You are on page 1of 2
Crnica de D. Jodo de Ferndo Lopes + Glorificagan da meméria de D. Jodo + Construgie dos pilares da consciéncia nacional, através da ci de urna tradigae hist Histéria de Portugal desde os primérdios da nacianalidade.! 30 legitimadora, mediante a elaborarao da estabelecimento da paz com Castela, Narragie do reinado de D, Jodo l, desde a sua aclamario [depois da morte do Conde Andeiral até a0 1M Parte: narracdo dos acontecimentos desde ‘assassinate do Conde Andeiro (dezembro de 1383) e até 8 aclarmarao do Mestre de Avis como rei de Portugal fabri de 1385). 2. Parte: relato do conllito entre Portugal e Gastela, desde a aclamacao de D. Joae-| nas ‘cortes de Coimbra labrit de 13851 a assinatura ‘do tratado de paz (31 de outubro de 1411). 193 capitulos + Relagio e casamento de D. Fernanda com D. Leonor Teles + Confltos com Gastela + Assinatura do tratado de Salvaterra de Magos[determinando o cacamento do D. Beatriz lhade 0. Fernando e herdoira ‘da coras portuguesa, como rei de Castelal + Morte de D. Feriand + Envolvimente de D. Leonor Teles com ‘0 Conde Andeira 206 capitulo = Descontentamento popular ereagées 8 aclamagao de D. Beatriz ede D. Joao de CCastela como monarcas portugueses += Assassinio do Conde Andeiro pelo Mestre de Ais -Afirmagao da conscigncia coletiva: ‘= Aclamagao de D, Joao como Regedor e Defensor do Reino e, posteriormente, como rei, ‘= Manifestagao de corager, do e durante a guerra civil com Castela. jo € dos sentimentos de patriotismo da populacao | BUESCL, Mara Leaner Carvalho, 198, pomtamtetos de teratna Portugues, Prt: Poo Eltora (p39) A1.? Parte da Cronica de D. Jodo | de Fernao Lopes Capitulos-chave na afirmacao da consciéncia coletiva 11-0 povo vé no Mestre o seu heréi (Do alvorogo que foi na cidade euidando que matavam © Mestre, ¢como al foi Alvaro Pais e muitas gentes com ele) Ahora marcada, Alvaro Pais e os seus aliados correm pela cidade bradando: “Matam o Mes- tre!” A multidio junta-se volta do pago e ameaga incendié-lo; hé quem jure que o Mestre jé ests morto, De dentro gritam que quem esti morto & 0 Andeiro, mas ninguém acredita. © Mestre mostra-se enti a uma janels “Amigos, apacifica-vos!” Sai do palicio rodeado pela mulidio, que 6 aclamae lhe pergunta: “Que nos mandais fazer, senhor?” Ele responde que jd ndo precisa da sua ajuda. No momento em que se vai sentar a mesa para comer com o conde de Barcelos chega a noticia de que a multidio furiosa quer matar obispo. 115 Esta é Lisboa prezada! (Per que guisa estava a cidade corregida per se defender, quando el-rei de Castela ‘pds cerco sobre ela) [A cidade estava organizada para resistir ao cerco, As muralhas, com as sas setenta e sete tor- res, foram divididas em setores, cada um dos quais confiado a um capitdo eacerto grupo de defen- sores. Apesar do cetco, continuou a trabalhar-se na construgdo da barbac3, do lado do acampa- ‘mento castelhano. As mogas, sem nenhum medo, andavam pelas terras @ apanhar peda para as ‘obras e cantavam altas vozes dizendo: “Esta € Lisboa prezada ~ mira-la e deisa-la 148A fome em Lisboa (Das tribulagées que Lishoa padecia per mingua de mantimentos) Em Lisboa, os mantimentos esgotaram-se de todo, Sobretudo para os pobres, porque hi trigo, ‘mas muito caro, Alguns iludem a fome com ervas e aguas nas ruas e pragas da cidade aparecem os cadiiveres de homens e cachopos com as barrigas inchadas, Fatava oleite asmies, que outta coisa no tém para dar aos flhos sendo as Ligrimas que choram, Multos maldizem o dia em que nasce- ram ¢ pedem que a morte os leve depressa. Oh, gente que depois vio, povobem-aventurado, que no soube parte de tantos males nem partilhou tio tists sofrimentos! SARAIVA, Jon Hermano, 1960, "Iie Ress Mitra dame Reol: “Cine de bt Dod Boa Mami Prints pate atalino do ext todo cots ce ox Herta Sa), Fel: 1977) cl Mem Martins Europa-Amérc (p31, 807)

You might also like