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aw & Po ef? proodeso: 0314578-85.2015,8,09.0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico Arquivo 31457885 af | “4, a tribunal | PODER JUDICIARIO =: 335 de justica | Comarca de Goiania SBR do estado de goids | 4° Vara Criminal — Tribunal do Jug 49 g BPs @ O Ministério Publico, via de seu representante, ofereceu denincia = em face de HUMBERTO HENRIQUE SELVA SANTIAGO, amplamente qualificagp & nos autos, como incurso nas sangdes cominadas pelo art. 121, §2°, ineiso III, do Cédigo & Penal, pela pratica (em tese) de homicidio qualificado em face da vitima DANIEL BUENO SIQUEIRA, fato ocorrido no dia 05 de outubro de 2014, por volta das 03:30 horas, em via & publica, na Rua VMB-10, Qa. 60, Lt. 06, Jardim Liberdade, nesta Capital. Conforme articulado na dentincia (fls. 01-A/01-E), “(<.) Restou apurado que tanto a vitima como o denunciado cram usuarios de drogas ¢ na data do fato se desentenderam em razio do acusado ter comprado uma porgo de crack da vitima ® e ter recebido somente uma parte da droga. Segundo consta do caderno policial, o increpado permaneceu na rua proximo a sua residéncia e neste interim encontrou com © ofendido algumas vezes, ocasiio em que lhe cobrava 0 restante da droga. Passados alguns instantes, a namorada da vitima (Marcia) passou em frente ao denunciado, com uma bicicleta quebrada, € entio Humberto se ofereceu para arrumé-la, recebendo uma pequena porgiio de crack como retribuigao. Ocorre que posteriormente, Marcia acusou o indiciado de ter furtado um cachimbo usado para 0 consumo de crack que estaria na bicicleta, e a partir de entdo foi a vitima que passou a pressionar Humberto para que o devolvesse. Posteriormente, j4 de madrugada, Daniel se dirigiu a residéncia q-- gone rane og none Seo 8 nd +” Procdsso: 0314578-85.2015.8.09.0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Proceso Fisico -& Arquivo 31457605 ct | ; oe tribunal | PODER JUDICIARIO = -_ 2.285 de justica | Comarca de Goiania s5b2 doestadode gaias | 4? Vara Criminal — Tribunal do Ju@ 3 $2 do increpado e comegou a gritar pela mie de Humber dizendo que iria acordé-la se o indigitado nao Ihe devolvesse: cachimbo. i ‘opeoyiss sunsen of Nesta ocasido, iniciou-se outra discussio entre Humberto Daniel até que o primeiro golpeou a vitima com uma fe an ‘Apés, Daniel ainda tentou empreender fuga mas foi persegui pelo demunciado que o alcangow-e desferiu varios outros gol (dezesseis a0 todo), at& que o ofendido jé no esbogas; nénhnima reagao, vindo a’ébito no proprio local. 5 i YaIA V VuLNOS SOSO710G SANRIO 3d YUVA +P VINYIOS Upp op eougiedwiog ep jeuad oedy < WinUlog ojuaullpesoid < TWNINIMO OSS3I0Ud “Bogert © increpado empreendeu fuga —_apresentot espontaneamente dias depois perante a autoridade polici @ confessando a pritica do delito. als Be: ‘A. materialidade acha-se comprovada nos autos, conforife Laudo de Exame Cadavérico de fls. 36/42. A autoria vem confirmada pelos detalhados depoimentos das wy testemunhas © do proprio indigitado’ que confessou ter cometido o delito, Vale destacar a presenga da qualificadora do meio cruel, pois a foi submetida a intenso e desnecessario sofrimento fisico, haja vista que foi esfaqueada & exaustiio, vez que o Laudo Cadavérico atestou 16 (dezesseis) lesdes pérfuro- cortantes. Assim, presentes esto os pressupostos e requisitos necessarios \ a6 oferecimento da presente agdo penal. (...)". ‘Acompanhando a deniincia, foram encaminhados os autos do inquérito policial (fls. 01-F/93), no bojo do qual foram acostados Laudo de Exame Médico Cadavérico (fis. 34/38) ¢ Laudo Necropapiloscépico (fls. 39/42). Posteriormente, acostado Laudo de Exame de Pericia Criminal de Local de Morte Violent fs. 147/168). Deniincia recebida em 08 de setembro de 2015 (fl. 96). Certidao de Antecedentes Criminais juntada as fls. 97/98. ‘Nao sendo encontrado para citag4o pessoal, foi o réu citado por edital as fls. 145. Nao atendendo ao chamamento processual, em 01 de abril de 2016 fora ET ee ete et ' . owes? rant ote actor So 02 Om 3 ® Processo: 0314578-85.2015.8.09.0051 Movimentacao Juntada de Documento -Histrico ProcessoFisico PODER JUDICIARIO Comarca de Goiania 4 Vara Criminal — Tribunal do Jui tribunal de justica Arquivo 31457685 a | | | \ ‘ouensn,, do estado de goias To0'0 $4 018% informantes: Terezinha Bueno Siqueira (fl. 228), Cleonice Guedes da Silva (fl. 228), Eriég Pereira Santiago Silva (fl. 229), Sebastido Ferreira de Souza (fl. 229), Marcia de Oliveitt Nunes (f1. 