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Das Obrigagées de nao Concorréncia na Negociacao Definitiva da Empresa 2007 M. Nogueira Serens ALMEDINA sesuntangsas pento conconnineianamecociagio EDIGOES ALssEDINA, S.A BbIgdas aweDINn, 5A edule ope aa pre pubiage te enae penitent Tad sepa es ie, por nai ow an sgt oe, TA ic ‘onvrontanxorna Dasohepite detent tego gle Obrigacdo impifcita de Nao Concorréncia 1) Teespasse 1 H pacific, desde hérmuito,eem diferentes ordensjust= icas ~ pertencentes, noze-se, 2 diferentes aculosfridies, nomeadamente, 0 rominico!,o germanico*e o anglo-six6- nico® ~, 0 entendimenta segundo o qual o trespassante (eno 83, como adiante veremas) da empresa’, se obriga, sem » fa. Nocusiaa Seems, A monspoleete daconoetacee(oer ghia daele da mares, Aedina, Coimbra, 2007, nota 15, 543-572, MG as Nocurina Senne, A monopolist da sonst. ct. oes 456, p. 254-282 PGi M Nocuzina SERENs, A monpolspt de onsorént. cit, nots 756. 364-386. *Oenegucon gue tendo por objecto septs, rem porefeto ates sito (Senin c interns) do respective deer de propiedade 0 ‘mpresire,sendo cular do grocers prodativa ques empreta (no et pevilubjectvo) tora, do mesm paso, proprio da estatare {para oexercicodocomérso) por ele ete, to 6 proper da cernpresanaseu perl objective ~ podem seror mals aedoe. A abe etalsncpécis,jpolasua anctankade, japola ator fegudncta dase corrercom o srespassécic, de chameds olrigapa implica de nde concoréacle ara Coa airmagio (que é,retere-s6,ancigs, ago (em tempos dos, notes), vem a compra evends, Os outros ‘So, pelomencs,ossegunres ators, deasto,aagtoemcumpaent, senrads om sociedad, «vn execu (om proceed nove tye forsdels),sadjudcaszoansécio em casode dissolucie da wosiedade, “Tease, € claro, de uma “enumeragio que oto ¢viculasi, no gen= ‘do de que io obrign x entender odo e qualquer precete quo ule Sexprestio em caus [tespare] como referindo-e totalidade das ‘refers formas de wens, Nada impede que see cut 0 precio ‘onreido do cneelt, no quate pars o fete damnorma concresa solic” (Fenn Conneta,Sebveapojectada cefrma da legilarso ‘comerctal poruguess", R04, no#4°, 1984, p32) ‘Sendo iguas nego ferent, acu ecusopresdem moussgdes xpocfins tonto ads clas hol tmeodas com ainda pouse [Sse por object empresa prefs anamisto (deft | ‘ou das peopetdade, De rest, fot ta sus homologs que permit {gies cumhase (os ingagem comm também na guage J) ti expresso que toda design: "wespaic”& hodiemaments, ext xpeesio (ols negate, "easpase" tespaso" caspase" le “annosa be Macatmirs,Dresthnen commie. Bede det prnaio Lisboa 1551p. 202, ROI bs ALARCHO, "Sobre tranaferencada posieiode arendacsio no casode wespuse, BED, vol XLVE, Coimbra, [97h p.2bs, e Ontanno Dr Canvatsto, “Anorago 40 sobrdio do '51} 4624 de Junko de 1975", ano 108, 19771978 . 10% retevindo-se so trespass, So Courimico OE ABREU, Cize dedi comaca SoLL 7 ed, Almedine, Coembra, 2009, p.290, di que ele" detavel ‘Some anomie ds propre tds d beeen por eco ate ie” (Ginter. "Runcionande como conceto-quadeoc, essa medid, dodo de vain ‘ntnomicsotrespase mip correspondesum espetico ipo cones sain: Cassiano bos Santos, Dratocmeralporagus lL Coimbra ‘Edi, 2007p. 302;jdantesFEanen Coaneta, “Sobre a projecada reforms. ROA, ct, pi, hata dito: “O termo trespass ~coavem centulo so comesponde una gua negoctal autdnow” ansiguissima mesmo*) rém sido avangados os mals verlades Fandamentos, que v80 desde odever de oaliensmie earzege 9 coisa allenada e essegurar 0 gozo pacifico dela axé & con Conréncia leale aos usos do comércio, passando pela geran contra s eviegie, pelo principio da bos f€ ne execugio dos contratas e pelo principio da equidade™’. + Cfenomel 203 + Referindo-sea eas clnco dg ensends JM Courmeno DE ABEEC, Crp 308,« janes, Demprasaradade~ Arempecre odie, Almedins, Coimbra, 199, p55; eh ainda NUNO AURELIANO,"A brigagto de nto concorténcis do tespassnte de establecimento ‘comercial no dirtto comercial ports” i: Estas em Homma 13 Prof Dover Iain Galo Tals wo. WV, Celmbra, 2003, p. 748 (Auta depose passe restaos drersosfundamentosenumersos, ‘cuba, port, porze afar do eneendimento hoje dominant entre née oft nota seguinte-, ou soja, “pense nda ser provadente #aSe- de nko concorréncin do respassante do "nese primeira donna mul mals sedi, note, que asus con- vere fancons (ot alms (not) nglnaenorte-mercans| {Gir now 3), mas que, ainda nim, precede © muito, jrspradéncis {eos omagus da sepunds metade do séeulo XS, no ereanda connec ‘enluum testo dos nosos tuna ef, BARBOSA DE MAGALIABS ob ‘st p.239)-,anowa douring, salmos fats mesmo alo a mss gue Sm esses Rundamenton. No cao dor Redacore de RLJ (de 952°, 3919-1920, n# 213, p 206), consideravam que a obrigagto implica {de nif concorténeia "resus nko somente do prietpio de que os ‘onerstor se devem entender de armania com abo ee equidade qe ‘rein presi relgtes comercial mas do preostologal qucabelece ‘Some obigasto do vendadoraopurarapropriedade ea pose paciice ‘Se cota comprada (Cédigo cv at 1881"). Barbosa de Magalies, ‘depos de dar ss “plens adesto a exe ere", ainda cresentava um ‘uto fundamento pars + obrigaeso imphicta de azo concoréncl a ‘lpia da concoreeaca deel (corpo daze 212" ese § 1! do Ca {de Propredade Industral, eno igente) ~ eft. oh tp 289 6250 Para Prenen Comssta, Lig de diet conecal Resin, Le, bos, 195s, p.186,acbignge dents canaorrénis “aparece como using ‘orelico do peinetpo geal do dirito Gi qus mpee ao weadetors Shsgusto de enregara ots vendldae dena ats gue pots prtber sus poste fuiio" on comomets tarde oSaudoso Mastre de Colma também dle dedusse do "princfpo geral de dria chil que impoe sovendedorodever de cnarega so comprador sols vende” (ct "A projecadaeforma.”, ROA at. 57 );malinha dete eatendimento, de]. BL. Covrntio D5 AsReU, De omprseialdade ce p. 356, iret p 508, Cassia Dos Sasroe, bcp 324 i. NowuETRA Swans, “Trespasedeestabelecimento comercial, (ST), 200% p. 5 Ss J-MENDES Bx ACMETDA, Nacsa readied eablemento wnat, Coimbra, 193, p45, BLSABETE RaNos,~Trespase de {stabelecimen:a comercial ~ Origa de no conconrenca" JEM eno En! 11998, 3474, °F. Gravaro ne ManAts,Almepioconeae ‘tesbeecmonta camer Almedina, Coir, 2005, pS. No que respeta& doutina comercalist eferéncia ainda pars A MaxE2zs Contino, Manual edit camer ol, Caimbrn, 2001, . 2046, queapontas boa fe some pour ndamenc da origaiso ie ‘bo concorensa aderer dens concorréncin Goteespascants porate owespesst, quando ndosjsexpresamente pacts, poderasor na ‘xigéncte da bon /lmpdereerton few como dever pores us brigagio de no concorénaa"). Conguantoreconhecetseaensténcia < obrgaeto implica de nfo coneortnci,o Prafessor Orlando de CCamlho, no ous wrios eer (sempre insirador «de fnsuperivel ‘all cieniice) sobre a prablemives do estabelecimento comet, optou por deisar em auspenso a rus posgtorelitvamente& questa do fundamentadess obrigagto, out tanto nde aconece, orem, Ao seuensino oral aque aluiromor alan no em (exist, dese enino, mendvasst, gragae ao abor de Renjamime Rodrigues, sino do. Ane Jurtico de 1992-1992). ‘A nossa jurspredenci tard ~emulto~ chegar se seconhesimento de obrigactoimplicita de nto coneorrénela, Num acrdio de 21 de Novembro de 1996 (Relator Maso Cases), 0 Supreme Tibunal Ge Justia anda afzmava que “otaxpune ao eipede, sm me, ue o wespasante aba ouxo estibelecinento onde comercial prodsos ‘eatcostqueloe que comercilina no exsbeleimento espasetda”™ (Gir Bis; 461, 1996, 9.458). Ae que julgamee saber, aopino con (rita er ido «wo primeira manifenagio no actedso de Relagte do Coimbr (Relator: Corto 0 Maros) de 21de anc de1997:"(.) {Quando se wansmite um estabelesimento comertal 0 tansmltente fies obrigado, em caro expagoe durante cero tempo, ano concorer ‘Com o respassire. ica vincuado a no initatactidede simile & nercia através do cotabelecimente eanamitido” (ee, 1997, ¢ 27, cl dt), Reltvamente xo fundamento desta obrigagio€ dito egunts: “Quando alguem aqui um emabeleciment tm om tt, fundamentalmente, que the sje asegurad fuigso daquclsunidede ‘econéemca nas condigbes em que cra eallzada pelo allenante¢ com & ‘nessa capaldadecracra./ Dl ue pats he gar ese expect, {Sds por sbeoluramenteezencial tconehitio do megs, eke de hoe lv ltument qu grana a adpurenteo goo do dat ada” (oJ, ‘it Joe ct; os sublihados sto nosse) ‘posto fvoritl ao reconhccimento da obrgacto implica de nto ‘concorténcla fol também abragads ne scsrdio de Supreme Teounal {de Jusiga (Relston Tomnne Pavto), de 17 de Fevereiro de 198 "Ovendedor do extabelecmnts, memo que te nip wnceleexpress- mentz Sex obrigedo com ocmmprador dentrode coordenadasdeepsga {detempo, nto nicer eactvidade que se entica como estabelecl- ‘tent que respssou” (cr BMJ, m2 474,199, p. 507) Reconbecendo ‘gue "ese pincipa de obrigaci plc de nto concoréncacadmisdo ‘dei muito, pla dowtring jurispradncia, quer esrangeias(), quer ‘acionas(_),Supremo Tefbura de Jstigaconslla que a prncp.o| (£(.) stleno garnet da rtela dos diteros tranemitios, que no Dodem ser enanndos” (Clr Bl, ct, p. 507-508); ef nda 9 acer {Eo supremo Tribunal de jas (proceton.? 