnaval, ou seja, conhece a superfície dessa cultura.
Agora, ao fazer uma análise mais profunda dessa cultura, será possível ver relações,
influências ambientais, impacto económico e circunstâncias diferenciadas. Como
consta no Jornal UOL essa festividade ocorre durante apenas quatro dias, mas toda a
preparação leva um ano inteiro, gerando empregos efetivos em variadas áreas, além
de atrair turistas do mundo inteiro gerando bilhões de reais (Uol, 2018). Tendo em
conta alguns pontos relativamente negativos, é válido analisar as questões morais e
ambientais. A epidemia do HIV aumenta junto também com a gravidez indesejada, há
um aumento considerável de mortes no transito, além avestruzes, faisões e pavões
serem extremamente mal tratados para o comercio das penas e plumas levando até a
possível extinção em alguns lugares. A alegria desta festividade, tem seu lado alegre,
mas também seu lado triste.
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grande exemplo desse conceito conhecido pelo mundo foi o nazismo. Adolf Hitler
acreditava que somente a raça ariana era superior e que deveria ter total supremacia.
O lado negativo do etnocentrismo é que ao colocar uma determinada nação ou etnia
como sendo superior, todas as outras culturas serão oprimidas ou aniquiladas, não há
respeito e compreensão pela diversidade.,
Como diz a socióloga Andréa Schaeffer “cada cultura tem que ser analisada no seu
contexto e formação histórica (Schaeffer, 2017).
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