276), Euctirio Jtinior Martins de Melo (fl. 276) e Joana Diare da Silva (fl. 276), bem como interrogado 0 Acusado (fl. 276), sendo todas as oitivas gravadas em CD pelo ‘oe 8 zm 3 eao ig8 A ghz determinada a suspensio do processo e do curso do prazo prescricional, oportunidade efi? = =o que se decretou a pristio preventiva dé Humberto (fls. 172/173). S29 a8 Em 10 de maio de 2016 (fl. 176) foi dado cumprimento 8 3 253 mandado de-prisdo preventiva do acusado, tendo sido o mesmo pessoalmente citado em £83 & 229 de maio de 2016 (fl. 184). ; “88 92s Bay Resposta a acusagao apresentada as fls. 191/192. 8 3e @ Durante a instrugdo processual foram inquiridas as testemunhas” 3 3 sistema DRS. As fls. 284/288 0 Ministério Pablico manifesta-se em alegages finais, pugnando pela proniincia do acusado nos termos do art. 121, §2°, III, do Cédigo Penal. ‘A Defesa, a seu turno, requereu a absolvigao suméria do acusado por legitima.defesa. Alternativamente, sua’ improntincia ou, ainda, o reconhecimento do homicidio privilegiado e, finalmente, 0 afastamento da qualificadora imputada na deniincia. Encerra pugnando pela retirada da tornozeleira eletrdnica utilizada pelo acusado (fls. 295/300). E, EM SiNTESE, O RELATORIO. DECIDO. No procedimento escalonado previsto para o julgamento ‘dos crimes dolosos contra a vida, de competéncia do Tribunal do Jiri, em seguida a instrugao, estabelece novel art. 413 do Cédigo de Processo Penal que Proceso: 0314578-85.2015.8,09.0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico Arquivo 31457885, df 8 encetra apenas juizo de admissibilidade do jus accusationis tratando-se, portanto, de ui + Guo acolhimento da pretensdo punitiva do Estado-Acusagao, cuja consequéncia é a conduc: do feito ao Tribunal do Jiri, juizo natural para o julgamento dos crimes dolosos contra 4 | . do tribunal | PODER JuDICIARIO 3. de justi¢a | Comarca de Goiania 5 doestadodegoias | 4° Vara Criminal - Tribunal do Jugs is 83 oe © juiz, fundamentadamente, pronunciaré o acusado, $2 : convencido da materialidade do fato da existéncia de indicigs9 suficientes de autoria ou de participagao. ze Depreende-se do aludido dispositivo que a decisaio de proniinefia 8 3 2 2 3 > = S S vida. E, para que isto acontega, indispensdvel que se possa extrair dos autos a certeza crime e razofvel indicio de que seja o acusado autor do delito, compreendidas também circunstancias em que este aconteceu. os:etag song eB unr op ejousjeduiog ep jeusd oedy < uinulog o3touN|psadid < TYNIAISD OSS3D0Ud Nesse sentido, impde-se proceder a andlise da conduta a luz dos indicios, por for¢a do preceptivo inserido no art. 239 do Cédigo de Processo Penal, considerando referida expresso em todo rigor de nosso léxico, notadamente relacionada com vestigio, sinais,tragos de algo que permite infer uma hip6tese. Dai se ver éemprego da palavra “indicio”, reforga a ideia de que nfo é exigida prova plena. Quanto a materialidade, observo-a inconteste através do Laudo de Exame Cadavérico (fls. 36/38), 0 qual atesta que: “(...) lesdes em decorréncia de miiltiplas agdes pérfuro- Wt + -cortantes em namero de 16, com lesio tecidual grave e éxito Ietal imediato. (...) Politraumatismo por arma branca, devido a homicidio. (...)” - fl. 38. Nesse prisma, face a exigéncia do art. 158 do Cédigo de Processo Penal, considero que ha indicios que exteriorizam a descrigdo tipica de crime doloso contra a vida — homicidio, cuja competéncia para o julgamento, em regra, pertence ao Juri. Preenchida, pois, a primeira exigéncia da