0644823, Relator NUNS ‘Canina, acedinelem woew.dgsp) de 13.de Margo de 2007, no qua, ‘apeopste do fandamento da obrigaco pics demo concorracls, se dinque cle se encontra “no ar. 739! b), OCC, queretereser fete ‘essencal du compre vend a obrigagio de enegar acs, endo cxrt0 ‘qe de conjugasto dese preseto como are 7628," (pineipi eral os CARIGAGDES DE Ho CONCORRENCIA NA NECOCIACKO DennETNA Neo cabeagu gmiica cde cada um destes wits opie cite de no concorréncta, Tocies eles s8e, afine, woutérios da mesipa Idela: permidira consolldacfo, nes mfos do novo sisular da emprese, do valor de posigso desta no mercado, Isto 6, do seu valor de acreditamenco diferencte?. bos )resulea que ovendedor a deve sntregar de modo specs fa ples ullzacio e gozo por perce do adgureme; quando onto fez ‘Comte, logicarsente um ito contatual ormandorse responsive! pelos danosorssionadae ao cfedor¢ceverd presumirse +s cla, fos ermes gras (ars, 758° 755° do mesmo diploma) empress sndoum pasa um prc (conesbidaapro- dducio ur sontdoample, modo sbrangersprodujfo,nSoaédebent (ude serie maade qualquer aloracrescentido em termes de circa ‘eonmic: empresa no seu pri ein (ompreraemprecrdnen) Wehr Ontano pu Canvarno, “Empres e login empresa it: iri dat emprns (soord Francisco Liberal Permandey/Mars Ragust {Gulmartes Marta Regina Radin), Coimbra altos, Combes, 2012, p-195-, empresa sendoum process produtv,datimos, também, necestaiamene, un complexo de ens factoresprodusros com ‘ufelente sutonomisfnctonl (ot sSenico-produtivs) e anceia (os ‘condmeo-reitil), ue permitem seve complex emergir na ter= Comnicactoprodutva (air na mere) como centro utsnoma de ‘mensapensproduivas Nene outro send, sempreea imum de ‘Sstuagio na mercado, flando-= enti de exabelecimento (ou empresa ‘oss perojnbo= empresa), quo Professor Ovando ‘de Carralbo defintu do segulate modo: “uma organiza concreva de Factores produslos come tlor de poslgko no merado” (fe Dieta das oie (coords Francisco Livre Fernandes/Maia Raquel Guimartes/ Mavis Regina Rediaha), Coimbra Ears, Coimbra, 2012p. 144, neta 2). [aindade fest queoocibulo empress éeambemsuslizada (no dre ‘foradele) uma eros aepeso, que coresponde ao seuperlintion Sonal sempeetacomo sjeea no tics (emprert empress) 2. Oder de abstengto, que eafcmagto da obrigagho iaplt= ea de nto concocréncia eareta para ocrespassante, ralattvn, poristo que onao impede de crieou adquirir ums qualquer nova empresa: impede-o, sim, decrlar ovadgulrirumanova, ‘empresa que iniegre 0 mesmo mercado da empresa que fora sun, O que pressupte, desde logo, que o bem (entenda-se: actividede de nova empresaea de empresa trespasseda) no seja diferente; porém, mesmo havendo ientidade do brn, © mercade da nova empresa do trespassanze @ 0 mercado da empress trespassada s6 serio mesmose uma cutra empresa forem exploredas mam espazoidénticoe, além disso, seo tempo em que teve inicio « exploracio ée nova empresa do trespas- sante for idintico 0 tempo em que ocorreu.o trespasse Ga sta antiga empresa (ndo mediagdo entre os dois acontecimentos do tempo considerado suficiente ptra poder afirmar-se que ‘um e outro seantecimento ocorreram em tempo nlo-idéntico. ‘Acexigéncla dea nove empresado tespassunteeaempress trespassada Integrarem o mesmo mercado decorre do facto de s6 assim elas serem concorrentes. F, como é evidente, ficando 0 trespassance Impliciamente ebrigada nfo con ccorrer, 86 pode far implicitamente obrigado a nfo exercer ‘uma empresa concorzente. 2.l. NadefinigGo do mercado, no qual otrespassante fica impedido de ceentrss, retomando a sua anciga qualidade de cemipresirio (ouma pslaves: 0 mercado relevants), cer-se-4 de contender, em peimelro lngas, ¢ como hi pouco se referiu, | cetividade 00, como também se pode dizer, a0 objeco da ‘empresa trespassada. Uma nova empress, explorada directa ‘ow éndivectament pela trespascance, com abjecto diferente no integra a mereado daquels ousrae, consequentemente, a sua exploragio (directs ou indirecta) nto é abrangida pela as OMnIGAGUES DE Nic CONCORRENGrA wa MECOCIAGAO OseINTTIA sada escd fora do dmbisoerceogicadesse brigagto. Tedavts, ‘esse nova eraprese pare poder Incegrar o mesmo mercado de ceraprese trespessada nio precisa de ver um abjectoidéntico ac desca: bestevd que tena um objecto de evja proximidade com o da empresa tespasseda decorra «existéncia de uma clienzela (coral ou parciaimenss) comm. 2.2, Acxisttncie de identidade ou semathenge, no sensido ainda agora referido, entre 0 objecvo de smbes as empresis (Gigamos agora apenss assim) é, por si sé, disso camber jlantes demos conta insuficiente pera afirmar que sto con- corventes, consequentemente, pars considerar ter existido violagso da obsigagio implicita de nto concarréncia (por banda do trespassance, ¢ claro). Havers sinda que stendes 08 dois outros elementos ou, nuime outra forma de dizex, aosdols outros limites nerentes’ definigio do mercado ele vamie:0 epaga eo tempo. 2.2.1, Quantoao primetro, impse-se que anova empress Go mespassante surja no espa de irradiago da empresa tes passada, isto é, no espago em que os valoces de explorscio essa emprese seafirmam, avultando, no caso, cliemtela? = Appar da clienela~ relapses de ficto com velor econtimica que 2 ‘empress ou eabelecimento (08s trmos £0, em Tegra, a ers tars juridia portugues, umados como equpolentes) mantem com ‘os consmdres(Snas ou nfo) ~ exist, com efit, outros valoret ‘de exporasto (especie de eeflexores, parculsmente qualicaes, da “apacidadelcratta os reitica da empress), eqbe so) oa ero asrlagdes de cro com valor economice ques empres cotta com ‘es financiadores eos fomenedores.e) afemaeo bor noms (nel, rin) que wempronslogra no fico cm ger 4 clientela que€é sua (da emprese rrespassada, entenda-se)¢ também a clientele que objectvamente pode vire perencer-he, ‘A delimitegio desse espago, com « consequente dever- minagdo do dmbivo geogrdfce da cbrigacto implicita de nao concorrénela, depende do tipo e da dimenszo da empresa ‘rospesseds;e, por isso mesmo, pode varla¥encxe ania dink us oo pais intero, nlo sendo de exclulr que poss este esse para ld (das fronteires) deste 2.3.2, & identdade do tempo, enquanco limice inerente & delimitscio do mercado relevance, ao pressupSe que, pars sfemar a viclagto de cbrigacto implicit de nfo concorréncis, o trespassante, passando « explorar (directa ov indirecta- mente) ume nova empresa com objeztoidéntco ou préxtmado Gaempresatrespassada, no espa de oradtagdo (dos valores de exploragio) desta ltima (maxime,asua clientele), tenha de adoptar esse comportamento logo epés © trespasse. Paraafirmar essa violagto, ecomo jéancesdissemes, oque se exige é que entre 0 momento do trespasse e 0 momento Ge reentrada do trespassante no mercado, resomando a sua, amerior qualidade de empresério, nfo medele um periodo de verpo sufciente pars poder afirmat-se que um e outro ‘momento ccorreram em tempo ndo-idénico, A deverminagio desse perioda de tempo, do qual decor, ‘final, o limite (ow dmbito) temporal da obrigagso implicit de nfo concorréncla, bé-de fazes-se com os ofhos postes numa especie de “regrarde-ouro”,e quedé aseguinte:teespassance ‘6 pode ser profbido de concorser enquantoa sua reentrada snomercede da empress srespassada implique pera a seu nove ‘nularuma concorréncie mals perigose do queaquela quellke pode ser feita por qualquer outro concorrenta, newcomer nfo, Advirta-se que, para este afelto, rer-se-d de olhar para lo padrto que szempo a obrigegio impilcta dena concoreéacia sea eite depen- Gerda meior ou menor spiidto revelada pele novo tinal da exapresa para dele epagur a emda do wrespassanee(ainép- cls e/ou ineris do tespastério, «este nivel, alo podem edunder num mato scsfci da iberdade de iniiativaexo- émsea do respassante") ‘ereace que, nese dominio ince do legslador pri” ot eneresanco,qubrade pea uflaw da (hoje designed) Ur Europeta. Referimo-aoe 4 Comunicagto da Comissto"lativa 1s rertigdes relacionadas e necessivis as concensragoes"®, da qual decorre que “as obrigagies de nfo eoncorréncia, {mpottas ga codenve no contexto da cessfo de wma empresa code parte de uma empress” (x18), 180 podem, salvo em “casos que envolvam crcunstiacias excepcionals” (m5), excederoperiodo de tts anos “quando acessfo da empresa Jnclat a wansferéncia da delidade de cienes sob a forma de goodwill e saber Fazer” oo periodo de dois ance “quando sé etd includ o good (2°20). Estes limites temporais", expressemente consagrados pm as obrigagSes explictas de nfo concorzéacia, valems, por dentidade de rexio, para as obrigagtes implicas © Giz Cassiano vos SaNFOs, 08. ct. 