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Cee ae feces aa ad Cerra lt AG a) me lar ROWAN CLAN Sas ie foltToya) Revisio técnica Hustracéo Alexandre Barao Doutor em Engenharia Informatica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico e docente de carreira com elevada experiéncia no ensino superior. Enquanto fotdgrafo, é detentor de uma sélida base técnica, realizando frequen- temente fotografia de rua, bem como fotografia de cena. De igual modo, as suas imagens ja foram publicadas em diversos projetos editoriais. Foi diretor do Curso Profissional de Técnico de Fotografia do Liceu Camées. Joao Carlos \Versitilfotégrafo e realizador de moda, publicidade e artes plésticas, que se desloca entre Nova lorque € Lisboa. Atualmente, trabalha como freelancer para agéncias de publicidade, revistas, confecées de moda e empresas de beleza, em todo o mundo. Com uma s6lida formacao técnica, cria imagens e videos maravilhosos com uma grande variedade de estilos, bem como imagens comerciais limpas e fotografias de retrato que revelam as atitudes e sentimentos dos seus modelos. Em 2010, ganhou o prestigioso prémio Hasselblad Master. Em 2019, fol nomeado 0 Fotégrafo Europeu do ‘Ano em duas categorias distintas: retrato e moda. Filipe Duarte llustrador freelancer. Como editor da Znok, publicou varias histérias da sua auto- ria. Também colaborou em fanzines/revistas como Kzine, Zona Monstra, Zona Nippon, a revista australiana Something Weird e Portugal 2055. Recentemente, publicou a novela grafica A Ultima Nota, em colaboracao com o escritor André Mateus. Em 2019, ilustrou a biografia Rafael Bordalo Pinheiro: Uma Vida em Dese- nhos, vencedora do prémio Melhor Publicado Independente, nos Troféus Central Comics 2020. indice Agrodecimentos Créditos das imagens Prefécio. Sobre o liv. Capitulo 1—A (rlevolucée da fotografia. 1.1 Introdugao 1.2 Pioneiros da fotografia, 1.2.1 Joseph Nicéphore Nigpce «1. 1.2.2 Lovis Jacques Mandé Daguerre 1.2.3 William Henry Fox Talbot 1.2.4 Hippolyte Bayard. 1.2.5 John Herschel 1.2.6 Frederick Scott Archer 1.2.7 Jomes Clerk Maxwell 1.2.8 Lovis Arthur Ducos du Hauron 1.2.9 Richard Leach Maddox. 1.2.10 George Easimann 1.2.11 Gabriel Lippmann 1.2.12 Auguste e Louis Lumiave. Mi XIX XX u 12 13 4 16 16 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 1.2.13 Harold Eugene Edgerton 7 1.2.14 Oskar Barnack 18 1.2.15 Leopold Mannes e Leopold Godowsky J. 20 1.2.16 Edwin Herbert Land 21 1.3 Processos analégicos vs. processos digits. 21 1.4 Das cémaras fotogréticas eletrénicas & primeira cémara fotogréfica digitl 23 1.5 Os primeiros teleméveis equipados com cimaras digits. 26 1.6 As simulagées de filme na era da fotografia digital 27 1.7 Fotégrafos que deve conhecer. 27 1.8 Entidodes em Portugal que deve conhecer. co Eee 29 1.8.1 Ceniro Portugués de Fotografia (CPF]...nnnmnn eer se 1.8.2 Coso-Estidio Carlos Revo... so ae soe 1.9 Concluséo 32 1.10 Recursos complementares 33 Capitulo 2 ~ Cultura visual... 2.1 Introducéo 2.2 Perspetva histica 36 2.3 A importancia da fotografia no campo de estudos de cultura visual 38 2.4 Linguagem visual 39 2.5 Condlusio... : . renee) 2.6 Recursos complementres . ssn AO Capitulo 3 ~ Caracteristicas da luz e da cor. 3.1 Introducéo. 4 rca ina 3.2 Fotogralar & escrever com luz? 3.3 O espectro visvel 3.4 Fontes de luz, 3.5 Luz dura @ luz suave sn 3.6 Direcéo © comportamento da luz 3.7 Temperature de cor 3.8 Moti, soturagdo e lumindncia. 3.9 O circulo cromético e as dimensées das cores. 3.10 O significado dos cores 3.11 Sistemas de cores 3.12 Coneluséo. 3.13 Recursos complementores. Capitulo 4 ~ Construir uma fotografia. 4.1 Introducéo. . 4.2 Regras de composicio fotogréfica 4.2.1 Regro dos tercos. 4.2.2 Espiral dovroda 4.2.3 Tiéngulos douredes 4.3 Tipos de composicéo. 4.3.1 Composigao horizontal... 4.3.2 Composicéo vertical 4.3.3 Composigéo diagonal 4.3.4 Composigéo simétrica 4.4 Elementos de composicéo. 42 42 44 47 48 49 50 51 53 53 54 55 56 56 58 59 60 41 62 63 64 65 x xi Capitulo 5 - © equipamente fotografico... Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 4.4.1 Pontos 4.4.2 Linhos, 4.4.3 Cunas. 4.4.4 Tiéngulos... 4.4.5 Circulos ¢ elipses. 4.4.6 Padrées e texturas, 4.4.7 Reflexos 4.4.8 Sombros. 4.4.9 Perspetiva 4.4.10 Contrastes 4.4.11 Escalo 4.4.12 Espaco negativo vs. espaco positivo. 4.4.13 Comodes. 4.4.14 Meios transparentes e translicidos: 4.4.15 Moldures... 4.4.16 Cores. 4.5 Contes 4.5.1 Como estratégia de ojuste de composicgo 4.8.2 Exclusio de elementos distrativos. 4.5.3 Elemento humano: onde efetuar cortes 4.6 Concluséo. 4.7 Recursos complementares 5.1 Inlroducéo. 65 66 67 69 70 n 2 73 74 7% 7” 78 79 80 81 82 82 83 83 84 84 rca ina 5.2 Smortphone ov cémara fotogréica? 5.2.1 Como escolher um smartphone? 5.2.2. Como escolher uma cémara fotogrétca digital? 5.3 Sistema rellex digit ov miorless? 5.4 Sensores... 5.4.1 Como funciona um sensor 5.4.2 Clossfcagso dos sensores om lungéo de dimenséo. 5.4.3 Fator de corte... 5.5 Objetvas 5.5.1 Componentes de uma objetiva 5.5.2 Aberiura,diséncia focal e éngulo de vs6o, profundidode de compo 5.5.3 Tipos de objetivase respetiva oplicacéo 5.6 Boterios © carregadores 5.7 Dispositivos de meméri,letores de coriées e adoptodores. 5.8 Conectvidede, 5.9 Acossérios 191 pes eee ne 5.9.2 Filros ultravioleta (UV), polorizadores e de densidade nevira (ND) 5.9.3 Flosh exter 5.9.4 Disporodores 5.9.5 Punhos 5.9.6 Poro-sis. 5.10 Equipamento de estidio. 5.11 Conelusso 5.12 Recursos complementares. 86 88 90 95 97 97 99 100 100 101 102 106 107 107 no m 12 14 116 116 7 18 18 ng. ng a xv Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone Capitulo 6 ~ Fundomentos essenciais para fotogrofar 6.1 Inroducéo 6.2 Parémetros de exposicéo 6.2.1 Tempo de exposicao 6.2.2 Abertura co 6.2.2.1 A profundidade de campo. 