previstio legal suso mencionada. No que se refere a autoria, verifico inexistir maiores controvérsias, Jz,aom* ae Sure” Too'o $a HoIeA, uopeay ® Processo: 0314578-85.2015,8.09,0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico 30? Arquivo 31457885} df 1 5 oe e tribunal | PODERJuDICIARIO =: 833 ' de justica, | Comarca de Goiania 2552 do estado de goias | 4° Vara Criminal - Tribunal do Jud , 82 HE ghee sobretudo diante das préprias palavras do Acusado que, ressalvadas algumasf > & 2908 circunstancias, reconhece como verdadeira a imputagao Ihe enderecada, afirmando que: 2 223 “(..) QUE é verdadeira a imputagdo the feita; QUE conheciaghs 3 < vitima de vista; QUE nao tinha problema com a vitima; QUEES & cee faca usada para matar a vitima era sua, da sua casa; QUE 0 fal? § que culminou na morte da vitima comegou dentro da casi do interrogando; QUE em sua casa estavam sua esposa e seus dds y filhos, mas estavam dormindo no momento; QUE estava @= > porta de casa e viu Daniel vindo em sua dire¢o; QUE a vitingas s jé havia Ihe ameagado mais cedo, naquele dia, entio foi pate dentro de casa, pegou uma faca e colocou na cintura; QUE voltou para 0 portio e ficou 14 esperando para ver qual a reac de Daniel; QUE comegaram a discutir ¢ Daniel falou ps entregar 0 cachimbo; QUE 0 interrogando disse que nao esta¥a com o cachimbo; QUE a vitima deu-lhe um tapa na cara e sai falando que ia voltar para maté-lo e matar quem mais estivesse dentro da casa; QUE ficou com medo de Daniel cumprit a ameaga e comegou a furé-lo com a faca; QUE o desentendimento entre eles comegou mais ou menos as 23h, com Daniel acusando o interrogando de ter pegado um cachimbo seu; QUE esse cachimbo era ‘de usar érack; QUE nao pegou nenhum cachimbo da vitima; QUE sempre usava crack, sozinho, dentro de um cémodo da sua casa; QUE comecou a esfaqueat a vitimia dentro de sua casa e ela correu para fora; QUE ficou com medo da vitima matar alguém de sua familia e foi correndo atris de Daniel e continuou esfaqueando-o; QUE nao lembra quantos golpes deu na vitima; QUE quando saiu do local do fato a vitima ainda estava viva; QUE ficou sabendo da morte de Daniel uns 02, 03 dias depois; QUE depois do fato foi para a cidade de Inhumas; QUE nfo discutiu com a vitima na distribuidora no dia do fato; QUE no momento do fato estava sozinho com Daniel; QUE no dia do crime sé viu Marcia mais cedo; QUE esta arrependido do que fez; QUE agiu em sua defesa e por medo de Daniel fazer alguma coisa com stia esposa, seus filhos, sua mae; QUE no devia dinheiro de droga para Daniel; QUE a vitima insistia em pegar 0 cachimbo de volta porque sua esposa, Marcia, dizia que teria sido 0 interrogando quem pegou o cachimbo quando foi arrumar sua bicicleta, e o cachimbo estava na bicicleta; QUE arrumou a bicicleta de Marcia no mesmo dia do fato, mais cedo; QUE se oferecew para Marcia para arrumar sua bicicleta em trot droga; QUE arrumou a bicicleta e entregou para Marci: foi embora. (...)” - Interrogatorio gravado em CD pelo Sistema DRS (fl. 276). or op ejousneduiog op jeued © Processo: 0314578-85.2015,8.09,0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico tribunal de justica do estado de galas Arquivo 31457885} af ouvidos em juizo tenham presenciado os fatos, algumas delas apresentam maior elementos sobre a dinamica do que teria ocorrido momentos antes. Ademais, embora nenhuma das testemunhas e/ou informant wW SS PODER JUDICIARIO Comarca de Goiani 4? Vara Criminal - Tribunal do Ju yiozoy sunseNEpPIPAED uosalll 3 acusado disse em uma distribuidora que iria matar a vitiniaS 3 naquela noite; (...) Que o acusado devia para a vitima; (.5) Que quando a vitima foi na casa do acusado para receber deké, © acusado e seu irmio seguraram a vitima e 0 esfaquearaii; (..