380; ecb M NoguarRA Sensnis ~Trerpase de extabelecimento comercial”, Jct... 2 Chins admero la. 8 VugeFenes Connsts."A projectadareforma.”, ROA, ct, p 365 © Jomal Ol, C56, de S de Margo de 2008,p, 245, Mas desenvol damence, f-fia, eros. 212 16.2.2 "Sole a rato da a elevinca i ordem uric aterm fa, Aan da malor perlgosidade da concor éncia do trespassante, assim objectisamenzeavaliada, Gecome a pessibilldade que ele veria de recapturar os valores de cexploragdo da empresa trespassada - maxim, sua clientele, E, assim, ndo podendo a obrigagio implicite de ale concor- rénca afrmar-se pera ldo momento em que o respassante, pelo facto deo ser, detxa de estar em condigses privilegiedas para secuperer esses valores, também nfo vem sentido que claperdure se 0 valor de posigio a0 mercado, ques empresa encerra, desaparecer definttivamente ~_mormente, por 2cc40 doseu novo tulce-, assim se perdendo todos os correapon- deares valores de exploracio, com destaque para aclientela, Pense-se no caso de o novositular da empresa liguidar, essa liguidacéo, a acontecer, faz cessar a obrigagio implica de fo concorréncis, de nada imporeando, para oefeito, que o ‘respassirio reentre no (mesmo) mercado, para afexplorar outra empresa com objecto idéntica ou com objecto (am remo) préximo do da empresa que adquirra e, entretanto, liguidars, 3. O4que ica dito sobre os diferentes ibis de obriga- ‘fo implicta de nto concorréncia ~imbito mezceolégico (Udentidade do bem), Amibto geograico(identadedo espa) ‘ambleo temporel(dentidade do tempo), que sto os elemen- tos inerentes & defingao do mercado zelevante~ vale quer ‘otrespasse tenha por objecwo empresa de um comerciante individual, quer tenhe por objecto a empresa de uma socie- dade comercial ‘Asdiferengaa~ que as hi~enereum e outro caso repel- 1am aos possivetssujlzos passives da eferia obrigagto, it 4,2 dlmensto do dmbito pesoal desea, bbs canicagors ox whe CONCORLENCIA MA MEGOcLAGHE DARIEN ums emprect individual, ¢ mpende nece pessoa humans, que é a teespasseate, 8, ane, pode, é clare, ser casadoe BILL Comecemos pelos fhos de trespassente. Hé ence ngs quem entenda que a obrigesto implicit dene cane: rencle os abrange se houverem calaborado na exploregio da empresa trespassada, jé que “pare além de poderem ter cetirado proveito financelro, directo ¢/ou indirecro, desse exploracie e do trespesse”, “eles [os filhos do crespassante] possuem aptidao para uma concoreénela difereneisl"®, Nic cremos que esta argumentagio proceda. Naverdade, eno que rospelta aptldio dos filhos do tespessante, tendo les cola boracona exploragia da empresa tespastada, para levacem cabo uma concorréncis mais perigoss para otrespessésio do que squels que lhe pode ser feita por qualquer outro concor~ rente (neweamer on no), 6 Inquestionével existirem ousras pessoas humanas, que todos concordam nao serem abran- gidas pela obrigagto Implicita de nto concorréacia, esobre Cua concorréncia poderra ser formulado aquele mesmo julzo = falamos,é claro, dos empregades (e outros evens colabo- adores) do wespassante. Courmmo oe Annee, Curse p Sil no mesmo vento, F Gnavato DB Monats,ob ci, pi. Ditrentemente, ORLANDO DE CanvaLo, Crtito crane do atabelesimena comercial 1, Coimbra, 1967p. 496, noes 157 (Deum modo ger, entender que obrigasto nan pea, em pincipo, sobre os fas do vended, salvo se Ihe seem {de tmnerposta pesaon ou rch dele ind on asics (on expla (Semon empre arsim oentendemos)sslgun sublinhados 0 nosso) ‘ctntaxcio muerte De a cowconsevcia ‘Talves se objecte que ess ours pessoas, conguanto sua concorréneia posse sex to ou mals perigoss que a con- corréncia dos flhos do trespessante, alo reviracam proveito Jnancelrs, directs e/ou indiseeta da exploragio da empresa respasseda e do proprio respasteje,consequentemente, se fessem incluidas no ctrenlo dos sujeltos passivos da obriga gio tinplicita de no concorréneie, veriam a sua liberdede de iniciative econdmica carceads' eves da sue vontade, to podenda tio-poucs dize:-se que haviem sido (nance! ramente) compensadas por iso, ‘Sto, porém, Imagingvels situzghes em que as coisas se nie pessamt assim. Os empregados (e outros eventuais colebora- Sores) do srespassanse, mormente os mals qualifcados (que sto precisamente aqueles cuja concorréncla poderd ser mats “diferencia! ainda quendo sproveltem financeirameate o trespasse ~ mas outro tanto pode seguramente aconte- cer em relagio aos fhos do trespassance (pense-se no case die a empresa ser doada) -, podem rer tio uma parscipacto (mais ou menos avultada) noshucros da empresa respassada, beneficiando, por conseguinte, da sua explorasio. Por outro lado, nfo pode exciui-se que os ilhos do rrespas- sante, tendo colaborado com este ne exploragio da emprese ‘respassada, nto tenham retirado proveito Snanceiro, directo e/ou indizecto, desse exploracio e do proprio trespasse ~ pense-se no caso de, tendo efectivamente havido ajuda e/ou assiseéncia do trespassante aos filios que com ele colabora vam na exploragio da empresa trespassada, uma e/ou outra alo provisem dos réditos dessa exploragio e, seguramente ‘mais relevante, a verba obtida cons o respasse (coe0 exist, 6 claro: jf antes nos referimos & hipdtese des empress ter ° fet, mero sido dosda) vire ser us ‘ve depots pedi Thos do erespassant ‘nouvessem colaborado na exploracdo da empresa trespas+ sada no circulo dos sujeltos passivos da obrigagEo implica de.nko concorréncla, haverla, pois, orseo de fezer em rele (Glo 4 eles o que sados concordam: nko poder ser feito em ‘elagio aos empregados (¢ outros eventualscolaboradores) do trespassante:cercear-Thes odizeta (constitacionalmente ‘protegido) &sws liberdade de inicletiva econémice, bevelia {Ga sua vontade, © em roc de nada, 3.12. Quanto ao eénjuge do trespassente, se 0 cegime de bens do casamento for o de separagio, e nto tendo ele ccolaborado na exploragio da emprest trespassada, no cre- mos que a sua nfo incluso no eirculo dos sujeitos passives da obrigacio implicita de no concorréncia possa ser con restads, ‘Aaqualidade de chnjuge, ne situagio referda, nfo suficlente que « pessoa humana em cause delxe de ser considerads ‘como tercero (em termos juridieos e econémicos), quer ne que sespeita & exploragdo da enprese trespassada, quer ne {que respeita so proprio trespasie. De resto, em nossa opi+ fo, esolugio nfo pode ser diferente se o conjuge (easido no zeferido rogime de bens) iver colaborado na exploragio de empresa trespassada: « qualidade de cOnjuge da pessoa hhamans em cous, pese embors poder ter estado na origem dessa colaboragfo, nfo torna.a sua concorréncta mals “fer rencial” que a concorréncia de qualquer outro (eventual) ccolaborador do trespassante”. Of supra auinero 3.11 respassante for cased se regime de comuahie geval de bens ou no regime de comsunhto de adquizides, sendo a emprese trespassada um bem comum do casa, caso fo cOnjuge tenke colaboraco na sua explorasao (Intervindo ou nto ma sua gestéo), nio podemos deixar ce o considera abrangide pela obsigagao implicita de nao concorréncia: ‘mesmo que essa colaboragio do cénjuge do erespassante nfo hnsja sido dada mediante conteapartida financelra directs, a realizagto do trespasse trouxe-the provetol™e fol por ele consentida ‘Bm relagio ao cbnjuge do respassante, que nfo hsjacola~ bboredo na exploragio da empress trespastad, serernos mais autos, Sverdade que, também neste easo, ocorrens as dss circunsednclas acabadas de referir®. Todavia, zendo-se ele sanuido distante do negélo~ ou soja: sem qualquer inveresse pola vide da empresa erespassada,lgnorando, pois,asua orga lzagia intema e o seu relecionsmento no trifico-, sempre ppoderé dizer-se que a sua concorréncia nto seré particular ‘mente perigosa para o srespassirio. Ficaa divide 3.2. Quando o trespasse tem por objecto a empresa de ‘uma soctedade comercial, a questéo da determinagio do Ambito pessosl da obrigagio implicita de nfo concorsén- cis pe-se obviamente em outros termes. Nao se discute, @ claro, a sujeicdo da sociedade comercial, que é 0 trespas- sante, 3 essa cbrigagio ~ discure-se, sim, ése, para além dela, ‘outras pessoss, essenciais & sus existencia juridica, podem * Vides 17448 slines 8), do Gsigo Cl, aplictvel cw art. 1734.2 domesmo Cadi. 2 vedere 1682-4, I alines 8), do Cg Crh » Ci aoras 18618. as conroageas ne uo coveonnencra xa wEcoctAgiO neRSiTINA odes nos seus 3.2.1, Reletivamente aos sdctos,imple-se fazer algumes Ses, Aqueles deles caja parcelpagto sejaeétioamente rminorstia, isto 6, correspondence amenos de 50% do capil da sociedade (tepassance) e qual nfo calbers, em espe- ‘il, privilégios de vors ou ousressteuagGes de vantegem, xespeitantes & governapo da sociedads,jé por forca de esti puiagBes do conteso,j por forga de esipulagSes A margerh ele (acordo parassocial), que a eornem mama partieipagio social dominante (ou de consol, deveremos exclst-los do cireulo dos sujetos passvos da obrigacto implicita de nfo concorréncia~ esto, note-se, mesmo que estes séclosexer- cessem fungdes de administragiona socledade (trespassant). Questio diferente é de saber se os sdclos efectivamente sminorieirfos da sociedade (respassante), Independente- mente de nela exercerem ou nfo fungées de administragio, bbem como, acrescente-se, os que, exereend ais fungSes, 00 scjam sécios, podem validamente vinculas-seando concorrer como trespassirio: obrigagto explictade no concorréncia™ ‘Onosscjuizo jé serd diferente em relagto so sScio minorité- so, que sé oda aparéncla ~ Isto é: ao séco ena parteipacto social correspond a menos de mesade do capital da socie- dade (crespessante) « & qual caibam os filados privilegios de voto ow outs stuagées de vantagem (social ou parasso- cfalmence Fondados) que a comem numa partielpagio social dominance, isto &, numa participagio social pica de um _clo-empresdrio-, hem como em relagSo a0 sca cua par= Uleipagio soctal corresponda a metade ou a maie de metade 2 Cf taf ndmero 18.3, ‘obstoxcho mericita BE Ho casconnEncia jal da sociedede (sxespessante) estes sScioe, dada e sus posigto de dominic na sociedede, mesmo quando no exercem formalmente o cargo de gerentes/administrado- res, céu (ou, quando menos, podem ter) da organizacio e ofuncionamenco da respectiva empresa ura conhecimento (Gireeto ou indizecto) que os toma concorrentes particule _mente perigosos para o tespassério™, sendo que, ademeis, difctimence se concebe que o trespasse da empresa social Ina sido feizo 4 revella da sue vonsade e que dele nfo hjam leido proveito econdmleo-finaneeio, 3.2.2. Os gerentes/administradores da socledade trespas- sente, e250 ndo sejam sécios esta, ndo integram ocirculo des sujeltos passivosda obrigagioimplicita de nfo concorrénca, E verdade que, intervindo quotidienamente na exploracio da empresa sociale, por conseguince, conhecedores da se organizagio interna e do seu relacionamento no trifica, ¢ concorréncia desses pessoas” encerra maior perigosidade (concorténcia diferencial, icsensu) para o wespassirio que a de outros concorrentes (novos ou antigos). Mas, A seme- Ihangado que dtssemos acontecer em relagdo aosdiferentes colaboradores do trespassante, mesmo os mais qualific- dos, nao sendo a empresa mespassads coisa sua €, por isto _mesmo,ndo se apropriando do produto do wrespasse,asujei- fo dos gerentes/administradores 4 obrigagao implicica de * Na vende, atiuardade de ums parcpassosoctalcom esa eho (cir) fo une coma ese donde) come um puro investment nancies "Necesiriamente pessoas humanas (com capaidade juries pena) assim o temo vndo a defender (fr, por exempl,o nosso "Pessoas [Calecsas~ Adminsudaresdesociedades anon”, Rees san, 13°30, Ab/junho de 1994, p. 72) implicevs, 1va econdmice sem serem compensados [por isso e sem terem assencido exsressamence nlss0. Ors, srconstitucional dessa ‘permite que assim se Zage, come adiante veremas™, « mute! iberdade a TH) Compra venda de participagies sociais 4. Prevalece hoje, entre nés, quer ne doutrina, quer na Jjarlsprudénela, o entendimento favocével equiparagéo da ‘compra de perticipagbes saciais (quotes ov acgSes) de uma sociedade (shavedea!)& compra da empresa dasa ielaridede CGolice: co trespaste dessa empress ~ ase deal), mormente ‘para efeitos da garantia do comprador e da sujeigio do ven lente: a compra uno actu da tovalidade das participagses sociais teria de ser feta por uma s6 pessoa no interessando a ‘esta Seno a compra da empresa social para, nfo obstante a reanutengio da forma societéris, a gerir e a explorar como se fosse o seu verdadeiro proprieticio. Consequentemente,a © Race, p 180 ' “Ofer publics de venda de ay6es e compra ¢venda de empress", Colas de urspradéets, m0 XSI, 195, p15 © Contrapondo a aquisiso da empress, por esa forma relzad, tu ompradnate, FERRER CORREIA © LENO DE Si "Oferta plea", Colne de ferprnci, ie, p19, dima er aqucla ame roqace ‘ementewsltada na reaidade dor nagécion"(~) sea empresa (-) & ‘xplorads por uma socindade,o object inal dn squisgto torta-se ‘mainte leans ates Ga sopra dstntaldadeoe datas ‘especie paspagter soi” (ssublinhados sto noo). © Giunta 41 equiparsgio és compra de participactes sociais compra da ‘empresa social ea feita depender do moncante das parc 62s socials compradas (teria deser todas) e dos incervenierzes hha compra (trie de ser um 36 comprador), roas nfo sezia por estes dois crtérlos estarem preenchidos que haverla ugar & falas equiparacto: pararanto, eademals,teriederesultarda nerpretago docontrato de compra e venda des particlpagtes socials com estas earacteristieas que o verdadeiro objecto {esse contrero fora a emprese social (ou, se ae prefers, veria de vesutar, olhando para a vontade do comprador, cue este fizers da compea das parciolpagses socials 0 caminko para 2 ‘compra da empresa da sociedad). sca (antiga) posto de Ferrer Correla no que respeita & preponderincia do critério da intecprecagio do contrato, & ‘expressamente reafirmada no referido Parecer, nos seguin~ tes termos: “Seber se se quis t20 s6 « aquisicio de direitos de participacio ouse, para além disso, se pretendeu, através cha empress como obese urideo”(Pareer i: Baader eda camara (Paecere), Hepes, Coser, 1996, p-178 (sub l- "hados no orginal). 1 ther Cee "Acmpren.” in: Bue, p. 178-179 (ublnhades no ogi denise quande ele io dominae,cenha ou nko um: correspondence & meloria do capital socie 6, Mais recentemente,na linha de Ferver Conelae Alene: Ge Ss, no que respeita 20 Fandamento dogmético da equl- paragto de share deal a asst deal, evalta 0 estudc de A. into Monteiro e Paulo Me J. Engeécia Annes, Pinto, bem como o estudo de Gl. Os primeizos Autozes poem expressamente de lado, para efeitos de “delimitagio da aqulsigio da empresa ‘num ‘haredea? "0 crirério nummérev on guantitarvg,o qual apoats pars a percentager do espitsl adquiside", Nao deixam, ex odo 0 ¢880, de referir que, luz desse eritério, “para que se considere existente uma compra e venda de empress, ex gem alguns autores a venda da ‘otalldade das participagbes soeias, excepeuada spenas uma quanti négligable enguanto outros autores exigem a aquisigio de uma materia guaificada de controle, que possibile a alterapto dos statutos, 00 a aqul- siglo de tuma participacio tal cue, segundo as regras legais ce estatutéciss, possibilite so adquirente a ttularidadeisolada a erpresa”™. ‘Afastando o recurso a tal exitérlo (“a percentagem do capleal adquirido” constiral apenas um indicfo do verdadelro © fe spr, adeno 5.2. Gfr*Compra eves press RE anol 12007, p76 Ci, A empresa come objeto de neyécis = ‘Ant Deal ‘Share Deu", ROA, an0 68°, 2008, . 715s ‘Cle “Compra e vend de empress, RLY, ci, p. 85 (abides no ‘cxignal © Td abides no orignal ombimosss nose pede pig), SNovembro-Desembro bjecto do negécis), A. Pinto Monteiro e Paulo Mota Pinte concluem que, “dentra de ceros limites percenmusis, que vio desde a aquisigio, pelo menos, de maioria Go capical social, até de todo o capital social (exceptvada uma ‘quantidade negligenctével) haveré (.) que recorrer aos crtéios de intr- rtapio do contrato conereto, para, nurma sus consideracto ‘slobal também sob o ponto de vista econsmico) saber se as perces quiseram transferiro préprio dominio e contwolo sobre 2 estabelecimento™” ‘A luzdests sus conclusto, resulta claro que estes Autores defendem que a equiparacio de share deal a asst deal pode tambéas afirmer-se (com recurso & interpretagio e quali cagio do conmrsto) quando © comprador das participacses socials se torna sito deminante ds respectiva sociedade: aqulsiglo da “meloria do capleal socal”, que nto se diz se tem. de ser absoluta ou relativa, sendo certo que também esta skims, mormente por efeito de saoedosparassoiais~ expres samentereferidos, note-se, por Pinto Monteiroe Paulo Mota Pinto! -, pode alcandorar o seu detentor posigio de domi- anncia na sociedade™, ‘Subordinando aaplicagio do vegime da garantia do com- + dequipatacto,nos termos expostos, entre avenda de ipagbes sociis e a vends da empresa, Pinto Monteiro fe Paulo Mota Pinto nfo fazem, porém, outro tanto no que respeita & sujeigio do vendedor das parsicipagées socials & ‘brigegio implicita de nso concorréncia. Nas suas prépries palavres: "(..) no caso da obrigacio de nfo concozréncia © Cie "Compra e vends de empress, REI tp. 87. (eublinhados no ginal omitnos as ase do pe-de-pagna). 2G “Compra evenda de empress" RL), ct B86 © ii fasnameron6.2.69-2:3 ts BRIaAGDES Dx NAO COMCOREINCA 4 NEGOCIAGHO DEFINE sblema eperece (..) Retieado — obrigegio ser (eenscege do estabelecimento, sem neces- sSidade, porém, de supor vce negéeto pelo qual este cenha sido ‘ode ume transmlssto juridice (nko apenas empiries) directa’, Neste ponto releva @ sua concordincia com & posigio de Orlando de Carvalho”. 