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PORTARIA N® 736, DE 29 DE OUTUBRO DE 2004, Aprova a Diretriz Estratéaica de Garantia da Lei e da Ordem e da outras providéncias, O COMANDANTE DO EXERCITO. no uso da atribuicdo aue Ihe confere o art. 42 da Lei Complementar n2 97. de 9 de iunho de 1999. e de acordo com o aue pronde o Estado-Maior do Exército. resolve: Diretrizes Estratévicas do Exército (SIPLE: (GLO). GLO. Art. 12 Aprovar a Diretriz Estratégica de Garantia da Lei e da Ordem. integrante de 5), que com esta baixa, Art. 22 Determinar aue esta Portaria entre em vigor na data de sua publicacdo. Art, 3° Revogar a Portaria do Comandante do Exéreito n® 006. de 5 de iunho de 2002. DIRETRIZ ESTRATEGICA DE GARANTIA DA LEE DA ORDEM. 1. FINALIDADE Regular o emprego da Forea Terrestre (F Ter) em acdes de garantia da lei e da ordem 2. OBJETIVOS - Orientar a atuacdo da F Ter nas acées de GLO, ~ Definir as responsabilidades de planeiamento, coordenacdo, apoio ¢ execucio das acdes de 3. BASE LEGAL ~ Constituicdo da Republica Federativa do Brasil, - Lei Complementar n® 97, de 9 de iunho de 1999, - Lei Complementar n? 117. de 2 de setembro de 2004. - Decreto n® 3.897. de 24 de agosto de 2001 4, REFERENCIAS - Politica de Defesa Nacional - Politica Militar de Defesa, - Estratégia Militar de Defesa - Concenco Estratégica do Exército (SIPLEx-4). ~ Politica Operacional — constante da Politica Militar Terrestre (SIPLEx-3). - IP 100-2 - Doutrina Alfa. 5. PREMISSAS BASICAS a. A atuacdo da Forca Terrestre na garantia da lei e da ordem ocorrera anés eszotados os instrumentos destinados vreservacdo da ordem publica e da incolumidade das pessoas e do vatriménio. relacionados no art, 144 da Constituic: Federal. Bolotim de Exéreito n® 45. de 5 de novembro de 2004. -9 b. Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituicdo Federal quando. em determinado momento. forem eles formalmente reconhecidos como indisponiveis. inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missdo constitucional. c. Uma vez determinado 0 emprego na garantia da lei e da ordem. a F Ter desenvolvera. de forma episédica. em drea previamente estabelecida por tempo limitado. acdes de carater preventivo ‘operative necessarias para garantir o resultado das operacdes. d. Caber autoridade competente. mediante ato formal. transferir para a autoridade encaregzada das operacdes 0 controle operacional dos draiios de seguranca publica necessirios a0 desenvolvimento das acdes. e. A autoridade encarregada das operacdes devera constituir um centro de coordenacdo de ‘operacdes. composto por representantes dos ére%os viiblicos sob o seu controle operacional ou com interesses afins, f, Sem comprometimento de sua destinacdo constitucional, cabe, também. a Forca Terrestre. cooverar com érados federais. auando se fizer necessario. na revressdo aos delitos de revercussdo nacional e internacional. no territorio nacional. na forma de apoio logistico. de inteligéncia, de comunicacées e de instrucdo, 2. A atuacdo na faixa de fronteira terrestre. contra delitos transfronteiticos e ambientais. nto se insere no contexto deste documento e constitui objeto de diretriz especifica, h. A Concenedo Estratégica do Exército para a GLO fundamenta-se na realizacdo de acdes permanentes de cardter preventivo. privilegiando as estratégias da Presenea (seletiva) ¢ da Dissuasao. ¢ no permanente € continuo acompanhamento das situacdes com potencial nara gerar crises. Contempla. ainda. as atividades de comunicacdo social ¢ 0 preparo da tropa, i, Caso seia determinado o emprego da F Ter para a soluedo de uma crise. ou mesmo de um conflito armado. devera ser vrivilegiada. inicialmente. a estratégia da Dissuasao. caracterizada pela significativa superioridade de meios (Principio da Massa). com vistas a solucdo do problema, se possivel de forma pacifica. evitando-se 0 confronte direto. i, Tornando-se necessério 0 uso da forea. a estratézia a ser adotada sera a da Ofensiva buscando-se o resultado decisivo no mais curto prazo. k. Em aualauer situacdo. vorém. as acdes estario condicionadas aos vreceitos legais vigentes. em estreita coordenacdo com as demais instituiedes envolvidas. 