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UMA TEORIA DA JUSTICA John Rawls Martins Fontes 1 Indice Precio a edigao brasileira sens M tenn Precio Xx fc TEORIA wee | ‘Capito —dustiga como eqatdade 3 epee 1.0 popet da justia 3 “Ser 2.O objeto da justia. 7 7 eects 3. Adi principal da cra da justia. 2 4 posi orginal sua usietva. 9 “soe 5. Otltaramo cisco. 4 Sc eens 6 Algumas dsperdades interelaionadas 30 eit ae , 7.0 iticionimo, 36 oe Es ‘8, O problema da prioridade. “4 seat 9. Algumas obseriades Sobre a teaia aa ° 1 Me ge te Capitulo Os prineipios da jstiga 37 some ene 10, As instuigdes a jutga FEMA sncnnnee $7 = J 1.0 dis principio da jutiga oh 12. Imerpretagdes do segundo principio. ° ate 1A igualade democrats © 0 principio da dif ieee ees eee sak » “ss le ht 7 14, A igual eqitatva de oportunidades oust iia fa te a eesetiecel ner “ » i tmnt ‘pmo 15. Os bens soins primaries como a base ds ex- pectaivas 16, Posigdes soca relevantes. 17. tendéncia digualdade 18 Pincipios para indviduos: 0 principio de eqi- dade 19, Princpios par indivduos: os deveres maura Capitulo Il A posigo origina 20. A natura do argumento 2 favor das concep ‘bes da justia 21. Aapresetagio as alternativas 22. Ascircunsincias a justign 23. As restrigdes formats d coneeto de justo 24.0 veu de ignorincia, 25, Aracionaldade das partes 26.0 raciosnio que conduz 20s dois principios da justia 27.0 raticinio que conduz 20 principio da wilida- demédia.. ie 28, Algumasdifieuldades do principio da vilidade média 29, Alguns argumentosprincipai favor dos dois Principios da justia 30, Utiltarisme clisio, imparcalidade e benevo- lencia| SEGUNDA PARTE INSTITUIGOES Capitulo 1V ~ Liberdade igual 31. A sencia de quatro estigi oso 32. O conceit de liberdade 43, Igual liberdade de consign, : 101 107 16 m ray mw Bt 136 40 6 153, 10 mB 179 190 200 aut au 218 223 14. A tolerinca eo interessecomum 38. A tolerncia para com os intolerant. 36, A justiga politica ea constiugio. 37, Limitagbes do principio de paricipaszo. 38. Ocsado dedireto 39, Defnigho da priridae da liberdade 40, A interpreta Kantiana da jusiga como eati- ade, Capitulo VAs parcelas dstributivas 4. 0 conceito de justga na economia poica 42. Algumas observapies sobre os sistemas econd- 48. Insttuigdesbasias da justia disibutva ‘44.0 problema da justiga entre peraées 45, Preferénca temporal 46, Outros casos de prioidade 47, Os precios da justia 48, Expoctatvas legitimas e méito moral 49, Compara com coneepydes misas. 50.0 principio da pefeigto Capitulo VI ~ Dever e obrigasi 51. Os argumentos a favor dos pri natural 52.0s argumenios «favor do principio da equi- dade 7 153.0 dever de obodecer a una ie inj 54. importncia da regra da maior 55. A definigio de desobeditcia civil 56. A definigio da objeto de conscitnia, 57. A justfcativa da desobediénca civil 58. A justificativa da objego de conseigncia 58,0 papel da desobedicia cv 229 2s 24 249 237 215 2s 286 293 303 314 34 329 335 3a 348 359 369 369 380 388 395, 402 407 an a8 a3 "TERCEIRA PARTE ‘OBIETIVos Capitulo VIt~ A virtude come racionalidade, 60. A necessidade de uma teoria do bem 61. A definigao de bem para cass mais simples. 162, Uma nota sobre o significado. (63. A definigio de bem para panos devia. (64. A racionalidde deliberativa, {65.0 prinipio aistotlico, 16. A defini do bem apicada bs pessous (6. Auto-estima, exceléncase vergonha. 