6.2. Bngrécie Anrunes, “secusando oapsiorisme das duss ceses radicals em presencs”, quals sefam, “sfirmagio e nega (glo apriorfstiess ou absolutes da equiparagto de venda de parviefpagGes socials & venda de empress”, considera que £5 melhor enrenclimente consistiré numa via intermedia”, que “remeta @solupto da qussto para os casos coneretos a obter| ta base da ponderaga de ers facrresesenciais « morfolgia do “poder decontolasoctetdrto, avonsede das partes contratantes, 0 “fundamento das normaslgats eplicandas™. ‘elativamente so segundo fator ("a vontade das pastes con~ vatantes”), jd antes apontado, recorde-se, por Ferrer Correiae ‘Almeno de $4”, Calvi da Silva"*e A. Pinto Monteito e Palo ‘Mota Pinso™, Engrdcia Antunes diz “ser necesséio (.) quese posse concur ter side vontade dasparcestransferira empresa, igue assim constinuis a verdadeira causa © objecto negocial (mediaco) do contrara de comprae venda de acgSes ou quo” ‘as: por outras palavras, socosrendo-se das regras gerais de fnterpretagio dos negécos juridicos (em particular, ats, 236.° ce “Compeae vena de emprem” RL ity p99. 2 Git apr, mero 43 2 io empresa coma choco denegdcios.", ROA, cl p-729-730 {aublinbados no orga, omitioe a owas de pé-de-pgins). Ce ara, niimero 5.2 Cfeapranémero§.3 2 Cheap mimes 61. r gs. do Cédigo Civil) ¢ dos virios elementos herment eos disponivels (pg, hstOrico, literal, sistemécten,erc.), frata-se de apurar se as pastes qulserem conciulr um contraso {ie comprae vende de empresa (..) ou o-s6 um puro con- trauo de compra evenda de parvctpegdes socials)". “Entre ‘e subsidios Interprevativos ~ assim continus 0 Autor seve tadores dessa vontade, estarto.as negecaptesenireaspartes— _gutefertncia expressa e consistente nos scordos preliminazes ‘empresa como abjecto detransmissio 0 textadecontrato~ sg, quandoadeverminagfo do prego das participagbes sociis htenadas se feita por ceferEncia A empresa societiia, nko ovelor de mercado (cmomente, a cotagfo bolsiste) desses parecipagies —, au ainda o prépri sistema do contrato ¥.£., quando hejam sido previstas clénsulas que tomem expres Samente aempresa como referéncia da regulagso contranual (Gg cliusulas de garantias sobre 2 consisténcia patriaonisl ds empresa societiria, sobre a actividade e gestfo empress tal, sobre a conformidade substanciel do balango e demais demonstragbes contabilistias, ec)" ‘Com o primeira factor, Engrécia Antunes evidencia que “para que se posse falar decransmisstio indirecta da empress soclal, necessério se torna, desde logo, que a trensmissto das acqBes ou quotas haja efectivamente investido o adqul- rence na titularidade do controle da socedade: assim suceder ‘ex defnitione’ nos casos de aguisigfo da toetidade do capi tal socal, em que 0 edquirente passe, na qualidade de sécio alco, a controlar solitarfamence o exereicio da rotaidade das ‘competénctas legais e estatutisias dos érgios soclas; assim. Sacederd cambém, em vie de principio, noscasosde agussizn0 1 cfs "A empresa como objeco de negicios.”, ROM, et, p. 792-733 {os aubtinhades fo nosso omitimos as noms de pé-de-pgin), ia ratte absolute do cape, =a cade de sheio meiorsirlo, passa Sispor impor o cunho da sve vontade no sia dos Srgics vose mediatamente dos Srgios ac 0s, responsivels, pelo govemo e gestio da empresa socials jt Inversamence, 8 guile de uma minoria do capital nto podené ser em regra equiparada & transmissfo da empresa, por ser geralmente snidénea por si s6 pars atvibulr ao adquirente semelbantes poderes no seio da estrarura orgentzativa social””. Como & referido pelo préprio Engricla Antunes, conquanto nioseja essa a regra, ums pasticipacto minoricéria poders, em cer tas circunstincias, ser suficlente para ateibuir 20 seu tiuler controlo secetdro, “mercé de wm conjunta multe variado ds vieisinades, eojam elas de sarureza legal ~v.g, suspen- ho ou inibigSo de voto (.) ~, de naturezs estarutiria~».f, titeragio de proporcionalidade cepital-voto (..)- de natu xeza contrantal ~».g.,acordos parassociais de voto (..) = ot. x6 de nacureza puramente ficriea ~». 4. elevado free flost” do capital social” 7. Um outro sector da dovrring nacional, defendendo & equipsragio de share deal asset deal, socorre-se de outro fn damento dagmdtico gue nde a inrexpretagio e qualificagso {0 contrato — concretamente: a desconsderasdo da pesonali- ade urea > fe.tA empress come objects de nepos.", ROA, ct p. 730-731 {oienos as notes de pé-de-paginaeguns sublinhados sono), 9 Cinta cmpresecomo objeto denegteies”, ROA, ct,nta 2, p. 73), Come adian 6 werk (atmeros 9.10), o noso encendimente est promo do deste ALOE Yr 7.2. 3 esse 0 caso, desde logo, de Henrique Mesquis™, Qugesse-lo:“(..) se todos os sésios de uma sociedad, no mesmo aezo (6u ex estos colgads), vendexera es suas ps tcipagSes a um eerceiro, proporcionande-Ihe, sob 0 ponta Se vista econémico, uma sltuagto equivalents & que resul- carla da tansmissto directa da empresa, deve sbstraic-se da perronslidadecolecva equalifcaronegéclo comoumcon- trato de comprac veada da propria empresa (so 6 como um contrato de rexpase)". "Eo mesmo se digs, dbviamente, se o nico sécio de usa soctedade vender toda s sua posito (Gepresenteda por aeyes ou quotas) 4 mesma pessos"™ sto ito, Henrique Mesquite serescentava (em nots) que“ senda da totalidade das paticipagbes socieis a ume s6 pes- you devem equipararse os cases em que a quastidade nfo llenada se nlgnfcante a relevant, ead se pasando, ema termcs peiticos, como se ocompredor houvesse dguiridoa slobalidade do capital social”®. Desta conelusio de Henrique Mesquita decorre que, cm seu douto juizo, © curse & desconsideragio da per~ Ssonalidade juries, com vista & equiparagio da compra Ge artcipagdes socials compra da empresa socal, depende Go preenchimento dos seguintesrequisitos) ocomprador das parcipagdes sociais hi-se ser uma s6 pessoa (homens ou juris), podendo o2 vendedores ser viios: #) a com- pre hide ser feita no mesmo acto ou em actos coligedos; Jip o moncante dss paricpagées soca abjecto de wansle~ so pode no corresponder & globalidade do capital soca, Ins de fora (ow seja, mantida na ticslaridade do(s)s6cio(S) > "Anorsio a acted do Tebunal Abie, de 31 de Margo de 1993, if, no 127" 1994-1993), p.185 5 et motagion" RL ete, 220 “Anomgio REF se, note 2, p. 220. vvendedor(es) ou de outse(s) parte que sejeinsigniGicente ou irrelevance, 7.2. A equipacagéo da compra de pasticipagSes soci (quotes ou acgdes) de uma sociedade & compra da empress social, pers efeitos, designadamente, da garantia do com- pprador e de sujeicio do vendedor & obrigacto implicica de ‘fo concorrancla, com fundaments na desconsideragio de personalidade juridice, é tambérn defendida por Coutinho de Abreu (© Aator vel, porém, mals onge que Hencique Mesquisa, Com efeito, a0 dizer que, ‘por ef, penso se: de afirmar, coms repr a citada equivaléncis [a equiveléncia entre compra de (quotas socias © compra de empress] quando o adquirence das partes sociais Gque sdispor de matorizabsoluta des voz, ‘Coutinho de Abreu estéimplictamenteadmitira desconst- deragio da personalidade jusdicaéa sociedade a partir desse limier, pols € da afiemagio desta que depende, em ltima instiacia, no quadro do seu enrendimento™, “e equivalén- cia entre compra de quotss socials e compra de empresa”™, © fi, Da enpresraiade. tp 3428. 1% Ge Daempreraade. le not Tp. 38 (subinkndos nosso) % Cie Deemprsealdade et, not 91, p 882; p. 205-206 © Dizendofulgarqueatwansmlsio do materia das pariipagessocias, 6 porsl, pode no justia a equparago,sendo de exgisprova de flgo mato A. SovEKAL MaxriNs,"Dspersonaldade capeidede forilen dar sociedader comers", su dos de Diodes Seas (coord Jorge Manel Coutinho de Arey, 1 ed, Almedina, Cot, 2013, nota 26, p. 92-98 (oft. ainda nots 29, p. 98) antevionaente, do ‘mesmo Autor ie, Tranamisso da empresa socctire: Algumas 0." fn: Nor20 ans do cg das sides comers Homenage 25 Prof Bouton: Pere Crea, Orland de Cara aso Lobo Sir, Coimbra Bator, Colmbrs, 2007, =. 