6. CONSIDERACOES GERAIS a. Os planciamentos deverio ser elaborados no contexto da Seguranca Integrada. devendo ser prevista a varticivacdo dos éredos de seguranca publica na execucdo ou no apoio as acdes de GLO. b. Normas de Conduta (regras de engaiamento) esvecificas serdo elaboradas para cada ‘operacdo. levando-se em consideracdo as acées a ser realizadas ¢ a proporcionalidade do esforeo ¢ dos meios a ser empregados. Nesse sentido. deverdo ser considerados. dentre outros. os seguintes aspectos: - definicdo de procedimentos da tropa nas diversas situacées visualizadas: - protecdo a ser dada a tropa. aos poderes constitucionais. aos cidadaos e as instalacdes: = consolidacdo dessas Normas em documento préprio. com difusio ampla a todos os envolvidos: € - 0 possivel cometimento de delitos por parte dos executantes, particularmente por abuso de autoridade 10 Bolotim do Exéreito n® 45. de 5 de novembro de 2004 7. ORIENTACOES PARA O PLANEJAMENTO a, Acdes preventivas Sao de cardter permanente ¢ abrangem. basicamente. as atividades de prevaro da trona. de inteligéncia e de comunicacdo social. b. Acdes operativas Sao de carater episédico ¢ devem ser observados os seguintes aspectos: 1) Oficial de lizacaio -mpre que houver o emprego da F Ter. sera designado um oficial. em principio oficial- general, para estabelecer a ligacdo com as autoridades politicas da respectiva Unidade Federada 2) Inteligéncia O Sistema de Inteligéncia intensificard 0 levantamento de dados. de modo a produzir os conhecimentos essenciais as tomadas de decisio do escalao executante, em todas as fases das operacdes. 3) Comunicacdo Social A Comunicacdo Social tem por obietivo principal preservar a imagem da Instituicdo iunto ovinido publica, Para isto. 0 escaldo executante devera - manter a boa apresentacdo do seu nessoal: - exteriorizar vostura firme e serena. demonstrando boa educacdo no trato com a ovulat se - valer-se de um oficial de comunicacdo social vara o relacionamento com os iomnalistas. de modo a antecivar-se aos desdobramentos dos fatos. minimizando as especulacdes ¢ as controvérsias produzidas pela midia, 4) Operacées Psicologicas As operacées psicolégicas exigem um planeiamento prévio e minucioso, Por constituirem uma responsabilidade de comando. os melhores resultados so obtidos quando tais operacdes sao planeiadas nos mais altos escaldes. como parte integrante das operacdes militares como um todo. 5) Operacdes - Considerar aue as oreanizacdes militares (OM) de Policia do Exército (PE) sao as trovas mais capacitadas 4 execucdo de acdes overativas. empregando eauivamento aprovriado. nao letal. bermanecendo o armamento letal para o emprego em situacdes de risco para a tropa. conforme as rearas de engaiamento, - As OM de PE ndo subordinadas 20 Comando Militar de Area (C Mil A) encarregado de conduzir acdes operativas poderdo ser consideradas em condiedes de reforcar a tropa empregada, = Vindo a ocorrer uma situacdo na qual os efetivos de PE ndo seiam suficientes para a obtencao do necessirio efeito dissuas6rio (massa). deverdo ser empreeadas outras OM. - Para o desencadeamento de acdes onerativas. 