6.2.2.2 0 fenémene de diracéo 6.2.3 Sensibilidade ISO 6.3 O triangulo de exposicto 6.4 A\lei da reciprocidade da exposicéo 6.5 Formatos de gravacéo.. 6.6 Modos de uilizacio 6.7 Principois modos de focagem. 6.8 Modos de medicéo da luz 6.9 Configurar o sensibilidede ISO 6.10 Configurar 6 equilibrio de brancos 6.11 Utiizar 0 compensado do exposicao 6.12 Configurar o deiecéo de foce/olhols). 6.13 Uiilizaro indicodor de nivel 6.14 Modos de simulocdo de filme. 6.15 Conceitos ¢ técnicos de iluminacéo com flash 6.1.1 Mode TTL, modo manual e modo de repeticéo 6.15.2 Fotografar com flash dedicado.. 6.15.3 Flash controlade remotamente 6.18.4 Sincronizacée de alta velocidade com flash 121 121 121 124 127 129 130 131 133 134 137 141 142 145 147 147 149. 150 150 151 151 182 156 187 158 rca ina 6.15.5 Sincronizagéo de velocidade lenta com lash (1.° e 2° cortna) 161 6.15.6 Modificadores de lr. 162 6.15.7 Esquemas préticos de iluminacdo pora retrato 167 6.15.7.1 lluminacéo key e fil 168 6.15,7.2 lluminacéo zenitol 168 6.15.73 lluminagéo dremética 169 6.15.7.4 llaminagéo Rembrandt 170 6.15.7.5 lluminacéo loop 170 6.15.7.6 lluminacéo buttery. . earrnnrerarreneesrerey) 7 6.18.7.7 lluminog60 Split nrnnnnnsnnnnnnnnnnnn . seen 72 6.15.7.8 lluminagéo rim 172 6.15.7.9 lluminagéo kicker 174 6.15,7.10 lluminacéo clamshell 174 6.15.7.11 luminacGo high-k... . eee sone 176 6.15,7.12 luminagGo low-key . arene sve 176 6.16 Coneluséo 178 6.17 Recursos complementares 178 Capitulo 7 ~ Técnicas fotogréficos criatives 183 7.1 Introducéo. 183 7.2 Técnicas ChdtvOS sosnnmnnnnnn . eee nnn 188 7.2.1 Desfocor o fundo.. . . 184 7.2.2 lures notuas com efsito bokeh 185 7.2.3 Produrir efeitos fare 186 7.2.4 Destacar ume cor 187 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 7.2.5 Congelar movimento. 188 7.2.6 Anastar movimento 189 7.2.7 Bvidenciar movimento (panning) 190 7.2.8 Criar efeitos de zoom... ae 191 7.2.9 Produrir efeitos high-key ¢ low-key 192 7.2.10 Compor exposicées duplos 194 7.2.11 Elaboror panoramas e vertoramas 195 7.2.12 Descobrir 0 HDR (com bracketing) 199 7.2.13 Pintor e desenhar com luz (light painting)... reer aaron 202 7.2.14 Criar imagens em longa expOsiGH0 wn . seen 04 7.2.15 Explorar 6 longa expesicéo com recurso filros ND. 206 7.3 Condluséo. 208 7.4 Recursos complementares 208 Capitulo 8 - Edicao de imagens ... 21 8.1 IntrOdUG60 snsnnnnnn . ener sone 2V1 8.2 Programs de edicio de imagem 2 8.3 Coracteristicas e funcionolidades dos programas de edicéo. 214 8.4 O processo de importacéo e organizacéo de imagens 215 8.5 A importancio da catalogacio de imagens. 216 8.6 Ajustes de composicdo e remogio de elementos dstotiv0s nnn sve 218 8.6.1 Definigio do formato final do imagem ann aa svn N9 8.6.2 Correcio de perspetiva. 220 8.6.3 Rotacéo de imagem 220 8.6.4 Corte. 221 rca ina 8.6.5 Remocéo de elementos distrativos. 8.7 Luz, core qualidade de imagem. 8.7.1 Selecdo do perl tipo de simulacéo digital de filme) 8.7.2 Alteracio do equilibrio de broncos 8.7.3 Aivstes ao histograma. 8.7.4 Cloridade, soluragéo e vibracée. 8.7.5 Controste 8.7.6 Filros graduados retongulares, radiais ¢ méscoras especificas 8.7.7 Aiustes de cor ou preio-e-bronco... 8.7.8 Nitidez do imogem .. 8.7.9 Reducéo de ruido 8.8 Georreferenciar imagens 8.9 O processo de exportacéo 8.10 Concluséo 8.11 Recursos complementares Capitulo 9 - © projeto fotogratico 9.1 Inroducéo 9.2 Tema do proieto. 9.3 Areos de fotografia, 9.4 Desenvolver um projeto fotogréfico. 9.4.1 Arte: da ideia 00 obieto... 9.4.2 Principais fases para desenvolver um projet fotogrético 9.4.3 Etopos essenciais para realizar uma exposicéo. 9.5 Conclusso. 222 23 225 225 227 228 229 229 231 233 234 234 235 236 237 239 239 240 240 282 282 284 287 290 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 9.6 Recursos complementores Capitulo 10 ~ © passo seguinte. 10.1 Introducéo. 10.2 Sugestées para evoluir na fotografia 10.2.1 Ver cinema, teatro, exposicées e outros evenios artisicos. 10.2.2 Paticipar em workshops e residéncias ortiscos. 10.2.3 Viojor 10.2.4 Adquirir livros. 10.2.5 Assstra conferéncias online (tlk) 10.2.6 Porticipar em concursos de fotografi. 10.2.7 Seguir youtubers 10.2.8 Ver documentérios 10.3 Desenvolver um projeto fotogréico, 10.4 Apreseniar um portfélio digital 10.4.1 Criar um liv digital 10.4.2 Consiuir uma pégina web 10.4.3 Produ um video. 10.5 Divulgor imagens através de blogues e oultas plataformas online 10.6 Comercilizar imagens 10.7 Concluséo. 10.8 Recursos complementares... Apindice Indice cemissivo, 291 293 293 294 294 295 295 296 296 297 298 299 299 300 301 302 303 304 304 305 306 309 a8 Prefacio Tol como em pintura, néo $8 é pintor s6 porque se compram bons pincéis ou néo é tendo um cinzel que os transformamos em escultores, fazer fotografia implica dominar a técnica e associar sempre @ com- ponent esiética, mesmo que @ fotografi, hoie, recorra a instrumentos variados e sejo uma realidade 120 alcance de todos. © que implica que ume aproximacéo & fotografia se posse fazer através de um lio, método ancestral, mas sempre atual, que permite curiosidade, a leturaatenta @ posterior reflexéo de textos imagens, simulléneo prozer intelectual, de estimulo e de aprendizagem. Tal como aconteceu no primeira edicéo, aquilo que se destace neste livro 6 0 sélido e estruturado conhecimento técnico e eslético de quem selecionou e escreveu os temas nele inscrtes. S60 oprendizagens completas ¢ transversais a todo © processo fologréfico, e ndo situacdes pontuais e compartimentadas, em vertentes como a composic®o da imagem, « téenica fologréfice ov @ histrio. Aiés, um dos aspelos mais inferessontes neste lvro & a abordagem estétca, ainda que se restrinja & composigdo cléssica, mas que é « bose