-) Que.a depoente ficou sabendo que havia uma terceifa pessoa no local do fato através de uma testemunha que se chama Marcia; (...) Que o Humberto esfaqueou a vitima; (...) Que entdo o Humberto deixou a vitima gritando por socorro € saiu com seu irmao; Que em seguida o irmao de Humberto voltou até a vitima e a esfaqueou no pescogo, sendo que esta foi a facada que a matou; (...) Que Humberto fugiu do local do crime em um moto-tixi pilotado pelo cunhado da depoente, sem saber que ele era cunhado da depoente, tendo ainda dito a este rapaz: “meu irmao faz besteira e eu tenho que pagar”, (...) Que a depoente nao se lembra do nome do motorista do moto- taxi; (...) Que a depoente acha que a vitima foi até a casa do acusado para cobrar, mas a depoente nfo tem certeza; (...) Que a depoente no sabe de qualquer fato relacionado a cachimbo ou bicicletas; (...) Que a vitima nfo teria morrido em um primeiro momento, sé depois que foi jogada no chio € esfaqueada novamente; (...) Que a vitima teria sido ameagada na mesma noite em que morreu; (...) Que disseram 4 depoente que © acusado teria dito em uma distribuidora de bebidas que iria matar a vitima naquele dia; Que 0 acusado teria dito isso e ido para casa; Que entio a vitima téria ido A casa do acusado Jogo em seguida; Que um segurou e 0 outro esfaqueou a vitima, sendo que um ainda voltou para terminar; Que quem esfaqueou primeiro’ foi o Humberto; (...) Que 0 irmao de Humberto também usa drogas; (...) Que o filho da depoente nfo andava armado, nem com faca; (...) Que a depoente no sabe quem lhe contou que o irmao de Humberto participou, sendo que isto foi apenas comentado ali; (...) Que a Marcia que disse para a depoente que ouviu o acusado dizer que ia matar a vitima na distribuidora de bebidas; (...)”. - Terezinha Bueno Siqueira — Depoimento gravado em CD pelo Sistema DRS (f1. 228). a $3 58 zm 8 208 tS 52 $s RE oY ou #3 EY 32 of 3 gz 5 de a vor of ejousnedwon op teved 24 < 2 + Processo: 0314578-85.2015.8.09.0051 Movimentacao Juntada de Docum Arquivo 31457885} -Histérico Processo Fisico ' tribunal | PODER JUDICIARIO de justi¢a | i do estado de goias ~ sido’ Humberto’ quem pegou; QUE vitima ¢ acusado nao se 8 & > Comarca de Goiania 4? Vara Criminal — Tribunal do Ji = 0 uosqla :ouensn faWIO 3G VUVA «P= VINYIOS “(..) QUE nfo presenciou o fato; QUE nfo conhece o acusadi QUE vendia caldos na porta de uma distribuidora ¢ j4 vi vitima pasando por. 14 algumas vezes; QUE na frente distribuidora no houve discussto; QUE Daniel esteve distribuidora no dia do fato, ¢ Ihe comprou um caldo; QUE vitima estava desacompanhada; QUE mostrado 0 acusado depoente disse que nunca o viu; QUE nfo sabe se a vitima usudria de drogas, mas'j4 ouviu comentirios de que ela usa entorpecentes; QUE no dia do fato Marcia chegou distribuidora logo apés a vitima; QUE Marcia pediu um pout de caldo a Daniele ele disse que nao ia dar, entdo os d sairam juntos rumo ao banheiro, e depois disso a depoente ni 0s viu mais; QUE ficou sabendo do fato através de Marc®§; QUE Mércia chegou na distribuidora gritando ¢ dizendo que mataram Daniel, mas nao sabia quem havia cometido o fag. ..).”. = Cleonice Guedes da Silva — Depoimento gravado en CD pelo Sistema DRS (fl. 228). s iP reo) e 7H 'soso100 a Bog Be rn vautio: Marea ou ge cnen oh eiriesse «union cuoecimecmia imaes oan iz al “(..) QUE € esposa do acusado; QUE nao conheceu a vitima; QUE nao presenciou 0 fato; QUE estava dormindo quando o acusado Ihe chamou para ir para a casa de sua tia; QUE ao sair de casa se deparou com Daniel ja caido na rua; QUE ouviu “por alto” que seu marido havia se envolvido em uma briga; QUE 0 acusado usava crack 4 época do fato; QUE 0 acusado chamou a depoente para sair da casa porque ficou com medo de acontecer alguma coisa com ela ¢ seus filhos; QUE tinha respingo de sangue dentro da sua casa, na geladeira, perto da porta e no sofa; QUE Humberto estava com as maos machucadas; QUE Humberto trabalhava normalmente e sustentava a casa; QUE ja ouviu dizer que a vitima usava drogas; QUE nao sabe dizer se Humberto devia dinheiro de.droga para a vitima; QUE no dia do fato foi dormir por volta das 20h, 21h, € nao viu se Humberto saiu de casa depois desse hordrio. (...).” — Erica Pereira Santiago Silva ~ Depoimento gravado