68. Vrias dferenas enteo justo eo bom Capitulo VII -O sense de justiga. 69. 0 concito de sociedad bem-organizada 70: A moralidade de autoridade 71; A moralidade de grup. 72: A moraidade de priaeipios 7. Caracterstias dos sentimentos mora 74, A lgagio ene as atitudes moraise a8 ates ature 15. Os prinepios da psicologia moral. 16.0 problema da estbiidaderelaiva ‘7. Atbae da igualdade Capitulo IX - 0 bem da justia 78, Autonomiae objetividade 79, iia de unido social 80,0 problema da inveja 81 Inejaeigualdade. 82. Os fundaentos para a prioridade ds liberdade. 13, Felicidade e objetivos dominant, 4, O hedonisme como um método de escola, 85. A unidade do eu a7 a7 “7 450 469 479 487 34 503 04 512 S18 524 532 339 ss 560 sm sn 319 539) 602 610 617 o 86, O bem do senso de justiga 87, Consideragies Finals expicativas Novas Indice remissivo. 630 683 657 703 Preficio ‘Ao apresentar Una tora da justia, tenteireunic em uma visho coerente a isis veculada nos artigos que escrevi 20 longo dos iltmos deze anos aproximadamente. Todos 0 ipi- ‘0s centrais desses artiges io retomados, de modo geral com ‘muito mais detalhamento. As outra questdes necessirias para ‘completa a tori também sto diseutdas. A exposcdo se divie ‘deem ts partes: A primeira parte cobre, com muito maior ‘elaborago, 0 mesmo tereno de “Justice as Faimess”[Jusiea ‘como eqidade"| (1988) e "Distibuive Justice: Some Adden- 4a" [Susiga distributive: alguns adendos”] (1968), enquanto 10s és captulos da segunda parte correspendem, respectiva- ‘mente, mas com muitos aréscimos, a8 tpicos de "Constitu- ‘onal Liber" [Liberdade constitcional] (1963), “Disteibur tive Justice” [“Justiga dstibutva" (1967), ¢ “Civil Disobe- sence” ["Desobedicia civil" (1966)-O segundo capitulo da ‘lama pre cbre os temas de “The Sense of Justice” ["O senso ciais mais importants. Tomadas em conjunto como um tnico squeta, as insituigdessociit mais importants defen os ‘ietose devees dos homens e influenciam seus projetos de vida, o que eles podem esperar vira sere bem-estar econdmi~ fo que podem almejar. A estrutura sca € o objet primério a justiga porgue seus efeitos so profundos e esto presentes desde 0 comeyo, Nossa nocio inuitiva € que essa estrutura ‘cont vias posgessociaise que omens nascidos em con- figs diferentes em expetaivas de vida diferentes, determi- tas, em parte pelo sistema politico bem como plas cireuns tinciasecondmicas¢ soins. Assim as instiugBes da socieda- de favorecem certos pontos de patida mais que outos Essas ‘ho desigualdades especialmente profundas. No apenas sio ifosas, mas afetam desde 0 inci as possiblidades de vida ‘dos seres humanos; contudo, no podem ser justficadas me- tian um apeio as nogBes de mérto ou valr. Ea esas des fualdades, sopostamente ineitveis na estrutura bisica de ‘qualquer sociedade, que 0s princpios da justia social devem ‘Sr aplicados em primeino lugar. Esss principio, eno, rogue Tama escotha de uma constiuico politi e os elementos pri cipais do sistema econdmicae socal. A justiga de um esquema Sovial dependeessencalmente de come se aribuer direitos tdeveresfundamentais e das oportunidades econdmieas © con- igdesscias que existem nos viros stores da sociedad. ‘0 alcance de nossa indagacio est limitado de dus ma- eiras,Prmiremente preocupame um caso especial do pro- ‘ema da justca. Nio considerarei a justiga de istituigdes € rites sociais em geal, nem, ano ser de passagem, a justia fas leis nicionase das