da aprendizagem, © uma passagem ainda que breve pela Histéria da Fotografia, adenda cultural e estética que permite alguma compreenséo da evolucéo de fotografia, E claramente um live que 6 escrito por alguém que conhece © meio, profissional e nao sb, sendo de destacar os conselhos sobre os fotégrafos e as entidades que os interessodos devem conhecer. Mais, s6 depois deste conhecimento de cultura geral fotogréfica & que se avanga para a parte de cultura visual, depois para a abordagem de luz enquonto fendmeno fsico, em sequida o estétco e s6 depois 0 equipo: mento @ a técnica, néo esquecendo a edicéo. E uma sequéncia légica bem constuida, que cantar, @ bem, 0 ideia generalizada de que bosta conhecer os botées da maquina ov alguns truques pora saber fotografia, Esia nova edicéo aborda cinda os proietos fotogréficos, questo fundamental de um olhar {otogréfico otval, em que a fotografia & feita de abertura de pensamento, reflexéo e comunicagéo, mas iguolmente de dominio técnico, persistencio e dsciplina. xx Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone E também ume abordagem que se abre a novas e recentes formas de fazer fotografia, sejom os smartphones sejam outros métodos a que a cratvidade néo coloca limites. Conhecendo 0 autor e « sua prética fotogrélice, ndo se pode deixar de solientar que, por odes as abordagens, conselhos e referéncias a situacBes reois, Ihe esié subjacente um conjunto de valo- res © de quesiées élicas, to importantes quanto as questées técnicos, que vo do retrato e do respeito pelas pessoas aos cvidados com a preservacéo da Natureza na fotografia de viagem ou de paisagem. Ou seja, fazer fotografia & expressar ideias, paides e sentimentos, questionar regras rigidas ou atirmar ideias que fozem do iniciante um cidadéo preocupado com 0 mundo que © rodeia, um cidadéo mais educado, mois curioso € mois culo. Sober reconhecer a beleza implica conhecimento e cultura. Poderiamos dizer que este livro nos convida o aprender, aprender sempre, o encontrarmos inspiracao na arte, na literatura, no cinema ou noutras formas de express6o, pois, ol como acontece na Histéria de Fotografia, « base de um folégrafo é cultural, buscando inspirado ou diferengas em exposigdes e trabalhios de outros fotégrafos. Associagéo Portuguesa de Arte Fotogrética (APAF) Sobre o livro Este livro assume-se como uma obra de referéncio obrigatéria, para quem se quer iniciar e desenvolver no mundo da fotogratia digital (© mercado da producéo de imagem prolifera, Com o capacidade que os smoriphones tém de incor- porar méquinas fotogrdticas, assistimos @ ume geracdo que regista e publico, dioriamente, milhares & rmilhores de imagens, ‘Atuolmente, « fotografia 6 uma reolidade generalizede, 00 alcance de todos. Tedavia, existe ume diferenca significative enteregistar uma imagem ¢ eriar uma imagem. ‘A formagéo técnica em fotografia & fundamental neste &mbito, uma vex que enquadra néo $6 0s os- pets técnicos, como o dominio do triéngulo de exposicéo ~ tempo de exposicéo, abertura relativa e sensibilidade ISO —, mas também os ospetos de composicéo da imagem, como sober enquadrar corre tamente os elementos numa imagem, uilizando a regra dos tercos,« regra de espiral dourade ov outros regros provenientes de outras express6es artsicas, como a pintura. Ou sejo, ofa) leitor(a) aprende 0 que 6 « composicio da imagem, construindo-a com base em conceitos estéticos e dando-Ihe corpo com a técnica. Todavia, no processo criativo de um] fotégrafofa}, nem sempre imperam as regras. Por veres, é necessério ofastarse delos, conscientemente. Deste modo, pora saber criar uma fotogratio,o( leitor(a) deve compreender que os vertetes atisicas € tecnicos se cruzam. Fotografaré, assim, um process criave apaixonant. ‘Apés o reclizacdo da imagem, a edicdo desempenha um papel importante no processo da criacdo da ‘mensagem que se pretende transmit Por essa raz, nesta obra, so abordados técnicas,estratégias e fluxos de trobalho de edicéo. OA) fotégrafolo) experiente deve conhecer e utilizar estas técnicas como ferramenta para obter ume distinto qualidade final da imagem fotogrética Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone Hoje em dia, nada existe sem que Ihe seja ossociada uma imagem. Deste modo, esta obra voi ao encontro de um mercado muito procurado e convergente com diversos éreos profissionsis, como o desenvolvimento de imagem para sislemas ¢ aplicagées informéticas, péginas web, imagem corporativa, personal branding, arquitetura, gestéo documental, cobertura de eventos ¢ fotografia de produto, ene outros dreas. Salienta-se ainda que este livro inclui um capitulo (Capftulo 9} com 20 exempls inspiradores de diferentes éreas da fotogratio. ‘Assim, com o objetivo de enriquecer 0 qualidade pedagégica, técnica e artstica desta obra, o autor convidou fotégrafos de grande reconhecimento a coloborar, através da cedéncio de imagens selecionods. Trato-se de obras fotogréficas de elevada qualidade, em funcio de éreos de especialzacdo, que contibuem decsivamente para o compreensio ndo s6 de processos técnicos, mas, fundamentalmente, de diferentes linguagens visuas. Organizacéo Este livro encontra-se organizado em dez capitulos: 1. A (flevolucée da fotografia 2. Cultura visual 3. Caracteristicas da luz e da cor 4. Construir uma fotografia © equipamento fotogréfico Fundamentos essenciais para fotografar Técnicas fotogréficas criativas Edicdo de imagens 0 projeto fotogratico 10. © passo seguinte oa rca Sobre ovo © Capitulo 1 introduz, sumeriomente, « Histéria de Fotografia e os respelivos pioneiros. Naturolmente, a evolugéo dos ‘écnicas fologréficas esté ossociada & prépria Histéria da Fotografia. O copitulo apresenta datas de referéncia e marcos determinantes para « evolucdo da