em CD pelo Sistema DRS (fl. 229). “(...) QUE conhece o acusado de vista; QUE a vitima era seu esposo; QUE nao presenciou o fato; QUE a vitima era usuaria de crack; QUE havia sumido um cachimbo da vitima e teria entenderam para poder resolver essa questo do cachimbo, pagi-lo; QUE Daniel ameagou Humberto de contar para a esposa dele que ele estava bebendo com outra mulher; QUE pessoas Ihe disseram que viram Humberto golpeando Daniel + Processo: 0314578-85.2015.8.09.0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico w a 8 sutve 31487609 a | - oS tribunal | PODERJUDICIARIO = £323 de justica | Comarca de Goiania 2503 do estado de goias | 4 Vara Criminal ~ Tribunal do Jufl 552 com uma faca; QUE encontrou a vitima caida na rua, uma depois da casa de Humberto; QUE a vitima no estava arm: € nem andava armada; QUE Humberto j4 esfaqueou ot pessoa ld do bairro, mas ndo sabe o motivo; QUE Daniel ven droga; QUE nao sabe se Humberto devia dinheiro de droga’ vitima; QUE a depoente pediu para Humberto arrumar si - bicicleta, ¢ nela tinha um cachimbo e um isqueiro; Ql Humberto arrumou a bicicleta, mas o cachimbo eo isquei sumiram, (...).” ~ Mércia de Oliveira Nunes ~ Depoimer gravado em CD pelo Sistema DRS (fl. 276). bute ‘YQIA V VULNOS SOSO10G SANRIO 30 VUVA + Une op ejougiedwiog ep jeuad Oedy < Uinulog ojuaullpesoid < TWNINHO OSS390Ud Bef cosos0 184 eo “(..) QUE conhece o acusado de vista; QUE niio conheceuSs vitima; QUE nao presenciou 0 fato; QUE no dia do fato ouvit uma discussio na rua, ¢ o barulho incomodava muito; QUE aparentemente a discusso era sobre droga; QUE ligou paraéa Policia Militar relatando 0 que estava acontecendo; QUE enquanto falava com a Policia ouviu alguém dizer ‘td me matando'; QUE a discussdo ‘era entre dois homens. (...).”. ~ Eucério Jinior Martins de Melo ~ Depoimento gravado em CD pelo Sistema DRS (fl. 276). As testemunhas Sebastido Ferreira de Souza ¢ Joana Dare da Silva nada trouxeram de elementos relativos aos fatos, tendo apenas pontuado terem conhecimento sobre o fato de que acusado e vitima eram usuarios de drogas, Contudo, diante dos depoimentos apresentados, verifico que a confissio do acusado sobre as facadas que teria desferido na vitima, ainda que com ressalvas, em conjunto com os demais depoimentos ja acostados, reforgam 0 ponto aqui apresentado: a autoria de Humberto Henrique Silva Santiago no caso em tela. . Assim, vencida a andlise relativa a materialidade e autoria, impende-se analisar as teses ofertadas pela defesa. Primeiramente, postulam, tanto a defesa técnica quanto a pessoal do acusado, sua absolvigao sumaria, por legitima defesa propria (art. 415, inciso IV, Cédigo de Processo Penal). a actor Suit Processo: 0314578-85.2015,8.09.0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico rquve 87608 at : tribunal | PODER JUDICIARIO de justica | Comarca de Goiania ; do estado de goias, 4? Vara Criminal - Tribunal do Ji Contudo, em que pese a tese apresentada pelo ilustre defens bem como a alégagao pessoal de Humberto, tenho que a propria narrativa apresenta pelo acusado em seu interrogatério refuta tal ideia, sobretudo quando afirma que a vitima,2 3 : 333 ‘ao momento do fato, encontrar-se-ia desarmada: 28 53s 328 82 Desse modo, a0 menos neste momento processual, a teie25 Bay defensiva constante na absolvigdo suméria do acusado deve ser rechagada, uma vez qge> > nao ha prova segura de sua ocorréncia, devendo tal questo meritéria'ser melhor discutidad @ perante em sede de julgamento pelo Juri Popular, ee . #9 «do a uri 83 Nesse sentido a jurisprudéncia: H “RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRONUNCIA. & HOMICIDIO — QUALIFICADO._— MOTIVO __FUTIL. ABSOLVICAO SUMARIA. MATERIALIDADE E INDICIOS DE AUTORIA. SUFICIENCIA. LEGITIMA DEFESA NAO COMPROVADA. MOTIVO FUTIL. _ EXCLUSAO. IMPOSSIBILIDADE. " DESCLASSIFICAGAO. — LESOES CORPORAIS. INCOMPORTABILIDADE. 