0 C Mil A responsavel pela missdo devera designar um oficial-general diretamente subordinado para 0 comando das OM empregadas, constituindo uma Grande Unidade - Alem das OM de PE, a 11# Brigada de Infantaria Leve (GLO) é a tropa especialmente preparada (instruida, adestrada e equipada) para a conducdo de acées operativas de GLO. Bolotim do Exéreito n2 45. de 5 de noverbro de 2004,- 11 6) Comando e Controle Assegurar a interoverabilidade entre meios dos sistemas overacionais ¢ destes com os recursos locais disponiveis. T)Losistica Valer-se da descentralizacdo de recursos. de modo a azilizar as atividades logisticas. notadamente as de transporte, suprimento e manutencdo. 8) Justica - Prever, no minimo, um assessor juridico para cada centro de operacées valor brigada, de modo a permitir que 0 escaldo executante disponha da assessoria necesséria ao cumprimento da missio. cobservando 0 ordenamento juridico vigente. - Considerar a possibilidade de disnor. no escaldo brigada. de magistrados do Judiciario. bem como. de delezados e membros do Ministério Pablico, para respaldar as agdes desencadeadas no decorrer das overacdes 8. ATRIBUICOES, a. Estado-Maior do Exército Manter permanentemente atualizada a doutrina, aiustando-a aos impositivos legais e a0 desenvolvimento de novos meios. b. Comando de Operacdes Terrestres - Convocar. mediante orientacdo do Comandante do Ex¢rcito. o Gabinete de Crise. aue tera aatribuicdo de conduzir a manobra de crise. - Orientar o planeiamento overacional da F Ter. mediante elaboracdo de Diretriz de Planeiamento Overacional Militar (DPOM). = Aprovar os Planos Overacionais dos C Mil A. - Planeiar e orientar a preparacéo da F Ter para o emprego em acdes de GLO e particularizar. no Programa de Instrucdo Militar. a prenaracdo especifica das OM de PE, - Elaborar Normas Gerais de Conduta, - Planeiar. orientar e supervisionar as atividades de Operacées Psicol6zicas. c. Departamento Logistico Priorizar a aguisicdo de armamentos de controle de disturbios civis e de seeuranca de ins de PE e da II? Bda Inf L (GLO). d. Outros Orstios de Directio Setoria Ficar em condiedes de apoiar. nas suas areas especificas. as necessidades levantadas nos planeiamentos da F Ter. e. Centro de Comunicaedo Social do Exéreito e Centro de Inteligéncia do Exéreito Mediante autorizacdo do Comandante do Exército, participar dos planeiamentos de emprego da F Ter e destacar pessoal esnecializado para reforcar 0 escalio executante, quando for 0 caso, 12 Bolotim de Exéreito n® 45. de 5 de novembro de 2004 £ Comando Militar de Area ~ Manter seus Planos de Seguranca Integrada ¢ Planos de Overacdes atualizados. de acordo com a presente Diretriz e as expedidas nelo Comando de Overacdes Terrestres, = Constituir 0 Centro de Coordenacdo de Operacdes (Centro de Overacdes de Seguranca Integrada — COST). aue devera. na sua composicdo. incluir representantes dos éredos publicos sob seu controle operacional ou com interesses afins ~ Designar um oficial de ligacdo iunto as autoridades politicas. ~ Proporcionar. quando determinado, 0 apoio logistico por area. reauerido pelas forcas empregadas em sua respectiva area de responsabilidade - Conduzir 0 adestramento especifico das OM operacionais. considerando a prioridade conferida pelo SIPLEX-4 e pela presente Diretriz. - Designar. no minimo, um assessor juridico para acompanhar cada centro de operacdes valor brigada, ~ Buscar o apoio de membros do Judiciirio e do Ministério Publico. a fim de resoaldar as - Elaborar Normas Particulares de Conduta. observando as caracteristicas da overacio a ser executada e de sua area de atuacdo, = Definir, quando do planeiamento de cada operacdo. as necessidades em inteligéneia (informacdes) ¢ de ligaedes com outros éraaos. esvecificas para 0 emprego dos elementos operacionais, Bolotim de Exéreito n® 45. de 5 de noverbro de 2004, - 13

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