fotografia. Por outro lado, em contexto de fologratia digital, sao opresentados concei- tos elementares paro o compreenséo técnica dos sistemes digits. No final do Capitulo 1, of leitor(o) poderé encontrar uma significativa lista de fot6grafos que deve conhecere ainda uma vasta colecdo de recursos complementares, que incl imagens, videos e visites virtuais na Web, © Capitulo 2 introduz conceitos fundamentais de cultura visual e a respetiva perspetva histérica. Fotogrofar é escrever com luz. Este & 0 mote inicial do Capitulo 3. Pretende-se que ofa leitor(a) conheca e domine os prin- Cipsis ospeios relacionados com « luz e a cor. So abordados temas importantes pare qualquer fotSgrafo(o), profissional ov ‘amader(a). Um dos aspetos que o lv pretende desmistficar é que néo existe horas especiicas para fotograar. Exstem, sim, hores em que, perante um determinado tipo de objetivo, o[a fotégrafo(e) poderé registar ume gama eromética mois ‘ou menos amplo, devendo estar preparado(a) para fotografar 0 qualquer hora do dio ou da noite, Nos recursos comple- rmentares deste copitulo, destacam-se ferramentas que poderso ouvilé-lo(o) 0 compreender melhor @ posicéo do Sol em qualqver instante, em fungéo do local a fotografor. No Capitulo 4, sd0 introduzidos os principois fundamentos pore a composicao de uma fotografia. Ou sejo, ofa leitor(o) ‘aprende a enquadrar, com base em determinadas regras, os objetos que pretende fotografar. Estas regros so, em muitos casos, provenientes do prépria pintura. De igual modo, o(o) Isitor(a) aprende a ler uma imagem e, assim, estaré melhor preparado(a} para constrir as suas préprias imagens (e.g, imagens posticas e de autor, devidamente balizadas em regros atisticas). Noturalmente, 0 process critivo nem sempre esté sueito a regras definidas genericamente. Assim, o(o) litor(a) aprende também, neste copitulo, que o processo artistico pode ser isso mesmo: subvert as regros. Com bose na | turo dos quatro primeiros copitulos, se ofa leitor(a) possuir um smarfphone, entéo, poderé deservolver {8 suas competéncios fotogréficas, oplicando os conhecimentos adquirdos, ao nivel dos possiveis abordogens visuas, da compreenséo dos fundamentos relacionados com @ luz e @ cor, bem como dos formas de construir uma fotografia. Deste ‘modo, caso no possua ginda uma cémora fotogréfic, este lio poderé ajudé-lo(a) a desenvolver a sua prética fotogré- fico, com interessantes bases técnicas e atisticas. No Capitulo 5, s80 inkroduzidas questées importantes para a tomade de decisdo, no que respeita « aquisigio do equi- amento necessério para a fotografia. O capitulo comeca por susctar a seguinte quesiéo: "Smartphone ou cémara fotogrética?”. Na realidade, o importante & ter meios pora fotografar. Nesse sentido, a tecnologia tual propicia a pré- tica fotogrética. Se, por um lado, os smartphones s6o ferramentas que Ihe permite explorar, de imediato, 0 mundo da ea Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone fotografia, por out, epresentam limitagées fisicas, quando comparados com cémaras fotogrélicas, por exemplo, oten- tando no tamanho dos sensores. Ao imprimir uma fotografia (consulte, na seccdo 8.9 O processo de exporiacdo, « caixa de destaque "Preparacdo para impressdo") este tipo de limitacdes pode ter impacto na qualidade da imagem final. Assim, © Copitulo 5 introduz nocées fundamentais que ajudoréo o(a) litr(a) a escolher @ cémara fotogréfica ideal para si Entre outros componentes, 0s tipos de objetivas @ acessérios, como fitros polarizadares e de densidade neutra, sé0, também, ilustrados e explicados neste capitulo. Se i tem uma cémara fotogréfica, entéo, 6 essencial conhecer os principio fundamentais para fotogrofar. De igual modo, (0) letor(o) devers estar familiarizado(o) com as opcdes que © seu equipamento Ihe oferece, de modo o realizar as suos fotogratas. Estes aspetos s60 obordados no Capitulo 6, onde poderé oprender como esto relacionados os variéves de exposicéo, 0 que é a profundidade de campo, entre outros aspetos fulrais em fotografia. Deste modo, além das nocées teéricos, este capitulo pretende ojudar of} lsitorlo} @ conhecer melhor © seu equipamento. Também s60 inroduzidos © exempliicedos conceitos fundamentais de iluminago com flash, incluindo 12 esquemos de iluminagdo para retrao. © Capitulo 7 propée 0 exploracio de um conjunto de 15 técnicas fotogréficas criativas. A melhor forma de aprender fotograta 60 fotografar. Assim, sdo exemplficadas técnicas muito populares em fotografia, como desfocaro fundo de uma imagem, car efeitos bokeh e flare, destacar cores, fotografor movimento, compor exposicBes duplas, etc. Por outro lado, (0) letor() oprende a uiilizr,criativamente, os Kécnicas high-key ou low-key e a trar partido da longa exposicéo. Técnicos conhecides, como bracketing, HR ov panning, também so exempliicados no Capitulo 7. Depois de fotografar, muitos vezes, & necesséirio editar a imagem. No Capitulo 8, encontraré os principais procedimentos para editr,eficazmente, as suos imagens no computador, tablet ou smartphone. Séo também abordados outros temas relacionados, como a importincia de catalogar as suas imagens, um aspeto fundamental. Lembre-se que, em breve, teré milhores de imagens armazenados e, como tal, deve constuir um sistema que Ihe faclite@ pesquisa eicaz das mesmes. © Capitulo 9 abord « nocdo de projeto fotogrético, temo de projeto e diferentes éreos de fotografia, que so apresen- tados com recurso a exemplos de fotdgratos experientes, que foram convidados @ partcipar nesta obo. Trata-se de um copitulo que resine 20 exemplos inspiradores, organizados afabeticomente em diversos éreos, desde « fotografia abstrata € fotogratia de vido selvagem. Séo ainda desenvolvides conceitos relacionados com a realizagio de projetos