4326, 7.3, De modo semelhence, Cassiano do Sentes defende 2 desconsideracio da personalidade jaridica da sociedade, para efeice de sulelero do vendedor de parcieipagées socials (quotas ou aogties) 3 obrigagto implicita denzo concorsén- is, ocorendo “2 tansmissso de pongda decontrolodaronedede ‘eacransferéncle de um controle efecivo ou real da empresa pac co adquirente das parciclpagées sociais”, eno pressupasto de que “2 empresa fol valorizada ne negéclo”™: 7. Pensemos no modus operandi da desconsideragia da pessonalidade juriéica de sociedade comercial, no caso em sndlise (equlparagio da compra de participagies socisis a compra de empress, pars efeitos de garantia do compra dor e de sujeicio do vendedor & obrigagéo implicica de mio ‘concorténcia). ‘Sto conhecidos os ensinamentos de Ferrer Corveis, em que todos hoje nos louvamos, sobre a “signifcagio exacta do conceito 'personalidade juridica’ referido as socieda~ des comerciais”,e que agora aqui lembremos: "Na teoria da sociedade-pessoajuridica, patrioaénio social nfo ¢ apenas sam pasriménfo separado do de cada um dos sécios, masver~ dadeiramente um conjunto de bens e de relagses juridices pervencentes a um sujeito novo ~ um sujeito distinto dos assocladose do aglomerado por eles constitutdo”. , por ser assim, “o dieito dos sécios nto recal(..) nos bens soclals,ndoé ura direto real, pois sé pode serum direlco para coma corporagio ou em face dela"™. Sendo as colsasassim, em consequéncta do rconfecinente da personalidade jurdica sociedade — sto é, endo asociedade * fe ob at, p 304-305 (ublinhados nos) Che asus. cep. 69-7, clas (as coises, envends-se) continuar a ser assim quendo a personalidade juridica € desconsiderade ou, perdoerse-nos 0 cologismo, € desecontecida Nesse ccorréncia, cu sejs, com @ dasconsideragto (ou desreconhecimenca) da personalidade Juridica da socle- ade (com detox mate sets), a empresa social, que antes ere propriedade da sociedade em causa, passa « pertencer era ‘compropriedade (rectlus: em comunhzo™) aos sétos, os quai, por ‘Tem olhado pata oat. 13! do Céigo Comercial, vendo nele censigrad os dol mods postive exrectodeuma empresa comer Sano neat diaal eumero st) eo exer sliver 2). Relatvment xtc ulino, pace, prim, decorer qu ela nfo pode ter leva sco seo em formar, ow se em uma das Formas {Ge vciedade comercial, eno elencoeasatiro coast (hoje) do are 14, ‘n02 do Codign das Socedades Cometias(dorsante, CSC). [Ase efecivamente asin, erse-la de olhar para oreferida antigo de ‘utro mado a connapodsto que ele nculanio sea ente eer ind Sia! cools da empresa comertl sera mente eee Ina nectar devas mesma empresa, por so qua, se20 Gexetccto da smpresa comercial lvago 4 cabo am form: tocltirs, fal exrscto € de uma o qual obeamente, ose de rao (0u, 56 {peer « penn ord) qu, entre nds x Sociedade comercial Se (grlguer ip é art $4 CSC), De een cas0 se acelte, como Resparece {has scertado, que, no quadro de nosso det, existe comercanes {Gor no so nem comeringes indus nem ecidades comers, ‘Siem m rlagio a cles sors inapropiad ilar de exercci oleae ‘St empress comercial Estamos 3 pensar nas cooperatiase também pos agrapsmentos complementres de empresas © nos agrupamentas Suropeus de iterate ceandmlen qualtcandovos como comerlantes pasa ao, basa qe ose abjetsconsstana pata deacos de Gonticlo~ = personalidad jrdioa que thes € propia, fr com que ‘enerccio de rexpeciva empresa rela untae, cracamente porge € levi cabo por um st de dete (Scalar nica do pros Gsvo, que aempress 6). EEnreoexerecio indus] da empress comercial ¢oseu exeeicio uni {ano exit, ot, mle: num caso © nostro, o proceno procriv, {es enprora ¢ om um Unico clan A derenctlor ext, condo, ‘Tjreonsincs da, no cso do exerci individual esse Walser uma pessoa humans eno caso do exericountir, ser uma esse [urd Ponto srk porte charsanmos pestosclecuva que a Ueuldade do preceso produtiv dems de sr de um s9 pata pastas sercolect ‘Aspontadasimlingeonee estes dols modes de exeriao da empress Somertal permite ditngutieeaambos do carcino dasea mesma ‘cmpremO empresrio come paso ou see prefer, ular do proso [raft 6 af conrad por das ou male pessoas spindo er coma {potame-nos no ensino oral do Profesce Orlando de Carvalho agra not8) ois bem O art 188 do Céalgo Comerclal nto pode ser interpretado no seneido dew exericio unio da empress comercial esmivo se ‘rerio coleevo, fzendo com que este wesse obrgatoramente de reconduai-se sempre quel. Dito de outro modo: interpretando assim eletideproceita condensvareccomunhtademnpree adits do resmo psn aseilalefirgeda ou suomi ‘Pensesos nam exemplo: Dos indeiduorroccbem por ligedos empresa ‘eum comercante individu, Nada stats, 6c, qos, deseendo ‘contnuse a exploragio ds empresa, o legatirios darts acordassem, ‘apres ov tcitamente, a constitugte de uma socedade comer ‘Sal (ears de empree). Mas Seré que, mesmo a falta dese cor (ei a faa de afeto ota), coninasndo cee x cxplo- ‘gto da empress, avers de adm a exetancia de ua sociedad ‘A sexpowtssfirmatva 3 tl quesivoredundarta a acieato da soie- dade firgeda 00 automé, de que hs povea flimos. Ors, fo verios ‘como seja possvelsbragar al ieia,& luz da dogmctes scien, Consaguontements, nfo padendo, no cso, falar-se nem deexerctcio tniviusl nem de exreco untero da empreta, do que efecvamente Se uataacta doseucanreicocolecve sian de comuodeomprart = damosem comunhto de empress, e580, nesese em compre idee de ‘empese (comprapriedad¢, no diac do Professer Henrique Mesgats, ma des situs om que pose Sesentraniaraeonsstito mals st) ds comunhto de dicior: Dine rats, Coimbra, pole, 1967p. 23) Be para afataraapicagto do a. 412° do Cign Cis paras obo, ques emprons nia secompadececomacegrseonrasts deste prcelto A stung de comuaito de empress, no exemple que aia ot Furada,ciahama sua bate voocade de um ercelocavontade do ator do estarsenro, qual os omnes se ancinhim Beis contnvscao de ‘xploraso da empress som contrlrom,exprestaouraetamente, us ‘edad comer). Suparus dizer que pode nto rer ssi. Com efit, nada bi gue tmposs {dolsou malsndiduos deconprarema empresa de um teeta Scand ‘ees perencerthescmcsmunhi Ousnj Scand calm dlercom tre got el que pode no ser de gl valor, nda sree enpest (a propénto das ferences tess acerca da ntaren Jods du orm propredade, rd por exemplo, A SaNro Justo, Dicrrens 4d, Coimbra Edtora Cobre, 2012, p11, €R. Prvto DUaLTD, Cir edocs, ed, Principia 2015.62). Toenande-se contelares, deste dicta, caberihe- decidir o que finer comaempeese om ese Asinindo de lao a hipétese dea terem comprado par (poderes) ‘esr (compra de concorrénia), podem, é lara revendél loess, ‘ona umn sociedad comercial on coninasra soa explora, ee ‘ami colvret ainda penivel uma outa scunglo de comunho de empress de base conan, queda seguinerodano de ue empresa contrat, onero= bougyarttamenteacesfe de uma quota dea, jo montante expres ‘mene fo, do ea diet sobre xia crpram.Revecontato, undo bnerasa,eno querespeta ao senherigecontinice da empresa~guenso, owas, 20 seu senhori frie, mio difere Jo negseio augers dx nerd om sociedade © dano da crmpesn podia na vewdade, om ver d= ‘cnderaotercelrowmaquotaideal do reudst sabre el (fa quae ‘orsespondente «30% dese diets), sordar om clea consitucto de ‘uma sdetedade comercial, obrgando'sesrealizaao da on entrada com "propria empress, feando o consis obrigadoarealsar oma enada ‘bticagao optics DE who conconstsicla ‘so mesmo, a podem alienar, cedendo per tnteio, no mesms acto (ou em actos coligades) a wma sé pessoa (humana ou juriica), as suas partelpagbes socials, qu, por um fastance lites ~ o instante lgico inerente a sua translagz9 - se cornam parvesaliquotas do dielto sobre a emprese (¢, mais em eral, sobre o patti= smdnio que ela iacegra), Foder-se-d usar a mesmia mevédica explicativa do fim clonamento da desconsideraggo (ou desreconhecimento) da personalidade juridica da socledade no caso de compra or wma sépesioa (humana ov juridica), ne mesmo acto (ot ‘em actos coligados), de todas as participagaes sociats do aéclo tinico da sacledade em causes neste ees, sficmads & desconsideragzo da personalldade Juridica, 0 s6cio tnico fics proprietério da empresa social, vendo, por consegulnte, legitimidade para transmitir 0 respective dire, o que faz cedendo, nos termos antes referidos, vodss as suas partici- ‘pases socials, as quals se tornam por um instante l6gico~o cm dicheiro de montane gun ao valor daqusla. A paredo senor ‘conomieo da empress, em ambos os casos nfo svt diferente (Continuanda «pensar na certo oneroa de uma quota deal do creo Sole empress malsprecisamente uma quota correspondent 50% Alesse deceo~ «tendo apenas em vst pacha do renhoro eon ‘ico sobre ela, nfo aiguradialeabelecer sa amos orn un Gutre neice: Osco Unicode uma tociedade por quotas (are 270"A CSC), ve, decidindo por vero 4 unipesoalidae, dria» quota da soattolaridade em dus deigualvalor,rndeo uma dels aur terce> (Ge 270°-D CSC) [Caro ostalardnieo da quotas dvdlne em dase ‘gual montante, parade seguide dor ums dens,» homolog ers coms ‘eessto grata de uma quota ideal do dveto sobre sempresa ~ als precramente, de ume quote correspondents SON dete diets ex ‘os a pensar, noe-se, mime sociedad unipesoal por quotas em cof ‘autminie exits ums empresa 0 logice, no direito sobre a empress. sc desconsideragto da personalicade j dasociedace (pare efeitos, aove-se, da garancia de comprador eda sujeigio do vendetior das participagves sociais & obri- _geofo implicica de nto concorrencia), também noseasos ent {Que as parciclpagtes alienadas (a umé sé pessoa, ao mesmo seto ot1em aztas coligedos) nfo correspondam sengo & maton ado capital social uma posigho