1) Havendo prova da materialidade e indicios sérios que delineiam a autoria do crime de homicidio qualificado pelo motivo fitil, ndo havendo prova segura da descriminante da legitima defesa e em sendo @ necessdria uma maior anélise da questo de mérito sobre a exclustio de qualificadora, tais pedidos exige-se elementos de prova capazes de indicé-las como manifestamente improcedentes em sede de pronincia, sob pena de suprimir a competéncia do Tribunal do Juri, afastando-se, com isso, a possibilidade de absolvigao sumaria, bem como a possibilidade de desclassificagdio para lesdes corporais seguida de morte, méxime quando os elementos e dos indicios da pratica com animus necandi estio retratados em juizo. 2) RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO, (TIGO, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 47791-65.2012.8.09.0115, Rel. DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER, 1A CAMARA CRIMINAL, julgado em 23/03/2017, DJe 2259 de 03/05/2017).” sao aon” vo b&S bw Processo: 0314578-85.2015.8.09.0051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico * Arquivo 31457685 cf ; 10, tribunal PODER JUDICIARIO 72: i i Comarca de Goiania 5 de justica | 4° Vara Griminal ~ Tribunal do Jig peo wosa) Ademais, ha que se considerar a situagdo ainda confusa coi z 3 3 2 2. z 2 = relagao a dindmica verdadeira dos fatos, dada a auséncia de testemunhas oculares Rene ocorrido, ainda que me apontem, entretanto, indicios razoavelmente suficientes q i i atendem ao art. 413 do Cédigo de Processo Penal, aptos a conduzir o feito a Juri Popul: Bu: juiz competente para 0 julgamento-do mérito; ocasiaio em_que havera oportunidade pai ed dilagdo probatéria, quando tudo poderd restar mais substancialmente esclarecido. Notadamente ao pedido de impromincia do acusado tenho qui < 3 im 3 3 5 3 3 3 a 2 8 g Z > a Ss 3 20$%50/90 :e3 @ conforme diego do art. 414 do Cédigo de Processo Penal, a improniincia teré lugar quando a instrugdo nao houver alcangado suporte minimo de provas que apontem a autora ou participagaio de um acusado. Tal nao é 0 que se verifica nos autos, sobretudo diante do proprio interrogatério do acusado que, conforme ja explicitado, afirma ter atingido a vitima upp op Slougyeduiog ep jeued oedy < WinuloD ojLellIpase! com golpes de faca. Desse modo, existentes elementos indiciatios suficientes de autoria e materialidade do crime, deve 0 acusado ser submetido ao crivo do Tribunal do Jari, como jé frisado. E esta a orientagao jurisprudencial. ' : '“SRECURSO EM SENTIDO _ESTRITO, * HOMICIDIO. @ QUALIFICADO. PRELIMINAR. NULIDADE. DESPRONUNCIA. QUALIFICADORAS. EXCLUSAO. 1- A dentincia preenche os requisitos do artigo 41 do Cédigo de Proceso Penal, nfo se havendo falar em inépcia. Ainda, inocorrente a alegagao de cerceamento da defesa na fase investigativa pela auséncia de advogado se o recorrente sequert foi encontrado para ser interrogado, 2- Improcedente 0 acolhimento do pedido de absolvicao ou impronincia dos recorrentes se presentes indicios de autoria ¢ materialidade.-3- Invidvel o afastamento das qualificadoras havendo indicag’o coerente da presenga delas. Recursos desprovidos. (TIGO, RECURSO EM SENTIDO_ESTRITO —_476750- 36.2011.8.09.0011, Rel. DES. IVO FAVARO, 1A CAMARA CRIMINAL, julgado em 14/03/2017, DJe 2254 de 25/04/2017).” F seo 0S aoe eon : Proceso: 0314578852015 8.090051 343 Movimontacao Juntada de Document - Htérice Process Fisico Arauive stasrees At ‘ | i Vous tribunal | PODER JUDICIARIO = £325 de justica | Comarca de Goiania 2503 do estado de goias | 4 Vara Criminal - Tribunal do Jufl , 52 g<98 3s 83 oF Nesse prisma, diante da presenga dos requisitos elencados p. a np op eougiedwog ep jeuag oedy < Winulo ojeWl|peDdid < TWNINIYD OSSAIONd art. 413 do Cédigo de Proceso Penal, improcede o pleito de improniincia. ‘suRJeW Opt jog saWrio. ‘opt A Defesa sustenta, ainda, pelo reconhecimento do homik < 90 :e1ec - omfior ¥ WuLNOD oso privilegiado (art. 121, §1°, Cédigo Penal), em razo_ de injustas provocagdes e agresso _fisicas infligidas ao acusado por parte da vitima. .Contudo, observo, nfo ser este 0 momento adequado pales e apreciag3o de referida