fotogréicos © 0 preparacéo de exposicées. Finalmente, 0 Capitulo 10 centro-se nas questées de desenvolvimento pessoal/arisico © divulgacéo dos seus trabalhos fotograticos. Como consirir 0 seu primeiro livro e um portefdlio digital ou apostar na presenca online sdo temas que © vay rca Sobre ovo copitulo explora. Entre outros aspetos importantes, lambém s6o abordados, neste capitulo, possivels formas de comercia- lizagéo das suas imagens. No final de cade copitulo, o[0) leitor(a) poderé consultar recursos complementares. Os recursos complementores s6o lists, atvalizedas, de ligacées disponiveis ne Internet. Estas incluem ligacées web para ablencéo de ferramentas que ofo) fotSgra- f(a} pode vtlzar, para analisar trabalhos fotogréticos ¢ artistas de exceléncia, pora visitar museus, para ver cancis de video com listas de reproducéo pedagégicas, entre outros recursos, que of) ajudaréo a evoluir, culonomomente, na fotogratic. Saliento-se que, 0 longo do livro, em caixas de destaque, ofa) litor(a) encontaré, sempre, uma indicacéo do tipo de equipamento relat ao tema (por exemplo, icone pera smartphone e/ou eémore digital), el como indicacées para outros situacées relevantes (por exemplo, 0 icone “Tome nota") Alita completa com o significado dos icones, uilizados em caixos de destaque e recursos complementares, 6a sequin: Zr rome rote RJ imovem BB Avticosoo By srororone B® Vista vial Texto CH Video B_ Cémora EB, eBook (Fost A quem se destina Este lvro destina-se a todas os pessoos (das dversos foisas etrias) que queiram aprender e desenvolver competéncias na 6re0 do fotografia diitl, quer na vertente artistic, quer na vertente técnica. Com estos premissas sempre presentes, através da uilzagéo de ume linguagem pedogégico, simples e ocessvel, ese livro uiliza um discrso dirto @ desmisifica as principaisdificuldades tebrico-préticos, essociadas & fotografia digital ‘Ao adquirr esta obra, o(a) letorfa) ndo tem de possuir uma cémara fotogrética para comecor a aprender fotografia. Com © evolugio técnica dos smartphones disponiveis no mercado, ese tipo de disposiivos é um excelente ponto de partida para comecar @ aplicar os conhecimentos adquirides no liv e @ fotografar de uma forma completamente diferente, surpreen- dendo os sous familiares © amigos! row Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 1.5 Os primeiros teleméveis equipados com cémaras digitais ‘A tecnologia dos cfimaras digitais evoluiu com @ atencdo de vérias empresas, dodo 0 potencial deste novo conceito¢ interesse dos consumidores. O sistema CCD foi gradual- mente subsituido pelo complementary metal-oxide-semiconductor (CMOS) e, por essa razi0, 0 custo dos cmaras digitais reduziu-se signiicativamente, tornando possivel o sua integracdo nos teleméveis. Em junho do ano de 2000, « Samsung loncou no mercado © primeiro teleméyel com cémora fotogréfica, o Samsung SCH-V200. Estavo equipado com cémara fotogrética, todavia, esta estava separada internamente dos restantes componentes. Assim, para ace der és folografios, era necessério gar o telemével a um computador. A Figura 1.41 ilusra ‘um modelo da linha V200, 0 SGH-¥200. Em novembro do mesmo ano, é lancado pela empresa Sharp, no Japéo, o primeira te lemével com cémara efetivamente integrado, uma ver que passava a ser possivel enviar fotografias eletronicamente, sem ser necessério ligar o telemével ao computador. Era 0 modelo Sharp J-SHO4 (Figura 1.42). Atuolmente, verilica-se que grondes empresas uniram esforcos pare desenvolver sma phones equipados com cémoras digiteis. Desde parcerias ao nivel dos sensores uiilizados, © parcerias ao nivel dos sistemas dticos que equipam os olucis cémaras fotogréticas dos smariphones, consumidor tem ao seu dispor uma voriada gama de equipamentos com copacidade de registar e armazenor fotografia, através de tecnologia com elevada que: lidade EMT Somsung SGHV200 ze HHIAR Shorp J.sH04 rca ‘A (hevlugao da fotograta 1.10 Recursos complementares Histrio da Fotografia A primera fotografia Doguerreabose eBooks Doguerreobose videos Fundocso James Clerk Moxwell George Eastman (Cémore Kodok Irmdos Lumiére Historia da Fotografia Encyclopedia Britannica, ne hips://ww brtonnica.com/technology/shotography A primeira fotografia da Histério Horry Ransom Center, The Univesity of Texas at Austin bitps//wm rc-vtexas.edu/niepce-heliograph Livros eletronicos de Daguerreobase The Doguerresbase Project hip://wwn doguerreobose.org/en/ ‘Como eram feitos os imagens de daguerrestipo? The Doguerreabose Project hp://wwn daguerreobase.org/en/news/75-how-daguerresype-were-made ‘A primeira fotografia « cores Jomes Clerk Maxwell Foundation brip://wwnmaxwalhouse.org.uk © legado de George Easimon George Eastman Museum bntps//wnm-eostmon.org/george-easiman-legacy patente do cémara Kodak U.S. Potent ond Trodemork Office bhtp://odpim-uspo.gov/piw2docid =003888508PogeNum=188IDKey= £97231 28398A, ‘A fotografia @ cores dos irméos Lumiére Institut Lumiére bntp://w init lumiere.org/musee/ls-feres-lumiere-etleus-inventions/ futochromes hil inl Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone Sober qual é a direcéo da luz a qualquer hora do dia Para saber qual é a direcéo da luz ao longo do dio, bem como a que horas nosce e se pe © lecalizog6o. Vai poder abservar, no mape, 0 éngulo de incidéncio do luz solar na sua regiGo © a Sol, em fungao da sua locolizacao, consulte, na secs 3.13, 0 recurso A luz natural na minha compreender fombém os resptivas zonos de sombra em funcdo de hor. 3.7 Temperatura de cor Pora © ser humano, a percecio das cores depende de wérios fatores. A fonte 12000 de luz pode influenciar @ percecéo da temperatura de cor de um determinado a objeto. Por exemplo, um objeto exposto & luz emitide por uma vela ou mesmo 7000 K por uma lémpoda corwencional de tungsténioié parecer mais amarelado. Nota relotivamente 6 intensidade luminoso, a unidade de medida é a condela (cd). 