relagBesinteracionais(§ $8). Prtan- to, e supusermes que 0 conceito de justia se apica sempre {que hd uma distibuigio de algo coasiderado racionalmente eon ° ‘vaniajoso ou desvantajos, estaremos interessados em apenas uma instincia de suaaplicacao. Nao hi motivo para super de antemio que os principiosstsftoios para aestruturabasica ‘se mantenham em todos os ea80s Esses principio podem no funcionar para regras © pritcas de associagdes privadss 0 para aquelas de grupos secais menos abrangentes, Podem ser Inelevantes para os diversos usos informalmenteconsagrados «€ comportamentos do di-edia: podem nto elucidar a justia, ‘0 melhor talvez, a egiidade de organizagbes de cooperasi0 voluntr ou procedimentos para ober entendimentos conta- {uais. As condigdes para 0 direito internacional talvez exija principios diferentes descoberes de um mado um poco die- ‘ente. Fieaeisatisfeito se for possivel formular um concep razodvel da justica para a estrutura bsica da sociedade conce- bid por ora como um sistema fechado, solado de outa scie- dades. A importincia dese aso especial ¢ via eno precisa de nenhuma explicagio. E natural conjturar que, assim que tivermos wma tora sida para esse caso, & sua luz 0s proble- ‘as restantes da justiga se revelarao adminisriveis, Com mo- Aiicagdesadequadas esa teoriadeveriafornecer a chave para algumas outas quests. -A outa Timitagdo em nossa discussio & que na maior dos easos examio os principios de justia que deveriam regue laruma sociedade bem-ordenada,Presume- ‘as de vida, Noenanto, uma sociedade que satisfac 0s pri ios da justica como eqidade aproximarse-o miximo possivel eon 1s ‘as deveriam ser planjadas de modo conduzr a0 bem maior essencal ter em mente que numa teoria teleologica © ‘bem se define inependentemente do just, 180 significa duas coisas rimeito, a tora considera nosasavaliages acerea do «ue constitu o bem (nosso julgamentos de vale) como uma cexpécie das avaliagdes que se pode operat intuitivaente pelo senso comum,¢ depois prope a hipdtese de que o justo maxi- eon n ‘mizao bem como algo definido aterormente. Segundo, teo- +a possibilita que alguém julgue o bem em cada caso sem in- ‘daar se coresponde ao qu ¢ justo. Por exemplo, se dizemos {que o prazer € 0 ico bem, entio possvel presumir que os prazeres podem ser reconkccidos clasificados por se valor ‘mediante eiéios que no prssupcm nenhum padio do que justo ou do que normalmentejlgaramos como tl, Ao paso ‘qe sea distibuigo de bens for tumbém considerada como um bem, talvez um bem de ordem superior, es teora nos orien lac a produzir © maximo de beneficios (incluindose entre ‘outros o bem da dstrbuigdo dos bens), jf no temos uma visio teleolGgica no sentido clisice. © problema da distribuigio & abarcado pelo concito de justo como o entendomos intutiva mente, «assim a tora fo tem uma defini independente do bem, A lareza e simplicidade das teoriastcleolipicas clisi- cas deriva em grande parte do fat de qe elas decompem nos $05 jui2os moras em dois tipos de classes, sendo um earateri zado separadamente enguanto 0 outo depois vinevlado a0 primei por um principio de maximizaso. ‘As tora teleogiea difeem, muito claraments em seu ‘modo de especificar a concepsio do bem. Se ee for tomado ‘como a realizagio da exceléncia humana nas diversas formas ‘dos como evidentes, mas ti Sua jutfiagio na sua escolha

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