matéria, que deverd ser levada perante 0 Corpo de Jurados. Neste proceder, aponto o art. 7°, da Lei de Introdugao a0 Cédigo de Processo Penal, que assi os:eer dispoe: “(..) Art. 7°. O juiz da proniincia, ao’ classificar o crime, consumado ou tentado, nao poderé reconhecer a existéncia de causa especial de diminuigdio da pena. (...).” Assim, evidencia-se que & do Jiri Popular a competéncia para apreciar a alegaco de homicidio privilegiado, pois somente naquele momento, através do exame das circunstancias fiticas, é que se poder avaliar sobre a viabilidade, ou nao, do @ privilégio requerido. Pois bem, Vencida a anilise relativa a materialidade ¢ autoria, impende-se analisar a pretenso acusatéria pela admissao da qualificadora do meio cruel (art. 121, §2%, inciso III, Cédigo Penal), cujo afastamento foi ainda requerido pela Defesa do acusado. No que toca a réferida qualificadora, alusiva a0 uso’ de meio insidioso ou cruel, alicerga o Ministério Publico a pretenstio acusatéria em questo, “em razao dos inimeros golpes sofridos pela vitima, de forma a causar intenso ¢ desnecessario sofrimento fisico.” (f1. 286). . ST, gout eons ea nea ofSO0 \ Processo: 0314578-85.2015,8.0910051 Movimentacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico ac 8 we oe ‘VIA VWYLNOD SOSO10d SAWIUD 3d YUVA eh VINYIOS) Lune op elougyedwiog ep jeued oedy < Winulog ojueuNpesoid < TYNIl Arquivo 31457685 a ; i triounal | PODER JUDICIARIO 35 de justica | Comarca de Goian ap = do estado de golas | 4 Vara Criminal — Tribunal do Ju 8g 8 Ha noticias nos autos, especificamente dos depoimentos colhid: WEPPIPBED Uosa|ETD :o1seNs; ope} ‘em juizo, de que a vitima foi agredida com diversos golpes de faca, conforme se extrai di declaragoes Terezinha Bueno Siqueira (fl. 228), mie de Daniel Bueno. De igual modo, ‘testemunha Eucdrio Jiinior Martins de Melo (fl. 276), embora nao tenha presenciado fatos, afirma ter ouvido a vitima’gritando por socorro, dizendo que.a estavam matando. Ademais, colhe-se do Laudo de Exame Cadavérico (fis. 36/3 ygeererea - opuo7py si que a vitima téria sofrido miltiplas agdes pérfuro-cortantes, em numero de 16 (dezesseii r J Outrossim, em resposta ao quarto quesito, aponta a ocorréncia de morte cruel. os'61:81 120850) Neste ponto, cumpre ressaltar que a mera reiteragao de golpes de faca na vitima, por si s6, ndo caracteriza a qualificadora do meio cruel. Contudo, no presente caso, diante dos pontos levantados, verifico indicios para manutengdo da referida qualificadora, de maneira que ser dado ao Tribunal do Jiri a oportunidade de manifestar- se com maior dilagdo probatéria quanto a pretensao. Sobre 0 assunto, esclarece, ainda, a jurisprudéncia com propriedade: @ “RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICIDIO | TRIPLAMENTE QUALIFICADO. .1) INSUFICIENCIA DE ELEMENTOS QUANTO AOS INDICIOS._—_ DE PARTICIPACAO DELITIVA. DESPRONUNCIA. IMPOSSIBILIDADE. A decisto de pronincia constitu, mero juizo de admissibilidade da acusagdo, devendo o julgador singular retirar o julgamento do Juizo natural dos crimes dolosos contra a vida - o Tribunal do Juri - to somente quando a prova dos autos, de forma tinica ¢ nao discrepante, conduzir & certeza de inexisténcia da ocorréncia do delito ou ante a auséncia de indicios suficientes da autoria ou da participagao (art. 414 do CPP). Em_ sentido \ contrério, restando comprovado no decorrer da fase instrutoria a materialidade do crime descrito na pega inicial, bem como os indicios suficientes i 1 de participagao imputados ao recorrente, impGe-se referendar a decisto intermedidria de proniincia, determinando-se que ele seja submetido a julgamento pelo Conselho de Sentenga. 