6000 x A temperotura de cor & medida em Kelvin (K). A Figura 3.5 ilustra uma escola x Kelvin de temperaturas de cor, em fungéo de diverss fontes de luz, 3” 000 « Por exemplo, uma lémpode de tungsténio tem uma temperatura de cor mois quent, cerca de 2850 K, enquanto uma limpade fluorescente, cerca de 3800 K. a es A.luz do Sol co meio-dio, considerando que no existem nuvens, tem cerca de ris 5500 K (fol como a luz que 6 tipicomente produzide por um flash médio). Um 3000 « Snublaoios uno wel decer mast, coxa de6S00K Deigal — Q ‘modo, zonas de moior sombra teréo cerca de 7500 K 2000 K Estes valores correspondem a predefnicbes que estdo disponiveis na moior parte i dos cémaras lotogrélicas e smarfphones, bem como em programas de edicéo de 1000 « imagem (secgé0 6.10 Configurar eauilbxio de brancos. IBIS] Temperoturas de cor em funcBo de ‘veo fonts da uz CConstu uma fotografia 4.5.2 Exclusdo de elementos distrativos Numa imagem, os elementos distrativos sd0 aqueles que retiram @ atencdo do principal ponto de interesse. Quando assim 6, pode recorrer-se aos cortes ou & remocéo de elementos distratives, através de programas especiais para o efeito (seccao 8.6.5 Remogdo de elementos distrativos) 4.5.3 Elemento humano: onde efetuar cortes Quando 0 elemento humana faz parte de uma imagem, deve ter-se em atencdo a existéncia de determinodas zonas em que ¢ inestéico efetuar cortes. A principal ideie é evitar cortes nas corticulagées do corpo humana. A Figura 4.89 ilusira zones onde & aceitével fazer cores (inhas verdes) e zonas onde néo @ aconselhével efetuar cortes linhas vermelhos) A Figura 4.90 ilusta, & esquerda, um corte em arliculacées (Inestético) e, 6 direita, um enquo: dramento adequado, HBBE Elemento humano: HIB Elemento humono: cones tones de cate 2 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 5.2.1 Como escolher um smartphone? Existem muitos critérios que pesam no momento do aquisicéo de um smortphone. Um desses critérios 6 © preco. Se, por um lado, as grandes marcos disponibilizam aos clientes smartphones com precos relativamente acessiveis, por outro, tombém 6 verdede que quem produz estes equipamentos cobra pelos mesmos, em muitas situacées, pregos equivalentes a cémaras fotogrdticas com caracteristicas e desempenhos avancados. ‘A dao de lancamento do equipamento &, muitas vezes, ida em conta como um dos primeiros critérios de escolha, pois os consumidores tendem @ adquirr produtos mais recente: (© mercado dos smartphones esté em permanente evalugéo. Por esta razéo, 0 que hoje é considerada uma coracteritica diferenciadora, amanha 6 ndo © 6, uma vez que concorréncie entre marcas & muito compelitiva e responde rapidamente {8 novas exigéncias dos consumidores. Todavia, em termos gercis, ndependentemente das marcas e de forma como evolui © mercado dos smartphones, antes da caquisicéo de um equipamento com cémara fotogréfico, exstem vérias coracteristcas que devem ser considerados. Estos coracterisicas 60 traduzidos em espeeificacées técnicas nos manus dos equipamentos. A Tabela 5.1 resume um conjunto relevante de especificagdes técnicas que deve ser considerado no momento de aquisi- ‘Gao de um smariphone, Nesta tabela, nao se considerom aspetos relacionados com a copacidade de produce de video que os smartphones tém. importante ter em consideragéio qual o sistema operative do smariphone e a respetiva verso. Coda sistema operative disponibiliza servigos de instolacdo de oplicagées adicionais (opps). Existem inimeras apps desenvolvides especificomente ppora fotografia, Por exemplo, tutors acerca de técnicas fotogréficos, ullitérios de edicdo de imagem ou ferramentas ou- xiligres para efetvar célculos com os pardmetros de exposigéo (seccéo 6.2 Parémetros de exposicéo) ‘Ao nivel da categoria, a eémara, o nimero de pixeis efetivos, « distancia focal, « abertura, « gama ISO ||n'ernational Organization for Standardization) ¢ 0 tipo de sensor sé0, porventura, os especificacées mais importantes o considerar estabilizador de imagem 6 um recurso importonte, pois permite melhorar a qualidade da imagem, por exemplo, para evitar imagens tremidas. Por outro lado, quando se opta por um smartphone que integre mais do que uma cémara principal, & possivel dispor de diferentes oberturas, em fungéo das caractersticas dos modelos. O conceito de abertura & ‘analisado na seccdo 6.2.2 Abertura Fundamentos essencls para fotogra 6.3 O triangulo de exposicéo (O triangulo de exposigéo combina e relaciona os trés pardimetros de exposicéo: tempo de exposicéo; abertura; ¢ sensibilidede ISO. A Figura 6.12 resume e ilusta, de forma gréfica, os relagées que existe entre os mesmos. Melo rio dial + Grae) elres de esbidade 10 (velo) e wo : BAZ Oisnguio 138 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 6.15.1 Modo TTL, modo manual e modo de repeticao 3s principais modos de ulilizagéo de flash séo: 0 modo TTL (hrough the lens ov “olravés da lente”); eo modo manual. (© modo de repetigéo também seré exemplifcado, embora néo seja suporiado por todos os sistemas de Hash Fora comecar o experimentar o flash extemo, instalodo na sopate do cémara (flash dedicado), o modo TTL poderé ser © forma mais simples, uma vez que automético. Em TTL, é ativado um sistema de pré-flash, que otravessa o lente ¢ permite calcular enviar o informacio necesséria para dispararo flash com uma poténcia de lz, em teria, adequoda (consute o momento Ua aaanalogu FL em que ocore 0 pré-flash, na coxa de destaque *1.