defendide, come hé pouco vimios, por alguns aucores nacionais ~, continuaria ser pos- sivel explicar © seu funcionamento do modo entes referido. Vejemneum exempio simples: sécio de uma sociedad por quotes stular de umaparicloagio correspondenteaSI% do Capital social, vende a terceiro esta particlpacio; afrmada a desconsideragdo da personalicade juridica da sociedade (para efeizos, repetense, da garanta do comprador e/ou da sujelgio do vendedor & obrgacée implicita de nto concor- réncia),e como antes dissemos, a empresa social passaria a pertencer em compropriedade (ret: em comunho) aos ‘s6cios, havendo um deles (0 maloritdrio) que, cedenda a sua participagio socal, rransmatia a sua parte aliguota (ne qual essa partieipagio instantaneamente se tornara) no direito sobre empresa 8. A divisio, que vimos exis na nossa dourrina, sobre o fundamento dogmatico eas condigdes da equiparagio de share deala asset deal, reflecte-se na jurlspradéncia. ‘Assim, e por exemplo, no acérdo da Relagio de Lisboa, 6627 de Junho de 2006 (grocesto'n.12968/2006-1;Relatora: ‘Maria José Simes),acedivel em www.dgsipt, decieiu-se que “ig alienagio da totelidade das parcielpagbes sociats do capi tal de ma deverminada sociedade constitui um caso de desconsiceraglo da personalidade Juridice e treduz-se n0 trespasse do respectivo estazelecimento comercial” ‘Malsrecensemente, findanda dagmaticamente eqs rego de share deal asvet deal, na inzerpretagio e qualifcagdo do contrato, cabe referir, rambém agora de modo exem- plificativo, o (muito extenso e multo bem fandamentado) sacéralfo do Supreme Tribunal de justiga, de26.deNovernbro de 2014 (processo 282/04 STBAVR.C2.S.1; Relator: Tavares de Paiva), acedivel em www.dgsips, No respective sumério Isso 0 seguinte: “L A aquisicio de uma empresa pode ser efectiade quer través de uma aqulsiclo directs, coms trans iodo estabelecimento, quer indlrectamente, mediante aqusipfo da totabidade ou da maior do capiva social da sciedade aque € ticular da empress”. “I. Para indagar se com a com pra e venda de cogSes se precenden, apenas, a transmissto des participagtes socials (compra de direitos) ou, eambém, da empresa (compra de ume coisa) tr derecorrerse, entre ‘outros, 20s seguintes elementos: interpreta do clausulado contratual, pecentagem de partcpagtssotasalienadas anise ‘de proceso que conduzi & formas do contrazae musa de fragt cto prog das partispagtessocits™, 2B) Posigio adoptada 9. inguestondvel ques equiparagdo de sharedeaaaset que cle passa epoder fazer, no sele ds sociedade (pensaos,rel- vererse,na sociedade por quotas enasociedade anSnima), sem ‘9 contributo do(s) consécio(s), J a0 que este(s) deixa(m) de poder fazer sem contributo daquele, poder-se-do spon tar visas cutras siuages em que, parcinda da fnzepretapaa do contate, é possivel coneluir que a vontade das perces fot dlrigida &transmissfo da empress socia] 9.2.1. A primeira dessas situagbes respeita & compra de pactieipagses sociais (quotas ou segées) correspondentes maioria qualifcada, isto &,& malaria exigida pelo regime Tegal da sociedade em causa pars a alteracto do respectivo contrato", Passando a deter esse meiorie, o comprado fica com o destino da erapresa social nas sues ms: em skima Instancia, se for esse 9 seu interesse, pode, mesmo contra a vontade do(s) conséclo(s), alterar 0 objecto da sociedade, subscimindo @ antiga empresa por outra, e também pode dissolver a sociedad, procedendo & préprla liguidagio da respective empresa — ¢, podendo fazer isso sozinho, isto é, sem precisar do contribute do(s) eonsécio(s), pode, afinsl, che cuprnmero 3.2.1. bas onnicagoss 23 wio coNcoRaNets Si wedoctacko HEFT 12.2. Nocaso daventedeps lui dever ser equiperada Aven: al, poevse, éclaro, omesme problema de delirsitagfo do mbieo pessoal acto Implicia de ndo concorréncia. O mode come cee problema se resolve nto difere do que fol cinda agora referido, Ouse, esse obsigacto abrange, pare alémdasacie+ ade, que é 0 vendedor des partcipagses socials, qualqver tum dos seus sécios (independentemente de ser ou no _gevente/administrador) que preencha ums das segulntes condigées, que faria dele adcio-empresario,a qual condigto 4:0) sésio minoritério, que s60 € aparéncia, i) séclo parl- ‘iris e ii) sScio malortécio. Na vends de participagdes socials, que no tenha sido 0 ‘ammiaho paraa venda da empresa social, mas ma qual a obri- ‘gagio implicita de néo concorréneca seja exigivel™, sendo o vendedor uma saciedade comercial, 0s sujeltos passivos dessa obrigacio coincidem com aqueles que se considera ria sevem os seus caso se houvesse de eguiparar a venda de paricipagies sociis a venda da empresa sock TID) © que se protbe aos sujeitos passives da obrigagio implicita de nfo concorréncia 13, Asfirmagto da obrigacdo implicta de nfo concarrén cia, nos termos ances referidos, contende com iberdade de iniciativa econémnica (are. 61.!,2.°1, CRP) das pessoas por ela abrangidas, disse se ressentindo o préprio sistema de iber- dade de concorréncia™, que pressupte que os concorrentes 1 fe pr, ximero Como caucremor em outs lige (soortendo-nos eG. Milner), aiberdade de nciativa somdmin pends dada sponte plaradade potenciats, que todos somos, tem lherdade ps ‘mercado, rornende-se assies concormentes actuals. 1B que dizer em relagto a0 direto a live excolhe de pro fssZole a0 direito ao cabalho daquelas mesmas pessoas? Serko estes outros direitos, aos quaisigualmeme cabe tutela jus-constitucional™, cambém aingidos pela afirmagto obeigagéo implfcia de nko concarstincta? IB. Oquesico, assim formlado, remete-n0s pare o pro- bleme de saber se, no quadeo da noses ordem juridico-cons- ticucional, odiceita ao wabalho eo direito livre escolha de proflssto sto to dispontseis como a Mberdade de intciative ‘econémica, Pareve-nos evidente que, neste aspects, aque~ les direicos e esta liberdade nao podem ser equiperados. ‘A lberdade de iniciaulva econémica é um pressuposto de uum cero sistems econémico-sociel: sistema de livre con corréncial™. Mas a concretizagso e a defesa deste mesmo sistema, que é hoje © nosso, nko postulem que todos nés, fazendo uso da nossa liberdade de inieiativa econémica, dei- ‘xemos de ser (apenas) concorrentspotenciise nos tornemos ‘de sujetos (pessoas humanas «pessoas funds) exercemes tad-se ‘mlberdade deconcotréncia~ esta mais, poly que alerdade de {pleat cconsmica prada, onsiderada sob particular Angulo vse Sscovsstinca dos vsioeujcos qu dela suftors (6&6. NOGUEYRA Sens, A monopolist dacncréncin. city pi, ot!). "Sobre ssutonomia dete dit em elaiesHberdade enclave cconsimica pened cfr eg n0 eto 5 Now trmnos do are 475, ne 1, CRP: “Todos tém deta de excother liremence a profeso ou género de trabalho, sts a resis le ssiportas pelo sneressecolectvo ou netentes sus propia capectdade Por sus vez, ont S8* #1, CRP reza assim: "Todos ten sito 20 seabao 8 Cie pra nota 10, es oBtro4G088 98 Sho cascanneverh WA wEcoCINGLO OREINITNA concorrentes ects, Den cas aqueles de née que, de finer este mdanga, achegenna cconcreti2a: os eldados/empresésios/concortences actuais cidading/ Slo, com efeito, incomparevelmente menos q porenciss. Esta grande desproporgio, que € apandgio de todos os sistemas de livre concorténcla, entre o nimero daqueles ceidadios que se tornam empresiries/concorrentes actasis| 0 mimera daqueles outros que 0 nEo so, mas que tem Iiberdade para adquiic esse qualidade, avenua os periges ‘econémieo-socials da afirmagio da obrigagto implicita de nndo concorréncia. £ verdade gue os sufetos passives desta (© teespassance elif, como antes vimos) ficara impedidos, Garante um certo tempo e num certo espago, Ge voleara ser empresérios/concorrentes, mas hé muicssimos outros que, eixanda de ser apenas) concorrentes potercils, os podem “Spubstiwir’, eesses sto todos aqueles que mantém intactaa sua liberdade de Iniciativa econémics. ‘ ‘Othemos agora para o direlto 20 rabelhoe para odireito Alive escolha de profissio, Comoreferem Gomes Canotlho fe Vital Moreira, “a iberdade de escolha de profissio dis tingue-se, quer do direito a0 exercicio live da profissto (profssio live), querds iberdade de inicietiva econémica privada”®®, Quanto esta iltima ~ so ainda palavras dos mes ios Autores -,"o facto dea lberdade de escolha de profisio| tersido separada da ‘iberdade de comércio eindistis, que © Che Consult da Replica Poregurs Anata, ol. 1, 4 ees (compress, Cottbea Eder, Coimbra, 2013p. 636 sobe20 pono, St ainda Ret MeDrrmor, i: forge Manda/Rut Metts, Costuisto org rtd, 2 ed, Colmbra Editor, Colmbrs, 2010;p. 9635 ‘esava tradicionalmence assoctada nes ConssimigSes pomi- guesas anveriores, oma clare que aquele, que & um direito ‘decardeterpesoal, se distingue da liberdade de empresa cud digelto a iniciativa econémaica privada (..), que € um direizo de cardcter econémica"™ Para, carscterizagio do dlreita co wabalho, sccarrer-nos -emos de novo dos ensinamentos daqueles reputads constl= ‘sicionalistas. Dizem eles “B sem divida significative afacto co dieito 20 teabalho ser © primieiro dos direits econsimi- cat, socaise cultural, categoria que constitu uma das dss grandes divisSes constinscionais dos direitos Aindamentais, {0 lado dos "direitos, lberdades e garantias'(.)