2) geoe™ nro Farge OFS + Processo: 0314578-85.20158.0.0051 NS Movimentacao duntada de Documento - Hstérco Processo Fisico Arquivo 31457685 ct 1 | B, tribunal | PODER JUDICIARIO = de justica Comarca de G do estado de galas 4? Vara Criminal ~ Tribunal do Ju Boo vosailip ABSOLVICAO SUMARIA. INVIABILIDADE. Haven indicios de autoria ou participago no crime, no ha que se fal em absolvigao sumaria, conforme art. 415, do C.P.P. AFASTAMENTO DAS QUALIFICADORAS. _ CRI PRATICADO POR MOTIVO TORPE, COM MEIO CRUEL#: USO DE RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A DEFESAS E : DA VITIMA. INVIABILIDADE. Em sede de pronincia, 83 1 s SOSOING Caius ZO vAVA r= VINYIOD” s er havendo qualquer suporte probatério, minimo que seja, imy se a manutengao delas, a fim de que o Tribunal do Juri, ins? natural dos crimes dolosos contra a vida, possa aprecié-las forma que the aprouver.. RECURSO CONHECIDO @ —_ DESPROVIDO. (TJGO, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 163441-45.2015.8.09.0087, Rel. DES. CARMECY ROSA MARIA A. DE OLIVEIRA, 2A CAMARA CRIMINAB, julgado em 07/02/2017, Die 2223 de 07/03/2017).” “RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICiDIO QUALIFICADO PELO MEIO CRUEL. PRONUNCIA. PRETENSOES DE IMPRONUNCIA, ABSOLVICAO SUMARIA _E DE EXTRACAO DA QUALIFICADORA. INVIABILIDADE. 1) Demonstrada a existéncia material do fato, 0s indicios suficientes da autoria do pronunciado e nao havendo comprovacio de plano, por meio de provas insofismaveis, da legitima defesa que autorizaria a sua fate . 4 “absolvigo suméria, deve o acusado ser submetido a julgamento pelo Juri, juizo natural dos crimes dolosos contra a vida. 2) Se 08 elementos de conviceao amealhados ao processo revelam a e possibilidade de a vitima ter padecido intenso e desnecessrio ° softimento fisico ao perder sua vida, porquanto faleceu por “esgorjamento”, sendo a lesdo na regio lateral de seu pescogo 140 profunda que lacerou os vasos sanguineos, a musculatura, a traqueia e 0 esdfago, chegando até mesmo a fraturar as vértebras cervicais, ndo se ha de cogitar no pronto afastamento da qualificadora prevista no inciso III do § 2° do artigo 121 do ‘Cédigo Perial. RECURSO’ CONHECIDO E DESPROVIDO. (TIGO, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 201663- 19.2014,8.09.0087, Rel. DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES, 1A CAMARA CRIMINAL, julgado em 07/02/2017, Dile 2230 de 16/03/2017).” 1u0¢'op wiousjedusog op sous OF Isso em conta, considerando que, em tese, 0 modo de ago do acusado pode ter trazido. A, yitima desnecessério softimento, nos termos da narrativa w & Processo: 0314578-85.2015.8.09.0051 ;ntacao Juntada de Documento - Histérico Processo Fisico Arquivo 31457885, df \ tribunal | PODER JUDICIARIO de justica Comarca de Goiania do esiado de gatas | 4 Vara Criminal - Tribunal do Jui 3 rensris VINYIOS, colacionada, afigura-me plausivel a hipétese prevista pelo inciso Ill, do art. 121, §2° z 3 3 g 2 z 2 = Cédigo Penal, para apreciacao do Colegiado Julgador. Bs sunsew opieeo uosa) SoSO10G SaWrdo 30 VEYA Face ao exposto, acolho a pretensio acusatéria_e, consequéncia, .PRONUNCIO 0 Acusado. HUMBERTO HENRIQUE. SILV: opior 07/80/90 IEG WQIAY WallNOD upp op ejougyeduiog ep [eued ovdy < WinyloD oIuellipace! SANTIAGO, amplamente qualificado nos autos, como incurso nas sang6es do art. 121,} 2°, inciso III, do Cédigo Penal, submetendo-o a julgamento pelo Juri. @ Concernente A situagao prisional do acusado (ex vi art. 413, §¥ do Cédigo de Processo Penal), tenho que Ihe fora determinado o uso da tomozeleifa eletronica (cf. decisdo de fls. 233/235) como medida alternativa a sua prisfo preventiva outrora decretada. A Defesa, em sede de alegages finais, postula pela revogagaio de tal medida, sob os fundamentos de o acusado preencheria todos os requisitos objetivos e subjetivos para téo somente se apresentar em todos os atos processuais. Contudo, compreendo que referida cautelar ainda se trata de medida de interesse & ordem publica e A. seguranga da aplicagaio penal. Assim, por tais tazées, mantenho incélume a decisio de fls. 233/235, mantendo o monitoramento de Humberto Henrique Silva Santiago por meio do uso da tornozeleira eletronica Publiquem-se, registrem-se, intimem-se Goiania, 11 de maio de 2017. Anténio Fern: ira er eira Juiz de Direito

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