°e 2° corina", na Com 0 cbeve de identicr 0 toro: seccdo 6.15.4). Este cdlculo é efetuado com recurso ao fotémetro da logio proprietéria, diversos febricantes cfimara e 0: respetivos parémetros de expos (secc00 6.2 Pod cirbuam diereies prez e/ou susos metros de exposicGo), em fungdo do modo de medigao ativo (seccdo @ siglo TTL. 6.8 Modos de medic da luz), © modo TIL pode significar mais rapier de ulilizacéo quando o dlisténcia do flash a0 assunto esté em permanente alteracéo. No entanto, por ser automético, neste modo, podem produzi-se, inadveridamente, imagens sobre-expostos cov subexpostes, em virude de, no assunto, haver zonas mais escuras ou mais claras, respetivamente, Assim, se o TTL for induzido em erro, pode uilizar meconismos de compensagdo da exposicéo (Figura 6.22) IBIBB Comoensagéo de exporgbo com fash em mado TL [EV-, EVO, EV +1) 152 Fundamentos essencals para otogratar Pora ver mais exemplos, recomendam-se os recursos complementares Equipamento de 1gao para estidio, Ané- lise de modificadores de luz para estidio e Modificadores de luz e respetivas aplicagées, na seccéo 6.17. 6.15.7 Esquemas praticos de iluminacéo para retrato Nesta seccdo, demonstram-se 12 esquemas de iluminacdo pora retrato: key e fill; zenital; dramética; Rembrandt; loop; butterfly; spit; rim; key e kicker; clamshell; high-key; ¢ low-key. A forma como se ilumina © rosto permite obter resultados diferentes em funcdo de varios fatores, referidos ne seco 6.15.1 Mode TTL, modo manual e modo de repeticéo, que influenciam o iluminacéo. Baie, Posicionamento.do(s flosh(es) @ modificadores de luz Em todos os exemplos, s60 ilustradas as posicées dols) fashles} no momento do regsto. Deste modo, nos Figuros 6.38, 6.39, 6.40, 6.41 6.42, poderé compreender o dngulo aprosimado e a disténcio relative dofs fosh(es) em relocio ao ‘modelo. Relatvomente 008 25 exemplos numerados, a tabela sequinte descreve 0s modificodores de luz que foram ulizados ‘nos fioshes. Optou-se por um equipomento de custo acessivel. Caso tenho openas um losh, poderd experimentar 0 maior parte dos exemplos numerados. Exemplos Sofbox prabstice Sofbox quacrada Diusor Sem moalicador Grolha « FlosbhA & Flosh 8 167 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 6.15.7.9 lluminacéo kicker © esquema de iluminacéo que inclui a luz kicker (recorte) consiste em colocar @ luz secundérria em posicéo diometral ‘mente oposta & luz principal, sendo geralmente dirgida para o parte de trés dos cabelos e dos ombros do[a) modelo. Esta luz permite destacar (a) modelo em relacdo ao fundo. € possivel observar 0 efeito isolado do luz principal (Figura 6.41 ~ 16}, 0 efeito isolado da luz de recor (Figura 6.41 ~ 17) ¢ 0 efeito de ambas em simulténeo (Figura 6.41 ~ 18), 6.15.7.10 lluminagéo clamshell © esquema de iluminagéio clamshell evidencia as macés do rosto e define a linha do queixo, mantendo sempre sombras suaves (Figura 6.41 ~ 19 e 20}. Por outro lado, em virude do posicionamento frontal de dois flashes, © brilho nos olhos torna-se também mais evidente (Figura 6.41 ~ 20) fo Incidencia da luz no fondo Em fungdo do éngulo, se aproximore fonte dele 20 modelo, seré rms simples isla luz que lumina 0 fundo vice-versa, Leo A tecnologia LED & muito acessvel. Pode experimentor rector d= versos esquemas de iluminagéo utlizando também esta fonte de lz Continua (também com recurso a um smoriphone para folografa v4 cis para totogatar s ry (Clomshel [~} Fotogata com Camara Digtal eSmarphane 7.2.5 Congelar movimento Congelar 0 movimento significa crior uma imagem na qual os objetos sé registodos de forma que néo se note qualquer feito de movimento/arastamento dos mesmos (Figura 7.5}. Passos para congelar movimento: 1. Uilize © modo manual ou © modo de prioridade ao tempo de exposigée (seccio 6.6 Modos de ullzacéo}. 2. Utllze © modo de focagem continua ou efetue uma focagem prévia 6 zono. 3. Escolha um tempo de exposicéo ave permite congelar 0 movimento do[s)objeto(s) « fotogrator e pressione © botdo do obturador. Veriique o resultado obtido e teste diferentes tempos de exposicéo, até obter o resullado desejado. BI Congelor movimanto Congelar movimento Explorar o movimento em fotografia Esto técnica pode ser realizada na maior porta dos Pera aprofundar os seus conhecimentos, consule, smartphones de slime geracéo, uma ver que per- rn seccéo 7.4, © recurso Captor imagens com item 0 controlo do tempo de exposicho. ‘movimento, 188 Tecrias otoyaios cratuas ‘A igure 7.11 ilustra, ne porte de cima, uma sequéncia de sete imagens, registadas com recurso o um trip, em orientacéo retrato, para melhor aproveitamento do temenho do sensor, e, em baixo, © panorama dat resultante. PAI Eaboragso de um panorome 197 eT eer ey eee ears oom Dota: 7 de janeiro de 2020 nal am Sore eee Cee ED eet ey per ners er Jodo Azevedo Nosceu em Coinbro, no ono de 1974. niou-s no fotogroa de etidio om 2008, descobind of sua crorde paid 0 foograa dere, Oe frmogto aod, proce menterse en consonte open a zoe. Com esti em Coo, desaco-s pelos ese ftogics de rea profssiono.exocado x. arcdalomnt, tous pron fag y cdo Headshot Crew desde 2017, tondo vencide wéris pr ficos pessovis 0 decorrer, dos quois se destocom o Coimbra Out Loud e © Be My Friend, criode pore ojudor lossociagées e canis ne odocbo dos animes. Realizou duos exposigdes individuals: Mony de Lo Roche ~ Do Fefche oo Burlescoe Relatose Retates,inserdo no Dia Mundial da Sade Mental. Bw jrewo.net — joe. © que 6, para si, « fotografia de cnimais? “Tento retvoté-os como se fossem humans, mas reratar animals representa um desafio moor. N6o se Wate openos de sentar um Conimal em frente 6 cmara. Cada animal & um desofo, e vale tudo para chomor a sua atencéo na diego da cbjatva: barulhos, estos, bscoitos. Este tivo de enqvadromento permite destacar @ expresso © 0 olhar, ¢ revelar um pouco mais de personclidade Unica de coda Lum. Hé mo franqueza no olhor de cada