-O direite a0 trabalho esté, assim, para os direitos econémicos sociais ‘e culeurais na mesma posiezo em que se encontra 0 direlto A vide no quadro dos direitos, tberdades e garantias, cujo ‘lenco igualmente inicia. Nao sucede isto par acaso:o direito ‘20 trabalho constitu, de certo modo, um pressuposto e um “antecedente I6gico de todos os zestantes direitos econémal- ‘cos, socisis e culcurals. Noutra perspectiva, ads, o dizeito ‘40 trabalho é mesmo pressupos:o do proprio direito& vida ‘enquanta direito& sobrevivéncia"™, Of tee Nas pleura ago de Evansero Maw Jrge Miana/Ro Mets, Conse Forgas Antad, itp. 8-119: "(.) # Bberdade de empress ngo ¢ umes simples Iiberdade funda imental, de indole ou conteudo econdmicn« anslogs aos direitos, IUberdades egaranis. Conran, somultancamente um princi de age” eas ene ou see, pos uma pall drensio nstiacionl a Ob. p 650-657. Sobre a caracterizagto do dieto 20 wabalbo e sua relagdo com liberdade de esol de proisso, ct. slnés RU Mentnos in: jrge ran Rui Mado, Contino Porgucs notde, cit ps6 DAs OBRIGAGOES DF Nha CONCORRENCIA Na MEGOCIAGHO DERINITVA Bode assisn dizer-se, em liberdade de inielaive eeondeaiea ~ mani, na sos ver de diveto & empresa 03 de Uerdade de eriagto de enpresa(e fot nessa vertente que nés ainda hi poueo o refecimos) ~, que ssune dimensio pessoal em fangio do seu cardeser eco- omiea, 2 direito # live excothe de profsste © o diveita 20 sabelho essumem dimentio econémica em fansio do seu cercrer pessoal: liberdade de iniclativs econdmiea écons- tirueionalmente garantda, enquanto pressupasto da realizegto eum cero sstema ecanémica-social,odireito live escola de profissioe odicelto ao wabalho sto constiracionalmente _gerantidos como algo de imanente pessoa humant. Adela ‘eos prineipios do Estado de direite democcético nto claudl- ‘cam se forera apenasalguns ds respectivoscldados, que sto relativamente pouces, fazer uso do seu dlielco A empress, digamos agora assim, mas jé claudlcariam se fossem muitos do poderem fazer uS0 do seu dircto live escolhe de pro- fissdo e/ou e0 seu direto ao ceabalho. 132. Alua doexposto,néo pode admirar que oditelto’d livre escolha de profissto eo direito ao trabalho sejam, desde Ind muito, consideracos mais indisponivels ~h4 mesmo quera propends para a sue radi! inéisponibilidade™ - do que = Lberdade de inicfaiva econdmice. ‘A prova disso mesmo, ¢ no que respeita b nossa ordem, Juridica, encontramo-la no art. 136. do actual Gédigo do “Trabalho. No seu n* J, essa norma reze assim: “B aula a © Chee, nora 3 "norma inka antecedents no ar, 46 do anterior Cdigo do “Trahalko (apron pela Lei n* 99/2008, de 27 de Agowo) janes, ont 36° do Deutet> Lain" 49408, de 24 de Novembo de 1969(EC1), ‘onrtoaGio ett 38 ho cowconsacta cléusuls de contrato de trabalho oue instrumento de regue Iementegdo colecziva de trabalho que, por qualquer forma, possa prejudiear 0 exercicto da Hberdade de zabalho, apex 8 cessagio do contrava”, Fixado o principio, o n.°2 do mesmo amigo acrescenta: “Bice a limieagao de actividade do trebalhador durante o pestodo méximo de dots anos [om certos casos, que fo refe= dos no n.*5 do preceito, opesiodo mésximo pode ser de trés anos] subsequentes a cessagi do contrato de trabalho, nes seguintes condigses: a) constar de acordo escrito, nome adamente de contrato de trabalho ou de revagacio deste; ») ratarse de actividade evjo exercicio poses causes prejuizo soempregader;) atrbulr ao trabalhador, durante o perfodo da limitagio da actividade, uma compensagio que pode ser reduaida equitativamente quando o empzegador tiverreali- ado despesas avultadas com a ua formagto profissional™®, Sobce iets (mut-sculs) das ciurslay/obrgasdes dee con correniapis-emprege, nM, Noguera Sentry A manpolnto concoct he, 277-279, rE 496 (ete rrmane),p 289-277 nots 496 det alerto),p. 71-378, nota 766 (rele ingles dio soree-americane), «p54 558 ot 125 (ito fences. Devers ntivel oAnayourDyereas (15), Ui enue obrgar se petanteoseuanener Mestre xa exert aru rose nacidadeome {see seenconiravacstabelecio, durante um certotemp (elses ao (que pares), Para alm de ter conclu pela ilegaldade dacbrgasto (Gonsiderando-e consist 4 cmonan aw), uz ul ia se dispensou, icc Di fp haere pid fine tthe King” (fe MS, NooUsInA Sense, Amontpliayto “stoncrine et, p 364-355, nota 756). ‘Sobre estec os cutospecetas que oprecederam (cf neta ates), depo exemple, |. L8t te, Ditto do Teal, vel. Coimbra, 200%, 1.62, JOLto Bt. Viera Gowers, "As clhunule dete concorréaca no ‘beeiza do ababo (algunas queso)", urer deere UCP, Porto, 1998, as ousicagtes De sho coNcaRRivels NA NEcOCiAcHO DEETSETNA dents eoneoreéne! ia" envolvendo semprestcios eos sestxizthadores (ou ex-uabalhadores™, quer defends que o creo vie escalba de profs © 9 1.998 ay 1D, ie do Teabatho, vl, Reaper nid de aba, Evins Baits, Colmbr, 2008, p. 608s, Luts. Tess De Mawtzts Untrko, Dirtods Trabalho, ed, Almedina, Coimbra, 203, p 369, Manta bo Rosdato Patata Ravato, Trtedode Divo do Tretli, Parte tt Stages labarstindidu, S04, Amedina, Cotmbea,2014, pilllds, Awréwie Monreino Pansaious, Dow do Trebalho, I7Sed, Almeding, Coimbra, 2014, p. 583 5 € PEDRO ROA Maxi, Diet ds Tab, 708, Almedine, Colma, 2015p. 6525 | Zeuemboss rites, tambem de adole dogmiticjriie, pars dis ringuir entre clasulsobsigagbes de nso concorrénciae patos defo Soncontncinemsentide prop. Asprimcrasrespettm asnculaes Zesumidas pelo tabalhador, por ocasifo da celebragao do respecivo Contats ou em momenta ure mas sempre ns igenea da elaglo labore pare valeem psa cessagzo dent, : (s pacios de ao concorrénca em sentido proprio, por sua Yer con {quanto tenn a mesna Snlidade (restigao do direkt 20 tabslho| ‘yon daliverdae de ncaa econéimica, quese Bema apésacesagso ‘Geraci laboralcaracterinm-e por no momento da sos eelebrass, SS partes do contrao de aba etem ja deta par he term Pode asim dizer que, no caso da clearly obrigasto de nto concor cla ovis sto umn certo spreader seu abalhador jn ‘se do pac denio conenrencta em senedo proprio. as partes so um (Ceaabuladoreo seuex-emregidor Vale io por dize que utosobre {Ss dkauln/obigagiesdentoconcerréncte no poe dees de sera Tigoroi. Narerdae, com oreo ou nulo poder negocio rabaliador pple verse amide confestado com sstuagio de os ober (ounente) Soimprege se aceite vinculase ante fer plano uso do seu deta 20| ‘tabalho e/a dasualiberdade de ncaa econsiies mam furro mals tu menos disante, qu seni no momento em que cess a relagto| Ge eabalo (pra cle, ese fraro ort sempre o centro de 8 eobrevia Tonge prevone “a longo peas tedos entaremoe mores”). Cie norsanerioe Glrelzo ao trabalho sto absolutamente indisponive's hide, por certo, questiovar & sue legitimidade constinactonal”™ [Nido estamos seguros sobre este ponto. Mas néo temos qualsquer diividas scbre este outro: a rentincis do trespas- santee dos outras eventuais devedores da obrigasto tmplicca de ndo concorséneis ao seu diteito a re escothe de pro fAssfo e 20 seu direivo a0 trabalho 26 6 vilida se estiverem preenchidasas condicbes que s norma em refevéncia (0 art, 136.3.n.2, do Cédigo do Trabalho, lembre-se) subordina « validade da rentineia a esses mesmas direitos, por banda do trabalhador (ow do ex-trebalhador). Consequentemente,do sresmo jelto que este nf v8 este seus direitos fandamentais ccoarezados apenas por ter sido parte de um contrato de te balho, também os devedores da obrigagia implicica de no concorréncia, que o sio por terem sido partes (directas ot indirectas) de um negécio de ranslagto da propriedade de ums empresa, nfo softer, apenss por causa disso, cualquer restricloatais direltos (ilamios, recorde-se, dodiseito livre ‘escolla de profisio e do dlreito a0 trabalho), “Tal significa que, embora se fage impender sobre 0 tres- passante etalituma obrigaggo implicita de nao concoreéacia = fazendo-se assim est, sfinal, a aceltar-seavalidade de uma % Nesesensido vdeJonce Lut, oh, p62 l6fora Concretamente cemleiiaens Alemanba) come rfereJUti0 M. Vinika Gooes,"As usta de no concorsénct.”, J ede fr, ck, p. 934, noes 2, 0 prsblema fol amb conslderado pela dotting Tribune Consiacional no arérion 2562004 (proceston.*674/025 Relator MAnio Tonnes), de 14 de Abril de 2004, afinou por out Alapsto-concluw-se x que apostbilidade de exptiagiodepaco de ‘io concortencta” ato vol, deforma intlervel, a normas do 7t 47% n81,e584,m1, da Conrugto (anil em wom. ribunaloone= ‘taco

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