co, pois eles no finger e no 18m medo de ser fotogrofodos. Alguns s60 56 timidos © precisom de um pouco mois de otencBo. Cade um tem 0 sua hisévia e todos os histévias merecem ser contodos. Acimo de tudo, rmerecem ume neve oportuidade.” Como realizou esta fotografia? “Esta fotograti fox porte do projlo Be My Fiend, criado pore ajvdor na adoc6o de cées que se encontrom em ossociogbes. Foi feta: num estidio improvisodo, dentro de um contentor, na Associacéo Condeixa Po'Tudos. Foi montado um pequeno back ‘ground cinzento ~ com uma tela pintado no meu esto -, um tripé com um lash de estidio e uma sofbox 60 x 80 em. Depois de posicionar © animal em frente & objelva, foi necessério alguma pociéncla para que acalmasse e me desse @ melhor expresso possvel CCopturade © foto, ficou apenas « falar « edicBo, que considero essencial [No Photoshop, foi adicionada uma texura co background e fz alguns ajuses nas cores @ no contrast, [Neste caso espectica, também foi necessério remaveratrela em pér-producéo.” 27 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone 9.4 Desenvolver um projeto fotografico No inicio deste copitulo, foram introduzidas as primeiras definicées acerca de projetos fotogréficos, em geral. Nesta sec: Bo, serdo sugeridas diversas estratégios para 0 processo de desenvolvimento de projetos fotogréficos, desde a idea iniciol 6 respetva exposicéo. Exposigoes de fotografia e atuois tendéncios ora desenvolver 0 matuidade estéico, visondo realizar projtos fotogrsicos, clém de canhecer Histéria da Arte e da Fotografie, é importante acomponhar exposicdese tondéncios recntes. [A Associacao Portuguesa de Arte Fotografia (APAF|disponiilza inforna- 60 otvolizada acerco de exposicées o decorer, projatos em desenvolvimento, concursos de reconhecido prestigio, bolsos para desenvolvimento de projetos fotogrsicos, cricos ieréras, ee. Consult o importante recurso Expesigées de fotografia e atuais tendén- ios, no seccto 9.6. 9.4.1 Arte: da ideia ao objeto CO conceito de arte 6 alvo de amplo debate. Perante uma obra de arte, o importante & saber discutr a obra, ¢ ndo © gosto pessoal. Por exemplo, compreender qual o significado do obra na época em que foi produzida, ao que se refere 0 trabalho © 0 percurso do respetivo autor, em que familia artistca se insere, qual a ideia subjacente que o autor pretende transmit, Que tipo de execugio esitica/técnica foi realizado, etc 282 0 proto fotogricn 9.4.3 Etapas essenciais para realizar uma exposigéo Conelido © projet, « realzacéo de uma exposicéo & uma des formas de o epresentar ao pablo. A Figure 9.23 prope ‘uma sequéncie de principais elapos pora realizar uma exposicéo. Qrime Q)bicces Qpux sisis| BEE BER 0. ee Osage is - on ee O reesiidode [e] 207 Fotograta com CimaraDigtal e Smartohone O proieto fotogrtico 6, na maior porte des stuagées, um projeto pessoal, ume vez que o tema pode ler uma abordagem fécnica e uma linguagem visual muito préprias. Tala-se de fotografia de autor, que pode durar dias, semonas ov mesmo tanos pora ser realizada (seccio 9.4 Desenvolver um projeto fotogréfico). Por vezes, & importante realizar trabalho de investigacio acerca de um determinado tema pora desenvolver um projetofotogrético(e.g., através do CPF, pode consuitar arquivos fotogréficos e recorrer a bibliolecas, como fonte de investigacéo e aprendizagem) Workshops de projeto fotografico Procure formacéo especifice pora desenvalver as suas competéncias| com o objetivo de realizar 0 seu proprio projeto fotogrético, 10.4 Apresentar um portefélio digital CChegoré © momento em que sentiré necessidade de selecionar um conjunto de imagens que representem o seu trabalho fotogrdfico. Elaborar um portefélio digital pode contribuir pora dar mais visibilidade oo seu trabalho. Assim, prepare o seu portefélio digital de apresentacéo, que deve ser consttuide por um pequeno conjunto de imagens que iro despertar a tatengdo do observador, Pora efeitos de porteélio de apreseniagéo, néo se preocupe em colocar marcos d’égua com direitos de autor nas suas imagens. Séo distrativas e, mutes vezes,inestéticas. Se a sua imagem for utlzada indevidamente por terceros,lembre-se de que os metadados da imagem RAW provam a sua autoria (seccéo 6.5 Formatos de gravacé). ‘Além destes aspetos, quando se tata de imagens colocadas online na sue pégina web (seccSo 10.4.2 Constrir uma pd- gina web), procure que os mesmes lenham uma resolugéo menor. Para disponbiizar imagens em redes sociois ov noutros plataformas online, entéo é aceitével que uilize uma marca d’égua, de modo @ minimiaar @ hipdtese de ilizacéo ndo autorizada por tercetos. rca (© asso ssguinte 10.4.1 Criar um livro di iar um livro digital com imagens suas é uma torefa tecnicamente simples. Atuolmente, os ferramentas digits facilitom este tipo de tarefa. O principal desatio 6 organizar ¢ sequéncio de imagens que pretende opresentar. A Figura 10.2 ilustra um estudo para producéo de um lio digital Somewhere eer naded ie Alesondre Borbo Alexandre Bordo HBB Etude pora producto de um lve digital sot OLIVRO MAIS ATUAL E DIDATICO SOBRE FOTOGRAFIA Baer Rocce ur) + Elementos de cultura visual elec nace kee + Enquadramento e construcao de imagens Sete eet eer id ee eee Ogee} Oe ole nero Bs nee eet et acta 3 Bete arse CeCe ry 7 retrato ANd Peed Frederico Van Zeller Hugo Silva Hugo Suissas Joie Azevedo. ee ec Pea eee cre ate eee te @ oO >. err Jose Fragoro Luis Godinho us Miew Miguel Lopes +125 dicas titeis SRC ccd +100 recursos web g © . Be ere ¢ Beets eee ier eet Sk CuC eco oe 5 v Re eee ere aan ian Pau torch PedroGomes _PedroNébrega Ricardo Garido 15 técnicas criativas exemplificadas Deiat osc xO68 RulGuerra —TaniaNeves Tiago Sales S ‘André Brito Dbiarte Diogo Lage

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